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SEMINÁRIO VALE DA BENÇÃO

PROGRAMA DE BACHARELADO EM TEOLOGIA

Leitura de “A Providência de Deus”

JAIRO AJALA MIELNIK

ARAÇARIGUAMA
2007
Comentário de Leitura sobre a Providência de Deus.

Pode-se definir a providência como o permanente exercício da energia divina, pelo


qual o Criador preserva todas as suas criaturas, opera em tudo o que se passa no mundo e
dirige todas as coisas para o seu determinado fim. (Berkhof:154)

Deus está continuamente envolvido com todas as coisas de forma tal que: (1) as
preserva como elementos existentes, que conservam as propriedades com que ele os criou;(2)
coopera com as coisas criadas em cada ato, dirigindo as suas propriedades características a
fim de faze-las agir como agem, e (3) as orienta nos cumprimentos de seus propósitos.
(Grudem:247)

Com a sua doutrina da providência a Igreja tomou posição contra a noção dos
epicureus de que o mundo é governado pelo acaso, e contra a idéia estóica de que ele é
governado pelo destino.(Berkhof:153)

Na Doutrina da Providência destacam-se estes três elementos: A preservação, a


cooperação e o governo.

A doutrina da preservação parte do pressuposto de que todas as substâncias criadas,


quer espirituais quer materiais, têm existência real e permanente , distinta d a existência de
Deus, e só possuem propriedades ativas e passivas derivadas de Deus; e de que os seus
ativos têm eficiência real, e não meramente aparente, como causas secundárias, de modo que
podem produzir os efeitos que lhe são próprios. .(Berkhof:157)

O poder de Deus acionado para a sustentação de todas as coisas é tão positivo como o
poder exercido na criação.No mundo material, Deus age imediatamente nas propriedades e
leis materiais, e por meio delas. A preservação jamais corre contra a criação. Deus não viola
na providência o que estabeleceu na criação.

A concorrência ou cooperação afirma que Deus dirige as propriedades distintivas de


cada coisa criada e age por intermédio delas, de modo que essas coisas mesmas gerem os
resultados que vemos. .(Grudem:251)

As forças da natureza não agem por si mesmas , por seu próprio poder inerente, mas
Deus exerce operação imediata em cada ato da criatura.As causas secundárias são reais , e
não devem ser consideradas apenas como poder operativo de Deus.Ocorre a cooperação entre
a Causa Primeira e as causas secundárias.
Todas as nossas palavras,nossos passos, nossos movimentos,nosso coração, nossa
capacidade, dependem do cuidado providencial de Deus, pois “nele vivemos e nos movemos”
(At 17.28). As Escrituras em momento nenhum, retratam Deus fazendo diretamente algo
mau; retratam, sim, Deus causando atos maus por meio das ações voluntárias das criaturas
morais, sendo estas culpáveis e não Deus.

As Escrituras em lugar nenhum dizem que somos “livres” no sentido de estar além do
controle de Deus ou de ser capazes de tomar decisões não provocadas por algo. O “livre
arbítrio” não é suficiente para permitir que o homem faça boas obras , a menos que seja
auxiliado pela graça.Uma ‘liberdade absoluta’, totalmente livre do controle de Deus, é
simplesmente impossível num mundo providencialmente sustentado e dirigido por Deus.

No governo de Deus, Ele tem um propósito em tudo o que faz no mundo, e


providencialmente governa ou dirige todas as coisas afim de que cumpram esses propósitos.

Os decretos de Deus são os divinos desígnios eternos por meio dos quais, antes da
criação do mundo, Ele determinou realizar tudo o que acontece.Deus não concebe planos de
repente, no meio do caminho.Ele conhece o final desde o princípio, e cumprirá todos os seus
bons desígnios.

Deus age por intermédio dos atos humanos na sua administração providencial do
mundo.Ele nos faz responsáveis pelos nossos atos, que têm resultados reais e eternamente
significativos.As Escrituras nunca culpam Deus do pecado,Ele nos criou com a característica
da responsabilidade pelos nossos próprios atos.

Deus determinou que nossos atos produzam efeitos. Deus determinou que nós
causaremos acontecimentos.Também determinou que a oração fosse um meio bastante
importante de gerar resultados no mundo.Precisamos agir responsavelmente, e não ficar
ociosos com determinados acontecimentos esperando que Deus irá faze-lo sem nossa
participação.Uma crença sincera na providência de Deus não é desestímulo, mas incentivo à
ação.

Por causa da nossa confiança no cuidado providencial de Deus, não precisamos temer
nenhum mal ou dano, mesmo que de fato nos ocorra- pois só pode vir com o com sentimento
de Deus, e em última ánalise, para o nosso bem.

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