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POTENCIALIDADES DAS TECNOLOGIAS DA

INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA APRENDIZAGEM


COLABORATIVA E A DISTÂNCIA

José Alexandre Barbosa


Fundação Joaquim Nabuco
alexandre.pinto@fundaj.gov.br

Sandra Helena Rodrigues


Fundação Joaquim Nabuco
sandra.rodrigues@fundaj.gov.br

Verônica Araújo
Fundação Joaquim Nabuco
veronica.araujo@fundaj.gov.br

Categoria (Relato de experiência)


Eixo temático (Tecnologia da Informação e Comunicação)

RESUMO

A educação a distância através do uso das novas tecnologias de informação e comunicação


vem possibilitando novas formas de interação entre professores e alunos, de forma a
transformar a prática educativa e situações de aprendizagem. Este estudo visa através da
analise de algumas ferramentas potencializadoras de interações sociais on-line utilizadas em
um seminário de educação a distância para atividades síncronas e assíncrona, ampliar a
discussão sobre a emergência de novos contextos educacionais, que se dinamizam a partir da
observação de algumas dessas ferramentas Esta pesquisa tem um caráter qualitativo, e se
utiliza do método de observação.

Palavras- chave: educação a distância; colaboração; tecnologia


1. INTRODUÇÃO
A Educação é um tema que norteia muitas pesquisas e trabalhos que visam oferecer
mudanças sociais e econômicas na vida do ser humano. Ela ocorre nos diferentes espaços e
situações sociais, num amplo e complexo de experiências, relações e atividades humanas, em
um determinado momento histórico. No sentido geral, essa ampla diversidade de experiências
constituem um campo educativo onde os alunos se inserem. Nessa perspectiva, dentro de um
contexto sócio-histórico-cultural, os indivíduos, através da educação, circunscrevem suas
possibilidades de experiências e elaboram isto no contexto de um plano de futuro.
A partir da inserção das TICs no contexto atual, vivencia-se uma educação
diferenciada, onde a aprendizagem já pode ser realizada em espaços múltiplos e híbridos,
possibilitando uma expansão das fronteiras do conhecimento. Ambientes virtuais vivenciados
na grande rede de comunicação como a Internet, linguagens digitais, produção e manipulação
de textos, som e imagens, animações gráficas, telecomunicações, dentre outros, são recursos
que transformam o modo habitual de aprendizagem contribuindo para um saber fazer a partir
de uma aprendizagem mais significativa.
Neste sentido a educação a distância insere-se como um novo caminho a ser
percorrido e vivenciado, que traduz-se não apenas como uma nova forma de aprender, mas
como um espaço de transformação.
Ao tratar da diversidade e possibilidades que as novas TICs apresentam no campo
educacional muitas questões e desafios passam a perpassar os ambientes educacionais. Assim
este estudo vem a partir da analise de ferramentas tecnológicas utilizadas em um evento
realizado a distância e do uso do método de pesquisa de observação, expandir as discussões
sobre como faz-se uso atualmente dessas ferramentas e de que forma.

1.1. OBJETO DE ESTUDO: O 7º SENAED


O 7º SENAED foi um seminário em educação a distância organizado pelo professor
João Mattar da Faculdade Morumbi de São Paulo e apoiado pela ABED – Associação
Brasileira de Educação a Distância. Esse seminário teve a peculiaridade de ter seus cursos e
atividades ofertados totalmente a distância, tendo a Internet como veículo dessas atividades.
As atividades do seminário iniciaram-se no dia 22/05/2009 e encerraram-se no dia
31/05/2009, tendo como público-alvo pessoas interessadas nas discussões sobre ensino a
distância e sócias da ABED.
O evento teve uma gama extensa de atividades síncronas e assíncronas. Um pré-
requisito observado foi que, o participante para ter uma participação efetiva nas atividades,

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deveria dispor de um computador com conexão com a Internet, e também se possível,
microfone, webcam, caixas de som, câmera, etc. para que pudesse acompanhar em tempo real,
os cursos e atividades propostas. Várias ferramentas foram utilizadas no evento, tais como:
Second Life, Aula Vox, Web Aula, Flash Meeting, Ambient Context, Active Word, Webcast,
Moodle, Ning, Youtube, Tríade,Twitter, Netvibes, Wikispaces, Orkut, Survey Monkey,
Podcast.

2. REFERENCIAL TEÓRICO
Os referenciais teóricos remetem, principalmente, ao educador Paulo FREIRE (1997) com
a sua proposta de “pedagogia da autonomia”, de “diálogo entre sujeitos de saberes” que
enraizados em sua cultura podem recriá-la. Outras contribuições complementares, Pièrre
LÉVY (1998) na projeção da importância da formação dirigida para as qualidades humanas e
a criação de uma ecologia cognitiva; Manuel CASTELLS (1999) sobre a compreensão dos
desafios impostos pela “sociedade em rede”. Edgar MORIN (1995) também subsidiou os
estudos a partir da sua visão de totalidade, transdisciplinaridade e implicação da subjetividade
na “epistemologia da complexidade”.

3. METODOLOGIA
Como método de estudo propôs-se o método de observação qualitativo, tendo os
pesquisados envolvidos participado o 7º. SENAED e analisado as atividades que
incorporaram ferramentas diferenciada, que serão analisadas nesse estudo.

Durante o 7º Seminário Nacional de Educação a Distância, participei de diversos


atividades utilizando ferramentas como Aulavox ou o ambiente moodle e webcast.
Esses ambientes virtuais de aprendizagem mostraram a simplicidade de operação,
do manuseio dos ambientes, de forma gratuita e rápida. (pesquisador, 2009)
4. RESULTADOS
Observou-se a questão da pontualidade nos compromissos com relação aos horários
pré-estabelecidos e os alunos puderam interagir através de chats com os demais alunos, ou
com os palestrantes. Foram criados ambientes sociais on-line como o Orkut e o Ning para
atividades assíncronas. Salienta-se aqui a ferramenta Aulavox que foi considerada de simples
manuseio e uso, fazendo com que as pessoas pudessem participar das aulas, interagindo
através de chats, e ouvindo e vendo os slides selecionados pelo palestrante.

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O ambiente do Moodle também proporcionou aos participantes do 7º SENAED
expandir seus conhecimentos, pela facilidade de uso e a grande abrangência no que tange ao
volume de informações. Observou-se uma grande participação de alunos nos cursos
oferecidos no ambiente Moodle. Hoje, no Brasil já é bastante usado a plataforma do Moodle,
nas universidades, nas escolas de ensino médio, nas empresas privadas, nas ong’s, etc,
oferecendo cursos virtuais,ou mesmo sendo usado para prestar apoio aos cursos presenciais.
A praticidade das listas de discussões proporcionou um amplo dinamismo de
discussões sobre educação a distância, tendo algumas listas apresentado temas relevantes e
bastante discutidos, o que caracteriza a necessidade de ampliar as discussões sobre ensino e
aprendizagem a distância.

4.1 Limitações, Restrições no uso das Ferramentas


No decorrer do evento, algumas ferramentas apresentaram problemas em sua
utilização. No caso do Tríade, que era um jogo educativo o qual o participante teria que baixar
em seu computador, em caso de questões de configuração e restrições de uso, o jogo não
poderia ser baixado, o que inviabilizou a realização de atividades vinculadas a essa
ferramenta.
Também atividades relacionadas ao uso do Second Life apresentaram dificuldades
pela questão de necessitar que as pessoas que fossem fazer a mesma já possuíssem um bom
conhecimento do funcionamento, da lógica de ser desse metaverso, caso não se perdiam na
realização das atividades; além do acesso que necessita de condições técnicas específicas, e
alguns equipamentos não se enquadram.
No caso de algumas atividades que foram desenvolvidas com o uso da aulavox, o
áudio apresentou-se de má qualidade em alguns momentos, dificultando o entendimento das
informações;
Algumas atividades oferecidas no portal webcast iniciaram com atrasos significativos
(em torno de 40 minutos), o que já inviabilizou o acompanhamento de algumas atividades.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As atividades acompanhadas no decorrer do 7º SENAED permitiram comprovar que
as possibilidades de aprendizagem, principalmente na perspectiva da colaboração, são
possíveis de se efetivar.
A diversidade de ferramentas disponibilizadas, seus diferentes usos mostraram que as
TIC’s estão realmente firmando espaço nos meios educacionais, permitindo uma

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flexibilização, alcance e diversificação de atividades e formas de lidar com conteúdos as quais
o ensino presencial não possibilita.
Lógico que, como este ainda é um campo a ser explorado, o 7º SENAED nos mostra
que, em relação ao uso das TIC’s , ainda é necessário que ajustes técnicos, operacionais, de
conteúdo e de peopleware (capacitação de pessoas para o uso das tecnologias) ocorram; sem
investimentos nas condições de usabilidade dessas ferramentas no meio educativo,
oportunidades de se difundir e expandir o saber ficarão restritas.

6. REFERÊNCIAS

CASTELLS, M. (1999) A sociedade em rede. Tradução de Roneide Venâncio Majer.v.1.São


Paulo:Paz e Terra.
FREIRE, Paulo. (1997) Pedagogia da autonomia – saberes necessários à prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra.
LÉVY, Pierre. (1998) A inteligência coletiva – uma antropologia do ciberespaço. Tradução
de Luiz Paulo Rounet.São Paulo:Loyola.

MORIN, Edgar. (1995) Introdução ao pensamento complexo. Tradução de Dulce Matos.


Lisboa. Instituto Piaget. Disponível em <perso.club internet.fr/nicol/ciret/index.htm.

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