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INSTRUMENTAÇÃO E MEDIDAS
INTRODUÇÃO
FUNDAMENTOS
1. Viscosimetria
η1 ρ1t1 (1)
=
η2 ρ 2 t 2
sendo:
η1 – viscosidade do líquido de referência
η2 - viscosidade do líquido estudado
ρ1 – massa específica do líquido de referência
ρ2 - massa específica do líquido estudado
t1 – tempo de escoamento do líquido de referência
t2 – tempo de escoamento do líquido estudado
2. Medidas de temperatura
Este tipo é preenchido totalmente por um líquido, que pode ser o mercúrio ou um
líquido orgânico como o álcool metílico e o etilbenzeno. Ao ser aquecido este líquido
expande-se, fazendo com que o tubo de Bourdon se dilate provocando o seu estiramento.
Consequentemente o elemento indicador mover-se-á proprocionalmente ao aumento de
pressão, indicando assim a temperatura.
O termômetro líquido em metal funciona baseado no aumento da pressão em um
volume relativamente fixo. Segundo os fundamentos da física básica isto pode ser
representado idealmente por:
P1V 1 P2 V 2 (2)
T1 = T2
em que P1 = Pressão menor T1 = Temperatura menor V1 = Volume menor
P2 = Pressão maior T2 = Temperatura maior V2 = Volume maior
mas V1=V2 , temos que:
P1 T 2 = P 2 T1 (3)
A variação da temperatura em função da pressão pode ser vista claramente pela
Equação 3.
R T = R 0 (1 + α T ) (5)
sendo: R0 = Resistência na temperatura de referência, (Ohms)
RT = Resistência na temperatura T, (Ohms)
T = Temperatura, (Kelvin)
α = Coeficiente de resistência do material usado, (1/Kelvin)
A medição da resistência elétrica do material é realizada através de algum tipo de
ponte. A mais usada é a de Wheatstone, mas existem outras como a de Müller, a de fio
corrediço duplo e a de Collendar-Griffths.
2.2.2. Termissor
Ao contrário dos termômetros resistivos, nos termissores a elevação de temperatura
faz com que a corrente elétrica diminua. Ele utiliza material semicondutor como elemento
sensor. Em alguns casos, a resistência diminui de mais de 5% para cada oC de acréscimo de
temperatura, demonstrando assim uma grande sensibilidade para medição de temperaturas em
faixas de medição estreitas.
2.3.1. Termopares
Um termopar é formado por dois metais diferentes, soldados em suas extremidades,
que quando colocadas a temperaturas diferentes, geram corrente elétrica (Figura 3). Uma
destas extremidades é chamada de junta quente ou união de medição e a outra, que estará
ligada a um instrumento de medição de F.E.M., junta fria ou união de referência.
Este fenômeno é chamado de termoeletricidade e foi observado por Seebeck em 1821
quando ao fundir um fio de cobre a um de ferro e aquecer a extremidade fundida, obteve uma
F.E.M.. Posteriormente descobriu-se que a corrente termelétrica observada por Seebeck era
causada por dois fenômenos, chamados de F.E.M. de Peltier, gerada pela união de dois metais
diferentes e F.E.M. de Thompson, gerada pelo aquecimento de um condutor.
Existem vários tipos de termopares, dentre os quais pode-se destacar :
- Tipo “T” : constituído de cobre e constantan, apresenta grande resistência a corrosão,
podendo assim ser utilizado em meios oxidantes ou redutores.
3. Medidas de vazão
Vazão pode ser definida como a quantidade de material que passa por uma
determinada seção em um certo intervalo de tempo, ou seja, é o produto da velocidade pela
área da seção por onde o material escoa. Quando esta velocidade é expressa em unidades de
massa, tem-se a vazão mássica e caso seja expressa em termos de volume tem-se a vazão
volumétrica. Existem vários métodos para se medir a vazão, a escolha por um deles se fará
levando em conta os seguintes fatores: natureza do material, volume, precisão e controle
exigido.
Os principais métodos empregados na indústria são: piezoelétricos, de área variada,
eletromagnéticos, de massa, de deslocamento positivo e de canal aberto.
3.1. PIEZOELÉTRICOS
∆v 2 ∆p (7)
+ g∆z + =0
2 ρ
sendo: ρ = Peso específico do fluido [kg/cm3]
∆v = Diferencial de velocidade do fluido [m/s]
∆p = Diferencial de pressão [kg/cm2]
∆z = Diferencial da altura da tubulação [m]
g = Aceleração da gravidade [m/s]
∂
∂t ∫ ρdV
VC
+ ∫ ρ vd A = 0
SC
(8)
ρ v 22
2
ρ v ()
p1 − p2 = (v12 − v22 ) = 1 − 1
2 2 v2
e da equação da continuidade, obtém-se
0 = − ρ v1 A1 + ρ v2 A2 ()
ou
v1 A1 = v2 A2 ()
logo:
2 2
v1 A2 ()
=
v2 A1
substituindo a Equação 12 na Equação 9, obtém-se:
A2
ρ v22
2
()
p1 − p2 = 1 −
2 A1
calculando o valor de ν2,
2( p1 − p2 ) ()
v2 =
ρ [1- (A 2 / A1 ) 2 ]
O cálculo da vazão volumétrica é feito multiplicando-se a velocidade pela área da
tubulação e para vazão mássica, multiplica-se a vazão volumétrica pela densidade do fluido.
Para se criar um diferencial de pressão, utilizam-se restrições como um tubo de
Venturi, um bocal de fluxo, uma placa de orifício ou um tubo de Pitot. Estes medidores têm
seu funcionamento baseado no princípio da conservação de energia.
de uma placa de metal com um orifício por onde passa o fluido e um pequeno furo para servir
como dreno ou para ventilação. O orifício por onde passa o fluido pode ser concêntrico,
excêntrico ou segmentado.
Quando o fluido contém material suspenso, deve-se utilizar uma placa com orifício
excêntrico ou segmentado para evitar o acúmulo deste material atrás da placa o que causaria
leituras errôneas. Os pontos das tomadas de pressão dependem do diâmetro da tubulação e da
razão entre este diâmetro e o orifício.
2 ()
v1 = ( p2 − p1 )
ρ
sendo: p1 = Pressão estática do líquido que flui em unidades absolutas.
p2 = Pressão de impacto do fluido em unidades absolutas.
γ = Peso específico do fluido
v1 = Velocidade do fluido em um ponto alinhado com a abertura de impacto do tubo de
Pitot
v2 = Velocidade em P2 = 0
Q=K H ()
sendo: Q = Vazão
K = Constante que depende das condições de cada instalação
H = Queda de pressão ou pressão diferencial
Os medidores utilizados devem ser calibrados para leitura de vazões, tais como m3/h
ou gal/mim.
3.6.1. Rotâmetros
Os rotâmetros são compostos de um tubo cônico em vidro com flutuador esférico ou
cilindro com base cônica. O fluido circula da base ao alto do rotâmetro que deve subir na
posição vertical. O fluido ao escoar de baixo para cima irá deslocar o flutuador para cima, até
uma posição onde ocorrerá o equilíbrio entre o peso do flutuador e as forças de arraste e de
empuxo do fluido sobre o flutuador. A leitura é feita diretamente, através de uma escala
graduada fixada no tubo de vidro.
Na operação do rotâmetro, deve-se observar as seguintes considerações:
- no caso do flutuador esférico a vazão é lida no meio do mesmo, depois do alinhamento
tangencial sobre a linha de referência vertical;
- a resposta do rotâmetro de seção variável é logarítmica.
As medidas são precisas e reprodutivas na faixa de 10 a 100% da escala. A Figura 1
mostra os principais componentes de um rotâmetro.
- tubos volumétricos
- baixa perda de carga independente da vazão
- possibilidade de montagem multitubos
e = BDv ()
em que: e = FEM induzida no líquido [Weber / s].
B = indução magnética, [Weber / m2].
D = diâmetro interno da tubulação, [m].
v = velocidade média do fluxo de fluido, [m/s].
Conforme pode ser observado pela Equação 17 , a F.E.M. induzida é proporcional à
vazão do fluido e sua medição é feita por dois eletrodos situados na parede da tubulação,
acoplados a um indicador eletrônico, voltímetro ou potenciômetro.
Este medidor de vazão só pode ser utilizado em fluidos que apresentem uma boa
condutividade, sendo bastante útil na medição de metais líquidos, fluidos corrosivos e pastas.
toda vez que passem pela parte superior no tambor. A cada ciclo completo, uma quantidade
fixa de líquido é transportada. Através do número de ciclos tem-se a vazão do líquido.
3.10.1. Vertedouros
Os vertedouros medem a vazão através do nível de água acima do nível zero, que varia
conforme o tipo de entalhe, medido através de uma bóia. Utilizam entalhes em forma de V,
retangular e trapezoidal. Para o entalhe em V o nível zero é a base do entalhe, já para o
entalhe retangular, sua base será a referência zero quando não houver fluxo.
EXPERIMENTAL
1. Viscosimetria
1.1. MATERIAL
1.2. PROCEDIMENTO
1. Verifica-se se o viscosímetro escolhido tem o tempo de escoamento superior a 100s, para
este fim é suficiente uma medida grosseira de tempo de escoamento do líquido em estudo.
2. Utiliza-se, geralmente, 10ml do líquido a ser analisado.
3. É necessário que o instrumento esteja perfeitamente limpo e desengordurado, e que não
existam obstruções no tubo de escoamento, ocasionadas por partículas de poeiras, etc. Essas
impurezas podem viciar os resultados, dando lugar a erros grosseiros.
4. Para encher o viscosímetro, usa-se uma pipeta aferida e pelo ramo mais largo (B) do
aparelho introduz-se um volume de 10ml do líquido. Inicialmente realiza-se a determinação
usando-se como líquido de referência a água destilada. O viscosímetro é posto num suporte
que o mantém na vertical.
5. Por compressão de ar (através de um tubo de borracha munido de uma pêra ligado ao tubo
B) eleva-se o líquido no interior do tubo de escoamento até acima da marca superior. Depois,
deixa-se o líquido escoar, para verificar se o escoamento se processa convenientemente, sem
que fiquem gotas aderidas às paredes do tubo.
6. Torna-se a elevar o líquido até uns dois centímetros acima da marca superior (a) e
mantém-se o líquido nesta posição, pinçando o tubo de borracha.
7. Após munir-se de um cronômetro, abre-se a pinça e quando o menisco do líquido passar
pelo traço superior (a), dá-se partida ao cronômetro. Quando o menisco alcançar a marca
inferior (b), trava-se o cronômetro.
8. Repete-se a determinação quatro a cinco vezes com o mesmo líquido, e os tempos de
escoamento não devem diferir de mais de 0,2s.
2. Medidas de temperatura
Nesta experiência será medida a F.E.M. (em mV) gerada por dois termopares
mergulhados em dois banhos com temperaturas diferentes, conectados entre si, mostrando os
efeitos Thompsom e Peltier (Figura 2).
2.2. PROCEDIMENTO
1. A montagem experimental está apresentada na Figura 2.
2. Prender um termopar, o aquecedor e o termômetro de vidro no suporte e colocá-los no
interior do recipiente com água.
3. Conectar o termopar a um medidor de temperatura digital.
4. Colocar o gelo picado no interior do outro recipiente e introduzir o outro termopar e um
termômetro digital no mesmo.
5. Ligar os terminais de constantan dos dois termopares entre si.
6. Conectar os terminais de ferro ao multímetro digital.
3.1. MATERIAL
Tabela 3 – Materiais e equipamentos
Material Quantidade
Reagentes gasosos
Cilindro de oxigênio 01
Cilindro de hidrogênio 01
Cilindro de nitrogênio 01
Vidraria
Fluxímetro 10/20
Rotâmetro p/gás 01
Outros materiais
Reguladores de pressão p/ cilindros 10
Tubos e conexões
Válvulas de regulagem para gases
Cronômetro 01
3.2. PROCEDIMENTO
1. Selecionar um fluxímetro de volume adequado para a vazão escolhida. Colocar um pouco
da solução de detergente no fluxímetro e acoplar o fluxímetro na saída da tubulação.
2. Abrir a válvula de regulagem do cilindro e ajustar uma pressão de saída.
3. Anotar a medida no rotâmetro.
4. Medir a vazão com o auxílio do fluxímetro: mede o tempo necessário para uma bolha de
sabão percorrer o volume fixo do fluxímetro. Fazer 5 medidas na mesma vazão.
5. Ajustar uma nova vazão e repetir as medidas.
4.1 – MATERIAL
Tabela 4 – Materiais e equipamentos
Material Quantidade
Vidraria
Proveta graduada 03
Outros materiais
Mangueiras de borracha
Rotâmetros para líquidos 03
Cronômetro 01
4.2. PROCEDIMENTO
1. Conectar a mangueira na entrada do rotâmetro e na torneira, conectar outra mangueira na
saída do rotâmetro.
2. Selecionar uma proveta de volume adequado para a escala das vazões a serem medidas.
3. Abrir a torneira e ajustar o cursor num ponto do rotâmetro. Anotar esta medida.
5. Aplicação
5.1 – MATERIAL
Tabela 5 – Materiais e equipamentos
Material Quantidade
Vidraria
Kitassato de 250mL 01
Outros materiais
Mangueira de silicone
Termopar 01
Manômetro em U 01
Indicador de temperatura 01
Banho termostático 01
5.2. PROCEDIMENTO
1. Conectar a mangueira na saída lateral do kitassato e no manômetro em U.
RESULTADOS
1. Viscosimetria
2. Medidas de temperatura
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LEVENSPIEL, O., Engenharia das reações químicas, Editora Edgard Blücher LTDA, São
Paulo, 1974.