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MÉTODOS DE ESTUDOS ACADÊMICOS

AULA 20 PG 1 
MÉTODOS DE ESTUDOS ACADÊMICOS 

Este  material  é  parte  integrante  da  disciplina  “Métodos  de  Estudos  Acadêmicos” 
oferecido  pela  UNINOVE.  O  acesso  às  atividades,  as  leituras  interativas,  os 
exercícios, chats, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser 
feitos diretamente no ambiente de aprendizagem on­line.

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Sumário 

AULA 20 • RELACIONAMENTO INTER E INTRAPESSOAL...........................................................4 
BIBLIOGRAFIA ...............................................................................................................................8

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AULA 20 • RELACIONAMENTO INTER E INTRAPESSOAL 

Nesta  aula  abordaremos  a  complexidade  das  relações  pessoais:  intra  e  inter.  Os 
processos  de  superação.  A  importância  do  relacionamento  no  universo  acadêmico, 
social e profissional.

As relações humanas são complexas. O início delas corre no seio familiar, no qual se inicia 
a percepção das funções e papéis exercidos na família. 

Nossas relações são fontes de reconhecimento e relacionamento. 

Os  rótulos  familiares  comparecem:  “o  desastrado”,  “o  medroso”  etc.  Rótulos  que 
perdurarão  como  profecias  auto­realizadoras,  isto  é,  em  alguma  etapa  da  existência  desse 
indivíduo, ele mesmo se considerará “medroso” ou “desastrado”. 

Muitos  são  os  processos  de  vivência  que  o  indivíduo  passa:  ciúme,  inveja  e  competição 
entre os irmãos são reconhecidos, vivenciados e administrados bem ou mal. 

Ao abordar a temática dos relacionamentos, deve­se saber que intimidade é diferente de 
convivência  geográfica.  Para  que  se  considere  relacionamento  é  preciso  haver  aceitação  do 
mundo emocional. 

A  lealdade  se  constitui  como  uma  das  principais  características  para  o  resultado  de  um 
bom relacionamento. Ela gera cumplicidade e pactos invisíveis, às vezes inconscientes. 

Os  interesses  permeiam  os  relacionamentos:  bem­estar  –  segurança  –  prazer  –  controle 


emocional – saúde. 

Os  valores  exercem fundamental  importância nas  relações  intrapessoais  e  interpessoais, 


uma vez que, muitas vezes, divergem dos valores do grupo. 

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Veja o que Celso Antunes propõe acerca das inteligências pessoais: 

Ao  que  tudo  indica,  as  inteligências  pessoais  surgem  muito  cedo,  quem  sabe  até 
mesmo na vida pré­natal. A ligação entre o bebê e a pessoa que cuida dele vai muito 
além  de  uma  dependência  física.  Durante  os  primeiros  meses  de  vida,  a  criança 
desenvolve  forte  ligação  com  sua  mãe,  igualada  também  pela  forte  atração  da  mãe 
pelo filho.  À medida  que  a  criança vai crescendo,  novas  pessoas  são  incorporadas  a 
essa  relação  e  a  intensidade  do  afeto  recíproco  se  afrouxa,  ainda  que  o  amor  seja 
intenso.  Da  mesma  maneira  que  outras  inteligências  e  seus  signos,  as  inteligências 
emocionais  expressam  sinais  significativos  para  todas  as  culturas.  Riso,  bem­estar, 
desconforto e choro são símbolos universais e, aos dois meses de idade, o bebê já é 
capaz  de  discriminar  expressões  faciais  de  afeto  ou  rejeição.  O  fato  de  mostrar 
empatia  em  relação  ao  choro  de  um  outro  bebê, mesmo  sem  saber  o  que,  e como  o 
outro  está  se  sentindo,  mostra  que  as  emoções  ligadas  ao  altruísmo  e  à  proteção  já 
estão em processo de formação. Durante o período que vai de 2 aos 5 anos, a criança 
passa  por  verdadeira  “revolução  intelectual”  e  seus  gestos  e  suas  palavras  já  se 
colocam a serviço da auto­identificação e da expressão de algumas de suas emoções.

Nesse  período  observa­se  que  a  criança  vai  aos  poucos  obtendo  significados  para  os 
símbolos  emocionais.  Consegue  identificar  a  alegria  ou a  tristeza  da  mãe.  Próximo dos 5  anos, 
identifica inclusive pelo tom de voz os desejos e as atitudes maternas. 

Piaget  explica  essa  fase  como  altamente  egocêntrica,  uma  vez  que  a  criança  tem  sua 
própria  concepção  de  mundo  e  não  consegue  colocar­se  no  lugar  do  outro,  em  virtude  das 
atitudes  que  pratica.  Consideramos  então,  que  a  descoberta  do  “eu”  se  processa,  quando  a 
criança consegue claramente ter a ideia do “outro”. 

Nas palavras de Celso Antunes: 

“Nessa  fase,  estrutura­se  o  conceito  de  “felicidade”  ou  “infelicidade”  e  o  ser  humano 
descobre  que  é  tristemente  possível  “ter  tudo”  (materialmente)  e  “não  ter  nada”  (socialmente)” 
(ANTUNES, 1998, p. 83­84). 

Lidar, portanto, com nossas emoções, identificá­las e administrá­las bem possibilitará um 
bom  relacionamento  intrapessoal  que  se  estenderá,  obviamente,  para  o  relacionamento 
interpessoal, uma vez que, não há como dissociar, principalmente no mercado profissional, uma 
postura intrapessoal (indivíduo consigo mesmo) e interpessoal (indivíduo com os outros), porque a 
personalidade individual, acaba se revelando nas relações interpessoais, sejam elas profissionais 
ou sociais. 

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A esse respeito Antunes propõe: 

A inteligência interpessoal baseia­se na capacidade nuclear de perceber distinções nos 
outros; particularmente, contrastes em seus estados de ânimo, suas motivações, suas 
intenções  e  seu  temperamento.  As  pessoas  que  se  preocupam  bastante  com  sua 
aparência, com a maneira de combinar as peças de sua roupa, com seu desempenho 
social mesmo entre pessoas próximas, e com a intensidade de que são positivamente 
lembradas pelos outros revelam essa forma de inteligência “em alta” e, naturalmente, 
opõe­se  a  outras  que  jamais  se  interessam  por  si  mesmas  e  pela  impressão  que 
causam nos outros. Em níveis mais profundos, essa inteligência permite que adultos e 
adolescentes identifiquem intenções, simulações e desejos em outras pessoas, mesmo 
que elas não os tornem muito explícitos (ANTUNES, 1998, p. 88). 

Observamos  que  certas  personalidades,  artistas,  padres,  carismáticos,  políticos  que  se 
sobressaem, essa competência de que Celso Antunes identifica, podem deixar marcas profundas 
e que ultrapassarão o tempo delas na terra. 

Muitos  são  os  exemplos  de  personalidades,  que  se  destacaram  pela  competência  e  a 
possibilidade da  revelação  de  intenções e  desejos, que  outros  não podendo  realizar,  sentem­se 
realizados, quando outros o executam. Como Ayrton Senna, o Papa João Paulo II, entre muitos 
outros. 

Essa  competência  é  patente  em  líderes  religiosos,  em  políticos  carismáticos,  em 
professores, em certos tipos de escritores e em alguns pais que deixam em seus filhos 
marcas profundas, que ultrapassam seu tempo entre eles. Certamente, Anne Sullivan 
e sua capacidade de entender Helen Keller e, indiscutivelmente, Gandhi, ao sentir sua 
gente tanto na África do Sul quanto na Índia, são expressões evidentes da inteligência 
interpessoal, como foi Ayrton Senna para seus inúmeros admiradores em todo mundo 
(ANTUNES, 1998).

Exemplos  de  pessoas,  que  no  seu  dia­a­dia  buscam  e  estimulam  a  sua  capacidade  de 
entender  e  se  doar  aos  outros.  É  o  caso  de  professores,  que  trabalham  com  alunos  especiais. 
Uma rápida visita a essas instituições revelará ao visitante, algo surpreendente: a comunicação, 
que  não  é  verbalizada,  revela  uma  identificação  e  uma  comunicação  surpreendentes,  que  se 
processa entre professor e aluno. 

O  visitante,  muitas  vezes,  mostra  sua  incredulidade  e  se  espanta  ao  perceber  o 
relacionamento  interpessoal  bem­sucedido,  que  só  pode  existir  se  o  intrapessoal  estiver  muito 
bem administrado e entendido. 

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Estimular e identificar essas inteligências permitirá o indivíduo a aprender com os outros, a 
romper com as partes mais rígidas da personalidade como: a competição, a arrogância, o medo 
de não saber e de não ser compreendido. 

Quando aprendemos a  respeitar o  pensamento  independente, é  sinal que aprendemos a 


lidar com nossas inteligências pessoal e interpessoal. 

É  respeitando  o  pensamento  independente  e  nos  posicionando  nos  sentimentos  e  nas 


situações que provocamos, é vivenciar um frutífero relacionamento interpessoal.

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BIBLIOGRAFIA 

ANTUNES, Celso. As inteligências múltiplas e seus estímulos. Campinas: Papirus, 1998.

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