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Trabalho anual de Lia e Estatística – Aquecimento Global

INDICE:

8- Questionário:..........................................................................................................................9
9.8 O PLANETA É GIGANTE, O EQUILÍBRIO É FRÁGIL:............................................17
9.9 EFEITO IRREVERSÍVEL?:...........................................................................................18
9.10 UM PACTO GLOBAL PELA SALVAÇÃO:..............................................................19
9.11 OS MAUS TRIPULANTES:........................................................................................21

1- INTRODUÇÃO:

Neste trabalho você conhecerá um pouco mais sobre o AQUECIMENTO GLOBAL, um tema
atual e de grande repercussão mundial.
Tentaremos estimular o bom censo “humano” e despertar a vontade de cuidar do que temos de
mais precioso, nossa própria vida, uma vês que se prejudicarmos o planeta estaremos nos
prejudicando.
Intensificaremos também o porquê do aquecimento global e as suas possíveis soluções. Mas
para isso necessitamos estar unidos juntamente com empresas e governos no âmbito de
reverter esta situação catastrófica em que nos encontramos.

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Trabalho anual de Lia e Estatística – Aquecimento Global

2- JUSTIFICATIVA:

Escolhemos este tema por se tratar de uma questão muito atual, onde se analisarmos estamos
colocando nosso ou de o futuro de nossos descendentes em risco, onde a não conscientização
poderá ocasionar catástrofes naturais, desequilibro ambiental, extinção de espécie de animais
e por ai a fora.
Este tema, por ser tão abrangente, onde o mundo inteiro sofrerá conseqüências gravíssimas
caso alguma atitude não seja tomada o mais rápido possível, nos estimulou a tentar adquirir
conhecimento e tentar repassá-las de forma clara, objetiva para a maior quantidade de
pessoas, pois semeando a semente, em breve colheremos o fruto.

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Trabalho anual de Lia e Estatística – Aquecimento Global

3- OBJETIVO GERAL

Nosso objetivo geral é proporcionar um pouco de conhecimento e entendimento as pessoas


sobre o tema referido, que para algumas pessoas se trata de mais alguns truques de mídia ou
“lorotas”, mas infelizmente não é isso, se trata um assunto sério de muita importância para
nossas vidas e de nossos descendentes. Esperamos contribuir um pouco no esclarecimento e
entendimento deste tema e na conscientização de jovens que um dia passarão adiante esses
conhecimentos.

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4- OBJETIVO ESPECÍFICO:

O nosso maior objetivo neste trabalho é tentar conscientizar as pessoas sobre seus erros,
mostrar a elas onde estão pecando, para que assim possam se corrigir e repassar estes
ensinamentos/conhecimentos a maior quantidade de pessoas e assim por diante, para que em
um pequeno espaço de tempo consigamos reconstruir um mundo que a pouco tempo era
perfeito e que sem percebemos estamos destruindo.

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5- POPULAÇÃO:

Nosso maior objetivo como já dissemos é ampliar os conhecimentos das pessoas, não nos
fixaremos a uma determinada faixa etária, pois gostaríamos de verificar o grau de
conhecimento de todas a faixas etárias, para que assim verificaremos se o conhecimentos se
equivalem, estaremos também fazendo pesquisas nas cidades Bauru, Lençóis Paulista e
Piratininga, para assim analisarmos se determinados municípios estão se conscientizando e
tomando as devidas medidas para combater o aquecimento global.

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6- RESUMO

Aquecimento global refere-se ao aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da


superfície da Terra que se tem verificado nas décadas mais recentes e à possibilidade da sua
continuação durante o corrente século. O fenômeno se manifesta como um problema na
temperatura sobre as áreas populadas do Hemisfério Norte, entre Círculo Polar Ártico e
Trópico de Câncer. O clima marítimo do Hemisfério Sul é mais estável; embora o aumento do
nível médio do mar também o atinge. O clima marítimo depende da temperatura dos oceanos
nos Trópicos; e este está em equilíbrio com a velocidade de evaporação da água, com a
radiação solar que atinge a Terra e o Efeito Estufa.
A principal evidência do aquecimento global vem das medidas de temperatura de estações
meteorológicas em todo o globo desde 1860. Os dados com a correção dos efeitos de "ilhas
urbanas" mostra que o aumento médio da temperatura foi de 0.6 ± 0.2 °C durante o século
XX. Os maiores aumentos foram em dois períodos: 1910 a 1945 e 1976 a 2000[14]. De 1945
a 1976, houve um arrefecimento que fez com que temporariamente a comunidade científica
suspeitasse que estava a ocorrer um arrefecimento global
Evidências secundárias são obtidas através da observação das variações da cobertura de neve
das montanhas e de áreas geladas, do aumento do nível global das mares, do aumento das

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precipitações, da cobertura de nuvens, do El Niño e outros eventos extremos de mau tempo


durante o século XX.
Para tentar amenizar e até sanar estas causas foi constituído o Protocolo de Kyoto, um tratado
internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que
provocam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações
científicas, como causa antropogênicas do aquecimento gloval.
Para tentar conter estes aumento foi proposto um calendário pelo qual os países-membros
(principalmente os desenvolvidos) têm a obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito
estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012,
também chamado de primeiro período de compromisso (para muitos países, como os
membros da UE, isso corresponde a 15% abaixo das emissões esperadas para 2008).
Se o Protocolo de Kyoto for implementado com sucesso, estima-se que a temperatura global
reduza entre 1,4°C e 5,8°C até 2100, entretanto, isto dependerá muito das negociações pós
período 2008/2012, pois há comunidades científicas que afirmam categoricamente que a meta
de redução de 5% em relação aos níveis de 1990 é insuficiente para a mitigação do
aquecimento global.

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7- INFOGRAFIA:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Kyoto
http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2005/02/15/ult1809u4257.jhtm
http://veja.abril.com.br/210606/p_068.html

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2:qual seu sexo


(a)masculino
(b)feminino

3:você sabe que é aquecimento global?:


(a)sim
(b)não

4:se já, quando foi a primeira vez que você


ouviu a falar sobre o aquecimento global?:
(a)nunca ouvi falar
(b)1996 a 2001
(c)2002 a 2007
(d)2008 ou 2009

5:você já sentiu algum sintoma do


aquecimento global?quais?:
(a)perdeu com plantações
(b)perdeu com criação de animais
(c)sentiu que a temperatura esta mais alta
(d)nenhum sintoma

6:você já fez algo para diminuir a poluição?


(a)sim
(b)não

7:o que você fez para diminuir a poluição?


(a)trocou de carro
(b)não jogou lixo em terrenos
(c)não fez queimadas ilegais
(d)não fez nada

8:a temperatura da terra esta subindo nos


últimos anos, você já percebeu isso?
(a)sim ando sentindo um calor fora do normal
(b)sim as estações do ano não começam mais
nos mesmos meses
(c)não,não parei para reparar

11:você acredita que tem algum meio de


pararmos o aquecimento global?
(a)sim
(b)não

12:qual a melhor sugestão que você acredita


que pode parar o aquecimento global?
(a)fecharmos todas as industrias que não
obedecem os protocolos internacionais
(b)procurar meios de combustíveis menos
poluentes
(c)usar meios de transporte coletivo
8- Questionário: (d)nenhuma sugestão
1: qual sua idade:
(a)0 a 16
(b)17 13:você acredita que a Amazônia é importante
a 30 para o futuro da terra?
(c)31 a 50 (a)sim
(d)mais que 50 (b)não

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Trabalho anual de Lia e Estatística – Aquecimento Global

14:você acha que o desmatamento da


Amazônia um dia ira acabar?o que fazer para 15:você tem aquecedor solar na sua
isso acontecer? residência?
(a)sim, o exercito deve montar guarda eficaz nas (a)sim
áreas de desmatamento (b)não
(b)sim,o governo deveria pedir ajuda internacional
para controlar o desmatamento 16:quanto tempo você usa diariamente para
(c)não, acredito que a Amazônia não tem mais tomar banho?
jeito e o fim dela esta próximo (a)5 min
(d)não, os brasileiros precisam evoluir muito (b) 10 min
ainda para perceber que a Amazônia é essencial
na vida da humanidade
(c)15 min
(d)mais de 20 min

09:você acredita que em 20 anos a população


pode evoluir ao ponto de não poluir mais a
camada de ozônio?
(a)sim
(b)não

10:você já jogou lixo em lugares não


próprios?
(a)sim
(b)não

17:se você já jogou você estava ciente do que


você fez influenciou de forma no aquecimento
global?
(a)sim
(b)não
(c)nunca joguei lixo em lugares proibidos

18:com o que você mais contribui para o


aumento do aquecimento global?
(a)usei carros antigos sem filtro purificador de ar
(b)já joguei lixos em lugares proibidos
(c)desperdicei água lavando o quintal de casa e
escovando os dentes com a torneira ligada

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9 – ANEXOS:

9.1 APOCALIPSE JÁ:

Já começou a catástrofe causada pelo aquecimento global, que se esperava para daqui a trinta
ou quarenta anos.
A ciência não sabe como reverter seus efeitos. A saída para a geração que quase destruiu a
espaçonave Terra é adaptar-se a furacões, secas, inundações e incêndios florestais

A história do relacionamento entre o homem e a natureza é marcada pelo livro Silent Spring
(Primavera Silenciosa), de 1962. Nessa obra seminal, a bióloga americana Rachel Carson
alertou pela primeira vez para os perigos do uso indiscriminado de pesticidas, até então
encarados pela maioria das pessoas como uma bênção da ciência para solucionar o problema
da fome. A descrição dramática feita por ela das primaveras "sem cantos de pássaros" sacudiu
a consciência das pessoas em escala mundial e serviu de ponto de partida para o moderno
movimento ambientalista. A nova consciência ecológica abriu caminho para leis de controle
dos pesticidas e para acordos internacionais sobre o meio ambiente, como o que baniu a
produção de químicos responsáveis pela destruição da camada de ozônio. Quase cinqüenta
anos depois, o entendimento sobre o fato de que "somos parte do equilíbrio natural" – como
definiu a bióloga – pode nos ser útil diante de uma catástrofe global iminente provocada pelo
aquecimento global. Como uma praga apocalíptica, as mudanças climáticas já semeiam
furacões, incêndios florestais, enchentes e secas com tal intensidade que ninguém mais pode
se considerar a salvo de ser diretamente atingido por suas conseqüências.

9.2 SOLO QUE ARDE:

Nas últimas três décadas, o total de terras atingidas por secas severas dobrou em decorrência
do aquecimento global. Na China, segundo o mais recente estudo da ONU, todos os anos 10
000 quilômetros quadrados em média – o equivalente a metade do estado de Sergipe – se
transformam em deserto. Na Etiópia (foto), secas anuais condenam 6 milhões de pessoas à
fome. Na Turquia, 160 000 quilômetros quadrados de terras cultiváveis sofrem com a
desertificação gradativa e a conseqüente erosão do solo.

O primeiro estudo rigoroso sobre o aquecimento global foi realizado por cientistas da
Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, em 1979. De lá para cá, ambientalistas e
governos debateram, quase sempre aos berros, questões que lhes pareciam básicas. Primeiro,
o grau de responsabilidade da ação humana. Segundo, se os efeitos das mudanças no clima da
Terra são iminentes. A terceira questão é o que pode ser feito para impedir que o problema se
agrave. O debate, nos termos descritos acima, está morto e enterrado. As pesquisas
convergiram, além do benefício da dúvida, para a constatação de que nenhuma influência da
natureza poderia explicar aumento tão repentino da temperatura planetária. Até os mais
céticos comungam agora da idéia apavorante de que a crise ambiental é real e seus efeitos,
imediatos. O que divide os especialistas não é mais se o aquecimento global se abaterá sobre a
natureza daqui a vinte ou trinta anos, mas como se pode escapar da armadilha que criamos
para nós mesmos nesta esfera azul, pálida e frágil, que ocupa a terceira órbita em torno do Sol
– a única, em todo o sistema, que fornece luz e calor nas proporções corretas para a
manutenção da vida baseada no carbono, ou seja, nós, os bichos e as plantas.

9,3 A BAIXA DO RIO:

No Oceano Atlântico, a temperatura da água está meio grau mais alta do que há vinte anos.
Esse calor a mais altera o padrão de circulação dos ventos, provocando deslocamento de
massas de ar seco para a região amazônica. A mudança impede a formação de nuvens,
causando a escassez de chuvas. Em 2005, o fenômeno provocou a maior seca dos últimos
quarenta anos na Amazônia. O Rio Amazonas baixou 2 metros (foto). Mais de 35 municípios
do Amazonas e do Acre ficaram isolados, sem comida, água, luz ou transporte. A grande seca
pode se repetir a qualquer momento.

9.4 A VIDA EM UMA TERRA MAIS QUENTE:

O que fazer para sair dessa crise é bem mais controverso, apesar de ninguém ignorar que, para
evitar que a situação piore, é preciso parar de bombear na atmosfera dióxido de carbono,
metano e óxido nitroso. Esses gases resultantes da atividade humana formam uma espécie de
cobertor em torno do planeta, impedindo que a radiação solar, refletida pela superfície em
forma de calor, retorne ao espaço. É o chamado efeito estufa, e a ele se atribui a
responsabilidade pelo aumento da temperatura global. Há um acordo internacional que
estabelece metas de redução, o Tratado de Kyoto, assinado por 163 países e rejeitado pelos
Estados Unidos, precisamente o país que emite 25% de todo o gás carbônico. É mais uma
razão para não esperar grande coisa de documento. "Kyoto tem um grande significado
simbólico, mas suas metas são muito modestas", pondera o americano Jonathan Overpeck, da
Universidade do Arizona. No protocolo, que entrou em vigor no ano passado, os países se
comprometeram a reduzir em 5% as emissões de CO2 em relação aos níveis de 1990.
"Mesmo que todos os países interrompessem imediatamente a liberação de gases do efeito
estufa", disse a VEJA o americano John Reilly, diretor do programa de mudanças climáticas
do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), "a atmosfera já está de tal forma
impregnada que a temperatura média do globo ainda subiria por mais 1 000 anos e o nível do
mar continuaria a se elevar por mais 2.000."

Na realidade, as emissões de gases estão subindo e as previsões são de mais calor. Como o
aquecimento global já é inevitável, cientistas e ambientalistas têm colocado uma nova questão
na linha de frente da batalha das mudanças climáticas: como se preparar e se adaptar à vida
em um planeta bem mais quente. O tema central desta reportagem não é a previsão de mau
tempo no futuro, ainda que este seja um de seus destaques. O que se lerá aqui diz respeito,
sobretudo, ao impacto do aquecimento global que já se faz sentir no mundo atual e como
teremos de aprender a viver com isso. A primeira coisa que precisa ser aprendida é como
conviver com a fúria da natureza injuriada. De acordo com um levantamento da Organização
das Nações Unidas, em 2005 ocorreram 360 desastres naturais, dos quais 259 diretamente
relacionados ao aquecimento global. O aumento foi de 20% em relação ao ano anterior. No
início do século XIX, de acordo com alguns historiadores, dificilmente havia mais de meia
dúzia de eventos de grandes dimensões em um ano. No total, foram 168 inundações, 69
tornados e furacões e 22 secas que transformaram a vida de 154 milhões de pessoas.
9.5 O SUMIÇO DO GELO:

O norte dos Andes é a região de maior concentração de glaciares nos trópicos. Só no Peru
existem 3 044 deles. Até a década de 80, essas geleiras incrustadas no interior das
cordilheiras, remanescentes da era glacial, permaneciam praticamente inalteradas. Um estudo
recente da ONU concluiu que houve uma drástica redução das áreas dos glaciares peruanos
nos últimos quinze anos por causa das mudanças climáticas. Nas fotos, tiradas no mesmo mês
de anos diferentes, a redução de um glaciar da Cordilheira Branca.

9.6 AS SEIS PRAGAS DO AQUECIMENTO:

Seis mudanças de grandes proporções causadas pelo aquecimento global estão relacionadas a
seguir. Todas estão ocorrendo agora, afetam não apenas o clima mas perturbam a vida das
pessoas e têm como única previsão futura o agravamento da situação. É assustador observar
que eventos assim, de dimensões ciclônicas, sejam o resultado do aumento de apenas 1 grau
na temperatura média da Terra, uma fração do calor previsto para as próximas décadas.

• O Ártico está derretendo – A cobertura de gelo da região no verão diminui ao ritmo


constante de 8% ao ano há três décadas. No ano passado, a camada de gelo foi 20% menor em
relação à de 1979, uma redução de 1,3 milhão de quilômetros quadrados, o equivalente à
soma dos territórios da França, da Alemanha e do Reino Unido.
• Os furacões estão mais fortes – Devido ao aquecimento das águas, a ocorrência de
furacões das categorias 4 e 5 – os mais intensos da escala – dobrou nos últimos 35 anos. O
furacão Katrina, que destruiu New Orleans, é uma amostra dessa nova realidade.

• O Brasil na rota dos ciclones – Até então a salvo desse tipo de tormenta, o litoral sul
do Brasil foi varrido por um forte ciclone em 2004. De lá para cá, a chegada à costa de outras
tempestades similares, ainda que de menor intensidade, mostra que o problema veio para
ficar.

• O nível do mar subiu – A elevação desde o início do século passado está entre 8 e 20
centímetros. Em certas áreas litorâneas, como algumas ilhas do Pacífico, isso significou um
avanço de 100 metros na maré alta. Um estudo da ONU estima que o nível das águas subirá 1
metro até o fim deste século. Cidades à beira-mar, como o Recife, precisarão ser protegidas
por diques.

• Os desertos avançam – O total de áreas atingidas por secas dobrou em trinta anos. Uma
quarto da superfície do planeta é agora de desertos. Só na China, as áreas desérticas avançam
10.000 quilômetros quadrados por ano, o equivalente ao território do Líbano.

• Já se contam os mortos – A Organização das Nações Unidas estima que 150.000


pessoas morrem anualmente por causa de secas, inundações e outros fatores relacionados
diretamente ao aquecimento global. Em 2030, o número dobrará.

9.7 DESASTRE NO ALASCA:


No Alasca, onde as temperaturas médias do inverno aumentaram 4 graus nos últimos
cinqüenta anos, a paisagem se modificou por completo. A camada de gelo que cobre o mar
desapareceu em algumas regiões (nas fotos, o glaciar Muir com a diferença de 63 anos). No
passado, 10 milhões de quilômetros quadrados do Oceano Ártico permaneciam congelados
durante o verão. Hoje, segundo estudos do Arctic Climate Impact Assessment, a área
congelada é pelo menos 30% menor.

HOJE

9.8 O PLANETA É GIGANTE, O EQUILÍBRIO É FRÁGIL:

Em escala geológica, a temperatura da Terra sempre funcionou como um relógio pontual. A


cada 100.000 anos, mudanças sutis na órbita do planeta e na sua inclinação em relação ao Sol
provocam uma queda na temperatura e fazem com que as massas de gelo dos pólos aumentem
de tamanho e se aproximem da linha do Equador. São as glaciações. A última terminou há
10.000 anos. Foi nessa pequena janela geológica entre o fim da última era glacial e hoje,
marcada por temperaturas amenas, que a humanidade desenvolveu a agricultura, construiu as
cidades e viajou à Lua. Nos últimos 120 anos, com o relógio fora de ordem devido à atividade
humana, a temperatura média do planeta aumentou 1 grau. Pode parecer pouco, mas
mudanças climáticas dessa magnitude têm conseqüências drásticas. Há 12.000 anos, quando a
temperatura média era apenas 3 graus mais baixa que a atual, uma camada de gelo cobria a
Europa até a França. Uma vez alterado, o mecanismo natural do clima, dizem os cientistas,
não é fácil de ser reajustado. "Ao quebrar o equilíbrio climático, a humanidade mexeu com
processos que não conhece por completo e que estão fora do alcance e da capacidade da mais
avançada tecnologia", analisa o geofísico Paulo Eduardo Artaxo, da Universidade de São
Paulo.

Os gases responsáveis pelo aquecimento excessivo são produzidos pelos combustíveis fósseis
usados nos carros, nas indústrias e nas termelétricas e pelas queimadas nas florestas.
Processos naturais, como a decomposição da matéria orgânica e as erupções vulcânicas,
produzem dez vezes mais gases que o homem. Por eras, garantiram sozinhos a manutenção do
efeito estufa, sem o qual a vida não seria possível na Terra. Para se manter em equilíbrio
climático, o planeta precisa receber a mesma quantidade de energia que envia de volta para o
espaço. Se ocorrer desequilíbrio por algum motivo, o globo esquenta ou esfria até a
temperatura atingir, mais uma vez, a medida exata para a troca correta de calor. O equilíbrio
natural foi rompido pela revolução industrial. Desde o século XIX, as concentrações de
dióxido de carbono no ar aumentaram 30%, as de metano dobraram e as de óxido nitroso
subiram 15%. A última vez em que os níveis de gases do efeito estufa estiveram tão altos
quanto agora foi há 3,5 milhões de anos. O ano passado foi o mais quente desde que as
temperaturas começaram a ser registradas, em 1866. Pelo que se sabe, o planeta está mais
quente do que já foi em qualquer momento dos últimos dois milênios. Se mantiver o ritmo
atual, no fim do século a temperatura média será a mais elevada dos últimos 2 milhões de
anos.

9.9 EFEITO IRREVERSÍVEL?:

Sabe-se que o próximo relatório do Painel Internacional de Mudança Climática (IPCC,) das
Nações Unidas, a mais respeitada autoridade em aquecimento global, a ser divulgado em
2007, depois de revisto pelos cientistas e pelos órgãos governamentais, deve estimar um
aumento na temperatura média do planeta entre 2 e 4,5 graus até 2050. "Dois graus é uma
barreira psicológica para os cientistas", diz Marc Lucotte, diretor do Instituto de Ciências do
Ambiente da Universidade de Quebec, no Canadá. Acima desse patamar, a probabilidade de
ocorrerem tragédias muito maiores que as observadas em anos recentes, como inundações,
secas, ondas de calor, furacões e epidemias, aumenta muito. "Aí será tarde demais para tentar
uma volta atrás", afirma o ambientalista Carlos Rittl, coordenador da campanha de clima do
Greenpeace no Brasil. Na pior das hipóteses, um aumento de 4 graus iria igualar as
temperaturas do Ártico aos patamares registrados há 130.000 anos, segundo um estudo feito
com base em análises geológicas por cientistas da Universidade do Arizona e do Centro
Nacional de Pesquisas Atmosféricas dos Estados Unidos. Nesse passado distante, o nível dos
oceanos era 6 metros mais alto e a camada de gelo do Ártico praticamente havia desaparecido.
"Isso não significa que o nível do oceano subirá imediatamente a 6 metros quando o
termômetro registrar um aumento de 4 graus na temperatura", disse a VEJA Jonathan
Overpeck, um dos coordenadores do estudo. "Mas a partir de então o processo de
derretimento dos glaciares será rápido e irreversível."
Irreversível? Muitos cientistas começam a acreditar que as mudanças climáticas chegaram a
um ponto de não-retorno. Esse fenômeno leva agora o nome de tipping point, termo em inglês
popularizado como título de livro por Malcolm Gladwell, escritor badalado de Nova York.
Em ciência, significa o momento em que a dinâmica interna passa a encarregar-se de uma
mudança iniciada previamente por forças externas. Em vários aspectos já cruzamos o limite
sem volta. A limpeza da atmosfera é tarefa para gerações. O degelo nas regiões polares está
além do tipping point. Obviamente, como conseqüência do volume de água do degelo, os
oceanos continuarão a subir. O aquecimento dos mares alimentará novos furacões,
aumentando a capacidade destrutiva desses fenômenos meteorológicos. "A violência desses
desastres naturais só pode ser atenuada se houver uma redução na temperatura da água, o que
parece improvável", afirma o biólogo americano Thomas Lovejoy, presidente do Centro
Heinz para a Ciência, em Washington. Recentemente, Lovejoy constatou um novo efeito
desastroso do excesso de gás carbônico: os mares estão ficando mais ácidos. As alterações no
PH marítimo levam à redução do número de moluscos e plânctons, que estão na base da
alimentação dos ecossistemas marítimos, e ameaçam aniquilar os recifes de corais.
Obviamente, não há muito que se possa fazer para salvar a vida marinha.

9.10 UM PACTO GLOBAL PELA SALVAÇÃO:

O derretimento dos glaciares, concordam os especialistas, já atingiu dinâmica própria,


impossível de ser freada. O impacto do aquecimento global pode ser percebido em toda parte,
mas não há nada mais explícito que a redução das geleiras e do Ártico. Praticamente todos os
glaciares da Terra estão encolhendo. Dos 150 que existiam no Glacier National Park, nos
Estados Unidos, em 1880, restam cinqüenta, e a estimativa é que o último desaparecerá até
2030. O mesmo se vê nos Andes, na Patagônia e nos Alpes. Blocos de gelo do tamanho de
pequenos países têm se desprendido da Antártica e boiado no Atlântico Sul até se dissolver no
mar. Nos últimos cinqüenta anos, o volume de gelo no Ártico caiu quase à metade e, nessa
velocidade, terá desaparecido totalmente no verão de 2080. Segundo um estudo do
meteorologista americano Eric Rignot, da Nasa, o ritmo do derretimento da cobertura de gelo
da Groenlândia dobrou nos últimos dez anos. Segundo o IPCC, o nível dos mares subiu entre
10 e 20 centímetros no último século. O aumento decorre da combinação do aquecimento das
águas – e sua conseqüente expansão – com o derretimento do gelo nos pólos e nas montanhas.
A estimativa é que suba mais 1 metro até o fim do século. Caso a camada de gelo da
Groenlândia, que chega a 3,2 quilômetros de espessura em alguns pontos, derreta por
completo, o nível do mar atingirá 7 metros. Cidades como Recife e Parati precisariam de
diques de 8 metros de altura para sobreviver.

O cenário é adverso, mas não justifica a inércia. Os recursos para reduzir os efeitos colaterais
do aquecimento são conhecidos. Basicamente, é necessário encontrar um uso mais eficiente
de energia e diminuir a emissão de gases que provocam o efeito estufa. Cerca de 75% desses
gases vêm do combustível fóssil utilizado na produção de energia, nas indústrias e nos
automóveis. Outros 25% são provenientes das queimadas – talvez o item mais fácil de
consertar. Há preocupação real entre os governos. Vários países estão reconsiderando a
energia nuclear, que hoje provê 16% do total. Só a China quer construir 32 usinas até 2020.
Os Estados Unidos estão interessados em produzir combustível para carros usando milho, da
mesma maneira que o Brasil faz com a cana. Mas nenhum país vai muito longe porque as
alternativas custam caro e os riscos para a economia são altos. Campanhas de ONGs e
ambientalistas propõem que cada pessoa faça sua parte, como deixar o carro na garagem
alguns dias por semana. São atitudes louváveis, mas de pouco efeito prático. "São necessárias
grandes estratégias e investimentos pesados para transformar o modo como o mundo viveu
nos últimos vinte anos", define o americano John Reilly, do MIT. Por isso, frear o ritmo do
aquecimento global exige o envolvimento de governos. Não é o caso de pôr todos eles a
negociar, como ocorreu em Kyoto, e convencê-los de que é hora de ajudar o planeta. Haveria
tantos interesses divergentes que um consenso seria praticamente impossível. "Na realidade,
para resolver o problema do efeito estufa bastaria um acordo entre as dez ou vinte maiores
economias", diz David Keith, presidente do Conselho de Energia e Meio Ambiente do
Canadá. Trata-se dos maiores poluidores e também são países que têm tecnologia e dinheiro
para mudar o padrão energético.
9.11 OS MAUS TRIPULANTES:

Os seres humanos se adaptaram aos novos ambientes – essa é a chave do sucesso evolutivo da
espécie. Mas um mundo mais quente pode ser cheio de surpresas – a maioria delas
desagradável. Há quatro anos, os canadenses precisaram se acostumar com a visão de urubus
no verão, um fenômeno inédito. Esses pássaros preferem as regiões mais quentes e nunca
eram vistos em latitudes tão altas. No Brasil, uma elevação de apenas 1 grau reduziria a área
propícia para o cultivo do café em 32%. Se o aumento do calor for de 3 graus, a redução será
de 58%. "Em dias com mais de 34 graus, as flores do café abortam os grãos e a produtividade
cai drasticamente", diz Hilton Silveira Pinto, pesquisador da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp). "Eu não ficaria surpreso se tivéssemos de importar café da Argentina."
Com um aumento de 3 graus, haverá uma redução de 20% na produção de arroz; na de feijão,
de 11%; e na de milho, de 7%. A temperatura mais alta pode tornar o Sul e o Sudeste atrativos
para mosquitos que transmitem doenças hoje típicas da Amazônia e do Centro-Oeste. Centros
de saúde terão de se preparar para atender casos de malária e de dengue. Em vinte anos, o mar
estará 8 centímetros mais alto na costa brasileira. Essa pequena diferença poderá fazer com
que, quando a maré estiver alta, as ondas invadam o litoral. "Será preciso construir diques em
Parati e no Recife", afirma Afrânio Mesquita, oceanógrafo da Universidade de São Paulo.
"Teremos de aprender com a Holanda, que tem vastas áreas abaixo do nível do mar." Adaptar-
se ao clima mais quente parece ser viável para a humanidade. Se é o que nos resta fazer,
teremos de fazê-lo. Isso não nos livrará, porém, da condenação das gerações futuras. Seremos
sempre estigmatizados como os tripulantes que por pouco não destruíram o único, pálido,
frágil e azul oásis de vida na imensidão do universo.
9.12 OS VERDES CHEGAM A WALL STREET:

para isso seja preciso abrir mão das premissas sagradas do capitalismo. Esses empresários
avaliam que, como diz John Doerr, um dos grandes investidores do Vale do Silício, "a
revolução verde pode se tornar a grande oportunidade empresarial do século XXI".

À frente desse movimento, que vem sendo chamado de nova revolução verde, está o ex-vice-
presidente americano Al Gore. Afastado dos cargos públicos desde que perdeu a disputa pela
Casa Branca para George W. Bush, em 2000, Gore se transformou num pregador incansável
em favor da salvação do planeta por meio de investimentos em novas tecnologias e modelos
de negócios. Nos últimos anos, ele já fez mais de 1 000 palestras em empresas e
universidades, discursando sobre as conseqüências das mudanças climáticas e o que pode ser
feito para combatê-las. Há três semanas, estreou nos cinemas americanos o documentário
Aquecimento Global, uma Verdade Inconveniente, que tem Gore como protagonista e é
amplamente baseado em suas palestras. A fita tem ajudado a imprimir a Gore uma certa aura
de astro e guru. Ao comparecer à apresentação do filme em Cannes, no mês passado, ele
atraiu mais atenção do que celebridades como Penélope Cruz e Tom Hanks.

Para provar que investir no verde pode ser um bom negócio, há dois anos Gore abriu com
outros sócios a empresa Generation Investment Management, um fundo que administra 200
milhões de dólares aplicados em produção de energia sustentável. Também em sociedade com
investidores, comprou por 70 milhões de dólares um canal de TV a cabo destinado a divulgar
causas ecológicas. Negócios como esses seriam impensáveis até poucos anos atrás, quando a
imagem que Wall Street tinha dos ambientalistas era a de um bando de chatos usando
sandálias e rabo-de-cavalo.

9.13 SOLUÇÕES PARA O AQUECIMENTO GLOBAL:

Energia eólica: fonte de energia limpa para combater o aquecimento global

A emissão de gases poluentes tem provocado, nas últimas décadas, o fenômeno climático
conhecido como efeito estufa. Este tem gerado o aquecimento global do planeta. Se este
aquecimento continuar nas próximas décadas, poderemos ter mudanças climáticas
extremamente prejudiciais para o meio ambiente e para a vida no planeta Terra.
Soluções para diminuir o Aquecimento Global
Diminuir o uso de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, querosene) e aumentar o uso de
biocombustíveis (exemplo: biodíesel) e etanol.
Os automóveis devem ser regulados constantemente para evitar a queima de combustíveis de
forma desregulada. O uso obrigatório de catalisador em escapamentos de automóveis, motos e
caminhões.
Instalação de sistemas de controle de emissão de gases poluentes nas indústrias.
Ampliar a geração de energia através de fontes limpas e renováveis: hidrelétrica, eólica, solar,
nuclear e maremotriz. Evitar ao máximo a geração de energia
através de termoelétricas, que usam combustíveis fósseis.
Sempre que possível, deixar o carro em casa e usar o sistema de transporte coletivo (ônibus,
metrô, trens) ou bicicleta.
Colaborar para o sistema de coleta seletiva de lixo e de reciclagem.
Recuperação do gás metano nos aterros sanitários.
Usar ao máximo a iluminação natural dentro dos ambientes domésticos.
Não praticar desmatamento e queimadas em florestas. Pelo contrário, deve-se efetuar o
plantio de mais árvores como forma de diminuir o aquecimento global.
Uso de técnicas limpas e avançadas na agricultura para evitar a emissão de carbono.
Construção de prédios com implantação de sistemas que visem economizar energia (uso da
energia solar para aquecimento da água e refrigeração).
9.14 PROTOCOLO DE KYOTO:

O Protocolo de Kyoto é conseqüência de uma série de eventos iniciada com a Toronto


Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (outubro de 1988), seguida pelo IPCC's
First Assessment Report em Sundsvall, Suécia (agosto de 1990) e que culminou com a
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (CQNUMC, ou UNFCCC
em inglês) na ECO-92 no Rio de Janeiro, Brasil (junho de 1992). Também reforça seções da
CQNUMC.

Constitui-se no protocolo de um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a


redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa, considerados, de acordo com a
maioria das investigações científicas, como causa antropogênicas do aquecimento global.

Discutido e negociado em Kyoto no Japão em 1997, foi aberto para assinaturas em 11 de


Dezembro de 1997 e ratificado em 15 de março de 1999. Sendo que para este entrar em vigor
precisou que 55% dos países, que juntos, produzem 55% das emissões, o ratificassem, assim
entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em Novembro de
2004.

Por ele se propõe um calendário pelo qual os países-membros (principalmente os


desenvolvidos) têm a obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em, pelo
menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012, também chamado
de primeiro período de compromisso (para muitos países, como os membros da UE, isso
corresponde a 15% abaixo das emissões esperadas para 2008).

As metas de redução não são homogêneas a todos os países, colocando níveis diferenciados
para os 38 países que mais emitem gases. Países em franco desenvolvimento (como Brasil,
México, Argentina e Índia) não receberam metas de redução, pelo menos momentaneamente.

A redução dessas emissões deverá acontecer em várias atividades econômicas. O protocolo


estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas ações básicas:

• Reformar os setores de energia e transportes;


• Promover o uso de fontes energéticas renováveis;
• Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção;
• Limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas
energéticos;
• Proteger florestas e outros sumidouros de carbono
.
Se o Protocolo de Kyoto for implementado com sucesso, estima-se que a temperatura global
reduza entre 1,4°C e 5,8°C até 2100, entretanto, isto dependerá muito das negociações pós
período 2008/2012, pois há comunidades científicas que afirmam categoricamente que a meta
de redução de 5% em relação aos níveis de 1990 é insuficiente para a mitigação do
aquecimento global.

9.15 LISTA DOS PAÍSES MENBROS DO PROTOC. DE KYOTO:

Mapa do Protocolo de Kyoto em 2009.

Legenda :
• Verde : Países que ratificaram o protocolo.
• Amarelo : Países que ratificaram, mas ainda não cumpriram o protocolo.
• Vermelho : Países que não ratificaram o protocolo.
• Cinzento : Países que não assumiram nenhuma posição no protocolo.

9.16 OS EUA E O PROTOCOLO DE KYOTO:

Os Estados Unidos da América negaram-se a ratificar o Protocolo de Kyoto, de acordo com a


alegação do ex-presidente george W. Bush de que os compromissos acarretados por tal
protocolo interfeririam negativamente na economia norte-americana.
A Casa Branca também questiona a teoria de que os poluentes emitidos pelo homem causem a
elevação da temperatura da Terra.

Mesmo o governo dos Estados Unidos não assinando o Protocolo de Kyoto, alguns
municípios, Estados (Califórnia) e donos de indústrias do nordeste dos Estados Unidos já
começaram a pesquisar maneiras para reduzir a emissão de gases promotores do efeito estufa
— tentando, por sua vez, não diminuir sua margem de lucro com essa atitude.

9.17 SUMIDOUROS DE CARBONO:

Em julho de 2001, o Protocolo de Kyoto foi referendado em Bonn, Alemanha, quando


abrandou o cumprimento das metas previstas anteriormente, através da criação dos
"sumidouros de carbono". Segundo essa proposta, os países que tivessem grandes áreas
florestadas, que absorvem naturalmente o CO2, poderiam usar essas florestas como crédito
em troca do controle de suas emissões. Devido à necessidade de manter sua produção
industrial, os países desenvolvidos, os maiores emissores de CO2 e de outros poluentes,
poderiam transferir parte de suas indústrias mais poluentes para países onde o nível de
emissão é baixo ou investir nesses países, como parte de negociação.
Entretanto, é necessário fazer estudos minuciosos sobre a quantidade de carbono que uma
floresta é capaz de absorver, para que não haja super ou subvalorização de valores pagos por
meio dos créditos de carbono. Porém, a partir da Conferência de Joanesburgo esta proposta
tornou-se inconsistente em relação aos objetivos do Tratado, qual seja, a redução da emissão
de gases que agravam o efeito estufa. Deste modo, a política deve ser deixar de poluir, e não
poluir onde há florestas, pois o saldo desta forma continuaria negativo para com o planeta.

9.18 CÉTICOS E O PROTOCOLO DE KYOTO:

O Protocolo de Kyoto somente faz sentido para aqueles que acreditam que as emissões de
gases poluentes, principalmente aqueles provenientes da queima de combustíveis fósseis, são
os principais responsáveis pelo aquecimento global. Como conseqüência do Protocolo, os
países desenvolvidos teriam que diminuir drasticamente suas emissões, inviabilizando, a
médio prazo, o seu crescimento econômico continuado que, acreditam os cé(p)ticos, é a única
forma de se atingir a abundância de bens e serviços de que tanto necessita a humanidade.
Assim, o segundo maior emissor de gases causadores do efeito estufa do planeta, os Estados
Unidos, não ratificaram e, provavelmente não o ratificarão num prazo previsível. Tal atitude é
considerada prudente por parte dos cé(p)ticos. De fato, todas as nações européias e o Japão
ratificaram o Protocolo, e algumas delas, embora tenham concordado em diminuir suas
emissões em 2010 em 8% abaixo dos níveis de 1990, já admitem que não conseguirão atingir
esta meta e somente poderão conseguir reduzir as emissões em 1% em 2010.

A União Européia esperava atingir as metas compromissadas, aproveitando as possibilidades


da Inglaterra, França e Alemanha de reduzir suas emissões aos níveis de 1990, utilizando a
política de abandonar o uso do carvão, aumentar o uso da energia nuclear e fechar as portas
das indústrias poluidoras do leste alemão. Considerando estas vantagens, as outras nações não
precisariam ser tão severas na redução das suas emissões sob a política original do Protocolo
de Kyoto. Como conseqüência, estes países aumentaram maciçamente suas emissões,
apagando assim os ganhos dos países grandes. Pelo menos 12 dos 15 países europeus estão
preocupados em poder cumprir as suas metas; nove deles romperam-nas, com emissões
aumentando entre 20% e 77%.

A realidade, então, crêem os cé(p)ticos, é que o Protocolo de Kyoto tornar-se-á "letra morta" e
que a Comunidade Européia, sua grande defensora, está destinada a revelar isto ao mundo. O
desenvolvimento deste tema pode melhor ser apreciado no artigo de Iain Murray, publicado
pelo Tech Central Station, em 5 de maio de 2005[1].

No entanto, o quadro mudou consideravelmente em 2007 com a publicação dos relatórios do


IPCC sobre mudança climática. A opinião pública, assim como de políticos de todo o mundo,
tem cada vez mais entendido que a mudança climática já começou e que medidas são
necessárias.

9.19 SEQUESTRO DE CARBONO:

O "carbon sequestration" é uma política oficial dos EUA e da Austrália que trata de estocar o
excesso de carbono, por prazo longo e indeterminado, na biosfera, no subsolo e nos oceanos.
Os projetos do DOE's Office of Science dos EUA são:

1. Seqüestrar o carbono em repositórios subterrâneos;


2. Melhorar o ciclo terrestre natural através da remoção do CO2 da atmosfera pela
vegetação e estoque da biomassa criada no solo;
3. O seqüestro do carbono nos oceanos através do aumento da dissolução do CO2 nas
águas oceânicas pela fertilização do fito plâncton com nutrientes e pela injeção de
CO2 nas profundezas dos oceanos, a mais de 1000 metros de profundidade.
4. O seqüenciamento de genoma de microorganismos para o gerenciamento do ciclo do
carbono.
5. Enviar através de foguetes (naves) milhares de mini-satélites (espelhos) para refletir
parte do sol, em média 200.000 mini-satélites, reduziriam 1% do aquecimento.

O plano de seqüestro de carbono norte-americano já está em andamento e demonstra a


preocupação dos céticos em ajudar a remover uma das causas (embora a considerem
insignificante) do aquecimento global. A Austrália possui um plano semelhante ao dos EUA.
Para maiores detalhes sobre os programas de seqüestro de carbono norte-americano e
australiano ver as publicações "Carbon Sequestration - Technology Roadmap and Program
Plan" de março de 2003, do U.S. DOE Office of Fossil Energy - National Technology
Laboratory e o "Carbon Dioxide - Capture and Storage" do Research Developments &
Demonstration in Australia, 2004[2].

9.20 O AUMENTO DAS EMISSÕES DOS PAÍSES EM DESEMVOLVIMENTO:

Um dos fatores alegados pelos Estados Unidos para a não ratificação do Protocolo de Kyoto
foi a inexistência de metas obrigatórias de redução das emissões de gás carbônico para os
países em desenvolvimento.

Apesar de não serem obrigados a cumprir metas de redução, tais países já respondem por
quase 52% das emissões de CO² mundiais e por 73% do aumento das emissões em 2004.
Segundo a Agência de Avaliação Ambiental da Holanda, em 2006, a China, um país em
desenvolvimento, ultrapassou em 8% o volume de gás carbônico emitido pelos EUA,
tornando-se o maior emissor desse gás no mundo, emitindo, sozinha, quase um quarto do total
mundial, mais do que toda a UE.
Um dos motivos dessa escalada das emissões chinesas é a queima do carvão mineral, que
responde por cerca de 68,4% da produção de energia na China. Segundo relatório da AIE,
40,5% das emissões mundiais do CO² são provenientes da queima desse mineral, sendo este
considerado o maior contribui dor para o aquecimento global.
O consumo de carvão mineral em 2006 na China saltou 8,7%, quase o dobro do aumento
mundial; paralelamente, o consumo de energia elétrica teve uma elevação de 8,4% nesse país,
e seu PIB aumentou 10,7%. Logo, o crescimento vertiginoso da economia chinesa gera
pressão pelo aumento da produção de energia, que deve acompanhar rapidamente a crescente
demanda, já que apagões parciais viraram rotina em algumas cidades chinesas, tamanho o
consumo de eletricidade. Esse país se tornará até 2010 o maior consumidor de energia do
mundo. Para suprir a demanda há, atualmente, cerca de 560 usinas termelétricas em
construção no território chinês.

Sendo que em 2007 quase duas novas termelétricas eram inauguradas por semana, então, a
tendência é um crescimento continuado do consumo de carvão mineral, bem como das
emissões de CO² na China, algo também verificado na Índia. Esses dois países juntos
responderão por 45% do aumento mundial da demanda por energia até 2030. Tal aumento
pode significar uma elevação em 57% da emissões mundiais de gás carbônico no mesmo
período. Assim, as atuais 27 bilhões de toneladas de CO² lançadas anualmente na atmosfera
passariam para 42 bilhões em 2030.

Frente ao rápido crescimento econômico de economias emergentes, cuja matriz energética é


extremamente dependente da queima de combustíveis fósseis, em especial do carvão mineral,
o aumento nas emissões de gás carbônico parece inevitável para as próximas décadas,
frustrando as pretensões do Protocolo de Kyoto.

9.21 CONTRIB. DE PAÍSES POBRES AO TRAT. DE KYOTO É FUNDAMENTAL:

Por Teresa Bouza Washington, 15 fev (EFE).- A contribuição dos países em desenvolvimento
à redução dos gases estufa é fundamental, segundo o Banco Mundial, para o sucesso do
Protocolo de Kyoto que entrará em vigor amanhã e do qual os EUA são a grande ausência.

Países como Chile, Marrocos e Índia participam de projetos de redução de emissões de


dióxido de carbono (CO2) que são negociados sob a supervisão do Banco Mundial.
O comércio de redução de emissões permite a um país pobre vender sua cota a países
industrializados que podem utilizá-la para cumprir os objetivos de Kyoto: uma redução média
de 5% dos gases poluentes até 2012, tendo como base os valores de 1990.

Os especialistas do Banco Mundial prevêem que a negociação de emissões cresça nos


próximos anos.

Segundo o organismo, seria muito caro para o mundo industrializado atingir os objetivos de
Kyoto mediante projetos nacionais, por isso eles investirão em energias sustentáveis em
países pobres, para posteriormente comprar a redução de gases que essas energias geram e
contabilizá-la para si.

No total, os países desenvolvidos terão de adquirir o equivalente a 3 bilhões de toneladas de


reduções de CO2 no exterior, segundo explicou hoje em entrevista coletiva Ken Newcombe,
responsável pelo Fundos de Carbono do Banco Mundial.

O Chile é um dos países em desenvolvimento que se preparou para esta oportunidade.

Marcela Main, do departamento de Relações Internacionais da Comissão de Meio Ambiente


chilena, explicou à EFE que o Chile é, segundo o Banco Mundial, o terceiro país que oferece
mais emissões e o segundo melhor para se investir neste tipo de projeto.

Segundo Main, o forte peso do setor privado, a falta de corrupção no país e a força da
economia chilena permitiram ao país ocupar um posto de liderança na América Latina no
comércio de emissões.

O responsável pelo Banco se referiu não só ao período de reduções que se prolongará até
2012, mas também às "incertezas" depois dessa data e pediu aos países industrializados que se
comprometam a resolver as dúvidas pendentes.

O Banco Mundial se reunirá esta semana com os 45 países membros de seu painel consultivo
para analisar métodos que permitam o desenvolvimento de tecnologias que respeitem o meio
ambiente nos países pobres durante os dois próximos anos.
Newcombe afirmou que qualquer projeto desse tipo, seja uma usina eólica ou uma estação
geotérmica, precisa de tempo e lamentou que, segundo os prazos estabelecidos em Kyoto, "a
oportunidade" é muito reduzida.

Os projetos que começarem agora, disse, não entrarão em operação até 2008 ou 2010, por isso
restaria pouco tempo para conseguir as reduções de emissões necessárias para 2012.

Por isso Newcombe considera urgente a necessidade de alcançar um compromisso que vá


além de 2012.

O dirigente do Banco Mundial evitou se referir à ausência dos Estados Unidos no Tratado de
Kyoto, embora tenha deixado claro que os esforços para combater a mudança climática que os
cientistas relacionam às emissões de CO2 devem ser feitos no mundo todo.

O Banco Mundial administra cerca de 800 milhões de dólares em fundos de emissões de


dióxido de carbono.

10- DADOS CONSTATADOS NA PESQUISA:


Tabela 1:

Questão
2: Qual o seu sexo?
Sexo Piratininga Bauru Lençóis Paulista Total
A) Masculino 25 26 83 134
B) Feminino 33 18 65 116
Tabela 2: Total 58 44 148 250

Questão
3: Você sabe o que é aquecimento global?
Piratininga Bauru Lençóis Paulista Total:
A) Sim 23 41 121 185
B) Não 27 9 29 65
Tabela
3: Total 50 50 150 250

Questão
4: Você sabe o que é efeito estufa?
Piratininga Bauru Lençóis Paulista Total:
A) Sim 9 15 33 57
B) Não 41 35 117 193
Tabela 4: T o t a l 50 50 150 250
Questão
5: Você já ouvir falar em crédito de carbono?
Piratininga Bauru Lençóis Paulista Total:
A) Sim 5 19 25 49
B) Não 45 31 125 201
Tabela 5: T o t a l 50 50 150 250

Questão
6: Você já ouviu falar em tratado de Kioto?
Piratininga Bauru Lençóis Paulista Total:
A) Sim 30 24 11 65
B) Não 20 26 139 185
Tabela
6: Total 50 50 150 250
Questão 7: Você já fez alguma ação para reduzir a poluição?
Piratini Baur Lençóis Tota
nga u Paulista l:
A) Trocou carro 0 1 3 4
Não jogou lixo em
B) terrenos 16 18 54 88
C) Não fez queimadas 27 20 48 95
D) Não fez nada 13 29 21 63
Tabela 7: Total 56 68 126 250

Você já percebeu o aumento da temperatura nos


Questão 8: últimos anos?
Piratinin Baur Lençóis Tota
ga u Paulista l:
A) sim , muito calor 19 29 72 120
B) Sim, estações do 13 13 40 66
ano
C) Não percebi 18 8 38 64
Tabela 8: Total 50 50 150 250

Questão Com o aumento da poluição, você acha que está crescendo


9: o número de doenças?
Piratininga Bauru Lençóis Paulista Total:
A) Sim 34 35 121 190
B) Não 16 15 29 60
Tabela 9: T o t a l 50 50 150 250

Questão Você procura jogar lixo em lugares próprios e de forma


10: seletiva?
Piratininga Bauru Lençóis Paulista Total:
A) Sim 18 25 65 108
B) Não 32 25 85 142
Tabela
10: Total 50 50 150 250

Questão Você acredita que é possível conter o aceleramento do


11: aquecimento global?
Piratininga Bauru Lençóis Paulista Total:
A) Sim 22 36 59 117
B) Não 28 14 91 133
Tabela
11: Total 50 50 150 250

Questão Qual a melhor sugestão que você acha para deter o


12: aquecimento global?
Piratininga Bauru Lençóis Paulista Total:
A) Leis 25 23 95 143
B) Combustíveis 17 14 29 60
C) Transportes 5 6 12 23
D) sem opinião 3 7 14 24
Tabela
12: Total 50 50 150 250

Questão Você acredita que a Amazônia é importante para a


13: sobrevivência do planeta?
Piratininga Bauru Lençóis Paulista Total:
A) Sim 45 49 142 236
B) Não 5 1 8 14
Tabela
13: Total 50 50 150 250

Questão O que você acha que deve ser feito para que o
14: desmatamento da Amazônia seja reduzido?
Piratining Baur Lençóis Total
a u Paulista :
A) Exército 11 7 28 46
B) Ajuda Internacional 2 2 15 19
C) Conscientização 37 41 107 185
D) Não tem solução 0 0 0 0
Tabela
14: Total 50 50 150 250

Questão
15: Você sabe quanto tempo leva para decompor os resíduos?
Piratininga Bauru Lençóis Paulista Total:
A) Sim 9 11 33 53
B) Não 41 39 117 197
Tabela
15: Total 50 50 150 250
Questão
16: Quanto tempo você usa para tomar banho diariamente?
Piratining Baur Lençóis Tota
a u Paulista l:
A) 5 Minutos 7 5 20 32
B) Acima de 15 minutos 8 10 35 53
C) 10 Minutos 15 18 43 76
D) 15 Minutos 20 17 52 89
Tabela 16: Total 50 50 150 250

Questão
17: Qual será o combustível do futuro na sua opinião
Piratininga Bauru Lençóis Paulista Total:
A) Hidrogênio 14 12 50 76
B) Biodiesel 19 12 50 81
C) Eletricidade 13 19 23 55
D) Outros 4 7 27 38
Tabela
17: Total 50 50 150 250

Questã
o 18: O que você acha da atual política ambiental do Brasil?
Piratininga Bauru Lençóis Paulista Total:
A) Excelente 5 8 15 28
B) Ótima 7 9 14 30
C) boa 8 12 13 33
D) Ruim 10 12 25 47
E) Péssima 10 7 30 47
F) ineficaz 10 2 53 65
Tabela
18: Total 50 50 150 250

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