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Jornal da EDIÇÃO 24 ABRIL DE 2010

JUVENTUDE
Renascer
MARIANA
Neste mês, há uma data que merece a nossa atenção: 4 de Abril. É o dia de Páscoa e os
VICENTINA cristãos fazem memória da «páscoa» de Jesus, do mistério da Sua morte e ressurreição.
DE Para os discípulos de Jesus foi como que a experiência de um grande «big-bang», uma pode-
rosa explosão que iluminou as suas vidas e as suas histórias, um renascer que os transfor-
ALFERRAREDE mou com Jesus e os tornou capazes de viverem com uma nova esperança, uma nova certe-
za: a da Sua presença que enche de beleza e calor a vida!
Para nós, que somos Seus discípulos hoje, a
celebração da Páscoa evoca esse mistério que
está na origem da nossa fé e alimenta a nossa
esperança: purifica-nos os olhos para vermos
Nesta edição: a Sua presença e aquece-nos o coração para
nos levantarmos dos fracassos e das dificulda-
des do dia-a-dia – e continuarmos a amar e a
Mensagem do Padre
sorrir à Vida! Neste sentido, a Páscoa é a
Carlos para a Sema- 2
festa da eterna juventude da Igreja, é uma
na Santa
festa jovem por excelência.

Compaixão: «Sofrer A Páscoa é como a Primavera, a estação do


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com» ano em que a vida renasce do sono do Inver-
no: as sementes, as flores, as árvores desper-
tam dos rigores do frio e da chuva e a Natu-
Natal: Festa para
crianças e visita ao 4 reza volta a sorrir.
Centro de Dia Na vida das pessoas, como na Natureza, alternam-se as estações, há invernos e primaveras,
há dor e alegria, há morrer e ressurgir. Mas na pessoa humana há, sobretudo, uma sede de
Encontro Sub16
vida, de felicidade e de beleza que é tão antiga como a própria humanidade: a eterna prima-
em Cernache do 5
Bonjardim vera é a estação para que somos feitos, a nossa verdadeira casa.
A Páscoa de Jesus lembra-nos isso, e convida-nos a renascer dos nossos fracassos e dificul-
Acantonamento JMV dades e a caminhar na vida com esperança.
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na Beirã
Por vezes, a vida, as circunstâncias e as pessoas podem ser injustas connosco. Mas mais
injusto seria deixar de lutar e de ter esperança, de renascer depois do Inverno e de desco-
Via Sacra Comunitá- brir que a Primavera é a nossa estação. Por isso, não podemos fechar-nos em nós próprios!
6 A abertura e o encontro com Jesus e os outros são fundamentais: é «nesse encontro», na
ria em Alferrarede
experiência da doação pessoal e do serviço, que todos temos a possibilidade de renascer e
de passar da morte para a vida.
A Páscoa explicada
7
aos mais pequenos
VOTOS DE MUITA VIDA PARA TODOS E DE UMA PÁSCOA FELIZ!

A Vivência
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(Testemunho JMV) VISITE O NOSSO BLOGUE EM: http://www.jmvalferrarede.blogspot.com
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Mensagem do nosso Pároco, Padre Carlos Almeida, para a Semana Santa


Há tantas formas de olhar o que celebramos nestes dias…
Há palavras e gestos que chegam até nós com intensidade e impressionam pelo seu significado. Há silêncios clamorosos. Há
lugares que sobressaltam. Há personagens. Há olhares que memorizam o que vêem.
Proponho que olhemos as nossas mãos: mãos que repartem o pão, mãos que amparam, batem e acolhem, mãos que se lavam
para negar a infâmia, mãos que ornamentam Igrejas, que fotografam quem passa e o que se passa e mãos que trazem coroas de
espinhos. Até podemos olhar as mãos cravadas num madeiro!
Mas que olhemos…. as mãos, as minhas mãos….

“Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, prenunciou a bênção, partiu-o e deu-o aos discípulos…” (Mt 26, 26)
As mãos de Jesus tornam-se fecundas…
Na medida em que tomam o pão, para abençoá-lo, partilhá-lo e parti-lo. Tomam
o que é importante para o fazer chegar a quem dele necessita. As mãos de Jesus
eram mãos que trabalhavam e que cuidavam, que protegiam e acariciavam, que
abraçavam e curavam.
Mas eram também mãos que se levantavam para protestar contra a injustiça.
Todos podemos ter mãos de artista, de artesão, de camponês, de médico, de
pedreiro, de mãe, de amigo. Mãos que ostentam o que cada um sabe fazer de
melhor e de mais espectacular, mas serão capazes essas mesmas mãos de ajudar
a carregar as cruzes, aliviar as cargas, aconchegar os rostos golpeados?

“Pilatos tomou um jarro com água e lavou as mãos diante do povo, dizen-
do: Não sou responsável pela morte deste justo. Julgai-o vós mes-
mos” (Mt 27, 24)
Mãos indiferentes…
Nestes dias muitas mãos se desentendem, se lavam, se fecham, se protegem para não
se gastarem e não se implicarem. Mãos de cristal, de porcelana, de areia, eternamen-
te imaculadas por não terem vivido nada. Mãos escandalizadas por uma verdade que
assusta. Mãos verdadeiramente mortas…
Serão estas as minhas mãos?

“Depois crucificaram-no e repartiram entre si as suas vestes, para ver o que cada um
levaria”. (Mc 15, 24)
Mãos trespassadas…
Nestes dias confrontamo-nos com mãos trespassadas por cravos, por cansaços. Mãos que se
erguem ao céu numa súplica muda, hipócrita.
Mas confrontamo-nos com mãos que procuram algo com que saciar a fome dos filhos. Mãos que
não têm força para suster nada. Mãos que se apertam desesperadas, em gesto de impotência. Mãos
que tentam ocultar os soluços quando não se pode mais. Mãos feridas, chagadas, atravessadas por
cravos invisíveis. Mãos esposadas com cadeias de ódio, de exclusão, de recusa. Mãos que golpeiam,
com desespero portas fechadas. Mãos muito abertas, esperando ser acolhidas. Mãos já inertes de
pura derrota…

E as minhas…???
Que eu saiba olhar as minhas mãos… e colocá-las na mão do meu
Senhor!

Padre Carlos Almeida


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Pesquisando na Net…

COMPAIXÃO: «Sofrer com»


Em Abril celebramos a Páscoa, que foi precedida por um perío-
do de preparação, a Quaresma. A semana que antecede a Pás-
coa – a Semana Santa – é caracterizada pela reflexão e pela
celebração do sofrimento resgatador de Cristo. A presença do
sofrimento na vida de Jesus despontou Nele a capacidade de se
compadecer pelos seus contemporâneos a ponto de dar a sua
vida para que todos tenham vida, e vida em abundância. De
igual modo, a presença do sofrimento na nossa vida e na vida
dos nossos irmãos deve despontar em nós o valor da compai-
xão.
O termo «compaixão» deriva de duas palavras latinas: «cum» e
«patire». «Cum» significa «com» e «patire» designa «sofrer», pessoas concretas, ao nosso lado, a viver no desemprego, na
daí que, pela etimologia da palavra, poderemos dizer que a instabilidade, na miséria, na solidão ou a sofrer violência. A
compaixão é a capacidade que uma pessoa tem de sofrer com compaixão, isto é, a capacidade que temos de sofrer com os
outra. Ter compaixão significa compartilhar o sofrimento dos outros, deve levar-nos a reflectir: como poderemos aliviar o
seu sofrimento e ajudá-los a serem felizes? Na realidade, se não
outros, é não ser indiferente ao sofrimento deles.
houver compaixão, sintonia com o sofrimento dos outros, e
A compaixão não deve ser confundida com pena (lamento) ou caridade fraterna, de pouco valem as tecnologias e o progresso
empatia (conhecimento da dor). Esses são sentimentos passivos para a felicidade dos humanos. Mesmo vivendo com bem-estar
que não nos levam ao envolvimento com o sofrimento dos material, comodidade e consumismo, o ser humano poderá
outros. A pena e a empatia que sentimos pelos outros colocam continuar a sofrer a angústia, a solidão e o medo. O egoísmo e
-nos numa situação elevada em relação aos outros… olhamo- a indiferença são a natural consequência de uma sociedade sem
los de cima para baixo, e isso diferencia-nos e separa-nos deles, compaixão. Todos necessitamos uns dos outros. Não basta dar
e não nos envolve no alívio do seu sofrimento. uma esmola ou ter um qualquer gesto de filantropia, para desa-
A compaixão, pelo contrário, significa o desejo de aliviar ou nuviar a consciência. É necessário ter compaixão, sintonizar
minorar o sofrimento de outra pessoa, bem como demonstrar com os outros… para sofrer ou alegrarmo-nos com o outro e,
especial gentileza com aqueles que sofrem. A compaixão carac- assim, construirmos o «Nós», de que fala este conto de Antó-
teriza-se, assim, pela acção através da qual a pessoa compassiva nio Ramalho, que adaptei.
procura ajudar aqueles pelos quais se compadece.
Para ser autêntica, a compaixão deve basear-se no respeito
pelos outros e na compreensão de que os outros, tal como Compaixão: eu, tu e nós
nós, têm o direito de serem felizes e de acabarem com o sofri- Era uma vez um nome, igual a tantos outros, que vivia numa
mento. A partir daí, porque tomamos consciência do seu sofri- terra de algures. Sentia o que tantos sentem. Vivia como mui-
mento, desenvolvemos um verdadeiro sentimento de preocu- tos vivem e queria e desejava o que tantos desejavam. Chamava
pação pelos outros. Assim, a verdadeira compaixão assenta no -se Eu. Um dia partiu para a terra da aventura e conheceu Tu.
reconhecimento de que o direito dos outros à felicidade é Tu era alguém como Eu, simples, mas com a palavra «amor» e
idêntico ao nosso e que, por conseguinte, mesmo um inimigo é «compaixão» pintadas no coração a letras de generosidade e
um ser humano que, tal como nós, aspira à felicidade e, tal bondade. Eu e Tu conheceram-se, cresceram juntos e evoluí-
como nós, tem o direito de ser feliz. Chamamos compaixão ao ram mutuamente. Perceberam que o mundo é uma passagem.
sentimento de envolvimento com o sofrimento dos outros Eu e Tu aprenderam a amar, descodificaram a vida na sua sim-
com a intenção de o eliminar. A compaixão é a linguagem do plicidade e perceberam o valor da compaixão. Mas perceberam
coração. que não basta Eu conhecer Tu, é preciso mais, muito mais. Não
basta o amor, a compaixão, não basta serem as pessoas certas,
é preciso trabalharem o interior, é necessário serem inteligen-
Jesus, homem compassivo tes emocionalmente, é preciso trabalharem a relação, é preciso
Jesus ao longo da sua vida foi um homem compassivo e, com as flexibilidade e capacidade de adaptação.
suas palavras, gestos e atitudes, mostrou-nos o rosto compassi- A vida é apenas uma curta passagem num tempo muito relativo.
vo de Deus. Não se poupou a esforços para libertar as pessoas Extrair o sumo da vida num período de Tempo tão pequeno é
do sofrimento que as atormentava. «Ao ver as multidões, Jesus sentir que mereceu a pena ter vivido e que a nossa missão está
enchia-se de compaixão por elas, pois estavam cansadas e aba- na palavra «compaixão». Eu e Tu aprenderam a ser compassi-
tidas, como ovelhas sem pastor» (Mt 9,36). Deste modo, Jesus vos. E à sua volta cresceu a emoção, a compreensão, os afectos
mostrou-nos como é Deus, Seu e nosso Pai, e desafiou-nos a e os momentos de felicidade plena. No ar que respiravam e na
sermos como Ele: «Sede compassivos como o vosso Pai é com- compaixão que exalavam, Eu e Tu transformaram-se na mais
passivo» (Lc 6,36). bela flor da compaixão... a flor do Nós! A flor do Nós nasceu
da união da semente do físico, emocional, mental e espiritual. A
Flor do Nós nasceu da compaixão…
Sociedade compassiva, precisa-se
Como no tempo de Jesus, também hoje há muitos gritos de
António Clemente – Presidente
multidões famintas de pão, de alegria, de paz e de amor. Há
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Festa de Natal para crianças carenciadas


No dia 23 de Dezembro de 2009, realizou-se a festa de Natal destinada às
crianças carenciadas que beneficiam da ajuda pela JMV no âmbito do projecto
“Pão é Amor”, com a pareceria do Banco Alimentar Contra a Fome.
A JMV tinha como objectivo dar uma tarde diferente as estas crianças que, na
altura do Natal, precisam mais do que nunca que se lhes demonstre o que é o
Amor, o Amor de Deus. Nesta tarde, puderam ver um filme e ter alguns momen-
tos de diversão. Houve também a visita do Pai Natal, que distribuiu alguns presen-
tes e, no final, foi servido um lanche.
Enfim, foi uma tarde muito bem passada para as 20 crianças (entre os 2 e os 14
anos de idade) que estiveram presentes e também para nós, que sentimos mais
profundamente o que é o verdadeiro espírito do Natal – Natal é mais dar que receber.
João Paulo Pedro – Vogal de Imprensa

Visita de Natal ao Centro de Dia


Como já é costume, no dia 29 de Dezembro fomos fazer a nossa habitual
visita de Natal aos idosos do Centro de Dia de Alferrarede. Para além de muita
alegria, levamos connosco um Karaoke com músicas já bem conhecidas dos nos-
sos avós.
Vestidos a rigor e interpretando vários cantores da música ligeira portuguesa,
convidámos os idosos a cantar connosco, e alguns deles chegaram mesmo a dar
um pezinho de dança.
Foi impressionante ver a energia que os idosos irradiam, assim como foi muito
bom partilhar experiências, testemunhos e tradições nas conversas individuais que
se seguiram. No final, lanchámos com os idosos e despedimo-nos com a promes-
sa de voltar em breve.
Tal como das outras vezes os idosos adoraram ver-nos, todos dizem que a nossa visita é uma altura para desanuviarem e
divertirem-se um pouco com os jovens. Para além disso, é uma maneira de nos lembrar o nosso carisma vicentino e missionário,
de nos lembrar de cuidar dos outros, como Jesus e Vicente fizeram. Afinal, podemos fazer missão na nossa terra.
João Paulo Pedro – Vogal de Imprensa

Cantares das Janeiras Torneio Desportivo Catujal


Nos passados dias 8 e 9 de Janeiro a Juventude Marina Vicentina
andou pelo Tapadão e por Alferrarede respectivamente, a cantar as
Janeiras. No primeiro dia o dinheiro recolhido destinava-se à aquisição
de fraldas, camas articuladas, cadeiras de rodas e outros tipos de bens
essenciais às famílias carenciadas da nossa freguesia.
No segundo dia a recolha tinha como objectivo a aquisição de
fundos para as obras da nossa Igreja e, para isso, angariámos cerca de
400€.
Ao longo destes dois dias contámos com a calorosa animação dos
elementos do nosso grupo, assim como dos seus familiares, como
também com a solidariedade e o bom acolhimento das famílias que nos
recebiam e às quais cantávamos os seguinte versos:

“Beijai o Menino Em palhas deitado Ò minha Senhora


Beijai-o agora Em palhas estendido Muito obrigado
Beijai o Menino Filho de uma rosa Pela sua oferta Nos dias 6 e 7 de Março a Juventude Mariana
De Nossa Senhora De um cravo nascido Dada com agrado Vicentina de Alferrarede participou no Torneio
Desportivo JMV, que teve lugar no Catujal (Unhos).
Beijai o Menino Ò minha Senhora Dada com agrado As modalidades praticadas foram futebol e bas-
Beijai-o no pé Venha à sua porta P'lo nosso cantar quetebol.
Beijai o Menino Dar-nos uma oferta É nosso desejo É verdade que não trouxemos nenhum prémio
De São José O quê não importa P´ro ano cá voltar.” para casa, mas este torneio foi muito importante
para a partilha de momentos com outros jovens
O Filho dos Homens O quê não importa marianos vicentinos de outras zonas da nossa região
Sem berço dourado Seja com amor Sofia Aparício – Vogal (sul).
Viva o Deus Menino Viva o Deus menino
de Imprensa
Em palhas deitado Viva o Deus de Amor. Pedro Chambel – Vogal de Liturgia
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Encontro Sub-16 da Região Sul em Cernache do Bonjardim


De 12 a 15 de Fevereiro realizou-se o encontro Sub-16 da Juventude
Mariana Vicentina. Este encontro teve lugar em Cernache do Bonjardim e
reuniu os jovens com menos de 16 anos dos grupos JMV da região sul de Por-
tugal.
O tema do encontro foi “Os (de)graus do Amor!” e o principal objectivo
era reflectir sobre o verdadeiro sentido do Amor e a forma como, no nosso
dia-a-dia, esta palavra, este sentimento se banalizou de tal forma que, ao ser-
mos deparados com a pergunta “O que é na realidade o Amor?”, muitos, a
maioria mesmo, não sabe responder.
Para além dos momentos de formação e reflexão, neste encontro contá-
mos também com um peddy-paper e com um baile de máscaras.
Apesar do frio que pudemos sentir durante a nossa estadia em Cernache

do Bonjardim, neste encon-


tro, estivemos unidos pelo
calor do amor de Deus, e
pelo calor da amizade.
Convidamo-lo a ver o
vídeo do encontro, disponível
em: http://www.youtube.com/
watch?v=8XavdQcc6TQ

Sofia Aparício – Vogal de


Imprensa

Acantonamento JMV na Beirã


Nos dias 26 a 30 de Março de 2010 realizou-se o XIII Acantonamento na
Beirã, Marvão, com o tema “Jesus Cativa-me”.
Nós, três jovens de Alferrarede, seguimos a aventura de passar estes 5 dias,
mais uma vez, todos juntos para partilhar esta fé e voltar a acender a chama do
Amor de Deus que tão complicado se torna fazê-lo no nosso dia-a-dia.
O tema trabalhado desenvolveu-se em voltas das Bem-Aventuranças e do
significado da palavra Cativa-me, onde nós descobrimos que o processo de cativar
é um processo contínuo que necessita de tempo, de dedicação e de presença,
para com os outros.
Para mim, Andreia Albino, um dos pontos mais altos deste Acantonamento foi a oração de reconciliação onde me senti cheia
de felicidade por estar de novo em paz para com Deus e sentir o perdão de Jesus Cristo, senti-me realmente em paz e apercebi-
me que não devo de ter medo, Deus só quer que eu seja feliz.
Outro ponto foi a minha consagração a Maria onde estava cheia de medo e, logo de seguida, senti que não devia temer nada,
pois Maria abraça-me todos os dias, e sentir que me entregava a ela, e admitir a todos que a amo foi realmente um momento
muito importante e marcante para mim e será para o resto da minha vida.
Eu, Pedro Loureiro, senti que o ponto mais alto do encontro foi no terço, em que me consagrei também a Maria. Senti que
de um modo especial Maria me chamou a estar neste encontro pelas suas simples manifestações e que me pedia para entregar a
minha vida a Ela e assim o fiz.
Para mim, Pedro Chambel, o momento alto do encontro passou pelas pessoas presentes, pela amizade sentida, pelo carinho
partilhado, pelas vivências sentidas e pelo crescimento dos laços que estes encontros me ajudam a fortalecer. Talvez não tenha
sentido tanto o encontro em si porque tinha mim demasiadas expectativas e para este encontro temos de ir sem expectativas e
só para sentir.
Apesar de não ter feito a minha consagração é algo que quero muito, mas
ainda não me sinto preparado pois o medo ainda não m deixa seguir. No entanto
o “saldo” do encontro é bastante positivo.
Na opinião dos três, este encontro é um lugar onde simplesmente não esta-
mos, mas onde existimos. Aconselhamos a todos para o ano a estarem presentes
e a sentirem este encontro, pois é das maiores vivências que a JMV tem a nível
da fé. É um teste a não perder. Será sempre uma loucura cá estar.

“Acolhe a vida, deixa Deus entrar. Ele é o caminho, deixa-te guiar. Não
tenhas medo, a vida só quer que tu sejas feliz.”

Andreia Albino, Pedro Loureiro e Pedro Chambel


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Via Sacra Comunitária em Alferrarede


Dia 31 de Março, às 20h: Estávamos a cerca de uma hora para começar a
Via Sacra pelas ruas da nossa paróquia e a chuva começou a cair... Pensámos logo
que tudo o que tínhamos preparado para nos ajudar a viver mais profundamente a
época litúrgica em que nos encontrávamos teria sido em vão, pois o tempo não
nos permitiria sair à rua para representar os quadros vivos com as cenas da via
sacra, que com tanta dedicação tínhamos preparado para toda a Comunidade.
Dia 31 de Março, pelas 21h: Fomos insistentes e parece que a força da
audácia jovem afastou as nuvens (e, com elas, a chuva) e pudemos dar início àque-
le que é um dos pontos altos das celebrações da quaresma na nossa paróquia.
Partimos da Junta de Freguesia
de Alferrarede e pelas ruas do
Tapadão voltámos a viver os passos
de Cristo até ao Calvário. Em con-
junto com a nossa Comunidade, os
quadros vivos com as cenas da vida
sacra permitiram-nos uma percep-
ção mais profunda do sofrimento de
Cristo, assim somo os cânticos
litúrgicos que ecoavam pelas ruas.
Não podemos deixar de dar
uma palavra de agradecimento a
todos os que contribuíram para
que esta celebração decorresse tão
bem: pelos altares enfeitados com
tanta dedicação, pelos cânticos
cantados com fervor, pela disponi-
bilidade do nosso Pároco, Padre
Carlos, e por todos aqueles que
estiveram presentes e que nos
ajudam a ser mais Comunidade.
Um grande bem-haja a todos!

António Clemente – Presidente

Leva contigo a tua oração


O http://www.passo-a-rezar.net é o novo site onde
A Juventude Mariana Vicentina de
podes fazer download gratuito de 10 minutos de oração
diariamente e levares contigo a tua oração em formato
Alferrarede deseja a todos uma
mp3 para rezares onde e quando quiseres.
Este projecto está disponível desde o dia 17 de
PÁSCOA FELIZ
Fevereiro e inspi-
ra-se no que os
jesuítas lançaram
há cinco anos, em
Inglaterra – o
“pray-as-you-go”.
O “passo a rezar”
vai disponibilizar
na Internet uma
oração diária, de
segunda a sexta-
feira.

António Clemente
– Presidente
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A Páscoa explicada aos mais pequenos


JORNAL
“SOMOS GRITO”

PROPRIEDADE
A Vivência...
DA Testemunho de um jovem JMV
JUVENTUDE No nosso movimento procuramos responder ao apelo
MARIANA de Nª Srª a Catarina de Labouré, crescendo e solidifi-
cando bases e valores na Fé de acordo com os nossos
VICENTINA
Carismas. Mas, apesar da JMV dar resposta a muitas
DE das nossas perguntas e necessidades, nem sempre nos
ALFERRAREDE preenche por completo. Este foi um sentimento que eu
tive e portanto fui procurar outras fontes no sentido de
me enriquecer pessoalmente e poder ser testemunho
FICHA TÉCNICA dessas experiências na nossa associação: a JMV.
Neste sentido procurei desde cedo descobrir o que significava CARIDADE e SERVIÇO. De facto podemos ser
testemunho de Deus de muitas formas e em infinitos contextos, mas decidi investir uma grande parte do
REDACÇÃO meu coração à MISSÃO.
Sofia Aparício É interessante que até hoje só experimentei um Campo de Missão organizado pela JMV e já foi há muitos
João Paulo Pedro anos. Terá sido muito provavelmente em 1999 no Pousal (Mafra) com doentes/deficientes mentais e físicos.
Apesar de ter ficado comprometido e fidelizado à missão por ter sido uma experiência muito enriquecedora,
COORDENAÇÃO E senti que ali não encontrava respostas a todas as minhas necessidades como missionário e voluntário.
Em 2001 realizei uma Missão Popular em Nisa, onde encontrei uma forma muito diferente, mas igualmente
COMPOSIÇÃO importante de ser Missionário, Evangelizador de Deus. As Missões Populares organizadas por pessoas da
António Clemente Família Vicentina, integram habitualmente pessoas dos diversos ramos da Família, como elementos da Con-
gregação da Missão (Padres Vicentinos), Filhas da Caridade, Colaboradores de Missão, entre outros. Infeliz-
mente, que eu tenha conhecimento, não têm participado elementos da JMV, o que não impede cada um de
COLABORADORES vós poder integrar uma equipa.
Restantes elementos do Quando participei naquela Missão Popular senti que fazia todo o sentido estar ali. Era um JMV de 18 anos,
grupo JMV de aparentemente com muito pouco para dar. Reconheço que recebi e aprendi imenso. Foi uma experiência
Alferrarede memorável, mas também sinto que a minha presença marcou positivamente aquela comunidade. Porque
estaria ali aquele jovem duas semanas quando poderia estar a fazer outras coisas? Porque estaria ele ali
quando poderia estar com os seus amigos? Senti que poderia ser exemplo e motivação para outros jovens…
Se eu sou Igreja, porque não poderão outros jovens sê-lo também?
Nesse mesmo ano participei no meu 1º Projecto Irmão (P.I.). Sendo uma iniciativa de S.S.V.Paulo para qual-
quer jovem que quisesse ter experiência de Missão/Voluntariado, quis arriscar e conhecer este Projecto.
Outras pessoas do meu grupo (Paialvo) já tinham feito essa experiência, pelo que desde os meus 16 anos
me sentia motivado a participar. Contavam coisas Fantásticas do P.I. e também queria experimentar e Sentir
Deus assim…
Para que houvesse uma Responsabilidade mais adequada à exigência do P.I. só era permitida a participação
de jovens com 18 ou mais anos de idade.
Pela primeira vez tive uma formação muito específica para os campos de missão designados pelo projecto.
Só poderíamos participar caso frequentássemos os dois fins-de-semana de formação na casa Vilar, no Porto,
com formadores de reconhecimento social.
Após uma avaliação por parte da organização, com uma entrevista (informal) éramos seleccionados de
acordo com o nosso perfil e integrados numa equipa e campo de missão adequados à nossa personalidade.
A equipa que integrávamos era designada naquele contexto como “Família”. Tudo o que fazíamos era em
Família por um período de duas semanas.
Durante quatro anos realizei P.I. em diversos locais, com diferentes pessoas e dando resposta a varias neces-
Pode contactar-nos através sidades, desde servir idosos a participar com crianças institucionalizadas.
do e-mail: Todos os anos ansiava pela próxima Família e pelo próximo P.I. pois todos nos sentíamos muito bem no que
jmv.alferrarede@gmail.com fazíamos. Principalmente porque quase todos éramos Vicentinos e “partilhávamos objectivos em comum”.
Foi provavelmente em P.I. que mais intensamente senti Deus na minha Vida e em Mim. Há sentimentos
inexplicáveis. “Esses, vivem-se e sentem-se!” Foi assim, de uma forma transcendente que senti Deus. Que
mais poderia ser senão Deus?
Estes anos de experiência em JMV, de serviço na comunidade, em Voluntariado e em Missão tinham ainda
outro objectivo: preparar-me para Missão Ad’Gentes. Tinha o sonho de ir além fronteiras, ser testemunho de
Deus Vivo e prestar serviços de saúde (como enfermeiro). E esse objectivo ainda não está concretizado…
Parece-me importante referir que não devemos ficar fechados na nossa Associação (apesar de já darmos
resposta a muitos âmbitos), a aguardar que as coisas venham ter connosco.
Temos de ser um Movimento em movimento. É urgente mostrarmos de que “material” somos feitos, que
não temos preconceitos e que temos a humildade de reconhecer a nossa pobreza.
Desejo que a missão também vos toque o coração. Deixo-vos as minhas palavras para que possam ser a
vossa inspiração.
Ricardo Ferreira
(Grupo JMV de Paialvo)

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