You are on page 1of 5

“Jesus, Que nada me separe de Ti, nem a vida, nem a morte.

Seguindo-Te em vida, ligado a Ti com todo amor, seja-me concedido expirar contigo
no Calvário, para subir contigo à glória eterna;
Seguirei contigo nas tribulações e nas perseguições, para ser um dia digno de amar-Te
na revelada glória do Céu; para cantar-Te um hino de agradecimento por todo o Teu
sofrimento por mim.
Jesus, Que eu também enfrente como Tu, com serena paz e tranqüilidade, todas as
penas e trabalhos que possa encontrar nesta terra; uno tudo a Teus méritos, às Tuas
penas, às Tuas expiações, às Tuas lágrimas a fim de que colabore contigo para a
minha salvação e para fugir de todo o pecado – causa que Te fez suar sangue e Te
reduziu à morte.
Destrói em mim tudo o que não seja do Teu agrado.
Com o fogo de Tua santa caridade, escreve em meu coração todas as Tuas dores.
Aperta-me fortemente a Ti, de maneira tão estreita e tão suave, que eu jamais Te
abandone nas Tuas dores. Amém!”
(Padre Pio de Pietrelcina)

O Sagrado Silêncio
“Prende-me no teu silêncio, longe dos rumores e das agitações do mundo. Em um silêncio no
qual o meu ser se encontre na sua verdade, na sua nudez, na sua miséria, porque este silêncio
me permite descobrir a mim mesmo. Prende-me na riqueza divina do teu silêncio, plenitude
capaz de preencher tudo na minha alma. Fazei desaparecer em mim o que não é vosso, aquilo
que não pode estar junto de vós, aquilo que não é a tua presença pura e simples; a tua
presença solitária, pacífica. Impõe silêncio aos meus desejos, aos meus caprichos, aos meus
sonhos de evasão, à violência de minhas paixões. Cobri com o teu silêncio a voz das minhas
reivindicações, dos meus lamentos. Impregna com o teu silêncio a minha natureza tão
impaciente por falar, demasiada inclinada à ação exterior e rumorosa. Impõe o teu silêncio
também à minha oração, a fim de que ela seja um puro ímpeto lançado na vossa direção. Fazei
descer, ó Senhor, ao mais profundo de meu ser o teu silêncio e depois fazei subir novamente
este silêncio na direção de vós como uma homenagem de amor.”
FICA COMIGO, SENHOR

Fica comigo, Senhor, pois preciso da tua presença para não te esquecer. Sabes quão
facilmente posso te abandonar.
Fica comigo, Senhor, porque sou fraco e preciso da tua força para não cair.
Fica comigo, Senhor, porque és minha vida, e sem ti perco o fervor.
Fica comigo, Senhor, porque és minha luz, e sem ti reina a escuridão.
Fica comigo, Senhor, para me mostrar tua vontade.
Fica comigo, Senhor, para que ouça tua voz e te siga.
Fica comigo, Senhor, pois desejo amar-te e permanecer sempre em tua companhia.
Fica comigo, Senhor, se queres que te seja fiel.
Fica comigo, Senhor, porque, por mais pobre que seja minha alma, quero que se
transforme num lugar de consolação para ti, um ninho de amor.
Fica comigo, Jesus, pois se faz tarde e o dia chega ao fim; a vida passa, e a morte, o
julgamento e a eternidade se aproximam. Preciso de ti para renovar minhas energias e
não parar no caminho.
Está ficando tarde, a morte avança e eu tenho medo da escuridão, das tentações, da falta
de fé, da cruz, das tristezas. Oh, quanto preciso de ti, meu Jesus, nesta noite de exílio.
Fica comigo nesta noite, Jesus, pois ao longo da vida, com todos os seus perigos, eu
preciso de ti.
Faze, Senhor, que te reconheça como te reconheceram teus discípulos ao partir do pão, a
fim de que a Comunhão Eucarística seja a luz a dissipar a escuridão, a força a me
sustentar, a única alegria do meu coração.
Fica comigo, Senhor, porque na hora da morte quero estar unido a ti, se não pela
Comunhão, ao menos pela graça e pelo amor.
Fica comigo, Jesus. Não peço consolações divinas, porque não as mereço, mas apenas
o presente da tua presença, ah, isso sim te suplico!
Fica comigo, Senhor, pois é só a ti que procuro, teu amor, tua graça, tua vontade, teu
coração, teu Espírito, porque te amo, e a única recompensa que te peço é poder amar-te
sempre mais.
Como este amor resoluto desejo amar-te de todo o coração enquanto estiver na terra,
para continuar a te amar perfeitamente por toda a eternidade. Amém.

Padre Pio

O SACRIFÍCIO DA MISSA

Perguntaram-lhe certa vez: “O que é a Santa Missa? Respondeu São Padre Pio : é Jesus
no Calvário, com Maria nossa Mãe a seu lado e João aos pés da Cruz, e os anjos em
adoração. Choremos de amor e adoração nesta contemplação”. :

Celebrava com certa dificuldade devido aos estigmas, mas fazia-o com tanto amor que a
todos os presentes fazia sentir o céu, celebrações que chegavam a durar até duas horas
de duração. “O mundo pode existir sem o sol, mas nunca sem o Sacrifício da Missa”,
dizia São Padre Pio.

Grande Confessor, que chegava a atender os pecadores e a conferir-lhes a misericórdia


de Deus, por ás vezes 14 horas por dia. Ao longo de seu Ministério mais de 1.200.000
pessoas foram absolvidas.
Foi Consolador de Jesus Eucarístico, e toda sua vida foi ser um “humilde instrumento
na mão de Jesus”.

Escreveu em seu Epitolário Primeiro (282) ” Ouça,caro padre os lamentos de nosso


Dulcíssimo Jesus: deixam-me sozinhos de noite, sozinho de dia nas igrejas. Não
cuidam mais do Sacramento do Alar, nunca se fala deste Sacramento de Amor, e
mesmo os que falam, infelizmente, com que indiferença, com que frieza!

(283)”O meu Coração, diz Jesus, está esquecido. Já ninguém se preocupa com o meu
amor. Estou sempre triste…deveriam Consolar meu Coração cheio de
amargura…”Diz São Padre Pio: “Como me faz mal ver Jesus chorar”…

(284) “…me apareceu Jesus, totalmente maltratado e desfigurado…ver Jesus angustiado


causa-me grande sofrimento”…vêm dizer-lhe Jesus:

“Meu filho, não creias que a minha agonia tenha sido de três horas, não. Por causas das
almas por mim mais beneficiadas, estarei em agonia até o fim do mundo. Durante o
tempo da minha agonia meu filho, não convém dormir. Minha alma vai a procura de
algumas gotas de piedade humana; mas aí de mim! Deixam-me sozinho sob o peso da
indiferença”

Do sinal da cruz inicial até o Ofertório, é preciso ir encontrar Jesus no


Getsemani, é preciso seguir Jesus na Sua agonia, sofrendo diante deste “mar de
lama” do pecado. È preciso unir-se a Jesus em sua dor de ver que a Palavra do Pai,
que Ele veio nos trazer, não é recebida pelos homens, nem bem, nem mal. E, a
partir desta visão, é preciso escutar as leituras da Missa como sendo dirigidas a
nós, pessoalmente.

O Ofertório: É a prisão, chegou a hora…

O Prefácio: É o canto de louvor e de agradecimento que Jesus dirige ao Pai, e


que Lhe permitiu, enfim, chegar a esta “Hora”.
Desde o início da oração Eucarística até a Consagração : Nós
nos unimos (rapidamente!…) a Jesus em Seu aprisionamento, em Sua atroz
flagelação, na Sua coroação de espinhos e Seu caminhar com a cruz nas costas,
pelas ruelas de Jerusalém e, no “Memento”, olhando todos os presentes e aqueles
pelos quais rezamos especialmente.

A Consagração nos dá o Corpo entregue agora, o Sangue derramado agora.


Misticamente, é a própria crucifixão do Senhor. E é por isso que Padre Pio sofria
atrozmente neste momento da Missa.

Nós nos uníamos em seguida a Jesus na cruz, oferecendo ao Pai, desde esse
instante, o Sacrifício Redentor. Este é o sentido da oração litúrgica que segue
imediatamente à consagração.

“Por Cristo com Cristo e em Cristo” corresponde ao grito de Jesus:


“Pai, nas Tuas Mãos entrego o Meu Espírito!” Desde então, o sacrifício é consumado
pelo Cristo e aceito pelo Pai. Daqui por diante, os homens não mais estão separados
de Deus e se encontram de novo unidos. É a razão pela qual, nesse instante, recita-
se a oração de todos os filhos: “Pai Nosso…”.

A fração da hóstia indica a Morte de Jesus…


A Intinção, instante em que o Padre, tendo partido a hóstia (símbolo da morte…),
deixa cair uma parcela do Corpo de Cristo no cálice do Precioso Sangue, marca o
momento da Ressurreição, pois o Corpo e o Sangue estão de novo reunidos e é ao
Cristo Vivo que vamos comungar. A Benção do Padre marca os fiéis com a cruz, ao
mesmo tempo como um extraordinário distintivo e como um escudo protetor contra
os assaltos do Maligno… Depois de ter escutado uma tal explicação dos lábios do
próprio Padre e sabendo bem que ele vivia dolorosamente tudo aquilo,
compreende-se que me tenha pedido segui-lo neste caminho… o que eu fazia cada
dia… E com que alegria! Pe Jean Derobert.

Palavras do padre Pio


Jesus me consolou. Em 18 de abril de 1912, depois de uma luta terrível contra o
inferno, a consolação do Senhor me veio depois da Missa: “Ao final da missa,
conversei com Jesus para a ação de graças. Oh quanto foi suave o colóquio mantido
com o paraíso nessa manhã!… O coração de Jesus e o meu se fundiram. Não eram
mais dois que batiam, mas um só. Meu coração tinha desaparecido como uma gota
de água se dissolve no mar… – Padre Pio chorava de alegria.- Quando o paraíso
invade um coração, esse coração aflito, exilado, fraco e mortal não pode suporta-lo
sem chorar…”. Ao Pe Agostinho, 18/04/1912, em “Padre Pio, Transparent de Dieu”,
J.Derobert.
Confidências a seus filhos espirituais

“Minha missa é uma mistura sagrada com a Paixão de Jesus. Minha


responsabilidade é única no mundo”, disse ele chorando.

“Na Paixão de Jesus, encontrarão também a minha”.

“Não desejo o sofrimento por ele mesmo, não; mas pelos frutos que me
dá. Ele dá glória a Deus e salva meus irmãos, que mais posso desejar?”.
“A que momento do Divino Sacrifício mais sofreis?”. – Da consagração à
comunhão.” “Durante o ofertório?. – É neste momento que a alma é
separada das coisas profanas.” “A consagração?”. – É verdadeiramente aí
que advém uma nova admirável destruição e criação.” “A Comunhão? Na
comunhão, sofreis a morte? – Misticamente, sim. – Por veemência de amor
ou de dor? – Por uma e outra: mas mais por amor.” “Sofreis toda e sempre
a Paixão de Jesus?”. – Sim, por Sua bondade e Sua condescendência, tanto
quanto é possível a uma criatura humana. – E como podeis trabalhar com
tanta dor? – Encontro o meu repouso sobre a cruz.” “Como nós devemos
ouvir a Santa Missa?”. – Como a assistiam a Santa Virgem Maria e as
Santas mulheres. Como São João assistiu ao Sacrifício Eucarístico e ao
Sacrificio sangrento da cruz “

(Pe. Pio de Pietrelcina)

You might also like