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esta coisa um crdito; 2) legal: imposta pela lei (ex: nosso conhecido 346; no 287 tambm
imposto pela lei a cesso dos acessrios da dvida como garantias, multas e juros);
3) judicial: determinada pelo Juiz no caso concreto, explicando os motivos na
sentena para resolver litgio entre as partes.
A cesso pode tambm ser pro soluto ou pro solvendo; na pro soluto o cedente
responde pela existncia e legalidade do crdito, mas no responde pela solvncia do
devedor (ex: A cede um crdito a B e precisa garantir que esta dvida existe, no ilcita,
mas no garante que o devedor/cedido C vai pagar a dvida, trata-se de um risco que B
assume). Na cesso pro solvendo o cedente responde tambm pela solvncia do devedor,
ento se C no pagar a dvida (ex: o cheque no tinha fundos), o cessionrio poder
executar o cedente. Mas primeiro deve o cessionrio cobrar do cedido para depois cobrar do
cedente.
Quando a cesso onerosa, o cedente sempre responde pro soluto, idem se a
cesso foi gratuita e o cedente agiu de m-f (ex: dar a terceiro um cheque sabidamente
falsificado gera responsabilidade do cedente, mas se o cedente no sabia da ilegalidade no
responde nem pro soluto, afinal foi doao mesmo - 295); mas o cedente s responde pro
solvendo se estiver expresso no contrato de cesso (296).
2 Assuno de dvida: a transferncia passiva da obrigao, enquanto a cesso a
transferncia ativa. A assuno rara e s ocorre se o credor expressamente concordar,
afinal para o devedor faz pouca diferena trocar o credor ( = cesso de crdito), mas para o
credor faz muita diferena trocar o devedor, pois o novo devedor pode ser insolvente,
irresponsvel, etc. (299 e 391). E mesmo que o novo devedor seja mais rico, o credor pode
tambm se opor, afinal mais dinheiro no significa mais carter, e muitos devedores ricos
usam os infindveis recursos da lei processual para no pagar suas dvidas. Ressalto que o
silncio do credor na troca do devedor implica em recusa, afinal em direito nem sempre
quem cala consente (p do 299). Na assuno o novo devedor assume a dvida como se
fosse prpria, ao contrrio da fiana onde o fiador responde por dvida alheia (veremos
fiana em Civil 3).
Conceito: contrato onde um terceiro assume a posio do devedor,
responsabilizando-se pela dvida e pela obrigao que permanece ntegra, com autorizao
expressa do credor.
Observao: ao contrrio do p do 299, ns percebemos que quem cala consente
no art. 303; trata-se de uma aceitao tcita do credor para a troca do devedor, afinal na
hipoteca a garantia a coisa (assunto de Civil 5)