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APRECIAÇÃO DOS RELATÓRIOS DE TRÊS ESCOLAS

1. Agrupamento de Escolas Agostinho da Silva (2007)- Sintra


2. Escola Secundária c/3º Ciclo de Sá da Bandeira (2008)- Santarém
3. Agrupamento de Escolas de Vila Flor(2009) – Vila Flor

Escolhi estes três Relatórios por pertencerem a Escolas de situação geográfica


muito diversificada e serem de anos diferentes. Pensei desta forma obter informações
mais interessantes e mais significativas.

1. Agrupamento de Escolas Agostinho da Silva

Este Agrupamento tem problemas com as instalações escolares porque


necessitam de ampliação e recuperação, mas possui um Centro de Recursos
Educativos na escola sede e outro na EB1/JI que se revelam adequados, embora lhes
falte ainda livros necessários aos trabalhos das crianças, principalmente do 1º ciclo.
(p.3). Referência ainda, na p. 10, à sala multimédia/centro de recursos da Escola de
1º ciclo, considerando-se ainda insuficiente o número de retroprojectores .
Há alunos que são monitores de TIC no CRE e que ajudam alunos e
professores. Fala-se de articulação interdepartamental e de Plano Anual de
Actividades. Reconhece-se ainda que a Língua portuguesa é uma disciplina
transversal, incentivando hábitos de leitura, com leitura orientada, a partir do 2º,
ciclo de dois livros por período. Referência ao Projecto “Ler e reler para melhor
ver” que pretende incentivar a leitura. Manifestam o desejo de aderir ao PNL
Há muito poucas referências à Biblioteca, aliás, não há nenhuma porque lhe
chamam sempre Centro de Recursos. Certamente, no entanto, os dois CREs
existentes estiveram activos realizando trabalho significativo já que o que destaquei
anteriormente envolve, com certeza, esse recurso da Escola: incentivo à leitura,
projecto nessa área, articulação, importância da transversalidade da Língua
portuguesa, leitura orientada, PAA , por exemplo.

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2.Escola Secundária c/ 3º ciclo de Sá da Bandeira

Possui um Centro de Recursos e uma Biblioteca (p.3), dizendo-se, na p.9, que


houve investimento na instalação de internet e do sistema wireless em toda a escola,
e na criação e apetrechamento do referido Centro de Recursos. No entanto, “a
Biblioteca funciona num espaço exíguo para o acervo considerável de que dispõe,
sendo de sublinhar que inclui no seu espólio obras únicas, algumas, mesmo,
primeiras edições”. Na conclusão do Relatório, é apontado como constrangimento o
espaço destinado à Biblioteca. A Escola tem o jornal “O mocho” e salienta-se o
facto de fazer auto-avaliação com impacto na sua acção subsequente. Certamente
também a Biblioteca também foi considerada. Há, tal como no caso analisado
anteriormente, referência à articulação, ao PAA, a Projectos que estão a decorrer e
que podem implicitamente ter o envolvimento da Biblioteca, mas continuam a
verificar-se poucas informações explítas sobre o trabalho da Biblioteca.

3. Agrupamento de Escolas Vila Flor

Considera-se que as estratégias do PNL, que suponho seja coordenado pela


Biblioteca, contribuíram para a melhoria das classificações de Língua
Portuguesa. Na p. 4, já se tinha incluído o PNL e a Biblioteca Escolar no
número de responsáveis por estimular as competências socioculturais dos
alunos, promover a melhoria do ambiente educativo e articular saberes da sala
de aula com a realidade envolvente. Na p.8, vai-se mais além, reconhecendo que
a Língua portuguesa, a Matemática e as Ciências foram beneficiadas pela adesão
ao PNL e ao Plano Nacional do Ensino do Português, actividades, repito, que
normalmente estão intimamente ligadas à Biblioteca. Considera-se que, entre
outros, a utilização de tecnologias de informação e comunicação e as dinâmicas
da Biblioteca constituem oportunidades que potenciam a educação e a formação
integral do aluno (p.8), o que podemos articular com um dos pontos fortes
indicados na p. 12, a saber, “ a existência de um conjunto de actividades e
projectos estratégicos, promotor do enriquecimento pessoal e sociocultural dos

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alunos”. Na p. 9, refere-se que houve uma requalificação do polivalente da
Biblioteca, constituindo-se como espaços de eleição dos alunos.
Voltamos a ter poucas referências à Biblioteca, embora as duas primeiras
Escolas analisadas sejam ainda mais omissas do que esta terceira.

Conclusão

Penso que cheguei à conclusão que se esperava e que todos os colegas devem
ter tido a mesma experiência: a Biblioteca está muito pouco presente nestes
Relatórios de Avaliação das Escolas.
No entanto, penso também que todos concordarão que, principalmente
depois da entrada na Rede de Bibliotecas Escolares, que permitiu modernizar
espaços e recursos, o papel da Biblioteca na vida da Escola é incontornável e
tem projecção sobre a vertente pedagógica, sociocultural, pessoal e lúdica da
formação dos alunos. Além disso, é prática de todas as Bibliotecas fazerem uma
auto-avaliação da sua actividade, entregando à Direcção um Relatório
pormenorizado e abrangente, tomando como referência o que se propuseram
fazer no PAA e não só. Se não há nestes relatórios mais informações sobre o
seu trabalho é porque, a meu ver, tal não foi pedido pelos avaliadores ou não foi
valorizado, apesar de esses avaliadores, supostamente, terem tomado
conhecimento dos referidos Relatórios.

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