Professional Documents
Culture Documents
Pgina 1 de 4
VOTO
O SR. MINISTRO OG FERNANDES (Relator): Como anotado na
primeira oportunidade, o recurso especial do ente federativo no merece prosperar.
Inicialmente, h que se registrar que a reclamao quanto s prefaciais de
ofensa aos arts. 535 e 557 do CPC afigura-se impertinente, eis que, muito embora o
acrdo concebido na Corte a quo tenha o resultado de no conhecimento do agravo
regimental, a deciso monocrtica foi reproduzida e submetida ao crivo do colegiado
da Segunda Cmara Cvel daquele Sodalcio, que chancelou o entendimento ali
esposado, no encontrando fundamentos para modific-lo.
Vale acrescentar que a questo posta nos autos foi analisada luz da
legislao que o Tribunal a quo entendeu aplicvel ao caso, de forma clara e suficiente
compreenso, no havendo omisso capaz de alterar o entendimento exarado no
aresto.
Portanto, no vingam as alegaes de nulidade do acrdo recorrido.
No mrito, cinge-se a controvrsia definio da natureza da verba
recebida pelos Oficiais de Justia do Tribunal de Justia do Estado do Acre,
denominada "gratificao prmio de produtividade", se remuneratria ou indenizatria,
para efeitos de incidncia do Imposto de Renda.
Primeiramente, h que se atentar para o fato de que, a despeito da
denominao "gratificao prmio de produtividade", a referida verba, na verdade,
constitui um abono pelas despesas efetuadas pelos oficiais de justia no transporte
durante o cumprimento dos mandados.
Esse o registro feito no aresto recorrido, merecendo destaque a
seguinte passagem:
"A questo posta cinge-se em saber se a gratificao denominada Prmio
de Produtividade constitui acrscimo patrimonial, para determinar a
incidncia do Imposto de Renda.
A Gratificao em referncia foi instituda pela Resoluo n. 95/75, do
Pleno Administrativo do Tribunal de Justia do Estado do Acre. Sua
finalidade precpua era de "cobrir despesas dos oficiais de justia com o
Documento: 47325012 - RELATRIO E VOTO - Site certificado
Pgina 2 de 4
Pgina 3 de 4
Pgina 4 de 4