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A GESTÃO AMBIENTAL
OLAM - Ciência & Tecnologia, Rio Claro, SP, Brasil – eISSN: 1982-7784
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Introdução
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Na atual conjuntura mundial é necessário e urgente conciliar crescimento
econômico e preservação ambiental, para que seja mantida a sobrevivência das
futuras gerações e para continuar desenvolvendo a economia. Faz-se necessário
que caminhemos rumo ao desenvolvimento sustentável, buscando a gestão dos
recursos naturais para a manutenção das necessidades do indivíduo e da
qualidade ambiental.
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produtos, que as áreas protegidas oferecem, e que são adequados para a
obtenção de renda para as mesmas. A partir de uma administração apropriada, o
produto em "oferta" pode ser vendido continuamente sem que se diminua o valor
respectivo, e a renda ser utilizada para a manutenção da área protegida.
Alternativas inovadoras em relação às fontes tradicionais de manutenção das
áreas protegidas são necessárias, principalmente para assegurar a sua
viabilidade e existência em longo prazo (SALGADO, 2000).
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específicos de manejo e administração que permitem a garantia adequada de
proteção (BRASIL, 2000).
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importância dessas UCs para a conservação da biodiversidade do país, muitos
são os desafios, tais como: falta de recursos orçamentários para sua
regularização fundiária, ausência de planos de manejo e programas de
capacitação de funcionários (PELLIN et al 2007).
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Dentre os objetivos do SNUC descritos no artigo 4º, inciso XI está:
“Valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica” (BRASIL, 2000).
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Artigo 48: “O órgão ou empresa, público ou privado, responsável
pela geração e distribuição de energia elétrica, beneficiário da
proteção oferecida por uma unidade de conservação, deve
contribuir financeiramente para a proteção e implementação da
unidade, de acordo com o disposto em regulamentação
específica” (BRASIL, 2000).
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Valoração Ambiental
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Segundo Gazoni (2006), a teoria do valor pode ser considerada a pedra
fundamental da economia, que considera que o valor é originado por intermédio
dos indivíduos, por meio da revelação de suas preferências. O valor econômico
de um bem ou serviço ambiental pode ser definido como a expressão monetária
dos benefícios obtidos com o seu consumo. Deste modo, pode-se entender que a
valoração econômica dos recursos naturais é a atribuição de um valor econômico
a um recurso, por intermédio da definição de quanto oscilará o bem estar das
pessoas em razão da oferta desses bens e serviços ambientais.
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Já no enfoque indireto, os benefícios não são possíveis de serem
valorados, mesmo que indiretamente, por causa do comportamento de mercado.
Neste caso simula-se o mercado através do julgamento das pessoas, ou seja,
baseados em avaliações subjetivas a respeito do comportamento do mercado, ou
pela construção de mercados hipotéticos (HILDEBRAND et al., 2002).
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Métodos de Valoração Ambiental
Quanto mais longe do sítio natural os seus visitantes vivem, menos uso
deste (menor número de visitas) é esperado que ocorra devido ao aumento do
custo de viagem para visitação. Aqueles que vivem mais próximos ao sítio
tenderão a usá-lo mais (maior número de visitas), na medida em que o preço
implícito de utilizá-lo, o custo de viagem, será menor (MOTTA, 1998).
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O Método de Preços Hedônicos (MPH) pode ser usado para valorar
qualquer bem que possua um leque de características diferentes, inclusive
ambientais. Os chamados preços hedônicos tentam, precisamente, descobrir
todos os atributos do bem que explicam o seu preço e discriminar a importância
quantitativa de cada um deles (SANTANA, 2002). A idéia básica do método reside
na identificação de atributos ambientais que podem estar associados e, portanto,
serem captados do preço de bens e serviços privados. Estima-se o valor dos
atributos ambientais implícitos no valor de um bem privado por meio de uma
função denominada, função hedônica de preço (TOLMASQUIM et al., 2000). Sua
aplicabilidade, no caso para valoração ambiental, está substancialmente
relacionada a preços de propriedades. Atributos ambientais como: qualidade do
ar, proximidade de áreas naturais, entre outras, são determinantes na diferença
de preços de distintas propriedades de mesmas características (número de
quartos, tamanho, material de construção, etc.). Portanto, a diferença de preços
de propriedades em função de diferentes níveis de atributos ambientais, deve
refletir a disposição a pagar por variação desses atributos (ABAD, 2002).
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benefício, a mínima compensação de ficar sem ele ou, ainda, a DAR
disponibilidade a receber por algum malefício (RIERA, 1994).
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disponíveis para projetos considerados mais urgentes ou para aqueles com
retorno econômico e social em curto prazo (OBARA, 1999).
Local
Atributos Valores
Autor Método Finalidade
Valorados Estimados
Data
Estação MVC DAP da R$ 49.034,70/ano Identificar, através da
Ecológica de população do DAP, o valor atribuído
Jataí, SP Município de pelas populações
(Obara et Luiz Antônio urbana e rural do
al., 2000) pela município aos bens e
manutenção da serviços ambientais
UC oferecidos pela EE
Jataí.
PARNA Análise custo- Benefícios 23,12 = Relação Estimar, sob uma
Superagüi, benefício diretos e benefício/custo (= perspectiva ecológica,
PR indiretos da R$3.104.993/ os benefícios líquidos
(Medeiros, biodiversidade R$134.290 anual) anuais da
2000) e custos da R$2,8 milhões/ano – biodiversidade do
manutenção da valor de existência PARNA,
unidade de principalmente oriundo
conservação do valor de existência,
além de situar os
beneficiários e os
custos de
manutenção.
Estação MVC, bens Funções US$ 708,83/ha/ano Propor uma matriz de
Ecológica de substitutos, ecossistêmicas – valor sócio- valoração sócio-
Jataí, SP custos de suporte, de econômico total econômica total dos
(Santos et evitados, produção, de benefícios gerados
al., 2000) produtividade regulação e de pela EE Jataí e
marginal, custo informação aprofundar os
de reposição mecanismos de
valoração dos fatores
estruturais e
funcionais dos
ecossistemas, pouco
investigados por falta
de valor de mercado.
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Parque MVC DAP da R$7.080.385,00/ano Estimar a DAP da
Estadual do população da população da cidade
Morro do cidade de São de São Paulo, não
Diabo, SP Paulo pelo beneficiada pelos
(Adams et valor de bens e serviços
al., 2003) existência da ambientais do parque,
UC pelo valor de
existência da UC.
Reserva Análise Valor de uso e i) US$ 22.08 – US$ Aprimorar a
Biológica do conjunta DAP de proteção de 86.21/pessoa (DAP abordagem
Una, BA uma reserva da para uso recreativo metodológica da
(Holmes et Mata Atlântica com equipamentos valoração da
al., 1998) diferenciados; biodiversidade,
ii) US$ 9,08/pessoa visando dar um
entrevistada (DAP suporte para a criação
para proteger 50% de uma alternativa
da Mata Atlântica do econômica para a
sul da BA) região cacaueira,
fundamentada em
ecoturismo.
PE Rio Custo de Serviços i) US$ 938 mil/ano – Verificar a análise
Doce, MG viagem recreativos e serviço recreativo comparativa entre os
(Mikhailova MVC serviços de ii) US$ 261 mil/ano métodos de DAP para
& Barbosa) Extrapolação regulação dos – serviço regulação ecossistemas
inversa processos iii) US$ 1516 mil/ano regionais, visando à
ecológicos – serviço recreativo criação de indicadores
através do método de gestão ambiental.
custo de viagem
PARANA Custo de Valor de uso i)US$28.774.267/an Estimar o valor de uso
Iguaçu, PR viagem recreativo da o – V. total agr. recreativo da UC para
(Ortiz et al., UC ii)US$12.542.484/an oferecer subsídios
2001) o – turistas que só para contrapartida aos
visitam o Parque gastos orçamentários,
iii)US$34.771.294/a e priorizar
no – sem considerar investimentos de
destinos múltiplos manutenção.
Fonte: CAMPHORA e MAY, 2006
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– Estudos para justificar a transferência de recursos financeiros
visando compensar os benefícios globais obtidos pelos
investimentos nacionais voltados à conservação da
biodiversidade;
Conclusões
Referências
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Universitária, 2001. p. 42-107.
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HILDEBRAND, E.; GRAÇA, L. R.; HOEFLICH, V. A. Valoração contingente na
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TOLMASQUIM, M. T.; MOTTA, R. S.; GUIMARÃES, A. M. Métodos de
valoração de danos ambientais causados pelo setor elétrico. Rio de Janeiro:
Brasil, UFRJ; COPPE, Programa de Planejamento Energético, 2000.
OLAM Ciência & Tecnologia - Rio Claro / SP,Brasil Ano VIII Vol. 8 No.1 Pag. 87
Janeiro - Junho / 2008
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