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ITAN DE EXU

COMO NASCEU EXU


As histórias dos mais velhos nos contam que no início dos tempos só
existia o ar. OLORUN, o deus supremo, era uma massa infinita de ar.
Quando começou a se mover lentamente e respirar, uma parte do ar foi
transformada em água, originando OXALÁ, o grande Orixá do branco.
O ar e a água se moveram ao mesmo tempo, e uma parte transformou-
se em lama, e dela brotou um montículo, que foi a primeira matéria
dotada de forma - um rochedo lamacento e avermelhado, de laterita.
Olorun soprou seu hálito sobre o montículo, dando-lhe vida. Foi a
primeira forma com existência própria - o proto-exu.
Exu é o primeiro ser criado, o símbolo do elemento procriado. Em
seguida, por formas diferentes, é que surgiram os outros Orixás.

COMO EXU PASSOU A SER REPRESENTANTE DE ORUNMILÁ


Exu era filho de Orunmilá. Olodumare, o Deus supremo, Rei-de-tudo-
que-existe, mandou Orunmilá descer ao mundo para tomar conta de
todas as pessoas e coisas.
Havia muitos Orixás, mas Exu destacava-se em tudo; era o mais forte,
inteligente e atirado. Além disso era muito mau, por qualquer coisa se
vingava, e não gostava de ser contrariado.
Nas reuniões tomava a frente de tudo, e brigava com todos. Os outros
orixás, com medo dele e para não se aborrecerem, deixavam-no fazer o
que quisesse. Por esse motivo Exu passou a ser o representante, o
mensageiro dos Orixás, e o representante de Orunmilá.
Mais tarde houve uma disputa entre Exu e Oxalá para determinar qual
era o mais respeitável. Oxalá provou sua superioridade, apoderando-se
da cabaça onde estava o poder de Exu, e transformando-o assim em
seu servidor. Da mesma forma numa disputa com Obaluaiê, Exu foi
derrotado.

COMO EXU PROMOVEU UM MASSACRE NA CIDADE


Conta a lenda que Exu foi procurar uma rainha que era desprezada pelo
marido, e se propôs a preparar um amuleto que faria o rei voltar a amá-
la. Pediu-lhe apenas uns fios de barba do rei, cortados com uma faca.
Procurou em seguida o príncipe herdeiro, filho da rainha, que morava
num palácio distante e o convenceu de que o rei ia partir para uma
guerra e tinha mandado chamá-lo, juntamente com seus guerreiros.
Finalmente foi ao rei e disse que a rainha, ferida pela frieza dele,
planejava matá-lo naquela noite.
Quando anoiteceu, o rei deitou-se e fingiu dormir. Logo viu a rainha
entrar com uma faca na mão e aproximar-se de sua garganta. Claro que
ela queria apenas uns fios de barba, mas ele acreditou que ela fosse
matá-lo.
O rei a desarmou, e começaram a discutir e brigar, fazendo muito
barulho. O príncipe, que chegava com seus guerreiros, ouviu os gritos
da mãe e viu o pai com uma faca na mão, julgando que ele ia matá-la.
Ao ver o filho e seus guerreiros, armados, entrando em seu palácio, o
rei acreditou tratar-se de uma invasão para matá-lo e tomar o poder.
Gritou por socorro, e seus soldados imediatamente acudiram.
Essa grande confusão gerou um massacre que acabou com a família
real e seus guerreiros.
EXU, FILHO DE ORUNMILÁ
Olodumare mandou Exu para ser auxiliar de Oxalá. Por sua vez
Orunmilá, desejoso de ter um filho, foi procurar Oxalá, aquele que
criava os seres. Este mandou-o voltar em um mês. Orunmilá
impaciente, pediu para levar aquele que estava no portão de casa, que
era Exu. Oxalá, diante da grande insistência de Orunmila, acabou
concordando, mas explicou que Exu não deveria ser mimado.
Para se tornar pai de Exu, Orunmilá deveria colocar suas mãos sobre
Exu e sua mulher Yebíìru, conceberia um filho. A criança seria o próprio
Exu, Alagbara, senhor do poder.
Assim que a criança nasceu Orunmilá pronunciou seu nome, e Exu
respondeu: "Mãe, mãe, eu quero comer preás!" Orunmilá reuniu todas
as preás que encontrou, e Exu comeu-as todas. No dia seguinte Exu
quis comer todos os peixes, e no terceiro dia todas as aves. Ele chorava
e gritava, e Orunmilá fazia-lhe as vontades. No quarto dia disse que
queria comer carne, e o pai lhe trouxe todos os quadrúpedes. Mas Exu
não se satisfazia, e continuava a chorar.
No quinto dia, Exu disse: "Mãe, mãe, eu quero comê-la" e a mãe
respondeu: "Filho, come, come". Exu engoliu a própria mãe. Orunmilá
correu a consultar Ifá, que recomendou uma oferenda, que ele deu. No
sexto dia Exu disse: "Pai, Pai, eu quero comê-lo". Ao se aproximar,
Orunmilá pegou a espada e o partiu em pedaços, que se espalharam e
se transformaram em laterita.
Os pedaços se juntaram e o que restou dele levantou-se e fugiu pelos
nove espaços do céu (orun), que ficaram povoados de exus. No último
espaço, Exu fez um acordo com Orunmilá: Este parava de perseguí-lo,
e todos os exus executariam as ordens de Orunmilá e o ajudariam,
como se fossem seus verdadeiros filhos. Orunmilá pediu, e Exu
devolveu Yébíìru. Eles foram morar em Iworo, e ela deu à luz muitos
filhos, de ambos os sexos.
COMO EXU SE TORNOU O MENSAGEIRO DOS ORIXÁS
Esta história foi contada pelo Odu Oxetuá.
Exu tentava apoderar-se do comando dos Orixás, e foi consultar Ifá,
através dos Babalaôs, para saber como realizaria seu desejo. Todos
disseram que Exu deveria fazer uma oferenda que incluía penas de
papagaio vermelho (ecodidé). Feita a oferenda os Babalaôs deram uma
pena ecodidé a Exu para que ele a usasse, e recomendaram que ele
não deveria colocar nenhum carrego na cabeça pelo menos por três
meses.
Acontece que o efeito da oferenda fez com que Olodumare tivesse a
idéia de saber qual Orixá estava zelando melhor pelo mundo, e
convocou todos os Orixás para uma reunião. Todos começaram a se
preparar, e reunir os presentes que levariam para Olodumare. Partiram
em fila, e Exu, que não podia carregar nada, colocou seu ecodidé na
cabeça e foi junto com os demais.
Ao chegarem, Olodumare fitou-os e sem perguntar nada leu em seus
corações como eles se conduziam. Chamou aquele que estava com
ecodidé, e disse que ele era o que conseguiu reunir todos os habitantes
da Terra, e que conduziu todos os Orixás com seus carregos. Exu não
disse nada, só "Axé".
Olodumare disse a todos que ao chegarem a suas casas deveriam
procurar Exu sempre que precisassem enviar-lhe uma mensagem ou
sugestão. Todos concordaram, e Exu, por ordem de Olodumare, foi
quem os conduziu de volta à Terra. Todos festejaram o acontecimento
junto com Exu.
Os outros Orixás começaram a imitá-lo, usando ecodidé na cabeça
como símbolo de axé, durante rituais e sacrifícios. Foi assim que Exu se
tornou Asiwajú - aquele que vai à frente dos demais.

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