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Designa
realismo/naturalismo
como:
literatura
latrinria;
Provocando Sousa Neto, Ega percebe que este nada sabe do socialismo, o
tpico de Proudhon. E no capaz de um dilogo consequente.
Contudo, Toms de Alencar teme a invaso espanhola, diz ser um perigo para a
independncia nacional, defende o romantismo poltico, a paz dos povos e esquece o
adormecimento geral do pas.
J Jacob Cohen diz que h gente sria nas camadas polticas dirigentes e afirma
que Ega um exagerado, Cohen, com aquele sorriso indulgente de homem superior que lhe
mostrava os bonitos dentes, viu ali apenas um dos paradoxos do nosso Ega..
CONCLUSO
Caricaturando, de certa forma, o ponto de vista das classes de alta burguesia
atravs do modo diletante como se pronunciam sobre as diversas questes,
Ea, com esta reunio com elementos fulcrais da sociedade, retrata uma
Lisboa que se esfora para ser civilizada, mas que no resiste e acaba por
mostrar a sua falta de cultura. O verniz das aparncias estala, quando Ega
e Alencar, depois de terminarem a sua lista de argumentos possveis,
partem para agresso pessoal e fsica mostrando o tipo de educao das
classes altas da sociedade portuguesa, que mesmo tentando parecer digna e
requintada, no deixa de ser uma sociedade grosseira e inculta:
Ento Ega, que bebera um sobre outro dois clices de cognac, tornou-se muito
provocante, muito pessoal Cohen e Dmaso, assustados, agarraram-no. Carlos puxara
logo para o vo da janela o Alencar que se debatia, com os olhos chamejantes, a gravata
solta. Tinha cado uma cadeira; a correcta sala, com os seus divs de marroquim, os seus
ramos de camlias, tomava um ar de taverna, numa bulha de faias, entre a fumaraa de
cigarros..
INFORMAO COMPLEMENTAR
O QUE O REALISMO?
O QUE O NATURALISMO?