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URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRISMO

OMISSÃO DE SOCORRO SEGUNDO O


Conceito Formal: CÓDIGO PENAL BRASILEIRO
Segundo o Conselho Federal de Medicina, em
sua Resolução CFM n° 1451, de 10/03/1995, ART. 135 – Deixar de prestar assistência quando
temos: possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança
Urgência: ocorrência imprevista de agravo à abandonada e extraviada, ou à pessoa inválida ou
saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo ferida, ao desamparo ou em grave e iminente
portador necessita de assistência médica perigo; ou não pedir, nesses casos o socorro da
imediata. autoridade pública:
Emergência: constatação médica de condições Pena – detenção de um a seis meses, ou multa
de agravo à saúde que impliquem em risco Parágrafo único – A pena é aumentada de
iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, metade, se da omissão resulta lesão corporal de
portanto, tratamento médico imediato. natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
Conceitua-se ainda:
Emergências: são situações que apresentem OMISSÃO DE SOCORRO SEGUNDO A
alteração do estado de saúde, com risco RESOLUÇÃO 311/2007 (CÓDIGO DE ÉTICA
iminente de vida. O tempo para resolução é DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM)
extremamente curto, normalmente quantificado
em minutos. Tais como: perda de consciência RESPONSABILIDADES E DEVERES
sem recuperação, dificuldade respiratória de Art. 22 - Disponibilizar seus serviços profissionais
forma aguda acompanhada de arroxeamento, à comunidade em casos de emergência, epidemia
chiado, dor intensa súbita no peito e catástrofe, sem pleitear vantagens pessoais.
acompanhada de suor frio, falta de ar e vômitos; PROIBIÇÕES
dificuldade de movimentação ou de fala Art. 26 - Negar Assistência de Enfermagem em
repentina; grande hemorragia; quadro alérgico qualquer situação que se caracterize como
grave com placas vermelhas, tosse, falta de ar e urgência ou emergência.
inchaço; movimentos descoordenados em todo Art.129 - A pena de Cassação do Direito ao
o corpo ou parte dele acompanhado de desvio Exercício Profissional é aplicável nos casos de
dos olhos, repuxo da boca com salivação infrações ao que está estabelecido nos artigos: 9º,
excessiva; aumento súbito da pressão arterial, 12; 26; 28; 29; 78 e 79 deste Código.
acompanhado de dores de cabeça de forte
intensidade. Acidentes domésticos graves com ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH)
fraturas e impossibilidade de locomoção do
enfermo, queda de grandes alturas, choque Atendimento Pré-Hospitalar é o conjunto de
elétrico, afogamentos e intoxicações graves. procedimentos técnicos realizados no local da
Urgências: são situações que apresentem emergência e durante o transporte da vítima.
alteração do estado de saúde, porém sem risco O objetivo é manter a vítima com vida e em
iminente de vida, que por sua gravidade, situação mais próxima possível da
desconforto ou dor, requerem atendimento normalidade até sua chegada a unidade
médico com a maior brevidade possível. O hospitalar. Alguns exemplos são as ações
tempo para resolução pode variar de algumas ligadas ao socorro: controlar hemorragia,
horas até um máximo de 24 horas. Tais como: manter livres as vias aéreas, imobilizar fratura
dores de cabeça súbitas de forte intensidade, etc.
não habituais e que não cedem aos O atendimento pré-hospitalar compreende três
medicamentos rotineiros; dor lombar súbita etapas:
muito intensa acompanhada de náuseas, Atendimento na cena do acidente;
vômitos e alterações urinárias; febre elevada em Transporte rápido e com segurança até o
crianças de causa não esclarecida e rebelde a hospital;
antitérmicos. Chegada no hospital.

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


Uma assistência adequada e qualificada é De forma geral, são fontes rápidas de
fundamental para o paciente chegue ao hospital informação no local da emergência:
com vida. Estatísticas norte americanas mostram A cena por si só;
que metade dos acidentes e de números de óbitos O paciente (se estiver consciente e em
registrados revela que 50% dos óbitos poderiam condições de responder);
ser evitados se tivesse um atendimento adequado Familiares, testemunhas ou curiosos;
RESGATE Os mecanismos do trauma;
Resgate é o grupo de providências técnicas A posição do paciente, qualquer deformidade
para a retirada de vítimas de locais de onde maior ou lesão óbvia;
não conseguem sair por si e sem risco. Qualquer sinal ou sintoma indicativo de
O objetivo é resgatar a vítima com as melhores emergência médica.
condições possíveis para o APH.
Exemplos: vítima libertada das ferragens de um II) A AVALIAÇÃO INICIAL
carro, de um edifício em chamas, de um poço etc..
SOCORRO BÁSICO - são os procedimentos não Durante a avaliação inicial, os problemas que
invasivos. ameaçam a vida, por ordem de importância são:
SOCORRO AVANÇADO- são os procedimentos
invasivos. 1. Vias aéreas = Estão abertas/permeáveis?
Existe comprometimento da coluna cervical?
AVALIAÇÃO DO PACIENTE NO AMBIENTE 2. Respiração = A respiração está adequada?
PRÉ-HOSPITALAR (APH) 3. Circulação = Existe pulso palpável? Existe
algum sangramento grave? Existe sinais
Atualmente, a maioria dos programas de indicativos de choque?
capacitação em primeiros socorros ou O socorrista deverá posicionar-se ao lado da
atendimento pré-hospitalar estão passando a vítima e executar a avaliação rapidamente,
abordar o processo de avaliação geral do geralmente em um prazo inferior a 45 segundos.
paciente em, pelo menos, cinco fases: A avaliação inicial deve ser executada na
seguinte seqüência:
Dimensionamento (avaliação) da cena; 1. Forme uma impressão geral do paciente;
Avaliação inicial do paciente; 2. Avalie o nível de consciência;
Avaliação dirigida (para trauma ou para 3. Avalie a permeabilidade das vias
problemas médicos); aéreas/coluna cervical;
Avaliação física detalhada; e 4. Avalie a respiração;
Avaliação continuada. 5. Avalie a circulação (presença de pulso
carotídeo palpável e hemorragias graves);
I) O DIMENSIONAMENTO DA CENA 6. Decida a prioridade para o transporte do
paciente.
1) A verificação das condições de segurança: Já no caso dos pacientes potencialmente
- Segurança pessoal; instáveis ou estáveis, o socorrista deverá
- Segurança do paciente; continuar a avaliação ainda na cena da
- Segurança de terceiros (familiares, emergência e transportar o paciente somente
acompanhantes, testemunhas e curiosos); após sua estabilização. Recomendamos
2) A adoção de medidas de proteção pessoal também que o socorro pré-hospitalar seja
(precauções universais); realizado num prazo máximo de 10 (dez)
3) A observação dos mecanismos de trauma ou minutos, para garantir o atendimento integral do
a natureza da doença; paciente dentro da chamada hora de ouro do
4) A verificação do número total de vítimas; e trauma (60 minutos).
5) A determinação da necessidade de recursos Escala CIPE
adicionais. Crítico: Paciente em parada respiratória ou
parada cardiorrespiratória.

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


Instável: Paciente inconsciente, em choque e/ou sofrer uma queda, sofrendo posteriormente um
dificuldade respiratória severa, lesão grave de trauma.
cabeça ou tórax. Se o paciente for incapaz de responder
Potencialmente instável: Paciente vítima de ou estiver inconsciente, o socorrista deverá
mecanismo agressor importante, em choque, buscar as informações sobre o que aconteceu
com lesão isolada importante ou lesão de entrevistando as pessoas presentes no local da
extremidade com prejuízo circulatório. emergência. Tente conduzir seus
Estável: Paciente portador de lesões menores, questionamentos de forma ordenada, pois na
sem problemas respiratórios e com sinais vitais maioria das vezes você dispõe de um tempo
normais. curto para obter essas informações.
O propósito da avaliação inicial consiste Pergunte:
na identificação e na correção imediata das 1) O nome da vítima;
falhas nos sistemas respiratório e/ou 2) O que aconteceu?;
cardiovascular, que representem risco iminente 3) Se a vítima queixou-se de algo antes de
de vida do paciente. perder a consciência;
4) Se a vítima tem alguma doença ou problema
de saúde;
III)A AVALIAÇÃO DIRIGIDA 5) Se alguém sabe se a vítima toma algum
remédio ou é alérgica.
A avaliação dirigida é realizada logo após Se o paciente estiver consciente e em condições
o término da avaliação inicial e é dividida em de respondê-lo, questione-o utilizando as
três etapas distintas, são elas: seguintes perguntas chaves:
1. Entrevista (paciente, familiares ou 1) Nome e idade (se é menor, procure contatar
testemunhas); com seus pais ou um adulto conhecido)
2. Aferição dos sinais vitais; e 2) O que aconteceu? (para identificar a natureza
3. Exame físico (limitado a uma lesão ou da lesão ou doença)
problema ou completo da cabeça aos pés). 3) A quanto tempo isso aconteceu?
Entrevista: Etapa da avaliação onde o socorrista 4) Você tem algum problema de saúde?
conversa com o paciente buscando obter 5) Você tem tomado algum remédio?
informações dele próprio, de familiares ou de 6) Você ingeriu algum alimento ou bebida?
testemunhas, sobre o tipo de lesão ou 7) Você é alérgico a alguma coisa?
enfermidade existente e outros dados Mais recentemente, os programas de
relevantes. treinamento em primeiros socorros estão
Sinais Vitais: Etapa da avaliação onde o adotando um modelo de entrevista simplificada,
socorrista realiza a aferição da respiração, através de um processo denominado SAMPLE.
pulso, pressão arterial e temperatura do Cada letra da palavra representa uma pergunta
paciente. que deverá ser feita ao paciente, ou seja:
Exame físico: O exame físico poderá ser Sinais e sintomas (O que está errado?);
limitado a uma lesão ou realizado de forma Alergias (Você é alérgico a algum tipo de
completa (da cabeça aos pés). Nesta etapa da substância ou alimento?);
avaliação, o socorrista realiza uma apalpação e Medicações (Você toma algum tipo de
uma inspeção visual, de forma ordenada e remédio?);
sistemática, buscando localizar no paciente, Passado médico (Você está realizando algum
indicações de lesões ou problemas médicos. tratamento médico?);
Atenção! Fique sempre muito atento durante Líquidos e alimentos (Você ingeriu alguma coisa
todo o processo de avaliação, pois algumas recentemente?);
vezes a natureza da emergência pode não estar Eventos relacionados com o trauma ou doença
claramente definida. (O que aconteceu?).
Por exemplo, um paciente pode vir a perder a Na avaliação dirigida permite que o socorrista
consciência devido a uma emergência médica e realize o exame físico do segmento corporal

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


levando em conta o que o paciente refere (o 7) Inspecione e apalpe as regiões anterior,
mais atingido ou de maior queixa). lateral e posterior da pelve. Pesquise
Certos cuidados podem ser ministrados instabilidade, dor, ferimentos ou hemorragias.
conforme os Procure identificar lesões na região genital e
problemas são identificados. Assim o exame priapismo nos homens;
físico completo da cabeça aos pés pode não ser 8) Inspecione e apalpe as extremidades
necessário. inferiores (uma de cada vez). Pesquise por
ferimentos, deformidades, hemorragias ou
IV) A AVALIAÇÃO FÍSICA DETALHADA edemas. Cheque o pulso, a capacidade de
movimentação, a perfusão e a sensibilidade;
Ao realizar o exame padronizado da cabeça aos 9) Inspecione e apalpe as extremidades
pés, o socorrista deverá: superiores (uma de cada vez). Pesquise por
ferimentos, deformidades, hemorragias ou
1) Verificar a região posterior e anterior do edemas. Cheque o pulso, a capacidade de
pescoço (região cervical), procurando identificar movimentação, a perfusão e a sensibilidade;
deformidades ou pontos dolorosos. Se você 10) Realize o rolamento em bloco e inspecione a
perceber qualquer indício de trauma, pare o região dorsal. Apalpe e pesquise visualmente as
exame e imobilize a cabeça e o pescoço costas, coluna vertebral e as nádegas. Procure
aplicando um colar cervical de tamanho deformidades, áreas de contusão, ferimentos e
apropriado; hemorragias. Role o paciente sobre uma maca
2) Verifique a cabeça (couro cabeludo), rígida e imobilize-o para em seguida, iniciar seu
procurando identificar deformidades, ferimentos, transporte.
contusões, edemas ou hemorragias;
V) A AVALIAÇÃO CONTINUADA
3) Verifique a testa e a face do paciente
procurando identificar deformidades, ferimentos,
A avaliação ou assistência continuada é
descolorações ou qualquer sinal indicativo de
usualmente utilizada pelas equipes de socorro
trauma de crânio.
pré-hospitalar durante o transporte do paciente
- Inspecione os olhos e pálpebras. até a unidade hospitalar mais adequada ao seu
- Verifique o diâmetro, a simetria e a reação a tratamento definitivo. Após o término da
luz das pupilas. Identifique a presença de avaliação física detalhada, o socorrista deverá
sangue no nariz e orelhas. verificar periodicamente os sinais vitais e manter
uma constante observação do aspecto geral do
- Examine a boca do paciente, observando
paciente.
sinais de obstrução das vias aéreas, presença
de sangue e alterações no hálito;
Noções de Regulação Médica em
4) Inspecione ombros apalpando a clavícula e a
escápula do paciente, bilateralmente, procure
Situações de Atenção a Múltiplas
por deformidades, ferimentos, hemorragias ou Vítimas
edemas;
5) Inspecione e apalpe as regiões anterior e Conceitos:
lateral do tórax do paciente. Avalie os DESASTRE OU CATÁSTROFE - Situação na
movimentos respiratórios, deformidades, qual os meios de atendimento de urgência
fraturas, áreas de contusão ou edemas; disponíveis não são suficientes para fazer frente à
6) Inspecione e apalpe os quatro quadrantes situação de emergência, havendo necessidade de
abdominais. Procure identificar dor, presença de ajuda externa.
rigidez, contusões, ferimentos, hemorragias, ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS - São
eviscerações. Verifique a sensibilidade e o aquelas situações em que há desequilíbrio entre
tônus/rigidez em cada um dos quadrantes os recursos disponíveis e as necessidades, porém
separadamente; com os recursos locais consegue-se manter um
padrão mínimo de atendimento adequado.

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


Em ambos os casos, a concepção moderna de estabelece as ações e organiza a utilização dos
atendimento prioriza a ação pré-hospitalar, recursos disponíveis, além de prever a solicitação
envolvendo procedimentos na área do sinistro e de ajuda externa, se for o caso.
durante o transporte para o tratamento definitivo. B) COMANDO
O coordenador do atendimento deve estar em
Principais Causas de Acidentes de Massa posição de destaque em relação aos demais
ACIDENTES NATURAIS - enchentes, terremotos, socorristas. Os componentes das equipes devem
vulcões, furacões, incêndios, etc. estar identificados uniformemente, com coletes,
MODERNOS MEIOS DE TRANSPORTE - bonés, etc...
acidentes rodoviários, ferroviários, aeronáuticos, C) COMUNICAÇÃO
etc. Não há comando sem comunicação. Portanto, as
AGRESSIVIDADE E AGLOMERAÇÕES - shows, alternativas de comunicação devem ser as mais
estádios, passeatas, etc. variadas possíveis, dispondo de rádios, telefones
CIRCULAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE celulares, apitos, sirenes, bandeiras, faixas,
PRODUTOS TÓXICOS painéis, lanternas, etc... O comando das
GUERRAS E ATENTADOS TERRORISTAS operações deve dispor de números de telefones
ACIDENTES TECNOLÓGICOS - fábricas, dos órgãos de socorro, segurança, transporte e
indústrias, reatores nucleares, etc. imprensa, bem como as freqüências de rádio
desses órgãos.
Existe três ações distintas, mas complementares, D) SEGURANÇA
e, sobretudo hierarquizadas, no local do A segurança é fundamental para o sucesso do
atendimento: atendimento de urgência nos grandes acidentes.
SALVAMENTO OU RESGATE - compreende as Os cordões de isolamento e barreiras policiais
ações técnicas necessárias para a retirada de tornam-se necessárias para facilitar o trabalho dos
uma ou várias pessoas de um meio ou local que socorristas e garantir a liberação das rotas de
ofereça risco de vida (exemplo: salvamento de um evacuação, evitando as interferências externas ao
incêndio, desmoronamento, afogamento, etc.). serviço.
SOCORRO - compreende as ações bastante A área isolada deve ser grande o suficiente para
específicas dos gestos básicos de vida, as quais estabelecer a setorização dos locais de atuação
devem ser efetuadas imediatamente na vítima, das equipes, garantindo um desempenho melhor
para garantir sua vida (desobstrução e liberação e mais seguro. A setorização compreende 03
de vias aéreas, controle de hemorragias, etc.). zonas concêntricas: vermelha, laranja e verde.
CUIDADO MÉDICO DE URGÊNCIA OU A ZONA VERMELHA (OU QUENTE)
ATENDIMENTO MÉDICO DE URGÊNCIA - compreende a área do sinistro propriamente dito,
compreende as técnicas realizadas por médicos, onde está contido a totalidade dos destroços.
ou profissionais por eles designados, para Deve ter um controle rigoroso e seu acesso é
assegurar o tratamento de uma vítima. limitado apenas às equipes de resgate e
atendimento de urgência. O Posto Médico
Princípios Gerais do Plano de Atendimento de Avançado será instalado dentro desta zona, em
Emergências local que não ofereça risco.
A ZONA LARANJA (OU MORNA) compreende a
Para alcançar uma eficiência satisfatória no área onde será instalado o Posto de Comando, as
atendimento das vítimas, torna-se necessária a viaturas para transporte das vítimas e de
obediência a princípios gerais de ação no acidente materiais, os alojamentos de vítimas sem lesões,
de massa (PLANO DE ATENDIMENTO DE o depósito mortuário, etc... Seu acesso é limitado
EMERGÊNCIAS). apenas aos profissionais que irão atuar nessas
A) PLANEJAMENTO áreas.
O plano de Emergência deve obedecer a um A ZONA VERDE (OU FRIA) compreende a área
comando centralizado que distribui e esclarece as de livre circulação, mas com cuidado especial
funções de cada elemento da equipe, de acordo para que o trânsito pelas ruas e estradas de
com a capacidade de cada um. O planejamento

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


acesso estejam liberadas, garantindo a chegada podem caminhar para uma área de concentração
até os hospitais e outros serviços médicos. previamente delimitada. Estas vítimas receberão
E) TRIAGEM uma identificação verde, entretanto, esse não é o
A triagem e estabilização das vítimas no local do momento de rotulá-las com etiquetas ou fitas,
acidente tem se mostrado muito mais eficiente do sendo que tal providência será realizada
que “pôr na maca e correr”. A triagem aumenta a posteriormente e de forma individual.
percentagem de sobreviventes e evita o SEGUNDO PASSO - Os socorristas iniciam a
desperdício de transporte e hospitalização avaliação das vítimas que permaneceram na cena
desnecessária, permitindo uma racionalização dos de emergência e que não apresentam condições
meios e distribuindo adequadamente os feridos de caminhar. Deverá ser avaliada a respiração. A
para os hospitais certos. A triagem deve priorizar a respiração está normal, rápida ou ausente ? Se
análise primária, enquanto a estabilização deve está ausente, abra imediatamente as VAS, com a
cuidar da análise secundária e preparo para o técnica de “elevação do mento” para determinar
transporte ao serviço de saúde mais adequado. se as respirações iniciam-se espontaneamente.
Existe inúmeros métodos de realizar a triagem das Se a vítima continua sem respirar, identifique-a
vítimas no local do acidente. No Brasil o método com a etiqueta/fita de cor preta (Não perca tempo
que tem sido mais divulgado e utilizado é o tentando reanimar a vítima). Se a vítima está
“START” (Simple Triage And Rapid Treatment) , inconsciente e necessita ajuda para manter as
utilizando cores para designar a gravidade, VAS abertas providencie auxílio de voluntários
baseando-se na análise primária da vítima (ABC): que estejam na cena da emergência ( vítimas
VERMELHO - 1ª- prioridade ou prioridade código verde podem auxiliar ). Toda vítima
absoluta inconsciente, em princípio, será classificada no
Compreende os pacientes críticos, com risco de final como código vermelho, por não responder à
vida iminente, que necessitam de cuidados ordens simples. Avalie a freqüência respiratória de
imediatos para sua estabilização e posterior vítimas conscientes e caso sua freqüência
transporte. Tem prioridade no transporte, o qual respiratória seja superior a 30 MRM, receberá
deve ser efetuado em UTIs móveis. uma etiqueta/fita de cor vermelha (nesses casos,
AMARELO - 2ª prioridade ou prioridade relativa tente conseguir voluntários para manter abertas
Compreende os pacientes graves, também com suas VAS). Caso a respiração esteja normal
risco de vida, mas que dispõem de algumas horas (menor de 30 MRM), vá ao passo seguinte.
para receber atendimento . Devem ser TERCEIRO PASSO - Verifique a perfusão através
transportadas após as vermelhas. da prova do enchimento capilar ou através da
VERDE - 3ª prioridade ou prioridade baixa palpação do pulso radial. Se o enchimento capilar
Compreende os pacientes ilesos, os pacientes é superior a 2 segundos ou se o pulso radial está
com traumas simples, sem risco de vida ou de ausente, a vítima deverá receber a etiqueta/fita de
função de membros, que podem aguardar várias cor vermelha. Se o enchimento capilar é inferior a
horas para serem atendidos. Serão transportadas 2 segundos ou se o pulso radial está presente, vá
depois das amarelas. ao passo seguinte. Qualquer hemorragia grave
PRETO - 4ª prioridade ou prioridade nula que ameace a vida deverá ser detido nesse
Compreende os pacientes em morte clínica ou momento. Posicione a vítima com as pernas
evidente e os extremamente graves, com elevadas, salvo contra-indicações, para prevenir o
probabilidade mínima de sobrevivência. choque (novamente tente conseguir voluntários
A categorização é relativa, pois deve levar em para fazer pressão direta sobre o sangramento e
conta o número de profissionais disponíveis para o prevenir choque).
atendimento. QUARTO PASSO - Verifique o nível de
PASSOS A SEGUIR NA APLICAÇÃO DO consciência da vítima. Se a vítima não consegue
MÉTODO START executar ordens simples emanadas pelo
socorrista, deverá receber a etiqueta/fita de cor
PRIMEIRO PASSO - O socorrista entra na cena vermelha. Se a vítima executa corretamente as
da emergência, identifica e conduz (poderá ser ordens simples recebidas, receberá a etiqueta/fita
utilizado um megafone para isso) as vítimas que de cor amarela

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


A sistematização das técnicas de minutos, pois em quatro minutos o cérebro
Ressuscitação Cardiopulmonar começa a sofrer danos e em 10 a morte cerebral
está confirmada.
A sistematização das técnicas de Ressuscitação A American Heart Association (AHA) adotou uma
Cardiopulmonar (RCP) e sua difusão possibilitam padronização de condutas sistematizadas em
o salvamento de muitas vidas ameaçadas por ressuscitação, onde o sucesso das intervenções
Parada Cardiorrespiratória (PCR) e melhoram a depende de esforços interligados entre si, que é
qualidade de vida de pessoas que sofrem de chamado de "Corrente de Sobrevivência", que é
emergências cardiovasculares. composta de quatro elos:
A rapidez na identificação de situações de
emergência, a solicitação por ajuda e a chegada
de um suporte de atendimento adequado são
elementos fundamentais para o sucesso da RCP
e, consequentemente, o aumento da sobrevida
dessas vítimas.
O índice de sobrevida de pessoas em RCP eleva-
se acentuadamente quando o suporte básico de  Acesso precoce - a pessoa que
vida (SBV) é iniciado nos primeiros quatro minutos reconhece uma emergência deve
e o suporte avançado de vida (SAV) até oito

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


imediatamente solicitar por ajuda e atendê- detectadas inicialmente por profissionais de
la prontamente; enfermagem.
 RCP precoce - manobras de ressucitação Esta realidade evidência a importância da equipe
como abertura de vias aéreas, ventilação e de enfermagem estar preparada técnica e
circulação sangüínea devem ocorrer tão cientificamente para uma rápida atuação no
breve quanto possível; atendimento da PCR.
 Desfibrilação precoce - identifica e trata o Segundo Guidelines de 2010 da American
ritmo de fibrilação ventricular (FV) ou Heart Association (AHA), houve o aumento do
taquicardia ventricular (TV) sem pulso. quinto elo na nova Cadeia de Sobrevivência do
Considerada pela AHA a intervenção Adulto:
isolada mais importante, está comprovado 1. Reconhecimento imediato da PCR e
que 90% das vítimas que ressuscitaram de acionamento do serviço de emergência/urgência
uma PCR apresentaram FV e; 2. RCP precoce, com ênfase nas compressões
 SAV precoce - controle avançado da via torácicas
aérea e medicações apropriadas ao ritmo 3. Rápida desfibrilação
devem ser aplicadas tão logo possível. 4. Suporte avançado de vida eficaz
Se um desses elos for inadequado, os índices de 5. Cuidados pós-PCR integrados
sobrevivência serão baixos.
Algumas pesquisas mostraram que 30 a 40% de
todas as mortes súbitas por PCR ocorrem no
ambiente hospitalar e, comumente, são

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


MUDANÇAS DE PROTOCOLO DE 2005 E DE 2010
Resumo das Manobras ABCD BLS para Lactentes, Crianças e Adultos
Mudanças contidas no Manual de Atendimento da American Heart Association (AHA) de 2005 para
Ressuscitação Cardio-Pulmonar (RCP) e Serviços Emergenciais Cardiovasculares(SEC).

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


Quadro de resumo dos principais pontos de discussão e alterações contidas no Manual de
Atendimento da American Heart Association (AHA) de 2010

Resumo dos principais pontos de discussão e manifestações de PCR para melhorar o


alterações contidas no Manual de Atendimento reconhecimento da PCR.
da American Heart Association (AHA) de 2010 • Os atendentes/operadores devem instruir
Os principais pontos de discussão e alterações socorristas leigos não treinados a aplicar a RCP
nas recomendações das Diretrizes da AHA 2010 somente com as mãos em adultos com PCR
para RCP e ACE para profissionais de saúde são súbita.
os seguintes: • Foram feitos refinamentos nas recomendações
• Como as vítimas de PCR podem apresentar um para o reconhecimento e o acionamento imediatos
curto período de atividade semelhante à do serviço de emergência/urgência tão logo o
convulsão ou gasp agônico, que podem confundir profissional de saúde identifique que a vítima
os possíveis socorristas, os adulta não responde, está sem respiração ou
atendentes/operadores devem ser apresenta respiração anormal (isto é, apenas
especificamente treinados para identificar tais gasping). O profissional de saúde deve verificar

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


rapidamente se não há respiração ou se a mesma e continuar enfatizando a necessidade de aplicar a
é anormal (isto é não respirando ou apenas com RCP de alta qualidade, o quanto antes, em vítimas
gasping) ao verificar a capacidade de resposta de PCR.
da vítima. Em seguida, o profissional deve • Integração dos DEAs/DAEs à Cadeia de
acionar o serviço de emergência/urgência e Sobrevivência com acesso público à desfibrilação
buscar o DEA/DAE (ou encarregar alguém disso).
O profissional de saúde não deve levar mais do • Consideração do uso de DEA em hospitais
que 10 segundos verificando o pulso e, caso não • Os DEAs/DAEs, agora, podem ser usados em
sinta o pulso em 10 segundos, deve iniciar a RCP bebês, se não houver um desfibrilador manual
e usar o DEA/DAE, se disponível. disponível
• O procedimento "Ver, ouvir e sentir se há • Choque primeiro versus RCP primeiro em PCR
respiração" foi removido do algoritmo.
• Protocolo de 1 choque versus seqüência de 3
• Minimizando interrupções nas compressões e choques em FV
evitando. Tem-se dado maior ênfase em RCP de
alta qualidade (com freqüência e profundidade de • Desfibrilação externa com desfibrilador
compressão torácicas adequadas, permitindo cardioversor implantado
retorno total do tórax entre as compressões, Dispositivos de RCP
ventilação excessiva). Vários dispositivos mecânicos de RCP estiveram
• O uso de pressão cricóide durante as no centro de ensaios clínicos recentes. O inicio do
ventilações, em geral, não é recomendado. tratamento com esses dispositivos (isto e, sua
• Os socorristas devem iniciar as compressões aplicação e seu posicionamento) tem o potencial
torácicas antes de aplicar ventilações de resgate de retardar ou interromper a RCP da vitima de
(C-A-B, em vez de A-B-C). Iniciar a RCP com 30 PCR e, portanto, os socorristas devem ser
compressões, em vez de 2 ventilações, diminui a treinados e, se necessário, treinados novamente
demora em aplicar a primeira compressão. para minimizar qualquer interrupção das
compressões torácicas ou da desfibrilação. O uso
• A freqüência de compressão foi modificada para do dispositivo de limiar de impedância (DLI)
um mínimo de 100 por minuto, em vez de melhorou o RCE e a sobrevivência no curto prazo
aproximadamente 100/minuto. quando usado em adultos com PCR extra-
• A profundidade da compressão em adultos foi hospitalar, mas não melhorou a sobrevivência no
ligeiramente alterada para, no mínimo, 2 longo prazo de pacientes com PCR. Um ensaio
polegadas (cerca de 5 cm), em lugar da faixa aleatório, prospectivo e multicêntrico controlado
antes recomendada de cerca de 1½ a 2 comparando a RCP com faixa de distribuição de
polegadas (4 a 5 cm). carga (AutoPulseR) com a RCP manual em PCR
extra-hospitalar demonstrou não ter havido
• Tem-se dado ênfase permanente na melhoria na sobrevivência em 4 horas e um pior
necessidade de reduzir o tempo entre a última resultado neurológico quando o dispositivo foi
compressão e a administração do choque e o usado. São necessários mais estudos para
tempo entre a administração do choque e o determinar se os fatores específicos ao local e a
reinício imediato das compressões. experiência com o uso do dispositivo podem
• Há um maior foco na aplicação de RCP em influenciar sua eficácia. Não ha evidências
equipe. Estas alterações foram concebidas para suficientes que respaldem o uso rotineiro deste
simplificar o treinamento do profissional de saúde dispositivo.

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


Quadro comparativo entre as mudanças contidas no Manual de Atendimento da American
Heart Association (AHA)
ATUAL ANTERIOR

Pressão cricóide 2005 (Antiga): A pressão cricóide


2010 (Nova): O uso rotineiro de pressão cricóide em PCR não é deverá ser usada apenas se a
recomendado. vítima estiver profundamente
inconsciente e, em geral, requer um
Motivo: A pressão cricóide é uma técnica para aplicar pressão à terceiro socorrista, não envolvido
cartilagem cricóide da vítima, de forma a empurrar a traqueia em ventilações de resgate ou
posteriormente e comprimir o esôfago contra as vértebras cervicais. A compressões.
pressão cricóide pode impedir a distensão gástrica e reduzir o risco de
regurgitação e aspiração durante a ventilação com bolsa-válvula-
máscara/insuflador manual, mas também pode impedir a ventilação.
Sete estudos aleatórios mostraram que a pressão cricóide pode
retardar ou impedir a colocação de uma via aérea avançada e que, a
despeito da aplicação de pressão cricóide, pode ocorrer, ainda assim,
um pouco de aspiração. Além disso, é difícil treinar os socorristas de
forma apropriada no uso da manobra. Por isso, o uso rotineiro de
pressão cricóide em PCR não é recomendado.

Ênfase nas compressões torácicas* 2005 (Antiga): As Diretrizes da


2010 (Nova): As compressões torácicas são enfatizadas para os AHA 2005 para RCP e ACE não
socorristas, sejam eles treinados ou não. Se a pessoa presente não forneciam recomendações distintas
tiver treinamento em RCP, ela deverá aplicar a RCP somente com as para socorristas treinados e não
mãos (somente compressões) na vítima adulta com colapso treinados, nem enfatizavam
repentino, com ênfase em "comprimir com força e rapidez" no centro diferenças nas instruções fornecidas
do tórax, ou seguir as instruções do atendente/operador de a socorristas leigos ou a
emergência/urgência médica. profissionais de saúde, mas
recomendavam que os
O socorrista deve continuar a RCP somente com as mãos até a atendentes/operadores
chegada e preparação de um DEA/DAE para uso ou até que os fornecessem instruções para RCP
profissionais do SME assumam o cuidado da vítima. somente com compressões para
O ideal é que todos os profissionais de saúde sejam treinados em pessoas presentes não treinadas.
SBV. Nessa população treinada, faz sentido que o SME e os Além disso, as Diretrizes da AHA
socorristas profissionais nos hospitais apliquem compressões 2005 para RCP e ACE observavam
torácicas e ventilações de resgate em vítimas de PCR. que, se o socorrista não estivesse
disposto a aplicar ventilações, ou
Motivo: A RCP somente com as mãos (somente compressões) é preparado para tal, ele deveria
mais fácil de ser executada por um socorrista não treinado e pode ser aplicar somente compressões
prontamente orientada por telefone pelos atendentes/operadores. torácicas. Note que o parecer "RCP
Porém, como o profissional de saúde deve estar treinado, a somente com as mãos" da AHA foi
recomendação continua sendo a de aplicar compressões e publicado em 2008.
ventilações. Se o profissional de saúde não puder aplicar ventilações,
deverá acionar o serviço de emergência/urgência e aplicar
compressões torácicas.

Acionamento do serviço de emergência/urgência 2005 (Antiga): O profissional de


2010 (Nova): O profissional de saúde deve verificar se o paciente saúde acionava o serviço de\
responde observando-o para determinar se a respiração está anormal emergência/urgência tão logo
ou ausente. O profissional deverá suspeitar de PCR se a vítima não encontrasse uma vitima que não

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


estiver respirando ou estiver com gasping. apresentasse resposta. Em
Motivo: O profissional de saúde não deve retardar o acionamento do seguida, voltava a vitima, abria a via
serviço de emergência/urgência, porem deve obter duas informações aérea e verificava a respiração
simultaneamente: verificar se a vitima responde e se esta sem quanto a anormalidades.
respiração ou com respiração anormal.
Se a vitima não estiver respondendo e não estiver respirando ou
apresentar respiração anormal (isto e, apenas gasp agônico), o
profissional devera acionar o serviço de emergência/urgência e
buscar o DEA/DAE, se disponível (ou encarregar alguém disso).
Se o profissional de saúde não sentir pulso na vitima em 10
segundos, devera iniciar a RCP e usar o DEA/DAE, quando estiver
disponível.

Alteração na seqüência da RCP: C-A-B, em vez de A-B-C* 2005 (Antiga): A seqüência da RCP
2010 (Nova): Uma das alterações feitas nas Diretrizes da AHA 2010 em adultos tinha inicio com a
para RCP e ACE recomenda o inicio das compressões toracicasantes abertura da via aérea, seguida de
das ventilações. verificação quanto a presença de
respiração normal e, em seguida, a
Motivo: Embora nenhuma evidência em humanos ou animais aplicação de duas ventilações de
publicada demonstre que iniciar a RCP com 30 compressões, em vez resgate, acompanhadas de ciclos
de 2 ventilações, leve a um melhor resultado, as compressões de 30 compressões torácicas e 2
torácicas fornecem fluxo sanguíneo; ademais, estudos de PCR extra- ventilações.
hospitalar em adultos mostram que a Sobrevivência e maior quando
as pessoas presentes fazem alguma tentativa de aplicar a RCP, em
vez de simplesmente não tentarem fazê-lo. Dados de animais
demonstram que atrasos ou interrupções nas compressões torácicas
reduzem a sobrevivência; logo, tais atrasos ou interrupções devem
ser minimizados ao longo de toda a ressuscitação. As compressões
torácicas podem ser iniciadas quase imediatamente, ao passo que
posicionar a cabeça e obter um selo para a respiração boca a boca ou
com bolsa-valvula-mascara/insuflador manual sempre demoram certo
tempo. A demora no inicio das compressões poderá ser reduzida se
houver dois socorristas presentes: o primeiro inicia as compressões
torácicas e o segundo abre a via aérea e se prepara para aplicar
respirações tão logo o primeiro complete a primeira serie de 30
compressões torácicas.
Quer haja um ou mais socorristas presentes, o inicio da RCP com
compressões torácicas garante que a vitima receba logo essa
intervenção critica.

Eliminação do procedimento “Ver, ouvir e sentir se há 2005 (Antiga): O procedimento


respiração”* "Ver, ouvir e sentir se há respiração”
2010 (Nova): O procedimento "Ver, ouvir e sentir se há respiração” foi era usado para avaliar a respiração
removido da seqüência de avaliação da respiração após a abertura da após a abertura da via aérea.
via aérea. O profissional de saúde verifica rapidamente a respiração
ao verificar se o paciente esta respondendo a fim de detectar sinais de
PCR. Após a aplicação de 30 compressões, o socorrista que atuar
sozinho devera abrir a via aérea da vitima e aplicar duas ventilações.
Motivo: Com a nova seqüência “compressão torácica primeiro”, a

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


RCP será executada se o adulto não estiver respondendo e não
estiver respirando ou apresentando respiração anormal (isto e, não
respirando ou com gasping), sendo iniciada pelas compressões
(seqüência C-A-B). Logo, a respiração e rapidamente verificada como
parte da verificação da PCR. Após a primeira serie de compressões
torácicas, a via aérea e aberta e o socorrista aplica 2 ventilações.

Freqüência de compressão torácica: mínimo de 100 por minuto* 2005 (Antiga): Executar
2010 (Nova): E sensato que os socorristas leigos e profissionais de aproximadamente 100
saúde realizem compressões torácicas a uma freqüência mínima de compressões por minuto.
100 compressões por minuto.
Motivo: O numero de compressões torácicas aplicadas por minuto
durante a RCP e um fator determinante importante do retorno da
circulação espontânea (RCE) e da sobrevivência com boa função
neurológica. O numero real de compressões torácicas aplicadas por
minuto e determinado pela freqüência das compressões torácicas e o
numero e a duração das interrupções nas compressões (para, por
exemplo, abrir a via aérea, aplicar ventilações de resgate ou permitir a
analise do DEA/DAE). Na maioria dos estudos, a aplicação de mais
compressões durante a ressuscitação esta associada a uma maior
sobrevivência, ao passo que a aplicação de menos compressões esta
associada a uma menor sobrevivência. A aplicação de compressões
torácicas adequadas exige ênfase não somente na freqüência
adequada de compressões, mas também em minimizar interrupções
a este componente critico da RCP. Uma freqüência de compressão
inadequada ou interrupções freqüentes (ou ambas) reduzirão o
numero total de compressões aplicadas por minuto.

Profundidade das compressões torácicas* 2005 (Antiga): O esterno adulto


2010 (Nova): O esterno adulto deve ser comprimido, no mínimo, 2 deve ser comprimido de 1. a 2
polegadas (5 cm). polegadas (aproximadamente de 4
a 5 cm).
Motivo: As compressões criam fluxo sanguíneo principalmente por
aumentarem a pressão intratorácica e comprimirem diretamente o
coração. Compressões geram fornecimento de fluxo sanguíneo,
oxigênio e energia, críticos para o coração e o cérebro. Pode haver
confusão quando se recomenda uma faixa de profundidade; por isso,
agora, recomenda-se uma profundidade de compressão especifica.
Os socorristas, muitas vezes, não comprimem adequadamente o
tórax, apesar das recomendações de “comprimir com forca”. Alem
disso, a ciência disponível sugere que as compressões de, pelo
menos, 2 polegadas são mais eficazes do que as de 1polegada. Por
essa razão, as Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE recomendam
uma profundidade mínima especifica para a compressão torácica em
adultos, maior do que a recomendação anterior

Uso de DEAs/DAEs em hospitais


2010 (Reafirmação da recomendação de 2005): Apesar de evidência limitada, os DEAs/DAEs podem ser
considerados para o ambiente hospitalar como forma de facilitar a desfibrilação precoce (meta de
administração de choques em ≤ 3 minutos do colapso), especialmente nas áreas cujo pessoal não esteja

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


capacitado para reconhecer ritmos ou em que o uso de desfibriladores não seja freqüente. Os hospitais
devem monitorar os intervalos entre o colapso e o primeiro choque e os resultados da ressuscitação.
Reafirmação da recomendação de 2005

Uso de DEA/DAE em crianças agora inclui bebês 2005 (Antiga): Em crianças de 1 a


2010 (Nova): Na tentativa de desfibrilação em crianças de 1 a 8 anos 8 anos de idade, o socorrista deve
de idade com um DEA/DAE, o socorrista deve usar um sistema usar um sistema atenuador de
atenuador de carga pediátrico, se disponível. Se o socorrista aplicar a carga pediátrico, se disponível. Se o
RCP contra a PCR em uma criança e não houver um DEA/DAE com socorrista aplicar a RCP contra a
sistema atenuador pediátrico, deve-se usar um DEA/DAE padrão. Em PCR em uma criança e não houver
bebês (com menos de 1 ano de idade), é preferível um desfibrilador um DEA/DAE com sistema
manual. Se não houver um desfibrilador manual disponível, atenuador pediátrico, deve-se usar
aconselha-se um DEA/DAE com atenuação de carga pediátrica. Se um DEA/DAE padrão. Há dados
nenhum dos dois estiver disponível, use um DEA/DAE sem atenuador insuficientes para recomendação
de carga. pró ou contra o uso de DEAs/DAEs
em bebês com menos de 1 ano de
Motivo: Não se conhece a carga de energia mínima para que se idade.
possa realizar uma desfibrilação eficaz em bebês e crianças. O limite
superior para desfibrilação segura também não é conhecido, mas
cargas > 4 J/kg (chegando a 9 J/kg) têm apresentado desfibrilação
eficaz em crianças e modelos animais de PCR pediátrica sem efeitos
adversos significativos. DEAs/DAEs com cargas de energia
relativamente alta têm sido usados com êxito em bebês com PCR,
sem efeitos adversos claros.

Protocolo de 1 choque versus seqüência de 3 choques


2010 (Sem alterações em relação a 2005):
Na época da Conferencia do Consenso 2010 da ILCOR (International Liaison Committee on Resuscitation)
sobre a Ciência da RCP e ACE com Recomendações de Tratamento, dois novos estudos publicados,
realizados com seres humanos, comparavam o protocolo de 1 choque com o protocolo de 3 choques
consecutivos no tratamento da PCR por FV. A evidência desses dois estudos sugere significativo beneficio a
Sobrevivência com o protocolo de desfibrilação com 1 choque, em comparação com o protocolo de três
choques consecutivos. Se um choque não eliminar a FV, o beneficio incremental de outro choque e baixo, e
o reinicio da RCP provavelmente terá maior valor do que outro choque imediato. Este fato, aliado aos dados
de estudos em animais - que documentam os efeitos nocivos da interrupção das compressões torácicas - e a
estudos em humanos - que sugerem beneficio a sobrevivência com o uso da abordagem de RCP com 1
choque em comparação com o protocolo de 3 choques -, respalda a recomendação de um só choque
acompanhado de RCP imediata em vez de choques consecutivos, como tentativa de desfibrilação.
Sem alterações em relação a 2005

Desfibrilação com desfibrilador cardioversor implantado 2005 (Antiga): Quando um


2010 (Nova): As posições anteroposterior e anterolateral são, dispositivo medico implantado se
geralmente, aceitas em pacientes com marca-passos/pacemakers e situar em uma área onde
desfibriladores implantados. Em pacientes com desfibriladores normalmente se colocaria uma pa,
cardioversores ou marca-passos/pacemakers implantados, a posicione a pa, no mínimo, a 1
colocação das pás/pás manuais não deve retardar a desfibrilação. polegada (2,5 cm) de distancia do
Convem evitar colocar as pás ou pás manuais diretamente sobre o dispositivo.
dispositivo implantado.
Motivo: O discurso desta recomendação e um pouco mais suave do

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


que o discurso usado em 2005. Existe a possibilidade de o marca-
passo/pacemaker ou o desfibrilador cardioversor implantado funcionar
incorretamente após a desfibrilação quando as pás são colocadas
muito próximas do dispositivo. Um estudo com cardioversão
demonstrou que posicionar as pás com pelo menos 8 cm de distancia
do dispositivo não danifica a estimulação, o sensor, nem a captura do
dispositivo. Os picos dos marca-passos/pacemakers com estimulação
unipolar podem confundir o software do DEA/DAE e impedir a
detecção de FV (e, por conseguinte, a administração do choque). A
principal mensagem para os socorristas e que a preocupação com o
posicionamento preciso das pás ou pás manuais em relação a um
dispositivo medico implantado não deve retardar a tentativa de
desfibrilação.

Taquicardia ventricular 2005 (Antiga): Havia evidência


2010 (Nova): A taquicardia ventricular monomórfica estável adulta insuficiente para recomendar uma
responde bem a choques de cardioversão (sincronizada) com forma carga bifásica para a cardioversão
de onda monofásica ou bifásica com energias iniciais de 100 J. Se de TV monomórfica.
não houver resposta ao primeiro choque, pode ser oportuno aumentar As Diretrizes da AHA 2005 para
a carga de modo paulatino. Não foi encontrado nenhum estudo RCP e ACE recomendavam o uso
provisório que abordasse esse ritmo e, portanto, as recomendações de um choque não sincronizado
foram feitas por consenso de especialistas do grupo de autores. para o tratamento do paciente
A cardioversão sincronizada não deve ser usada para o tratamento de instável com TV polimórfica.
FV, por ser improvável que o dispositivo perceba uma onda de QRS
e, com isso, acabe não administrando o choque. A cardioversão
sincronizada também não deve ser usada para TV sem pulso ou
polimórfica (TV irregular). Tais ritmos exigem a administração de
choques (isto e, cargas de desfibrilação) de alta energia não
sincronizados
Motivo: O grupo de autores concordou que seria útil acrescentar uma
recomendação de carga bifásica as Diretrizes da AHA 2010 para RCP
e ACE no tocante a cardioversão de TV monomórfica, mas queria
enfatizar a necessidade de tratar a TV polimórfica como instável e
como um ritmo de PCR

Soco Precordial 2005 (Antiga): Não havia


2010 (Nova): O soco precordial não deve ser usado em PCR extra- recomendações anteriormente.
hospitalar não presenciada. O soco precordial poderá ser considerado
para pacientes com TV instável (inclusive TV sem pulso) presenciada
e monitorizada se não houver um desfibrilador imediatamente pronto
para uso. No entanto, ele não devera retardar a RCP nem a aplicação
dos choques.
Motivo: Em alguns estudos, ha relatos de conversão de taquiarritmias
ventriculares pelo soco precordial. No entanto, duas series de casos
maiores demonstraram que o soco precordial não resultou em RCE
nos casos de FV. O relato de complicações associadas ao soco
precordial inclui fratura do esterno, osteomielite, AVE/AVC e
desencadeamento de arritmias malignas em adultos e crianças. O
soco precordial não deve retardar o inicio da RCP ou da desfibrilação.

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


Novos protocolos de medicação 2005 (Antiga): A atropina foi
2010 (Nova): A atropina não é recomendada para uso de rotina no incluída no algoritmo de SAVC para
tratamento de AESP/assístole e foi retirada do algoritmo de SAVC a PCR: para pacientes em assistole
para PCR. O tratamento de AESP/assistole agora está consistente ou AESP lenta, considere o uso de
nas recomendações e nos algoritmos de SAVC e SAVP (suporte atropina. No algoritmo de
avançado de vida em pediatria). taquicardia, a adenosina foi
recomendada somente para
O algoritmo de tratamento de taquicardia com pulso foi simplificado. A suspeita de taquicardia
adenosina é recomendada no diagnostico e no tratamento iniciais da supraventricular de complexo
taquicardia de complexo largo monomórfica regular indiferenciada estreito regular de reentrada. No
(isto também esta consistente nas recomendações de SAVC e algoritmo de bradicardia, infusões
SAVP). É importante notar que a adenosina não deve ser usada para de medicamento cronotrópico foram
taquicardias de complexo largo irregulares, já que pode causar listadas após a atropina e enquanto
degeneração do ritmo para FV. Para o tratamento de adultos com se aguarda um marca-
bradicardia sintomática e instável, infusões de medicamento passo/pacemaker ou por ineficácia
cronotrópico são recomendadas como alternativa a estimulação. da estimulação.
Motivo: Há varias alterações importantes no tocante ao tratamento de
arritmias sintomáticas em adultos. A evidência disponível sugere ser
improvável que o uso de rotina de atropina durante AESP ou assistole
produza benefícios terapêuticos. Por essa razão, a atropina foi
retirada do algoritmo da PCR. Com base na nova evidência de
segurança e possível eficácia, a adenosina pode, agora, ser
considerada na avaliação e no tratamento iniciais da taquicardia de
complexo largo monomórfica regular estável indiferenciada quando o
ritmo for regular. Para bradicardia sintomática ou instável, a infusão
intravenosa (IV) de agentes cronotrópicos e agora recomendada
como alternativa igualmente eficaz a estimulação transcutânea
externa quando a atropina for ineficaz.

Cuidados organizados pós-PCR 2005 (Antiga): Cuidados pos-PCR


2010 (Nova): Cuidados organizados pos-PCR e uma nova seção das foram incluídos na seção de SAVC
Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE. Para melhorar a das Diretrizes da AHA 2005 para
sobrevivência das vitimas de PCR que dão entrada em um hospital RCP e ACE. A hipotermia
após o RCE, um sistema abrangente, estruturado, integrado e terapêutica foi recomendada a fim
multidisciplinar de cuidados pos-PCR deve ser implementado de de melhorar o resultado de vitimas
maneira consistente. O tratamento deve incluir suporte comatosas adultas de PCR extra-
cardiopulmonar e neurológico. Hipotermia terapêutica e intervenções hospitalar presenciada, quando o
coronárias percutâneas (ICPs) devem ser executadas, quando ritmo de apresentação era de FV.
indicadas. Como convulsões são comuns após a PCR, deve-se Alem disso, foram feitas
realizar um eletroencefalograma (EEG) para o diagnostico das recomendações para otimizar a
convulsões, com pronta interpretação tão logo quanto possível e hemodinâmica, o suporte
monitorização freqüente ou continua em pacientes comatosos após o respiratório e neurológico, identificar
RCE. e tratar causas reversíveis da PCR,
monitorar a temperatura e
Motivo: Desde 2005, dois estudos não aleatórios com controles considerar o tratamento de
simultâneos, assim como outros estudos usando controles históricos, distúrbios na regulação da
indicaram um possível beneficio da hipotermia terapêutica após PCR temperatura. Contudo, a evidência
intra ou extra-hospitalar com ritmo de apresentação de para sustentar tais recomendações
AESP/assistole. Cuidados organizados pos-PCR, com ênfase em era limitada.
programas multidisciplinares que enfoquem a otimização da função
hemodinâmica, neurológica e metabólica (incluindo a hipotermia

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


terapêutica) podem melhorar a sobrevivência a alta hospitalar entre as
vítimas que obtiveram o RCE após a PCR intra ou extra-hospitalar.
Embora ainda não seja possível determinar o efeito individual de
muitas dessas terapias, quando conjugadas em um sistema de
cuidados integrados, sua implementação tem demonstrado uma
melhoria na sobrevivência à alta hospitalar.

A AHA recomenda uma única relação compressão-ventilação de 30:2 para todos os socorristas que
atuam sozinhos, para ser utilizada em todas as vítimas, desde lactentes (exceto recém-nascidos) até
adultos. Essa recomendação se aplica a todos os socorristas leigos e a todos os profissionais de
saúde que realizam RCP por 1 socorrista.
Motivo: Os especialistas da área querem simplificar as informações sobre RCP, para que mais
socorristas possam aprender, memorizar e realizar melhor a RCP. Eles também querem garantir que
todos os socorristas apliquem séries mais longas de compressões torácicas sem interrupções. Embora a
pesquisa não tenha identificado uma relação ideal compressão-ventilação, quanto mais alta a relação
compressão-ventilação, mais compressões torácicas são aplicadas em uma série durante a RCP. Esta
modificação deve aumentar o fluxo sangüíneo para o coração, o cérebro e outros órgãos vitais. Durante
os primeiros minutos de uma PCS com FV, a ventilação ou seja, as respirações de resgate
provavelmente não é tão importante quanto as compressões. A ventilação, contudo, é importante para
vítimas de parada por hipóxia e após os primeiros minutos de qualquer tipo de parada. Em sua maioria,
os lactentes e as crianças e a maioria das vítimas de afogamento, de overdose de drogas e de
traumatismos que desenvolvem parada cardíaca estão em condições de hipóxia. Essas vítimas
apresentam maior chance de sobrevivência se receberem tanto compressões torácicas quanto
ventilação. Portanto, a RCP somente com compressão torácica não era recomendada como a melhor
técnica de RCP para socorristas leigos. Os especialistas concluíram que a combinação de compressão e
ventilação é a técnica com maior probabilidade de surtir os melhores resultados para todas as vítimas de
parada cardíaca.
Todos os socorristas devem respirar normalmente (não devem respirar profundamente) antes de
iniciarem a aplicação de ventilação de resgate boca-a-boca ou boca-dispositivo de barreira.
Motivo: O socorrista deve ser capaz de aplicar ventilações que façam o tórax da vítima elevar, sem
precisar respirar profundamente.
Todos os socorristas devem aplicar cada ventilação de resgate (com ou sem um dispositivo de
barreira) durante 1 segundo.
Motivo: As ventilações de resgate podem ser aplicadas em 1 segundo. Quanto mais curto for o tempo
necessário para aplicar as ventilações, mais rapidamente os socorristas podem reiniciar as compressões
torácicas. As ventilações mais longas podem diminuir o retorno sangüíneo para o coração e, assim,
reduzir o enchimento do coração com sangue. Isso diminuirá o fluxo de sangue produzido pela próxima
série de compressões torácicas.
2005 (Nova): Quando houver mais de um socorrista presente, Em 2000 (Antiga), recomendava-
eles devem se revezar no papel de “compressor”, se aos socorristas trocar de
aproximadamente a cada 2 minutos ou 5 ciclos de RCP (1 ciclo posição quando o primeiro
de RCP = 30 compressões e 2 ventilações de resgate). Os socorrista que realizava as
socorristas devem concluir o revezamento em até 5 segundos. compressões torácicas começasse
Motivo: Em estudos realizados em manequins, a fadiga do a ficar exausto, com interrupções
socorrista, refletida por inadequação na freqüência ou na mínimas nas compressões
profundidade das compressões torácicas e por retorno torácico torácicas.
insuficiente, desenvolve-se após 1 a 2 minutos.
Contudo, os socorristas não relatavam sentir fadiga antes de, pelo
menos, 5 minutos. Em estudos de casos reais de ressuscitação

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


realizada por socorristas profissionais, 50% das compressões
torácicas não foram suficientemente
profundas. Dada a importância das compressões torácicas
eficazes, será útil para os socorristas alternarem a
responsabilidade de realizar a compressão.
Encerramento dos esforços de ressuscitação em adultos com PCR extra-hospitalar
2010 (Nova): Para adultos que sofram PCR extra-hospitalar e que estejam recebendo apenas SBV, foi
estabelecida a “regra de SBV para encerramento de ressuscitação”, que considera o encerramento do SBV
antes do transporte por ambulância, se todos os seguintes critérios forem atendidos:
• PCR não presenciada pelo profissional do SME ou primeiro socorrista
• Ausência de RCE após três ciclos completos de RCP e analises do DEA/DAE
• Nenhum choque aplicado com o DEA/DAE
Em situações em que as equipes de SAV do SME estiverem presentes para fornecer cuidados para um
adulto com PCR extra-hospitalar, foi estabelecida uma "regra de SAV para encerramento da ressuscitação",
que considera o encerramento dos esforços de ressuscitação antes do transporte por ambulância, se todos
os seguintes critérios forem atendidos:
• PCR não presenciada (por qualquer pessoa)
• RCP não administrada por nenhuma pessoa presente
• Ausência de RCE após cuidados completos de SAV em campo
• Nenhum choque aplicado
A implementação destas regras envolve contatar o controle medico por telefone quando os critérios forem
atendidos. Os profissionais do serviço medico de emergência/urgência devem receber treinamento sobre a
sensibilidade de comunicação do resultado da ressuscitação para a família. Deve-se buscar apoio para as
regras junto a agências colaboradoras, como Serviços de Emergência/Urgência hospitalares, consultórios de
medicos-legistas, diretores médicos e a policia.
Motivo: As regras de SBV e SAV para encerramento da ressuscitação foram validadas externamente em
vários ambientes de SME nos Estados Unidos, no Canadá e na Europa. A implementação dessas regras
pode reduzir em 40% a 60% a taxa de transporte hospitalar desnecessário, diminuindo, assim, os riscos
rodoviários associados, que colocam em risco os prestados de assistência e o publico, expõem
inadvertidamente o pessoal de SME a possíveis riscos biológicos e elevam o custo de preparação do Serviço
de Emergência/Urgência. Nota: nenhum desses critérios foi estabelecido para a PCR pediátrica extra-
hospitalar (neonatos, bebes ou crianças), visto que nenhum preditor de resultado de ressuscitação foi
validado para a PCR extra-hospitalar nessa população.

Administração de aspirina para desconforto torácico


2010 (Nova): Os prestadores de primeiros socorros são incentivados a acionar o sistema de SME sempre
que estiverem diante de alguém com desconforto torácico. Enquanto aguardam a chegada do SME, os
prestadores de primeiros socorros devem aconselhar o paciente a mastigar uma aspirina adulta (sem
revestimento entérico) ou duas aspirinas infantis de dosagem mais baixa, se o paciente não tiver histórico de
alergia à aspirina ou de hemorragia gastrointestinal recente.
Motivo: A aspirina é benéfica quando o desconforto torácico se deve a uma SCA. Pode ser muito difícil,
mesmo para profissionais, determinar se o desconforto torácico é de origem cardíaca. A administração de
aspirina, portanto, nunca deve retardar o acionamento do SME.

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


É a causa mais freqüente de PC no ambiente
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA hospitalar (85%)
Conceitos gerais - PCR é a interrupção súbita
da atividade mecânica ventricular, útil e
suficiente, e da respiração; morte clínica: falta
de movimentos respiratórios e batimentos
cardíacos eficientes na ausência de consciência,
com viabilidade cerebral e biológica; morte Fig. - Assistolia ventricular; no início do traçado
biológica irreversível: deterioração irreversível registrou-se um complexo QRS e onda T, seguido de
linha isoelétrica.
dos órgãos, que se segue à morte clínica,
quando não se institui as manobras de RCR;
morte encefálica (freqüentemente referida FV - Fibrilação ventricular - É a contração
como morte cerebral): ocorre quando há lesão incoordenada do miocárdio em conseqüência da
irreversível do tronco e do córtex cerebral, por atividade caótica de diferentes grupos de fibras
injúria direta ou falta de oxigenação, por um miocárdicas, resultando na ineficiência total do
tempo, em geral, superior a 5min em adulto com coração em manter um rendimento de volume
normotermia. sangüíneo adequado. No ECG, ocorre a
Causas ausência de complexos ventriculares
individualizados que são substituídos por ondas
As causas de PCR são várias na dependência irregulares em ziguezague, com amplitude e
do grupo avaliado, isoladas ou em associação, duração variáveis.
são:
É a causa mais freqüente de PC em adultos no
NO ADULTO ambiente extra-hospitalar (85-90%)
Infarto Agudo do Miocárdio, Doenças
coronarianas, Traumas, Obstrução de vias
aéreas, Distúrbios hidroeletrolíticos, Hipóxia
aguda, Hemorragia e choque, Insuficiência
respiratória, Hipotermia, Lesões cerebrais,
Intoxicação por drogas ou medicamentos,
Reflexo vagal excessivo etc.
EM CRIANÇAS
Insuficiência respiratória é a causa mais comum,
Cardiomiopatias congênitas, Reflexo vagal, Fig. - Fibrilação ventricular. A) ondas amplas e rápidas -
fibrilação ventricular tipo "grosseiro"; B) ondas pequenas e
Distúrbios hidroeletrolíticos, Trauma etc. lentas - fibrilação tipo "fino".
No ambiente extra-hospitalar e em adultos
predominam as causas de origem cardíaca. Por
outro lado, em ambiente hospitalar destaca-se (TVSP) Taquicardia ventricular sem pulso - É
as causas como a hipoxemia e hipovolemia. a sucessão rápida de batimentos ectópicos
ventriculares que podem levar à acentuada
deterioração hemodinâmica, chegando mesmo a
MODALIDADES DE PARADA CARDÍACA ausência de pulso arterial palpável, quando,
então, é considerada uma modalidade de
parada cardíaca, devendo ser tratada com o
Assistolia - É a cessação de qualquer atividade mesmo vigor da FV. O ECG caracteriza-se pela
elétrica ou mecânica dos ventrículos. No repetição de complexos QRS alargados não
eletrocardiograma (ECG) caracteriza-se pela precedidos de ondas P e, se estas estiverem
ausência de qualquer atividade elétrica presentes, não guardam relação com os
ventricular observada em, pelo menos, duas complexos ventriculares. Podem ocorrer
derivações . capturas isoladas de alguns complexos QRS.

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


Em geral os ciclos ventriculares têm sucessão a Ao ECG, caracteriza-se pela presença de
intervalos irregulares. Também pode ser complexos QRS largos e bizarros que não
conhecida como ritmo pré-fibrilatório, pois produzem resposta de contração miocárdica
rapidamente evolui para uma FV. A FC fica eficiente e detectável, corresponde a 10 a 15%
superior a 100 bpm. dos casos intra-hospitalares

Fig. - Taquicardia ventricular.

(AESP) Atividade elétrica sem pulso - É Fig. - Dissociação eletromecânica ou ritmo agônico.
Complexos QRS largos e bizarros. sem contração mecânica
caracterizada pela ausência de pulso detectável ventricular correspondente.
na presença de algum tipo de atividade elétrica,
com exclusão de TV ou FV.

As causas mais comum de AESP são os chamados 5T e 5H

5T 5H

Tamponamento cardíaco (neoplasia, IAM, trauma Hipovolemia


torácico)

Tensão do tórax ( pneumotórax hipertensivo) Hipóxia

Trombose coronariana ( IAM extenso) Hipercalemia / Hipocalemia

Tromboembolismo pulmonar Hipotermia


+
Tóxicos ( antidepressivos, beta-bloqueadores, etc.) H (íon hidrogênio) (acidose)

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley
ALGORÍTIMO SIMPLIFICADO DE SBV (SUPORTE BÁSICO DE VIDA) ADULTO, SEGUNDO O MANUAL
DE ATENDIMENTO DA AMERICAN HEART ASSOCIATION (AHA) DE 2010

TRATAMENTO (SEGUNDO PROTOCOLO DE 2005)


Consiste no conjunto de medidas básicas e avançadas de RCR.

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SUPORTE BÁSICO DE VIDA retraem o lobo inferior. O socorrista deve
colocar-se atrás do polo cefálico da vítima.

Reconhecimento e abordagem inicial:


- Avaliar nível de consciência – tocar e chamar a OVACE - Obstrução
vítima das vias aéreas por
corpo estranho -
- Solicitar ajuda Pode ser completa
- Posicionar corretamente a vítima – posicioná-la ou incompleta. Nas
em decúbito dorsal sobre uma superfície plana, incompletas a
rígida e firme. Caso a vítima se encontre em ventilação e as
decúbito lateral ou ventral, o Socorrista deve trocas gasosas
virá-la em bloco de modo que a cabeça, podem ser
pescoço e ombros movam-se simultaneamente. suficientes ou
insuficientes. Na
- Posicionar-se corretamente – o socorrista deve presença de troca
colocar-se ao nível dos ombros da vítima, se gasosa suficiente, a
ajoelhando quando ela estiver no solo. vítima tosse vigorosamente, o que deve ser
encorajado. O socorrista não deve tentar a
ABC PRIMÁRIO ( obs. Segundo o protocolo expulsão do corpo estranho com manobras,
2010, a ordem deve ser CAB) como o golpeamento da região posterior do
tórax.
A = ABERTURA DE VIAS AÉREAS
A troca gasosa insuficiente é reconhecida por
tosse fraca e ineficiente, com ruído inspiratório
Nos indivíduos inconscientes existe o agudo, crescente dificuldade respiratória e
relaxamento da musculatura anterior do cianose. O seu manuseio é idêntico ao da
pescoço, em decúbito dorsal. Este obstrução completa.
acontecimento possibilita a queda da base da Na vítima de obstrução completa, ainda
língua sobre a faringe obstruindo as vias aéreas. consciente, utiliza-se a manobra de Heimlich
A queda da epiglote, indiretamente, também é O socorrista posiciona-se atrás da vítima
um fator obstrutivo à passagem do ar para a envolvendo-a com os braços, fechando uma das
traquéia. mãos que é colocada com o lado do polegar
contra o abdômen da vítima na linha média
entre o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical. O
punho fechado deve ser agarrado pela outra
Entre as manobras mão. Em seguida, aplica-se um golpe rápido
destinadas a desobstruir para dentro e para cima. Esta manobra provoca
as vias aéreas a uma tosse artificial tentando expelir o corpo
manobra de Ruben é a estranho. Na vítima inconsciente, esta manobra
mais segura e efetiva. A deve ser realizada com o paciente em decúbito
manobra consiste em: dorsal, ficando o socorrista ajoelhado sobre a
hiperextensão da vítima, cavalgando-a, colocando a base de uma
cabeça (head tilt) e elevação do mento (jaw das mãos na região do abdômen. A outra mão é
thrust). colocada sobre a 1ª, pressionando o abdômen
No caso de suspeita de lesão cervical, realizar a para dentro e para cima com múltiplos impulsos.
manobra tripla de Safar, conhecida também Em gestantes e em pacientes muito obesos, essa
como manobra de tração mandibular, observar a manobra é realizada no tórax, sobre o esterno,
colocação dos ded os nos ramos, atrás dos sendo entre os seios na gestante.
ângulos da mandíbula, deslocando-a para
frente, com a cabeça dorsofletida. Os polegares

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B = BOA VENTILAÇÃO (OBS. Esta etapa foi contaminação existe para alguns tipos de agentes
retirada do protocolo 2010) como: neisseria, herpes, tuberculose.
VENTILAÇÃO BOCA- A- NARIZ
VER
OOUVIR VENTILAÇÃO BOCA- A- NARIZ E BOCA
SENTIR VENTILAÇÃO BOCA-MÁSCARA

Avaliação feita no VENTILAÇÃO BOLSA-


máximo em 5 VÁLVULA-MÁSCARA
segundos (AMBÚ)

Na ausência de C = CIRCULAÇÃO
ventilação espontânea, iniciar manobras
de ventilação artificial Em primeiro lugar deve-se
constatar a ausência de pulso em artérias
centrais, o local de realização da massagem é
MANOBRAS: conforme o quadro visto anteriormente segundo
VENTILAÇÃO BOCA-A-BOCA as novas recomendações da AHA. Nas gestantes,
Na a execução é como nos adultos, porém é
ventilação importante e tração do útero gravídico para a
boca-a-boca esquerda, objetivando a descompressão da veia
o cava inferior.
reanimador
respira
normalment
e (não se
deve
inspirar
profundame
nte) e coapta sua boca com toda a boca da vítima.
Segue-se a insuflação pulmonar do paciente com A RCP mantém um débito ao redor de 30% do
o ar expirado. A insuflação pulmonar deve durar débito cardíaco normal quando realizada por
cerca de 1 segundo, correspondendo dois reanimadores experientes.
aproximadamente a 500 ml a 700 mL. É
impossível determinar o volume administrado A descompressão ( diástole ) torácica é feita sem
durante a ventilação boca-a-boca a retirada das mãos do local correto, a finalidade
de não perder o posicionamento. A seqüência de
É obrigatório observar a expansão da caixa compressões/descompressões é executada na
torácica durante a insuflação pulmonar uma vez freqüência aproximadamente de 100 por minuto.
que, se as vias aéreas não estiverem O sincronismo entre as compressões e
corretamente desobstruídas, poderá advir ventilações é realizado na proporção de 30
distensão gástrica. A deflação do tórax deve ser compressões para 2 ventilações (30:2). A
igualmente observada, pois pode ocorrer ventilação é administrada em 1 segundo, gerando
mecanismo valvular com o palato mole e a aproximadamente 10 a 12 ventilações por minuto.
expiração passiva dos pulmões não acontecer. A Antes do controle definitivo da via aérea através
hiperinsuflação pulmonar é desnecessária e de algum artefato é recomendado 5 ciclos
dificulta o retorno venoso o que induz a diminuir a completos RCP (cerca de 2 minutos). Após este
eficiência da MCE controle a ventilação e a MCE deve ser feita
Apesar de raros os relatos, durante o socorro com simultaneamente, portanto não havendo pausa
a ventilação boca-a-boca, a possibilidade de para ventilação. Nesta circunstância a MCE
devem ser de aproximadamente 100

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compressões por minuto e as ventilações de 8 a do tempo; a FV tende a se transformar em
10 incursões por minuto. A troca das funções assistolia em poucos minutos.
durante a RCP evita a fadiga dos reanimadores, e Estas considerações justificam que em caso de
é recomendada a cada 2 minutos. É obrigatório parada cardíaca, a desfibrilação deve ser
ressaltar que os reanimadores devem ocupar os realizada o mais rápido possível. Além disto é
lados opostos com relação ao paciente. Quando importante se ter em mente que, em caso de FV,
existir fadiga de um dos reanimadores a troca é muitos adultos podem sobreviver
feita imediatamente após o término de um ciclo neurologicamente bem, mesmo se desfibrilados
(ventilação). tardiamente, após 6 a 10min. A RCR, realizada
Complicações mais comuns: fraturas de costelas enquanto se espera pela desfibrilação, prolonga a
e esterno; pneumotórax; hemotórax, embolia FV e conserva o miocárdio e o cérebro.
gordurosa; luxação costo-esternal, perfuração de Deve-se lembrar que em adultos nos quais
vísceras (coração, pulmões, aorta, diafragma, sofreram PCR sem testemunha, portanto estavam
fígado etc.) inconscientes quando foram encontrados, ou
quando o socorro apresentou um tempo de
D = DESFIBRILAÇÃO PRECOCE chegada ao local maior que 4 a 5 minutos é
- Um desfibrilador é o equipamento que permite obrigatório realizar 5 ciclos de RCP
aplicar um choque elétrico controlado ao paciente, (aproximadamente 2 minutos) antes do emprego
com o objetivo de terminar uma FV (desfibrilação) do DEA. O objetivo é diminuir a hipóxia e acidose
ou uma TV ou supraventricular (cardioversão). do miocárdio e facilitar a desfibrilação
A desfibrilação elétrica do coração pode ser É importante advertir que após o desfecho da
considerada, de uma forma muito simples, como desfibrilação do AED, a avaliação do pulso é feita
uma descarga elétrica não sincronizada com o somente após 5 ciclos de RCP (aproximadamente
ritmo cardíaco, aplicado no tórax do paciente. 2 minutos). O objetivo é não descontinuar as
Nos casos de parada cardíaca súbita, o ritmo mais manobras de RCP desnecessariamente e piorar o
freqüentemente observado é a FV; o único prognóstico. Os profissionais de RCP devem
tratamento realmente eficaz da FV é a avaliar a presença, ou ausência de pulso no adulto
desfibrilação elétrica; a probabilidade de sucesso em uma grande artéria como a carótida ou femoral
na desfibrilação decai rapidamente com o passar durante no máximo em 10 segundos.

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


ALGORÍTIMO SIMPLIFICADO DE SAVC (SUPORTE AVANÇADO DE VIDA EM
CARDIOLOGIA)

ALGORÍTIMOS DE SAVC (SUPORTE AVANÇADO DE VIDA EM CARDIOLOGIA) SEGUNDO


PROTOCOLO DE 2005

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley
Drogas utilizadas em parada cardiorrespiratória.

MEDICAÇÃO QUANDO COMO PORQUE ATENÇÃO


FV/TV sem pulso 1 mg ev em bolus, a cada 3 Aumenta a pressão de - Doses elevadas, acima
ADRENALINA Assistolia AESP a 5 min enquanto durar a perfusão das preconizadas ou em
PCR esquemas crescentes
estão associadas a maior
recuperação de
circulação espontânea,
mas não à alta hospitalar.
Ataque - Diminui a condução - Hipotensão arterial é o
AMIODARONA FV/TV sem pulso - PCR - 300 mg ev em bolus através do sistema His- principal efeito colateral
seguidos, de 20 ml de SF; Purkinje e de feixes - Bradicardia (pode
Apresentação considerar 150 mg após 15 anômalos Necessitar de marca-
min se não houver reversão - Inibe receptores alfa e passo)
- 150 mg/3 ml; ampolas.
- Fora da PCR - 150 mg beta adrenérgicos e - Precipita em meio
diluído em 100 ml, infundidos possui propriedades básico
em 15 min; pode-se repetir a vagolíticas e de - Diminui o metabolismo
cada 15 min até conversão bloqueadores de canais da digoxina e da
do ritmo. de cálcio warfarina
Manutenção - Aumenta a duração do - Efeito aditivo com outras
- 1 mg/ min nas primeiras 6h, potencial de ação em medicações que
seguido de 0,5 mg/min nas todo o tecido cardíaco prolongam o QT:
18 h consecutivas. - No nó sinusal - reduz a antiarrítmicos Classe IA,
Dose máxima diária FC, diminui a condução fenotiazínicos, tricíclicos,
- 2,2 g. para o nó AV e diminui a tiazídicos e sotalol
resposta ventricular
Assistolia AESP com - PCR - 1mg a cada 3 a` 5 - Aumenta a FC por - Não utilizar doses
ATROPINA ritmos bradicárdicos min acelerar a descarga do menores do que o
(FC < 60 bpm) - Fora da PCR - 0,5 a 1 mg a NSA e o bloqueio vagal recomendado (efeito
Apresentação cada 3 a 5 min paradoxal)
Dose máxima - Efeito dromotrópico - Taquicardia, TV e
- variável; ampolas d e 0 , 2
extrassístoles
5 mg/1ml (0,5 e 1 mg, na - 0,03 a 0,04 mg/kg - Cuidado em pacientes
dependência do serviço). isquêmicos e em
pacientes com alto grau
de bloqueio AV
- Não atua em corações
transplantados
BICARBONATO DE Assistolia ou AESP Ataque - Nas fases iniciais da - Complicações
SÓDIO - SOMENTE EM - 1 mEq/ kg ev inicialmente PCR, a RCP é eficaz para –Acidose do líquido
Apresentação SITUAÇ Õ ES DE metade dessa dose a cada controlar a acidose cerebroespinal;
- soluções de bicarbonato RESSUSCITAÇÃO 10 min posteriormente metabólica. hipernatremia e
de sódio 8,4% - 1mEq/ml PROLONGADA OU - Suplementação de hiperosmolaridade.
EM QUE SE bicarbonato nas fases - Cuidados na
SUSPEITE DE: iniciais pode acarretar administração
INTOXICAÇÃO POR complicações - administrar em via
ANTIDEPRESSIVO - Nas fases tardias da separada de aminas
TRICÍCLICOS, PCR (> 10 min) ou nos vasoativas ou adrenalina,
ACIDOSE casos em que suspeite de pois inativa tais
METABÓLICA OU acidose prévia, o substâncias
HIPERPOTASSEMIA bicarbonato pode ser
benéfico.
LIDOCAÍNA - TV estável - 1 a 1 , 5 - Inibe o influxo de sódio - Metabolismo diminuído
Apresentação FV/TV sem pulso mg/kg ev em bolus; repetir através dos canais em pacientes com ICC,
0,5 a 0,75 mg/kg a cada 3 a rápidos das células disfunção hepática,
- 100 mg/5ml 5 min, se não houver miocárdicas. choque, idade maior de
reversão. - Diminui a condução em 70 anos, perfusão
- FV/TV sem pulso - 1 a 1,5 tecidos isquêmicos, com periférica diminuída e uso
mg/kg ev em bolus; repetir 1 menor influência no de cimetidina ou
a 1,5 mg/kg a cada 3 a 5 tecido normal. betabloqueadores.
min, se não houver reversão. Nesses pacientes, a dose
Pode ser utilizada por cânula de ataque é a mesma,
endotraqueal (dobro da dose mas a de manutenção
ev). deve ser diminuída à
Dose máxima - 3 mg/kg. metade.
Manutenção - Toxicidade SNC – graus
variados de confusão

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mental.
- 1 a 4 mg/minuto. - Contra- indicada em
pacientes com graus
avançados de BAV
MAGNÉSIO - TV polimórfica, Ataque - Essencial para várias - Cuidado em pacientes
Apresentação induzida por drogas, - 1 a 2 gr em 50 a 100 ml de enzimas em uso de digital, com
- ampolas de sulfato de mesmo na ausência SG5% em 5 a 60 min (fora intracardíacas, que insuficiência renal
magnésio 6% (0,6 g/10 de deficiência de da PCR) ou 1 a 2 g em 10 ml atuam na condução. crônica, bloqueios atrio-
ml). magnésio. de SG5% em bolus (na - Deficiência implica em ventriculares, pré-
- TV polimórfica, PCR). várias anormalidades de existentes.
induzida por Manutenção condução e - Contra-indicações –
deficiência de automaticidade. depressão respiratória,
magnésio. - 0,5 a 1 g/hora. - Suprime a hipocalcemia e
- PCR quando automaticidade hipermagnesemia.
distúrbio do ritmo miocárdica em células - Sinais de overdose –
apresentado for parcialmente hipotensão, rubor facial,
sugestivo de Torsades despolarizadas. bradicardia e graus
de Pointes. avançados de BAV,
depressão respiratória,
alteração do nível de
consciência, diminuição
dos reflexos musculares e
flacidez muscular.
- 40 UI ev em bolus uma - Aumenta a pressão de - Devido a sua duração
VASOPRESSINA VASOPRESSINA única vez. perfusão. prolongada, pode ser
FV/TV sem pulso utilizada em uma única
dose.
- Mesmos cuidados
requeridos para
adrenalina.
AESP - Atividade Elétrica; BAV - bloqueio atrioventricular; FA- fibrilação atrial; FC - freqüência cardíaca; NAV - nó atrioventricular; NSA- nó sinoatrial;
ICC - insuficiência cardíaca congestiva; PCR - parada cardiorrespiratória; Sem Pulso SNC - sistema nervoso central; TSV - taquicardia supraventricular;TV -
taquicardia ventricular.
• Alteração da marcha, tontura, desmaio, perda de
equilíbrio ou coordenação; e/ou dor de cabeça de
Atendimento Pré-hospitalar no causa desconhecida.
Acidente Vascular Encefálico
O atendimento pré-hospitalar deve centralizar-se Escala Pré-hospitalar para AVC de Cincinnati
na rápida identificação e avaliação do paciente (Cincinnati Prehospital Stroke Scale – CPSS)
com AVC agudo, seguido de um transporte rápido Com o nome devido à localidade onde foi
com notificação pré-chegada, para uma unidade desenvolvida, utiliza a avaliação de 3 achados
com capacidade de administrar a terapêutica físicos em menos de um minuto:
apropriada para o caso. Recomenda-se o 1. Queda facial
estabelecimento de estratégias de educação 2. Debilidade dos braços
pública para o reconhecimento dos sinais e 3. Fala anormal
sintomas do AVC e para a busca rápida de um Paciente com aparecimento súbito de 1 destes 3
serviço de emergência médica móvel zu achados tem 72% de probabilidade de um AVC
emergência hospitalar. Paralisia ou fraqueza isquêmico, se os 3 achados estiverem presentes a
súbita facial, alteração motora em braço ou perna, probabilidade é maior que 85%.
mais frequentemente em um lado do corpo e
dificuldade na fala, constituem sinais de alerta que HEMORRAGIAS
indicam provável AVC.
Sinais de risco para AVC isquêmico são A hemorragia é um sangramento em virtude
aparecimento súbito de: de lesão em vaso sanguíneo.
• Dormência na face, braço ou perna, A tolerância de perda sanguínea em adulto é
especialmente de um lado do corpo; de 500ml, com discreta baixa na pressão
• Confusão na comunicação (fala ou arterial. Quando a perda chega a 1000ml
entendimento); surgem os sinais de hipovolemia.
• Distúrbio da visão em um ou nos dois olhos;
Classificação:

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processo obstrutivo ou congestivo e após
HEMORRAGIA INTERNA intervenção cirúrgica no trato urinário.
Melena e Enterorragia
O sangramento ocorre devido a um É a perda de sangue escuro, brilhante, fétido e
rompimento de um vaso interno, com aspecto de petróleo, pelo orifício anal,
Não há solução de continuidade geralmente provocada por hemorragia no
Algumas vezes, pode exteriorizar-se, saindo aparelho digestivo alto (melena) ou no aparelho
por cavidades naturais digestivo baixo enterorragia - sangue vivo). Assim
Suspeitar quando existe: com a hematêmese, este tipo de sangramento é
• Acidente por desaceleração; também originado por doença gástrica ou devido a
• Ferimento por projétil de arma de fogo, rompimento de varizes esofagogástricas, cirrose
faca ou estilete, principalmente no tórax e hepática, febre tifóide, perfuração intestinal,
abdome; gastrite hemorrágica, retocolite ulcerativa
• Queda de altura inespecífica, tumores malignos do intestino e reto,
• Contusão contra volante ou objetos hemorróidas e outras.
rígidos Otorragia - sangramento pelo conduto do ouvido.
• Queda de objetos pesados sobre o corpo Não se faz tamponamento.
Sintomas Hemoptise - Perda de sangue que vem dos
Pulso rápido e fraco pulmões, através das vias respiratórias, pela boca,
Palidez da pele e mucosas; precedido de tosse, em pequena ou grande
quantidade, de cor vermelho vivo e espumoso
Sudorese profunda;
O acidentado além dos sintomas anteriormente
Pele fria;
descritos pode apresentar também palidez
Sede acentuada intensa, sudorese e expressão de ansiedade e
Apreensão e medo angústia, o que caracteriza a entrada em estado
Vertigens de choque.
Náuseas A seguinte conduta deve ser observada:
Estado de choque · Tranqüilizar o acidentado e amenizar-lhe o medo.
Calafrios · Deitá-lo de lado para prevenir sufocamento pelo
Confusão mental e agitação refluxo de sangue.
"Abdômen em tábua" (duro não Deixá-lo em repouso.
compressível) · Recomendar que não fale e nem faça esforço.
Dispnéia · Não demonstrar apreensão.
Desmaio · Providenciar transporte urgente para local onde
Hematêmese possa receber
Enterorragia atendimento especializado.
Hemoptise Hemorragia Nasal (Epistaxe ou Rinorragia)
Otorragia É a perda de sangue pelo nariz. A hemorragia
Epistaxe nasal pode ocorrer por traumatismo craniano.
Neste caso, especialmente quando o sangue sai
Metrorragia
em pequena quantidade acompanhada de líquor,
o corrimento não deve ser contido e o acidentado
HEMORRAGIAS INTERNAS
precisa de atendimento especializado com
EXTERIORIZADAS
urgência. A hemorragia do nariz é uma
emergência comum que geralmente resulta de um
Hematúria _ a perda de sangue juntamente com
distúrbio local, mas pode decorrer de uma grave
a urina. Pode ocorrer em conseqüência de
desordem sistêmica. Em muitos casos a epistaxe
traumatismo com lesão do aparelho urinário (rins,
não tem causa aparente. Pode ocorrer devido à
ureter, uretra, bexiga) ou em caso de doença
manipulação excessiva no plexo vascular com
como nefropatia, cálculo, infecção, tumor,
rompimento dos vasos através das unhas;
diminuição da pressão atmosférica; locais altos;

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viagem de avião; saída de câmara pneumática de Torniquete é técnica cada vez mais abandonada.
imersão ou sino de mergulho; contusão; corpo Só deve ser tentada quando todas as técnicas
estranho; fratura da base do crânio; altas anteriores já foram tentadas e falharam.
temperaturas; dentre outras. Às vezes pode É técnica de risco, podendo causar lesões mesmo
ocorrer como sintoma de um grave transtorno no quando aplicada corretamente. Torniquetes
organismo que requer investigação imediata, aplicados de maneira imprópria podem esmagar o
como por exemplo crise hipertensiva. As tecido e causar lesão permanente nos nervos,
hemorragias nasais sempre podem ser músculos e vasos. Podem ainda provocar
estancadas. As medidas para contenção devem gangrena pela isquemia e morte tecidual se
ser aplicadas o mais rapidamente possível, a fim aplicados por tempo prolongado.
de evitar perda excessiva de sangue. No ponto de sua aplicação podem ocorrer lesões
Primeiros Socorros vasculares arteriais que culminam,
Ao atender um caso de epistaxe deve-se observar posteriormente, no estímulo a formação de
a seguinte conduta: coágulo obstruindo todo o vaso. Pode ser
Tranqüilizar o acidentado para que não entre necessária até mesmo a amputação do membro.
em pânico. Outras vezes, a falta de oxigenação do tecido,
Afrouxar a roupa que lhe aperte o pescoço e o principalmente em músculos de grande porte
tórax. (membros inferiores, por exemplo), determina a
Sentar o acidentado em local fresco e arejado formação de substâncias tóxicas. Quando o
com tórax recostado. torniquete é desfeito, estas substâncias são
Verifique o pulso, se estiver forte, cheio e liberadas para a circulação, interferindo nos
apresentar sinais de hipertensão, deixe que mecanismos circulatórios, causando choque e até
seja eliminada certa quantidade de sangue. parada cardíaca.
Fazer ligeira pressão com os dedos sobre a Quanto mais se exercitam e se praticam as
asa do orifício nasal de onde flui o sangue, técnicas anteriores, mais o torniquete deve ser
para que as paredes se toquem e, por abandonado. Mesmo nas amputações, a
compressão direta o sangramento seja compressão direta sobre o coto é preferível. Para
contido. membros lacerados,
Sempre que possível aplicar compressas frias 6) Resfriamento (método coadjuvante): o
sobre a testa e nuca. resfriamento de uma área lesada não é eficaz por
si próprio. É um método auxiliar e pode ser usado
HEMORRAGIA EXTERNA em combinação com uma das técnicas anteriores.
Reduz a dor e auxilia na redução de edemas
O local de sangramento é visível através de quando a lesão for acompanhada de contusão.
solução de continuidade Podem ser utilizados produtos previamente
Medidas de primeiros socorros: gelados, gelo em um saco plástico ou ainda
Avaliar a gravidade da hemorragia, deitar a produtos especiais embalados em plástico que,
vítma, se necessário quando esmagados, produzem reação química
com intenso resfriamento da própria embalagem
Afrouxar as roupas ou retirar o excesso
que é colocada sobre a região.
Cobrir e aquecer a vítima
Oferecer líquidos se não houver suspeita Torniquetes e controle de hemorragias
de traumatismo abdominal 2010 (Sem alterações em relação a 2005):
Controlar a Hemorragia: Devido aos possíveis efeitos adversos de
1. Compressão direta sobre a lesão torniquetes e à dificuldade de sua correta
2. Elevação do membro lesado aplicação, seu uso para controlar hemorragias das
3. Compressão dos pontos arteriais extremidades é indicado somente se a aplicação
4. Torniquete de pressão direta não for eficaz ou possível e se o
5. Imobilização (método coadjuvante) prestador de primeiro socorros tiver treinamento
6. Resfriamento (método coadjuvante) no uso de torniquete.

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


Motivo: São várias as experiências com o uso de Hipotensão arterial (pressão sistólica menor
torniquetes para controlar hemorragias em que 80 mmHg), baixo débito urinário (menos que
campos de batalha e não há dúvida de que eles 25 ml/h), pele fria e pegajosa, agitação, confusão
funcionam nas circunstâncias corretas e com o e obnubilação; pulso fraco e filiforme(as
treinamento adequado. No entanto, não existem vezes ausente), sintomas cardíacos com dor
dados sobre o uso de torniquetes por prestadores torácica recorrente ou persistente.
de primeiros socorros. Os efeitos adversos dos O choque anafilático é causado por reação de
torniquetes, que podem incluir isquemia e hipersensibilidade do organismo a determinadas
gangrena da extremidade, bem como choque ou substâncias, causando vasodilatação
até mesmo a morte, parecem estar relacionados à generalizada.
quantidade de tempo que permanecem aplicados Sensação de calor, pruridos e formigamentos,
e sua eficácia é parcialmente dependente do tipo dispnéia e cefaléia, ocorrência ou não de parada
de torniquete. Em geral, torniquetes cardiorrespiratória
especialmente projetados são melhores do que os O choque séptico é provocado pela liberação de
improvisados. toxinas bacterianas na corrente sanguínea,
Sem alterações em relação a 2005 causando vasodilatação sistêmica.
Calafrios com tremores,hipertermia, pele seca,
Agentes hemostáticos quente e ruborizada(contrastando com outros
2010 (Nova): O uso de rotina de agentes choques);aumento do débito cardíaco, pulso
hemostáticos para controlar hemorragia como rápido e taquicardia, hipotensão arterial, palidez,
medida de primeiros socorros não é recomendado confusão mental, oligúria e hipovolemia;
atualmente. O choque neurogênico é provocado por alterações
Motivo: Apesar do fato de diversos agentes no SNC, provocando vasodilatação dos vasos
hemostáticos serem eficazes no controle de sanguíneos, porém não necessariamente
hemorragias, seu uso não é recomendado como relacionada a perda de sangue
medida de primeiros socorros para o controle de O choque séptico é provocado pela liberação de
hemorragias devido a uma significativa toxinas bacterianas na corrente sanguínea,
variabilidade na eficácia e no potencial de efeitos causando vasodilatação sistêmica.
adversos, inclusive destruição tecidual com O choque neurogênico é provocado por alterações
indução de estado pró-embólico e possível lesão no SNC, provocando vasodilatação dos vasos
térmica. sanguíneos, porém não necessariamente
relacionada a perda de sangue.
CHOQUES
LESÕES TRAUMÁTICAS
Choque é um estado agudo, caracterizado pela
diminuição do fluxo sanguíneo adequado para MORTALIDADE NO TRAUMA
manutenção da perfusão tecidual sistêmica, IMEDIATA: 50% das vítimas morrem na cena ou
ocasionando prejuízo a à função celular. no transporte
Classificação: PRECOCE: 30% das vítimas morrem na sala de
O choque hipovolêmico é causado pela trauma ou no ato cirúrgico.
diminuição acentuada do volume de líquido TARDIA: 20% das vítimas morrem de infecção ou
circulante, sendo as principais causas: outras complicações relacionadas ao choque.
hemorragias, queimaduras e desidratação.
Pulso rápido, sudorese, polidipsia, respiração CLASSIFICAÇÃO: FERIMENTOS / ENTORSES /
rápida e superficial, hipotensão, palidez, LUXAÇÕES / FRATURAS
obnubilização, oligúria, apatia e coma.
O choque cardiogênico é causado por uma FERIMENTOS
deficiência da bomba cardíaca ou por sobrecarga
cardíaca, sendo as principais causas: IAM, ICC e Todos os ferimentos, logo que ocorrem:
sobrecarga cardíaca. 1. Causam dor
2. Originam sangramentos

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3. São vulneráveis as infecções Se houver hemorragia, promover cuidado
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO AGENTE específico
CAUSAL Não retirar corpos estranhos
1. Incisas ou cortantes - são provocadas por Limpar ao redor com água e sabão
agentes cortantes, como faca, bisturi, lâminas, Proteger o local e encaminhar ao atendimento
etc.; suas características são o predomínio do definitivo
comprimento sobre a profundidade, bordas USO DO GELO
regulares e nítidas, geralmente retilíneas. Na - Gelo não pode ser usado em ferimentos abertos,
ferida incisa o corte geralmente possui nem em mucosas, globo ocular e genitália.
profundidade igual de um extremo à outro da - Deve ser aplicado no local da contusão envolvido
lesão, sendo que na ferida cortante, a parte em saco plástico, por 20', com intervalos de 20'
mediana é mais profunda. também, sendo repetida a aplicação por três
2. Corto-contusa - o agente não tem corte tão vezes.
acentuado, sendo que a força do traumatismo é
que causa a penetração do instrumento, tendo TRAUMAS MÚSCULO-ESQUELÉTICOS
como exemplo o machado.
3. Perfurante são ocasionadas por agentes
longos e pontiagudos como prego, alfinete. Pode ENTORSES –
ser transfixante quando atravessa um órgão, estiramento dos
estando sua gravidade na importância deste ligamentos adjacentes a
órgão. uma articulação, (a
4. Pérfuro-contusas - são as ocasionadas por distensão fala do
arma de fogo, podendo existir dois orifícios, o de estiramento muscular)
entrada e o de saída. Sintomas – Dor local,
5. Lácero-contusas - Os mecanismos mais edema, incapacidade
freqüentes são a compressão: a pele é funcional
esmagada de encontro ao plano subjacente, ou Cuidados
por tração: por rasgo ou arrancamento tecidual. Aplicar gelo ou compressas frias durante as
As bordas são irregulares, com mais de um primeiras 24 horas. Após este tempo aplicar
ângulo; constituem exemplo clássico as mordidas compressas mornas.
de cão. Repouso da parte afetada
6. Perfuro-incisas - provocadas por instrumentos
pérfuro-cortantes que possuem gume e ponta, por LUXAÇÕES - perda definitiva de contato das
exemplo um punhal. Deve-se sempre lembrar, que superfícies articulares
externamente, poderemos ter uma pequena Sintomas:
marca na pele, porém profundamente podemos Dor intensa no local afetado (a dor é muito maior
ter comprometimento de órgãos importantes como que na entorse), geralmente afetando todo o
na figura abaixo na qual pode ser vista lesão no membro cuja articulação foi atingida.
músculo cardíaco. · Edema.
7. Escoriações - a lesão surge tangencialmente à · Impotência funcional.
superfície cutânea, com arrancamento da pele. · Deformidade visível na articulação. Podendo
8. Hematomas - Há rompimento dos capilares, apresentar um encurtamento ou alongamento do
porém sem perda da continuidade da pele, sendo membro afetado.
o sangue extravasado forma uma cavidade. Cuidados:
Primeiros cuidados com a ferida: A imobilização e enfaixamento das partes
SUPERFICIAIS afetadas por luxação devem ser feitas da mesma
Lavar com água corrente e sabão forma que se faz para os casos de entorse. A
Secar com gaze e pano limpo manipulação das articulações deve ser feita com
Proteger o local extremo cuidado e delicadeza, levando-se em
PROFUNDAS consideração, inclusive, a dor intensa que o
Priorizar cuidados nos sintomas mais graves acidentado estará sentindo.

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


FRATURAS - SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE São as fraturas em que os ossos quebrados saem
ÓSSEA do lugar, rompendo a pele e deixando exposta
Suspeita-se de fratura ou lesões articulares uma de suas partes, que pode ser produzida pelos
quando houver: próprios fragmentos ósseos ou por objetos
1.Dor intensa no local e que aumente ao menor penetrantes. Este tipo de fratura pode causar
movimento. infecções.
2.Edema local. Fratura em Fissura
3.Crepitação ao movimentar (som parecido com o São aquelas em que as bordas ósseas ainda
amassar de papel). estão muito próximas, como se fosse uma
rachadura ou fenda.
Fratura em Galho Verde
É a fratura incompleta que atravessa apenas uma
parte do osso. São fraturas geralmente com
pequeno desvio e que não exigem redução;
quando exigem, é feita com o alinhamento do eixo
dos ossos. Sua ocorrência mais comum é em
crianças e nos antebraços (punho).
Fratura Completa
É a fratura na qual o osso sofre descontinuidade
total.
Fratura Cominutiva
É a fratura que ocorre com a quebra do osso em
três ou mais fragmentos.
Fratura Impactada
É quando as partes quebradas do osso
permanecem comprimidas entre si,
interpenetrando-se.
Fratura Espiral
É quando o traço de fratura encontra-se ao redor e
através do osso. Estas fraturas são decorrentes
de lesões que ocorrem com uma torção.
Fratura Oblíqua
É quando o traço de fratura lesa o osso
diagonalmente.
Fratura Transversa
É quando o traço de fratura atravessa o osso
4. numa linha mais ou menos reta.
Hematoma (rompimento de vasos, com acúmulo INTOXICAÇÃO
de sangue no local) ou equimose (mancha de
coloração azulada na pele e que aparece horas Emergência médica caracterizada por distúrbios
após a fratura). no funcionamento de órgãos ou sistemas
5.Paralisia (lesão de nervos). causados pela interação com o organismo
As fraturas podem se classificadas de acordo com humano de substâncias tóxicas de quaisquer
sua exteriorização e com a lesão no osso afetado naturezas.
Fratura Fechada ou Interna São as fraturas nas SUBSTÂNCIAS NORMALMENTE ENVOLVIDAS:
quais os ossos quebrados permanecem no interior − Medicamentos: antidepressivos, estimulantes,
do membro sem perfurar a pele. Poderá, analgésicos;
entretanto romper um vaso sanguíneo ou cortar − Derivados de petróleo: gasolina, óleo diesel,
um nervo. graxa, naftalina;
Fratura Aberta ou Exposta − Cosméticos: esmalte, acetona, talcos;
− Pesticidas, raticidas, agrotóxicos;

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


− Plantas venenosas: comigo-ninguém-pode; • Remover as roupas do acidentado caso estejam
trombeta; contaminadas;
− Outros: drogas; alimentos contaminados; • Nos casos de contato da pele da vítima com
limpadores domésticos; chumbo; pomadas, substâncias químicas, lavar com água limpa ou
cremes, contato com insetos (taturana); picada de soro fisiológico, a fim de remover o máximo de
insetos, acidente ofídico, drogas injetáveis. substâncias possíveis;
VIAS DE INGRESSO DO AGENTE NOCIVO • Mantenha a temperatura corporal da vítima
a) Ingestão: deglutição de substâncias químicas, estabilizada;
acidental ou intencionalmente; • Vítimas inconscientes que apresentem
b) Inalação: aerossóis, pós, fumaças, gases; possibilidade de vomitar devem ser posicionadas
c) Absorção: através do contato direto da pele e transportadas na Posição de Recuperação;
com certas substâncias; • Vítimas conscientes apresentando dificuldade
d) Injeção: inoculada no organismo humano respiratória devem ser posicionadas e
através de peçonhas ou seringas. transportadas em decúbito elevado
SINAIS E/OU SINTOMAS GERAIS DAS (semissentada);
INTOXICAÇÕES: • Transporte junto com a vítima: resto de
• Queimaduras ou manchas ao redor da boca; substâncias, recipientes e aplicadores de drogas
• Formação excessiva de saliva ou espuma na ou vômito.
boca; Tenha certeza que a vítima não possui
• Odor inusitado no ambiente, no corpo ou nas traumatismos, pois as drogas podem "mascarar" a
vestes da vítima; dor!
• Respirações rápidas e superficiais;
• Pulso alterado na frequência e ritmo; AMPUTAÇÕES
• Sudorese;
• Alteração do diâmetro das pupilas; São lesões geralmente relacionadas a acidentes
• Dor abdominal; automobilísticos (amputações traumáticas). Seu
• Náuseas; vômitos; tratamento inicial deve ser rápido, pela gravidade
• Diarréia; da lesão e pela possibilidade de reimplante. Deve-
• Hemorragias digestivas; se controlar a hemorragia, aplicar curativo estéril e
• Distúrbios visuais; fixá-lo com bandagens ou ataduras; guardar a
• Tosse; parte amputada envolta em gaze estéril
• Reações na pele, que podem variar de irritação umedecida com soro fisiológico, colocando-a
até queimaduras químicas; dentro de um saco plástico e este então dentro de
• Coceiras (pruridos) e ardência na pele; um segundo saco ou caixa de isopor repleta de
• Aumento da temperatura da pele; gelo.
• Picadas e mordidas visíveis na pele com dor ou
inflamação; CONVULSÃO
• Confusão mental, inconsciência;
• Convulsões; Contração incoordenada e involuntária da
• Choque anafilático; musculatura, acompanhada, na maioria das
• Parada respiratória ou cardiorrespiratória. vezes, de perda da consciência.
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR DAS Causas:
INTOXICAÇÕES: Epilepsia
• Garantir a segurança pessoal e da equipe de Trauma
resgate - (uso de EPI e EPR); Tumores cerebrais
• Remover a vítima do local de risco, Febre elevada em crianças menores de 6 anos
especialmente quando exposta à atmosfera Enfermidades infecciosas
gazeada; Obs. Na convulsão, a vítima não enrola a língua
• Realizar a análise primaria e secundária e tratar nem tampouco a engole. a crise convulsiva é
os problemas em ordem de prioridade; dividida em duas fases distintas:
A causa mais comum, no entanto, é a Epilepsia

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


1 - Fase tônico-clônica - duração de 40 seg. a 1 Quanto a profundidade, uma queimadura pode ser
min., onde a principal preocupação é evitarmos superficial (1º grau), parcial (2º grau) ou em toda
outras lesões, principalmente t.c.e. sua espessura (3º grau). Além da profundidade,
2 - Fase de relaxamento - não tem duração pré- uma queimadura é tanto mais grave quanto maior
determinada. é a fase onde há risco a vida, pois for a superfície do corpo acometida.
estando geralmente em decúbito dorsal, a ação da Características de uma queimadura do 1º grau:
gravidade ocasiona queda da língua e provoca · Vermelhidão de leve a intensa
asfixia. tomamos cuidado com a permeabilidade · Pele branca quando pressionamos o local
das vias aéreas, e colocamos a vítima em · Não há bolhas
decúbito lateral, para escoamento das secreções · Presença de ardor e aumento da sensibilidade
da boca. por 2 dias
· De 3 a 7 dias pode haver a perda da pele como
DESMAIO peeling
Características de uma queimadura do 2º grau:
Definição: desmaio ou desfalecimento é a perda · Formam-se bolhas
súbita e temporária da consciência. · Ardor intenso
Causas: pode ser ocasionado por falta de · Área fica sensível ao frio e ao vento
alimentação adequada (hipoglicemia), fator Características de uma queimadura do 3º grau:
emocional, debilidade orgânica, fadiga, problemas · Ocorre destruição da pele
cardíacos e cerebrais etc. Além da inconsciência, · Cor variável
a vítima pode apresentar sudorese fria. · Superfície seca
Conduta: · Exposição de tecido gorduroso
Realizar SBV – Suporte Básico de Vida · Pouca dor, devido à destruição de terminações
nervosas
QUEIMADURAS Nas situações domésticas, as queimaduras
raramente ultrapassam o 2º grau, ocorrendo com
Grau Causa Profundidade Cor Sensação maior freqüência nos acidentes na cozinha.
da dor Como socorrer nos casos de queimaduras do 1º e
1º Luz solar ou epiderme Eritema Dolorosa 2º grau:
grau chamuscação, 1. Remova a fonte de calor abafando com pano se
pouco intensa houver chama ou jogando água
2º Chamuscação epiderme e eritema Dolorosa 2. Resfrie imediatamente a área queimada com
grau ou líquidos derme e água fria corrente da torneira, por alguns minutos
ferventes bolhas (este procedimento é fundamental pois a área
3º Chama direta Todas as branca, Pouca dor, queimada está aquecida e continua a lesar a pele,
grau camadas preta anestesiada podendo aprofunda-se, formando bolhas; quanto
ou mais rapidamente for resfriada, menos grave será
marrom a queimadura)
3. Retire, se possível, anéis nas queimaduras das
Por volta de 15% de todo peso corpóreo de um mãos e objetos que possam armazenar calor
adulto corresponde a pele, que é o maior órgão do como colares, brincos, cinto, objetos de metal ou
corpo humano. Sua função é proteger o corpo de couro nos bolsos, etc.
contra infecções, a perda de água e é o principal 4. Proteja a área queimada com gaze, lenço ou
regulador da temperatura. É também órgão pano limpo
sensorial para o tato, dor, nos dá a sensação da 5. Leve para um atendimento médico
temperatura e percebe a pressão exercida sobre Nas de 2º grau, em geral as bolhas não devem ser
ela. furadas. As exceções existem, mas esta decisão
Em uma área queimada, temos perda do controle deve ficar por conta do médico.
da temperatura, de fluidos orgânicos, de água e Como socorrer nos casos de queimaduras do 3º
da barreira contra infecção. grau:
· remova a fonte de calor

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


· leve imediatamente para um atendimento médico Associação com traumatismos graves
Nas queimaduras de 3º grau, o resfriamento com Muitas vítimas apresentando queimaduras
água pode aumentar a chance de infecção pela elétricas, inalação de fumaça. Lesões em
perda da proteção da pele, não devendo ser mãos, pés,face,olhos e períneo.
realizado, exceto para apagar o fogo. Queimados com lesões moderadas, mas
Nuca use nas queimaduras do 1º, 2º ou 3º grau: de alto risco clínico (diabéticos, cardíacos).
· Pasta de dente
· Manteiga ou margarina
· Óleos de qualquer tipo
· Pomadas caseiras (sem orientação médica)
· Quaisquer outros produtos
A pasta de dente, pelo resfriamento, oferece uma
sensação de alívio. Entretanto, remoção é um
procedimento trabalhoso e doloroso. A mesma
sensação de alívio ocorre com o resfriamento com
água corrente por alguns minutos e sem os
inconvenientes da pasta.

Além do grau de profundidade as queimaduras Emergências relacionadas ao calor 2010 (Sem


podem ainda ser classificadas como graves, alterações em relação a 2005): Os primeiros
moderadas e leves. socorros para cãibras relacionadas com o calor
GRAVES compreendem descansar, refrescar-se e beber
· Todo tipo de queimadura, de qualquer grau e uma mistura de carboidratos e eletrólitos que pode
extensão, se houver complicação por lesão do incluir suco, leite ou alguma bebida industrializada
trato respiratório. com carboidratos e eletrólitos em sua composição.
· Queimadura de terceiro grau na face, mão e pé. Alongar, fazer compressas de gelo e massagear
· Queimadura de segundo grau que tenha atingido os músculos doloridos são ações que podem ser
mais de 30% da superfície corporal. úteis. A exaustão devida ao calor deve ser tratada
MODERADAS com vigor fazendo com que a vítima se deite em
· Queimadura de primeiro grau que tenha atingido um local fresco, removendo-lhe o maior número
mais de 50% da superfície corporal. possível de peças de roupa, resfriando-a
· Queimadura de segundo grau que tenha atingido preferivelmente por imersão em água fria e
mais de 20% da superfície corporal. acionando o SME. A intermação/golpe de calor
· Queimadura de terceiro grau que tenha atingido requer cuidados de emergência/urgência por parte
até 10% da superfície corporal, sem atingir face, dos prestadores de SME, incluindo tratamento
mãos e pés. com fluido intravenoso. O prestador de primeiros
LEVES socorros não deve tentar forçar a vítima de
· Queimadura de primeiro grau com menos de intermação/golpe de calor a ingerir líquidos.
20% da superfície corporal atingida. Motivo: As Diretrizes da AHA/ARC 2010 para
· Queimadura de segundo grau com menos de Primeiros Socorros dividiram as emergências
15% da superfície corporal atingida. relacionadas ao calor em três categorias de
· Queimadura de terceiro grau com menos de 2% gravidade crescente: cãibras devidas ao calor,
da superfície corporal atingida exaustão devida ao calor e, a mais grave,
intermação/golpe de calor. Os sinais de
Definição de Grande Queimado intermação/golpe de calor incluem os de exaustão
2ºgrau>25% de superfície corporal devida ao calor e sinais de acometimento do
queimada em adultos sistema nervoso central. Em conseqüência disso,
2ºgrau>20% de superfície corporal a intermação/golpe de calor requer cuidados de
queimada em crianças emergência/urgência, inclusive tratamento com
3ºgrau>10% de superfície corporal fluido intravenoso.
queimada em qualquer faixa etária

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


A Escala de Coma de Glasgow

Acidentes causados por animais ação do veneno no organismo provoca


manifestações locais precoces e tardias.
peçonhentos -manifestações As manifestações precoces, que ocorrem de
clínicas três a seis horas após o acidente, são:
• dor imediata;
Animais peçonhentos são aqueles que, de • edema local;
alguma forma, ativa ou passivamente, • calor e rubor no local da picada;
introduzem no organismo humano substâncias • hemorragia no local da picada ou distante dele.
tóxicas. Os mais importantes, pela quantidade e As manifestações tardias são:
gravidade dos acidentes que provocam, são: • bolhas;
• as serpentes dos gêneros: Bothrops (jararaca), • abscesso local;
Crotalus (cascavel), Micrurus (coral), Lachesis • gangrena;
(surucucu); • insuficiência renal aguda;
• os escorpiões do gênero Tityus; • choque.
• as aranhas dos gêneros: Phoneutria (aranha Surucucu (envenenamento laquético)
armadeira), Lycosa (tarântula, aranha de
grama), Loxosceles Os acidentes provocados pela surucucu,
(aranha marrom), Latrodectus (viúva negra). também chamada pico-de-jaca ou surucutinga,
são muito raros no Brasil.
Jararaca (envenenamento botrópico) O veneno da surucucu no organismo do
acidentado provoca algumas reações
A jararaca é conhecida, também, como caiçara, semelhantes ao veneno da jararaca, tais como:
jararacuçu, urutu, jararaca-do-rabo-branco, edema no local da picada, diarréia, hemorragia,
cruzeira, cotiara, surucucurana do gênero hipotensão e bradicardia.
Bothrops. Este tipo de serpente é responsável Cascavel (envenenamento crotálico)
por quase 90% dos acidentes causados pela Mesmo sendo responsável por 8% dos
espécie, que podem, inclusive, levar à morte. A acidentes ofídicos, a cascavel por ter um
veneno muito potente, provoca acidentes com

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


muita gravidade, levando à morte, caso não • escurecimento da urina (depois de seis a 12
sejam tomadas providências imediatas. A horas).
reação no local da picada pode passar As complicações se caracterizam pela:
despercebida e quando aparece limita-se a • insuficiência renal aguda;
discreto edema ao redor do ferimento. • insuficiência respiratória aguda.
A ação do veneno da cascavel no organismo
provoca manifestações precoces três a seis Coral (envenenamento elapídico)
horas depois do acidente e complicações. As
manifestações precoces são: Os acidentes com a serpente coral são pouco
• dificuldade em abrir os olhos; freqüentes e correspondem a menos de 1% do
• “visão dupla e/ou turva”; total de acidentes no Brasil. A ação do veneno
• “cara de bêbado”; da coral no organismo é muito rápida, de grande
• dor muscular; potência e mortal se não for tratada a tempo.
• urina avermelhada;
Os sintomas e sinais aparecem em questão de • dificuldade para engolir;
minutos, destacando-se os seguintes: • sialorréia (salivação abundante);
• dificuldade em abrir os olhos; • insuficiência respiratória aguda.
• “cara de bêbado”; Picadas de cobra (
• dificuldade respiratória;
mudanças contidas no Manual da American mais descarga de nematocistos e aliviar a dor.
Heart Association (AHA) Diversos tratamentos tópicos têm sido usados,
2010 (Nova): A aplicação de uma atadura de mas uma avaliação crítica da literatura mostra
imobilização por pressão, com pressão entre 40 que o vinagre é o mais eficaz para inativar os
e 70 mmHg na extremidade superior e 55 e 70 nematocistos. Imersão em água, o mais quente
mmHg na extremidade inferior, em torno de toda que se puder tolerar, por cerca de 20 minutos, é
a extensão da extremidade picada, é uma o tratamento mais eficaz para a dor.
maneira eficaz e segura de retardar o fluxo
linfático e, por conseguinte, a disseminação do Soros específicos contra venenos
veneno.
Motivo: A eficácia da imobilização por pressão
de animais peçonhentos
está, agora, demonstrada para picadas de
outras cobras venenosas americanas. Os acidentes causados por animais
2005 (Antiga): Em 2005, o uso de ataduras de peçonhentos, de maneira geral, são mais graves
imobilização por pressão para retardar a nas crianças com menos de sete anos e nos
disseminação da toxina era recomendado adultos com mais de 50 anos. Por isto, crianças
apenas para vítimas de picadas de cobra com e idosos devem ser observados rigorosamente
veneno neurotóxico. para detectar qualquer sinal ou sintoma que
indique a necessidade de imediata intervenção.
Ferroadas de água-viva (mudanças contidas Os acidentes causados por serpentes, muito
no Manual da American Heart Association comuns no Brasil, são de alta gravidade,
adotando-se, em função disto, medidas
2010 (Nova): Para inativar a carga de veneno e imediatas para tentar diminuir, ao máximo, o
impedir mais envenenamento, as ferroadas de risco de vida para o acidentado. As principais
água-viva devem ser lavadas com vinagre medidas são as seguintes:
abundante (solução de ácido acético de 4 a 6%) • não amarrar ou fazer torniquete próximo do
tão logo possível e por, no mínimo, 30 local da picada para que o sangue circule
segundos. A dor das ferroadas de água-viva normalmente;
deverá ser tratada com imersão em água Observação:
quente, quando possível. O garrote ou torniquete impede a circulação,
Motivo: Há duas ações necessárias para o podendo produzir necrose ou gangrena.
tratamento de ferroadas de água-viva: prevenir

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


• não colocar no local da picada: folhas, pó de dos casos é possível identificar o animal
café e terra, para evitar o aparecimento de agressor por intermédio dos sinais e sintomas
infecções secundárias; presentes.
• não cortar o local da picada: alguns venenos Atualmente, estão disponíveis soros polivalentes
podem provocar hemorragias e os cortes feitos antivenenos botrópico/ crotálico e
no local da picada,com canivetes e outros botrópico/laquético.
objetos contaminados, favorecem a ocorrência Dose e volume
de hemorragias e infecções; A dose a ser administrada depende de cada
• não oferecer ao acidentado substâncias como caso, sendo igual para criança e adulto. São
querosene, álcool, urina ou que mastigue fumo; fatores importantes na avaliação do caso: o tipo
estas substâncias,além de não serem benéficas, de animal peçonhento e as circunstâncias do
podem causar intoxicação; acidente.
• manter o acidentado deitado, em repouso, não Observação:
permitindo que ande, corra ou se locomova por • Quando o número de ampolas em estoque for
seus próprios meios; a locomoção aumenta a inferior ao recomendado, a soroterapia deve ser
circulação sangüínea e facilita a absorção do iniciada com a dose disponívelenquanto é
veneno e, em caso de acidentes causados por providenciado o tratamento complementar.
serpentes do gênero Bothrops como jararacas Cada ampola dos soros antivenenos
caiçaras, jararacuçus e outras, os ferimentos se corresponde a 10 ml.
agravam; Via de administração
Observação: Os soros antivenenos são administrados por via
• No caso de picada nas pernas e braços endovenosa
mantê-los em posição mais elevada. Caso isso não seja possível, administrar o soro
• levar o acidentado, imediatamente, para por via subcutânea.
centros de tratamento ou ao serviço de saúde Observações:
mais próximo, a fim de receber o soro indicado • Os soros antivenenos não devem ser
para o tipo de serpente responsável pela picada. administrados pela via intramuscular.
Para que o soro possa curar o acidentado é • Os soros nunca devem ser administrados no
necessário que: local da picada.
• seja específico para o tipo de veneno do Administração
animal que provocou o acidente; O profissional de saúde, antes de administrar o
• seja administrado dentro do menor tempo soro, deve:
possível; • lavar as mãos;
• seja administrado na dose necessária para • organizar o material para administrar o soro:
neutralizar o veneno circulante. seringa, agulha e outros,
Observações: • organizar o material para os procedimentos
• Para a administração do soro específico é prévios à administração de soros: anti-
fundamental a identificação da serpente e dos histamínico, corticóide, oxigênio, adrenalina,
sinais e sintomas imediatos. aminofilina, soro glicosado e fisiológico, equipos
• Os sinais e sintomas imediatos de um acidente de soro e outros
ofídico são característicos para cada tipo de O profissional de saúde, para administrar o soro,
envenenamento. deve:
• preparar a pessoa, colocando-a em posição
Soros polivalentes: soro
segura e confortável;
antibotrópico/crotálico e soro • fazer a limpeza do local da administração do
antibotrópico laquético soro, caso necessário;
• retirar o soro do refrigerador ou da caixa
Os soros polivalentes são indicados para os térmica, verificando o nome do mesmo, bem
casos em que não foi possível identificar o como o prazo de validade;
animal agressor ou, ainda, quando o soro • preparar o soro, diluindo-o em 200 ml de soro
específico não estiver disponível. Na maioria fisiológico, e de acordo com orientação médica;

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


• administrar o soro com gotejamento Portaria n.º 2048/GM de 5 de
endovenoso de 20 a 30 gotas por minuto;
Observação: novembro de 2002.
• A técnica a ser utilizada para administrar os O Ministro de Estado da Saúde, no uso de suas atribuições legais,
soros antivenenos é, de maneira geral, a da
injeção endovenosa Considerando que a área de Urgência e Emergência constitui-se
em um importante componente da assistência à saúde;
• estar atento à ocorrência de eventos adversos Considerando o crescimento da demanda por serviços nesta área
imediatos; nos últimos anos, devido ao aumento do número de acidentes e da
• orientar a pessoa para relatar qualquer violência urbana e a insuficiente estruturação da rede assistencial,
que têm contribuído decisivamente para a sobrecarga dos serviços
sintoma importante; de Urgência e Emergência disponibilizados para o atendimento da
• manter a pessoa sob permanente observação, população;
Considerando as ações já desenvolvidas pelo Ministério da
com soro fisiológico por via endovenosa, Saúde que, em parceria com as Secretarias de Saúde dos
fazendo controle dos sinais vitais; estados, do Distrito Federal e dos municípios, tem realizado
• observar sinais de inquietação, dificuldade grandes esforços no sentido de implantar um processo de
aperfeiçoamento do atendimento às urgências e emergências no
respiratória, edema no local da administração e País, tanto pela criação de mecanismos para a implantação de
outros. Sistemas Estaduais de Referência Hospitalar em Atendimento às
Observações: Urgências e Emergências como pela realização de investimentos
relativos ao custeio e adequação física e de equipamentos dos
• Ocorrendo qualquer reação, suspender a serviços integrantes destas redes, na área de assistência pré-
administração do soro, mantendo veia aberta hospitalar, nas Centrais de Regulação, na capacitação de recursos
com soro fisiológico até nova orientaçãomédica. humanos, na edição de normas específicas para a área e na
efetiva organização e estruturação das redes assistenciais na área
• Preparar nova solução do soro, trocar o equipo de urgência e emergência;
e subtrair a quantidade já administrada. Instalar Considerando a necessidade de aprofundar o processo de
consolidação dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência,
o novo soro mantendo observação rigorosa do aperfeiçoar as normas já existentes e ampliar o seu escopo e
paciente. ainda a necessidade de melhor definir uma ampla política nacional
• O profissional de saúde, após administrar o para esta área, com a organização de sistemas regionalizados,
com referências previamente pactuadas e efetivadas sob
soro antiveneno, deve: regulação médica, com hierarquia resolutiva e responsabilização
• continuar atento à ocorrência de eventos sanitária, universalidade de acesso, integralidade na atenção e
adversos imediatos, mantendo a pessoa sob eqüidade na alocação de recursos e ações do Sistema de acordo
com as diretrizes gerais do Sistema Único de Saúde e a Norma
observação por, pelo menos, duas horas; Operacional da Assistência à Saúde - NOAS-SUS 01/2002;
• desprezar a seringa e a agulha Considerando a grande extensão territorial do País, que
impõe distâncias significativas entre municípios de pequeno e
• registrar o número do lote e a validade do soro médio porte e seus respectivos municípios de referência para a
administrado; atenção hospitalar especializada e de alta complexidade,
• orientar a pessoa ou seu acompanhante sobre necessitando, portanto, de serviços intermediários em
complexidade, capazes de garantir uma cadeia de reanimação e
questões específicas e sobre o retorno, quando estabilização para os pacientes graves e uma cadeia de cuidados
for o caso, para complementar esquema de imediatos e resolutivos para os pacientes agudos não-graves;
Considerando a necessidade de ordenar o atendimento às
vacinação. Urgências e Emergências, garantindo acolhimento, primeira
Observação: atenção qualificada e resolutiva para as pequenas e médias
• A pessoa deve ser alertada para procurar o urgências, estabilização e referência adequada dos pacientes
graves dentro do Sistema Único de Saúde, por meio do
serviço de saúde caso apareça qualquer reação, acionamento e intervenção das Centrais de Regulação Médica de
principalmente entre o sétimo e o 12º dia após o Urgências;
recebimento do soro antiveneno, como doença Considerando a expansão de serviços públicos e privados
de atendimento pré-hospitalar móvel e de transporte inter-
do soro, febre, urticária, dores musculares, hospitalar e a necessidade de integrar estes serviços à lógica dos
aumento de gânglios, etc. sistemas de urgência, com regulação médica e presença de
equipe de saúde qualificada para as especificidades deste
atendimento e a obrigatoriedade da presença do médico nos
Política Nacional de casos que necessitem suporte avançado à vida, e
Considerando a necessidade de estimular a criação de
estruturas capazes de problematizar a realidade dos serviços e
Atenção às Urgências. estabelecer o nexo entre trabalho e educação, de forma a resgatar
o processo de capacitação e educação continuada para o
desenvolvimento dos serviços e geração de impacto em saúde
dentro de cada nível de atenção e ainda de propor currículos
mínimos de capacitação e habilitação para o atendimento às
urgências, em face dos inúmeros conteúdos programáticos e

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


cargas horárias existentes no país e que não garantem a formalização do Processo de Cadastramento que avaliará as
qualidade do aprendizado, resolve: condições de funcionamento do Serviço para fins de
cadastramento: área física, recursos humanos,
Art. 1º Aprovar, na forma do Anexo desta Portaria, o responsabilidade técnica e demais exigências estabelecidas
Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e nesta Portaria;
Emergência. c - Parecer Conclusivo do Gestor – manifestação
§ 1º O Regulamento ora aprovado estabelece os princípios expressa, firmada pelo Secretário da Saúde, em relação ao
e diretrizes dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência, as cadastramento. No caso de Processo formalizado por
normas e critérios de funcionamento, classificação e Secretaria Municipal de Saúde de município em Gestão Plena
cadastramento de serviços e envolve temas como a elaboração do Sistema Municipal de Saúde, deverá constar, além do
dos Planos Estaduais de Atendimento às Urgências e parecer do gestor local, o parecer do gestor estadual do SUS,
Emergências, Regulação Médica das Urgências e Emergências, que será responsável pela integração do Centro à rede
atendimento pré-hospitalar, atendimento pré-hospitalar móvel, estadual e a definição dos fluxos de referência e contra-
atendimento hospitalar, transporte inter-hospitalar e ainda a referência dos pacientes.
criação de Núcleos de Educação em Urgências e proposição de § 5º Uma vez emitido o parecer a respeito do
grades curriculares para capacitação de recursos humanos da cadastramento pelo(s) Gestor(es) do SUS e se o mesmo for
área; favorável, o Processo deverá ser encaminhado da seguinte forma:
§ 2º Este Regulamento é de caráter nacional devendo ser a - Serviços de Atendimento Pré-Hospitalar, Pré-Hospitalar
utilizado pelas Secretarias de Saúde dos estados, do Distrito Móvel, e Hospitalar de Unidades Gerais de Tipo I ou II – o
Federal e dos municípios na implantação dos Sistemas Estaduais cadastramento deve ser efetivado pelo próprio gestor do SUS;
de Urgência e Emergência, na avaliação, habilitação e b - Unidades de Referência Hospitalar em Atendimento às
cadastramento de serviços em todas as modalidades Urgências e Emergências de Tipo I, II ou III – remeter o processo
assistenciais, sendo extensivo ao setor privado que atue na área para análise ao Ministério da Saúde/SAS, que o avaliará e, uma
de urgência e emergência, com ou sem vínculo com a prestação vez aprovado o cadastramento, a Secretaria de Assistência à
de serviços aos usuários do Sistema Único de Saúde. Saúde tomará as providências necessárias à sua publicação.
Art. 2º Determinar às Secretarias de Saúde dos estados, Art. 3º Alterar o Artigo 2º da Portaria GM/MS nº 479, de 15
do Distrito Federal e dos municípios em Gestão Plena do Sistema de abril de 1999, que estabelece os critérios para a classificação e
Municipal de Saúde, de acordo com as respectivas condições de inclusão dos hospitais nos Sistemas Estaduais de Referência
gestão e a divisão de responsabilidades definida na Norma Hospitalar em Atendimento de Urgências e Emergência, que
Operacional de Assistência à Saúde – NOAS-SUUS 01/2002, a passa a ter a redação dada pelo contido no Capítulo V do
adoção das providências necessárias à implantação dos Sistemas Regulamento Técnico constante do Anexo desta Portaria no que
Estaduais de Urgência e Emergência, à organização das redes diz respeito às Unidades Hospitalares de Referência em
assistenciais deles integrantes e à organização/habilitação e Atendimento às Urgências e Emergências de Tipo I, II e III.
cadastramento dos serviços, em todas as modalidades § 1º Ficam mantidos todos os demais Artigos e parágrafos
assistenciais, que integrarão estas redes, tudo em conformidade da Portaria GM/MS nº 479, de 15 de abril de 1999;
com o estabelecido no Regulamento Técnico aprovado por esta § 2º Ficam convalidados todos os atos que tenham sido
Portaria, bem como a designação, em cada estado, do respectivo praticados até a presente data relacionados com a classificação,
Coordenador do Sistema Estadual de Urgência e Emergência. cadastramento e inclusão de hospitais nos Sistemas Estaduais de
§ 1º As Secretarias de Saúde dos estados e do Distrito Referência Hospitalar em Atendimento de Urgências e
Federal devem estabelecer um planejamento de distribuição Emergências, com base no estabelecido na Portaria GM/MS nº
regional dos Serviços, em todas as modalidades assistenciais, de 479, de 15 de abril de 1999;
maneira a constituir o Plano Estadual de Atendimento às § 3º A partir da publicação da presente Portaria, a
Urgências e Emergências conforme estabelecido no Capítulo I do classificação, cadastramento e inclusão de novas Unidades
Regulamento Técnico desta Portaria e adotar as providências Hospitalares de Referência em Atendimento às Urgências e
necessárias à organização/habilitação e cadastramento dos Emergências de Tipo I, II ou III deverá se dar em cumprimento ao
serviços que integrarão o Sistema Estadual de Urgência e estabelecido no Capítulo V do Regulamento Técnico ora aprovado
Emergência; e no Artigo 2º desta Portaria.
§ 2º A abertura de qualquer Serviço de Atendimento às Art. 4 Determinar à Secretaria de Assistência à Saúde,
Urgências e Emergências deverá ser precedida de consulta ao dentro de seus respectivos limites de competência, a adoção das
Gestor do SUS, de nível local ou estadual, sobre as normas providências necessárias à plena aplicação das recomendações
vigentes, a necessidade de sua criação e a possibilidade de contidas no texto ora aprovado.
cadastramento do mesmo, sem a qual o SUS não se obriga ao Art. 5º Estabelecer o prazo de 2 (dois) anos para a
cadastramento. adaptação dos serviços de atendimento às urgências e
§ 3º Uma vez concluída a fase de emergências já existentes e em funcionamento, em todas as
Planejamento/Distribuição de Serviços conforme estabelecido no § modalidades assistenciais, às normas e critérios estabelecidos
1º, confirmada a necessidade do cadastramento e conduzido o pelo Regulamento Técnico aprovado por esta Portaria.
processo de seleção de prestadores de serviço pelo Gestor do § 1º As Secretarias de Saúde dos estados, do Distrito
SUS, o processo de cadastramento deverá ser formalizado pela Federal e dos municípios em Gestão Plena do Sistema Municipal,
Secretaria de Saúde do estado, do Distrito Federal ou do devem, dentro do prazo estabelecido, adotar as providências
município em Gestão Plena do Sistema Municipal, de acordo com necessárias para dar pleno cumprimento ao disposto nesta
as respectivas condições de gestão e a divisão de Portaria e classificar, habilitar e cadastrar os serviços de
responsabilidades estabelecida na Norma Operacional de atendimento às urgências e emergências já existentes e em
Assistência à Saúde – NOAS-SUS 01/2002. funcionamento;
§ 4º O Processo de Cadastramento deverá ser § 2º Para a classificação, habilitação e cadastramento de
instruído com: novos serviços de atendimento às urgências e emergências, em
a - Documentação comprobatória do cumprimento das qualquer modalidade assistencial, esta Portaria tem efeitos a
exigências estabelecidas no Regulamento Técnico aprovado contar de sua publicação.
por esta Portaria. Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua
b - Relatório de Vistoria – a vistoria deverá ser publicação, revogando a Portaria GM/MS nº 814, de 01 de junho
realizada “in loco” pela Secretaria de Saúde responsável pela de 2001.

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


reversão deste quadro amplamente desfavorável à assistência
da população. Diversas medidas já foram adotadas, das quais
podemos destacar aquelas reunidas no Programa de Apoio à
Implantação de Sistemas Estaduais de Referência Hospitalar
SISTEMAS ESTADUAIS DE em Atendimento de Urgência e Emergência. Além de realizar
investimentos relativos ao custeio e adequação física e de
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA equipamentos dos serviços integrantes destas redes, na área
de assistência pré-hospitalar, nas Centrais de Regulação e de
REGULAMENTO TÉCNICO promover a capacitação de recursos humanos, grandes
esforços têm sido empreendidos na efetiva organização e
estruturação das redes assistenciais na área de urgência e
INTRODUÇÃO emergência.
Com o objetivo de aprofundar este processo de
A área de Urgência e Emergência constitui-se em um consolidação dos Sistemas Estaduais de Urgência e
importante componente da assistência à saúde. A crescente Emergência, aperfeiçoando as normas já existentes e
demanda por serviços nesta área nos últimos anos, devida ao ampliando o seu escopo, é que está sendo publicado o
crescimento do número de acidentes e da violência urbana e à presente Regulamento Técnico. A implantação de redes
insuficiente estruturação da rede são fatores que têm regionalizadas e hierarquizadas de atendimento, além de
contribuído decisivamente para a sobrecarga de serviços de permitir uma melhor organização da assistência, articular os
Urgência e Emergência disponibilizados para o atendimento serviços, definir fluxos e referências resolutivas é elemento
da população. Isso tem transformado esta área numa das mais indispensável para que se promova a universalidade do
problemáticas do Sistema de Saúde. acesso, a eqüidade na alocação de recursos e a integralidade
O aumento dos casos de acidentes e violência tem na atenção prestada. Assim, torna-se imperativo estruturar os
forte impacto sobre o SUS e o conjunto da sociedade. Na Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência de forma a
assistência, este impacto pode ser medido diretamente pelo envolver toda a rede assistencial, desde a rede pré-hospitalar,
aumento dos gastos realizados com internação hospitalar, (unidades básicas de saúde, programa de saúde da família
assistência em UTI e a alta taxa de permanência hospitalar (PSF), ambulatórios especializados, serviços de diagnóstico e
deste perfil de pacientes. Na questão social, pode ser terapias, unidades não hospitalares), serviços de atendimento
verificado pelo aumento de 30% no índice APVP (Anos pré-hospitalar móvel (SAMU, Resgate, ambulâncias do setor
Potenciais de Vida Perdidos) em relação a acidentes e privado, etc.), até a rede hospitalar de alta complexidade,
violências nos últimos anos, enquanto que por causas naturais capacitando e responsabilizando cada um destes
este dado encontra-se em queda. componentes da rede assistencial pela atenção a uma
A assistência às urgências se dá, ainda hoje, determinada parcela da demanda de urgência, respeitados os
predominantemente nos “serviços” que funcionam limites de sua complexidade e capacidade de resolução.
exclusivamente para este fim – os tradicionais pronto-socorros Estes diferentes níveis de atenção devem relacionar-se
– estando estes adequadamente estruturados e equipados ou de forma complementar por meio de mecanismos organizados
não. Abertos nas 24 horas do dia, estes serviços acabam por e regulados de referência e contra referência, sendo de
funcionar como “porta-de-entrada” do sistema de saúde, fundamental importância que cada serviço se reconheça como
acolhendo pacientes de urgência propriamente dita, pacientes parte integrante deste Sistema, acolhendo e atendendo
com quadros percebidos como urgências, pacientes adequadamente a parcela da demanda que lhe acorre e se
desgarrados da atenção primária e especializada e as responsabilizando pelo encaminhamento desta clientela
urgências sociais. Tais demandas misturam-se nas unidades quando a unidade não tiver os recursos necessários a tal
de urgência superlotando-as e comprometendo a qualidade da atendimento.
assistência prestada à população. Esta realidade assistencial CAPÍTULO I
é, ainda, agravada por problemas organizacionais destes
serviços como, por exemplo, a falta de triagem de risco, o que PLANO ESTADUAL DE ATENDIMENTO ÀS URGÊNCIAS E
determina o atendimento por ordem de chegada sem qualquer EMERGÊNCIAS
avaliação prévia do caso, acarretando, muitas vezes, graves O Sistema Estadual de Urgência e Emergência deve se
prejuízos aos pacientes. Habitualmente, as urgências estruturar a partir da leitura ordenada das necessidades sociais
“sangrantes” e ruidosas são priorizadas, mas, infelizmente, é em saúde e sob o imperativo das necessidades humanas nas
comum que pacientes com quadros mais graves permaneçam urgências. O diagnóstico destas necessidades deve ser feito a
horas aguardando pelo atendimento de urgência, mesmo já partir da observação e da avaliação dos territórios sociais com
estando dentro de um serviço de urgência. Como exemplo seus diferentes grupos humanos, da utilização de dados de
desta situação pode-se citar o caso de um idoso com doença morbidade e mortalidade disponíveis e da observação das
pulmonar obstrutiva crônica em episódio de agudização doenças emergentes. Deve-se também compor um quadro
cursando com insuficiência respiratória ou, ainda, uma detalhado dos recursos existentes, levando-se em consideração
importante arritmia cardíaca cursando com hipoxemia. sua quantidade, localização, acesso, complexidade, capacidade
Outra situação preocupante para o sistema de saúde é operacional e técnica. Do confronto das necessidades
a verificada “proliferação” de unidades de “pronto atendimento” diagnosticadas com as ofertas existentes, poderemos visualizar as
que oferecem atendimento médico nas 24 horas do dia, porém deficiências do sistema e projetar suas correções, num processo
sem apoio para elucidação diagnóstica, sem equipamentos e de planejamento ascendente e dinâmico, sustentado por políticas
materiais para adequada atenção às urgências e, ainda, sem públicas orientadas pela eqüidade e permeadas pela idéia da
qualquer articulação com o restante da rede assistencial. promoção intersetorial da saúde, como forma de manter e
Embora cumprindo papel no escoamento das demandas aumentar a autonomia dos indivíduos, através das ações de
reprimidas não satisfeitas na atenção primária, estes serviços prevenção das doenças, educação, proteção e recuperação da
oferecem atendimentos de baixa qualidade e pequena saúde e reabilitação dos indivíduos já acometidos por agravos que
resolubilidade, que implicam em repetidos retornos e enorme afetaram, em alguma medida, sua autonomia. É imprescindível
produção de “consultas de urgência”. que estes diagnósticos sejam amplamente discutidos com todos
O Ministério da Saúde, ciente dos problemas os atores sociais envolvidos na promoção, prevenção, atenção e
existentes e, em parceria com as Secretarias de Saúde dos recuperação aos agravos à saúde, como conselhos de saúde,
estados e municípios, tem contribuído decididamente para a

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


gestores de saúde, trabalhadores da saúde, prestadores de Serviço de Atendimento Pré-hospitalar móvel da micro/macro
serviços, usuários, conselhos de classe, educação, promoção região solicitante.
social, segurança social, transportes e outros. 6 - Municípios Pólo Estadual, que realizam procedimentos
O Sistema Estadual de Urgência e Emergência deve ser de Alta Complexidade: devem contar, além das estruturas já
implementado dentro de uma estratégia de “Promoção da mencionadas acima, com Unidades Hospitalares de Referência
Qualidade de Vida” como forma de enfrentamento das causas das Tipo III, conforme as especificações do Capítulo V – item I-B-c.
urgências. Deve valorizar a prevenção dos agravos e a proteção Devem também ter estruturadas as Centrais Estaduais de
da vida, gerando uma mudança de perspectiva assistencial – de Regulação, que vão ordenar os fluxos estaduais ou inter-estaduais
uma visão centrada nas conseqüências dos agravos que geram as da alta complexidade.
urgências, para uma visão integral e integrada , com uma 7 - Salas de Estabilização: após a estruturação da rede
abordagem totalizante e que busque gerar autonomia para assistencial acima mencionada, devem ser cuidadosamente
indivíduos e coletividades. Assim, deve ser englobada na observados os claros assistenciais ainda existentes, devidos a
estratégia promocional a proteção da vida, a educação para a grandes distâncias, como ao longo das estradas e em regiões
saúde e a prevenção de agravos e doenças, além de se dar novo muito carentes, e nestas localidades devem ser estruturadas salas
significado à assistência e à reabilitação. As urgências por causas ou bases de estabilização, que devem ser estruturadas com, no
externas são as mais sensíveis a este enfoque, mas não mínimo, o mesmo material e medicamentos especificados para a
exclusivamente. As urgências clínicas de todas as ordens também atenção primária à saúde e que devem contar com retaguarda
se beneficiam da estratégia promocional. ininterrupta de profissional treinado para o atendimento e
Feita a leitura qualificada da estrutura e deficiências do estabilização dos quadros de urgências mais freqüentes.
setor, deve ser elaborado um Plano Estadual de Atendimento às
Urgências e Emergências que deve estar contido no Plano Diretor
de Regionalização (PDR), com programação de ações corretivas CAPÍTULO II
com respectivo cronograma de execução e planilha de custos,
destinados à correção das deficiências encontradas na
estruturação das grades assistenciais regionalizadas e
hierarquizadas, que serão discutidas, avaliadas e priorizadas a fim A REGULAÇÃO MÉDICA DAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
de comporem o Plano Diretor de Investimentos (PDI).
A elaboração dos referidos planos deve estar baseada na A Regulação Médica das Urgências, baseada na
proposta de estruturação das redes regionalizadas de atenção da implantação de suas Centrais de Regulação, é o elemento
NOAS 01/2002, segundo as seguintes atribuições / complexidade / ordenador e orientador dos Sistemas Estaduais de Urgência e
distribuição: Emergência. As Centrais, estruturadas nos níveis estadual,
1 - Municípios que realizam apenas a atenção básica regional e/ou municipal, organizam a relação entre os vários
(PAB): devem se responsabilizar pelo acolhimento dos pacientes serviços, qualificando o fluxo dos pacientes no Sistema e geram
com quadros agudos de menor complexidade, principalmente uma porta de comunicação aberta ao público em geral, através da
aqueles já vinculados ao serviço. Suas atribuições e estruturação qual os pedidos de socorro são recebidos, avaliados e
estão especificadas no Capítulo III – item 1 do presente hierarquizados.
Regulamento. Como já mencionado, as necessidades imediatas da
2 - Municípios Satélite, que realizam a atenção básica população ou necessidades agudas ou de urgência, são pontos de
ampliada (PABA): devem desempenhar a mesma função dos pressão por respostas rápidas. Então o Sistema deve ser capaz de
municípios PAB, além de contar com área física específica para acolher a clientela, prestando-lhe atendimento e redirecionando-a
observação de pacientes, até 8 horas. para os locais adequados à continuidade do tratamento, através
3 - Municípios Sede de Módulo Assistencial, que realizam do trabalho integrado das Centrais de Regulação Médica de
a atenção básica ampliada (PABA) e os procedimentos Urgências com outras Centrais de Regulação –de leitos
hospitalares e diagnósticos mínimos da média complexidade (M1): hospitalares, procedimentos de alta complexidade, exames
devem contar, além das estruturas já mencionadas acima, com complementares, internações e atendimentos domiciliares,
Unidades Não Hospitalares de Atendimento às Urgências, consultas especializadas, consultas na rede básica de saúde,
conforme especificações do Capítulo III – item 2 e/ou Unidades assistência social, transporte sanitário não urgente, informações e
Hospitalares Gerais de Tipo I, conforme especificações do outros serviços e instituições, como por exemplo, as Polícias
Capítulo V – item I-A-a. Neste nível assistencial, devem ser Militares e a Defesa Civil.
constituídos os Serviços de Atendimento Pré-hospitalar Móvel, de Estas centrais, obrigatoriamente interligadas entre si,
caráter municipal ou modular, e/ou Serviço de Transporte Inter- constituem um verdadeiro complexo regulador da assistência,
hospitalar, para garantir o acesso aos serviços de maior ordenador dos fluxos gerais de necessidade/resposta, que garante
complexidade dos pólos microrregionais, macrorregionais e ao usuário do SUS a multiplicidade de respostas necessárias à
estaduais. satisfação de suas necessidades.
4 - Municípios Pólo Microrregional, que realizam As Centrais de Regulação Médica de Urgências devem ser
procedimentos médios da média complexidade (M2): devem implantadas, de acordo com o definido no Anexo II da Portaria
contar, além das estruturas já mencionadas acima, com Unidades SAS/MS nº 356, de 22 de setembro de 2000. Da mesma forma, as
Hospitalares Gerais de Tipo II, conforme especificações do Secretarias de Saúde dos estados e do Distrito Federal devem
Capítulo V – item I-A-b. Neste nível assistencial, devem ser elaborar o Plano Estadual de Regulação das Urgências e
estruturados Serviços de Atendimento Pré-hospitalar Móvel Emergências, podendo para tanto, observadas as especificidades
municipais ou microrregionais, dependendo das densidades da área a ser regulada, contidas no presente Capítulo, utilizar o
populacionais e distâncias observadas. modelo de Roteiro estabelecido para o Plano Estadual de
5 - Municípios Pólo Regional, que realizam os demais Regulação Obstétrica e Neonatal definido no Anexo III da Portaria
procedimentos mais complexos da média complexidade (M3): SAS/MS nº 356, de 22 de setembro de 2000.
devem contar, além das estruturas já mencionadas acima, com Ao médico regulador devem ser oferecidos os meios
Unidades Hospitalares de Referência Tipo I e II, conforme necessários, tanto de recursos humanos, como de equipamentos,
especificações do Capítulo V – item I-B-a e I-B-b. Neste nível para o bom exercício de sua função, incluída toda a gama de
devem ser estruturadas as Centrais Reguladoras Regionais de respostas pré-hospitalares previstas neste Regulamento e portas
Urgências, que vão ordenar os fluxos entre as micro e macro de entrada de urgências com hierarquia resolutiva previamente
regiões, devendo o transporte inter-hospitalar ser garantido pelo definida e pactuada, com atribuição formal de responsabilidades.
1 - Atribuições da Regulação Médica das Urgências e

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


Emergências: como porta-voz em situações de interesse público.
1.1 - Técnicas: 1.2 - Gestoras:
A competência técnica do médico regulador se sintetiza em Ao médico regulador também competem funções gestoras
sua capacidade de “julgar”, discernindo o grau presumido de – tomar a decisão gestora sobre os meios disponíveis, devendo
urgência e prioridade de cada caso, segundo as informações possuir delegação direta dos gestores municipais e estaduais para
disponíveis, fazendo ainda o enlace entre os diversos níveis acionar tais meios, de acordo com seu julgamento. Assim, o
assistenciais do sistema, visando dar a melhor resposta possível médico regulador deve:
para as necessidades dos pacientes. Assim, deve o médico - decidir sobre qual recurso deverá ser mobilizado frente a
regulador: cada caso, procurando, entre as disponibilidades a resposta mais
- julgar e decidir sobre a gravidade de um caso que lhe adequada a cada situação, advogando assim pela melhor resposta
está sendo comunicado por rádio ou telefone, estabelecendo uma necessária a cada paciente, em cada situação sob o seu
gravidade presumida; julgamento;
- enviar os recursos necessários ao atendimento, - decidir sobre o destino hospitalar ou ambulatorial dos
considerando necessidades e ofertas disponíveis; pacientes atendidos no pré-hospitalar;
- monitorar e orientar o atendimento feito por outro - decidir os destinos hospitalares não aceitando a
profissional de saúde habilitado (médico intervencionista, inexistência de leitos vagos como argumento para não direcionar
enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem), por profissional da os pacientes para a melhor hierarquia disponível em termos de
área de segurança ou bombeiro militar (no limite das serviços de atenção de urgências, ou seja, garantir o atendimento
competências desses profissionais) ou ainda por leigo que se nas urgências, mesmo nas situações em que inexistam leitos
encontre no local da situação de urgência; vagos para a internação de pacientes (a chamada “vaga zero”
- definir e acionar o serviço de destino do paciente, para internação). Deverá decidir o destino do paciente baseado na
informando-o sobre as condições e previsão de chegada do planilha de hierarquias pactuada e disponível para a região e nas
mesmo, sugerindo os meios necessários ao seu acolhimento; informações periodicamente atualizadas sobre as condições de
- julgar a necessidade ou não do envio de meios móveis de atendimento nos serviços de urgência, exercendo as prerrogativas
atenção. Em caso negativo, o médico deve explicar sua decisão e de sua autoridade para alocar os pacientes dentro do sistema
esclarecer o demandante do socorro quanto a outras medidas a regional, comunicando sua decisão aos médicos assistentes das
serem adotadas, por meio de orientação ou conselho médico, que portas de urgência;
permita ao solicitante assumir cuidados ou buscá-los em local - o médico regulador de urgências regulará as portas de
definido pelo médico regulador; urgência, considerando o acesso a leitos como uma segunda
- reconhecer que, como a atividade do médico regulador etapa que envolverá a regulação médica das transferências inter
envolve o exercício da telemedicina, impõe-se a gravação hospitalares, bem como das internações;
contínua das comunicações, o correto preenchimento das fichas - acionar planos de atenção a desastres que estejam
médicas de regulação, das fichas de atendimento médico e de pactuados com os outros interventores, frente a situações
enfermagem, e o seguimento de protocolos institucionais excepcionais, coordenando o conjunto da atenção médica de
consensuados e normatizados que definam os passos e as bases urgência;
para a decisão do regulador; - requisitar recursos públicos e privados em situações
- estabelecer claramente, em protocolo de regulação, os excepcionais, com pagamento ou contrapartida a posteriori,
limites do telefonista auxiliar de regulação médica, o qual não conforme pactuação a ser realizada com as autoridades
pode, em hipótese alguma, substituir a prerrogativa de decisão competentes;
médica e seus desdobramentos, sob pena de responsabilização - exercer a autoridade de regulação pública das urgências
posterior do médico regulador; sobre a atenção pré-hospitalar móvel privada, sempre que esta
- definir e pactuar a implantação de protocolos de necessitar conduzir pacientes ao setor público, sendo o pré-
intervenção médica pré-hospitalar, garantindo perfeito hospitalar privado responsabilizado pelo transporte e atenção do
entendimento entre o médico regulador e o intervencionista, paciente até o seu destino definitivo no Sistema;
quanto aos elementos de decisão e intervenção, objetividade nas - contar com acesso às demais centrais do Complexo
comunicações e precisão nos encaminhamentos decorrentes; Regulador, de forma que possa ter as informações necessárias e o
- monitorar o conjunto das missões de atendimento e as poder de dirigir os pacientes para os locais mais adequados, em
demandas pendentes; relação às suas necessidades.
- registrar sistematicamente os dados das regulações e 2 - Regulação do Setor Privado de Atendimento Pré-
missões, pois como freqüentemente o médico regulador irá Hospitalar Móvel (incluídas as concessionárias de rodovias):
orientar o atendimento por radiotelefonia (sobretudo para os O Setor privado de atendimento pré-hospitalar das
profissionais de enfermagem), os protocolos correspondentes urgências e emergências deve contar, obrigatoriamente, com
deverão estar claramente constituídos e a autorização deverá Centrais de Regulação Médica, médicos reguladores e de
estar assinada na ficha de regulação médica e no boletim/ficha de intervenção, equipe de enfermagem e assistência técnica
atendimento pré-hospitalar; farmacêutica (para os casos de serviços de atendimentos clínicos).
- saber com exatidão as capacidades/habilidades da sua Estas Centrais de Regulação privadas devem ser submetidas à
equipe de forma a dominar as possibilidades de regulação pública, sempre que suas ações ultrapassarem os
prescrição/orientação/intervenção e a fornecer dados que limites estritos das instituições particulares não-conveniadas ao
permitam viabilizar programas de capacitação/revisão que Sistema Único de Saúde - SUS, inclusive nos casos de
qualifiquem/habilitem os intervenientes; medicalização de assistência domiciliar não-urgente.
- submeter-se à capacitação específica e habilitação formal 3 – Regulação Médica de Outras
para a função de regulador e acumular, também, capacidade e Entidades/Corporações/Organizações
experiência na assistência médica em urgência, inclusive na Os Corpos de Bombeiros Militares (incluídas as
intervenção do pré-hospitalar móvel; corporações de bombeiros independentes e as vinculadas às
- participar de programa de educação continuada para Polícias Militares), as Polícias Rodoviárias e outras organizações
suas tarefas; da Área de Segurança Pública deverão seguir os critérios e os
- velar para que todos os envolvidos na atenção pré- fluxos definidos pela regulação médica das urgências do SUS,
hospitalar observem, rigorosamente, a ética e o sigilo profissional, conforme os termos deste Regulamento.
mesmo nas comunicações radiotelefônicas;
- manter-se nos limites do sigilo e da ética médica ao atuar CAPÍTULO III

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urgências. Assim, é comum que profissionais da saúde, ao se
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR FIXO depararem com uma urgência de maior gravidade, tenham o
impulso de encaminhá-la rapidamente para unidade de maior
complexidade, sem sequer fazer uma avaliação prévia e a
O Atendimento Pré-Hospitalar Fixo é aquela
necessária estabilização do quadro, por insegurança e
assistência prestada, num primeiro nível de atenção, aos
desconhecimento de como proceder. Assim, é essencial que estes
pacientes portadores de quadros agudos, de natureza clínica,
profissionais estejam qualificados para este enfrentamento, se
traumática ou ainda psiquiátrica, que possa levar a sofrimento,
quisermos imprimir efetividade em sua atuação.
seqüelas ou mesmo à morte, provendo um atendimento e/ou
1.3 - Estruturação dos Recursos Físicos
transporte adequado a um serviço de saúde hierarquizado,
Todas estas unidades devem ter um espaço devidamente
regulado e integrante do Sistema Estadual de Urgência e
abastecido com medicamentos e materiais essenciais ao primeiro
Emergência. Este atendimento é prestado por um conjunto de
atendimento/estabilização de urgências que ocorram nas
unidades básicas de saúde, unidades do Programa de Saúde
proximidades da unidade ou em sua área de abrangência e/ou
da Família (PSF), Programa de Agentes Comunitários de
sejam para elas encaminhadas, até a viabilização da transferência
Saúde (PACS), ambulatórios especializados, serviços de
para unidade de maior porte, quando necessário.
diagnóstico e terapia, unidades não-hospitalares de
A definição deste espaço é fundamental, pois, quando
atendimento às urgências e emergências e pelos serviços de
do recebimento de uma urgência (o que pode acontecer com
atendimento pré-hospitalar móvel (que serão abordados no
pouca freqüência neste tipo de unidade, mas que certamente
Capítulo IV).
ocorrerá algumas vezes), é obrigatório que a equipe saiba em
1 - AS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS E A ATENÇÃO
qual ambiente da unidade encontram-se os equipamentos,
PRIMÁRIA À SAÚDE E O PROGRAMA DE SAÚDE DA
materiais e medicamentos necessários ao atendimento. Numa
FAMÍLIA
insuficiência respiratória, parada cardíaca, crise convulsiva ou
As atribuições e prerrogativas das unidades básicas de
outras situações que necessitem de cuidado imediato, não se
saúde e das unidades de saúde da família em relação ao
pode perder tempo “procurando” um local ou equipamentos,
acolhimento/atendimento das urgências de baixa
materiais e medicamentos necessários ao atendimento.
gravidade/complexidade devem ser desempenhadas por todos
Além disso, unidades de saúde de sistemas municipais
os municípios brasileiros, independentemente de estarem
qualificados para a atenção básica ampliada (PABA) deverão
qualificados para atenção básica (PAB) ou básica ampliada
possuir área física especificamente destinada ao atendimento
(PABA), conforme detalhamento abaixo:
de urgências e sala para observação de pacientes até 8 horas.
1.1 - Acolhimento dos Quadros Agudos:
Materiais: Ambú adulto e infantil com máscaras, jogo de
Dentro da concepção de reestruturação do modelo
cânulas de Guedel (adulto e infantil), sondas de aspiração,
assistencial atualmente preconizado, inclusive com a
Oxigênio, Aspirador portátil ou fixo, material para punção venosa,
implementação do Programa de Saúde da Família, é
material para curativo, material para pequenas suturas, material
fundamental que a atenção primária e o Programa de Saúde
para imobilizações (colares, talas, pranchas).
da Família se responsabilizem pelo acolhimento dos pacientes
Medicamentos: Adrenalina, Água destilada, Aminofilina,
com quadros agudos ou crônicos agudizados de sua área de
Amiodarona, Atropina, Brometo de Ipratrópio, Cloreto de potássio,
cobertura ou adstrição de clientela, cuja complexidade seja
Cloreto de sódio, Deslanosídeo, Dexametasona, Diazepam,
compatível com este nível de assistência.
Diclofenaco de Sódio, Dipirona, Dobutamina, Dopamina,
Não se pode admitir que um paciente em
Epinefrina, Escopolamina (hioscina), Fenitoína, Fenobarbital,
acompanhamento em uma unidade básica de saúde, por
Furosemida, Glicose, Haloperidol, Hidantoína, Hidrocortisona,
exemplo, por hipertensão arterial, quando acometido por uma
Insulina, Isossorbida, Lidocaína, Meperidina, Midazolan, Ringer
crise hipertensiva, não seja acolhido na unidade em que
Lactato, Soro Glico-Fisiologico, Soro Glicosado.
habitualmente faz tratamento. Nesta situação se aplicaria o
1.4 - Estruturação da Grade de Referência
verdadeiro conceito de pronto atendimento, pois, numa
É fundamental que as unidades possuam uma adequada
unidade onde o paciente tem prontuário e sua história
retaguarda pactuada para o referenciamento daqueles pacientes
pregressa e atual são conhecidas, é possível fazer um
que, uma vez acolhidos, avaliados e tratados neste primeiro nível
atendimento rápido e de qualidade, com avaliação e re-
de assistência, necessitem de cuidados disponíveis em serviços
adequação da terapêutica dentro da disponibilidade
de outros níveis de complexidade. Assim, mediados pela
medicamentosa da unidade. Quando este paciente não é
respectiva Central de Regulação, devem estar claramente
acolhido em sua unidade, por ausência do profissional médico,
definidos os fluxo e mecanismos de transferência dos pacientes
por falta de vagas na agenda ou por qualquer outra razão e
que necessitarem de outros níveis de complexidade da rede
recorre a uma unidade de urgência como única possibilidade
assistencial, de forma a garantir seu encaminhamento, seja para
de acesso, é atendido por profissionais que, muitas vezes,
unidades não hospitalares, pronto socorros, ambulatórios de
possuem vínculo temporário com sistema, não conhecem a
especialidades ou unidades de apoio diagnóstico e terapêutico.
rede loco regional e suas características funcionais e,
Além disso, devem ser adotados mecanismos para a garantia de
freqüentemente, prescrevem medicamentos não disponíveis
transporte para os casos mais graves, que não possam se
na rede SUS e de alto custo . Assim, o paciente não usa a
deslocar por conta própria, através do serviço de atendimento pré-
nova medicação que lhe foi prescrita porque não pode adquiri-
hospitalar móvel, onde ele existir, ou outra forma de transporte que
la e, tão pouco, usa a medicação anteriormente prescrita e
venha a ser pactuada.
disponível na unidade de saúde, pois não acredita que esta
seja suficiente para controlar sua pressão. Esta situação
2 - UNIDADES NÃO-HOSPITALARES DE ATENDIMENTO ÀS
problema é apenas ilustrativa de uma grande gama de
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
situações semelhantes, que acontecem diariamente, não
apenas com hipertensos, mas com diabéticos, pacientes
Estas unidades, que devem funcionar nas 24 horas do dia,
portadores de dor aguda e/ou crônica, cardiopatas, portadores
devem estar habilitadas a prestar assistência correspondente ao
de doença pulmonar obstrutiva crônica, mulheres em
primeiro nível de assistência da média complexidade (M1). Pelas
acompanhamento ginecológico e/ou obstétrico, crianças em
suas características e importância assistencial, os gestores devem
programa de puericultura e etc.
desenvolver esforços no sentido de que cada município sede de
1.2 - Capacitação de Recursos Humanos
módulo assistencial disponha de, pelo menos uma, destas
É de conhecimento geral que os aparelhos formadores
Unidades, garantindo, assim, assistência às urgências com
oferecem insuficiente formação para o enfrentamento das

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


observação até 24 horas para sua própria população ou para um ser adequada a seguinte relação entre cobertura populacional
agrupamento de municípios para os quais seja referência. /número de atendimentos em 24 horas / número de profissionais
2.1 - Atribuições médicos por plantão / número de leitos de observação / percentual
Estas Unidades, integrantes do Sistema Estadual de de pacientes em observação e percentual de encaminhamentos
Urgências e Emergências e de sua respectiva rede assistencial, para internação:
devem estar aptas a prestar atendimento resolutivo aos pacientes
acometidos por quadros agudos ou crônicos agudizados. PORTE População da região Número de Número de
São estruturas de complexidade intermediária entre as de cobertura atendimentos médicos por
unidades básicas de saúde e unidades de saúde da família e as médicos em 24 horas plantão
Unidades Hospitalares de Atendimento às Urgências e I 50.000 a 75.000 100 pacientes 1 pediatra
Emergências, com importante potencial de complacência da habitantes 1 clínico
enorme demanda que hoje se dirige aos pronto socorros, além do II 75.000 a 150.000 300 pacientes 2 pediatras
papel ordenador dos fluxos da urgência. Assim, têm como habitantes 2 clínicos
principais missões: III 150.000 a 250.000 450 pacientes 3 pediatras
Atender aos usuários do SUS portadores de quadro habitantes 3 clínicos
clínico agudo de qualquer natureza, dentro dos limites estruturais
da unidade e, em especial, os casos de baixa complexidade, à Estes números e mesmo a composição das equipes
noite e nos finais de semana, quando a rede básica e o Programa poderão variar, de forma complementar, de acordo com a
de Saúde da Família não estão ativos; realidade loco-regional, tomando-se em conta inclusive a
Descentralizar o atendimento de pacientes com quadros sazonalidade apresentada por alguns tipos de afecções, como
agudos de média complexidade; por exemplo, o aumento de demanda de doenças respiratórias
Dar retaguarda às unidades básicas de saúde e de saúde verificado na clínica pediátrica e na clínica de adultos / idosos
da família; durante o inverno ou o aumento no número de acidentes em
Diminuir a sobrecarga dos hospitais de maior estradas nos períodos de férias escolares. Da mesma forma,
complexidade que hoje atendem esta demanda; nas regiões onde a morbi-mortalidade por causas externas
Ser entreposto de estabilização do paciente crítico para o como violências, traumas e/ou acidentes de trânsito seja
serviço de atendimento pré-hospitalar móvel. estatisticamente marcante, estando os óbitos por estas causas
Desenvolver ações de saúde através do trabalho de entre as primeiras causas de mortalidade, as equipes poderão
equipe interdisciplinar, sempre que necessário, com o objetivo de ser acrescidas de médicos cirurgiões gerais e ortopedistas, a
acolher, intervir em sua condição clínica e referenciar para a rede critério dos gestores loco-regionais.
básica de saúde, para a rede especializada ou para internação Na Unidade tipo I, por se tratar de serviço com equipe
hospitalar, proporcionando uma continuidade do tratamento com reduzida, deverá haver sempre um profissional médico
impacto positivo no quadro de saúde individual e coletivo da adicional de sobreaviso, que possa ser acionado para
população usuária (beneficiando os pacientes agudos e não- acompanhamento de pacientes críticos ou com instabilidade
agudos e favorecendo, pela continuidade do acompanhamento, cardiorespiratória, quando estes necessitem ser removidos e
principalmente os pacientes com quadros crônico-degenerativos, não haja serviço pré-hospitalar móvel estruturado.
com a prevenção de suas agudizações freqüentes); 2.3 - Recursos Humanos
Articular-se com unidades hospitalares, unidades de As Unidades Não-Hospitalares de Atendimento às
apoio diagnóstico e terapêutico, e com outras instituições e Urgências e Emergências deverão contar, obrigatoriamente, com
serviços de saúde do sistema loco regional, construindo fluxos os seguintes profissionais: coordenador ou gerente, médico clínico
coerentes e efetivos de referência e contra-referência; geral, médico pediatra, enfermeiro, técnico/auxiliar de
Ser observatório do sistema e da saúde da população, enfermagem, técnico de radiologia, auxiliar de serviços gerais,
subsidiando a elaboração de estudos epidemiológicos e a auxiliar administrativo e, quando houver laboratório na unidade,
construção de indicadores de saúde e de serviço que contribuam também deverão contar com bioquímico, técnico de laboratório e
para a avaliação e planejamento da atenção integral às urgências, auxiliar de laboratório.
bem como de todo o sistema de saúde. Outros profissionais poderão compor a equipe, de
2.2 - Dimensionamento e Organização Assistencial acordo com a definição do gestor local ou gestores loco-
Estas Unidades devem contar, no mínimo, com equipe regionais, como: assistente social, odontólogo, cirurgião geral,
de saúde composta por médico e enfermeiro nas 24 horas ortopedista, ginecologista, motorista, segurança e outros.
para atendimento contínuo de clínica médica e clínica 2.3.1 - Habilitação dos Profissionais
pediátrica. Considerando-se que as urgências não se constituem em
Nos casos em que a estrutura loco regional exigir, especialidade médica ou de enfermagem e que nos cursos de
tomando-se em conta as características epidemiológicas, graduação a atenção dada à área ainda é bastante insuficiente,
indicadores de saúde como morbidade e mortalidade, e entende-se que os profissionais que venham a atuar nas Unidades
características da rede assistencial, poderá ser ampliada a equipe, Não-Hospitalares devam ser habilitados pelos Núcleos de
contemplando as áreas de clínica cirúrgica, ortopedia e Educação em Urgências, cuja criação é indicada pelo presente
odontologia de urgência. Regulamento - Capítulo VII.
Estas Unidades devem contar com suporte ininterrupto de 2.4 - Área Física
laboratório de patologia clínica de urgência, radiologia, os A área física deve ser estruturada de acordo com o
equipamentos para a atenção às urgências, os medicamentos tamanho e complexidade da unidade, conforme legenda a seguir:
definidos por esta portaria, leitos de observação de 06 a 24 horas, Opcional: *
além de acesso a transporte adequado e ligação com a rede Desejável: **
hospitalar através da central de regulação médica de urgências e o Obrigatório: ***
serviço de atendimento pré-hospitalar móvel. Nos casos em que São consideradas as seguintes áreas físicas para a
tais centrais ainda não estejam estruturadas, a referência adequada estruturação das Unidades Não Hospitalares de
hospitalar bem como a retaguarda de ambulâncias de suporte Atendimento de Urgência:
básico, avançado e de transporte deverão ser garantidos mediante 2.4.1 - Bloco de Pronto Atendimento:
pactuação prévia, de caráter municipal ou regional. Sala de recepção e espera (com sanitários para usuários)
A observação de unidades 24 horas não hospitalares de ***
atendimento às urgências em várias localidades do país mostrou Sala de arquivo de prontuário médico ***

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Sala de triagem classificatória de risco *** prioridade para o atendimento. A esta triagem classificatória é
Consultórios médicos *** vedada a dispensa de pacientes antes que estes recebam
Consultório odontológico * atendimento médico. Após a triagem, os pacientes são
Sala para Assistente Social * encaminhados aos consultórios médicos. Uma vez realizado o
Sala para Atendimento Psicológico * atendimento, o paciente deve ter sua referência garantida
2.4.2 - Bloco de Apoio Diagnóstico mediante encaminhamento realizado através das centrais de
Sala para radiologia *** (no local, exceto quando houver regulação ou, quando estas não existirem, através de fluxos
hierarquia entre as unidades 24 horas não hospitalares de previamente pactuados.
atendimento de urgência de diferentes portes em uma O bloco de urgência deve ter uma outra entrada, com
determinada localidade e desde que haja garantia de acesso e acesso coberto para ambulâncias, portas amplas para a entrada
transporte, dentro de intervalo de tempo tecnicamente aceitável, de pacientes em macas e fluxo ágil até a sala de emergência. Esta
de acordo com parâmetros construídos pelas equipes loco- deve comportar o atendimento de dois ou mais casos
regionais). simultaneamente, dependendo do porte da unidade. As macas
devem apresentar rodas e grades e devem estar distribuídas de
Laboratório de Patologia Clínica *** (no local ou com
forma a garantir a livre circulação da equipe ao seu redor. Esta
acesso garantido aos exames, dentro de um intervalo de tempo
sala deve ser equipada com materiais e equipamentos
tecnicamente aceitável, de acordo com parâmetros construídos
necessários para atendimento de urgência clínica e/ou cirúrgica de
pelas equipes loco-regionais).
adultos e crianças. Os medicamentos utilizados na primeira
Sala de coleta * (quando o laboratório for acessível, isto
abordagem do paciente grave também devem estar disponíveis na
é, fora da unidade).
própria sala. A entrada de um paciente na sala de urgência poderá
2.4.3 - Bloco de Procedimentos:
ser anunciada por aviso sonoro ou comunicação verbal. Em
Sala para suturas *** qualquer uma das situações, um médico, um enfermeiro e
Sala de curativos contaminados *** auxiliares de enfermagem devem dirigir-se imediatamente para a
Sala para inaloterapia / medicação *** sala. O acesso da sala de urgência aos leitos de observação deve
Sala de gesso * ser fácil e estas áreas devem ser, de preferência, contíguas.
Sala de Pequena Cirurgia * É aconselhável que os blocos de apoio diagnóstico e de
2.4.4 - Bloco de Urgência / Observação: procedimentos tenham situação intermediária entre os blocos de
Sala de reanimação e estabilização / Sala de urgência *** pronto atendimento e de atendimento de urgência, com acesso
Salas de observação masculina, feminina e pediátrica fácil e ao mesmo tempo independente para cada um deles.
(com posto de enfermagem, sanitários e chuveiros) *** Quanto aos blocos de apoio logístico e administração,
Sala de isolamento (com ante-sala, sanitário e chuveiro devem estar situados de forma a não obstruir o fluxo entre os
exclusivos) ** demais blocos já mencionados.
2.4.5 - Bloco de Apoio Logístico As salas e áreas de assistência devem obedecer às
Farmácia (exclusiva para dispensação interna) *** Normas e Padrões de Construções e Instalações de Serviços de
Almoxarifado *** Saúde.
Expurgo/Lavagem de material *** 2.5 - Materiais e Equipamentos
Central de material esterilizado *** Alguns materiais e equipamentos devem,
Rouparia *** necessariamente, fazer parte do arsenal de qualquer unidade 24
Necrotério *** horas como:
Estetoscópio adulto/infantil, esfigmomanômetro
2.4.6 - Bloco de Apoio Administrativo
adulto/infantil, otoscópio com espéculos adulto/infantil,
Salas de Gerência e Administração ***
oftalmoscópio, espelho laríngeo, bolsa autoinflável (ambú)
Sala de reunião * adulto/infantil, desfibrilador com marca-passo externo, monitor
Sala de descanso para funcionários (com sanitários e cardíaco, oxímetro de pulso, eletrocardiógrafo, glicosímetro,
chuveiros) *** aspirador de secreção, bomba de infusão com bateria e equipo
Vestiários para funcionários *** universal, cilindro de oxigênio portátil e rede canalizada de gases
Copa/Refeitório *** ou torpedo de O² (de acordo com o porte da unidade), maca com
Depósito de Material de Limpeza *** rodas e grades, respirador mecânico adulto/infantil, foco cirúrgico
Área para limpeza geral *** portátil, foco cirúrgico com bateria, negatoscópios nos consultórios,
Local de acondicionamento de lixo *** serra de gesso, máscaras laríngeas e cânulas endotraqueais de
Estacionamento (ambulâncias, pacientes e funcionários) vários tamanhos, cateteres de aspiração, adaptadores para
** cânulas, cateteres nasais, sondas para aspiração traqueal de
2.4.7 - Caracterização da área física em relação aos fluxos vários tamanhos, luvas de procedimentos, máscara para
internos e organização do processo de trabalho: ressuscitador adulto/infantil, ressuscitadores infantil e adulto com
A área física acima descrita foi dividida em blocos porque é reservatório, cadarços para fixação de cânula, laringoscópio
aconselhável, do ponto de vista funcional, que estas áreas estejam infantil/adulto com conjunto de lâminas, cânulas oro-faríngeas
mais ou menos contíguas, dando o máximo de racionalidade adulto/infantil, jogos de pinças de retirada de corpos estranhos de
possível ao fluxo dentro da unidade. nariz, ouvido e garganta, fios cirúrgicos, fios-guia para intubação,
Assim, o bloco de pronto atendimento deve apresentar pinça de Magyll, bisturi (cabo e lâmina), material para
uma entrada para pacientes que vem por busca espontânea, cricotiroidostomia, drenos para tórax, pacotes de gaze estéril,
deambulando, que dá acesso direto à recepção e sua respectiva pacote de compressa estéril, esparadrapo, material para punção
sala de espera. Neste mesmo bloco, deve ser estruturado o de vários tamanhos incluindo agulhas metálicas e plásticas,
acolhimento dos pacientes, que pode ser feito pela própria agulhas especiais para punção óssea, garrote, equipos de macro e
recepção ou por funcionários designados e treinados para este microgotas, cateteres específicos para dissecção de veias,
fim, dependendo do volume da demanda. A seguir deve ser tamanho adulto/infantil, tesoura, seringas de vários tamanhos,
realizada a triagem classificatória de risco. O processo de triagem torneiras de 3 vias, frascos de solução salina, caixa completa de
classificatória deve ser realizado por profissional de saúde, de pequena cirurgia, frascos de drenagem de tórax, extensões para
nível superior, mediante treinamento específico e utilização de drenos torácicos, sondas vesicais, coletores de urina, espátulas de
protocolos pré-estabelecidos e tem por objetivo avaliar o grau de madeira, sondas nasogástricas, eletrodos descartáveis,
urgência das queixas dos pacientes, colocando-os em ordem de equipamentos de proteção individual para equipe de atendimento,

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


cobertor para conservação do calor do corpo, travesseiros e quando a solicitação partir de um serviço de saúde, no qual o
lençóis, pacote de roupas para pequena cirurgia, conjunto de paciente já tenha recebido o primeiro atendimento necessário à
colares cervicais (tamanho P, M e G), prancha longa para estabilização do quadro de urgência apresentado, mas necessite
imobilização da vítima em caso de trauma, prancha curta para ser conduzido a outro serviço de maior complexidade para a
massagem cardíaca, gerador de energia elétrica compatível com o continuidade do tratamento.
consumo da unidade, sistema de telefonia e de comunicação. O Serviço de atendimento pré-hospitalar móvel deve ser
2.6 - Medicamentos entendido como uma atribuição da área da saúde, sendo vinculado
Abaixo a lista de medicamentos que devem estar a uma Central de Regulação, com equipe e frota de veículos
disponíveis na unidade de urgência, contemplando medicamentos compatíveis com as necessidades de saúde da população de um
usados na primeira abordagem dos pacientes graves e também município ou uma região, podendo, portanto, extrapolar os limites
sintomáticos, antibióticos e anticonvulsivantes, uma vez que municipais. Esta região de cobertura deve ser previamente
alguns pacientes poderão permanecer nestas unidades por um definida, considerando-se aspectos demográficos, populacionais,
período de até 24 horas ou, excepcionalmente, por mais tempo se territoriais, indicadores de saúde, oferta de serviços e fluxos
houver dificuldade para internação hospitalar: habitualmente utilizados pela clientela. O serviço deve contar com
Adrenalina, Água destilada, Aminofilina, Amiodarona, a retaguarda da rede de serviços de saúde, devidamente
Amitriptilina, Ampicilina, Atropina, Bicarbonato de sódio, regulada, disponibilizada conforme critérios de hierarquização e
Biperideno, Brometo de Ipratrópio, Bupivacaína, Captopril, regionalização formalmente pactuados entre os gestores do
Carbamazepina, Carvão ativado, Cefalexina, Cefalotina, sistema loco-regional.
Cetoprofeno, Clister Glicerinado, Clordiazepóxido, Cloridrato de Para um adequado atendimento pré-hospitalar móvel o
Clonidina, Cloridrato de Hidralazina, Cloreto de potássio, Cloreto mesmo deve estar vinculado a uma Central de Regulação de
de sódio, Clorpromazina, Clorafenicol, Codeína, Complexo B Urgências e Emergências. A central deve ser de fácil acesso
injetável, Deslanosídeo, Dexametasona, Diazepam, Diclofenaco ao público, por via telefônica, em sistema gratuito (192 como
de sódio, Digoxina, Dipirona, Enalapril, Escopolamina (hioscina), número nacional de urgências médicas ou outro número
Fenitoína, Fenobarbital, Fenoterol Bromidrato, Flumazenil, exclusivo da saúde, se o 192 não for tecnicamente possível),
Furosemida, Gentamicina, Glicose isotônica, Glicose hipertônica, onde o médico regulador, após julgar cada caso, define a
Gluconato de Cálcio, Haloperidol, Hidrocortisona, Insulina, resposta mais adequada, seja um conselho médico, o envio de
Isossorbida, Lidocaína, Manitol, Meperidina, Metildopa, uma equipe de atendimento ao local da ocorrência ou ainda o
Metilergometrina, Metilprednisolona, Metoclopramida, Metropolol, acionamento de múltiplos meios. O número de acesso da
Midazolan, Nifedipina, Nistatina, Nitroprussiato de sódio, Óleo saúde para socorros de urgência deve ser amplamente
mineral, Omeprazol, Oxacilina, Paracetamol, Penicilina, divulgado junto à comunidade. Todos os pedidos de socorro
Prometazina, Propranolol, Ranitidina, Ringer Lactato, Sais para médico que derem entrada por meio de outras centrais, como
reidratação oral, Salbutamol, Soro glico-fisiologico, Soro a da polícia militar (190), do corpo de bombeiros (193) e
Fisiológico, Soro Glicosado, Sulfadiazina prata, Sulfametoxazol + quaisquer outras existentes, devem ser, imediatamente
trimetoprim, Sulfato de magnésio, Tiamina (Vit. B1), Tramadol, retransmitidos à Central de Regulação por intermédio do
Tobramicina Colírio, Verapamil, Vitamina K. sistema de comunicação, para que possam ser
2.7 - Estruturação da Grade de Referência adequadamente regulados e atendidos.
As Unidades Não-Hospitalares de Atendimento às O atendimento no local é monitorado via rádio pelo
Urgências e Emergências devem possuir retaguarda de maior médico regulador que orienta a equipe de intervenção quanto
complexidade previamente pactuada, com fluxo e mecanismos de aos procedimentos necessários à condução do caso. Deve
transferência claros, mediados pela Central de Regulação, a fim existir uma rede de comunicação entre a Central, as
de garantir o encaminhamento dos casos que extrapolem sua ambulâncias e todos os serviços que recebem os pacientes.
complexidade. Os serviços de segurança e salvamento, sempre que
Além disso, devem garantir transporte para os casos mais houver demanda de atendimento de eventos com vítimas ou
graves, através do serviço de atendimento pré-hospitalar móvel, doentes, devem orientar-se pela decisão do médico regulador
onde ele existir, ou outra forma de transporte que venha a ser de urgências. Podem ser estabelecidos protocolos de
pactuada. despacho imediato de seus recursos de atenção às urgências
Também devem estar pactuados os fluxos para elucidação em situações excepcionais, mas, em nenhum caso, estes
diagnóstica e avaliação especializada, além de se dar ênfase despachos podem ser feitos sem comunicação simultânea
especial ao re-direcionamento dos pacientes para a rede básica e com o regulador e transferência do chamado de socorro para
Programa de Saúde da Família, para o adequado seguimento de exercício da regulação médica.
suas patologias de base e condições de saúde, garantindo acesso 1 - Equipe Profissional
não apenas a ações curativas, mas a todas as atividades Os serviços de atendimento pré-hospitalar móvel devem
promocionais que devem ser implementadas neste nível de contar com equipe de profissionais oriundos da área da saúde e
assistência. não oriundos da área da saúde. Considerando-se que as
urgências não se constituem em especialidade médica ou de
CAPÍTULO IV enfermagem e que nos cursos de graduação a atenção dada à
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR área ainda é bastante insuficiente, entende-se que os profissionais
que venham a atuar nos Serviços de Atendimento Pré-hospitalar
MÓVEL Móvel (oriundos e não oriundos da área de saúde) devam ser
habilitados pelos Núcleos de Educação em Urgências, cuja criação
Considera-se como nível pré-hospitalar móvel na área de é indicada pelo presente Regulamento e cumpram o conteúdo
urgência, o atendimento que procura chegar precocemente à curricular mínimo nele proposto - Capítulo VII.
vítima, após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza 1.1 – Equipe de Profissionais Oriundos da Saúde
clínica, cirúrgica, traumática, inclusive as psiquiátricas), que possa A equipe de profissionais oriundos da área da saúde
levar a sofrimento, sequëlas ou mesmo à morte, sendo necessário, deve ser composta por:
portanto, prestar-lhe atendimento e/ou transporte adequado a um - Coordenador do Serviço: profissional oriundo da área da
serviço de saúde devidamente hierarquizado e integrado ao saúde, com experiência e conhecimento comprovados na
Sistema Único de Saúde. Podemos chamá-lo de atendimento pré- atividade de atendimento pré-hospitalar às urgências e de
hospitalar móvel primário quando o pedido de socorro for oriundo gerenciamento de serviços e sistemas;
de um cidadão ou de atendimento pré-hospitalar móvel secundário - Responsável Técnico: Médico responsável pelas

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atividades médicas do serviço; hospitalar; garantir a continuidade da atenção médica ao paciente
- Responsável de Enfermagem: Enfermeiro responsável grave, até a sua recepção por outro médico nos serviços de
pelas atividades de enfermagem ; urgência; obedecer ao código de ética médica.
- Médicos Reguladores: médicos que, com base nas
informações colhidas dos usuários, quando estes acionam a 1.1.1.2 - Enfermeiro: Profissional de nível superior titular do
central de regulação, são os responsáveis pelo gerenciamento, diploma de Enfermeiro, devidamente registrado no Conselho
definição e operacionalização dos meios disponíveis e necessários Regional de Enfermagem de sua jurisdição, habilitado para ações
para responder a tais solicitações, utilizando-se de protocolos de enfermagem no Atendimento Pré-Hospitalar Móvel, conforme
técnicos e da faculdade de arbitrar sobre os equipamentos de os termos deste Regulamento, devendo além das ações
saúde do sistema necessários ao adequado atendimento do assistenciais, prestar serviços administrativos e operacionais em
paciente; sistemas de atendimento pré-hospitalar.
- Médicos Intervencionistas: médicos responsáveis pelo Requisitos Gerais: disposição pessoal para a atividade;
atendimento necessário para a reanimação e estabilização do equilíbrio emocional e autocontrole; capacidade física e mental
paciente, no local do evento e durante o transporte; para a atividade; disposição para cumprir ações orientadas;
- Enfermeiros Assistenciais: enfermeiros responsáveis pelo experiência profissional prévia em serviço de saúde voltado ao
atendimento de enfermagem necessário para a reanimação e atendimento de urgências e emergências; iniciativa e facilidade de
estabilização do paciente, no local do evento e durante o comunicação; condicionamento físico para trabalhar em unidades
transporte; móveis; capacidade de trabalhar em equipe; disponibilidade para a
- Auxiliares e Técnicos de Enfermagem: atuação sob capacitação discriminada no Capítulo VII, bem como para a re-
supervisão imediata do profissional enfermeiro; certificação periódica.
OBS: As responsabilidades técnicas poderão ser Competências/Atribuições: supervisionar e avaliar as
assumidas por profissionais da equipe de intervenção, ações de enfermagem da equipe no Atendimento Pré-Hospitalar
sempre que a demanda ou o porte do serviço assim o Móvel; executar prescrições médicas por telemedicina; prestar
permitirem. cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica a
Além desta equipe de saúde, em situações de atendimento pacientes graves e com risco de vida, que exijam conhecimentos
às urgências relacionadas às causas externas ou de pacientes em científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas;
locais de difícil acesso, deverá haver uma ação pactuada, prestar a assistência de enfermagem à gestante, a parturiente e ao
complementar e integrada de outros profissionais não oriundos da recém nato; realizar partos sem distócia; participar nos programas
saúde – bombeiros militares, policiais militares e rodoviários e de treinamento e aprimoramento de pessoal de saúde em
outros, formalmente reconhecidos pelo gestor público para o urgências, particularmente nos programas de educação
desempenho das ações de segurança, socorro público e continuada; fazer controle de qualidade do serviço nos aspectos
salvamento, tais como: sinalização do local, estabilização de inerentes à sua profissão; subsidiar os responsáveis pelo
veículos acidentados, reconhecimento e gerenciamento de riscos desenvolvimento de recursos humanos para as necessidades de
potenciais (incêndio, materiais energizados, produtos perigosos) educação continuada da equipe; obedecer a Lei do Exercício
obtenção de acesso ao paciente e suporte básico de vida. Profissional e o Código de Ética de Enfermagem; conhecer
1.1.1 - Perfil dos Profissionais Oriundos da Área da Saúde equipamentos e realizar manobras de extração manual de vítimas.
e respectivas Competências/Atribuições: 1.1.1.3 - Técnico de Enfermagem: Profissional com Ensino
1.1.1.1 - Médico: Profissional de nível superior titular de Médio completo e curso regular de Técnico de Enfermagem, titular
Diploma de Médico, devidamente registrado no Conselho Regional do certificado ou diploma de Técnico de Enfermagem,
de Medicina de sua jurisdição, habilitado ao exercício da medicina devidamente registrado no Conselho Regional de Enfermagem de
pré-hospitalar, atuando nas áreas de regulação médica, suporte sua jurisdição. Exerce atividades auxiliares, de nível técnico,
avançado de vida, em todos os cenários de atuação do pré- sendo habilitado para o atendimento Pré-Hospitalar Móvel,
hospitalar e nas ambulâncias, assim como na gerência do sistema, integrando sua equipe, conforme os termos deste Regulamento.
habilitado conforme os termos deste Regulamento. Além da intervenção conservadora no atendimento do paciente, é
Requisitos Gerais: equilíbrio emocional e autocontrole; habilitado a realizar procedimentos a ele delegados, sob
disposição para cumprir ações orientadas; capacidade física e supervisão do profissional Enfermeiro, dentro do âmbito de sua
mental para a atividade; iniciativa e facilidade de comunicação; qualificação profissional.
destreza manual e física para trabalhar em unidades móveis; Requisitos Gerais: maior de dezoito anos; disposição
capacidade de trabalhar em equipe; disponibilidade para a pessoal para a atividade; capacidade física e mental para a
capacitação discriminada no Capítulo VII, bem como para a re- atividade; equilíbrio emocional e autocontrole; disposição para
certificação periódica. cumprir ações orientadas; disponibilidade para re-certificação
Competências/Atribuições: exercer a regulação médica do periódica; experiência profissional prévia em serviço de saúde
sistema; conhecer a rede de serviços da região; manter uma visão voltado ao atendimento de urgências e emergências; capacidade
global e permanentemente atualizada dos meios disponíveis para de trabalhar em equipe; disponibilidade para a capacitação
o atendimento pré-hospitalar e das portas de urgência, checando discriminada no Capítulo VII, bem como para a re-certificação
periodicamente sua capacidade operacional; recepção dos periódica.
chamados de auxílio, análise da demanda, classificação em Competências/Atribuições: assistir ao enfermeiro no
prioridades de atendimento, seleção de meios para atendimento planejamento, programação, orientação e supervisão das
(melhor resposta), acompanhamento do atendimento local, atividades de assistência de enfermagem; prestar cuidados diretos
determinação do local de destino do paciente, orientação de enfermagem a pacientes em estado grave, sob supervisão
telefônica; manter contato diário com os serviços médicos de direta ou à distância do profissional enfermeiro; participar de
emergência integrados ao sistema; prestar assistência direta aos programas de treinamento e aprimoramento profissional
pacientes nas ambulâncias, quando indicado, realizando os atos especialmente em urgências/emergências; realizar manobras de
médicos possíveis e necessários ao nível pré-hospitalar; exercer o extração manual de vítimas.
controle operacional da equipe assistencial; fazer controle de 1.1.1.4 - Auxiliar de Enfermagem: Profissional com Ensino
qualidade do serviço nos aspectos inerentes à sua profissão; Médio completo e curso regular de Auxiliar de enfermagem e curso
avaliar o desempenho da equipe e subsidiar os responsáveis pelo de especialização de nível médio em urgências, titular do
programa de educação continuada do serviço; obedecer às certificado de Auxiliar de Enfermagem com especialização em
normas técnicas vigentes no serviço; preencher os documentos urgências, devidamente registrado no Conselho Regional de
inerentes à atividade do médico regulador e de assistência pré- Enfermagem de sua jurisdição. Exerce atividades auxiliares

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básicas, de nível médio, habilitado a realizar procedimentos a ele 1.2.3 - Condutor de Veículos de Urgência:
delegados, sob supervisão do profissional Enfermeiro, dentro do 1.2.3.1 - Veículos Terrestres: Profissional de nível básico,
âmbito de sua qualificação profissional e conforme os termos habilitado a conduzir veículos de urgência padronizados pelo
desta Portaria. código sanitário e pelo presente Regulamento como veículos
Requisitos Gerais: maior de dezoito anos; disposição terrestres, obedecendo aos padrões de capacitação e atuação
pessoal para a atividade; capacidade física e mental para a previstos neste Regulamento.
atividade; equilíbrio emocional e autocontrole; disposição para Requisitos Gerais: maior de vinte e um anos; disposição
cumprir ações orientadas; disponibilidade para re-certificação pessoal para a atividade; equilíbrio emocional e autocontrole;
periódica; experiência profissional prévia em serviço de saúde disposição para cumprir ações orientadas; habilitação profissional
voltado ao atendimento de urgências e emergências; capacidade como motorista de veículos de transporte de pacientes, de acordo
de trabalhar em equipe; disponibilidade para a capacitação com a legislação em vigor (Código Nacional de Trânsito);
discriminada no Capítulo VII, bem como para a re-certificação capacidade de trabalhar em equipe; disponibilidade para a
periódica. capacitação discriminada no Capítulo VII, bem como para a re-
Competências/Atribuições: auxiliar o enfermeiro na certificação periódica.
assistência de enfermagem; prestar cuidados de enfermagem a Competências/Atribuições: conduzir veículo terrestre de
pacientes sob supervisão direta ou à distância do profissional urgência destinado ao atendimento e transporte de pacientes;
enfermeiro; observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, conhecer integralmente o veículo e realizar manutenção básica do
ao nível de sua qualificação; ministrar medicamentos por via oral e mesmo; estabelecer contato radiofônico (ou telefônico) com a
parenteral mediante prescrição do médico regulador por central de regulação médica e seguir suas orientações; conhecer a
telemedicina; fazer curativos; prestar cuidados de conforto ao malha viária local; conhecer a localização de todos os
paciente e zelar por sua segurança; realizar manobras de extração estabelecimentos de saúde integrados ao sistema assistencial
manual de vítimas. local, auxiliar a equipe de saúde nos gestos básicos de suporte à
1.2 – Equipe de Profissionais Não Oriundos da Saúde, vida; auxiliar a equipe nas imobilizações e transporte de vítimas;
Perfis e Respectivas Competências/Atribuições: realizar medidas reanimação cardiorespiratória básica; identificar
A equipe de profissionais não oriundos da área da todos os tipos de materiais existentes nos veículos de socorro e
saúde deve ser composta por, com os seguintes perfis e sua utilidade, a fim de auxiliar a equipe de saúde.
competências/atribuições: 1.2.3.2 - Veículos Aéreos: Profissional habilitado à
1.2.1 - Telefonista – Auxiliar de Regulação: Profissional de operação de aeronaves, segundo as normas e regulamentos
nível básico, habilitado a prestar atendimento telefônico às vigentes do Comando da Aeronáutica/Código Brasileiro de
solicitações de auxílio provenientes da população, nas centrais de Aeronáutica/Departamento de Aviação Civil, para atuação em
regulação médica, devendo anotar dados básicos sobre o ações de atendimento pré-hospitalar móvel e transporte inter-
chamado (localização, identificação do solicitante, natureza da hospitalar sob a orientação do médico da aeronave, respeitando
ocorrência) e prestar informações gerais. Sua atuação é as prerrogativas legais de segurança de vôo, obedecendo aos
supervisionada diretamente e permanentemente pelo médico padrões de capacitação e atuação previstos neste Regulamento.
regulador. Sua capacitação e atuação seguem os padrões Requisitos Gerais: de acordo com a legislação vigente no
previstos neste Regulamento. país (Lei nº 7.183, de 5 de abril de 1984; Lei nº 7.565, de 19 de
Requisitos Gerais: maior de dezoito anos; disposição dezembro de 1986; e Portaria nº 3.016, de 5 de fevereiro de 1988
pessoal para a atividade; equilíbrio emocional e autocontrole; – do Comando da Aeronáutica), além de disposição pessoal para
disposição para cumprir ações orientadas; capacidade de manter a atividade, equilíbrio emocional e autocontrole, disposição para
sigilo profissional; capacidade de trabalhar em equipe; cumprir ações orientadas, capacidade de trabalhar em equipe e
disponibilidade para a capacitação discriminada no Capítulo VII, disponibilidade para a capacitação discriminada no Capítulo VII,
bem como para a re-certificação periódica. bem como para a re-certificação periódica.
Competências/Atribuições: atender solicitações telefônicas Competências/Atribuições: cumprir as normas e rotinas
da população; anotar informações colhidas do solicitante, segundo operacionais vigentes no serviço a que está vinculado, bem como
questionário próprio; prestar informações gerais ao solicitante; a legislação específica em vigor; conduzir veículo aéreo destinado
estabelecer contato radiofônico com ambulâncias e/ou veículos de ao atendimento de urgência e transporte de pacientes; acatar as
atendimento pré-hospitalar; estabelecer contato com hospitais e orientações do médico da aeronave; estabelecer contato
serviços de saúde de referência a fim de colher dados e trocar radiofônico (ou telefônico) com a central de regulação médica e
informações; anotar dados e preencher planilhas e formulários seguir suas orientações; conhecer a localização dos
específicos do serviço; obedecer aos protocolos de serviço; estabelecimentos de saúde integrados ao sistema assistencial que
atender às determinações do médico regulador. podem receber aeronaves; auxiliar a equipe de saúde nos gestos
1.2.2 - Rádio-Operador: Profissional de nível básico básicos de suporte à vida; auxiliar a equipe nas imobilizações e
habilitado a operar sistemas de radiocomunicação e realizar o transporte de vítimas; realizar medidas reanimação
controle operacional de uma frota de veículos de emergência, cardiorespiratória básica; identificar todos os tipos de materiais
obedecendo aos padrões de capacitação previstos neste existentes nas aeronaves de socorro e sua utilidade, a fim de
Regulamento. auxiliar a equipe de saúde.
Requisitos Gerais: maior de dezoito anos; disposição 1.2.3.3– Veículos Aquáticos: Profissional habilitado à
pessoal para a atividade; equilíbrio emocional e autocontrole; operação de embarcações, segundo as normas e regulamentos
disposição para cumprir ações orientadas; disponibilidade para re- vigentes no país, para atuação em ações de atendimento pré-
certificação periódica; capacidade de trabalhar em equipe; hospitalar móvel e transporte inter-hospitalar sob a orientação do
disponibilidade para a capacitação discriminada no Capítulo VII, médico da embarcação, respeitando as prerrogativas legais de
bem como para a re-certificação periódica. segurança de navegação.
Competências/Atribuições: operar o sistema de Requisitos Gerais: Os já determinados pela legislação
radiocomunicação e telefonia nas Centrais de Regulação; exercer específica para condutores de embarcações, além de disposição
o controle operacional da frota de veículos do sistema de pessoal para a atividade, equilíbrio emocional e autocontrole,
atendimento pré-hospitalar móvel; manter a equipe de regulação disposição para cumprir ações orientadas, capacidade de trabalhar
atualizada a respeito da situação operacional de cada veículo da em equipe e disponibilidade para a capacitação discriminada no
frota; conhecer a malha viária e as principais vias de acesso de Capítulo VII, bem como para a re-certificação periódica.
todo o território abrangido pelo serviço de atendimento pré- Competências/Atribuições: cumprir as normas e rotinas
hospitalar móvel. operacionais vigentes no serviço a que está vinculado, bem como

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


a legislação específica em vigor; conduzir veículo aquático 1.2.5 - Bombeiros Militares: Profissionais Bombeiros
destinado ao atendimento de urgência e transporte de pacientes; Militares, com nível médio, reconhecidos pelo gestor público da
acatar as orientações do médico da embarcação; estabelecer saúde para o desempenho destas atividades, em serviços
contato radiofônico (ou telefônico) com a central de regulação normatizados pelo SUS, regulados e orientados pelas Centrais de
médica e seguir suas orientações; auxiliar a equipe de saúde nos Regulação. Atuam na identificação de situações de risco e
gestos básicos de suporte à vida; auxiliar a equipe nas comando das ações de proteção ambiental, da vítima e dos
imobilizações e transporte de vítimas; realizar medidas profissionais envolvidos no seu atendimento, fazem o resgate de
reanimação cardiorespiratória básica; identificar todos os tipos de vítimas de locais ou situações que impossibilitam o acesso da
materiais existentes nas embarcações de socorro e sua utilidade, equipe de saúde. Podem realizar suporte básico de vida, com
a fim de auxiliar a equipe de saúde. ações não invasivas, sob supervisão médica direta ou à distância,
1.2.4 - Profissionais Responsáveis pela Segurança: obedecendo aos padrões de capacitação e atuação previstos
Policiais militares, rodoviários ou outros profissionais, todos com neste Regulamento.
nível médio, reconhecidos pelo gestor público da saúde para o Requisitos Gerais: maior de dezoito anos; disposição
desempenho destas atividades, em serviços normatizados pelo pessoal e capacidade física e mental para a atividade; equilíbrio
SUS, regulados e orientados pelas Centrais Públicas de emocional e autocontrole; disposição para cumprir ações
Regulação Médica das Urgências. Atuam na identificação de orientadas; capacitação específica por meio dos Núcleos de
situações de risco, exercendo a proteção das vítimas e dos Educação em Urgências, conforme conteúdo estabelecido por este
profissionais envolvidos no atendimento. Fazem resgate de vítimas Regulamento; capacidade de trabalhar em equipe; disponibilidade
de locais ou situações que impossibilitam o acesso da equipe de para a capacitação discriminada no Capítulo VII, bem como para a
saúde. Podem realizar suporte básico de vida, com ações não re-certificação periódica.
invasivas, sob supervisão médica direta ou à distância, sempre Competências/Atribuições: comunicar imediatamente a
que a vítima esteja em situação que impossibilite o acesso e existência de ocorrência com potencial de vítimas ou demandas de
manuseio pela equipe de saúde, obedecendo aos padrões de saúde à Central de Regulação Médica de Urgências; avaliar a
capacitação e atuação previstos neste Regulamento; cena do evento, identificando as circunstâncias da ocorrência e
Requisitos Gerais: maior de dezoito anos; disposição reportando-as ao médico regulador ou à equipe de saúde por ele
pessoal e capacidade física e mental para a atividade; equilíbrio designada; identificar e gerenciar situações de risco na cena do
emocional e autocontrole; disposição para cumprir ações acidente, estabelecer a área de operação e orientar a
orientadas; capacitação específica por meio dos Núcleos de movimentação da equipe de saúde; realizar manobras de suporte
Educação em Urgências, conforme conteúdo estabelecido por este básico de vida, sob orientação do médico regulador; obter acesso
Regulamento; capacidade de trabalhar em equipe; disponibilidade e remover a/s vítima/s para local seguro onde possam receber o
para a capacitação discriminada no Capítulo VII, bem como para a atendimento adequado pela equipe de saúde e se solicitado pela
re-certificação periódica. mesma ou designado pelo médico regulador, transportar as
Competências/Atribuições: comunicar imediatamente a vítimas ao serviço de saúde determinado pela regulação médica;
existência da ocorrência à Central de Regulação Médica de estabilizar veículos acidentados; realizar manobras de
Urgências; avaliar a cena do evento, identificando as desencarceramento e extração manual ou com emprego de
circunstâncias da ocorrência e reportando-as ao médico regulador equipamentos especializados de bombeiro; avaliar as condições
ou à equipe de saúde por ele designada; identificar e gerenciar da vítima, identificando e informando ao médico regulador as
situações de risco na cena do acidente, estabelecer a segurança condições de respiração, pulso e consciência, assim como uma
da área de operação e orientar a movimentação da equipe de descrição geral da sua situação e das circunstâncias da
saúde; realizar manobras de suporte básico de vida sob orientação ocorrência, incluindo informações de testemunhas; transmitir, ao
do médico regulador; remover as vítimas para local seguro onde médico regulador a correta descrição da cena da urgência e do
possa receber o atendimento da equipe de saúde; estabilizar paciente; conhecer as técnicas de transporte do paciente
veículos acidentados; realizar manobras de desencarceramento e traumatizado; manter vias aéreas pérveas com manobras
extração manual ou com emprego de equipamentos próprios; manuais e não invasivas, administrar oxigênio e realizar ventilação
avaliar as condições da vítima, observando e comunicando ao artificial; realizar circulação artificial por meio da técnica de
médico regulador as condições de respiração, pulso e consciência; compressão torácica externa; controlar sangramento externo, por
transmitir, via rádio, ao médico regulador, a correta descrição da pressão direta, elevação do membro e ponto de pressão,
vítima e da cena; conhecer as técnicas de transporte do paciente utilizando curativos e bandagens; mobilizar e remover pacientes
traumatizado; manter vias aéreas pérveas com manobras manuais com proteção da coluna vertebral, utilizando colares cervicais,
e não invasivas, administrar oxigênio e realizar ventilação artificial; pranchas e outros equipamentos de imobilização e transporte;
realizar circulação artificial pela técnica de compressão torácica aplicar curativos e bandagens; imobilizar fraturas utilizando os
externa; controlar sangramento externo por pressão direta, equipamentos disponíveis; prestar o primeiro atendimento à
elevação do membro e ponto de pressão, utilizando curativos e intoxicações, de acordo com protocolos acordados ou por
bandagens; mobilizar e remover pacientes com proteção da orientação do médico regulador; dar assistência ao parto normal
coluna vertebral, utilizando pranchas e outros equipamentos de em período expulsivo e realizar manobras básicas ao recém nato e
imobilização e transporte; aplicar curativos e bandagens; parturiente; manter-se em contato com a central de regulação
imobilizar fraturas, utilizando os equipamentos disponíveis em médica repassando os informes iniciais e subseqüentes sobre a
seus veículos; dar assistência ao parto normal em período situação da cena e do(s) paciente(s) para decisão e
expulsivo e realizar manobras básicas ao recém nato e parturiente; monitoramento do atendimento pelo médico regulador; conhecer e
prestar primeiro atendimento à intoxicações, sob orientação do saber operar todos os equipamentos e materiais pertencentes a
médico regulador; conhecer e saber operar todos os equipamentos veículo de atendimento; repassar as informações do atendimento
e materiais pertencentes ao veículo de atendimento; conhecer e à equipe de saúde designada pelo médico regulador para atuar no
usar os equipamentos de bioproteção individual; preencher os local do evento; conhecer e usar equipamentos de bioproteção
formulários e registros obrigatórios do sistema de atenção às individual; preencher os formulários e registros obrigatórios do
urgências e do serviço; manter-se em contato com a Central de sistema de atenção às urgências e do serviço; realizar triagem de
Regulação,repassando os informes sobre a situação da cena e do múltiplas vítimas, quando necessário ou quando solicitado pela
paciente ao médico regulador, para decisão e monitoramento do equipe de saúde; participar dos programas de treinamento e
atendimento pelo mesmo; repassar as informações do educação continuada, conforme os termos deste Regulamento.
atendimento à equipe de saúde designada pelo médico regulador 1.3 - Capacitação Específica dos Profissionais de
para atuar no local do evento. Transporte Aeromédico

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Os profissionais devem ter noções de aeronáutica de TIPO E – Aeronave de Transporte Médico: aeronave de
fisiologia de vôo. Estas noções de aeronáutica e noções básicas asa fixa ou rotativa utilizada para transporte inter-hospitalar de
de fisiologia de vôo devem seguir as determinações da Diretoria pacientes e aeronave de asa rotativa para ações de resgate,
de Saúde da Aeronáutica, e da Divisão de Medicina Aeroespacial, dotada de equipamentos médicos homologados pelo
abrangendo: Departamento de Aviação Civil - DAC.
Noções de aeronáutica: TIPO F – Embarcação de Transporte Médico: veículo
- Terminologia aeronáutica; motorizado aquaviário, destinado ao transporte por via marítima ou
- Procedimentos normais e de emergência em vôo; fluvial. Deve possuir os equipamentos médicos necessários ao
- Evacuação de emergência; atendimento de pacientes conforme sua gravidade.
- Segurança no interior e em torno de aeronaves; 2.2 - VEÍCULOS DE INTERVENÇÃO RÁPIDA
- Embarque e desembarque de pacientes.Noções básicas Este veículos, também chamados de veículos leves,
de fisiologia de vôo: veículos rápidos ou veículos de ligação médica são utilizados para
- Atmosfera; transporte de médicos com equipamentos que possibilitam
- Fisiologia respiratória; oferecer suporte avançado de vida nas ambulâncias do Tipo A, B,
- Estudo clínico da hipóxia; C e F.
- Disbarismos; 2.3 - OUTROS VEÍCULOS:
- Forças acelerativas em vôo e seus efeitos sobre o Veículos habituais adaptados para transporte de pacientes
organismo humano;Aerocinetose; de baixo risco, sentados (ex. pacientes crônicos) que não se
- Ritmo circadiano; caracterizem como veículos tipo lotação (ônibus, peruas, etc.).
- Gases, líquidos e vapores tóxicos em aviação; Este transporte só pode ser realizado com anuência médica.
- Ruídos e vibrações; 3 – DEFINIÇÃO DOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
- Cuidados de saúde com paciente em vôo.A capacitação DAS AMBULÂNCIAS
necessária aos profissionais que atuam no transporte aeromédico As ambulâncias deverão dispor, no mínimo, dos
será a mesma estabelecida no presente Regulamento para os seguintes materiais e equipamentos ou similares com eficácia
profissionais do pré-hospitalar móvel, conforme grade do Capítulo equivalente:
VII, devendo, no entanto, ter a seguinte capacitação adicional: 3.1 - Ambulância de Transporte (Tipo A):
1.3.1 - Piloto de Aeronave de Asa Rotativa: Sinalizador óptico e acústico; equipamento de rádio-
Módulo comum: total 8 horas comunicação em contato permanente com a central reguladora;
Qualificação pessoal: maca com rodas; suporte para soro e oxigênio medicinal.
Atendimento pré-hospitalar; 3.2 - Ambulância de Suporte Básico (Tipo B):
Sistema de saúde local; Sinalizador óptico e acústico; equipamento de rádio-
Rotinas operacionais1.3.2 - Profissional de Segurança e comunicação fixo e móvel; maca articulada e com rodas; suporte
Auxiliar/Técnico de Enfermagem: para soro; instalação de rede de oxigênio com cilindro, válvula,
Rotinas operacionais de transporte aeromédico: manômetro em local de fácil visualização e régua com dupla saída;
- Noções de aeronáutica: 10 horas; oxigênio com régua tripla (a- alimentação do respirador; b-
- Noções básicas de fisiologia de vôo: 12 horas. fluxômetro e umidificador de oxigênio e c - aspirador tipo Venturi);
1.3.3 - Médicos e Enfermeiros: manômetro e fluxômetro com máscara e chicote para oxigenação;
Rotinas operacionais de transporte aeromédico: cilindro de oxigênio portátil com válvula; maleta de urgência
- Noções de aeronáutica: 10 horas; contendo: estetoscópio adulto e infantil, ressuscitador manual
- Noções básicas de fisiologia de vôo: 20 horas. adulto/infantil, cânulas orofaríngeas de tamanhos variados, luvas
2 - DEFINIÇÃO DOS VEÍCULOS DE ATENDIMENTO descartáveis, tesoura reta com ponta romba, esparadrapo,
PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL esfigmomanômetro adulto/infantil, ataduras de 15 cm, compressas
2.1 - AMBULÂNCIAS cirúrgicas estéreis, pacotes de gaze estéril, protetores para
Define-se ambulância como um veículo (terrestre, aéreo ou queimados ou eviscerados, cateteres para oxigenação e aspiração
aquaviário) que se destine exclusivamente ao transporte de de vários tamanhos; maleta de parto contendo: luvas cirúrgicas,
enfermos. clamps umbilicais, estilete estéril para corte do cordão, saco
As dimensões e outras especificações do veículo terrestre plástico para placenta, cobertor, compressas cirúrgicas e gazes
deverão obedecer às normas da ABNT – NBR 14561/2000, de estéreis, braceletes de identificação; suporte para soro; prancha
julho de 2000. curta e longa para imobilização de coluna; talas para imobilização
As Ambulâncias são classificadas em: de membros e conjunto de colares cervicais; colete imobilizador
TIPO A – Ambulância de Transporte: veículo destinado ao dorsal; frascos de soro fisiológico e ringer lactato; bandagens
transporte em decúbito horizontal de pacientes que não triangulares; cobertores; coletes refletivos para a tripulação;
apresentam risco de vida, para remoções simples e de caráter lanterna de mão; óculos, máscaras e aventais de proteção e
eletivo. maletas com medicações a serem definidas em protocolos, pelos
TIPO B – Ambulância de Suporte Básico: veículo destinado serviços.
ao transporte inter-hospitalar de pacientes com risco de vida As ambulâncias de suporte básico que realizam também
conhecido e ao atendimento pré-hospitalar de pacientes com risco ações de salvamento deverão conter o material mínimo para
de vida desconhecido, não classificado com potencial de salvamento terrestre, aquático e em alturas, maleta de ferramentas
necessitar de intervenção médica no local e/ou durante transporte e extintor de pó químico seco de 0,8 Kg, fitas e cones
até o serviço de destino. sinalizadores para isolamento de áreas, devendo contar, ainda
TIPO C - Ambulância de Resgate: veículo de atendimento com compartimento isolado para a sua guarda, garantindo um
de urgências pré-hospitalares de pacientes vítimas de acidentes salão de atendimento às vítimas de, no mínimo, 8 metros cúbicos.
ou pacientes em locais de difícil acesso, com equipamentos de 3.3 – Ambulância de Resgate (Tipo C):
salvamento (terrestre, aquático e em alturas). Sinalizador óptico e acústico; equipamento de rádio-
TIPO D – Ambulância de Suporte Avançado: veículo comunicação fixo e móvel; prancha curta e longa para imobilização
destinado ao atendimento e transporte de pacientes de alto risco de coluna; talas para imobilização de membros e conjunto de
em emergências pré-hospitalares e/ou de transporte inter- colares cervicais; colete imobilizador dorsal; frascos de soro
hospitalar que necessitam de cuidados médicos intensivos. Deve fisiológico; bandagens triangulares; cobertores; coletes refletivos
contar com os equipamentos médicos necessários para esta para a tripulação; lanterna de mão; óculos, máscaras e aventais de
função. proteção; material mínimo para salvamento terrestre, aquático e

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em alturas; maleta de ferramentas e extintor de pó químico seco 3.5 - Aeronave de Transporte Médico (Tipo E):
de 0,8 Kg; fitas e cones sinalizadores para isolamento de áreas. 3.5.1 - Aeronaves de Asas Rotativas (Helicópteros) para
Quando realizarem também o suporte básico de vida, as atendimento pré-hospitalar móvel primário:
ambulâncias de resgate deverão ter uma configuração que garanta - Conjunto aeromédico (homologado pelo Departamento de
um salão de atendimento às vítimas de, no mínimo 8 metros Aviação Civil – DAC): maca ou incubadora; cilindro de ar
cúbicos, além de compartimento isolado para a guarda de comprimido e oxigênio com autonomia de pelo menos 2 horas;
equipamentos de salvamento e deverão estar equipadas com: régua tripla para transporte; suporte para fixação de equipamentos
maca articulada e com rodas; instalação de rede de oxigênio com médicos;
cilindro, válvula, manômetro em local de fácil visualização e régua - Equipamentos médicos fixos: respirador mecânico;
com dupla saída; oxigênio com régua tripla (a - alimentação do monitor cardioversor com bateria; oxímetro portátil; bomba de
respirador; b - fluxômetro e umidificador de oxigênio e c - aspirador infusão; prancha longa para imobilização de coluna;
tipo Venturi); manômetro e fluxômetro com máscara e chicote para - Equipamentos médicos móveis: maleta de vias aéreas
oxigenação; cilindro de oxigênio portátil com válvula; maleta de contendo: conjunto de cânulas orofaríngeas; cânulas
emergência contendo: estetoscópio adulto e infantil; ressuscitador endotraqueais de vários tamanhos; cateteres de aspiração;
manual adulto/infantil, luvas descartáveis; cânulas orofaríngeas de adaptadores para cânulas; cateteres nasais; seringa de 20 ml;
tamanhos variados; tesoura reta com ponta romba; esparadrapo; ressuscitador manual adulto/infantil completo; sondas para
esfigmomanômetro adulto/infantil; ataduras de 15 cm; compressas aspiração traqueal de vários tamanhos; luvas de procedimentos;
cirúrgicas estéreis; pacotes de gaze estéril; protetores para lidocaína geléia e spray; cadarços para fixação de cânula;
queimados ou eviscerados; cateteres para oxigenação e aspiração laringoscópio infantil/adulto com conjunto de lâminas curvas e
de vários tamanhos; maleta de parto contendo: luvas cirúrgicas; retas; estetoscópio; esfigmomanômetro adulto/infantil;; fios; fios-
clamps umbilicais; estilete estéril para corte do cordão; saco guia para intubação; pinça de Magyll; bisturi descartável; cânulas
plástico para placenta; cobertor; compressas cirúrgicas e gazes para traqueostomia; material para cricotiroidostomia; conjunto de
estéreis; braceletes de identificação; drenagem de tórax; maleta de acesso venoso contendo: tala para
3.4 - Ambulância de Suporte Avançado (Tipo D): fixação de braço; luvas estéreis; recipiente de algodão com anti-
Sinalizador óptico e acústico; equipamento de rádio- séptico; pacotes de gaze estéril; esparadrapo; material para
comunicação fixo e móvel; maca com rodas e articulada; dois punção de vários tamanhos, incluindo agulhas metálicas, plásticas
suportes de soro; cadeira de rodas dobrável; instalação de rede e agulhas especiais para punção óssea; garrote; equipos de
portátil de oxigênio como descrito no item anterior (é obrigatório macro e microgotas; cateteres específicos para dissecção de veias
que a quantidade de oxigênio permita ventilação mecânica por no tamanhos adulto/infantil; tesoura; pinça de Kocher; cortadores de
mínimo duas horas); respirador mecânico de transporte; oxímetro soro; lâminas de bisturi; seringas de vários tamanhos; torneiras de
não-invasivo portátil; monitor cardioversor com bateria e instalação 3 vias; equipo de infusão polivias; frascos de solução salina, ringer
elétrica disponível (em caso de frota deverá haver disponibilidade lactato, e glicosada para infusão venosa; caixa de pequena
de um monitor cardioversor com marca-passo externo não- cirurgia; maleta de parto contendo: luvas cirúrgicas; clamps
invasivo); bomba de infusão com bateria e equipo; maleta de vias umbilicais; estilete estéril para corte do cordão; saco plástico para
aéreas contendo: máscaras laríngeas e cânulas endotraqueais de placenta; absorvente higiênico grande; cobertor ou similar para
vários tamanhos; cateteres de aspiração; adaptadores para envolver o recém-nascido; compressas cirúrgicas estéreis, pacotes
cânulas; cateteres nasais; seringa de 20ml; ressuscitador manual de gases estéreis e braceletes de identificação; sondas vesicais;
adulto/infantil com reservatório; sondas para aspiração traqueal de coletores de urina; protetores para eviscerados ou queimados;
vários tamanhos; luvas de procedimentos; máscara para espátulas de madeira; sondas nasogástricas; eletrodos
ressuscitador adulto/infantil; lidocaína geléia e “spray”; cadarços descartáveis; equipos para drogas fotossensíveis; equipos para
para fixação de cânula; laringoscópio infantil/adulto com conjunto bombas de infusão; circuito de respirador estéril de reserva;
de lâminas; estetoscópio; esfigmomanômetro adulto/infantil; cobertor ou filme metálico para conservação do calor do corpo;
cânulas orofaríngeas adulto/infantil; fios-guia para intubação; pinça campo cirúrgico fenestrado; almotolias com anti-séptico; conjunto
de Magyll; bisturi descartável; cânulas para traqueostomia; de colares cervicais; equipamentos de proteção à equipe de
material para cricotiroidostomia; conjunto de drenagem torácica; atendimento: óculos, máscaras, luvas.
maleta de acesso venoso contendo: tala para fixação de braço; - Outros: colete imobilizador dorsal; cilindro de oxigênio
luvas estéreis; recipiente de algodão com anti-séptico; pacotes de portátil com válvula; manômetro e fluxômetro com máscara e
gaze estéril; esparadrapo; material para punção de vários chicote para oxigenação; bandagens triangulares; talas para
tamanhos incluindo agulhas metálicas, plásticas e agulhas imobilização de membros; coletes reflexivos para a tripulação;
especiais para punção óssea; garrote; equipos de macro e lanterna de mão; equipamentos de proteção à equipe de
microgotas; cateteres específicos para dissecção de veias, atendimento: óculos, máscaras, luvas.
tamanho adulto/infantil; tesoura, pinça de Kocher; cortadores de 3.5.2- Aeronaves de Asas Fixas (Aviões) e Aeronaves de
soro; lâminas de bisturi; seringas de vários tamanhos; torneiras de Asas Rotativas (Helicópteros) para atendimento pré-hospitalar
3 vias; equipo de infusão de 3 vias; frascos de soro fisiológico, móvel secundário ou transporte inter-hospitalar:
ringer lactato e soro glicosado; caixa completa de pequena - Conjunto aeromédico (homologado pelo Departamento de
cirurgia; maleta de parto como descrito nos itens anteriores; Aviação Civil – DAC): maca ou incubadora; cilindro de ar
sondas vesicais; coletores de urina; protetores para eviscerados comprimido e oxigênio com autonomia de pelo menos 4 horas;
ou queimados; espátulas de madeira; sondas nasogástricas; régua tripla para transporte; suporte para fixação de equipamentos
eletrodos descartáveis; equipos para drogas fotossensíveis; médicos.
equipo para bombas de infusão; circuito de respirador estéril de - Equipamentos médicos fixos: respirador mecânico;
reserva; equipamentos de proteção à equipe de atendimento: monitor cardioversor com bateria com marca-passo externo não-
óculos, máscaras e aventais; cobertor ou filme metálico para invasivo; oxímetro portátil; monitor de pressão não-invasiva;
conservação do calor do corpo; campo cirúrgico fenestrado; bomba de infusão; prancha longa para imobilização de coluna;
almotolias com anti-séptico; conjunto de colares cervicais; prancha capnógrafo;
longa para imobilização da coluna. Para o atendimento a neonatos - Equipamentos médicos móveis: maleta de vias aéreas
deverá haver pelo menos uma Incubadora de transporte de recém- contendo: cânulas endotraqueais de vários tamanhos; cateteres de
nascido com bateria e ligação à tomada do veículo (12 volts). A aspiração; adaptadores para cânulas; cateteres nasais; seringa de
incubadora deve estar apoiada sobre carros com rodas 20 ml; ressuscitador manual adulto/infantil completo; sondas para
devidamente fixadas quando dentro da ambulância e conter aspiração traqueal de vários tamanhos; luvas de procedimentos;
respirador e equipamentos adequados para recém natos. lidocaína geléia e spray; cadarços para fixação de cânula;

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laringoscópio infantil/adulto com conjunto de lâminas curvas e 5.5 - Aeronaves: o atendimento feito por aeronaves deve
retas; estetoscópio; esfigmomanômetro adulto/infantil; cânulas ser sempre considerado como de suporte avançado de vida e:
orofaríngeas adulto/infantil; fios; fios-guia para intubação; pinça de - Para os casos de atendimento pré-hospitalar móvel
Magyl; bisturi descartável; cânulas para traqueostomia; material primário não traumático e secundário, deve contar com o piloto,
para cricotiroidostomia; conjunto de drenagem de tórax; maleta de um médico, e um enfermeiro;
acesso venoso contendo: tala para fixação de braço, luvas - Para o atendimento a urgências traumáticas em que
estéreis, recipiente de algodão com anti-séptico; pacotes de gaze sejam necessários procedimentos de salvamento, é indispensável
estéril; esparadrapo; material para punção de vários tamanhos, a presença de profissional capacitado para tal.
incluindo agulhas metálicas, plásticas e agulhas especiais para 5.6 - Embarcações: a equipe deve ser composta 2 ou 3
punção óssea; garrote; equipos de macro e microgotas; cateteres profissionais, de acordo com o tipo de atendimento a ser realizado,
específicos para dissecção de veias tamanhos adulto/infantil; contando com o condutor da embarcação e um auxiliar/técnico de
tesoura, pinça de Kocher; cortadores de soro; lâminas de bisturi; enfermagem em casos de suporte básico de vida, e um médico e
seringas de vários tamanhos; torneiras de 3 vias; equipo de um enfermeiro, em casos de suporte avançado de vida.
infusão polivias; frascos de solução salina, ringer lactato e
glicosada para infusão venosa; caixa completa de pequena CAPÍTULO V
cirurgia; maleta de parto contendo: luvas cirúrgicas; clamps
umbilicais; estilete estéril para corte do cordão; saco plástico para ATENDIMENTO HOSPITALAR
placenta, absorvente higiênico grande; cobertor ou similar para
envolver o recém-nascido; compressas cirúrgicas estéreis; pacotes UNIDADES HOSPITALARES DE ATENDIMENTO ÀS
de gases estéreis e braceletes de identificação; sondas vesicais; URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
coletores de urina; protetores para eviscerados ou queimados;
espátulas de madeira; sondas nasogástricas; eletrodos O presente Regulamento Técnico está definindo uma nova
descartáveis; equipos para drogas fotossensíveis; equipos para nomenclatura e classificação para a área de assistência hospitalar
bombas de infusão; circuito de respirador estéril de reserva; de urgência e emergência. Refletindo sobre a regionalização
cobertor ou filme metálico para conservação do calor do corpo; proposta pela NOAS e sobre a estrutura dos pronto socorros
campo cirúrgico fenestrado; almotolias com anti-séptico; conjunto existentes no país, adota-se a seguinte classificação/estruturação,
de colares cervicais; equipamentos de proteção à equipe de partindo da premissa que nenhum pronto socorro hospitalar
atendimento: óculos, máscaras, luvas. poderá apresentar infra estrutura inferior à de uma unidade não
3.6 – Embarcação de Transporte (Tipo F): hospitalar de atendimento às urgências e emergências, conforme
Este veículo motorizado aquaviário, destinado ao descrito no Capítulo III - item 2 deste Regulamento:
transporte por via marítima ou fluvial, poderá ser equipado como 1 - Classificação
indicado para as Ambulâncias de Tipo A, B, ou D, dependendo do As Unidades Hospitalares de Atendimento em Urgência e
tipo de assistência a ser prestada. Emergência serão classificadas segundo segue:
4 – DEFINIÇÃO DOS MEDICAMENTOS DAS A - Unidades Gerais:
AMBULÂNCIAS a - Unidades Hospitalares Gerais de Atendimento às
Medicamentos obrigatórios que deverão constar nos Urgências e Emergências de Tipo I;
veículos de suporte avançado, seja nos veículos terrestres, b - Unidades Hospitalares Gerais de Atendimento às
aquáticos e nas aeronaves ou naves de transporte médico Urgências e Emergências de Tipo II.
(Classes D, E e F): B - Unidades de Referência:
- Lidocaína sem vasoconstritor; adrenalina, epinefrina, a - Unidades Hospitalares de Referência em Atendimento
atropina; dopamina; aminofilina; dobutamina; hidrocortisona; às Urgências e Emergências de Tipo I;
glicose 50%; b - Unidades Hospitalares de Referência em Atendimento
- Soros: glicosado 5%; fisiológico 0,9%; ringer lactato; às Urgências e Emergências de Tipo II;
- Psicotrópicos: hidantoína; meperidina; diazepan; c - Unidades Hospitalares de Referência em Atendimento
midazolan; às Urgências e Emergências de Tipo III.
- Medicamentos para analgesia e anestesia: fentanil, Observação: As Unidades de Referência correspondem,
ketalar, quelecin; respectivamente, aos Hospitais Tipo I, II e III definidos segundo os
- Outros: água destilada; metoclopramida; dipirona; critérios de classificação estabelecidos pela Portaria GM/MS nº
hioscina; dinitrato de isossorbitol; furosemide; amiodarona; 479, de 15 de abril de 1999, que cria mecanismos para a
lanatosideo C. implantação dos Sistemas Estaduais de referência Hospitalar em
5 – TRIPULAÇÃO Atendimento de Urgências e Emergências.
Considerando-se que as urgências não se constituem em 2 - Definição das Unidades e Critérios de Classificação
especialidade médica ou de enfermagem e que nos cursos de 2.1 - Características Gerais
graduação a atenção dada à área ainda é bastante insuficiente, As características gerais relacionadas abaixo são exigíveis
entende-se que os profissionais que venham a atuar como para a classificação e cadastramento de Unidades Hospitalares de
tripulantes dos Serviços de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel Atendimento às Urgências e Emergências e são comuns às Gerais
devam ser habilitados pelos Núcleos de Educação em Urgências, de Tipo I e II e às de Referência de Tipo I, II e III.
cuja criação é indicada pelo presente Regulamento e cumpram o 2.1.1 – Recursos Humanos
conteúdo curricular mínimo nele proposto - Capítulo VII. Toda equipe da Unidade deve ser capacitada nos Núcleos
5.1 - Ambulância do Tipo A: 2 profissionais, sendo um o de Educação em Urgências e treinada em serviço e, desta forma,
motorista e o outro um Técnico ou Auxiliar de enfermagem. capacitada para executar suas tarefas. No caso do treinamento em
5.2 - Ambulância do Tipo B: 2 profissionais, sendo um o serviço, o Responsável Técnico pela Unidade será o coordenador
motorista e um técnico ou auxiliar de enfermagem. do programa de treinamento dos membros da equipe. Uma cópia
5.3 - Ambulância do Tipo C: 3 profissionais militares, do programa de treinamento (conteúdo) ou as linhas gerais dos
policiais rodoviários, bombeiros militares, e/ou outros profissionais cursos de treinamento devem estar disponíveis para revisão; deve
reconhecidos pelo gestor público, sendo um motorista e os outros existir ainda uma escala de treinamento de novos funcionários.
dois profissionais com capacitação e certificação em salvamento e A Unidade deve contar com:
suporte básico de vida. a - Responsável Técnico - médico com Título de
5.4 - Ambulância do tipo D: 3 profissionais, sendo um Especialista em sua área de atuação profissional reconhecido
motorista, um enfermeiro e um médico. pelo Conselho Federal de Medicina ou com Certificado de

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


Residência Médica em sua especialidade emitido por g - Condições na alta hospitalar ou transferência
Programa de Residência Médica reconhecido pelo MEC. 2.1.5 - Estruturação da Grade de Referência
O médico Responsável Técnico pela Unidade somente As Unidades Hospitalares de Atendimento às Urgências e
poderá assumir a responsabilidade técnica por uma única Emergências devem, possuir retaguarda de maior complexidade
Unidade cadastrada pelo Sistema Único de Saúde. No caso de previamente pactuada, com fluxo e mecanismos de transferência
responsável técnico de Unidade instalada em Hospital claros, mediados pela Central de Regulação, a fim de garantir o
Universitário, o médico poderá acumular esta responsabilidade encaminhamento dos casos que extrapolem sua complexidade.
com a de mais uma Unidade cadastrada pelo SUS, desde que Além disso, devem garantir transporte para os casos mais
instalada no mesmo município. graves, através do serviço de atendimento pré-hospitalar móvel,
b - Equipe Médica: deve ser composta por médicos em onde ele existir, ou outra forma de transporte que venha a ser
quantitativo suficiente para o atendimento dos serviços nas 24 pactuada.
horas do dia para atendimento de urgências/emergências e Também devem estar pactuados os fluxos para elucidação
todas as atividades dele decorrentes. diagnóstica e avaliação especializada, além de se dar ênfase
c - Enfermagem: A Unidade deve contar com: especial ao re-direcionamento dos pacientes para a rede básica e
- Coordenação de Enfermagem: 01 (um) Enfermeiro Programa de Saúde da Família, para o adequado seguimento de
Coordenador; suas patologias de base e condições de saúde, garantindo acesso
- Enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de não apenas a ações curativas, mas a todas as atividades
enfermagem em quantitativo suficiente para o atendimento dos promocionais que devem ser implementadas neste nível de
serviços nas 24 horas do dia para atendimento de assistência.
urgências/emergências e todas as atividades dele decorrentes. 2.2 - Características Específicas
2.1.2 – Área Física Além das características gerais relacionadas no item 2.1,
As áreas físicas da Unidade deverão se enquadrar nos são exigíveis para a classificação e cadastramento de Unidades
critérios e normas estabelecidos pela legislação em vigor ou outros Hospitalares de Atendimentos às Urgências e Emergências as
ditames legais que as venham substituir ou complementar, a seguintes características específicas relativas a cada tipo de
saber: Unidade, devendo a mesma dispor de:
a - Resolução nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, que 2.2.1 - Unidades Hospitalares Gerais de Atendimento às
dispõe sobre o Regulamento Técnico para Planejamento, Urgências e Emergências de Tipo I:
Programação, Elaboração e Avaliação de projetos Físicos de As Unidades Hospitalares Gerais de Atendimento às
Estabelecimentos de Assistência à Saúde, da Agência Nacional de Urgências e Emergências de Tipo I são aquelas instaladas em
Vigilância Sanitária – ANVISA. hospitais gerais de pequeno porte aptos a prestarem assistência
b - Resolução nº 05, de 05 de agosto de 1993, do de urgência e emergência correspondente ao primeiro nível de
CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente. assistência da média complexidade (M1).
A área física deve ser estruturada de acordo com o Estas Unidades, em funcionamento nas 24 horas do dia,
tamanho, complexidade e perfil assistencial da unidade e devem contar com instalações físicas, recursos humanos e
adequada para o acolhimento e atendimento especializado aos tecnológicos adequados de maneira a que se tornem o primeiro
portadores de danos e/ou agravos específicos em situação de nível de assistência hospitalar no atendimento de urgência e
urgência/emergência. emergência do Sistema Estadual de Urgência e Emergência.
2.1.3 - Rotinas de Funcionamento e Atendimento Estes recursos devem ser, no mínimo, aqueles disponíveis e já
A Unidade deve possuir Rotinas de Funcionamento e descritos como exigíveis para as Unidades Não Hospitalares de
Atendimento escritas, atualizadas a cada 04 anos e assinadas Atendimento às Urgências e Emergências. Os requisitos relativos
pelo Responsável Técnico pela Unidade. As rotinas devem à capacitação de recursos humanos, transporte e grade de
abordar todos os processos envolvidos na assistência que referência também são os mesmos descritos para estas Unidades.
contemplem desde os aspectos organizacionais até os 2.2.2 - Unidades Hospitalares Gerais de Atendimento às
operacionais e técnicos. Deve haver também uma rotina de Urgências e Emergências de Tipo II:
manutenção preventiva de materiais e equipamentos. As Unidades Hospitalares Gerais de Atendimento às
As Rotinas devem contemplar, no mínimo, os seguintes Urgências e Emergências de Tipo II são aquelas instaladas em
itens: hospitais gerais de médio porte aptos a prestarem assistência de
a - Critérios de avaliação dos pacientes e, se for o caso, de urgência e emergência correspondente ao segundo nível de
indicação de procedimento cirúrgico; assistência hospitalar da média complexidade (M2).
b - Procedimentos médico-cirúrgicos; Estas Unidades, em funcionamento nas 24 horas do dia,
c - Procedimentos de enfermagem; devem contar com instalações físicas, recursos humanos e
d - Rotinas de suporte nutricional; tecnológicos adequados de maneira a que se tornem o segundo
e - Rotinas de controle de Infecção Hospitalar; nível de assistência hospitalar no atendimento de urgência e
f - Ficha própria para descrição do ato cirúrgico; emergência do Sistema Estadual de Urgência e Emergência.
g - Rotinas de acompanhamento ambulatorial dos A área física da Unidade não pode ser inferior ao
pacientes; especificado para as Unidades Não Hospitalares - item 2.4 do
2.1.4 - Registro de Pacientes Capítulo II. Além disso, no corpo do hospital, deve haver centro
A Unidade deve possuir um prontuário para cada cirúrgico e centro obstétrico, além de enfermarias para as áreas de
paciente com as informações completas do quadro clínico e atuação mencionadas.
sua evolução, todas devidamente escritas, de forma clara e Além das características gerais relacionadas no item 2.1,
precisa, datadas e assinadas pelo profissional responsável são exigíveis para a classificação e cadastramento de Unidades
pelo atendimento. Os prontuários deverão estar devidamente Gerais de Tipo II as seguintes características específicas, devendo
ordenados no Serviço de Arquivo Médico. a Unidade dispor de:
Informações Mínimas do Prontuário: 2.2.2.1 - Recursos Humanos
a - Identificação do paciente; Além dos Recursos Humanos listados no item 2.1.1, a
b - Histórico Clínico; Unidade deve contar com:
c - Avaliação Inicial; Profissionais mínimos indispensáveis, presentes no
d - Indicação do procedimento cirúrgico, se for o caso; hospital, capacitados para atendimento às urgências/emergências
e - Descrição do ato cirúrgico, se for o caso; nas suas áreas específicas de atuação profissional:
f - Descrição da evolução e prescrições

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Médico Clínico Geral nas suas áreas específicas de atuação profissional:
Pediatra Cardiologia Pediatria Traumato-Ortopedia
Ginecologista-Obstetra Cardiologista Pediatra Traumato-
Cirurgião Geral Ortopedista
Traumato-Ortopedista Hemodinamicista Intensivista Clínico Geral
Anestesiologista Angiografista Cirurgião Anestesiologista
Assistente Social Pediátrico
Cirurgião Anestesiologista
2.2.2.2- Recursos Tecnológicos Cardiovascular
Os recursos tecnológicos mínimos e indispensáveis - Intensivista
propedêuticos e/ou terapêuticos para o atendimento especializado Ecocardiografista
das urgências/emergências de que a Unidade deve dispor, nas 24 Imagenologista
horas, são os seguintes: Anestesiologista

Existentes na própria estrutura do hospital: Serviço de Suporte, Acompanhamento Clínico e


Reabilitação: A Unidade deve contar com os serviços e
Análises Clínicas Laboratoriais profissionais nas seguintes áreas (dependendo do volume
Eletrocardiografia de atendimento, estes profissionais não precisam ser
Radiologia Convencional exclusivos da Unidade):
- Psicologia Clínica;
Recursos Tecnológicos disponíveis em serviços de - Nutrição;
terceiros, instalados dentro ou fora da estrutura ambulatório- - Assistência Social;
hospitalar da Unidade. Neste caso, a referência deve ser - Fisioterapia;
devidamente formalizada de acordo com o que estabelece a - Terapia Ocupacional;
Portaria SAS nº 494, de 26 de agosto de 1999: - Farmácia;
- Hemoterapia;
Endoscopia Outros Profissionais alcançáveis, identificados por
Ultra-sonografia especialidade e capacitados para o atendimento às
Banco de Sangue urgências/emergências nas suas áreas específicas de atuação
profissional:
2.2.3 - Unidades de Referência Cardiologia Pediatria Traumato-Ortopedia
As Unidades de Referência em Atendimento às Urgências Hematologista Endoscopista Imagenologista
e Emergências são aquelas instaladas em hospitais, gerais ou Imagenologista Hematologista
especializados, aptos a prestarem assistência de urgência e Hematologista Cirurgião Vascular
emergência correspondente à M3 e à alta complexidade, de Broncoscopista Neurocirurgião
acordo com sua capacidade instalada, especificidade e perfil Neuropediatra Cirurgião Geral
assistencial. Estas Unidades, integrantes do Sistema Estadual de Cirurgião Bucomaxilofacial
Referência Hospitalar em Atendimento de Urgências e
Emergências, devem contar com instalações físicas, recursos 2.2.3.1.2- Recursos Tecnológicos
humanos e tecnológicos adequados de maneira a que se tornem a Os recursos tecnológicos mínimos e indispensáveis -
referência de assistência hospitalar no atendimento de urgência e propedêuticos e/ou terapêuticos para o atendimento das
emergência do Sistema Estadual de Urgência e Emergência. urgências/emergências especializado de que a Unidade deve
Ficam entendidos como recursos tecnológicos e humanos dispor são os seguintes:
acessíveis/alcançáveis aqueles que são necessários ao
atendimento aos pacientes em situação de urgência/emergência e Existentes na própria estrutura do hospital:
pelos quais a unidade hospitalar se responsabiliza, garantindo com Cardiologia Pediatria Traumato-
recursos do próprio hospital o acesso ao serviço ou profissional. Ortopedia
As instalações previstas para as Unidades Não Radiologia Radiologia Radiologia
Hospitalares – item 2.4 do Capítulo II são exigência mínima e Convencional Convencional Convencional
obrigatória na estrutura das Unidades de Referência. Caso não Análises Clínicas Análises Clínicas Análises
haja atendimento de traumato-ortopedia na Unidade, está Laboratoriais Laboratoriais Clínicas
dispensada a existência de sala de gesso. Laboratoriais
2.2.3.1- Características Específicas- Unidades Hospitalares Eletrocardiografia Eletrocardiografia Intensificador
de Referência em Atendimento às Urgências e Emergências de de Imagem
Tipo I: Ultra-sonografia Ultra-sonografia Anestesiologia
As Unidades de Referência de Tipo I são aquelas
Ecocardiografia Cirurgia
instaladas em hospitais especializados e que contam com Pediátrica
recursos tecnológicos e humanos adequados para o atendimento
Hemodinâmica Anestesiologia
das urgências/emergências de natureza clínica e cirúrgica, nas
Unidade de Terapia Unidade de
áreas de pediatria ou traumato-ortopedia ou cardiologia.
Intensiva de Tipo II ou III Terapia Intensiva
Além das características gerais relacionadas no item 2.1,
de Tipo II ou III
são exigíveis para a classificação e cadastramento de Unidades
de Referência de Tipo I as seguintes características específicas, Cirurgia Cardiovascular
devendo a Unidade dispor de: Anestesiologia
2.2.3.1.1- Recursos Humanos Banco de Sangue
Além dos Recursos Humanos listados no item 2.1.1, a Angiografia
Unidade deve contar com:
Profissionais mínimos indispensáveis, presentes no Recursos Tecnológicos disponíveis em serviços de
hospital, capacitados para atendimento às urgências/emergências terceiros, instalados dentro ou fora da estrutura ambulatório-
hospitalar da Unidade. Neste caso, a referência deve ser

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devidamente formalizada de acordo com o que estabelece a Os recursos tecnológicos mínimos e indispensáveis -
Portaria SAS nº 494, de 26 de agosto de 1999: propedêuticos e/ou terapêuticos para o atendimento das
Cardiologia Pediatria Traumato-Ortopedia urgências/emergências especializados de que a Unidade deve
Tomografia Tomografia Tomografia dispor são os seguintes:
Computadorizada Computadorizada Computadorizada
Broncoscopia Cirurgia Vascular Existentes na própria estrutura do hospital:
Endoscopia Cirurgia Radiologia Convencional
Bucomaxilofacial Ultra-sonografia
Banco de Cirurgia Geral Análises Clínicas Laboratoriais
Sangue Eletrocardiografia
Neurocirurgia Unidade de Terapia Intensiva de Tipo II ou III
Banco de Sangue Tomografia Computadorizada
Endoscopia
2.2.3.2 - Características Específicas- Unidades Banco de Sangue
Hospitalares de Referência em Atendimento às Urgências e Anestesiologia
Emergências de Tipo II:
As Unidades de Referência de Tipo II são aquelas Recursos Tecnológicos disponíveis em serviços de
instaladas em hospitais gerais e que contam com recursos terceiros, instalados dentro ou fora da estrutura ambulatório-
tecnológicos e humanos adequados para o atendimento das hospitalar da Unidade. Neste caso, a referência deve ser
urgências/emergências de natureza clínica e cirúrgica. devidamente formalizada de acordo com o que estabelece a
Além das características gerais relacionadas no item 2.1, Portaria SAS nº 494, de 26 de agosto de 1999:
são exigíveis para a classificação e cadastramento de Unidades Broncoscopia
de Referência de Tipo II as seguintes características específicas, Hemodinâmica
devendo a Unidade dispor de: Angiografia
2.2.3.2.1- Recursos Humanos Ecocardiografia
Além dos Recursos Humanos listados no item 2.1.1, a Terapia Renal Substitutiva
Unidade deve contar com:
Profissionais mínimos indispensáveis, presentes no 2.2.3.3- Características Específicas- Unidades Hospitalares
hospital, capacitados para atendimento às urgências/emergências
de Referência em Atendimento às Urgências e Emergências de
nas suas áreas específicas de atuação profissional: Tipo III:
Médico Clínico Geral As Unidades de Referência de Tipo III são aquelas
Pediatra instaladas em hospitais gerais e que contam com recursos
Ginecologista-Obstetra tecnológicos e humanos adequados para o atendimento das
Cirurgião Geral urgências/emergências de natureza clínica, cirúrgica e
Traumato-Ortopedista traumatológica. Estes hospitais devem, ainda, desempenhar
Anestesiologista atribuições de capacitação, aprimoramento e atualização dos
Intensivista recursos humanos envolvidos com as atividades meio e fim da
atenção às urgências/emergências.
Serviço de Suporte, Acompanhamento Clínico e Além das características gerais relacionadas no item 2.1,
Reabilitação: A Unidade deve contar com os serviços e são exigíveis para a classificação e cadastramento de Unidades
profissionais nas seguintes áreas (dependendo do volume de Referência de Tipo III as seguintes características específicas,
de atendimento, estes profissionais não precisam ser devendo a Unidade dispor de:
exclusivos da Unidade): 2.2.3.3.1- Recursos Humanos
- Psicologia Clínica; Além dos Recursos Humanos listados no item 2.1.1, a
- Nutrição; Unidade deve contar com:
- Assistência Social; Profissionais mínimos indispensáveis, presentes no
- Fisioterapia; hospital, capacitados para atendimento às urgências/emergências
- Terapia Ocupacional; nas suas áreas específicas de atuação profissional:
- Farmácia;
- Hemoterapia; Médico Clínico Geral
Outros Profissionais alcançáveis, identificados por Pediatra
especialidade e capacitados para o atendimento às Ginecologista-Obstetra
urgências/emergências nas suas áreas específicas de atuação Cirurgião Geral
profissional: Cirurgião Pediátrico
Oftalmologista Traumato-Ortopedista
Endoscopista Anestesiologista
Broncoscopista Intensivista
Otorrinolaringologista Radiologista
Cardiologista Cardiologista
Odontólogo Neurologista
Hemodinamicista Odontólogo
Neurologista
Neurocirurgião Serviço de Suporte, Acompanhamento Clínico e
Angiografista Reabilitação: A Unidade deve contar com os serviços e
Psiquiatra profissionais nas seguintes áreas (dependendo do volume
Hematologista de atendimento, estes profissionais não precisam ser
Cirurgião Pediátrico exclusivos da Unidade):
- Psicologia Clínica;
2.2.3.2.2- Recursos Tecnológicos - Nutrição;

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- Assistência Social; caráter clínico, traumato-cirúrgico, gineco-obstétrico e psiquiátrico,
- Fisioterapia; sejam estes adultos, crianças ou recém nascidos, realizar a
- Terapia Ocupacional; avaliação e estabilização inicial destes e providenciar sua
- Farmácia; transferência para os serviços de referência loco regionais, seja
- Hemoterapia; para elucidação diagnóstica através de exames especializados,
Outros Profissionais alcançáveis, identificados por avaliação médica especializada ou internação.
especialidade e capacitados para o atendimento às As grades de referência loco regionais devem ser
urgências/emergências nas suas áreas específicas de atuação previamente pactuadas e as transferências deverão ser solicitadas
profissional: ao médico regulador da Central de Regulação de Urgências, cujas
competências técnicas e gestoras estão estabelecidas no Capítulo
Cirurgião Vascular II deste Regulamento. Tais centrais poderão ter abrangência loco-
Toxicologista regional, de acordo com os pactos de referência e mecanismos de
Oftalmologista financiamento estabelecidos pela NOAS-SUS/2002.
Hemodinamicista Nos casos em que as centrais reguladoras ainda não
Angiografista estejam estruturadas, as pactuações também deverão ser
Endoscopista Digestivo realizadas e os encaminhamentos deverão ser feitos mediante
Broncoscopista grade de assistência loco regional, com contato prévio com o
Otorrinolaringologista serviço receptor.
No processo de planejamento e pactuação das
Cirurgião Bucomaxilofacial
transferências inter-hospitalares, deverá ser garantido o suporte de
Cirurgião Plástico
ambulâncias de transporte para o retorno dos pacientes que, fora
Psiquiatra da situação de urgência, ao receberem alta, não apresentem
Cirurgião Torácico possibilidade de locomover-se através de outros meios, por
Neurocirurgião restrições clínicas.
Pacientes que não tenham autonomia de locomoção por
2.2.3.3.2- Recursos Tecnológicos limitações sócio-econômicas e que, portanto, extrapolam o âmbito
Os recursos tecnológicos mínimos e indispensáveis - de atuação específico da saúde, deverão receber apoio, nos
propedêuticos e/ou terapêuticos para o atendimento das moldes estabelecidos por políticas intersetoriais loco regionais.
urgências/emergências especializados de que a Unidade deve Salienta-se que o planejamento do suporte a estes casos é de
dispor são os seguintes: fundamental importância ao adequado funcionamento dos serviços
de saúde, uma vez que os pacientes podem ocupar leitos
Existentes na própria estrutura do hospital: hospitalares por períodos mais ou menos longos após terem
recebido alta, por dificuldade de transporte de retorno a suas
Radiologia Convencional residências.
Ultra-sonografia 2 - Conceituação:
Broncoscopista O transporte inter-hospitalar refere-se à transferência de
Análises Clínicas Laboratoriais pacientes entre unidades não hospitalares ou hospitalares de
Eletrocardiografia atendimento às urgências e emergências, unidades de
Unidade de Terapia Intensiva de Tipo II ou III diagnóstico, terapêutica ou outras unidades de saúde que
Tomografia Computadorizada funcionem como bases de estabilização para pacientes graves, de
Endoscopia caráter público ou privado e tem como principais finalidades:
Banco de Sangue a - A transferência de pacientes de serviços de saúde de
Anestesiologia menor complexidade para serviços de referência de maior
Terapia Renal Substitutiva complexidade, seja para elucidação diagnóstica, internação
Neurocirurgia clínica, cirúrgica ou em unidade de terapia intensiva, sempre que
as condições locais de atendimento combinadas à avaliação
Ecocardiografia
clínica de cada paciente assim exigirem;
b - A transferência de pacientes de centros de referência
Recursos Tecnológicos disponíveis em serviços de
de maior complexidade para unidades de menor complexidade,
terceiros, instalados dentro ou fora da estrutura ambulatório-
seja para elucidação diagnóstica, internação clínica, cirúrgica ou
hospitalar da Unidade. Neste caso, a referência deve ser
em unidade de terapia intensiva, seja em seus municípios de
devidamente formalizada de acordo com o que estabelece a
residência ou não, para conclusão do tratamento, sempre que a
Portaria SAS nº 494, de 26 de agosto de 1999:
condição clínica do paciente e a estrutura da unidade de menor
Hemodinâmica complexidade assim o permitirem, com o objetivo de agilizar a
Angiografia utilização dos recursos especializados na assistência aos
pacientes mais graves e/ou complexos.
Este transporte poderá ser aéreo, aquaviário ou terrestre,
de acordo com as condições geográficas de cada região,
CAPÍTULO VI observando-se as distâncias e vias de acesso, como a existência
de estradas, aeroportos, helipontos, portos e condições de
TRANSFERÊNCIAS E TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR navegação marítima ou fluvial, bem como a condição clínica de
cada paciente, não esquecendo a observação do custo e
1 - Considerações Gerais: disponibilidade de cada um desses meios. O transporte inter-
Dentro da perspectiva de estruturação de Sistemas hospitalar, em qualquer de suas modalidades, de acordo com a
Estaduais de Urgência e Emergência, com universalidade, atenção disponibilidade de recursos e a situação clínica do paciente a ser
integral e eqüidade de acesso, de caráter regionalizado e transportado, deve ser realizado em veículos adequados e
hierarquizado, de acordo com as diretrizes do SUS, os serviços equipados de acordo com o estabelecido no Capítulo IV deste
especializados e de maior complexidade deverão ser referência Regulamento.
para um ou mais municípios de menor porte. Transporte Aeromédico: O transporte aéreo poderá ser
Assim, estes municípios menores devem se estruturar para indicado, em aeronaves de asa rotativa, quando a gravidade do
acolher os pacientes acometidos por agravos de urgência, de

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quadro clínico do paciente exigir uma intervenção rápida e as do profissional da unidade solicitante;
condições de trânsito tornem o transporte terrestre muito i - Nos casos de transporte de pacientes em suporte básico
demorado, ou em aeronaves de asa fixa, para percorrer grandes de vida para unidades de apoio diagnóstico e terapêutico, para
distâncias em um intervalo de tempo aceitável, diante das realização de exames ou tratamentos, se o paciente apresentar
condições clínicas do paciente. A operação deste tipo de intercorrência de urgência, a responsabilidade pelo tratamento e
transporte deve seguir as normas e legislações específicas estabilização é da unidade que está realizando o procedimento,
vigentes, oriundas do Comando da Aeronáutica através do que deverá estar apta para seu atendimento, no que diz respeito a
Departamento de Aviação Civil. Para efeito da atividade médica medicamentos, equipamentos e recursos humanos capacitados;
envolvida no atendimento e transporte aéreo de pacientes, j - Nos casos de transporte de pacientes críticos para
conforme já definido no Capítulo IV deste Regulamento, considera- realização de procedimentos diagnósticos ou terapêuticos e, caso
se que o serviço deve possuir um diretor médico com habilitação estes serviços situem-se em clínicas desvinculadas de unidades
mínima compreendendo capacitação em emergência pré- hospitalares, o suporte avançado de vida será garantido pela
hospitalar, noções básicas de fisiologia de vôo e noções de equipe da unidade de transporte;
aeronáutica, sendo recomendável habilitação em medicina k - Nos locais em que as Centrais de Regulação ainda não
aeroespacial. O serviço de transporte aeromédico deve estar estejam estruturadas ou em pleno funcionamento, é vedado a todo
integrado ao sistema de atendimento pré-hospitalar e à Central de e qualquer solicitante, seja ele público ou privado, remover
Regulação Médica de Urgências da região e deve ser considerado pacientes sem contato prévio com a instituição/serviço
sempre como modalidade de suporte avançado de vida. potencialmente receptor;
- Transporte Aquaviário: este tipo de transporte poderá ser l - Nos locais em que as Centrais de Regulação já estão
indicado em regiões onde o transporte terrestre esteja em funcionamento, nenhum paciente poderá ser transferido sem
impossibilitado pela inexistência de estradas e/ou onde não haja contato prévio com a mesma ou contrariando sua determinação;
transporte aeromédico, observando-se a adequação do tempo de m - Nos casos de transferências realizadas pelo setor
transporte às necessidades clínicas e a gravidade do caso. privado, o serviço ou empresa solicitante deverá se responsabilizar
- Transporte Terrestre: este tipo de transporte poderá ser pelo transporte do paciente, bem como pela garantia de recepção
indicado para áreas urbanas, em cidades de pequeno, médio e do mesmo no serviço receptor, obedecendo as especificações
grande porte, ou para as transferências inter municipais, onde as técnicas estabelecidas neste Regulamento;
estradas permitam que essas unidades de transporte se n - Nos casos de operadoras de planos privados de
desloquem com segurança e no intervalo de tempo desejável ao assistência à saúde, permanece em vigor a legislação própria a
atendimento de cada caso. respeito deste tema, conforme Resolução CONSU n 13, de 4 de
3 - Diretrizes Técnicas: novembro de 1998 e eventual regulamentação posterior a ser
3.1 - Responsabilidades/Atribuições do Serviço/Médico estabelecida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Solicitante 3.2 - Responsabilidades/Atribuições da Central de
Ficam estabelecidas as seguintes Regulação/Médico Regulador
responsabilidades/atribuições ao Serviço/Médico solicitante: Além das estabelecidas no Capitulo II deste Regulamento,
a - O médico responsável pelo paciente seja ele ficam definidas as seguintes responsabilidades/atribuições para a
plantonista, diarista ou o médico assistente, deve realizar as Central de Regulação/Médico Regulador:
solicitações de transferências à Central de Regulação e realizar a - O acionamento e acompanhamento da unidade e
contato prévio com o serviço potencialmente receptor; equipe de transporte, caso estes se localizem descentralizados em
b - Não remover paciente em risco iminente de vida, sem relação à estrutura física da central de regulação, como nos casos
prévia e obrigatória avaliação e atendimento respiratório, de transporte aeromédico, hidroviário ou terrestre, em que se opte
hemodinâmico e outras medidas urgentes específicas para cada por descentralizar viaturas e equipes para garantir maior agilidade
caso, estabilizando-o e preparando-o para o transporte; na resposta. Nestes casos, a localização dos veículos e das
c - Esgotar seus recursos antes de acionar a central de equipes de saúde responsáveis pelo transporte deverá ser
regulação ou outros serviços do sistema loco regional; pactuada entre os gestores municipais da região de abrangência
d - A decisão de transferir um paciente grave é da central;
estritamente médica e deve considerar os princípios básicos do b - Utilizar o conceito de “vaga zero”, definido no Capítulo II
transporte, quais sejam: não agravar o estado do paciente, garantir deste Regulamento também nos casos de regulações inter-
sua estabilidade e garantir transporte com rapidez e segurança; hospitalares, quando a avaliação do estado clínico do paciente e
e - Informar ao médico regulador, de maneira clara e da disponibilidade de recursos loco regionais o tornem imperativo.
objetiva, as condições do paciente; 3.3 - Responsabilidades/Atribuições da Equipe de
f - Elaborar documento de transferência que deve Transporte
acompanhar o paciente durante o transporte e compor seu Ficam estabelecidas as seguintes
prontuário na unidade receptora, registrando informações relativas responsabilidades/atribuições à Equipe de Transporte:
ao atendimento prestado na unidade solicitante, como diagnóstico a - Acatar a determinação do médico regulador quanto ao
de entrada, exames realizados e as condutas terapêuticas meio de transporte e tipo de ambulância que deverá ser utilizado
adotadas. Este documento deverá conter o nome e CRM legíveis, para o transporte;
além da assinatura do solicitante; b - Informar ao médico regulador caso as condições
g - Obter a autorização escrita do paciente ou seu clínicas do paciente no momento da recepção do mesmo para
responsável para a transferência. Poder-se-á prescindir desta transporte não sejam condizentes com as informações que foram
autorização sempre que o paciente não esteja apto para fornecê-la fornecidas ao médico regulador e repassadas por este à equipe de
e não esteja acompanhado de possível responsável; transporte;
h - A responsabilidade da assistência ao paciente c - No caso de transporte terrestre, deverão ser utilizadas
transferido é do médico solicitante, até que o mesmo seja recebido as viaturas de transporte simples para os pacientes eletivos, em
pelo médico da unidade responsável pelo transporte, nos casos de decúbito horizontal ou sentados, viaturas de suporte básico ou
transferência em viaturas de suporte avançado de vida ou até que suporte avançado de vida, de acordo com o julgamento e
o mesmo seja recebido pelo médico do serviço receptor, nos determinação do médico regulador, a partir da avaliação criteriosa
casos de transferência em viaturas de suporte básico de vida ou da história clínica, gravidade e risco de cada paciente, estando tais
viaturas de transporte simples. O início da responsabilidade do viaturas, seus equipamentos, medicamentos, tripulações e demais
médico da viatura de transporte ou do médico da unidade normas técnicas estabelecidas no presente Regulamento;
receptora não cessa a responsabilidade de indicação e avaliação d - O transporte inter-hospitalar pediátrico e neonatal

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deverá obedecer às diretrizes estabelecidas neste Regulamento, lhes habilitação formal, obrigatória e com renovação periódica para
sendo que as viaturas utilizadas para tal devem estar equipadas o exercício profissional e a intervenção nas urgências e ainda,
com incubadora de transporte e demais equipamentos necessários considerando a escassez de docentes capazes de desenvolver um
ao adequado atendimento neonatal e pediátrico; enfoque efetivamente problematizador na educação e a
e - Registrar todas as intercorrências do transporte no necessidade de capacitar instrutores e multiplicadores com
documento do paciente; certificação e capacitação pedagógica para atender a demanda
f - Passar o caso, bem como todas as informações e existente é que este Regulamento Técnico propõe aos gestores do
documentação do paciente, ao médico do serviço receptor; SUS a criação, organização e implantação de Núcleos de
g - Comunicar ao médico regulador o término do Educação em Urgências – NEU.
transporte; 1 - Aspectos Gerais
h - Conduzir a ambulância e a equipe de volta à sua base. 1.1 - Definição:
3.4 - Responsabilidades/Atribuições do Serviço/Médico Os Núcleos de Educação em Urgências devem se
Receptor organizar como espaços de saber interinstitucional de formação,
Ficam estabelecidas as seguintes capacitação, habilitação e educação continuada de recursos
responsabilidades/atribuições ao Serviço/Médico Receptor: humanos para as urgências, sob a administração de um conselho
a - Garantir o acolhimento médico rápido e resolutivo às diretivo, coordenado pelo gestor público do SUS, tendo como
solicitações da central de regulação médica de urgências; integrantes as secretarias Estaduais e Municipais de saúde,
b - Informar imediatamente à Central de Regulação se os hospitais e serviços de referência na área de urgência, escolas de
recursos diagnósticos ou terapêuticos da unidade atingirem seu bombeiros e polícias, instituições de ensino superior, de formação
limite máximo de atuação; e capacitação de pessoal na área da saúde, escolas técnicas e
c - Acatar a determinação do médico regulador sobre o outros setores que prestam socorro à população, de caráter
encaminhamento dos pacientes que necessitem de avaliação ou público ou privado, de abrangência municipal, regional ou
qualquer outro recurso especializado existente na unidade, estadual.
independente da existência de leitos vagos ou não – conceito de 1.2 - Princípios Norteadores
“vaga zero”; São princípios norteadores dos Núcleos de Educação em
d - Discutir questões técnicas especializadas sempre que o Urgências:
regulador ou médicos de unidades solicitantes de menor - a organicidade com o processo de formulação de
complexidade assim demandarem; políticas públicas para a atenção integral às urgências, buscando
e - Preparar a unidade e sua equipe para o acolhimento organizar o sistema regional de atenção às urgências a partir da
rápido e eficaz dos pacientes graves; qualificação assistencial com eqüidade;
f - Receber o paciente e sua documentação, dispensando - a promoção integral da saúde com o objetivo de reduzir a
a equipe de transporte, bem como a viatura e seus equipamentos morbi-mortalidade regional, preservar e desenvolver a autonomia
o mais rápido possível; de indivíduos e coletividades, com base no uso inteligente das
g - Comunicar a Central de Regulação sempre que houver informações obtidas nos espaços de atendimento às urgências,
divergência entre os dados clínicos que foram comunicados considerados observatórios privilegiados da condição da saúde na
quando da regulação e os observados na recepção do paciente. sociedade;
- a educação continuada como estratégia permanente de
CAPÍTULO VII acreditação dos serviços, articulada ao planejamento institucional
e ao controle social;
- a transformação da realidade e seus determinantes,
NÚCLEOS DE EDUCAÇÃO EM URGÊNCIAS fundamentada na educação, no processamento de situações -
problema, extraídas do espaço de trabalho e do campo social.
As urgências não se constituem em especialidade médica 1.3 - Objetivos Estratégicos
ou de enfermagem e nos cursos de graduação a atenção dada à São objetivos estratégicos dos Núcleos de Educação em
área ainda é bastante insuficiente. No que diz respeito à Urgências:
capacitação, habilitação e educação continuada dos trabalhadores - Constituírem-se em núcleos de excelência regional,
do setor, observa-se ainda a fragmentação e o baixo estadual e nacional, para a formação de profissionais de saúde a
aproveitamento do processo educativo tradicional e a insuficiência serem inseridos na atenção às urgências;
dos conteúdos curriculares dos aparelhos formadores na - Elaborar, implantar e implementar uma política pública,
qualificação de profissionais para as urgências, principalmente, em buscando construir um padrão nacional de qualidade de recursos
seu componente pré-hospitalar móvel. Também se constata a humanos, instrumentalizada a partir de uma rede de núcleos
grande proliferação de cursos de iniciativa privada de capacitação regionais, os quais articulados entre si poderão incorporar
de recursos humanos para a área, com grande diversidade de paulatinamente critérios de atenção e profissionalização às
programas e conteúdos e cargas horárias, sem a adequada urgências;
integração à realidade e às diretrizes do Sistema Único de Saúde - Buscar a nucleação pública dos recursos educativos em
– SUS. saúde;
Assim, considerando o ainda importante grau de - Articular, processar e congregar as dificuldades e
desprofissionalização, falta de formação e educação continuada necessidades das instituições-membro para alcançarem as suas
dos trabalhadores das urgências, resultando em comprometimento metas, a fim de constituir Sistemas Estaduais de Urgência e
da qualidade na assistência e na gestão do setor; a necessidade Emergência;
de criar estruturas capazes de problematizar a realidade dos - Ser espaço interinstitucional combinando conhecimentos
serviços e estabelecer o nexo entre trabalho e educação, de forma e meios materiais que permitam abarcar a dimensão qualitativa e
a resgatar o processo de capacitação e educação continuada quantitativa das demandas de educação em urgências,
para o desenvolvimento dos serviços e geração de impacto em potencializando as capacidades e respondendo ao conjunto de
saúde dentro de cada nível de atenção; a necessidade de demandas inerentes a um sistema organizado de atenção;
estabelecimento de currículos mínimos de capacitação e - Ser estratégia pública privilegiada para a transformação
habilitação para o atendimento às urgências, face aos inúmeros da qualificação da assistência às urgências, visando impactos
conteúdos programáticos e cargas horárias existentes no país e objetivos em saúde populacional;
que não garantem a qualidade do aprendizado; o grande número - Constituir os meios materiais (área física e equipamentos)
de trabalhadores já atuando no setor e a necessidade de garantir- e organizar corpo qualificado de instrutores e multiplicadores, que

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


terão como missão, entre outras, produzir os materiais didáticos REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
em permanente atualização e adaptação às necessidades das
1. Currents in Emergency Cardiovascular
políticas públicas de saúde e dos serviços / trabalhadores da
saúde; Care; vol. 16, num. 5, dez/05 – fev/06
1.4 - Objetivos Operacionais 2. Ressuscitação e emergências
São objetivos operacionais dos Núcleos de Educação em cardiovasculares: do básico ao avançado;
Urgências:
- Promover programas de formação e educação
Sérgio Timerman e cols. – Barueri, SP:
continuada na forma de treinamento em serviço a fim de atender Manole, 2007.
ao conjunto de necessidades diagnosticado em cada região, 3. Guimarães HP, Lopes RD, Costa MPF -
fundamentando o modelo pedagógico na problematização de Suporte Básico de Vida, em: Guimarães
situações;
HP, Lopes RD, Lopes AC - Parada
- Capacitar os recursos humanos envolvidos em todas as
dimensões da atenção regional, ou seja, atenção pré-hospitalar - Cardiorrespiratória. São Paulo, Editora
unidades básicas de saúde, unidades de saúde da família, pré- Atheneu, 2005;7-37.
hospitalar móvel, unidades não hospitalares de atendimento às 4. Manual de Procedimentos para
urgências e emergências e ambulatórios de especialidades;
Vacinação / elaboração de Clelia Maria
atenção hospitalar e atenção pós-hospitalar - internação domiciliar
e serviços de reabilitação, sob a ótica da promoção da saúde; Sarmento de Souza Aranda et al. 4. ed. -
- Estimular a criação de equipes multiplicadoras em cada Brasília : Ministério da Saúde : Fundação
região, que possam implementar a educação continuada nos Nacional de Saúde ; 2001
serviços de urgência;
5. Destaques das Diretrizes da American
- Congregar os profissionais com experiência prática em
urgência, potencializando sua capacidade educacional; Heart Association 2010 para RCP e ACE
- Desenvolver e aprimorar de forma participativa e
sustentada as políticas públicas voltadas para a área da urgência;
- Certificar anualmente e re-certificar a cada dois anos os
profissionais atuantes nos diversos setores relativos ao
atendimento das urgências;
- Propor parâmetros para a progressão funcional dos
QUESTÕES
trabalhadores em urgências, vinculados ao cumprimento das
exigências mínimas de capacitação, bem como à adesão às 01- (TE_FUNIVERSA_2005) A Portaria 2.048/ MS de 5 de
atividades de educação continuada. novembro de 2002 dispõe sobre o regulamento técnico dos
2 - Grades de Temas, Conteúdos, Habilidades, Cargas sistemas estaduais para área de urgência e emergência,
Horárias Mínimas para a Habilitação e Certificação dos
destacando-se a importância da estruturação dos serviços
Profissionais da Área de Atendimento às Urgências e
Emergências: para o atendimento pré-hospitalar fixo, aos pacientes do
Como já foi abordado, há uma premente necessidade de tipo abaixo especificado:
estabelecimento de currículos mínimos de capacitação e (A) Portadores de patologias crônicas que necessitem
habilitação para o atendimento às urgências. Isto decorre do fato atendimento e monitorização domiciliar.
de que os inúmeros conteúdos programáticos e cargas horárias (B) Portadores de distúrbios psiquiátricos que necessitem
existentes no país não garantem a qualidade do aprendizado. de internação em hospital-dia.
Assim, o pressente Regulamento propõe temas, conteúdos, (C) Portadores de doenças crônico-degenerativas que
habilidades e cargas horárias mínimas a serem desenvolvidos
necessitem de assistência paliativa.
pelos Núcleos de Educação em Urgências e considerados
necessários para a certificação inicial de todos os profissionais (D) Portadores de quadros agudos de origens clínicas,
que já atuam ou que venham a atuar no atendimento às urgência e traumáticas ou psiquiátricas para o atendimento ou
emergências, seja ele de caráter público ou privado. transporte a um serviço de saúde hierarquizado.
2.1 – Profissionais do Atendimento Pré-Hospitalar Móvel (E) Nenhuma das alternativas anteriores.

A - Profissionais Não Oriundos da Área da Saúde 02- (ENF_FUNIVERSA_2005) A Enfermeira da Unidade de


A-1 - Profissionais da Área de Segurança, Bombeiros e Neurocirurgia realiza um exame neurológico aplicando a
Condutores de Veículos de Urgência do Tipo B, C e D: Escala de Coma de Glasgow em um de seus pacientes. A
finalidade e os parâmetros de avaliação da escala são,
respectivamente:
(A) Diagnosticar trauma encefálico; otorragia; midríase e
resposta motora.
(B) Avaliar integridade da circulação cerebral; diplopia;
otorragia e resposta motora.
(C) Avaliar o nível de consciência; abertura ocular; resposta
verbal e motora.
(D) Verificar hematoma craniano; midríase; resposta verbal
e motora.
(E) Dimensionar a lesão cerebral; abertura ocular; reflexo
fotomotor e resposta verbal.

03- (ENF_FUNIVERSA_2005) Em uma Unidade de


emergência, há um paciente internado com história de

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


traumatismo crânio-encefálico decorrente de acidente de
trânsito. Não responde a estímulos verbais ou dolorosos. 07- (AET_FUNIVERSA_2010) Um paciente apresenta os
Na fase de coleta de dados de Enfermagem é prioritária, seguintes sintomas: inconsciência, ausência de pulso e
entre outras, a observação: respiração, palidez intensa, extremidades frias, cianose e
(A) Das alterações nas pupilas. dilatação de pupilas. Assinale a alternativa que apresenta a
(B) Da hiperemia reativa na pele da região dos calcâneos. suspeita e a conduta imediata a ser realizada nessa
(C) Da eliminação urinária. situação.
(D) Do aumento do pulso. (A) Suspeita-se de uma parada cardiorrespiratória e a
(E) Da respiração superficial e regular. conduta é o rápido transporte para um hospital próximo.
(B) Suspeita-se de que o paciente apresente sintomas de
04- (ENF_FUNIVERSA_2005) O procedimento de asma brônquica e a conduta é o uso de broncodilatadores.
massagem cardíaca fechada, realizada numa parada (C) Suspeita-se de Síndrome do Desconforto Respiratório
cardíaca para restabelecer e manter a circulação, é a Agudo (SDRA) e a conduta é intubação traqueal.
compressão (D) Suspeita-se de uma parada cardiorrespiratória e a
(A) rítmica do coração, pela pressão aplicada manualmente conduta é reanimação cardiorrespiratória imediata no local
sobre o esterno. encontrado, desde que esse local seja seguro.
(B) arrítmica do coração, pela pressão aplicada (E) Suspeita-se de uma situação de choque cardiogênico e
manualmente sobre as costelas. a conduta é expectante.
(C) rítmica do coração, pela pressão aplicada
manualmente sobre a clavícula. 08- (AET_FUNIVERSA_2010) O serviço em postos de
(D) arrítmica do coração, pela pressão aplicada atendimento ao trabalhador exige prestação de cuidados
manualmente sobre o úmero. rápidos em casos de socorro e de urgência. Um indivíduo
(E) rítmica do pulmão, pela pressão aplicada manualmente acidentado ou vítima de um acometimento súbito deve ser
sobre o esterno. protegido contra maiores danos. Assinale a alternativa que
apresenta os cuidados exigidos em caso de socorro e
05- (AET_FUNIVERSA_2010) Um trabalhador, ao urgência.
manusear um quadro elétrico, provocou acidentalmente um (A) Oferecer hidratação oral, manter respiração, prevenir
curto-circuito que ocasionou uma queimadura de terceiro estado de choque e proteger áreas de queimaduras e
grau em ambas as mãos. Assinale a alternativa correta a áreas fraturadas.
respeito de queimaduras ou cuidados que devem ser (B) Evitar hemorragias, oferecer hidratação oral, oferecer
tomados imediatamente, visto que o paciente se encontra analgésicos e desproteger áreas de queimaduras e áreas
hemodinamicamente estável. fraturadas.
(A) A queimadura de terceiro grau tem como característica (C) Manter respiração, oferecer analgésicos para evitar
o acometimento de apenas duas camadas: a pele e a sofrimento no paciente e proteger áreas de queimaduras e
epiderme. áreas fraturadas.
(B) Esse grau de queimadura é considerado superficial e (D) Evitar hemorragias, manter sinais vitais, prevenir
não necessita de procedimentos complexos, como cirurgia estado de choque e proteger áreas de queimaduras e
por exemplo. áreas fraturadas.
(C) Devem colocar imediatamente a área queimada sob (E) Evitar hemorragias, manter respiração, prevenir estado
água corrente fria ou imersa em água fria ou cobri-la com de choque e tentar reposicionar o osso fraturado.
compressa molhada em água fria.
(D) Devem-se furar e drenar as bolhas existentes. 09 -(Enfermeiro VUNESP 2010) O atendimento da parada
(E) Deve-se aplicar gelo na queimadura para provocar cardiorrespiratória (PCR) envolve duas etapas: avaliação
sensação de analgesia. primária (basic life support – BLS) e secundária (advanced
life support – ALS). A respeito dessas etapas, a afirmativa
06-(AET_FUNIVERSA_2010) Assinale a alternativa que correta é:
corresponde à conduta correta a ser adotada durante uma I. BLS visa ao reconhecimento e atendimento de situações
parada cardiorrespiratória. de emergência;
(A) Posicionar o paciente em uma bancada firme, II. na PCR, se a respiração estiver ausente, realizar duas
desobstruir as vias aéreas e iniciar massagem e ventilação ventilações de resgate;
(trinta massagens para duas ventilações). III. utilizar o DEA (desfibrilador elétrico automático) como
(B) Posicionar o paciente em decúbito semi-elevado, último recurso no atendimento da PCR;
desobstruir as vias aéreas e iniciar massagem e ventilação IV. a abertura das vias aéreas deve ser feita através da
(cinco massagens para duas ventilações). elevação da mandíbula e hiperextensão cervical para todos
(C) Posicionar o paciente em uma elevação de 30° e iniciar os casos.
massagem e ventilação (sete massagens para duas Está correto o contido apenas em
ventilações). (A) I e III.
(D) Posicionar o paciente em decúbito lateral e iniciar (B) II e III.
massagem e ventilação (sete massagens para duas (C) II e IV.
ventilações). (D) III e IV.
(E) O posicionamento do paciente não interfere na (E) I e II.
manobra de ressuscitação.

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


10 - -(Enfermeiro VUNESP 2010) Uma pessoa foi b) A dobutamina atua diretamente na constratibilidade
atropelada por um carro, tendo sido projetada a cerca de 5 miocárdica, aumentando o fluxo sangüíneo renal e
metros do local do impacto inicial. O motorista do carro diminuindo o débito cardíaco.
evadiu-se. O local está em segurança. A vítima encontra-se c) A atropina é usada no tratamento da taquicardia sinusal
em decúbito ventral, inconsciente, com respiração ruidosa e na assistolia ventricular.
e nítidas deformidades nos membros inferiores e no d) A hipóxia induz ao metabolismo anaeróbico que leva a
antebraço esquerdo. A enfermeira do SAMU deverá, uma acidose metabólica, sendo utilizado o bicarbonato de
inicialmente, sódio.
(A) verificar a existência de fraturas de ossos longos ou e) A noradrenalina é um potente vasoconstritor periférico,
pelve antes da manipulação. que geralmente provoca uma elevação da pressão
(B) instalar colar cervical antes de qualquer manipulação. sangüínea, sendo indicado na hipotensão por hipovolemia.
(C) imobilizar os membros fraturados precocemente.
(D) estabilizar a cabeça e realizar manobra de 180 graus 15 (Esaf Enfermeiro mpu 2004)- Acerca das lesões crânio-
posicionando a vítima em prancha longa. encefálicas que acontecem diariamente em acidentes,
(E) ventilar a vítima com oxigênio suplementar. quedas ou assaltos, assinale a opção correta.
a) Sendo a anoxia cerebral a causa mais comum de lesão
11 -(Enfermeiro VUNESP 2010). No atendimento pré- cranio-encefálica, é importante a administração de alto
hospitalar, realizado por um indivíduo leigo treinado, a uma fluxo de oxigênio.
pessoa apresentando crise epiléptica tônico-clônica, no b) Na avaliação dos sinais vitais, pode-se afirmar que a
passeio público, é correto hipertensão e a taquicardia indicam aumento de pressão
(A) proteger a cabeça da vítima, remover do local objetos intracraniana.
que possam causar-lhe ferimento e manter vias aéreas c) É importante a observação do nível de consciência,
livres. apesar de não ser o indicador mais sensível de mudança
(B) girar a cabeça da vítima para o lado, segurar o corpo da da condição clínica do paciente.
vítima, evitando lesões, e verificar os sinais vitais. d) Concussão ou contusão refere-se à perda temporária da
(C) tentar conversar com a vítima para acalmá-la, verificar consciência em função de lesão craniana grave.
os sinais vitais e oferecer água. e) Não é correto afirmar que se deve admitir uma fratura de
(D) girar o corpo da vítima para o lado, verificar os sinais coluna cervical para qualquer paciente com uma lesão
vitais e oferecer água. crânio-encefálica.
(E) mover a vítima do local, verificar os sinais vitais e
oferecer água. EEEEE
(Cespe residencia enf 2011) Julgue os itens a seguir, que
12- -(Enfermeiro VUNESP 2010). As manobras de tratam da ressuscitação cardiopulmonar de adultos em
ressuscitação cardiorrespiratória têm por finalidade ambiente de pronto-socorro.
restaurar a interrupção da circulação e/ou respiração e 16- As drogas a serem administradas nos casos de
manter a circulação de sangue oxigenado para o cérebro e ressuscitação cardiopulmonar são a epinefrina e a
outros órgãos vitais. A relação ventilação/compressão vasopressina, as quais devem ser de uso intravenoso e
torácica deve obedecer a uma sequência de jamais devem ser colocadas no tubo endotraqueal, uma
(A) 1:15 com um socorrista. vez que, por essa via, não ocorrerá a absorção desses
(B) 1:15 com dois socorristas. medicamentos.
(C) 3:15 com um socorrista. 17- O uso do desfibrilador automático representa uma
(D) 2:15 independentemente da quantidade de socorristas. medida de suporte avançado de vida e deve ser instituído
(E) 2:30 independentemente da quantidade de socorristas. na presença de fibrilação ventricular ou no caso de
atividade elétrica sem pulso.
13 -(Enfermeiro VUNESP 2010) A conduta adequada, no 18- Comprovada a parada cardiopulmonar, devem-se
tratamento do choque anafilático, é iniciar as manobras de compressão torácica alternada com
(A) uso de anti-histamínico, oxigênio em fluxo baixo e a ventilação assistida, localizando-se o ponto de
administração de antitérmico. compressão torácica a 2 cm acima do apêndice xifóide e
(B) identificação e remoção do antígeno responsável pela aplicando-se a sequência de duas ventilações assistidas
reação alérgica. para quinze compressões torácicas.
(C) uso de antibiótico e analgésico. 19-A desfibrilação elétrica é uma manobra fundamental
(D) uso de antibióticos e antitérmico. para reverter quadros de arritmia. Na fibrilação ventricular
(E) uso de antibióticos e broncodilatadores. sem pulso, aplicam-se três choques sucessivos e a cada
choque aplicado é necessário verificar o pulso da vítima e
14 (Esaf Enfermeiro mpu 2004)- Durante a parada retirar as pás do desfibrilador, a fim de se promover a
cardiorrespiratória é fundamental e importante o impedância torácica.
conhecimento das medicações mais utilizadas. A respeito 20- A intubação endotraqueal é prioritária quando, após o
desse item, assinale a opção correta. terceiro choque com o desfibrilador, é mantida a condição
de parada cardiorrespiratória, uma vez que permite maior
a) A adrenalina aumenta a força de contração do músculo correção da hipóxia e serve de via de administração para
cardíaco, diminuindo a necessidade miocárdica de algumas drogas, enquanto não se tem acesso endovenoso
oxigênio. definido.

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parada cardiorespiratória.
21- (ENF SAO GONCALO 2011).O eletrocardiograma d) A técnica de compressão externa do tórax consiste em
(ECG) representa valioso registro do funcionamento uma aplicação seriada e rítmica de pressão sobre a
cardíaco, quanto à atividade elétrica. Com referência ao metade superior do externo.
traçado no ECG, é correto afirmar que: e) Durante a parada cardiorespiratória, a hipóxia induz o
A) o nódulo sinoauricular inicia o impulso elétrico que se metabolismo anaeróbico que produz ácido láctico levando
difunde nas duas aurículas como uma onda de a uma acidose respiratória.
despolarização e determina a ondaT.
B) após o complexo QRS, existe uma pausa representada 25- -(ESAF TE - MPU – 2004) A respeito dos traumatismos
pelo segmentoQT. músculo-esqueléticos, assinale a assertiva errada.
C) a estimulação auricular é registrada como onda Q. a) Contusão é uma lesão dos tecidos moles produzida pela
D) o complexo QRS representa o início da contração força de uma pancada, como soco, batida ou queda,
ventricular. podendo haver dor, edema, equimose e hematoma.
E) a onda P representa, eletricamente, despolarização b) Entorse é uma lesão às estruturas ligamentares que
ventricular. circulam uma articulação, que apresenta edema e muita
dor à movimentação, e que foi causada por um puxão
22 -(ESAF TE - MPU – 2004) O choque hipovolêmico é violento ou movimento de torção.
definido como uma síndrome, conseqüente à diminuição c) Luxação de uma articulação ocorre quando as
prolongada de volume sangüíneo circulante, inadequado à superfícies dos ossos que formam a articulação deixam de
oxigenação dos tecidos e à anoxia celular. Avalie os sinais permanecer em contato anatômico, não sendo necessário
clínicos do choque e marque com F para falso e com V imobilizar a região até que o paciente seja encaminhado à
para verdadeiro e assinale a opção correta. emergência.
( ) hipotensão e taquicardia d) Fratura é a quebra da continuidade do osso, sendo
( ) sudorese e palidez definida de acordo com o tipo e extensão, e é considerada
( ) obnubilização e oligúria simples quando a pele não sofre ruptura.
a) V, V, V e) O tratamento das contusões, distensão e entorses
b) V, V, F consiste em repouso, elevação da parte afetada e
c) F, F, V aplicação de frio e bandagens.
d) F, V, F
e) F, F, F 26 - -(ESAF TE - MPU – 2004) Quanto a manifestações
clínicas e cuidados com queimaduras, em seus vários
23- -(ESAF TE - MPU – 2004) Relativamente aos fatores aspectos, assinale a opção incorreta.
importantes no transporte de pacientes críticos, marque a) Queimadura é toda e qualquer lesão no organismo
com F a afirmação falsa e com V a afirmação verdadeira e causada pelo calor, por substâncias corrosivas e pela
assinale a opção correta. irradiação.
( ) Ter conhecimento do paciente e da identificação das b) A intensidade de uma queimadura é determinada pela
prováveis intercorrências durante a remoção. temperatura e pelo tempo em que o calor agiu sobre o
( ) Solicitar ao motorista que acelere a ambulância, em corpo, assim como a área afetada e a idade do paciente.
situação de risco, como parada cardiorespiratória, para se c) As queimaduras são classificadas de acordo com a
chegar mais rápido. profundidade e a extensão, sendo que as de primeiro grau
( ) Se possível, transportar o paciente em posição de semi- são caracterizadas por lesão de epiderme, eritema e
Fowler, por ser mais segura e minimizar os efeitos da edema.
variação de velocidade. d) Monitorizar os sinais vitais, avaliar o nível de
a) V, V, V consciência, realizar controle de diurese, fazer uso de
b) V, V, F precauções universais e manter o paciente em semi-Fowler
c) F, F, F são cuidados específicos de enfermagem.
d) F, V, F e) Apesar de haver pouco risco de ocorrer choque
e) V, F, V hipovolêmico, é importante a reposição líquida, além de o
atendimento requerer o uso de gorro, avental e luvas
24- -(ESAF TE - MPU – 2004) Acerca da parada esterilizadas.
cardiorespiratória, que requer um atendimento de
emergência envolvendo toda a equipe de saúde, assinale a 27- -(ESAF TE - MPU – 2004) - Com relação aos cuidados
única assertiva correta. e conhecimentos específicos das convulsões, assinale a
a) Pode ser definida como uma cessação brusca e única assertiva correta.
potencialmente reversível da respiração e da circulação a) As convulsões são consideradas como resultantes de
espontâneas. distúrbios dos neurônios que produzem descargas
b) Apesar de ter uma reserva de oxigênio, o cérebro e o elétricas anormais, recidivantes apesar de controladas.
coração são órgãos mais sensíveis à falta de sangue b) O dano cerebral ocorre mesmo com convulsões de curta
oxigenado. duração, havendo também perda da memória durante e
c) A perda de consciência, a apnéia, a ausência de pulso por curto período de tempo após a sua ocorrência.
corotídeo e femural e a midríase, depois de c) Durante a convulsão deve-se proteger a cabeça e
aproximadamente 5 minutos, são sinais e sintomas da colocar um lenço ou espátula na boca do paciente para

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


evitar mordedura da língua. manifestação epiléptica.
d) Na convulsão é importante manter as vias aéreas b) A crise convulsiva epiléptica dura de segundos a
permeáveis até que o paciente esteja completamente minutos, com início e fim bruscos.
acordado e deve-se fornecer oxigênio no caso de cianose. c) As crises convulsivas generalizadas podem ser do tipo
e) Durante a crise deve-se tentar conter o paciente para ausência típica ou atípica, tônica e/ou clônica.
evitar fraturas e traumatismos. d) O eletroencefalograma é padrão ouro para o diagnóstico
de epilepsia, mostrando alterações das ondas cerebrais em
28- (UFG COREN GO 2010) A Portaria GM/MS n. 2048, de todos os pacientes epilépticos.
5 de novembro de 2002, aprova o Regulamento Técnico e) O Tratamento não medicamentoso durante a crise
dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência. Nesse convulsiva consiste em proteger a cabeça e lateralizá-la,
Regulamento está determinado que evitar quedas e mordeduras de língua.
(A) o horário de funcionamento de Unidade Não Hospitalar
de Atendimento às Urgências e Emergências, ao contrário ECCE
de Unidades Hospitalares, restringe-se aos dias úteis, das (Enf. SAMU SE-CESPE-2008) A enfermagem de
7 às 19 horas. emergência deve estar preparada para estabelecer
(B) a equipe mínima de uma Unidade Não Hospitalar de prioridades, trabalhar de forma integrada com as equipes
Atendimento às Urgências e Emergências deve contar com internas e externas de atendimento pré-hospitalar,
médico, enfermeiro, técnicos de enfermagem, odontólogos monitorar e avaliar continuamente principalmente os
e farmacêuticos nas 24 horas. pacientes agudamente doentes, supervisionar a equipe de
(C) o processo de triagem classificatória pode ser realizado saúde e ensinar os pacientes e famílias acerca dos
por técnicos de enfermagem, mediante treinamento cuidados em situações de risco de morte. Acerca dos
específico e uso de protocolos, contudo é vedada a cuidados e intervenções em situação de pronto-
dispensa de pacientes antes que estes recebam atendimento, julgue os itens a seguir.
atendimento médico. 33- Na queimadura química, o principal cuidado é controlar
(D) o enfermeiro e o auxiliar/técnico de enfermagem devem e afastar a vítima da fonte de calor, resfriando o local da
dirigir-se à sala de urgências da Unidade Não Hospitalar de queimadura com água. A área queimada deve ser
Atendimento às Urgências e Emergências sempre que protegida com compressa estéril ou pano limpo.
houver a entrada de paciente anunciada por aviso sonoro 34 -Os cuidados a vítima de inalação de gases tóxicos
ou comunicação verbal. incluem a remoção da vítima do local onde ocorreu a
inalação e a administração de oxigênio.
29-(TECNOCON COFEN PI 2009) No adulto, as principais 35 -No caso de pessoas picadas por insetos, os cuidados
causas de parada cardíaca são: visam diminuir o prurido e a dor e prevenir a instalação de
a) Fibrilação Atrial e Torsades de Points reação anafilática.
b) Fibrilação Atrial e Arritmia Cardíaca 36- O soro antiofídico deve ser administrado por via
c) Taquicardia Ventricular e Fibrilação Ventricular endovenosa, de acordo com as orientações do fabricante e
d) Sopros Cardíacos e Estenose Mitral do grupo ao qual pertence o animal peçonhento. Em
e) Arritmia Cardíaca e Estenose Mitral situações graves, o soro antiofídico deve ser administrado
por via intramuscular.
30-(TECNOCON COFEN PI 2009) Em casos de Assistolia,
o Enfermeiro deve: CCEC
a) Preparar o desfibrilador para o procedimento de (Enf. SAMU SE-CESPE-2008) Por meio da Portaria GM
desfibrilação. 1.863/2003, o governo brasileiro instituiu a Política
b) Preparar o material para cardioversão. Nacional de Atenção às Urgências, a ser implantada em
c) Instalar oxigênio por cateter tipo óculos 5 litros/minutos. todas as unidades federadas, respeitadas as três esferas
d) Iniciar manobras de reanimação cardiopulmonar. de gestão. Com relação à Política Nacional de Atenção às
e) Puncionar acesso venoso, instalar oximetria de pulso e Urgências, julgue os itens subsequentes.
colocar gel nas pás do desfibrilador. 37- Essa política será organizada de forma a contribuir
para o desenvolvimento de estratégias promocionais de
31-(TECNOCON COFEN PI 2009) No pneumotórax qualidade de vida e saúde capazes de prevenir os agravos,
hipertensivo, o ar entra na cavidadepleural durante a proteger a vida, educar para a defesa e recuperação da
inspiração e não sai durante a expiração,devido a saúde.
elasticidade da parede da lesão. São sinais de 38- A implementação dessa política deverá contemplar as
pneumotórax hipertensivo, EXCETO: diretrizes de regionalização da atenção às urgências,
a) Dispnéia intensa e cianose mediante a adequação criteriosa da distribuição dos
b) Desvio de traquéia recursos assistenciais, implantando sistemas estaduais,
c) Ingurgitamento de veias jugulares regionais e municipais e suas respectivas redes de
d) Som maciço à percussão torácica atenção.
e) Hipotensão arterial 39- Para integrar o sistema único de saúde, esta política
deve fomentar, coordenar e executar projetos estratégicos
32-(TECNOCON COFEN PI 2009) Com relação às de atendimento às necessidades coletivas em saúde, de
epilepsias, pode-se afirmar, EXCETO: caráter urgente e transitório.
a) A crise convulsiva é a forma mais comum de 40- O componente pré-hospitalar móvel da Política

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Nacional de Atenção às Urgências, foi instituído por (D) meperidina.
intermédio da implantação de serviços de atendimento (E) tramadol.
móvel de urgência (SAMU) em municípios e regiões de
todo o território brasileiro. 48- (Enf_SAMU_VUNESP_2010). O tratamento eficaz para
a fibrilação ventricular (FV) é a
CECECC (A) administração de adenosina.
(Enf. SAMU SE-CESPE-2008) Acerca da enfermagem em (B) administração de nitroglicerina.
situações de emergência, julgue os itens de 109 a 114. (C) desfibrilação elétrica.
41- O cotidiano hospitalar é cercado por riscos de (D) ventilação com pressão positiva com bolsa-valva-
iatrogênicos, cujos tipos e causas estão, muitas vezes, máscara.
associados aos procedimentos e cuidados de enfermagem (E) administração de epinefrina.
e também à infraestrutura da instituição hospitalar.
42- É compromisso ético e responsabilidade da 49- (Enf_SAMU_VUNESP_2010) Quando o medicamento
enfermagem os cuidados ao paciente, a prestação de é administrado por via venosa periférica durante a
assistência segura, livre de riscos e danos, em harmonia e ressuscitação cardiopulmonar, é recomendado que se
parceria com os demais membros da equipe de saúde do eleve a extremidade do membro por cerca de
hospital, sendo obrigatórias medidas punitivas nas (A) 10 a 20 segundos.
ocorrências iatrogênicas. (B) 10 a 30 segundos.
43- Os estressores relacionados ao trabalho da (C) 15 a 25 segundos.
enfermagem incluem o conflito e a ambiguidade de papéis; (D) 15 a 40 segundos.
a falta de autonomia; o estilo de supervisão; a falta de (E) 20 a 30 segundos.
oportunidade de crescimento dentro da organização; e a
falta de suporte administrativo. 50- (Enf_SAMU_VUNESP_2010). As prioridades da
44- São considerados pacientes terminais no serviço de sequência de vias de acesso vascular, para administração
emergência aqueles que possuem diagnóstico de doença de medicamentos durante a ressuscitação cardiopulmonar,
terminal mas que não têm consciência acerca do são:
prognóstico da doença em questão. (A) intravenosa, endotraqueal e intraóssea.
45- A eutanásia passiva ou indireta consiste na morte do (B) intraóssea, endotraqueal e intravenosa.
paciente em situação de terminalidade por não se iniciar (C) intraóssea, intravenosa e endotraqueal.
ação ou pela interrupção de medida extraordinária, com o (D) intravenosa, intraóssea e endotraqueal.
objetivo de reduzir as dores e os sofrimentos. (E) endotraqueal, intraóssea e intravenosa.
46- Os cuidados de enfermagem nas situações de dor
devem considerar que ela afeta todo funcionamento 51- (Enf_SAMU_VUNESP_2010). Mulher de 37 anos,
orgânico e psicológico e deve ser gerenciada com rapidez vítima de atropelamento por uma motocicleta, sofreu uma
e zelo profissional, incluindo a manutenção do paciente fratura de fêmur. As complicações iniciais que podem
consciente, confortável e sem dor. ocorrer são:
(A) choque hipovolêmico e necrose óssea.
47- (Enf_SAMU_VUNESP_2010) Mulher de 20 anos de (B) choque hipovolêmico e embolia gordurosa.
idade estava em sua residência e foi vítima de ferimento (C) choque hipovolêmico e osteomielite.
por arma branca na região abdominal. Foi encontrada (D) convulsão e choque séptico.
consciente, orientada. Durante o transporte da vítima, (E) choque séptico e insuficiência respiratória.
deve-se:
(A) remover o objeto. 52- (Enf_SAMU_VUNESP_2010). Em relação ao uso do
(B) mobilizar o objeto somente se estiver sangrando à sua colar cervical rígido, é correto afirmar que:
volta. (A) é utilizado para auxiliar a imobilização da coluna.
(C) estabilizar o objeto encravado e imobilizá-lo para evitar (B) imobiliza totalmente o movimento da cabeça.
que ele se mexa mais. (C) deve ser aplicado depois de alinhar a cabeça da vítima
(D) realizar palpação profunda do abdômen para prevenir em posição neutra.
sangramento ao redor do objeto. (D) convém estar atento ao aplicar tamanho pequeno, pois
(E) realizar ausculta dos ruídos hidroaéreos. permite hiperextensão da cabeça.
(E) deve ser realizado por 4 socorristas.
48- (Enf_SAMU_VUNESP_2010). Homem de 72 anos de
idade encontrava-se em sua residência quando iniciou um 53- (Enf_SAMU_VUNESP_2010). Luxação é a perda
desconforto torácico retroesternal que se irradiou para os parcial ou total do contato entre as superfícies ósseas que
ombros, o pescoço e ambos os braços. O paciente percebe compõem uma articulação. No atendimento pré-hopitalar,
este desconforto mais como uma pressão ou aperto, do recomenda-se que se realize
que como uma dor propriamente dita. Esse desconforto (A) imobilização provisória e aplicação de frio.
torácico é sugestivo de isquemia coronariana. A medicação (B) imobilização provisória e aplicação de calor.
indicada para o tratamento inicial da dor isquêmica é: (C) manipulação do local e aplicação de calor.
(A) fentanil. (D) manobras para esticar o local e aplicação de frio.
(B) nitroglicerina sublingual ou spray. (E) manobras para esticar o local e aplicação de calor.
(C) morfina.

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54- (Enf_SAMU_VUNESP_2010). Homem de 72 anos de (D) hipotermia, pupilas puntiformes, edema pulmonar,
idade estava em sua residência quando, subitamente, fadiga e vômito.
iniciou quadro de fraqueza em braço e perna em apenas (E) taquicardia, alterações visuais, dor torácica, agitação e
um lado do corpo, dificuldade para falar e compreender, dor abdominal.
dor de cabeça muito intensa e desvio de rima. Essas
manifestações clínicas são sugestivas de 60- (Enf_SAMU_VUNESP_2010). Indivíduo de 52 anos, do
(A) malformações arteriovenosas. sexo masculino, vítima de acidente automobilístico, com
(B) acidente vascular cerebral. suspeita de trauma cervical, pulso: 88 bpm, sat O2 80%.
(C) aneurisma cerebral. Para abertura da via aérea e oferta de oxigênio
(D) miastenia gravis. suplementar, deve-se realizar a seguinte técnica:
(E) angina instável. (A) manobra de inclinação da cabeça – elevação do
queixo.
55- (Enf_SAMU_VUNESP_2010). Mulher de 28 anos, (B) manobra de elevação da cabeça.
vítima de um acidente automobilístico, encontra-se com (C) checagem de corpo estranho na cavidade oral.
suspeita de lesão neurológica. Durante a avaliação, (D) manobra de elevação da mandíbula sem extensão da
observa-se que suas pupilas encontram-se uma maior que cabeça.
a outra. Neste caso, é correto afirmar que suas pupilas (E) manobra de elevação do queixo.
estão
(A) isocóricas. 61- (Enf_SAMU_VUNESP_2010). A frequência entre a
(B) anisocóricas. massagem cardíaca e a ventilação a ser realizada no
(C) em midríase. atendimento de parada cardíaca em adulto, segundo a
(D) em miose. recomendação da American Heart Association (Associação
(E) puntiformes. Interamericana do Coração), é de
(A) 15:1.
56- (Enf_SAMU_VUNESP_2010). A hipernatremia é o (B) 30:1.
aumento da concentração plasmática de (C) 30:2.
(A) sódio. (D) 15:2.
(B) potássio. (E) 20:2.
(C) cálcio.
(D) magnésio. 62- (Enf_SAMU_VUNESP_2010). Homem de 32 anos,
(E) fosfato. vítima de afogamento, encontra-se inconsciente, sem
respiração. A conduta inicial mais importante para
57- (Enf_SAMU_VUNESP_2010). Um homem de 30 anos restabelecer a ventilação e oxigenação é
foi picado por animal peçonhento no membro inferior (A) realizar a manobra de Heimlich para drenar a água.
direito. A recomendação, neste caso, é (B) abrir as vias aéreas e iniciar respirações de resgate o
(A) espremer o local afetado. mais rápido possível.
(B) realizar torniquete. (C) iniciar as compressões torácicas.
(C) fazer sucção na região afetada. (D) estabilizar a coluna cervical.
(D) evitar sua movimentação e limpar o local com água e (E) analisar ritmo cardíaco.
sabão.
(E) realizar pequenas incisões no local. 64- (Enf_SAMU_VUNESP_2010). As diretrizes da
American Heart Association de 2005-2006 recomenda que
58- (Enf_SAMU_VUNESP_2010). Homem de 26 anos todos os profissionais de saúde sejam treinados a utilizar a
sofreu um choque elétrico ao manusear a caixa de força. ferramenta chamada Escala Pré-Hospitalar de Cincinnati.
Encontra-se inconsciente, sem pulso palpável, em parada Essa escala permite avaliação de 3 achados, que são:
circulatória e apneico. Os ritmos precipitantes destes sinais (A) desvio de rima, fala anormal e hemiplegia.
são: (B) desvio de rima, queda do braço e fala anormal.
(A) taquicardia supraventricular. (C) alteração da marcha, fala anormal e queda do braço.
(B) fibrilação ventricular ou assistolia. (D) perda de equilíbrio, queda do braço e fala anormal.
(C) flutter atrial. (E) déficit de atenção, fala anormal e perda de equilíbrio.
(D) bradicardia sinusal.
(E) fibrilação atrial. O enunciado refere-se às questões de números 36 e 37
(65 E 66).
59- (Enf_SAMU_VUNESP_2010). A intoxicação digitálica, Em um restaurante você vê um homem sentado à mesa ao
habitualmente em usuário crônico, pode ser resultado de lado, conversando e almoçando com a família. Ele
uma ingestão acidental ou intencional. São sinais e começou a ficar agitado, nervoso, levantou-se, tentou
sintomas iniciais mais comuns dessa intoxicação: tossir, não conseguia falar, assumindo esta postura:
(A) astenia, alterações visuais, náusea, vômito e dor 65- (Enf_SAMU_VUNESP_2010) Considerando essa
abdominal. sitação a conduta inicial é
(B) hipotensão, bradicardia, convulsão, vômito e astenia. (A) deitar a vítima e iniciar compressões torácicas.
(C) edema pulmonar, depressão respiratória, bradicardia, (B) se posicionar atrás da vítima e com o punho fechado e
alterações visuais e convulsão. a outra mão apoiada entre o umbigo e o esterno empurrar

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as mãos para cima e para dentro vigorosamente. possível em
(C) sentar a vítima e pedir que tussa vigorosamente. (A) decúbito ventral.
(D) se posicionar atrás da vítima e com o punho fechado e (B) decúbito dorsal.
a outra mão apoiada entre o umbigo e o esterno empurrar (C) decúbito lateral direito.
as mãos para dentro vigorosamente. (D) decúbito lateral esquerdo.
(E) deitar a vítima e realizar duas respirações de resgate. (E) decúbito dorsal com elevação de 30º.

66 - (Enf_SAMU_VUNESP_2010) Você fez a manobra 72- (Enf_SAMU_VUNESP_2010) Paciente com suspeita de


necessária, mas a vítima ficou inconsciente. hemorragia interna não tem sinais de fraturas. O
Nesse caso, você realiza tratamento adequado no atendimento pré-hospitalar, além
(A) ventilação de resgate. de deitar a vítima, é
(B) checagem do pulso. (A) elevar MMII, iniciar ABC e providenciar rapidamente o
(C) compressões torácicas. transporte.
(D) manobra de compressão abdominal e varredura na (B) mantê-la em decúbito lateral, iniciar ABC e preparar
cavidade oral até a expulsão do corpo estranho. material para entubação.
(E) preparo do material para intubação orotraqueal. (C) mantê-la em decúbito dorsal horizontal, puncionar veia,
administrar volume e providenciar rapidamente o
67- (Enf_SAMU_VUNESP_2010). Mulher de 50 anos, transporte.
vítima de ferimento por arma de fogo no tórax. Está com (D) elevar MMII, analisar ritmo cardíaco e pressão arterial e
rebaixamento de nível de consciência, palidez cutânea, providenciar rapidamente o transporte.
sudorese, pele fria, taquipneia, taquicardia, pulso filiforme. (E) mantê-la em decúbito dorsal horizontal, analisar ritmo
Esses sinais indicam: cardíaco e providenciar rapidamente o transporte.
(A) hematoma intracraniano.
(B) contusão pulmonar. 73- (Enf_SAMU_VUNESP_2010) Você foi chamado para
(C) pneumotórax. atender um homem de 35 anos que está num bar e se
(D) hemorragia interna. envolveu em uma briga. Quando você chegou o homem
(E) trauma raquimedular. estava sentado com muita dor e você detectou uma lesão
perfurante no hemitórax direito causado por objeto
68- (Enf_SAMU_VUNESP_2010) A escala de Glasgow, pontiagudo e de grosso calibre. Ele está dispnéico e com
utilizada após um trauma, auxilia na avaliação de ruído na inspiração e no ferimento. A conduta adequada
(A) nível de consciência. para tratar o ferimento durante o transporte da vítima é
(B) dor. (A) cobrir o ferimento com curativo oclusivo.
(C) sedação. (B) cobrir o ferimento com bandagem.
(D) confusão mental. (C) aplicar curativo compressivo.
(E) déficit cognitivo. (D) aplicar curativo valvulado.
(E) manter local descoberto.
69- (Enf_SAMU_VUNESP_2010). Vítima de acidente
automobilístico se encontra na cena deambulando, 74- (Enf_SAMU_VUNESP_2010) O método START
confusa, irritada, com sinais de sangramento pelo nariz e (Simple Triage and Rapid Treatment) – Simples triagem e
hematoma na face. Para esse caso, a conduta correta é rápido tratamento, é um método realizado em situações em
(A) acompanhar a vítima, pedindo que deambule até a que a magnitude da emergência ultrapassa a capacidade
ambulância. assistencial da equipe de socorro. Esse método avalia
(B) aplicar gelo no local do sangramento, comprimir e (A) nível de consciência, saturação de oxigênio, frequência
liberá-la. cardíaca, pressão arterial.
(C) pedir para que se deite na maca e iniciar atendimento. (B) deambulação, cianose, pressão arterial, frequência
(D) imobilizar a coluna cervical com a vítima em pé e iniciar cardiaca.
atendimento. (C) deambulação, respiração, enchimento capilar, nível de
(E) pedir seus documentos e levá-la ao hospital. consciência.
(D) deambulação, nível de consciência, respiração,
70- (Enf_SAMU_VUNESP_2010). Vítima de acidente pressão arterial.
automobilístico encontra-se imobilizada na prancha para o (E) cianose, pressão arterial sistólica, enchimento capilar.
transporte.Perde a consciência. No momento da colocação
da cânula orofaríngea, a vítima começa a vomitar em jato.
A conduta adequada é 75- (FCC CAMARA 2007). O enfermeiro do Atendimento
(A) retirar a imobilização e lateralizar a vítima. Pré-Hospitalar (APH) publica, em seu nome, trabalho
(B) retirar o colar cervical e lateralizar a vítima. científico do qual não participou. No Código de Ética dos
(C) iniciar a aspiração das VAS. Profissionais de Enfermagem, esta conduta é considerada
(D) passar uma sonda nasogástrica. (A) justificável, se os demais participantes do trabalho
(E) girar a prancha em 90º e aspirar VAS. foram comunicados antes da elaboração do mesmo.
(B) correta, nos casos de pesquisa.
71- (Enf_SAMU_VUNESP_2010) O transporte de paciente (C) proibida.
grávida, vítima de trauma, deve ser realizado sempre que (D) correta, se a instituição de saúde concordou com a

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publicação do trabalho. um adulto com responsividade. Esse corpo estranho nas
(E) justificável, se os demais participantes do trabalho vias respiratórias deve ser retirado pelo enfermeiro por
assinaram termo de consentimento livre e esclarecido meio de
referente a essa conduta. (A) varredura digital às cegas na boca e garganta.
(B) manobra de Heimlich.
76-(FCC CAMARA 2007). Durante a reanimação cardio- (C) manobra que diminui subitamente a pressão
respiratória, é necessário avaliar o sofrimento cerebral por intratorácica.
hipóxia. O sinal que indica o grau de sofrimento cerebral é (D) posicionamento do adulto virado de cabeça para baixo.
a presença de (E) gargarejo e tapotagem.
(A) isocoria.
(B) miose. 82-(FCC CAMARA 2007) Um cliente adulto apresenta
(C) escotomas. quadro de fibrilação ventricular. De acordo com a American
(D) nistagmo. Heart Association (2005), recomenda-se ao enfermeiro
(E) midríase. aplicar
(A) um choque, seguido de reanimação cardiopulmonar
77- (FCC CAMARA 2007). É admitido na Unidade de imediata.
Emergência Psiquiátrica um paciente com quadro de (B) dois choques, seguido de reanimação cardiopulmonar
intoxicação barbitúrica. No exame físico, os sinais mais imediata.
indicativos dessa intercorrência são (C) três choques, seguido de averiguação do ritmo
(A) respiração de Cheyne-Stoke, bradicardia, anisocoria. cardíaco e, se necessário, reanimação cardiopulmonar.
(B) hipersensibilidade, taquicardia e taquipnéia. (D) três choques, seguido de reanimação cardiopulmonar
(C) hipertermia, pulso em plateau, taquipnéia. imediata.
(D) diminuição dos reflexos, miose, bradpnéia. (E) dois choques, seguido de averiguação do ritmo
(E) dispnéia, agitação neuro psicomotora, taquicardia. cardíaco e, se necessário, reanimação cardiopulmonar.

78-(FCC CAMARA 2007). No paciente com suspeita de 83-(FCC CAMARA 2007). Os protocolos de atendimento
traumatismo cranioencefálico (TCE) constatou-se escala de pré-hospitalar orientam à equipe de suporte avançado de
coma de Glasgow abaixo de 7 (sete). Esse parâmetro vida (SAV) para suspeitar e edema agudo dos pulmões
quantitativo significa quando a vítima apresentar
(A) rebaixamento do estado de consciência. (A) estertores pulmonares à ausculta, hipoxemia relativa e
(B) consciência preservada. bradipnéia.
(C) funções somáticas preservadas. (B) ortopnéia, tosse com expectoração clara ou rósea e
(D) atividade cerebral ligeiramente deprimida. extremidades frias.
(E) funções somáticas ligeiramente deprimidas. (C) hipertermia vespertina, sibilos pulmonares e
bradicardia.
79-(FCC CAMARA 2007). Nos casos de acidentes ofídicos (D) hipotensão arterial, hipovolemia e respiração de
por cobra coral na região do calcâneo, recomenda-se como Cheyne Stokes.
medida de emergência (A) aplicar soro anti-ofídico por via (E) epistaxe, pulso em plateau e respiração estertorosa
subcutânea e aplicar torniquete ou garrote na região
afetada. 84-(FCC CAMARA 2007). Uma vítima, após aspirar água
(B) aplicar torniquete ou garrote na região afetada e manter do mar, apresenta-se consciente, com respiração normal,
a perna afetada em posição discretamente elevada e tosse e ausculta pulmonar normal. No atendimento, a
estendida. equipe de atendimento pré-hospitalar deve
(C) lavar a perna afetada com água e sabão e realizar (A) instalar acesso venoso e manter a vítima em posição
incisão e sucção no local da picada. de recuperação.
(D) lavar a perna afetada com água e sabão e aplicar (B) instalar oxigenoterapia e remover a vítima para o
compressas quentes de água e sal no local da picada. hospital.
(E) evitar que a vítima se movimente e lavar o local da (C) aquecer a vítima e removê-la para o hospital.
picada com água e sabão. (D) providenciar repouso e instalar nebulização contínua.
(E) providenciar repouso e aquecimento.
80- (FCC CAMARA 2007). Após uma abelha picar um
adulto na região da mão, uma das condutas de emergência 85-(FCC CAMARA 2007). Para a aplicação de
visa diminuir a intensidade das reações alérgicas ao compressões torácicas eficazes, durante a reanimação
veneno. Para atingir esse objetivo uma das medidas é cardiopulmonar no adulto, recomenda-se que os
(A) comprimir indiretamente a região do punho. profissionais devam
(B) manter o braço do adulto voltado para baixo. (A) comprimir o tórax em uma freqüência de
(C) fazer aplicação fria no local da picada. aproximadamente vinte e cinco compressões por minuto.
(D) fazer compressas quentes no local da picada. (B) fazer compressão forte, vagarosa e com interrupções
(E) orientar o adulto para abrir e fechar a mão cronometradas.
continuamente. (C) tentar minimizar as interrupções das compressões
torácicas.
81-(FCC CAMARA 2007). Uma bala provoca engasgo em (D) fazer nova compressão antes que o tórax retorne à

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posição normal. (B) vermelha.
(E) realizar as compressões com o cliente deitado em (C) amarela.
decúbito dorsal horizontal e sobre superfície macia. (D) verde.
(E) azul.
86-(FCC CAMARA 2007). Frente a um quadro de choque,
a equipe do suporte avançado de vida no atendimento pré- 91- (FCC CAMARA 2007) O transporte e as transferências
hospitalar deve inter-hospitalares estão regulamentados pela Portaria
(A) transportar a vítima, rapidamente e preferencialmente, GM/MS no 2.048/02, que estabelece as responsabilidades
para um hospital primário. e atribuições dos serviço/médico solicitante, da
(B) tratar todo choque como sendo neurogênico, até prova central/médico regulador, da equipe/médico de transporte e
em contrário. do serviço/médico receptor.
(C) manter a punção intra-óssea após a obtenção do I. Não remover paciente em risco iminente de vida, sem
acesso venoso. prévia e obrigatória avaliação e atendimento respiratório,
(D) realizar a punção intra-óssea para infundir fluídos, se hemodinâmico e outras medidas urgentes específicas para
não for possível obter acesso venoso. cada caso, estabilizandoo e preparando-o para o
(E) infundir solução cristalóide, preferencialmente, por transporte.
punção intra-óssea, nos casos de politraumatismo. II. Somente nos locais em que as Centrais de Regulação
ainda não estiverem estruturadas ou em pleno
87-(FCC CAMARA 2007). Nas crises convulsivas no funcionamento, será permitido ao solicitante, seja ele
adulto, a administração de Fenitoína requer, como cuidado, público ou privado, remover paciente sem contato prévio
(A) diluir o medicamento em soro fisiológico. com a instituição/serviço potencialmente receptor.
(B) iniciar a dose de ataque por meio da aplicação do III. O Serviço/Médico receptor deve comunicar a Central de
medicamento em bolus. Regulação sempre que houver divergência entre os dados
(C) infundi-la por via subcutânea, nos casos de acesso clínicos que foram comunicados quando da regulação e os
venoso difícil. observados na recepção do paciente.
(D) ministrá-la por via sub-lingual, nos casos de acesso É correto o que consta em
venoso difícil. (A) I, apenas.
(E) diluir o medicamento em soro glicosado 5 (cinco)%. (B) I, II e III.
(C) I e III, apenas.
88- (FCC CAMARA 2007). Dentre as medidas de (D) I e II, apenas.
atendimento pré-hospitalar ao cliente com quadro de (E) III, apenas.
intoxicação alcoólica aguda consta
(A) realizar avaliação primária e secundária e fazer 92- (FCC CAMARA 2007). Na avaliação primária, nos
compressas frias. casos de emergência, utiliza-se na palpação
(B) instalar acesso venoso e avaliar glicemia capilar. preferencialmente o pulso
(C) avaliar segurança da cena e repor volume com solução (A) radial e femural.
de Manitol 20 (vinte) %. (B) carotídeo e braquial.
(D) proceder à lavagem gástrica e administrar tiamina pela (C) femural e braquial.
sonda gástrica. (D) carotídeo e radial.
(E) realizar hiperventilação e manter decúbito lateral. (E) poplíteo e radial.

89-(FCC CAMARA 2007). Uma das condutas de 93- (FCC CAMARA 2007). Na imobilização dos membros
atendimento pré-hospitalar dispensado ao cliente com inferiores ou superiores em caso de fratura é necessário:
acidente vascular encefálico (cerebral) é (A) verificar o pulso distal, a sensibilidade e a perfusão
(A) manter o cliente em posição de Trendelemburg, se não antes e após a imobilização.
houver suspeita de trauma craniano. (B) imobilizar uma articulação acima da lesão.
(B) realizar intubação traqueal se o cliente apresentar (C) fazer o alinhamento do membro.
escala de coma de Glasgow menor ou igual a doze. (D) fixar as talas da região proximal para a distal.
(C) realizar intubação traqueal se o cliente apresentar (E) fazer curativo oclusivo antes da imobilização.
escala de Cincinnati acima de oito.
(D) administrar oxigênio sob máscara, trinta a quarenta 94-(FCC CAMARA 2007). Um operário chega ao
litros por minuto. ambulatório da empresa apresentando pele fria, pegajosa,
(E) manter o cliente em decúbito elevado, se não houver cianótica, nível de consciência alterado, enchimento capilar
suspeita de trauma cervical. lento. Os sinais e sintomas descritos sugerem choque do
tipo
90- (FCC CAMARA 2007). No atendimento aos acidentes (A) anafilático.
com múltiplas vítimas, um dos protocolos de triagem (B) neurogênico.
recomendado pelo Ministério da Saúde/2006 é o START (C) espinhal.
(Simples Triagem e Rápido Tratamento). De acordo com (D) hipovolêmico.
esse protocolo, os feridos de menor gravidade, que estão (E) térmico.
andando pelo local, são considerados como categoria
(A) rosa. 95 (FCC CAMARA 2007) A escala de coma de Glascow

Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley


tem por objetivo (D) posicionar a cabeça do cliente para frente antes de
(A) determinar a gravidade no trauma abdominal. ajustar a máscara do ambu.
(B) fornecer medidas semi quantitativa do grau de (E) obedecer a proporção de quinze compressões
envolvimento cerebral. torácicas para duas ventilações.
(C) determinar a gravidade no choque.
(D) fornecer sinais de pneumotórax. 101. Uma criança de 11 anos cuja camisa pegou fogo,
(E) determinar a gravidade no infarto do miocárdio. teve queimaduras na parede anterior do abdome e em todo
o membro superior esquerdo. Qual a percentagem de
96-(FCC CAMARA 2007) Após acidente automobilístico, superfície corpórea atingida?
uma das vítimas apresenta sangramento em membro a) 36%
superior esquerdo. Neste caso, o cuidado a ser prestado b) 9%
prioritariamente será de c) 18%
(A) aplicar compressas quentes no local movimentando o d) 24%
membro lesado. e)27 %
(B) comprimir o ferimento com pano limpo, e elevar o
membro lesado. 102- São exemplos de emergências:
(C) movimentar o acidentado, até a chegada do socorro. a) Dificuldade respiratória de forma aguda, acompanhada
(D) limpar o local, retirando todos os corpos estranhos. de cianose e grande hemorragia.
(E) manter a temperatura corporal resfriada. b) Dores de cabeça crônica de moderada intensidade.
c) Alterações urinárias e dores de cabeça de intensidade
97-(FCC CAMARA 2007). Em relação à extensão, a moderada.
queimadura de segundo grau apresenta-se com d) Todas as anteriores.
(A) epiderme vermelha e/ou esbranquiçada, edema, .
formação de vesículas com dor. 103. Em relação ao último consenso de reanimação
(B) epiderme vermelha, leve edema com dor. cardiopulmonar responda.
(C) epiderme e derme destruídas, ausência de dor. A. Durante a RCP em adulto, com dois socorristas, deve
(D) destruição de músculos e nervos, formação de escara ser feito 15 compressões para duas ventilações.
com dor local. B. Na Fibrilação Ventricular recomenda-se a administração
(E) epiderme vermelha, sem dor e com destruição de de três choques consecutivos de 360 J
nervos. C. Recomenda-se em vítimas de PCR por mais de cinco
minutos a realização de manobras de ressucitação por dois
98-(FCC CAMARA 2007)Em relação aos ferimentos nos minutos, antes da desfibrilação.
olhos, o protocolo de Suporte Básico de Vida (SAMU-2004) D. Em caso de obstrução das vias aéreas deverá realizar a
define o seguinte procedimento varredura as cegas para tentar desobstruir
(A) aplicar curativo oclusivo, sobre ambos os olhos para
limitar movimentos. 104. Na terapia do choque hemorrágico o melhor sinal de
(B) efetuar pressão no globo ocular. ressucitação bem sucedida é:
(C) retirar corpos estranhos. A.- Aumento da Temperatura Axilar.
(D) recolocar no lugar o globo ocular protuso. B. Aumento do débito urinário.
(E) lavar abundantemente com soro glicosado estéril, C. Aumento da oxigenação arterial.
continuar a irrigação durante o transporte. D. Aumento da sede.
99-(FCC CAMARA 2007). No atendimento de emergência, 105. Durante um quadro de Atividade Elétrica sem pulso
um procedimento prioritário na avaliação primária é (AESP), deve-se investigar os 5 “H”s e os 5”T”s. Qual das
(A) proteção contra a hipertermia. possibilidades abaixo NÃO se refere a um dos “H”?
(B) aplicação da escala de coma de Glasgow. A. Hipovolemia
(C) exame complexo e detalhado da cabeça aos pés. B. Hipóxia
(D) pesquisar história com o próprio paciente, família ou C. Hipertensão
testemunhas para obtenção de informações. D. Hipotermia
(E) manobras de Chin Lift e Jaw Trust, para o
posicionamento correto da língua e para a abertura da 106-. Você se depara com uma vítima que caiu do telhado,
boca nas vítimas de trauma. ao exame físico foi constatado um ferimento profundo na
região frontal, diminuição do nível de consciência, não
100- (FCC CAMARA 2007) Ao constatar a parada cardio- respondendo a estímulo doloroso, abertura ocular ausente,
respiratória em um cliente adulto, inicia-se o processo de mesmo com estímulo, não reagindo com o meio e sem
reanimação. Um desses procedimentos, de acordo com as apresentar sinais de ingestão alcoólica. Segundo a escala
diretrizes da American Heart Association (2005), é de coma de Glasgow o paciente apresenta o escore?
(A) golpear o tórax do cliente, três vezes seguidas, antes A) 3
de iniciar as compressões torácicas. B) 5
(B) colocar a tábua de massagem, forrada com espuma C) 4
macia de dois centímetros, embaixo do tórax do cliente. D) 0
(C) posicionar o cliente em decúbito dorsal horizontal. E) 15

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19) e
107. Diante um quadro de Atividade Elétrica sem pulso 20) e
(AESP), responda a alternativa correta: 21) d
A. No atendimento a vítimas de AESP, é recomendado 22) a
Ressuscitação Cardio Pulmonar 23) e
B. É recomendado a desfibrilação elétrica o mais precoce 24) a
possível. 25) c
C. Trauma Crânio Encefálico é uma das causas de AESP. 26) e
D. É pouco evidenciado quadro de AESP em pacientes em 27) d
hipovolemia grave. 28) d
29) c
108. No caso de acidente com múltiplas vítimas, são 30) d
consideradas vermelhas, segundo o método Start, as que 31) d
apresentam? 32) d
A. Vítimas em parada cardio-respiratória 33) e
B. Vítima que apresenta respiração superior a 30 rpm, 34) c
enchimento capilar superior a 2 segundos. 35) c
C. Trauma Crânio Encefálico 36) e
D. Gestante apresentando sangramento vaginal 37) c
38) c
109 – Considerando o ABCDE da reanimação: VER, 39) e
OUVIR, E SENTIR , no protocolo 2005, seria: 40) c
A) B 41) c
B) A 42) e
C) C 43) c
D) D 44) e
45) c
110 – Na avaliação da vítma, no momento da palpação 46) c
deve ser avaliado o “DIC”, que significa: 47) c
A) dor, instabilidade e creptação 48) c
B) dor, inconsciência e circulação 49) a
C) distúrbios neurológicos, incapacidades e creptações 50) d
D) distenções, incapacidade e coluna cervical 51) b
52) c
111– Na ausência de respiração deve-se imediatamente, 53) a
segundo o protocolo 2005: 54) b
A) Verificar o pulso 55) b
B) Efetuar duas ventilações 56) a
C) Chamar e aguardar o médico 57) d
D) Iniciar compressões cardíacas 58) b
E) Colocar máscara com reservatório de O2 a 15l/min 59) a
60) d
GABARITO 61) c
62) b
01) D 64) B
02) C 65) B
03) A 66) D
04) a 67) D
05) c 68) A
06) a 69) D
07) d 70) E
08) d 71) D
09) e 72) A
10) d 73) D
11) a 74) C
12) e 75) C
13) b 76) e
14) d 77) d
15) a 78) A
16) e 79) E
17) e 80) C
18) e 81) B

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82) A
83) B
84) E
85) C
86) D
87) A
88) B
89) E
90) D
91) D
92) B
93) E
94) D
95) D
96) B
97) A
98) A
99) E
100) C
101) C
102) A
103) C
104) B
105) C
106) A
107) B
108) B
109) B
110) A
111) b

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