Professional Documents
Culture Documents
9h00 - Secretariado
10h00 – Abertura
Direcção Editorial Gailivro – Carlos Letra
Discussão
Discussão
16h45 – 17h45
Os momentos de transição, de passagem, nas nossas vidas, são sempre difíceis. Existem
transições também entre níveis educativos, de casa para a Creche, de casa para o
Jardim-de-Infância, de casa para o Primeiro Ciclo e ainda entre estes níveis
educativos. Brazelton e Greenspan (2002) falam-nos de necessidades irredutíveis da
criança. Lambert e McCombs (1998) de regulação. Todos sabemos em que medida os pais,
os pares, o tipo de profissionais, as instituições e a comunidade influenciam as
motivações para a aprendizagem das crianças. Blair (2002) demonstra a enorme
influência das emoções nos processos cognitivos e nos processos de auto-regulação das
crianças. Para que os momentos de transição adquiram novas perspectivas devemos dar
atenção aos Rituais de passagem, ao ultrapassar de fronteiras e ao ritual
institucional. E ainda atenção especial aos projectos de intervenção primária com
características especiais, tais como o Projecto Aprender em Parceria – A PAR.
A competência literária começa a ser entendida como uma competência comunicativa que
integra uma série de competências linguísticas, textuais, culturais e sociais que
permitirá à criança desenvolver-se de uma forma adequada e eficaz, capaz de responder
com sucesso ao complexo mercado de intercâmbios comunicativos que são as sociedades
contemporâneas. Actualmente, o corpus da literatura para crianças alarga-se e inclui
suportes digitais e cinético-dramáticos. Começam-se a diluir as fronteiras do
literário e do não literário, ao admitirem-se outros suportes comunicativos e a
interacção de outras linguagens no processo literário. A valorização das obras deixa
de se reportar apenas ao seu valor intrínseco, fundado na palavra e nos critérios de
qualidade sancionados pela história literária. A envolvência pessoal, a interacção
entre o leitor e o texto, as linguagens facilitadoras da compreensão leitora, o
contexto em que a obra é divulgada e lida, são, cada vez mais, factores a ter em
conta na educação literária das crianças. A ênfase colocada no papel activo do
receptor obriga-nos, pois, a reflectir sobre a enciclopédia pessoal dos leitores
infantis, as suas experiências pessoais e percursos de vida, quando, num processo de
avaliação da competência leitora, pretendemos avaliar a quantidade e qualidade dos
significados que estes conseguem extrair de um texto literário. As estratégias
metacognitivas de que o leitor se serve na descodificação do texto decorrem dos
objectivos e as expectativas de leitura que são desenhados pela experiência do
vivido. O jogo de antecipações, através da descodificação de indícios e levantamento
de hipóteses, que a leitura confirma ou não, faz parte das estratégias que o texto
literário promove e de que toda a estimulação intelectual beneficia. Igualmente, a
leitura literária amplia a mundividência, porque amplia conhecimentos, sentimentos e
emoções e facilita o encontro com o Outro, com a sua semelhança e a sua diferença,
promovendo o interculturalismo e a cidadania.
EVA MEJUTO (Editora OQO)
Nas últimas décadas tem-se vindo a verificar que as Tecnologias podem ser excelentes
recursos no processo de ensino-aprendizagem, se forem perspectivadas como meio para
transformar, e não apenas para complementar, a aprendizagem, pelo que a mudança
devida à tecnologia não é aditiva nem subtractiva, é ecológica (Postaman, l993). Com
efeito, tanto a investigação como as práticas demonstram que a intensa interacção das
crianças e dos jovens, verdadeiros nativos digitais (Prensky), com as tecnologias se
reflecte no modo como pensam e aprendem. Cabe aos educadores e aos professores
orientá-los para o uso crítico e criativo desses recursos já que a sua tendência mais
espontânea é a recepção passiva da informação e dos conteúdos. Nesta exposição: a)
apresento exemplos de trabalhos em curso onde as TIC são perspectivadas como
ferramentas cognitivas; b) relaciono o uso das TIC com o Modelo Integrado de
Pensamento (Jonassen, 1996, 2007) e com a teoria ecológica do desenvolvimento humano,
proposta por Bronfenbrenner (1979, 1993, 1995); c) concluo acerca da contribuição das
TIC para o desenvolvimento do pensamento crítico e criativo das crianças.
Fazer MÚSICA caracteriza-nos como espécie, faz parte da nossa essência. Gostamos de a
fazer porque ela nos permite partilhar algo com os outros, fortalecendo e
estabilizando a nossa personalidade. E todos somos capazes de a fazer. É verdade que
quando nos comparamos com os instrumentistas, poucos nos consideraremos músicos ou
sequer “musicais”, no entanto todos j| nos envolvemos em muitas e variadas
actividades musicais. Na Escola, o debate sobre o que se deve aprender e a hierarquia
dos saberes vem desde Platão, mas hoje sabemos que a MÚSICA dá um contributo
essencial e exclusivo: o seu potencial criativo; enquanto forma de comunicação
emocional; as funções da MÚSICA na comunidade. Assim, o entendimento actual em vários
Sistemas Educativos Ocidentais é o de ensinar MÚSICA a todos, de desenvolver as
capacidades musicais de todas as crianças, numa perspectiva de desenvolvimento global
das capacidades inatas do ser humano. Para isto, quem melhor que o professor da turma
para integrar a MÚSICA com as outras áreas do saber.
:: SOBRE OS INTEVENIENTES
MARIA EMÍLIA MONTEIRO NABUCO
Doutorada em “Child Development and Learning” (Instituto de Educaç~o, Faculdade de
Psicologia, Universidade de Londres, 1997) e Mestra em “Child Development with Early
Childhood Education” (Instituto de Educaç~o, Faculdade de Educaç~o, Universidade de
Londres, 1990). É Investigadora do Centro Interdisciplinar de Estudos Educacionais
(CIED) da Escola Superior de Educação de Lisboa desde 1997; Membro do International
Advisory Board do International Journal of Early Years Education e do European Early
Childhood Reserach Journal. Tem diversas obras publicadas na sua área de
especialidade desde 1992.
MARTA MARTINS
Licenciada em Filologia Românica (Faculdade de Letras da Universidade Clássica de
Lisboa), é Professora adjunta de Língua Portuguesa e Literatura para a Infância, na
ESE de Paula Frassinetti, sendo também Formadora da DGLB.
ANTÓNIO TORRADO
Licenciado em Filosofia pela Universidade de Coimbra, é Poeta, Ficcionista,
Dramaturgo, Jornalista, Professor, Produtor e director do Gabinete de Projectos e
Guionismo da RTP, sendo também Membro da Direcção da Sociedade Portuguesa de Autores.
Em 1988 ganhou o Grande Prémio Calouste Gulbenkian de literatura para crianças (pelo
conjunto da obra). Tem vasta obra publicada em diversas editoras, maioritariamente de
literatura infantil e juvenil.
JOSÉ FANHA
Conhecido escritor de literatura infantil e juvenil, é Licenciado em Arquitectura
pela Escola de Belas Artes de Lisboa, é Mestre em Ciências da Educação, Doutorando na
área de História da Educação e da Cultura Escrita na Faculdade de Psicologia e
Ciências da Educação de Lisboa, sendo também Professor do Ensino Secundário. É
Declamador de poesia e escritor para rádio, teatro, cinema e televisão, sendo também
um conhecido Contador de histórias. José Fanha tem uma vasta obra publicada na área
da literatura infantil e juvenil.
MÁRIO RELVAS
Tem Formação em Violoncelo pelo Conservatório Nacional de Lisboa, um Master of Arts
in Music Education pela University of Surrey, Londres, e é Professor da Escola
Superior de Educação de Lisboa sendo um conhecido Violoncelista em Portugal e no
estrangeiro. É co-autor de obras de livros didácticos na área da música.
TERESA LENCASTRE
Natural de Lisboa, tem o Curso Superior de Piano no Conservatório Nacional de Lisboa.
Actualmente lecciona no Instituto Gregoriano de Lisboa e na Escola Beiral dirigindo
também os Pequenos Cantores do Instituto Gregoriano de Lisboa.
MÓNICA OLIVEIRA
Licenciada no Curso de Artes Plásticas – Escultura - pela Faculdade de Belas Artes da
Universidade do Porto (1994). É Doutorada em Artes Plásticas/Escultura pela Faculdade
de Belas Artes da Universidade de Salamanca. É Professora Coordenadora (efectiva) na
E.S.E. de Paula Frassinetti, desde 2000, e Regente Principal na Escola Superior
Artística do Porto. Leccionou em diversas instituições em Portugal e Espanha e é
autora de diversas obras sobre Arte e Expressão plástica.
JOANA CAVALCANTI
Doutorada em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Pernambuco, Brasil e
Mestra em Teoria da Literatura pela mesma instituição, tem uma licenciatura em
Literatura Brasileira pela UNICAMP. É Professora coordenadora na ESEPF e na
Universidade Católica do Porto, como convidada. Investigadora em projectos no âmbito
da Literatura para a Infância, publicou obras sobre esta área.
WALTER ALMEIDA
Walter Ramos Almeida nasceu no Brasil em 1961, tem um Mestrado em Desenho e Técnicas
de Impressão pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e uma Pós-
graduação em Animação Sociocultural pela Faculdade de Psicologia e Ciências da
Educação da Universidade do Porto, sendo Licenciado em Educação pela Universidade
Federal do Espírito Santo, Brasil. É Docente no Curso de Educação Social na Escola
Superior de Educação de Paula Frassinetti, desenvolvendo diversas acções no âmbito da
ecologia e das artes plásticas.
--