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Adilson Marques
Neste artigo pretendo socializar algumas informações obtidas, por vias mediúnicas,
sobre esse importante espírito que viveu a personalidade do “pobre de Assis”, sem afirmar se
são ou não verdadeiras. São apenas informações que recebi e que apresento para o debate,
sem proselitismo ou idolatria.
Porém, nem todos que se consideram reencarnacionistas aceitam essa revelação com
facilidade. Certa vez, expondo essa informação para um grupo de militantes de um
agrupamento religioso sectário, um deles afirmou que se um espírito cristão retorna à Terra
como hindu estaríamos diante de uma “involução” espiritual, algo que iria contra a doutrina
que ele seguia ortodoxamente.
Em nossa modesta opinião, esta interpretação está muita presa ao evolucionismo
linear, próprio do século XIX. Além disso, interpreta o plano espiritual com o olhar da Terra,
pouco transcendental. Em outras palavras materializa o mundo espiritual. Será que do “outro
lado” existe a mesma fragmentação religiosa que existe na Terra? E se levarmos às ultimas
conseqüências a interpretação acima teremos também que considerar que Jesus “involuiu”,
uma vez que ele encarnou na Terra, em um planeta de baixo padrão vibratório e não viveu
entre os “grandes”, mas entre os “pequenos” e humildes.
Essa mesma entidade espiritual também revelou que no plano astral da Índia existe
uma colônia denominada São Francisco, onde espíritos imbuídos de amor à vida trabalham
incessantemente pela integração do Ocidente com o Oriente, não no sentido de fundir
doutrinas e rituais, mas de viver o verdadeiro espírito ecumênico.
E a relação com o Oriente na obra de ambos não para por aí. Segundo alguns espíritas,
Divaldo Franco é amicíssimo do filósofo hindu Sai‐Baba. Sua admiração por tal filósofo fez com
que ficasse estigmatizado no meio kardecista, durante algum tempo, pois resolveu fazer
palestras sobre este importante líder espiritual da Índia contemporânea. E não podemos nos
esquecer que Divaldo psicografou um livro de um dos mais importantes poetas da Índia:
Rabindranath Tagore. O livro deste autor espiritual foi publicado em 1965 e é difícil de ser
encontrado nas livrarias espíritas, talvez porque há uma idéia generalizada no meio kardecista
de que espíritos que se manifestam como orientais e usam termos da ciência ou da filosofia
oriental são sempre “mistificadores”.
Assim, se Divaldo Franco atua na seara franciscana e sua obra apresenta fortes
relações com o Oriente, temos, aqui, um grande indício de que existe realmente um
movimento espiritual que visa essa aproximação entre o Ocidente e o Oriente e nos faz pensar
que, de fato, São Francisco e Gandhi podem ser personalidades vividas pelo mesmo espírito e
o responsável por esse movimento espiritualista.
Lembremos que Divaldo também recebeu duas mensagens escritas diretamente por
São Francisco de Assis, através de dois médiuns muito diferentes: o brasileiro Chico Xavier e o
italiano Pietro Ubaldi. Em ambas as mensagens o “pobre de Assis” estimula o seu trabalho
mediúnico e caritativo.
Uma informação mediúnica mais polêmica, porém, muito interessante, nos foi
transmitida por um espírito que utiliza a postura de índio. Segundo ele, antes de
encarnar em Assis, o espírito que viveu a personalidade São Francisco se preparou encarnando
em uma tribo indígena brasileira, na região Amazônica.
Essa foi uma encarnação desconhecida pela história, mas importante para que o
“pobre de Assis” aprendesse a amar a natureza e os animais, sem alarde ou estardalhaços.
Esta encarnação em solo brasileiro teria sido tão importante no meio franciscano espiritual
que muitos espíritos que simpatizam com o movimento franciscano seguem seu exemplo e
pedem para encarnar no meio indígena.
Se esse fato for verdadeiro, não cabe julgar pela aparência, como fazem alguns
reencarnacionistas, afirmando que os índios são “bárbaros”, “selvagens” e “primitivos”. Já
acompanhei palestras em que se afirma que o índio é um ser intermediário entre o animal e o
homem.
Se a informação desse nosso irmão que se manifesta como indígena estiver correta
temos uma demonstração patente de que toda generalização sobre os índios, ainda mais
carregada de preconceitos, deve ser sempre evitada.
E esse caráter ficou ainda mais evidente quando fui convidado para conhecer em Natal
o trabalho espiritualista do grupo Auta de Luz, inspirado pelo espírito que viveu o personagem
Auta de Souza e que mantém acesa esse caráter universalista do movimento franciscano‐
espiritualista. Além dos trabalhos “espíritas”, manifestam‐se nas reuniões os pretos‐velhos, a
obra de Ramatís é estudada sem preconceito etc., lembrando‐me o trabalho mediúnico que foi
realizado no projeto Homospiritualis, entre os anos de 2003 e 2005, aproximadamente.
É importante salientar que o projeto foi criado em meados do ano 2000, inspirado pelo
manifesto 2000 da UNESCO e, particularmente, pela visão que tinha, frequentemente, do
crucifixo de São Damião, imagem que ornava a capela de Assis, no século XII, sempre que
focalizava vivências de Terapia Vibracional Integrativa (TVI). Depois de algum tempo é que fui
descobrir que se tratava de um ícone franciscano, o que nos estimulou a denominar, em 2003,
a ONG que ajudamos a criar, reunindo profissionais da área holística e diferentes
espiritualistas: a ONG Círculo de São Francisco.
A ONG destacou‐se por oferecer atendimentos de Tai Chi Chuan, Reiki, Yoga, Florais,
Meditação, Massagem etc.; organizar grupos de estudo sobre os ensinamentos espiritualistas
(Psicosofia) de mestres como Lao Tsé, Krishna, Buda e Jesus, e por realizar pesquisas através
da Espiritologia e atendimentos de Animagogia, as duas principais contribuições do projeto
Homospiritualis, durante a Década da Cultura de Paz.
Chamamos de Espiritologia (ciência do espírito) as pesquisas sobre as relações entre o
mundo espiritual e o material, utilizando duas heurísticas: a história oral com espíritos, através
de reuniões mediúnicas organizadas para esse fim e o potencial psíquico de videntes,
clarividentes e outros.
E por que não chamamos essa prática de espiritismo? Porque, hoje em dia, o
movimento espiritista, de forma geral, não tem interesse em pesquisar sobre “todos os
assuntos de interesse da humanidade”, como Kardec fazia no século XIX. Para muitos
espiritistas não faz sentido pesquisar os “fatos espíritas” que surgiram no século XX, como a
umbanda, a apometria, as diferentes técnicas para tratamento espiritual, a transcomunicação
instrumental etc.
Foi por isso que criamos a Espiritologia, uma espécie de herdeira da tradição
kardequiana para se estudar, sem pré‐conceitos, os “fatos espíritas” contemporâneos. Vou
tomar como exemplo, um interessante artigo de Deolindo Amorim, famoso expositor
espiritista, para esclarecer nosso ponto de vista. No artigo “mediunismo no sincretismo
religioso, difundido pela internet, o autor diz o seguinte:
Nesta citação podemos notar que o autor afirma que o espiritismo estuda os
fenômenos mediúnicos, o que concordamos. Porém, o que foi que Kardec escreveu a esse
respeito:
Nesse sentido, e para não gerar mais confusão, o projeto Homospiritualis optou em
chamar suas pesquisas de Espiritologia. É importante salientar que o espírito pai Joaquim de
Aruanda também utiliza essa expressão em suas palestras, porém, com um significado mais
próximo do que chamamos de animagogia, como veremos adiante.
http://www.scribd.com/doc/17463798/O‐reiki‐a‐TVI‐e‐outros‐tratamentos‐complementares
1 – O que é o REIKI?
Resposta: O REIKI, como tantas outras práticas orientais, utiliza símbolos como
catalisadores. Eles servem para facilitar e orientar a emissão de pensamento e, portanto, de
energia. Os símbolos são como os objetos ritualísticos ou os pontos riscados utilizados em
outras práticas espiritualistas. Porém, para que um tratamento com REIKI seja eficiente e sem
contra‐indicações, exige‐se do praticante 10 % de conhecimento (símbolos e posições) e 90%
de Amor e Vontade de servir. Não há problema em usar símbolos, mas o importante é colocar
em prática os seus ensinamentos morais.
Resposta: Sim. E, desde a Antigüidade, sabe‐se que essa energia pode ser transferida
de indivíduo para indivíduo, pela imposição das mãos ou a distância, através da vontade, da
oração sincera e pura ou do pensamento elevado. Através da vontade sincera é possível emitir
uma ou outra qualidade de prâna, de acordo com a finalidade a que nos propomos. Por ser a
mesma energia, podemos dizer que uma pessoa que não saiba os símbolos ou não foi
“sintonizada” por um “mestre” pode ser capaz de enviar fluidos balsâmicos para um enfermo
se for uma pessoa de puros pensamentos e desejar beneficiar, desinteressadamente, o
próximo, sem precisar pagar por isso.
Também entrevistamos os espíritos para ouvir suas opiniões sobre a apometria e sobre
a umbanda. No primeiro caso, afirmaram que essa técnica foi permitida para ajudar no
processo de regeneração da Terra, limpando mais rapidamente o chamado “umbral”. E, no
caso da umbanda, o entrevistado foi um espírito que se identifica como pai Joaquim de
Aruanda. Suas respostas sobre a umbanda podem ser acessadas no texto “História Oral,
transcendentalismo e imaginário: mitocrítica dos ensinamentos do espírito pai Joaquim de
Aruanda”, disponível através do seguinte link:
http://www.scribd.com/doc/24571893/Historia‐Oral‐Imaginario‐e‐Transcendenalismo‐
mitocritica‐dos‐ensinamentos‐do‐espirito‐Pai‐Joaquim‐de‐Aruanda
Vamos falar agora da Animagogia. Em 2003, usamos essa expressão pela primeira vez
para se referir aos trabalhos de “doutrinação” de espíritos. Porém, em 2005, passamos a
utilizá‐la em um contexto mais amplo, referindo‐se a qualquer trabalho de educação
espiritualista cujo cerne é ajudar aquele que deseja libertar‐se do ego. O importante é
compreender que a Animagogia não se mistura com religiões. Ela utiliza os ensinamentos dos
mestres espiritualistas, conforme o problema da pessoa.
Em alguns aspectos, a Animagogia parece ser mais "espírita" que o próprio movimento
espíritista. Por exemplo, a questão 853 diz claramente que ninguém morre antes da hora, não
importa o perigo. Porém, já li vários livros espíritas que desmentem esse ensinamento do
Espírito Verdade. Aliás, certa vez, uma militante espirita me mandou um e‐mail que
"comprovava" que o Airton Senna havia morrido antes da hora.
Outros ensinamentos que a Animagogia utiliza, mas que não são bem aceitos pelos
militantes espíritas são os das questões 551 e 274. Ou seja, que afirmam que o espírito mau
não pode fazer o mal e que a autoridade dos espíritos superiores sobre os inferiores é
irresistível. O que isso significa? Que tudo aquilo que chamamos de mal e que teria sido
produzido por espíritos maus, na verdade só acontece porque os superiores permitem (e
acima destes, Deus). Ou seja, ficar criticando ou acusando os espíritos pelas coisas "más" que
nos acontecem é algo comum no movimento espiritista, mas não é um ensinamento do
Espírito Verdade.
2 ‐ O espírito já criado com Fé plena em Deus, felicidade e amor. É o ego que o faz
perder a Fé em Deus, deixar de ser feliz e de amar universalmente.
Enfim, é a partir do próprio universo simbólico da pessoa que procura ajuda que ela
será orientada. Não há doutrinação no processo de Animagogia. E quais são os recursos que a
Animagogia utiliza como complementares ao esclarecimento? Qualquer recurso que a pessoa
aceite: reiki, apometria, florais, danças circulares, dialogar com um espírito, homeopatia,
massagem, acupuntura etc.
É possível conhecer mais sobre a Animagogia no scribd, através dos seguintes links:
http://www.scribd.com/doc/20831164/Projeto‐Homospiritualis‐10‐anos‐de‐cultura‐
de‐paz‐e‐promocao‐da‐tolerancia‐religiosa
http://www.scribd.com/doc/18292432/Educacao‐e‐Espiritualidade‐introducao‐a‐
Animagogia
http://www.scribd.com/doc/17463364/educacao‐saude‐e‐espiritualidade‐a‐partir‐de‐
um‐enfoque‐transpessoal