O texto descreve seis critérios para reconhecer o estruturalismo: 1) a ordem simbólica irredutível ao real ou imaginário, 2) a posição local dos elementos na estrutura, 3) as relações diferenciais e singularidades, 4) a diferenciação como aspecto fundamental, 5) a organização em séries e 6) o "lugar vazio" que move a estrutura através de deslocamentos.
O texto descreve seis critérios para reconhecer o estruturalismo: 1) a ordem simbólica irredutível ao real ou imaginário, 2) a posição local dos elementos na estrutura, 3) as relações diferenciais e singularidades, 4) a diferenciação como aspecto fundamental, 5) a organização em séries e 6) o "lugar vazio" que move a estrutura através de deslocamentos.
O texto descreve seis critérios para reconhecer o estruturalismo: 1) a ordem simbólica irredutível ao real ou imaginário, 2) a posição local dos elementos na estrutura, 3) as relações diferenciais e singularidades, 4) a diferenciação como aspecto fundamental, 5) a organização em séries e 6) o "lugar vazio" que move a estrutura através de deslocamentos.
GRADUAO EM CINCIAS SOCIAIS COM HABILITAO EM POLTICAS PBLICAS ANTROPOLOGIA 3, Professora: Mnica Thereza Soares Pechincha Raoni Frazo Resenha do texto: DEUZELE, G. Em que se pode reconhecer o estruturalismo? In: LAPOUJADE, D. A Ilha Deserta. So Paulo: Editora Iluminuras, 2005. Para tornar claro o que o estruturalismo o autor de texto usa uma srio de critrios para reconhecer em que se reconhecem aqueles que chamamos de estruturalistas. Primeiro critrio: O simblico. Deuzele menciona que nosso pensamento mantm um jogo dialtico entre as noes de real e imaginrio. O primeiro critrio do estruturalismo a descoberta de uma ordem para alm do real e do imaginrio, tal ordem simblica. Recusar-se a confundir o simblico com o real ou mesmo com o imaginrio forma a primeira dimenso do estruturalismo. Devem ser pensadas tambm as tenses e relaes entre o real e o imaginrio como o limite de um processo no qual eles se constituem a partir do simblico. Segundo o autor podemos enumerar o real, o imaginrio e o simblico; 1, 2 e 3. Esses organismos possuem tanto um numerao cardinal quanto um numerao ordinal. [...] o real, em si mesmo, no separvel de certo ideal de unificao ou de totalizao: o real tende a fazer um, ele uno em sua verdade. Desde que vemos dois em um, desde que desdobramos, o imaginrio aparece em pessoa, mesmo que seja no real que ele exera sua ao. [...] O imaginrio define-se por dois jogos de espelho, de desdobramento, de identificao e de projeo invertidas, sempre ao modo do duplo. Mas, por seu turno, o simblico talvez seja trs. No somente o terceiro para alm do real e do imaginrio. Existe sempre um terceiro a ser procurado no prprio simblico; a estrutura , ao menos, tridica, sem o que ela no circularia terceiro ao mesmo tempo irreal e, no entanto, no-imaginvel." (DEUZELE, 2005, p. 215). O primeiro critrio consiste nisso, numa ordem simblica irredutvel a esfera do real ou a esfera do imaginrio. Deuzele diz que no se sabe exatamente em que se consiste o elemento simblico, porm, pode-se dizer que a estrutura correspondente no tem relao alguma com uma forma sensvel, nem com uma figura da imaginao, nem com uma essncia inteligvel. (DEUZELE, 2005, p. 215). Segundo critrio: local ou de posio. Os elementos simblicos de uma estrutura tm somente um sentido; o de posio. No uma posio em um lugar real, mas, de posies dentro de um espao estrutural. Esses lugares so primeiramente relativos aos seres reais e as coisas que os ocupam e os relacionamentos e comportamentos com o lugar ocupado. Por exemplo: Pai e Me so apenas lugares dentro da estrutura. Terceiro critrio: o diferencial e o singular. Deuzele diz que o processo de determinao recproca nas relaes entre elementos que define a natureza simblica. H trs tipos de relaes distintas. A primeira entre elementos autnomos. A segunda entre elementos que possuem um valor determinado. E o terceiro tipo de relao aquela entre elementos que se determinam mutuamente, sendo tomados numa relao diferencial. Tais determinaes correspondem a singularidades. Toda estrutura apresenta os dois aspectos seguintes: um sistema de relaes diferenciais segundo as quais os elementos simblicos se determinam reciprocamente, um sistema de singularidades que corresponde a essas relaes e traa o espao da estrutura. (DEUZELE, 2005, p. 220). Quarto critrio: o diferenciador, a diferenciao. Nesse trecho Deuzele indaga sobre o que coexiste na estrutura. O que coexiste nela so os elementos diferenciais, relaes e singularidades que coexistem perfeitamente em um todo perfeito e completamente determinado. Porm esse todo no se atualiza como tal, ou seja, so suas partes que se atualizam, entretanto, no se atualizam todas no mesmo momento e nem do mesmo jeito. A estrutura no se atualiza sem se diferenciar. Quinto critrio: serial. Os elementos simblicos em suas relaes diferenciais mostrados acima so organizados em srie, porm, tais elementos se organizam em outra srie com elementos e relaes diferenciais distintos. Tal organizao em uma segunda srie se explica se nos lembramos que as singularidades surgem dos elementos e relaes diferenciais da primeira srie, entretanto, no se conformam em reproduzi-las, se organizando assim em outra srie capaz de ter um desenvolvimento autnomo. Sexto critrio: a casa vazia. A estrutura envolve um objeto completamente paradoxal. Esse objeto se move rapidamente entre as duas sries estando presente nas duas. As sries so constitudas de elementos simblicos e relaes diferenciais o que no parece ser o caso desse objeto possuidor de uma natureza distinta. Ambas as sries so sempre divergentes e tal objeto aparece como ponto de convergncias entre elas. Tal objeto tem a propriedade de estar deslocado em relao a si mesmo, ou seja, de estar onde no procurado e no estar onde esperado que esteja. O autor diz assim que o objeto falta ao seu lugar e tambm falta sua prpria semelhana que falta sua identidade (DEUZELE, 2005). Algo que no esteja em seu lugar, s o faz porque pode mudar de lugar, isto prprio do simblico, pois o real sempre estar presente. Esse deslocamento constitui a propriedade fundamental de uma estrutura que nos permite definir a estrutura como ordem dos lugares sob a variao das relaes. Toda estrutura movida por esse objeto que falta a sua origem. Distribuindo as diferenas em toda a estrutura, fazendo variar as relaes diferenciais com seus deslocamentos, o objeto = x constitui o diferenciador da prpria diferena. (DEUZELE, 2005, p. 232). Os jogos necessitam de uma casa vazia sem a qual nada andaria ou funcionaria. Mas o que seria esse objeto = x? Para Lacan tal objeto determinado como falo simblico. O falo aparece segundo autor como rgo simblico que funda toda a sexualidade como sistema estrutural, e com relao ao qual se distribuem os lugares ocupados de modo varivel pelos homens e pelas mulheres, e tambm as sries de imagens e de realidades. (DEUZELE, 2005, p. 234). ltimos critrios: do sujeito prtica. Num sentido os lugares s so preenchidos por seres reais, porm, por outro lado pode- se dizer que os lugares j se encontravam preenchidos, no nvel da estrutura, por elementos simblicos em lugares ordenados por suas relaes diferenciais. Portanto, h um preenchimento simblico primrio, antes de todo preenchimento ou de toda ocupao secundria por seres reais. (DEUZELE, 2005, p. 236). O autor diz que reencontramos o paradoxo da casa vazia, pois, ela o nico lugar que no deve nem mesmo ser preenchido por um elemento simblico, ela deve manter seu vazio para se mover pelos elementos e variedades de relaes. Embora o lugar vazio no seja preenchido ele acompanhado por uma instncia simblica que o segue sem ser ocupada ou preenchida. A instncia e o lugar faltam um ao outro no deixando de se acompanharem. O sujeito esta instncia que segue o lugar vazio sendo ele mais assujeitado que sujeito assujeitado casa vazia, assujeitado ao falo e aos seus deslocamentos. O estruturalismo no absolutamente um pensamento que suprime o sujeito, mas um pensamento que o esmigalha e o distribui sistematicamente, que contesta a identidade do sujeito, que o dissipa e o faz passar de um lugar a outro, sujeito sempre nmade, feito de individuaes, mas impessoais, ou de singularidades, mas pr-individuais. (DEUZELE, 2005, p. 237).
Desse modo dois grandes acidentes da estrutura deixam-se definir. Ou a casa vazia deixa de ser acompanhada pelo sujeito e torna-se assim uma verdadeira lacuna ou o ela preenchida e perde sua mobilidade. O autor busca sob que fatores tais acidentes so determinados e chega a questo de como as contradies surgem na estrutura e descobre que elas derivam do lugar vazio e de seu devir na estrutura. necessrio resolver as contradies, ou seja, que o luga vazio seja desocupado do simbolismo que o preenche, que seja devolvido ao o sujeito que o segue sem ocup-lo. Por isso, h um heri estruturalista: [...] ele sem identidade, feito de individuaes no pessoais e de singularidades pr-individuais. Ele garante a exploso de uma estrutura afetada de excesso ou de carncia, ope seu prprio acontecimento ideal aos acontecimentos ideais que acabamos de definir. Que caiba a uma nova estrutura no recomear aventuras anlogas s da antiga, impedir o renascimento de contradies mortais, isso depende da fora resistente e criadora desse heri, de sua agilidade em seguir e salvaguardar os deslocamentos, de seu poder de fazer com que as relaes variem e de redistribuir as singularidades, sempre jogando ainda os dados. (DEUZELE, 2005, p. 239)
Tal ponto de mudana define uma prxis, pois o estruturalismo inseparvel das prticas que cria e dos produtos que interpreta.
Lei Nº 2.794 - 2008 - Disciplina o Uso e A Ocupação Do Solo, As Atividades de Urbanização e Dispõe Sobre o Parcelamento Do Solo No Território Do Município de Balneário Camboriú