Professional Documents
Culture Documents
JESUS, O SENHOR – Reflexões a partir de Colossenses 1
Por Fabio Marchiori Machado
1. INTRODUÇÃO
Qualquer semelhança não é mera coincidência. Se você, ao ler este estudo, for
confrontado com algumas situações que vivenciamos nos nossos dias, não se assuste.
Neste estudo que faremos a partir de Colossenses 1.15‐23, iremos nos deparar com
questões muito atuais. A principal delas é o questionamento de quanto Jesus tem sido Senhor
na vida dos crentes. Nossa geração é extremamente materialista, e isso acabou por refletido no
seio das igrejas. Costumo dizer que hoje, para muitos crentes, é mais usual buscar em Deus
bênçãos materiais, como dinheiro, carro e propriedades, do que salvação para os pecados.
Apesar de estarmos falando de um texto de quase 2.000 anos de idade, ele se
apresenta de forma mais atual do que nunca. Uma necessidade é clara nos dias de hoje dentro
do cristianismo mundial, que é colocar Jesus no “seu devido lugar”, ou seja, no centro da vida
de cada pessoa que se diz cristão.
Quero que você, amado leitor, saiba que este estudo não foi elaborado pensando na
vida dos não crentes, mas sim em relação ao que acontece no cotidiano cristão. Eu espero que
se você é uma pessoa que coloca oração de determinadas pessoas, água abençoada, óleo
santo, tocar na roupa de pastor para ter cura, profecias fora da Bíblia e etc, ao pé de igualdade
com Jesus, que você reflita muito sobre quem de fato é Jesus, e entenda de uma vez por todas
que Ele é maior que tudo isso. Ele é o verdadeiro. Jesus é único, e que só Ele pode fazer algo
por você. Nada de superstição cristã, somente Jesus.
Seja honesto nesta reflexão. Você só tem a ganhar na presença do Pai.
Acredita‐se que este texto de colossenses seja composto, em grande parte, de hinos
que eram entoados no tempo da igreja primitiva. Usando este artifício, penso que Paulo quer
nos convidar a uma atitude de adoração a Jesus. Assuma este espírito e bom estudo.
Fabio Marchiori Machado www.BereiaBlog.com
P á g i n a | 2
2. CONTEXTO HISTÓRICO
Paulo, o provável autor da epístola aos colossenses, nunca esteve na cidade Colossos,
mas teve que intervir em um momento crucial daquela igreja. A carta ao colossenses tem um
objetivo principal, que é o combate a uma heresia reinante no ambiente da igreja naquela
época.
A cidade de Colossos estava localizada em uma região conhecida com Frígia. Em
meados do séc. I, esta região era influenciada por vários movimentos heréticos, que buscavam
mesclar o Evangelho de Jesus, os preceitos judaicos e algumas “novidades espirituais”. Muitos
destes movimentos foram agrupados no sec. II em algo que conhecemos como Montanismo.
Entender o montanismo alarga a nossa compreensão do tipo de problema que a igreja
de Colossos enfrentava. O nome montanismo vem de Montano, herege que viveu no final do
séc. II. Montano tinha duas mulheres que o acompanhavam em suas viagens pela Frígia. Estas
mulheres, Priscila e Maximilia, profetizavam em nome de Montano.
A doutrina do montanismo era uma junção de preceitos judaicos com doutrinas
gnósticas. A questão central do montanismo (e dos movimentos hereges do 1º. Século em
Colossos) era estabelecer os meios de ligação entre o homem e Deus. Para alcançar tal objetivo,
o montanismo pregava que o homem deveria continuar seguindo os preceitos judaicos quanto
à alimentação, as festas cerimoniais e a veneração aos artefatos de fé. Entretanto, pedia‐se que
o homem fosse além disso, adotando rigorosos jejuns (que fariam inveja a qualquer fariseu),
asceticismos e longas penitências, inclusive o autoflagelo.
Algumas características dos que seguiam o montanismo devem ser destacadas. A base
do seu comportamento estava no fato de acreditarem que eram os porta vozes do Espírito
Santo. Com isso, pregavam sempre na 1ª. Pessoa. A totalidade dos seus discursos era composta
por profecias pessoais e apocalípticas. Afirmavam que Jesus voltaria naquele tempo, e
estabeleceria a Nova Jerusalém na região da Frígia.
Eles acreditavam em Jesus, porém o viam apenas como mais uma peça do processo
que nos leva até Deus. Era muito comum naqueles movimentos a idéia de uma casta de anjos,
com hierarquia e tudo. Para eles, Jesus estava localizado no meio desta hierarquia. Observe, eu
disse “no meio”, não “acima”. Este é o nó teológico‐doutrinário que Paulo tenta desatar com
sua epístola. A intenção do autor é mostrar que na relação entre Deus e o homem Jesus é o
centro, e que Ele é suficiente e está a uma esfera muito superior de tudo que relatamos
anteriormente.
Fabio Marchiori Machado www.BereiaBlog.com
P á g i n a | 3
3. A SUPREMACIA DE CRISTO
Veja Cl 1.18:
Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que
em tudo tenha a supremacia.
Este é o versículo central deste trecho da Bíblia. Ele traz consigo a maior idéia
defendida por Paulo em colossenses: ‐ A Supremacia de Jesus Cristo sobre todas as coisas.
Como vimos anteriormente, havia um questionamento quanto ao que era necessário fazer para
alcançar a salvação. Na verdade, a grande intenção dos hereges da Frígia era despojar Jesus de
toda a suficiência na mediação entre o homem e Deus.
Um dos pontos da doutrina herege dizia que havia um colegiado de anjos, que
respeitavam certa hierarquia, e que estes anjos deveriam ser reverenciados e aplacados. A
defesa da supremacia de Jesus, feita por Paulo, começa mostrando que Jesus está acima de
tronos, principados e potestades (v.16). No mundo antigo a figura de destes três “poderes”
representava o meio de intermediação perante Deus. A hierarquia angelical discorrida acima é
um tipo de potestade espiritual.
Jesus é o ser supremo, e como tal deve ocupar o centro de nossas vidas. A supremacia
de Jesus é tanta que, sendo Deus (veremos isso mais tarde), Ele esteve antes de todas as coisas
e ficará imune ao final delas (v.16‐17). Este trecho que colossenses está em plena consonância
à doutrina do Logos, que se encontra em Jo 1.1‐18. Jesus estava no princípio com Deus. Ele era
Deus.
Paulo aborda um aspecto complexo e muito interessante a respeito da pessoa de
Cristo. Ele não foi criado. Jesus não faz parte da criação. Muitos insistem, em face de Jesus ter
sido gerado no ventre de uma mulher, e nascido de modo natural, que a sua concepção pela
parte de Deus aconteceu neste momento de geração. Paulo enfatiza que Jesus estava antes da
criação do mundo e que tudo foi criado para Ele, e em razão Dele. Isto é o que o autor de
colossenses define como a primogenitura de Jesus.
Esta primogenitura, ou prototokos no original grego, elucida duas questões acerca de
Jesus:
a. A primogenitura não significa que Deus criou Jesus antes de todas as coisas, mas
mostra que Ele tem grande honra e dignidade perante a criação. Jesus está longe de ser o filho
Fabio Marchiori Machado www.BereiaBlog.com
P á g i n a | 4
mais velho de uma grande família. Ele é amado em particular por Deus (Mt 3.17; 17.5; Mc 1.11;
9.7; Lc 3.22).
b. No contexto do Antigo Testamento e da Igreja Primitiva, a primogenitura tem uma
conotação diferente dos dias de hoje. Quando você diz a alguém que um filho seu é o
primogênito, automaticamente você passa a idéia que exista um segundo ou até um terceiro
filho. Dificilmente você irá apresentar seu filho único como primogênito. Só com esta
justificativa podemos ver que Paulo não falava de Jesus como primeiro para Deus, pois Ele é o
único (Jo 3.16‐18; 1Jo 4.9). Paulo emprega a palavra prototokos, que tem seu significado ligado
a herança. Este é o principal conceito de primogenitura no AT. Tratar a primogenitura como
herança, força‐nos ao real significado do texto. Jesus é o herdeiro da criação, para quem todas
as coisas foram criadas (v. 16‐17). Jesus é o herdeiro por excelência (Dt 21.17; Ex 4.22 e Sl
89.27).
Para tentarmos elucidar mais esta questão da primogenitura, podemos analisar a
relação da supremacia de Jesus com o universo. O universo é subordinado a Jesus, por que o
próprio Cristo é o fundamento da criação (v.16). Além de ser o fundamento, Ele é o objetivo da
criação do universo. Em suma, Jesus é supremo porque Ele é o começo, o meio e o fim. Aquele
que foi e aquele que será. Não há nome maior do que o de Jesus Cristo. Vamos terminar este
ponto deixando três versículos a respeito do que é Jesus.
Apocalipse 21:6
6
Disse‐me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem
tem sede, darei de graça da fonte da água da vida.
Apocalipse 4:8
8
E os quatro seres viventes, tendo cada um deles, respectivamente, seis asas, estão cheios de
olhos, ao redor e por dentro; não têm descanso, nem de dia nem de noite, proclamando:
Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo‐Poderoso, aquele que era, que é e que há de
vir.
Atos 4:12
12
E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome,
dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.
Fabio Marchiori Machado www.BereiaBlog.com
P á g i n a | 5
4. JESUS – DEUS E HOMEM
No item 2 deste estudo vimos que a igreja de Colossos sofria com a investidura de
doutrinas gnósticas (como quase toda a Igreja Primitiva). Uma das dificuldades de
entendimento residia no fato de Jesus ser um ser divino e ter adotado um corpo humano para o
seu ministério. Isso é o que chamamos na teologia da essência de Jesus, que era 100% homem
(enquanto viveu entre nós) e 100% Deus. Os gnósticos acreditavam que qualquer matéria, e a
isso inclua‐se a carne, é por natureza má, e que um Deus santo não poderia habitar em um
corpo feito de matéria má. Alguns gnósticos acreditavam que Jesus veio figuradamente em um
corpo, e que ele (o corpo) não era de verdade. Entretanto, a grande maioria dos gnósticos não
atribuía a Jesus a sua divindade. Eles não acreditavam que Jesus era Deus, mas que somente foi
um enviado de Deus.
Toda a Escritura Sagrada, ao contrário do que afirmam os gnósticos, direciona para o
inverso. Em toda a Bíblia vemos evidências de que Jesus é Deus, e que esteve desde o princípio,
antes mesmo da criação. Vamos buscar dois exemplos, um no AT e ou no NT. Veja o primeiro
texto:
Gênesis 1:26, 29
26
Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança;
tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos,
sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.
29
E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na
superfície de toda a terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para
mantimento.
Repare em uma coisa. Nos dois versículos Deus está falando, ou seja, 3ª. pessoa do
singular, certo? Agora repare no verbo do v. 26. Está na 1ª. pessoa do plural. Veja agora o
pronome oblíquo do v. 29. Ele está na 2ª. pessoa do plural.
Esta é uma referência clássica que é usada para mostrar que Deus não estava sozinho
na criação. É a primeira manifestação da trindade (Deus Pai, Filho e Espírito Santo). Jesus, por
ser Deus, estava na criação. Veja agora o texto do NT.
Fabio Marchiori Machado www.BereiaBlog.com
P á g i n a | 6
João 1:1‐3
“1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio com Deus.
3 Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.”
Nada mais explícito. Jesus, o Verbo (Logos, no original grego) estava com Deus, por
isso os verbos no plural em Genesis 1. Ele participou da criação, o que o trona Deus.
Já em colossenses, Paulo expande o conceito de divindade de Jesus. No verso 15 ele
diz o seguinte:
“15 Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;”
Ninguém jamais viu Deus (1Jo 4.12). O máximo que o ser humano conseguiu foi ver a
glória de Deus, com a Sua permissão, como Estevão na hora da sua morte (At 7.55). Jesus, no
entanto, por ser o Deus que encarnou se tornou “a imagem do Deus invisível”. O Jesus 100%
Deus – 100% homem é a imagem visível do Deus que não podemos ver. Enquanto a criação é o
reflexo daquilo que Deus é, Jesus é a efluência (essência) de Deus. Por isso Jesus é diferente da
criação na questão da glória de Deus.
Jesus foi realmente humano porque, como qualquer um de nós, teve sede (Mc 4), teve
fome ( Mt 4.2), chorou (Jo 11.35), ficou triste (Jo 11), teve angustias (Jo 13.21), se alegrou (Jo
3.29) e etc. Foi homem porque era necessário que um cordeiro santo, imaculado morresse.
Somente um ser vivo seria capaz de ter seu sangue derramado e assim satisfazer a justiça de
Deus, a fim de livrar‐nos do fruto do pecado.
Concluindo, Jesus é a plenitude de Deus, como descrito no versículo 9 de colossenses
1. Jesus Cristo é o representante e o receptáculo de tudo aquilo que Deus é em essência. Jesus
não é mais um. Ele é “o” um.
Fabio Marchiori Machado www.BereiaBlog.com
P á g i n a | 7
5. JESUS – A IGREJA E A REDENÇÃO
Caminhando para o fim deste estudo, vamos abordar as duas questões relacionadas
diretamente a nós seres humanos, ou seja, Jesus no seu ministério com a Igreja e o plano da
redenção.
O versículo 18 de colossenses 1 diz que Jesus “...é a cabeça do corpo, da Igreja ...”.
Esta afirmação traz consigo duas questões indiscutíveis. A primeira é que a Igreja não é uma
estrutura independente, e isso é algo muito importante nos nossos dias. Precisamos entender
que o “gestor da Igreja” é Jesus. A Igreja não tem vontade em si mesma. Tudo deve estar
subordinado vontade Dele, através do que foi revelado no seu Evangelho.
Muitos líderes de igreja agem como se suas congregações devessem seguir o que vem
da sua cabeça. Ao contrário, líderes espirituais devem conduzir o povo para aquilo que Jesus
deseja. Todo organograma de igreja deveria ter Jesus com o posto maior. Isso sim poderia ser
chamado de um planejamento hierárquico bíblico.
A outra questão intrínseca no texto é que o fato de Jesus ser a cabeça da Igreja vai
muito além das questões de comando. Tudo converge para a cabeça, sendo assim, para Jesus.
Isto quer dizer que a razão da igreja existir é Jesus, e que sem Ele nada é possível. Em um corpo
humano, existe a possibilidade de sobrevida sem alguma de suas partes. Certamente
conhecemos alguma pessoa que não tenha um braço, ou uma perna, ou que não tenha a
funcionalidade motora do seu corpo (como é o caso dos tetraplégicos), mas você não conhece
uma pessoa que não tenha a cabeça, é impossível. Ressalto isso para que tenhamos a
consciência da nossa pequenez diante da Igreja do Senhor, e da total necessidade que ela tem
de Jesus.
Essa supremacia na Igreja, Jesus levou a últimas conseqüências quando ofereceu a si
mesmo para que essa Igreja não sofresse o juízo de Deus pelo pecado. Através da Sua morte
poderosa, do derramamento do Seu sangue precioso, fez com que nós, que cremos Nele,
tivéssemos a oportunidade de nos apresentamos ao Pai de maneira santa, inculpável e
irrepreensível (v.22). Dos versos 20‐23 Paulo discorre sobre toda a obra de justificação, e de
reconciliação do homem com Deus, feito por intermédio de Jesus. Ele, o Cristo, o Deus
encarnado, combateu o pecado no seu próprio terreno.
Com todo esse discurso sobre a Igreja e a redenção, Paulo queria emplacar no coração
dos irmãos colossenses a idéia de que Jesus é o único necessário para qualquer coisa
relacionada a Deus, e que não existe nada, nem anjos, nem “profetas”, nem elementos e nem
objetos que possa substituir Jesus neste caso.
Fabio Marchiori Machado www.BereiaBlog.com
P á g i n a | 8
6. CONCLUSÃO – JESUS É O SENHOR.
Todos os fundamentos levantados neste estudo devem convergir para ponto onde
entenderemos que única coisa que realmente necessitamos é Jesus Cristo. Qualquer teoria que
esteja fora daquilo que pregou Jesus não pode ser levada a sério, isto porque não é o bastante
para agradar a Deus.
O cristão precisa reconhecer, e viver, a suficiência da morte de Jesus. Não existe no
mundo atitude maior (Gl 1.4; Ef 5.2). Por isso é inconcebível que nos prendamos a artifícios de
ordem inferior.
Cabe ao seguidor de Cristo apegar‐se de maneira profunda ao Evangelho, não se
impressionar com qualquer culto ou doutrina extravagante e dedicar‐se de corpo e alma, com
todo o entendimento, a Jesus Cristo, porque Ele é o único caminho para o coração de Deus.
“ Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem”
João 10:9
“... Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”
João 14:6
Deus o abençoe.
FICHA TÉCNICA
1. Bíblia de Estudo Genebra
2. Bíblia NVI
3. Bíblia de Estudo Almeida Atualizada
4. O Novo Comentário da Bíblia – Organizado por: F. Davidson – Ed. Vida Nova
5. Comentário Bíblico Foco e Desenvolvimento (Antigo e Novo Testamento) – autor: Carlos Oswaldo C.
Pinto – Ed Hagnos
6. Comentário Bíblico Moody – Vol. 5 – Ed IBR
7. Texto Mais que suficiente Colossenses 1:15‐20‐
Fabio Marchiori Machado www.BereiaBlog.com
P á g i n a | 9
http://galapagos‐seminarista.blogspot.com/2009/07/mais‐que‐suficiente‐colossenses‐115‐
20.html
8. Wikipédia
9. Texto Decepcionados com a Graça –
http://www.mundocristao.com.br/adicionais/cp10445.htm
Fabio Marchiori Machado www.BereiaBlog.com