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permitia distinguir o bom do mal, justo do injusto, certo do errado. As decises erradas
derivam no da natureza humana, mas sim da influncia da cultura ou da sociedade.
Kant afirma que a capacidade de distinguir o que certo do que errado to inata
quanto as outras propriedades da razo. No se trata portanto de ensinar nada, mas
de libertar a razo.
Esta ideia torna-se fundamental para a fundamentao de muitas teorias polticas e
ticas, assentes numa viso optimista do ser humano.
- Universalidade. Os filsofos passam a falar na Humanidade, isto , assumem o
conceito universal de ser humano. O seu discurso dirige-se agora claramente a todos
os homens, aos quais reconhecem os mesmos direitos e deveres. As leis morais,
como as leis das cincias da natureza, devem ser universais.
Kant coloca-se sempre numa perspectiva universal, nomeadamente na sua reflexo
tica. Afirma, por exemplo, que um princpio prtico (moral) para tenha validade como
lei, tem que ter validade universal (valer para toda a vontade ou para a vontade em
geral). nesse sentido que sustenta uma moral formal.
Legalidade e Moralidade
Kant comea por fazer uma clara distino entre uma aco boa e uma aco
moralmente boa.
A primeira corresponde que fazemos em respeito s leis e normas morais de uma
dada sociedade. Trata-se de uma aco conforme ao dever.
A segunda resulta de uma deciso nossa, livre e incondicionada, que se impe
nossa conscincia como obrigatria, independente das leis ou normas morais
vigentes. Trata-se de uma aco assumida como um dever e realizada por dever. Esta
a nica moralmente boa.
Em termos formais (Kantianos) esta obrigatoriedade decorre da liberdade, a
autonomia da vontade.
A obedincia apenas para com as decises universalizadas, isto , decises
imparciais, de utilidade geral, etc.
O dever surge como um imperativo categrico - tu deves -, que se impe a uma
conscincia moral inteiramente livre.