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processo-crime n. _____
objeto: memoriais.
SONETO
A praa estava cheia. O condenado
Transpunha nobremente o cadafalso,
Puro de crime, isento de pecado,
Vtima augusta de indelvel falso.
E na atitude do Crucificado,
O olhar azul pregado n'amplido,
Pude rever naquele desgraado
O drama lutuoso da Paixo.
Quanto o algoz cruento o brao alado
Se dispunha a vibrar sem compaixo
O golpe na cabea do culpado
Ele, o algoz o criminoso ento,
Caiu na praa como fulminado
A soluar: perdo, perdo, perdo!
(*) AUGUSTO DO ANJOS.