O documento discute os principais fatores causadores de infecção na Unidade de Terapia Intensiva. Procedimentos invasivos, a associação de doenças e fatores iatrogênicos aumentam o risco de infecção nos pacientes. A limpeza do ambiente e da equipe médica também é importante para prevenir a disseminação de microrganismos.
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Infecção Na Unidade de Terapia Intensiva - Principais Fatores Causadores
O documento discute os principais fatores causadores de infecção na Unidade de Terapia Intensiva. Procedimentos invasivos, a associação de doenças e fatores iatrogênicos aumentam o risco de infecção nos pacientes. A limpeza do ambiente e da equipe médica também é importante para prevenir a disseminação de microrganismos.
O documento discute os principais fatores causadores de infecção na Unidade de Terapia Intensiva. Procedimentos invasivos, a associação de doenças e fatores iatrogênicos aumentam o risco de infecção nos pacientes. A limpeza do ambiente e da equipe médica também é importante para prevenir a disseminação de microrganismos.
A assistncia em Unidade de Terapia Intensiva constantemente desafiada por infeces relacionadas aos procedimentos invasivos, que resultam no aumento da morbimortalidade, no tempo de internao e nos altos custos dos pacientes hospitalizados. O controle de infeces em UTI um assunto complexo e de extrema importncia para o bom funcionamento da unidade, evidenciando-se, portanto, a necessidade da proteo tanto individual quanto dos pacientes, bem como a realizao de tcnicas e procedimentos adequadas a fim de evitar qualquer prejuzo para o paciente, um outro fator no menos importante a limpeza do ambiente hospitalar. A associao de doenas, procedimentos invasivos e fatores iatrognicos por parte da equipe fazem com que os pacientes sejam mais acometidos de infeces. A resposta imunolgica do paciente em terapia intensiva frente ao processo infeccioso deficiente. A sua imunidade, mecanismos de defesa esto comprometidos tanto pela doena motivadora da hospitalizao quanto pelas intervenes necessrias para o diagnstico e tratamento. O objetivo deste estudo expor os procedimentos e os fatores que propiciam a maior incidncia da infeco na UTI. Conclui-se que as superfcies inanimadas freqentemente tocadas e equipamentos prximos ao paciente na UTI, contaminam-se por bactrias assim observa-se a necessidade de reforar as mediadas de controle, reduo e preveno da disseminao de microorganismos, alem de dedicar maior ateno descontaminao de superfcie e equipamento na UTI. Procedimento simples como lavagem corretas das mos entre um paciente e outro contribui bastante para diminuir a disseminao de microorganismo na UTI.
Palavras-chave: Infeco hospitalar, Preveno e controle e Resistncia bacteriana.
SUMMARY
Care in the Intensive Care Unit is constantly challenged by infections related to invasive procedures, which result in increased morbidity and mortality, length of stay and higher costs in hospitalized patients. Infection control in the ICU is a complex and extremely important for the proper functioning of the unit, showing, therefore, the need for protection of both individual patients and the completion of appropriate techniques and procedures to avoid any harm to the patient, another factor no less important is the cleanliness of the hospital environment. The association of diseases, invasive procedures and iatrogenic factors for the team cause patients to be more affected infections. The immune response of the patient in intensive care against the infectious process is deficient. Their immunity, defense mechanisms are compromised by disease motivating both hospitalization as the interventions necessary for diagnosis and treatment. The objective of this study is to describe the procedures and the factors that lead to a higher incidence of infection in the ICU. We conclude that the inanimate surfaces frequently touched and equipment near the patient in the ICU, contaminate themselves with bacteria so there is a need to strengthen mediated control, reduce and prevent the spread of microorganisms, besides devoting increasing attention to decontamination surface and equipment in the ICU. Simple procedure to correct washing of hands between one patient and another is enough to slow the spread of microorganism ICU.
Keywords: hospital infection. prevention and control Bacterial resistance.
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1. INTRODUO
A infeco hospitalar um das grandes preocupaes encontradas dentro das unidades hospitalares, em especial nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) so as mais freqentes e importantes complicaes ocorridas em pacientes hospitalizados (ROCHA E LEME 2010). Segundo Oliveira e Maruyama (2008), h muito tempo tem sido motivo de preocupao entre os rgos governamentais e, embora a sua regulamentao tenha ocorrido na dcada de 80, a problemtica no pas continua ainda sendo negligenciado. De acordo com Machado et. al (2001), no Brasil, estima-se que 5% a 15% dos pacientes internados iro contrair algum tipo de infeco hospitalar e aproximadamente de 25% a 40% deles recebero antibitico para tratamento ou profilaxia da infeco. Uma infeco cresce, em mdia, de 5 a 10 dias no perodo de internao. No Brasil, os problemas relacionados com as infeces hospitalares vm crescendo cada vez mais, a principal causa de morbidade, mortalidade e aumento da permanncia hospitalar dos pacientes, resultando, em um aumento do estresse e sofrimento ao paciente (SANTOS 2009). Os custos de um paciente com infeco so trs vezes maiores do que o de um paciente sem infeco, e os ndices de infeco hospitalar permanecem muito altos (SANTOS 2009). A preocupao em manter o controle das infeces hospitalares no Brasil surgiu na dcada de 60, surgindo tambm s primeiras publicaes e relatos relacionados ao tema. Em 1963, no Hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre - RS comeou a implantao da primeira Comisso de Controle de Infeco Hospitalar (CCIH) brasileira, e outras comisses multidisciplinares, comearam a surgir a partir da dcada de 70 (ROCHA E LEME 2010). So vrios fatores que elevam os nmeros de casos de infeco na UTI. Podemos citar aqueles relacionados ao paciente como: transplantes, imunodepresso, queimaduras, etc., e aqueles relacionados aos procedimentos e tcnicas aos quais os pacientes esto expostos (LICHY E MARQUES 2002) Segundo Pinheiro et. al (2008), a incidncia de infeces hospitalares varia de acordo com as caractersticas de cada UTI, (infra-estrutura, tipo de patologia atendidas, educao continuada e recursos humanos), Diante disso
4 podemos questionar: qual a importncia da equipe multidisciplinar no controle da infeco hospitalar, principalmente dentro da UTI onde a complexidade do paciente assistido pode influenciar diretamente na instalao do processo infeccioso. O controle de infeces em UTI um assunto complexo e de extrema importncia para o bom funcionamento da unidade, evidenciando-se, portanto, a necessidade da proteo tanto individual quanto dos pacientes, bem como a realizao de tcnicas e procedimentos adequadas a fim de evitar qualquer prejuzo para o paciente, um outro fator no menos importante a limpeza do ambiente hospitalar (PINHEIRO ET. AL 2008). Outro fator de extrema relevncia a infeco relacionada assistncia hospitalar afeta um nmero grande de pacientes, aumentando o tempo de internao, o risco de mortalidade e os custos socioeconmicos, cerca de 30% dos casos de infeces relacionadas assistncia so considerados prevenveis, medidas simples, como a lavagem correta das mos pelos profissionais de sade a mais efetiva delas. So as mos que transportam o maior nmero de microorganismos aos pacientes, por meio contato direto ou atravs de objetos (MARTINEZ, CAMPOS E NOGUEIRA 2008). O objetivo deste estudo expor os procedimentos e os fatores que propiciam a maior incidncia da infeco na UTI.
2. METODOLOGIA
Trata-se de um estudo exploratrio descritivo atravs de levantamento bibliogrfico. A busca abrangeu artigos publicados partir da base de dados da rea da sade BIREME e SCIELO, utilizando os seguintes descritores: Resistncia bacteriana, Infeco hospitalar, Preveno e controle. Para o aprofundamento terico, buscou-se o embasamento em fontes complementares como livros tcnicos, revistas e site na internet.
3. REVISO DA LITERATURA
A Portaria n. 2.616, de 12/5/1998, define Infeco Hospitalar (IH) como toda infeco adquirida durante a internao do paciente, podendo se
5 manifestar durante a internao ou aps a alta e quando puder ser relacionada internao ou procedimentos hospitalares. De acordo com Vilela (2009), um tero das infeces hospitalares poderia ser evitado com programas de controle de infeco efetivos, contendo quatro itens principais: programa de vigilncia, um profissional de controle de IH para cada 250 leitos, pelo menos um epidemiologista treinado e treinamento para cirurgies sobre risco de infeco em stio cirrgico. De acordo com Pereira et. al (2000), a UTI o local onde se concentra pacientes clnicos ou cirrgicos da mais alta complexidade, necessitando de monitorizao e suporte ventilatrio e controle de suas funes vitais pelo alto grau de complexidade que o paciente pode apresentar, este perfil de paciente apresenta doenas ou condies clnicas predisponentes a infeces. Muitos deles j chegam UTI com algum tipo de infeco de origem comunitria isto , j presente ou incubada na poca da admisso hospitalar, ou nosocomial, definida pelo aparecimento aps quarenta e oito (48) horas de internao e, a absoluta maioria, submetida a procedimentos invasivos ou imunossupressivos com finalidades diagnostica e teraputica (PEREIRA ET. AL 2000). Segundo o autor citado, a associao de doenas, procedimentos invasivos e fatores iatrognicos por parte da equipe fazem com que os pacientes sejam mais acometidos de infeces. A resposta imunolgica do paciente em terapia intensiva frente ao processo infeccioso deficiente. A sua imunidade, mecanismos de defesa esto comprometidos tanto pela doena motivadora da hospitalizao quanto pelas intervenes necessrias para o diagnstico e tratamento. Para Devid (1998), as principais causas das infeces so as condies clinicas do paciente, doenas de base nmeros elevados de procedimentos invasivos e falhas nas medidas e controle e prevenes das infeces; urinrias, pneumonias, feridas cirrgicas, e os mtodos invasivos, como os cateteres, a ventilao mecnica e cateteres intravasculares so responsveis por grande nmero das infeces. Infeco urinria: Consideram-se infeces urinrias as infeces nosocomiais, ou seja, adquiridas no ambiente hospitalar, uma das doenas mais freqentes na UTI acometem 2% dos pacientes internados, sendo responsveis por 35% a 45% das infeces hospitalares. Aproximadamente 80% dos pacientes que contraem infeco urinria fazem uso de cateteres urinrios, mesmo com emprego de tcnica adequada de insero do cateter vesical e uso de sistema de drenagem
6 fechado, a colonizao da urina na bexiga ir ocorrer em torno de 50% dos pacientes aps 10 a 14 dias de cateterizao (ANVISA 2000). Segundo Lichy e Marques (2002), o ndice de mortalidade em decorrncia do uso de cateter vesical de 3,03%, ndice este associado a permanncia do paciente por mais de 10 dias na UTI. A maioria das infeces urinrias causada por bactrias, porm fungos e vrus, agentes mais raros, aparecem em situaes especiais. As enterobactrias (Escherichia coli, Staphylococcus saprophiticus, Proteus sp, Klebsiella sp), so os microorganismos mais comum na UTI e podem atingir o trato urinrio por via retrgrada (ascendente), hematognica ou linftica. A manipulao urolgica atravs do cateterismo, endoscpios ou cirurgia podem levar os microorganismos para o interior do trato urinrio e, neste caso, a fisiopatogenia e a flora responsvel so muito diferentes (LOPES E TAVARES 2005). Segundo Angelino (2010), grande parte das infeces urinrias assintomtica, os sintomas mais freqentes so dores plvicas ou hipogstrica, dor no flanco, disria, nusea, vmito e febre. Pneumonia: a infeco hospitalar que mais comumente acomete pacientes internados em UTI, podendo ser de origem comunitria ou nosocomial, associada a ventilao mecnica, definida como infeco do trato respiratrio inferior, com envolvimento do parnquima pulmonar, adquirida em ambiente hos- pitalar, aps 48 a 72 horas de hospitalizao (CARRILHO 2004). considerada precoce quando ocorre at o quarto dia e, tardia, quando tem incio a partir do quinto dia; essa classificao tem grande importncia para a diferenciao do agente etiolgico e para a deciso quanto teraputica a ser instituda. Quando se faz o diagnstico de pneumonia simplesmente com base em critrios clnicos, pode ocorrer grande probabilidade de risco, da utilizao inadequada de antimicrobianos, devido a esse fato, faz-se necessrio a realizao de tcnicas mais sensveis e especficas, tais como as culturas quantitativas para uma preciso no diagnostico (CARRILHO 2004). De acordo com Devid (1998) a pneumonia nosocomial aumenta a mortalidade (36% a 80%), principalmente quando bacterimica, a pneumonia nosocomial, em geral no paciente adulto, ocorre em 7 a 90/1000 e 7 a 46/1000 internaes, respectivamente, e tem mortalidade de 6% a 58%. Segundo Angelino (2010), a pneumonia associada a ventilao mecnica conseqncia da falta de equilbrio entre os mecanismos de defesa do
7 individuo e o agente microbiano, devido ao tamanho do inoculo ou virulncia do microorganismo. H quatro vias relacionadas a patognese da pneumonia associada a ventilao mecnica:
Aspirao do contedo orofarngeo; Contaminao do equipamento respiratrio; Transmisso de uma pessoa para outra; E a disseminao hematognica.
A pneumonia associada a ventilao mecnica tambm pode ser adquirida atravs de outros focos extrapulmonares como infeces plvicas, feridas cirrgicas e infeces a partir de cateteres vasculares. (ANGELINO 2010). Segundo Fortuna et. al (2002) as manifestaes clnicas associada a ventilao mecnica podem ser: Dispnia, astenia, febre, tosse, expectorao, emagrecimento, hemoptise e dor torcica. Oliveira e Soares (2012) acreditam que o conhecimento tcnico junto com disponibilidade para o cuidar resultaria em cuidado humanizado, com maior satisfao dos clientes. O processo de humanizao uma experincia que envolve as pessoas que esto trabalhando, o ambiente e o cliente. A interao entre estes componentes determina a qualidade do atendimento para o paciente. Ferida cirrgica: pode ser classificada em superficial, profunda e de rgo ou cavidade, conforme definio. Superficial: aquela que ocorre nos primeiros trinta dias do ps- operatrio e envolve unicamente pele e/ou tecido celular subcutneo. Profunda: apresenta-se dentro dos primeiros trinta dias e, em caso de colocao de prtese, pode manifestar-se at um ano aps o procedimento, podendo envolver tecidos moles e mais profundos, fscia e msculos. Cavidade ou rgo: inclui qualquer stio anatmico relacionado com o procedimento, exceto a rea da inciso cirrgica. A infeco da ferida operatria um risco inerente ao ato cirrgico, sendo tambm sua complicao mais comum. Quase toda infeco de ferida cirrgica adquirida durante o ato cirrgico, e a manifestao da infeco da ferida operatria se d, em mdia, quatro a seis dias aps o procedimento, observando-se edema, eritema e dor no stio da inciso com drenagem de secreo de aspecto purulento (MAIA 2009).
8 Mtodos invasivos: (Cateteres), so indispensveis na prtica da medicina moderna, particularmente em UTI sendo, no entanto, importante fonte de infeco da corrente sangnea primria, causa mais freqente de morbimortalidade (LICHY E MARQUES 2002). A etiologia da infeco por cateteres e proveniente da via de acesso, pelo tempo de permanncia do cateter, pelas mos dos trabalhadores da sade, pela flora da pele ou pela contaminao de uma outra parte anatmica. A colonizao do stio de insero ou do canho so as principais fontes. (LICHY E MARQUES 2002). De acordo com Lichy e Marques (2002), a troca dos cateteres perifricos a cada 48-72 horas, se faz necessrio, pois reduz o risco de colonizao e flebite, para os cateteres centrais, esta troca rotineira no benfica troca do sistema de infuso deve ser realizada a cada 72 horas, exceto quando forem feito a infuso de sangue e derivados, emulses lipdicas e outras solues que favoream crescimento microbiano, quando os cateteres so inseridos usando mecanismos para segurana do profissional e do paciente como mscara, gorro, luvas estreis, a diferena de casos significante. Ventilao mecnica: a administrao de oxignio em pacientes impossibilitados de respirar ou quando essa atividade realizada de forma exaustiva pelo mesmo, um mtodo usual na (UTI) sendo utilizada em pacientes com insuficincia respiratria ou qualquer etiologia, dando suporte ao tratamento da patologia-base pelo tempo que for necessrio para reverso do quadro, portanto no constitui um procedimento curativo, pode ser classificada em ventilao invasiva e no invasiva (SEMELTZER E BARE 2005). Para Lichy e Marquez (2002), os pacientes submetidos a este procedimento esto de 6 a 21 vezes mais propensos a desenvolverem algum tipo de patologia respiratria. A ocorrncia de infeco pulmonar faz aumentar o ndice de morbimortalidade independente da patologia do paciente. Para pacientes sob ventilao invasiva, o risco de desenvolver infeco cresce em 1% a cada dia de internao. A ventilao mecnica Invasiva trata-se de um procedimento que traz significativas repercusses sobre os vrios rgos e sistemas do paciente submetido mesma, bem como est diretamente relacionada a complicaes freqentes, algumas podendo ser potencialmente fatais, as sinusites, bronqueolites, broncopneumonias. traqueobronquite e pneumonia, so as complicaes mais comumente relacionadas ventilao mecnica (CINTRA, 2008).
9 Baixa imunidade: A terapia nutricional pea fundamental nos cuidados dispensados ao paciente crtico, devido s evidncias cientficas que comprovam que o estado nutricional interfere diretamente na sua evoluo clnica. A desnutrio progressiva de muitos pacientes sob cuidados intensivos, secundria a suspenso da dieta slida e ao aumento das demandas metablicas decorrentes de fatores como leses teciduais, dficits de perfuso, febre e taquicardia resultam em diminuio da massa muscular e predisponente para a aquisio de infeces hospitalares (SANTOS ET. AL 2010). Segundo Ferreira (2007), o paciente crtico, aps a agresso, sofre uma srie de alteraes hormonais visando manter a homeostase hemodinmica. Fatores inerentes ao tratamento, como ventilao mecnica, uso de sedativos e frmacos vasoativos, tornam o suporte nutricional um desafio aos profissionais envolvidos. A via de administrao da terapia nutricional, o tipo e a quantidade de dieta ofertada devem ser criteriosamente avaliados para diminuir o aparecimento de complicaes.
4. SEPSE E CHOQUE STICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
A sepse uma causa importante de hospitalizao, e a principal causa de morte em Unidades de Terapia Intensiva, trata-se de uma sndrome de resposta inflamatria, motivada por um agente agressor, associada infeco sis- tmica. Os sinais e sintomas apresentam de forma diversificada, sobretudo em pacientes graves cujas doenas so complexas e com freqncia j esto em uso de antimicrobianos (BOECHAT E BOECHAT, 2010).
5. PATGENOS MAIS COMUM NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Segundo Maciel e Cndido (2010) as Infeces tende a disseminar atravs de vrios mecanismos como: as mos, secreo salivar, fluidos corpreos, ar e materiais contaminados, como por exemplo, equipamentos e instrumentos utilizados em procedimentos mdicos. Muitos destes procedimentos so invasivos e nem sempre as tcnicas so realizadas de modo a evitar a contaminao, elevando a sim o risco de infeco do paciente.
10 De acordo com Devid (1998) os patgenos mais comuns encontrados e envolvidos nas infeces do pacientes atendido na UTI so Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus. Enterococcus spp, Escherichia coli: so microrganismos procariotas, unicelulares foi descrita pela primeira vez em 1885 por Theodor Escherich, um bacteriologista alemo, que a designou como bacterium coli commune. O nome Escherichia coli, refere-se a um grupo de bactrias constitudo por diferentes estirpes que tm em comum vrias caractersticas (gnero: Escherichia; espcie: coli) (VELOSO 2006). Segundo Veloso (2006) um microrganismo relativamente pequeno e simples. A sua dimenso tpica de 0,5 m de dimetro e 1,5 m de comprimento, apresentando uma forma de bastonete. Pseudomonas aeruginosa: um importante patgeno humano que est frequentemente associado a infeces dentro da UTI acometendo, principalmente, pacientes imunossuprimidos, pertence famlia Pseudomonadaceae e apresenta-se na forma de bastonetes de 0,5 a 0,8 m de largura por 1,5 a 3,0 m de comprimento. um bacilo Gram negativo, aerbio, no-esporulado, no-fermentador de glicose e mvel devido presena de um flagelo polar, elas podem se visualizadas ao microscpio como isoladas, aos pares ou em cadeias curtas (FERREIRA E LALA 2010). De acordo com o mesmo autor, Luke, em 1862, descreve pela primeira vez o micro-organismo com a observao de pus de cor azul esverdeada presente em algumas infeces purulentas, sendo a principal causa de infeces na UTI, As fontes de maior contaminao so os aparelhos de respirao, sistemas de hemodilise, pias e artefatos de limpeza. a taxa de colonizao em paciente que utiliza o mecanismo artificial de respirao pode exceder 50%, sendo a causa mais importantes de bito dentro da UTI. Est diretamente ligada a infeces do trato urinrio, peritonites em pacientes submetidos a dilise peritoneal, a disseminao desta bactrias facilitada pela sua natureza ubqua, o controle da infeces por pseudomonas aeruginosa exige o uso prudente de antimicrobianos e a pratica da higienizao das mos diria, as tcnicas das limpezas do ambiente e dos equipamentos mdicos (FERREIRA E LALA 2010). Staphylococcus aureus: um importante patgeno devido sua virulncia, resistncia aos antimicrobianos e associao a vrias doenas, incluindo enfermidades sistmicas potencialmente fatais, infeces cutneas, infeces
11 oportunistas e intoxicao alimentar, se tornando ao longo dos anos cada vez mais freqente nas infeces na UTI (CRUVINEL, SILVEIRA E SOARES 2011). So encontradas nas regies da nasofaringe, fossas nasais, podendo causar infeces simples na pele at uma infeco de carter mais grave profunda em pacientes debilitados por doenas crnicas, traumas fsicos, queimaduras e imunossupressoras, esta uma das razes pelas quais as infeces estafiloccicas severas so mais freqentemente adquiridas na UTI. Indivduos que carream o staphylococcus aureus e no apresentam sintomatologia so conhecidos como portadores so ou assintomticos, sendo considerada uma das principais fontes de transmisso tanto da infeco nosocomial, quanto da comunidade (CRUVINEL, SILVEIRA E SOARES 2011) No Brasil, o nmero de infeces hospitalares causadas por Staphylococcus aureus corresponde de 40% a 80%, principalmente na UTI (VILELA 2009) Enterococcus: so bactrias comensal presentes na microbitica do homem, porm podem comporta-se como agente infeccioso principalmente em pacientes cujos fatores de riscos esto presentes, so patgenos oportunista reconhecido, como causa importante de infeco na UTI. A teraputica desta infeco tem se mostrando limitada, uma vez que os enterococcus vm adquirindo resistncia a vrios antimicrobianos. (FURTADO ET. AL 2005). De acordo com Vranjac (2005), as principais espcies de enterococos que causam infeces no homem so Enterococcus faecalis (80 a 90%) e Enterococcus faecium (5 a 15%), A aquisio da infeco por enterococcus geralmente ocorre a partir da microbiota endgena aps manipulao do trato gastrointestinal, por transmisso cruzada atravs das mos dos profissionais de sade e atravs de equipamentos/artigos mdicos (termmetros, estetoscpios) e superfcies (mesa, maaneta, telefone, bandeja de medicao) contaminadas que servem como fontes de transmisso. Klebsiella : as espcies de Klebsiella spp. podem causar vrios tipos de infeces, principalmente hospitalares, e tm merecido destaque pelos seus variados e emergentes mecanismos de resistncia, se destaca entre os patgenos causadores de infeces na UTI. Os fatores de riscos mais importantes encontrados foram: ventilao mecnica, escores clnicos e cirurgia cardaca. Este microorganismo aumenta drasticamente no ambiente hospitalar e causa infeces em diferentes rgo e sistemas como no trato urinrio e Sistema Nervoso Central (ALMEIDA 2005).
12 So encontrado em locais como gua, solo, plantas e esgoto, sua colonizao em seres humanos provavelmente ocorre por contato com as diversas fontes ambientais e pode ser encontrada colonizando a orofaringe e fezes de pessoas sadias, j no organismo de pessoas imunocomprometidas esta bactria encontra um ambiente propcio para seu crescimento, levando aos quadros de infeces graves (OLIVEIRA ET. AL 2011).
6. CONCLUSO
Embora as principais causas de infeco hospitalar estejam relacionadas com o doente suscetvel infeco e com os procedimentos, tcnicas e teraputicos utilizados no tratamento, no podemos deixar de considerar a grande parcela de responsabilidade da equipe multiprofissional, relacionada aos padres de assepsia, higiene e as tcnicas empregadas na recuperao do paciente na UTI. Verificamos que as Infeces podem ser agravadas atravs de veculos como mos, secreo salivar, fluidos corpreos, ar e materiais contaminados, como por exemplo, equipamentos e instrumentos utilizados em procedimentos mdicos, lembrando que muitos destes procedimentos so invasivos elevando o risco da infeco. Os patgenos mais comuns envolvidos nas infeces do pacientes atendido na UTI so: Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e Enterococcus spp, cada vez mais resistentes ao tipo de tratamento disponvel, com isso aumentando o tempo de internao, exigindo medicamentos de custo mais alto e um aumento na morbidade e mortalidade. Conclui-se que as superfcies inanimadas frequentemente tocadas e equipamentos prximos ao paciente na UTI, contaminam-se por bactrias assim observa-se a necessidade de reforar as mediadas de controle, reduo e preveno da disseminao de microorganismos, alem de dedicar maior ateno descontaminao de superfcie e equipamento na UTI. Procedimento simples como lavagem corretas das mos entre um paciente e outro contribui bastante para diminuir a disseminao de microorganismo na UTI.
7. REFERNCIA
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Nome do arquivo: Heitor Gonzales Diretrio: C:\Documents and Settings\Operador3\Meus documentos Modelo: C:\Documents and Settings\Operador3\Dados de aplicativos\Microsoft\Modelos\Normal.dotm Ttulo: INFECO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: PRINCIPAIS AGENTES CAUSADORES Assunto: Autor: Telefonica Palavras-chave: Comentrios: Data de criao: 31/12/2012 06:42:00 Nmero de alteraes: 10 ltima gravao: 19/2/2013 14:45:00 Salvo por: Globe Quimica Tempo total de edio: 43 Minutos ltima impresso: 22/4/2013 17:41:00 Como a ltima impresso Nmero de pginas: 15 Nmero de palavras: 5.270 (aprox.) Nmero de caracteres: 28.463 (aprox.)
DIETA DASH PARA INICIANTES: Obtenha uma vida saudável perdendo peso de forma rápida, saudável e equilibrada. Reduzir a pressão arterial, inchaço abdominal e inflamação corporal