enquanto não verificada pela prova. Daí esse prolóquio sublime, com que a magistratura orna os seus brasões, desde que a justiça criminal deixou de ser a arte de perder inocentes: Res sacra reus. O acusado é uma entidade sagrada” (Obras Completas, vol. XIX, t. III, p. 113).
DEFESA — “A defesa não quer o panegírico da
culpa, ou do culpado. Sua função consiste em ser, ao lado do acusado, inocente ou culpado, a voz dos seus direitos legais” (Obras Completas, vol. XXXVIII, t. II, p. 10).
ELOGIO — “Caso, postos de parte os descontos
huma- HISTÓRICO nos, houvessem de condensar numa síntese o meu curriculum vitae, e do meu naufrágio salvassem alguns restos, tudo se teria, talvez, resumido com dizer: Estremeceu a pátria, viveu no trabalho, e não perdeu o ideal” (Discurso no Colégio Anchieta, 1981, p. 8).
ERRO — “Uma verdade há, que me não assusta,
porque é universal e de universal consenso: não há escritor sem erros” (Réplica, nº 10).
— “A toga do magistrado não se deslustra,
retratando-se dos seus despachos e sentenças, antes se relustra, desdizendo-se do sentenciado ou resolvido, quando se lhes antolha claro o engano, em que laborava, ou a injustiça que cometeu” (Obras Completas, vol. XLV, t. IV, p. 205).
— “Melhor será que a sentença não erre.
Mas, se cair em erro, o pior é que se não corrija” (Oração aos Moços, 1a. ed. p. 46).
HONRA —“De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto” (Obras Completas, vol. XLI, t. III, p. 86).
JUSTIÇA — “Não há sentimento mais confrangente
que o da privação da justiça” (Obras Completas, vol. XL, t. VI, p. 202).
— “Se alguma coisa divina existe entre os
homens é a justiça” (Obras Completas, vol. XXV, t. IV, p. 329).
— “Justiça atrasada não é justiça, senão
injustiça qualificada e manifesta” (Oração aos Moços, 1a. ed., p. 42).
PÁTRIA, — “A pátria é a família amplificada. E a famí-
FAMÍLIA lia, divinamente constituída, tem por elementos orgânicos a honra, a disciplina, a fidelidade, a benquerença, o sacrifício” (Discurso no Colégio Anchieta, 1981, p. 9).
PRESUNÇÃO — “O crime é a presunção juris et de jure, a
DE INOCÊNCIA presunção contra a qual não se tolera defesa, nas sociedades oprimidas e acovardadas. Nas sociedades regidas segundo a lei a presunção universal é, ao revés, a de inocência” (Obras Completas, vol. XXIV, t. III, p. 87).
—“Não perder de vista a presunção de
inocência, comum a todos os réus, enquanto não liquidada a prova e reconhecido o delito” (Rui, Oração aos Moços, 1a. ed., p. 42).
—“Enquanto a acusação não prova, presume-
se a inocência do acusado. Sobre isto não há contestação em escola alguma” (Obras Completas, vol. XXVIII, t. I, p. 197).
VERDADE —“O maior, o mais inviolável dos deveres
do homem público é o dever da verdade” (A Imprensa e o Dever da Verdade, 1920, p. 53).