O ABISMO

As
Câmaras do
Segundo Nível

Maury “Shi Dark” Abreu

BURP
Luiz “Werewolf” Knob
 Introdução
O suplemento O Reinado, lançado pela Editora
Trama apresenta todos os reinos que compõem o maior
centro populacional do mundo de Arton, com mapas e
informações gerais sobre todos os locais de
importância encontrados em cada reino.
Um destes locais é o Abismo, uma masmorra cheia
de monstros localizada no reino de Bielefeld. De acordo
com O Reinado, o Abismo era simplesmente uma
caverna cheia de monstros que, de alguma forma,
coexistiam entre si. Pouco tempo depois teve início o
Projeto O Abismo, que tinha por finalidade explicar
detalhes sobre este grande covil de monstros e, ao
mesmo tempo, oferecer aos Mestres e jogadores de
RPG a maior masmorra já criada para Arton, o mundo
de Tormenta.
O Projeto O Abismo nasceu na Estalagem do
Beholder Cego, mas conta com a participação de
qualquer RPGista que se interessar.
Há algum tempo foi lançado um net-book contendo
todas as câmaras e o mapa do primeiro nível deste
grande calabouço. Agora é com grande prazer que
trazemos o segundo nível do Abismo: novos desafios,
novas armadilhas, novas criaturas, grandes novidades.
O segundo volume de O Abismo traz, além da
descrição de todas as câmaras do segundo nível,
novos itens mágicos e relíquias, novas sociedades e
novas oportunidades de aventuras, tudo com regras
para 3D&T e Daemon.
A UTOR:
Maury “Shi Dark” Abreu
maury.abreu@bol.com.br
http://www.beholdercego.hpg.com.br
COLABORADORES:
BURP
bblloc@hotmail.com
http://www.buzungames.hpg.com.br/rpg.htm
Luís “Werewolf” Knob
luisdknob@terra.com.br
A POIO:
Daemon Editora
http://www.daemon.com.br
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SUPLEMENTOS ÚTEIS
GUIA DE MONSTROS DE ARTON
Este suplemento contêm a descrição detalhada de
praticamente todas as criaturas encontradas no
Abismo. Contêm regras para Sistema Daemon e
3D&T.
GRIMÓRIO DE ARTON
Lançado como net-book gratuito, este suplemento
para 3D&T e Daemon contêm a descrição de várias
magias artonianas. Não é obrigatório, mas muito útil.
MANUAL DO AVENTUREIRO
Este é um suplemento para o jogo 3D&T -
Defensores de Tóquio 3ª Edição, contendo 160 kits
de personagens. Para Sistema Daemon, o
equivalente seria o futuro Guia do Aventureiro de
Arton, que ainda não foi lançado. Para Daemon, os
kits utilizados são aqueles que se encontram no livro
básico de Tormenta 3E.
GUIA DE RAÇAS DE ARTON
Este net-book, escrito por Maury “Shi Dark” Abreu,
é um suplemento extra-oficial para Daemon. Os NPCs
do Abismo (aqueles que tem kits de personagem)
utilizam, em sua maioria, algumas regras deste net-
book. Uma versão para 3D&T do mesmo guia pode
ser encontrada na Estalagem do Beholder Cego.
O ABISMO: NÍVEL 1
Para compreender por completo o material
apresentado neste livro, é necessário ter também o
livro sobre O Abismo: Nível 1, onde são apresentadas
as lendas, histórias e informações mais importantes
sobre O Abismo.
 Câmaras do Segundo Nível
No segundo nível do Abismo, alguns detalhes A Escadaria em Chamas
merecem destaque. Apesar disso, todas as Entre as câmaras de número 14 e 16 há um corre-
informações contidas no primeiro livro continuam dor que leva diretamente a uma câmara circular,
a valer. não marcada com números no mapa. Esta câma-
Existem duas entradas para o nível dois do Abis- ra é, na verdade, uma decida para o terceiro ní-
mo: aquela localizada próxima à câmara 33 do primei- vel.
ro nível alcança as proximidades da câmara 1, do se- Qualquer explorador pode sentir um ar quente vin-
gundo nível; e as escadas próximas à câmara 46 (ní- do desta câmara, acompanhado de uma luz trêmula.
vel 1), alcançam as escadas próximas à câmara 41 Conforme os exploradores seguem em frente, o calor
(nível 2). No mapa, há uma legenda mencionando se aumenta, mas sem alcançar uma temperatura desa-
a escadaria leva paara níveis inferiores ou superiores. gradável. Na câmara, ela alcança cerca de 25º C.
Em geral, você pode utilizar as mesmas descri- O calor faz sentido: a entrada desta câmara circu-
ções e tabelas do primeiro nível para o segundo. Os lar leva a uma escada, que segue para a direita fazen-
aposentos e câmaras mais importantes serão apre- do uma volta na câmara. No fundo, no entanto, um
sentados aqui. Você também contará com uma nova grande rio de chamas pode ser visto passando a cer-
tabela de monstros, que pode ser utilizada em qual- ca de ou setenta ou oitenta metros para baixo deste
quer sistema. nível. Uma queda seria fatal, mas não apenas pela
altura: o rio de lavas seria capaz de desintegrar qual-
Monstros quer criatura ou objeto que ali caísse (como a lava de
A seguir você terá uma nova tabela de monstros um vulcão: objetos mágicos pode resistir por algum
errantesque também pode ser utilizada para o pri- tempo, mas apenas artefatos únicos poderia resistir
meiro nível. para sempre).
A descrição completa de todas estas criaturas pode No segundo nível, as escadas tem cerca de dois
ser conferida no Guia de Monstros de Arton. Para metros de largura, mas sem nenhum “corrimão” ou
utilizar a tabela lance 1d6: se obtiver 1, 2 ou 3, utilize a algo para se segurar. Portanto, é bom tomar cuidado.
primeira tabela; se obtiver 4 ou 5, utilize a segunda A escada faz uma volta completa, e termina exata-
tabela; e se obtiver 6 utilize a última tabela. Para as mente abaixo da entrada desta câmara, levando ao
tabelas específicas lance 2d6. Note que os encontros terceiro nível de masmorra (que fica a cerca de trinta
apenas dão um exemplo de criatura, mas não especi- metros abaixo do segundo nível). O único problema é
fica um número ou quantidade. que no meio do caminho a ponte ruiu (provavelmente
devido a algum tremor de terra), e será necessário
Tabela 1 (2d6): saltar por sobre ela. Em geral, o salto é simples. O
Dado Encontro Dado Encontro Mestre apenas deve exigir testes em casos extremos
2 Lobo-da-Caverna 3 Ratazana Gigante (se os exploradores estão sendo perseguidos, por
4 Goblinóides 5 Zumbi exemplo, ou se algum deles tem medo de altura).
6 Slark 7 Esqueletos Além destas escadas, há outro lance que leva a
8 Gnolls 9 Aranha-Gigante outra parte do terceiro nível, próximo à câmara 33 no
10 Orc 11 Verme das Cavernas mapa 2.
12 Ogre
Aposento 1:
Tabela 2 (2d6):
Dado Encontro Dado Encontro As Grandes Passagens
2 Observador 3 Elfos Negros Esta é uma câmara de tamanho médio, que liga o
4 Cocatriz 5 Asfixor primeiro e o segundo nível da grande masmorra.
6 Morcego Gigante 7 Troglodita Apresenta quatro passagens, sendo que a de di-
8 Banshee 9 Damaru reção sul leva às escadas que ligam os dois ní-
10 Verme das Cavernas 11 Golem de Pedra veis.
12 Escorpião Gigante A câmara é levemente iluminada por tochas mági-
cas. A passagem no sul tem forma em arco, e apre-
Tabela 3 (2d6): senta duas gárgulas (estátuas) no topo, com suas
Dado Encontro Dado Encontro garras em torno do arco. Seus rostos estão voltados
2 Troll Ghillanin 3 Homem-Escorpião para frente, com um sorriso diabólico. Não há qual-
4 Pudim Negro 5 Monstro da Ferrugem quer perigo extra nesta câmara. Vez por outra podem
6 Homem-Lagarto 7 Fungi haver esqueletos e zumbis nesta câmara, enviados
8 Licantropo 9 Gárgula aqui pelos elfos negros do primeiro nível para servi-
10 Devorador de Ouro 11 Dimmak rem como guardiães.
12 Jovem Dragão Negro As paredes, teto e solo da câmara são revestidos
por blocos de lavenaria. Sente-se uma certa umidade
3
4
no ar vindo da passagem norte, que liga-se ao pântano
subterrâneo. As passagens também são em arco, mas
não apresentam nenhuma particularidade.
Esta é simplesmente uma câmara de passagem,
sem nada que possa oferecer perigo ou interesse aos
exploradores.
Aposento 2
Existem algumas câmaras e aposentos do Abismo
que não foram povoados de forma proposital,
para que o próprio Mestre sinta-se livre para
povoá-los.
O aposento 2 é uma destas câmaras, despovoada
e livre para que o Mestre desenvolva aqui, aquilo que
achar mais apropriado: um encontro aleatório, uma
armadilha, um encontro pré-programado importante
para uma aventura, qualquer coisa. Aquilo que achar
melhor.
Aposento 3:
O Pântano Subterrâneo
Esta é uma câmara muito irregular, com áreas di-
ferentes. Deve ter em média 460 metros quadra-
dos. Diferentemente dos corredores, aqui o solo
é todo feito de terra úmida mas firme, bastante
irregular.
Na parte central da câmara existe um grande lago,
com poucos centímetros de profundidade. Uma nebli-
na fina toma conta do solo, escondendo os pés de
qualquer criatura de tamanho humano. Pequenos fun-
gos e vegetação de habitat úmido cresce no solo e
nas paredes, revestidas com grandes blocos de pe-
dra de alvenaria.
Devido à umidade, uma grande quantidade de in-
setos voa por todo o aposento. Estes insetos também
servem de alimento para uma criatura maior. Na ver-
Rumores e Boatos:
· Servúss, o licantropo e ex-membro dos Fistbone, estaria
disposto a contratar um grupo de aventureiros para
encontrar uma cura para sua maldição. Em troca ele
oferece a localização dos seus antigos tesouros.
dade o lago também é habitado por 1d6+2 basiliscos.
Próximo ao lago é possível ver algumas poucas
estátuas de pedra, todas com feições surpresas e
desesperadas no rosto. Estes são outros antigos ex-
ploradores do Abismo, que não tiveram sorte e acaba-
ram por ficar petrificados graças ao poder mágico dos
basiliscos. As estátuas servem também como forma
de aviso para que outros exploradores tomem cuida-
do.
O basilisco mede cerca de 2 metros de
comprimento, sendo um metro de cauda. Têm quatro
patas, com escamas verde brilhante e olhos
amarelados. É extremamente ágil, sendo capaz
inclusive de caminhar sobre a água (na verdade ele
corre sobre a água e assim percorre alguns metros
sobre esta superfície). Em combate corporal, ele não
parece e não é ameaçador.
Os olhos do basiliscos são capazes de transformar
qualquer criatura em pedra, bastando um simples
contato visual. É impossível não olhar para os olhos
do monstro em combate corporal, apenas fechando-
se os olhos. Neste caso, a vítima deve fazer seus
ataques com penalidade de -20% (em 3D&T, H-1 para
combate corporal e H-3 para à distância e Esquiva).
Vítimas que não fechem seus olhos devem realizar
um Teste Resistência (WILL), a cada rodada ou serão
transformadas em pedra.
Devido à sua inaptidão em combate corporal, o
basilisco geralmente ataca cuspindo uma saliva ácida
e usa o poder de seus olhos à distância (até 10m).
Apesar disso é uma criatura neutra, que apenas
atacará se sentir-se ameaçada.
BASILISCO
Daemon: CON 12-15, FR 12-15, DEX 3, AGI 12-13,
INT 4, WILL 4, CAR 3, PER 10-15. Ataques [1], IP 3
(escamas), PV 25. Mordida 40/0 dano 1d6. Saliva
Ácida: causa 2d6 de dano e alcança 5m (1x/5rodadas).
· Acredita-se que parte do segundo nível do Abismo tenha
sido uma grande caverna de anões, visto que vários pontos
apresentam estruturas anãs, como a cidade de Gulthernn
e a mina de escavações.

· Michael, atual líder dos Fistbone, tem medo que seu irmão · Dizem que existem alguns observadores vivendo nas
tente retornar e tomar-lhe o poder. Devido a isso, esta proximidades da câmara 42. Há boatos de que eles teriam
disposto a pagar grupos de aventureiros que o destruam. sido os responsáveis pela criação desta câmara.

· Michael é apenas uma marionete dos elfos negros, os
verdadeiros mandantes do bando. Dizem que agora todo
o bando é pouco mais do que serventes dos elfos negros.
Conta-se inclusive, que alguém estaria tentando retirar
Michael da liderança.
· O Pilar das Trevas, na câmara 10, leva para o mesmo
semi-plano para onde são enviados os mortos do Abismo.
· Em algum lugar na biblioteca dos mortos há um mapa
completo do Abismo.

· Os Fistbone servem aos elfos negros apenas para traí- · Existe um grupo de sszzaazitas escondidos em alguma
los mais tarde. Eles podem aceitar a aliança de novos das câmaras do Abismo. Eles parecem ter tido alguma
exploradores em troca da promessa de que serão levados ligação com a câmara dos falsos tesouros.
para fora do Abismo.
· A espada sagrada Lifeshine, criada por um antigo paladino
· Qualquer criatura que tente levar o bando de Fistbone de Thyatis, esta perdida no Abismo. Dizem que ela estaria
para fora do Abismo também é amaldiçoada e fica presa em posse de Zaorak, o lich.
no calabouço para sempre!

5
3D&T: F0, H4-5, R2, A1, PdF1, Anfíbio.
Não há nada de interessante para ser encontrado
nesta câmara. Os basiliscos parecem viver nas
proximidades do lago, onde acasalam e procriam
(metade deles são fêmeas e a outra metade macho).
Uma procura cuidadosa pode revelar o ninho de um
casal de basiliscos, que irá defendê-lo como puder.
Ovos de basiliscos são itens importantes para magos,
para a fabricação de poções e como componentes
materiais para algumas magias (em 3D&T, equivalem
a 2 Pontos de Experiência cada ovo, mas estes pontos
apenas podem ser gastos na fabricação de poções
mágicas).
Aposento 4:
O Túmulo de Arkoon
A porta que leva a esta câmara esta fortemente
trancada. Para abrí-la será necessário alguma cha-
ve que o Mestre tenha colocado no caminho dos
jogadores (como aquela pertencente ao soldado-
morte do primeiro nível) ou forçando.
A fechadura pode ser arrombada por ladinos atra-
vés de um Teste de Manuseio de Fechaduras -20%
(ou H-2, mas apenas para Personagens com a Perí-
cia Crime). Caso tentem arrombá-la ela tem FR 22
(em 3D&T, A2 e 15 pvs).
A câmara é relativamente pequena. Poucos metros
à frente da porta há duas estátuas de pedra, de guer-
reiros vestidos em armaduras de batalha, carregando
um escudo e uma espada. Ao fundo é possível ver um
pedestal, onde fica um grande caixão. Ao lado do cai-
xão está um esqueleto humano, sentado e cheio de
teias de aranha. Ele tem em suas mãos uma espada e
vestia uma armadura de couro. Ao contrário do que se
poderia imaginar, ele esta realmente morto e não irá
se levantar para atacar.
Dentro do caixão está o corpo desfalecido de
Arkoon, um antigo e poderoso guerreiro e clérigo de
Keenn. Aparentemente, este túmulo foi construído
antes mesmo do Abismo, como uma câmara mortuária
para abrigar o corpo do guerreiro. Quando Arkoon
morreu, no entanto, seu fiel escudeiro decidiu que
permaneceria ao seu lado por toda a eternidade. Sua
grande dedicação acabou levando-o à morte e à lou-
cura. Hoje, o escudeiro é um fantasma, que habita a
câmara para proteger o túmulo de seu mestre.
FANTASMA
Daemon: CON -, FR -, DEX -, AGI -, INT 13, WILL
16, CAR 14, PER 20. Ataques [1], IP 0, PV 20. Toque
40/10 dano 1d3. Pode voar, levitar e tornar-se
translúcido (75% de esconder-se). Aprimoramentos:
Pontos de Fé 3. Caminhos: Espíritos 1, Trevas 1, Fogo
1, Terra 1. Especial: Gera uma aura de medo de 50m;
todos dentro desta área devem ter sucesso em um
Teste de WILL ou fogem apavoradas.
3D&T: F1, H3, R3, A1, PdF0; Imortal, Invulnerabilidade
(tudo, exceto magia e armas mágicas), Clericato,
6
Levitação, Devoção; Trevas 1, Fogo 1, Terra 1. Aura
de Medo (como a magia Pânico).
Este é um fantasma um pouco mais fraco que os
tradicionais. No entanto, como ex-clérigo, ele ainda é
capaz de utilizar algumas Magias (mas é incapaz de
aprender novas). Ele apenas pode ser ferido por ar-
mas mágicas, mas mesmo assim sempre retornará.
O fantasma é totalmente devotado à servidão ao seu
mestre morto. Portanto, qualquer criatura que tente
profanar seu sono será imediatamente atacada.
Em Daemon, o fantasma não tem valores para
seus Atributos Físicos, mas pode usar sua Força de
Vontade (WILL) em substituição a estes. Então, seus
Testes de Esquiva são feitos com WILL e não AGI.
O caixão é todo de pedra, e sua tampa é pesada.
Removê-la será uma tarefa difícil, mas não impossí-
vel. Em seu interior esta o corpo esquelético de Arkoon,
ainda vestindo sua armadura de batalha. A armadura,
no entanto, esta muito velha e estragada, sendo inútil.
Sua espada, colocada sobre seu peito e com as mãos
no cabo, esta toda trincada e também não seria um
item muito útil. O escudo, por outro lado, que encon-
tra-se sobre a espada, é mágico e persiste aos efeitos
do tempo.
Trata-se de um escudo de aço médio, encantado.
Em 3D&T ele confere +3 pontos ao resultado obtido
no lance de Armadura do usuário; em Daemon ele
oferece IP 10 (8 do escudo médio e +2 por ser mági-
co). Note, no entanto, que se o item for roubado o po-
bre escudeiro fantasma irá perseguir os responsáveis
por toda sua eternidade. A única forma de afastá-lo
seria devolver o escudo ou encontrar uma forma de
destruir o fantasma de uma vez por todas.
Aposento 5:
Bem-Vindo ao Mundo dos Espelhos
A porta que leva à esta câmara é feita de madeira
forte, reforçada por duas placas de metal. Não
esta trancada, e não apresenta qualquer tipo de
armadilha. Ao menos não a porta.
No topo da porta há uma placa de madeira pendu-
rada. Sua superfície esta suja e cheia de fungos e
musgos, que devem ser retirados caso alguém tente
ler as palavras que estão escritas em sua superfície.
Retirando os fungos é possível, escrito em tinta ver-
melha e letra de forma, a frase “Bem-Vindo ao Mundo
dos Espelhos”...
Atravessando a passagem é possível ver a câma-
ra, iluminada por várias tochas dispostas em diferen-
tes locais. As paredes desta câmara, todas feitas de
grandes blocos de pedra, são revestidas por espe-
lhos. Distribuídos pelo aposento estão vários espe-
lhos diferentes, todos capazes de alterar a imagem:
alguns ampliam a imagem, enquanto outros a redu-
zem, tanto vertical quanto horizontal. São todos espe-
lhos comuns, que podem ser quebrados facilmente.
Há apenas uma exceção.
Um dos espelhos, incapaz de distorcer a imagem,
localiza-se com sua face voltada para o lado oposto à
porta. Ao contrário dos demais, este espelho é mágico.
Na verdade, ele é uma abertura para o Mundo dos
Espelhos.
Os estudiosos artonianos teorizam que existe um
outro mundo (ou plano) onde tudo ocorre de forma
contrária: criaturas boas neste mundo são malignas
no Mundo dos Espelhos, e vice-versa. Alguns dizem
que qualquer espelho serve como porta para o Mundo
dos Espelhos, enquanto outros dizem que são ape-
nas espelhos especiais, magicamente encantados. O
fato é que “este” espelho é uma passagem para o
Mundo dos Espelhos.
O Mundo dos Espelhos é exatamente igual à Arton,
a não ser pelo fato de ser todo ao contrário, com cria-
turas más tornando-se boas e vice-versa. Quando
acontece de a mesma criatura aparecer em frente ao
espelho mágico tanto em Arton quanto no Mundo dos
Espelhos, a magia é ativada, e torna-se possível atra-
vessar o portal, trocando de lugar com sua própria
“cópia maligna/benigna”. Mas apenas o Mestre pode
determinar a casualidade de ambas as criaturas esta-
rem exatamente no mesmo local.
Em regras, todas as criaturas são, no Mundo dos
Espelhos, o oposto que são em Arton. Criaturas neu-
tras permanecerão neutras, enquanto criaturas ma-
lignas se tornarão benignas e vice-versa. Cada siste-
ma tem seus próprios meios de definir se um perso-
nagem é benignos ou maligno, e portanto a mudança
fica por conta do Mestre.
Se acontecer de os aventureiros trocarem de cor-
po com suas cópias, somente o Mestre poderá dizer
o que vai acontecer com eles. Se o espelho for que-
brado, talvez os aventureiros fiquem presos neste novo
mundo por um longo tempo...
Quando ocorre uma troca entre criaturas do Mun-
do dos Espelhos e Arton, a criatura não-nativa daque-
le mundo é chamada de “demônio do espelho”. Por-
tanto, os exploradores serão demônios no Mundo dos
Espelhos!
Aposento 6:
Um Poderoso Artefato
Esta pode ser considerada uma das salas mais
belas do Abismo. A porta é bem selada, e não
apresenta fechadura. Portanto deve-se arromba-
la (a porta tem A4 e 35 PVs; ou FR 26).
Os personagens encontram aqui um jardim natural
com as mais lindas flores do mundo. Lembra um pouco
a ilha de Galrasia, com árvores gigantes que vão até o
teto da sala, cerca de 12 metros a cima. Trata-se
também de uma câmara estranha, visto que ninguém
consegue compreender como tal vegetação, que
necessita de sol e ar fresco, cresce em meio à
escuridão de cavernas...
Em um dos cantos há um poço com 3x3 metros,
com profundidade de 5 metros. No fundo há uma caixa
pequena, sem armadilhas, que guarda um anel
avermelhado.
Este Anel Vermelho é mais largo que o normal,
ficando solto no dedo humano. Qualquer criatura que
seja de tamanho humano ou menor que colocar o anel
no dedo, invocará imediatamente um monstro aleatório.
O usuário e o monstro são enviados a um semi-plano,
onde devem travar um combate. Esta criatura
geralmente será um dragão ou algum outro monstro
mitológico, algumas vezes mais forte que o normal.
Não incluímos ficha para este monstro, deixando
que fique por conta da imaginação do Mestre.
Depois da luta o usuário voltará para o cômodo e
verá que o anel ficou do tamanho do seu dedo. Se o
anel couber no dedo de outro do grupo este também
poderá usar seus poderes.
Dizem que o Anel Vermelho teria sido utilizado, em
épocas remotas, em uma luta contra uma criatura
abissal. Mesmo assim, a tal criatura parece ter saído
vitoriosa, e escondeu o anel no Abismo para que nunca
mais fosse encontrado, além de rogar sobre ele uma
maldição, capaz de invocar um guardião (o tal
monstro). Ninguém sabe a verdade real por trás deste
poderoso artefato.
Veja todos os detalhes sobre o funcionamento do
Anel Vermelho no capítulo Itens Mágicos deste livro.
Aposento 7:
Temos aqui mais uma câmara vazia, para que o
Mestre crie aquilo que achar mais apropriado para
os Jogadores.
A câmara 7 tem 9x6 metros total de área, com uma
única porta de entrada. Ela é mais indicada para
alguma armadilha ou um encontro pré-programado ao
invés de aleatório. De qualquer forma, fica como opção
do Mestre o que realmente será encontrado aqui.
Aposento 8:
Enigmas...
Esta sala escura e sem qualquer meio de ilumi-
nação possui uma aparência bem estranha (se
os personagens tiveram alguma forma de vê-la).
Suas paredes são de cores claras.
Ao que parece, ela teria sido feita por uma civiliza-
ção muito antiga – mesmo personagens com habili-
dades próprias para indentificar linguagens não con-
seguem descobrir o que quer que esteja escrito. Anões
poderão notar algo familiar, pois há runas similares
(ma ainda assim incompreensíveis) do dialeto anão.
Apenas através de algum meio mágico é possível en-
tender as escrituras, e mesmo assim de forma pouco
clara. A Magia Compreensão, apresentada no capítu-
lo Novas Magias deste livro pode ser usada para com-
preender o idioma (o mago deve ter no mínimo Focus
2 em qualquer Caminho).
Em sua maioria, falam de histórias insólitas e mui-
tas vezes macabras, envolvendo viagens planares ou
algo assim. Em uma das partes, no entanto, é possí-
vel ler (pelo uso de magia):
7
 “Acenda o pilar de luz!! dão da sala sem utilizar magia), eles poderiam ver uma
Acenda o pilar das trevas!! parede bastante clara, com um grande pilar negro pin-
A passagem então se revela tado no seu centro...
Para a grande aquarela
De mundos que vos espera!! Aposento 11:
Acenda o pilar de luz!!
Acenda o pilar das trevas!!” O Ataque dos Slarks
Este aposento possui apenas uma passagem para
o corredor entre os aposentos 16, 17 e 18 – no
Aposento 9: entanto, nesta área vive um grande bando de
O “Pilar das Trevas”... Ou Não... 3d6+6 Slarks.
Slarks são criaturas humanóides com rosto de
Esta sala redonda parece ser sustentada por um
homem-lagarto, muito fracos para poderem, sozinhos
grande pilar negro no seu centro, que vai do chão
ou em condições normais, representar um grande
até o teto.
perigo a qualquer aventureiro com um mínimo de trei-
Caso os personagens tenham encontrado alguma
namento. No entanto, costumam utilizar-se de sua
forma de ler os escritos no aposento 8, é muito prová-
habilidade de caminhar pelas paredes para emboscar
vel que desconfiem de que o tal pilar é o “Pilar das
possíveis vítimas, ficando parados no teto e deixando
Trevas” de que é falado lá, e podem tentar “acendê-lo”
cair banhos de saliva grossa sobre as tochas dos per-
de alguma forma. No entanto, não importa o que ten-
sonagens, apagando-as, adquirindo assim uma pe-
tem, nada acontece, pois esse não é o verdadeiro “Pi-
quena vantagem, pois podem enxergar no escuro.
lar das Trevas” mencionado.
Após fazerem isso, caem sobre a vítima causando
No entanto, mesmo assim ele possui um pequeno
1d6 de dano, e depois lutam normalmente. Neste caso,
truque: se algum personagem examiná-lo com cuida-
o bando ainda é maior do que o normal para a espé-
do, perceberá que ele possui pequenas imagens en-
cie, provavelmente devido ao poder dos demais habi-
talhadas, e que elas estão meio desconexas, como se
tantes deste nível da masmorra, e eles são ainda um
estivessem desmontadas. Também perceberá que é
pouco mais perigosos em combate que o Slark co-
possível “girar” certas partes do pilar. Caso os perso-
mum.
nagens “montem” as figuras da forma correta, é pos-
sível ver mais detalhadamente a imagem entalhada:
SLARK
um grande dragão oriental, com suas garras e cabeça
Daemon: CON 8-10, FR 6-8, DEX 6-8, AGI 6-12, INT
apontando para três lugares diferentes – nestes luga-
4-6, WILL 4-6, CAR 2-3, PER 12-16. Ataques [1], IP
res estão pedras soltas que, quando apertadas, abrem
0, PV 8 a 10. Garras 40/0 dano 1d3. Podem escalar
cada uma uma passagem secreta (vide mapa).
paredes com velocidade de 5m/s. Enxergam no
escuro.
Aposento 10: 3D&T: F0, H1, R0, A0, PdF0; Sentidos Especiais
O Pilar das Trevas (Infravisão).
Esta sala também é bastante escura, como o Apo-
sento 8. Com algum tipo de iluminação, é possí- Entre os restos das antigas vítimas do bando pode
vel ver diversas pinturas nas paredes – alguém ser encontrado T$ 3d6x10 e uma pequena adaga
que tenha lido os escritos no aposento 8 pode mágica, que adiciona 1 ponto ao dano causado por
identificar sem muita dificuldade que eles ilustram Força (Perfuração) em 3D&T; causa +2 pontos de
algumas das histórias descritas neles, com diver- dano em Daemon.
sas pessoas encontrando monstros estranhos e
bizarros. Aposento 12:
Na parede norte da sala existe uma porta que leva Eu Já Não Estiver Aqui Antes?
a outro aposento – no entanto, a porta está trancada
Ao entrar neste aposento, por qualquer dos la-
magicamente. Apenas com um Cancelamento de
dos, os personagens são subitamente atacados
Magia (contra Focus 6 ou Poder 30%) é possível abrí-
por um grupo de 1d6+2 trolls!!
la. O seu interior está completamente escuro, nem
mesmo personagens com visão no escuro podem en-
TROLL
xergar o seu interior, e só é possível iluminar a sala
Daemon: CON 18-25, FR 18-30, DEX 6-8, AGI 6-10,
através de Magia.
INT 2-6, WILL 2-6, CAR 0, PER 12-16. Ataques [3],
No entanto, isso não é lá muito recomendável: ao
IP 2 (Pele), PV 12 a 24. Garras (x2) 60/50 dano 2d6+4
utilizar qualquer magia de iluminação, os personagens
e Mordida 50/0 dano 1d10. Regenera 1 PV por rodada.
que estejam dentro da sala são imediatamente trans-
3D&T: F2, H2, R3, A1, PdF0; Regeneração (exceto
portados para outro plano de existência, escolhido ale-
contra dano de Calor/Fogo ou Químico/Ácido). Atacam
atoriamente pelo mestre!! Ah, sim, caso os persona-
3 vezes por turno: 2 garras (Força) e mordida
gens pudessem ver sala sem ser transportados (ou
(Força+1d).
caso encontrem alguma forma de cancelar a escuri-

8
 Os trolls não possuem qualquer tipo de tesouro.
No entanto, ao tentar sair da sala pela porta na parede
sul, os exploradores serão subitamente transportados
para a entrada norte (que é uma passagem secreta)!!
E mais: caso façam isso, os trolls estarão de volta à
sala, e mais uma vez atacarão os personagens!!
O único jeito de sair da sala é pela porta secreta
da parede norte. O dispositivo que abre a porta por
este lado está muito bem escondido, necessitando um
teste de H-2 para ser encontrado (ou só H caso o
personagem tenha Visão Aguçada). Em Daemon
substitua por um Teste de Investigação -20%.
Aposento 13:
Quartos dos Fistbone
A porta que leva para este aposento geralmente
esta aberta, pois normalmente haverão soldados
montando guarda na aposento 14.
É neste quarto que o bando Fistbone descansa.
Há várias camas e beliches espalhados pela câmara,
uma para cada membro do grupo e mais algumas.
Não há armários, pois seus pertences não são guar-
dados aqui e sim no depósito (aposento 17).
Uma curiosidade sobre esta câmara: esta área (e
também a área do aposento 14) é uma área de Anti-
Magia. Qualquer magia (seja arcana, divina ou de item)
conjurada neste aposento, não surte seu efeito, mas
a vítima perde Pontos de Vida e de Magia normal-
mente. Sabendo disso, os clérigos que forem força-
dos a lutar neste aposento não utilizarão suas magi-
as. Armas mágicas utilizadas aqui tornam-se armas
normais (e isso se aplica também à Armas Especi-
ais).
Existe uma passagem secreta no fundo desta câ-
mara. O bando a utiliza como uma rota de fuga. Para
abrir a passagem basta acionar, simultaneamente, dois
dispositivos escondidos na rocha (um de cada lado).
Para encontrar cada dispositivo é necessário um Tes-
te de Investigação (-20%, a menos que a criatura seja
capaz de enxergar no escuro) ou H-2 (H normal se
tiver Infravisão ou a Especialização Sobrevivência em
cavernas). Para cada dispositivo deve-se realizar um
teste separado. Para abrir a passagem basta ativar
os dois ao mesmo tempo.
Os Fistbone sabem como funciona a passagem
secreta, e sabem como fechá-la (com um dispositivo
no corredor oposto, também escondido), e podem abrir
a passagem enquanto correm.
Todos os detalhes sobre o Bando Fistbone podem
ser encontrados no capítulo Sociedades do Abismo
deste livro.
Aposento 14:
Sala de Entrada
Este aposento tem 15x6 metros de área e é ilumi-
nado por quatro tochas colocadas nas quatro pa-
redes. Serve como sala de entrada para os quar-
tos do bando de Fistbone. Por isso, sempre esta-
rá sendo vigiado por pelo menos três soldados
do grupo.
Esta área também pode ser utilizada pelo bando
como local de treino. Algumas vezes os soldados se
encontram aqui e fazem pequenas disputas de esgri-
ma. O próprio Michael, líder do bando, pode ser en-
contrado aqui com certa regularidade. Quando estão
descansando, no entanto, sempre haverão ao menos
três soldados de vigia. Estes soldados estarão arma-
dos com duas bombas de explosão cada um: estas
bombas causam 4d6 de dano na área de impacto e
se prolongam por 4m, reduzindo em 1d6 o dano a
cada metro. Mais detalhes na câmara 17.
Um detalhe importante sobre este aposento é que
ele faz parte de uma área de Anti-Magia. Portanto,
qualquer magia conjurada aqui dentro é perdida (e
gasta normalmente), não surtindo o efeito desejado.
Sabendo disso, os clérigos do bando não utilizam
magia nestas áreas.
As portas que se localizam no lado leste desta
câmara estão parcialmente ocultas: são feitas de pe-
dra de alvenaria, exatamente como a superfície da
parede. Sendo assim, tornam-se quase imperceptí-
veis à primeira vista. Um olhar mais atento, no entan-
to, pode revelár sua existência sem a necessidade de
testes.
A porta mais ao sul, no lado leste da câmara, leva
ao quarto dos Fistbone (aposento 13). A outra porta
leva a um pequeno corredor de 3x9 metros. Não é
iluminado, sendo que a única fonte de luz vem da câ-
mara 14, quando a porta esta aberta. No fundo do
corredor há um símbolo circular com um rosto huma-
na esculpido na pedra. Preso com o cabo na base do
rosto está uma varinha.
A varinha é realmente mágica, uma Varinha de Luz.
No entanto, ela foi posta ali como forma de armadilha.
Na verdade, toda a área ao redor da varinha (no qua-
drado de 3x3 metros ao fundo do corredor) esta sob
efeito de um gás venenoso. Aparentemente é um gás
mágico (por isso não pode ferir criaturas imunes à
magia), e não se espalha por todo o aposento. Não
tem odor algum, sendo totalmente imperceptível. As
vítimas que entrarem na área devem realizar um teste
de Resistência -2 ou Teste de CON -20%. Aqueles
que falharem são contaminados e passam a perder 1
ponto de Resistência/CON a cada hora (note que isso
também reduz seus Pontos de Vida). Em Daemon,
caso o atributo chegue a zero, a vítima morre imedia-
tamente. Em 3D&T, se a vítima chegar a R0 ainda
fica com 1 PV, e na próxima hora perde este último
PV e deve fazer um Teste de Morte.
Para consumir o veneno, deve-se ser bem sucedi-
do em um teste de Medicina (H-2) ou Primeiros So-
corros (-20%). O veneno não é respiratório: ele pene-
tra pelos poros da pele. Por isso, pode afetar mesmo
criaturas que não precisem respirar ou que tranquem
a respiração. Note que mesmo que sejam bem suce-
didos na resistência ao veneno, vítimas que perma-
neçam no local devem realizar novos testes a cada
rodada para não serem infectadas.
9
A Passagem Secreta
Estas cavernas apresentam uma passagem se-
creta, em meio aos túneis, que pode confundir os
exploradores. Na verdade, ela é exatamente igual
a uma outra, encontrada no primeiro nível...
A passagem é mágica, e não pode ser aberta por
meios normais. Na verdade, ela abre e fecha magica-
mente a cada hora. Quando abre, ela não produz ruí-
do algum. Na verdade ela não “abre”, mas desapare-
ce, oferecendo um novo caminho a seguir. Quando a
passagem estiver fechada, será possível abrí-la utili-
zando um Cancelamento de Magia contra Focus 5.
Neste caso, a magia será cancelada até a próxima hora,
quando a passagem volta a se fechar.
Aposento 15:
O Monstro do Lago
Seguindo por este corredor, em certo momento
um lago subterrâneo surge em ambos os lados
da passagem. Esta, por sua vez, leva até uma
plataforma com 9x6 metros, construída em rochas
fortes e com muito limo nascendo entre as
fissuras e rachaduras.
Ao redor da plataforma há um lago subterrâneo,
que encontra a parede da caverna a três metros. O
lago, no entento, é muito maior do que aparenta. Se-
guindo por baixo d’água ele se expande para os lados,
revelando várias pequenas cavernas submersas.
Este lago subterrâneo é habitado por várias espé-
cies de peixes e criaturas de água subterrânea: em
geral, são cegos e não tem pigmentação em sua pele,
sendo totalmente brancos. Isso se deve pelo fato de
que no subterrâneo, eles não são tocados pelo sol e
não necessitam de pigmentação na pele. Da mesma
forma, eles não necessitam de olhos pois encontram-
se no escuro. Aqueles que apresentam olhos são sim-
ples adornos, que podem desaparecer com o passar
do tempo.
O lago abriga um pequeno ecossistema: grandes
extensões de algas, presas ao fundo do lago (a cerca
de quinze metros abaixo), alimentam pequenos pei-
xes. Estes, por sua vez, alimentam alguns peixes
maiores e até selakos gigantes (tubarões gigantes).
Aqui os selakos são muito diferente daqueles encon-
trados em mares e oceanos: eles são realmente ce-
gos e totalmente brancos. Apesar disso, podem sentir
a presensa de outras criaturas pela movimentação da
água.
SELAKO BRANCO GIGANTE
Daemon: CON 10-13, FR 15-17, DEX 0, AGI 12-15,
INT 1, WILL 10-12, CAR 0, PER 10-12. Ataques [1],
IP 0, PV 15 a 18. Mordida 60/0 dano 2d6.
3D&T: F3-4, H2-3, R3, A0-1, PdF0; Sentidos
Especiais (Audição e Faro Aguçados, Radar).
O lago também abriga uma criatura especial: uma
imensa hidra marinha de três cabeças, que permane-
ce adormecida em sua caverna a maior parte do tem-
10
po, e sai para caçar algumas vezes. Ela geralmente
alimenta-se de selakos, mas a carne de outras criatu-
ras (como humanos e semi-humanos) seria conside-
rada uma iguaria especial e bem-vinda.
Caso algum explorador tente vasculhar o fundo do
lago, há 50% de chance de que ele acabe chamando
a atenção da hidra. Esta chance aumenta para 70%
se alguma outra criatura for morta (pois a hidra é atra-
ída pelo cheiro e pela vibração contínua na água).
Mesmo que não deçam ao lago, há ainda 30% de
chance de que a hidra esteja caçando e ataque criatu-
ras que encontrem-se na plataforma, próximas ao lago.
HIDRA MARINHA
Daemon: CON 40, FR 22, DEX 4, AGI 12, INT 2,
WILL 14, CAR 0, PER 16. Ataques [um por cabeça
+1], IP 5 (Pele), PV 55 (cada cabeça tem 5 PV).
Mordida (x3) 50/30 dano 2d6 ou Garra 40/40 dano
2d6+11 (raramente usa as garras). Para cada cabeça
decepada (ataques de corte), nascem duas novas, até
no máximo 10 cabeças. Pode usar, 3 vezes ao dia,
uma arma-de-sopro que causa 4d6+6 pontos de dano
a todos dentro da área de efeito.
3D&T: F4, H1/4, R3, A4, PdF3; Invulnerabilidade
(ácido, veneno e Água, naturais ou mágico), Membros
Elásticos, Tiro Múltiplo.
A hidra pode atacar até três criaturas diferentes.
Cada uma de suas cabeças tem R1. Seu corpo é gran-
de e lento (H1, AGI 8), mas os pescoços são ágeis
(H4, AGI 12). Assim como os dragões, as hidras tem
arma-de-sopro: cada cabeça pode atacar separada-
mente (um jato de água fervente) causando dano de
1d6 (PdF1), ou podem todas se unir contra um mes-
mo alvo para causar 3d6 (PdF3) de dano, ou outra
combinação. Em 3D&T, o primeiro ataque com a arma-
de-sopro não precisa teste para acertar (um teste de
Esquiva é permitido para reduzir o dano à metade).
Utilizando seu Tiro Múltiplo, é possível atacar outros
alvos, mas para isso ela deve realizar testes de Habi-
lidade normalmente. O sopro é um cone de 10m de
comprimento e 8m na base.
Na maioria das vezes a hidra mantêm seu corpo
escondido e ataca com as cabeças (que alcançam
até 10m). Se ela perder metade de suas cabeças ten-
tará fugir.
Sempre que uma cabeça da hidra é cortada (ou
seja, reduz seus PVs a zero com dano de corte), duas
novas cabeças aparecem para atacar. A única forma
de impedir isso é queimando a área do pescoço ime-
diatamente após esta ser cortada. A hidra nunca pode
ter mais de 10 cabeças.
Debaixo d’água, na caverna onde a hidra dorme,
há uma passagem que leva a várias pequenas câma-
ras submersas. São grandes cavernas de corais, com
anômoras e algas brilhantes incrustadas na superfí-
cie. Não há qualquer tipo de perigo. Estas cavernas
eram o antigo lar de uma raça de homens-peixe, extin-
ta há milhares de anos. E na última câmara, estes
homens-peixe guardavam seu tesouro.
 A câmara final oferece aos exploradores um pe-
queno tesouro em peças de ouro: o equivalente a
3d6x1000 Tibares em ouro (mas não são não moe-
das, e sim itens de valor). Algumas armas construídas
de ossos também parecem interessantes, além de
armaduras feitas de cascos de tartarugas.
Dois itens, no entanto, são especiais: um manto
feito com escamas de peixes e fios de seda de ara-
nha do mar, é na verdade um manto de invisibilidade.
Apenas criaturas de tamanho humano ou menor po-
dem utilizar o manto; ele não funciona contra criatu-
ras maiores.Também não pode ser usado por criatu-
ras menores que um halfling (como os sprites).
O outro item é um bastão feito com ossos de pei-
xes. Também é mágico, capaz de controlar peixes e
criaturas anfíbias. As vítimas tem direito a um Teste
de Resistência (WILL) +1/+10% para negar o efeito.
Se não passar, ficará sob efeito da Magia O Canto da
Sereia (mas funciona “apenas” com peixes e anfíbi-
os).
O resto são apenas itens comuns e sem grande
importância.
Aposento 16:
Cavernas de Mineração
Esta ampla caverna parece ter sido um campo de
mineração há muitos anos atrás. Várias rochas
de diferentes tamanhos estão espalhadas por to-
dos os lados. Muitas pás e picaretas também en-
contram-se pelo chão.
Alguns retos mortais de mineradores podem ser
encontrados nesta câmara. Este lugar era escavado
por anões, mas apenas certos meios mágicos podem
revelar isso (estes anões falam o idioma Valkar e seu
próprio idioma, que apenas pode ser compreendido
por anões). Isso aconteceu há muitos anos atrás. É
possível que os mesmos anões que trabalhavam aqui
viviam na cidade de Gulthernn, as ruínas de uma ci-
dade anã que fica na direção oeste.
Atualmente o lugar esta abandonado. Alguns di-
zem que é assombrado pelos fantasmas dos anões
escavadores. Mas na verdade um outro perigo ronda
estas cavernas: Servúss, em sua forma licantrópica
de homem-rato, costumam vir até esta caverna algu-
mas vezes. Ele faz isso porque quer mantêr-se perto
de seus antigos companheiros. Quando não está aqui,
ele geralmente estará em outras cavernas próximas,
caçando.
No lado oeste desta caverna a parede parece ter
caído, abrindo-se para a câmara 17. Uma vez que esta
câmara serve de arsenal para o bando de Fistbone,
sempre haverá aqui pelo menos dois soldados de vi-
gia.
Aposento 17:
O Depósito dos Fistbone
Esta câmara com 9x12 metros serve como depó-
sito para o bando de Fistbone. A passagem que
liga-se à câmara 16 sempre é vigiada por pelo
menos dois soldados, e a porta sul esta sempre
trancada.
Os soldados parecem estar sempre na passagem
leste, mas na verdade trata-se de uma projeção de
imagem. Os verdadeiros soldados estarão no fundo
da câmara, ocultos nas sombras e com armas de lon-
go alcance (usualmente bestas). Caso sejam ataca-
dos, os soldados-ilusão irão reagir, mas os golpes sim-
plesmente não os afetarão. Eles próprios também não
são capazes de causar qualquer dano aos invasores.
Mas enquanto isso, os soldados reais, no fundo do
aposento, atacam à longa distância. Um Teste de Fá-
cil de PER ou Habilidade+1 (+3 se tiver Sentidos Es-
peciais) revela a verdade aos invasores, mas apenas
depois que o combate tiver iniciado.
Caso os invasores sejam relativamente fortes, os
soldados reais atacarão com bombas de óleo, que
explodem e causam dano de 4d6 no ponto de impacto
e alcançam até 4 metros, atingindo todos que estive-
rem dentro desta área (o dano se reduz em 1d6 para
cada metro distante do ponto de impacto). Um Teste
de AGI ou Esquiva (Habilidade), reduz o dano à me-
tade. Cada soldado tem em média duas bombas de
explosão. Para acertar a bomba de explosão em um
alvo, deve-se realizar um teste de ataque (de toque)
normalmente.
Caso nada disso funcione, os soldados podem uti-
lizar os itens mágicos que estão nesta câmara. Eles
terão, à sua disposição, uma arma elemental cada (en-
cantadas com Fogo 1 cada), e um único Cajado de
Cura (capaz de lançar a Magia Cura Mágica com
Focus 1), com 20 cargas (pode ser utilizado 20 ve-
zes). Além disso, eles próprios estarão utilizando al-
guns itens de proteção, à escolha do Mestre.
A porta na parede sul é mantida trancada a maior
parte do tempo. Caso seja arrombada, ela tem A3 e
20 PV (3D&T) ou FR 18 (Daemon). Para destrancá-
la será necessário um Teste de Manuseio de Fecha-
duras -10%, ou ainda Habilidade-3 (se não tiver a
Perícia Crime ou a Especialização Abrir Fechduras).
Caso a porta seja arrombada, os soldados em seu
interior irão se preparar para o ataque. Eles podem
utilizar suas bombas de explosão, e podem bloquear
o caminho dos invasores com caixas e outros entu-
lhos que estejam na câmara.
O interior do aposento serve como depósito para
os Fistbone. Aqui eles guardam várias caixas e barris
contendo um pouco de comida não perecível, além de
armas comuns e mágicas, e algumas armaduras. Os
únicos itens mágicos são aqueles já mencionados (a
menos que o Mestre queira incluir alguns outros itens
menores). Além disso um dos caixotes esta magica-
mente trancado – pode ser aberto com um Cancela-
mento de Magia com Focus 5; caso contrário exige
um Teste Difícil de Manuseio de Fechaduras, ou H-1
apenas para personagens com Crime ou Abrir
Fechduras; caso seja arrombada, a caixa tem A5 e 30
pvs, FR 28. Ali dentro estão guardados os tesouros
do bando. Inclui cerca de T$ 500.000,00 (em cobre;
11
totalizando 5000 peças de ouro) entre moedas e itens
valiosos.
Também é aqui que o bando costuma se organizar
e dialogar sobre seus próprios assuntos. Uma mesa
no centro do aposento apresenta lugar para todos os
membros do bando, com seus nomes entalhados no
topo de cada cadeira.
Aposento 18:
As Almas
Nesta grande sala de 24x15 m² vivem as almas
dos principais guerreiros que morreram no
Abismo. Suas almas não conseguem sair desta
sala e apenas alguns deles são capazes de atacar.
Com um teste de Persuasão ou Liderança com H-
1 você poderá saber de alguns mortos-vivos
algumas coisas úteis como salas distantes, onde
morreram, se descobriram algum tesouro
importante, porque eles continuam vivos, etc...
Apenas 4 guerreiros atacam os visitantes, para
proteger a sala, mas nenhum deles é poderoso. O
único que pode realmente fazer mal é Zaorak, um
antigo guerreiro que mesmo depois de morto
conseguiu se transformar em lich! Se depois de
derrotar os zumbis protetores, os exploradores não
atacarem mais ninguém o lich não lhes atacará e até
pode oferecer ajuda, dependendo de suas respostas
por estar ali. Se atacar os outros mortos-vivos ele
atacará até sua morte. No início de cada luta você
poderá se explicar com H-1, se passar ele para de
atacar se não você irá lutar novamente.
ZAORAK, O LICH
Daemon: Lich Mago do 10º Nível. CON 18, FR 14,
DEX 13, AGI 13, INT 19, WILL 18, CAR 5, PER 18.
Ataques [2 ou 1], IP 3 (Pele), PV 26+23. Garras (x2)
75/70 dano 1d6+5 ou Rituais. Pontos de Magia: 23.
Entender 2, Criar 3, Controlar 3, Água 2, Terra 3,
Trevas 4, Fogo 4, Demônios 2. Perícias Principais:
Adaga 50/40, Alquimia 40%, Astrologia 30%, Ler e
Escrever 30%, Ocultismo 60%, Rituais 50%, Teoria
da Magia 50%. Aprimoramentos: Pontos Heróicos 3,
Poderes Mágicos 4, Imunidade a Venenos. Só pode
ser ferido por armas mágicas +2 ou melhores. Possui
3D de proteção à Magias. Imune a Esconjuro e
Controle de Mortos-Vivos, Paralisia e Transformações.
3D&T: F3, H4, R4, A3, PdF2; Lich (Imortal,
Invulnerabilidade a tudo, exceto magia e armas
mágicas, Resistência à Magia), Ataque Múltiplo;
Trevas 5, Fogo 3, outros 2.
GUARDIÃES-ZUMBIS
Daemon: CON 12-15, FR 12-15, DEX 3-6, AGI 8-12,
INT 0, WILL 0, CAR 0, PER 10-12. Ataques [2], IP 0,
PV 12 a 15. Garras (x2) 35/25 dano 1d6+1.
3D&T: F2, H2, R1, A1, PdF1; Zumbi, Tiro Múltiplo
(para os arqueiros); Trevas 3.
Os itens na sala são os mais normais possíveis:
12
armas e dinheiro é tudo o que você pode conseguir
dos zumbis. No Cômodo há apenas camas onde os
mortos-vivos deitam de vez enquanto. Se eles
permitirem, os exploradores poderão descansar em
uma delas.
Depois de ver tudo na sala há 4 saídas, cada uma
levando para ponto cardeal. À leste a porta está
trancada, e se tentarem abrir, algumas facas cairão
em cima da vítima. Se mesmo depois a pessoa quiser
abrir a porta, terá que passar num teste de H-3 (se
tiver Crime – caso contrário não poderá destrancar a
porta). Para derrubá-la, ela tem A5 e 30 PVs.
Aposento 19:
Câmara de Tortura
A porta que leva à esta câmara tem uma tabuleta
na parte central onde pode-se ler “Sala dos Gri-
tos”. Trata-se de uma porta de madeira velha, com
dobradiças de ferro e maçaneta de ossos. A por-
ta em si não esta trancada, apenas emperrada, e
deve ser levemente forçada.
O lugar é uma câmara de tortura. No lado norte há
uma cama de tortura (onde a vítima tem suas mãos e
pés presos e é “esticado”), e ao seu lado estão pen-
durados na parede dois chicotes e uma pequena maça.
Na parede sul há correntes para prender as vítimas
pelos braços e pernas, e ali encontram-se também
alguns esqueletos presos (mortos).
A apenas um metro da parede oeste há um palan-
que com uma forca, com um alçapão que abre-se
debaixo da vítima. Mais ou menos no centro do apo-
sento há um sarcófago cheio de espinhos.
Neste aposento eram guardadas também 1d6+1
serpentes venenosas (em sua maioria cascavel – da-
quelas que usa o guizo na cauda quando sente-se
ameaçada), e uma cobra-rei, a maior serpente vene-
nosa de Arton (capaz de atacar por esmagamento da
mesma forma que as serpentes constritoras). Elas
eram guardadas em um sesto seguro, mas agora es-
tão libertas pelo aposento, e podem significar proble-
ma (principalmente a cobra-rei, que adora caçar hu-
manos).
CASCAVEL
Daemon: CON 2-10, FR 2-5, DEX 0, AGI 6-18, INT
1, WILL 1, CAR 0, PER 16-20. Ataques [1], IP 0, PV
2 a 15. Mordida 45/0 dano 1d2+veneno. O veneno
causa 1d6 de dano por rodada, até o máximo de 4d6.
Um Teste de CON por rodada reduz o dano à metade.
Para se curar deve-se realizar um Teste de Primeiros
Socorros ou uma Magia de Cura (que, usada deste
modo, não recupera PV, apenas cura o veneno).
3D&T: F0, H1-3, R1, A0, PdF0. O veneno causa -1
em todas as Características, e a vítima perde 1 PV
por rodada até a morte, ou até ser curada (Medicina
H+1 ou uma magia de Cura, que usada desta forma
não recupera PV, apenas cura o veneno).
COBRA-REI
Daemon: CON 10-12, FR 12-15, DEX 0, AGI 6-8,
INT 1, WILL 1, CAR 0, PER 16-20. Ataques [1+1], IP
1 (Pele), PV 12 a 15. Mordida 55/0 dano 1d2+veneno.
O veneno causa 1d6 de dano por rodada, até o máximo
de 4d6. Um Teste de CON por rodada reduz o dano à
metade. Para se curar deve-se realizar um Teste de
Primeiros Socorros ou uma Magia de Cura (que, usada
deste modo, não recupera PV, apenas cura o veneno).
Constrição: caso acerte o ataque com a mordida ela
se enrola na vítima e causa 1d6+3 de dano por rodada,
até que a vítima passe em um Teste de Força Resistido
para livrar-se.
3D&T: F2, H2, R3, A0, PdF0. O veneno causa -1 em
todas as Características, e a vítima perde 1 PV por
rodada até a morte, ou até ser curada (Medicina H+1
ou uma magia de Cura, que usada desta forma não
recupera PV, apenas cura o veneno). Caso ela acerte
seu ataque, passa a causar dano por Força nas
rodadas seguintes, sem a necessidade de testes. Para
livrar-se a vítima deve passar em um teste de Força.
Além das cobras não existe qualquer outro perigo
ou mesmo recompensa que possa ser encontrado
neste local. Aparentemente esta era a sala de tortura
de Mak, o mestre dos assassinos, falecido há alguns
anos. Estas câmaras eram seu esconderijo.
Um curiosidade sobre esta câmara é que algumas
pessoas (principalmente clérigos e paladinos) podem
ouvir em meio ao silêncio algumas palavras de súpli-
cas e desespero, muito baixa e como se viessem de
um lugar muito distante. São os gritos de dor das po-
bres vítimas de Mak...
Aposento 20:
A Câmara de Mak
Esta câmara tem uma passagem na direção sul e
portas nas direções norte, leste e oeste. Mede
cerca de 6x9 metros, e é pouco mobiliada. Sua
paredes são revestidas por blocos de alvenaria.
Na parede norte, do lado esquerdo da porta, há
um quadro que mostra a imagem de um homem de
meia idade, com longas barbas e cabelos grisalhos,
vestido com um longo manto negro e portando um
cajado. Na base do quadro lê-se “Mak, Mestre dos
Assassinos”. Mak se auto-denomina o mestre dos
assassinos. Na verdade ele já foi um assassino exem-
plar, antes de seu falecimento. Aparentemente, ele ti-
nha no Abismo um grupo de câmaras que lhe servi-
am de esconderijo.
As mobílias que tinham neste aposento estão qua-
se todas velhas e quebradas: uma mesa com uma
perna quebrada, e três cadeiras aos pedaços estão
exatamente no centro do aposento. Na porta da pare-
de oeste há uma tabuleta onde lê-se “Sala dos Gri-
tos”, e na porta oposta uma outra tabuleta escrito “De-
pósito – Não toque em Nada!”. A porta norte não apre-
senta nenhuma tabuleta. No lado nordeste há tam-
bém os restos do que parece ter sido uma cama de
palha. Atualmente o lugar serve como ninho de rato.
Não existe nada de interessante que possa ser
encontrado neste aposento.
Aposento 21:
O Depósito
A porta para esta câmara também não esta
trancada, apenas emperrada. Sua maçaneta é fei-
ta de metal e as dobradiças tem a forma de gar-
ras metálicas.
O aposento mede apenas 6x9 metros, e esta uma
bagunça completa, com caixas e caixotes espalha-
dos por todos os lados, a maioria quebrados. Este
lugar era um antigo depósito, com caixas de comida e
alguns pertences de Mak, o mestre dos assassinos.
Caso os jogadores procurem bem (Investigação ou H
– H+1 se tiver Visão Aguçada), poderão encontrar aqui
T$ 500 em cobre, e uma varinha de fogo totalmente
sem carga.
Logo que os exploradores entrarem no aposento e
começarem a remexer nos entulhos, irão despertar
um lobo-das-cavernas que esta preso debaixo de um
caixote. O lobo foi preso no caixote, apesar de o cade-
ado esta aberto. A criatura irá se rebater toda dentro
do caixote enquanto houverem criaturas próximas.
Caso os exploradores resolvam libertá-lo, o lobo sal-
tará sobre eles.
LOBO-DAS-CAVERNAS
Daemon: CON 20, FR 22, DEX 3, AGI 16, INT 2,
WILL 2, CAR 0, PER 28. Ataques [3], IP 1 (Pele), PV
22. Garras (X2) 65/50 dano 2d6+3, Mordida 60/0 dano
3d6.
3D&T: F1, H1, R1, A0, PdF0; Sentidos Especiais
(Faro e Audição Aguçados).
O primeiro ataque do lobo é livre, a menos que os
exploradores abriram o caixote de longe. Caso haja
algum druida ou ranger por perto, estes podem tentar
acalmá-lo através de magias ou perícias. Seja qual
for a escolha, aumente um pouco a dificuldade devido
ao desespero da criatura.
O lobo esta muito velho, fraco e magro, por ter
passado tanto tempo preso dentro do caixote. De qual-
quer forma, não há nada dentro do caixote que possa
interessar.
Aposento 22:
Quarto de Mak
Mais um aposento com 9x6 metros de área total.
Aqui era o quarto de dormir de Mak: ainda pode-
se ver os restos de uma cama simples na parede
noroeste, uma mesa com quase um metro e meio
de largura na parede sul e um tapete rasgado no
chão.
Mas atualmente a mobília esta completamente
destruída. Na parede oeste há uma estranha criatura.
Parece uma combinação macabra de ente e humano.
Parece uma árvore sem folhas, com uma formação
13
semelhante à face humana em sua parte frontal. A
criatura chega a alcançar o teto, três metros a cima.
Suas raízes penetram nos blocos de rocha que
revestiam o aposento. Próximo à árvore há vários
destes blocos soltos, retirados pelas fortes raízes.
A árvore também apresenta longos galhos que ser-
vem de braços. Quando há alguma criatura viva den-
tro do aposento, a criatura geme, produzindo um som
de dar calafrios. E por fim, o mais pavoroso: na base
do carvalho pode-se ver vários esqueletos, alguns
humanos mas não todos. Eles parecem estar presos
ao carvalho, como se tivessem sido absorvidos. Na
verdade são antigas vítimas da criatura.
Esta criatura é um tipo de carvalho-humano, cuja
origem não é conhecida. Alguns dizem que trata-se
do próprio Mak, transformado por algum vírus ou mal-
dição, enquanto outros dizem que Mak seria um dos
esqueletos presos ao carvalho. Qualquer criatura que
se aproximar demais do carvalho será atacado imedi-
atamente.
CARVALHO-HUMANO
Daemon: CON 26, FR 22, DEX 15, AGI 0/18, INT 1,
WILL 1, CAR 0, PER 25. Ataques [5], IP 5 (Pele), PV
28. Raízes e Galhos (x5) 50/0 dano especial. Tem IP
0 e recebe dano dobrado quando atacado com fogo.
3D&T: F2, H0/3, R4, A3, PdF0; Membros Elásticos,
Vulnerabilidade (Calor/Fogo).
O monstro ataca com suas raízes e galhos, po-
dendo alcançar até 10 metros de distância (ou seja,
qualquer lugar dentro do aposento). Pode atacar até
cinco vezes por rodada, mas apenas contra criaturas
diferentes. Quando acerta seu ataque, a criatura cau-
sa apenas 1 ponto de dano e envolve a vítima. A partir
de então ele passa a causar dano por Força (3D&T),
ou 1d10 mais os bônus de Força (Daemon), sem a
necessidade de testes.
Para se soltar a vítima deve realizar um teste de
Força contra a Força do carvalho (em 3D&T basta um
teste de Força-1). É impossível atacar enquanto se
esta preso, e livrar-se leva uma rodada.
Para destruir o carvalho-humano deve-se reduzir
seus Pontos de Vida a zero. Mas para isso deve-se
atacar o corpo. As raízes farão de tudo para mantê-
los longe do corpo. As raízes, caso sejam atacadas,
tem H3, R1 em 3D&T; 1d6 PV e AGI 18 em Daemon.
Criaturas que se aproximarem do corpo serão ataca-
dos por raízes menores, que recebem -2/-20% em
seus ataques. Estas raízes menores tem as mesmas
estatísticas que as raízes maiores. Na verdade elas
costumam ser usadas apenas depois que a criatura já
esta morta, e são elas que absorvem a vítima. Se to-
das as raízes forem destruídas, o carvalho ficará in-
defeso, mas poderá regenerar as raízes dentro de 1d6
dias.
Na parede oeste, exatamente onde se localiza o
corpo do carvalho, há uma passagem secreta, que
apenas poderá ser alcançada depois de derrotar o
carvalho. Para encontrar a passagem deve-se fazer
14
um Teste Difícil de Investigação, ou teste de H-3 (Vi-
são Aguçada e Sobrevivência em cavernas reduz a
penalidade em 1 ponto cada – se tiver os dois, o per-
sonagem pode fazer apenas um teste de H-1). Para
abrir a passagem basta acionar um mecanismo se-
creto. Esta passagem secreta leva para o interior de
uma das casas anãs em Gulthern.
Aposento 23:
Mensagens Antigas
Este aposento não apresenta nenhuma mobília
nem criatura alguma habitando seu interior (a não
ser, talvez, alguns morcegos e pequenas ara-
nhas). Mas ele contêm algo muito interessante.
Na parede norte há vários símbolos, runas e pala-
vras escritas em algum idioma antigo. Tudo é feito de
uma forma exemplar e realmente impressionante. Um
personagem anão pode sugerir que tenha sido feito
por anões, pois há uma certa familiaridade em algu-
mas runas, e tudo é esculpida de forma muito pareci-
da à usada pelos anões.
Ninguém até hoje conseguiu traduzir todas as pa-
lavras, símbolos e runas apresentados na superfície.
Algumas palavras são, inclusive, mágica, e ninguém
até o momento conseguiu traduzi-las. Há suspeitas
de que teria sido feito por Zaorak, o lich que vive nas
câmaras mais ao sul. A veracidade nunca foi compro-
vada, e o próprio lich nunca demonstrou interesse al-
gum nesta câmara. Outros dizem que ele próprio teria
escrito tais palavras, e elas guardam algum segredo à
seu respeito (talvez até a localização do medalhão que
contêm sua alma). Para traduzi-lo, neste caso, seria
necessário superar a magia do próprio lich...
Entre as informações contidas ali, há alguns que
mencionam um povo antigo e esquecido. Alguns as-
pectos deste povo poderiam ser relacionados ao povo
anão, mas não há nenhuma menção a este povo. Al-
guns teorizam que possa ser alguma raça antiga, com
algum parentesco distante com os anões.
Se desejar, o Mestre pode introduzir aqui qualquer
outra informação que acha importante para os joga-
dores.
Aposento 24:
Teleportador
A porta deste aposento esta trancada, mas tam-
bém é muito fraca, podendo ser facilmente
destruída. Caso tentem arrombá-la, a porta tem
A0 e 10 PVs ou FR 13. Não é possível abrir a fe-
chadura, pois esta esta completamente enferru-
jada e inútil (a porta esta barrada).
O aposento parece estar completamente vazio.
Mede também 9x6 metros de área, revestido por blo-
cos de rocha sólida. Não há qualquer mobília nem cri-
atura em seu interior. Mas na verdade o lugar esta sob
efeito de uma magia poderosa.
Quando uma criatura sai deste aposento ele cai
sob efeito de uma poderosa magia de teletransporte,
e é imediatamente transportada para um outro lugar
distante. Uma magia de detecção (Detecção de Ma-
gia ou detectar magia) fará com que a borda da pas-
sagem brilhe com um tom azulado. Para cancelar a
magia de teleporte, no entanto, deve-se utilizar Can-
celamento de Magia (contra Focus 7 ou Poder 70%).
No entanto, a Magia permanece desativada por ape-
nas 1d6 dias, e depois retorna ao normal.
A localização exata dos exploradores pode ser es-
colhida aleatoriamente pelo Mestre. Ela pode levar para
qualquer lugar do primeiro ou segundo nível do Abis-
mo. Se preferir, lance 1d contra a tabela abaixo:
Dado Localização
1 Na encruzilhada entre os aposentos 14 e
16 no segundo nível.
2 Na encruzilhada entre os aposentos 21, 22
e 24, no primeiro nível.
3 Na encruzilhada entre os aposentos 25 e
40 do segundo nível.
4 Na encruzilhada entre os aposentos 27, 28
e 31 no primeiro nível.
5 No interior do aposento 42 no segundo
nível.
6 No interior do aposento 9 no segundo
nível.
Aposento 25:
Gulthernn, a Cidade Perdida
Esta grande caverna subterrânea mede
aproximadamente 750 metros quadrados (21x36
metros). Em dois pontos diferentes, portas duplas
levam para o interior da câmara. Diferentemente
da maioria das câmaras do Abismo, esta
apresenta um teto muito alto, com várias
estalactites. Não há nenhuma luminosidade.
Na verdade esta caverna é onde ficam as ruínas
de Gulthernn, uma antiga cidade anã. Sua origem se
perde e se mistura com a desconhecida origem do
próprio Abismo. Dizem que há muitos e muitos anos
atrás, quando o Abismo estava começando a ser
construído, a cidade já existia, e era o lar de um povo
nobre e guerreiro de anões. Um povo que vivia em
constantes batalhas contra os monstros que também
habitavam seus corredores, em especial os troll
ghillanin e os trogloditas. Isso durou muito tempo, até
o surgimento de um inimigo maior, uma criatura des-
conhecida e que poderia ter dado origem a todo o
Abismo. Esta criatura teria sido a responsável pelo
extermínio de todo o povoado anão, deixando
Gulthernn às ruínas.
Uma outra teoria diz que Gulthernn teria sido
destruída por uma fera que surgiu nos corredores da
noite para o dia: um casal de dragões negros, que
resolveu fazer da cidade seu covil. Os anões resisti-
ram como puderam. Conseguiram, inclusive, derrotar
um dos dragões. Mas irado por perder sua amada, o
macho atacou com força total e pôs fim ao conflito. O
resultado foi o total extermínio de todos os anões, e
também dos próprios dragões.
Anos mais tarde, quando o mal tomou conta das
cavernas e o Abismo começou a nascer, todos na ci-
dade voltaram à viver sob ordens de um poder maléfi-
co ainda desconhecido. Todos retornaram ao mundo
dos vivos, mas não como antes: eram todos mortos-
vivos.
Atualmente a cidade esta em ruínas. Várias cons-
truções de pedra, escavadas nas rochas, encontram-
se destruídas e abrigam os corpos dos anões-zumbi
e de outras criaturas subterâneas, como aranhas e
pequenos vermes. Existem construções maiores e
outras menores, mas todas são feitas de pedra ou
escavadas na própria rocha.
ANÕES-ZUMBIS
Daemon: CON 12-15, FR 12-15, DEX 3-6, AGI 8-
12, INT 0, WILL 0, CAR 0, PER 10-12. Ataques [2],
IP 0, PV 12-15. Garras (X2) 35/25 dano 1d6+1.
3D&T: F1-2, H0-2, R1-2, A0-2, PdF0-1; Dependência
(órgãos vivos). Não pode se Esquivar e nunca ganha
Iniciativa.
Entre estes anões-zumbis, existe um que não ce-
deu aos poderes maléficos: Durinn era chefe do exér-
cito anão de Gulthernn. Diferentemente de todos os
demais zumbis que andam pelas ruínas, ele ainda
mantêm sua inteligência e ainda é capaz de falar, ain-
da que com uma voz estridente e arranhada. Sua rea-
ção ao encontrar o grupo de exploradores é muito va-
riável. Talvez ele resolva conversar, ou talvez esteja
faminto e necessite de seus órgãos para continuar
existindo.
Se conseguir conversar, Durinn contará sobre o
destino fatal que tomou conta de Gulthernn, transfor-
mando todos em zumbis, e sobre a criatura morta-
viva que vive nas cavernas mais profundas. Infeliz-
mente não há nada que possa salvar os anões (a
menos que o tal poder maléfico seja punido; mas uma
vez que nem ao menos se sabe do que se trata esta
não é uma missão fácil).
DURIN
Daemon: CON 14, FR 13, DEX 3, AGI 10, INT 5,
WILL 0, CAR 1, PER 12. Ataques [2], IP 0, PV 14.
Machado (X2) 40/30 dano 1d6.
3D&T: F1, H2, R2, A1, PdF0; Dependência (órgãos
vivos). Não pode se Esquivar e nunca ganha Iniciativa.
Embora se considere um anão, o aspecto físico
de Durin (e também dos zumbis), é um pouco dife-
rente, apesar de eles terem características similares.
Na parte mais ao norte das cavernas localizava-se
o palácio anão, uma grande construção rochosa ago-
ra em ruínas. A entrada esta quase completamente
destruída, com uma passagem com cerca de dez
metros de altura. A maioria das câmaras do palácio
estão destruídas e inabitadas. A primeira, no entanto,
serve de covil para o que restou do grande dragão
negro que atacou os anões: um dragão-zumbi.
15
DRAGÃO-ZUMBI
Daemon: CON 31, FR 32, DEX 10, AGI 17, INT 3,
WILL 0, CAR 0, PER 20. Ataques [3], IP 7 (Pele), PV
60. Mordida 80/0 dano 1d10+3, Garras (x2) 70/70 dano
1d10+3. Recebe apenas metade de dano de ataques
causados por lanças, flechas e outros objetos
perfurantes. Possui Resistência de 3D contra Magias
de frio. Pode usar o bafo de gelo 4 vezes por dia,
causando 4d6+6 pontos de dano (frio).
3D&T: F3, H4, R4, A4, PdF5 (frio/gelo); Sentidos
Especiais (todos), Levitação, Tiro Múltiplo. Ataca duas
com garras (Força) e uma mordida (Força+2d). Pode
usar o bafo-de-gelo da mesma forma que os dragões.
Diferentemente dos dragões normais, os dragões-
zumbis não tem aura de medo e não são capazes de
utilizar magias. Ele não receberá bem qualquer criatu-
ra que se aproxime de seu covil. Ele não tem muita
inteligência, e vive em eterna caça de novas presas.
Qualquer criatura viva que se aproxime do covil certa-
mente será atacada.
Em combate o dragão-zumbi pode atacar com sua
mordida e suas duas garras. Ele também pode utilizar
sua arma-de-sopro, que consiste em um bafo
congelante. Em 3D&T funciona como a arma-de-so-
pro de todos os dragões: não precisa de teste para
acertar o primeiro alvo, mas para acertar os alvos se-
guintes é necessário um teste de Habilidade normal
(devido à Tiro Múltiplo). Um teste de Esquiva reduz o
dano à metade. O sopro pode atingir criaturas vulne-
ráveis apenas à magia.
O dragão não tem qualquer outro objetivo além de
se alimentar dos exploradores. Portanto, ele irá
perseguí-los onde quer que vão (seu único bloqueio
são os corredores, pequenos demais para que ele
passe, devido aos seus sete metros de altura).
Caso o dragão seja derrotado será possível verifi-
car seu covil. Como uma criatura sem inteligência, o
dragão-zumbi não vê necessidade em coletar tesou-
ros, como fazem os dragões normais. No entanto, há
muitos itens antigos pertencentes aos anões que po-
dem ser recolhidos e levados como prêmio. O Mestre
deve decidir os prêmios ideais aos aventureiros, mas
aconselhamos algumas jóias e um item mágico.
Entre os antigos tesouros dos anões está
Thunderblade, um poderoso machado mágico de dois
gumes, caçador de trolls. Levando em consideração a
possibilidade de encontrar alguns trolls nos corredo-
res do Abismo, este é um prêmio extremamente útil.
Os detalhes sobre Thunderblade são mencionados no
capítulo Itens Mágicos deste livro.
Nada mais interessa nestas cavernas.
Aposento 26:
Esta é mais uma câmara aleatória, cujos aconte-
cimentos serão definidos pelo Mestre, que mais
uma vez é livre para fazer o que desejar.
O aposento 26 é uma caverna escavada na rocha,
não revestida por blocos de alvenaria ou rocha lisa. É
16
mais provável que sirva de covil para alguma – ou al-
gumas – criaturas subterrâneas. Trolls, bugbears,
goblins, orcs, kobolds e outros similares são os en-
contros mais prováveis. Se preferir, o Mestre pode
montar armadilhas de qualquer tipo.
Aposento 27:
O Verdadeiro Criador da Caverna?...
Nesse pequeno cômodo, que só pode ser
pesquisados por entradas secretas das salas 28
e um caminho da sala 26, está um manuscrito
estranho, escrito em um idioma estranho
desconhecido. Ali, dizem, está um dos maiores
segredos do Abismo.
Segundo algumas teorias, ali estaria escrito quem
criou o labirinto, ou pelo menos quem o descobriu. O
papel está em decomposição e as letras começam a
sumir; em alguns dias de uso contínuo o papel pode
tornar-se pó...
Ninguém poderá desvendar o que está escrito sem
uma grande pesquisa. Antes disso é necessário
descobrir o idioma, e depois realizar uma tradução
detalhada desse idioma com um modo de escrita
manual e antiga.
Na verdade o papel também pode não conter
informação alguma. Um antigo explorador inventou
toda esta lenda pois acredita ter traduzido uma única
palavra no pergaminho: “criação”.
Aposento 28:
A Caverna de Gelo
Esta é uma área grande, com 15x15 metros, loca-
lizada na parte central do nível dois do Abismo.
Os corredores que levam a esta câmara apresen-
tam uma forte corrente de ar fria. Isso porque todo
o aposento esta envolto em gelo.
Não se sabe exatamente o que provoca isso, mas
a hipótese mais aceita é que alguma magia mau su-
cedida teria sido conjurada dentro deste aposento,
provocando seu congelamento total. Grandes
estalagmites de gelo erguem-se do solo, e algumas
quase atingem o teto, a 5 metros de altura. Além dis-
so, uma pequena tempestade de neve e um vento cor-
tante incomodam bastante. Este vento misterioso pa-
rece vir do centro da câmara, onde há uma imensa
estalagmite que alcança o teto gélido.
O clima nesta câmara é frio, mas pode ser consi-
derado confortável pela maioria dos aventureiros. Cri-
aturas que sejam de alguma forma vulneráveis ao frio
(que tenham Vulnerabilidade a frio/gelo), vão precisar
de uma grande proteção (de preferência mágica), ou
perdem 1 PV a cada meia hora (em tempo de jogo)
que permanecem na câmara.
A superfície aqui é totalmente congelada, e há pou-
ca neve. Em alguns lugares será necessário realizar
um teste de Habilidade +2 ou Teste Fácil de DEX para
se manter em pé (queda não chega a provocar dano).
Devido à superfície extremamente lisa, é impossível
para qualquer criatura correr sem sofrer quedas cons-
tantes. Em combate, toda vez que a vítima recebe dano
deve realizar estes testes de equilíbrio para não cair.
Aproveitando-se da situação favorável, um grupo
de cinco bugbears da neve vivem aqui, atacando ex-
ploradores descuidados. Os bugbears da neve são
nativos das Uivantes. Diferente dos bugbears normais,
que costumam habitar cavernas de climas tempera-
dos, os da neve tem pelagem muito mais densa e ge-
ralmente branca ou cinzenta. Parecem não ter rela-
ções com os outros bugbears, possuindo até mesmo
um idioma diferente (que consiste de rugidos).
Os bugbears do gelo espreitam entre as
estalagmites e esperam pelo melhor momento de ata-
car – de preferência quando as vítimas estiverem so-
bre uma superfície lisa, onde terão dificuldades para
o combate (os bugbears tem pés mais acostumados
ao clima e à superfície, pois vivem aqui há anos, e
realizam seus testes de equilíbrio com +2/+20% de
bônus em 3D&T e Daemon).
As características abaixo são gerais, e o Mestre
pode ampliar se achar necessário. Em Daemon eles
têm o kit bárbaro no 4º nível.
BUGBEAR DO GELO
Daemon: Bugbear Bárbaro do 4º Nível. CON 15-18,
FR 15-19, DEX 12, AGI 8-12, INT 5-9, WILL 5-9, CAR
6-9, PER 13-15. Ataques [1], IP 1, PV 15-20+20. Clava
75/50 dano 1d6+bônus FR ou Machado de Ossos 85/
70 dano 1d6+bônus FR. Aprimoramento: Pontos
Heróicos 5. Tem IP 6 contra frio/gelo.
3D&T: F2-3, H2, R3, A1-2, PdF0; Guerreiro Comum,
Armadura Extra (frio/gelo), Sobrevivência.
Além de suas armas e armaduras, os bugbears
carregam ainda cerca de T$ 60 em cobre, alguns pe-
daços de ossos, lampiões (que são alimentados com
gordura humana), e alguns pedaços de carne conge-
lada (que serve de alimento para eles).
Existe, neste aposento, uma passagem secreta
que leva à câmara 27. Os bugbears não sabem da
existência desta passagem. O gelo que envolve as
paredes torna ainda mais difícil detectá-la. Para achar
o mecanismo que abre a passagem (uma rocha solta)
deve-se ser bem sucedido em um teste de H-3 (H-2
de tiver Visão Aguçada ou Sobrevivência em Caver-
nas; H-1 se tiver as duas) ou Teste Difícil de Investi-
gação.
Aposento 29:
Os Kobolds
A porta para o interior deste aposento encontra-
se sempre trancada. Ela é de pedra e muito pesa-
da, apesar de existir uma palavra mágica capaz
de abrí-la facilmente (tal palavra é conhecida ape-
nas por aqueles que usam o aposento).
Caso tentem arrombar a porta, ela tem A4 e 20
PVs em 3D&T, ou FR 33 em Daemon. Não pode ser
aberta por ladinos uma vez que não apresenta fecha-
duras.
Esta câmara divide-se em dois níveis. A três metros
a cima do solo há um tipo de “segundo andar”, que
alcança os dois metros de altura e é um pouco maior
do que a parte inferior do aposento (a parte inferior
mede 9x6 metros, enquanto a superior é um tipo de
patamar com corredores de 9 metros). A parte central
do segundo andar é aberta, possibilitando a visão do
primeiro andar.
Um outro efeito estranho é que a atmosfera deste
aposento é mais pesada que o normal. Aqui todas as
criaturas sentem-se mais pesadas, e são penaliza-
das por isso. Em regras, as vítimas recebem -1/-10%
em todos os seus lances de dados (danos, ataques,
perícias...).
O aposento é utilizado por um grupo de 1d6+4
kobolds. Mas, diferente do que acontece com a maio-
ria dos membros da raça, estes kobolds são um pou-
co mais fortes, devido à atmosfera pesada do apo-
sento, e a dificuldade em enfrentar as criaturas do
segundo nível. Além disso, eles são liderados por um
kobold feiticeiro que acredita também ser um meio-
dragão. A veracidade destes boatos não é confirma-
da, mas nunca se sabe...
O líder Huruck é um feiticeiro inteligente e astuto.
Ele costuma realizar ataques ordenados, preparando
armadilhas contra criaturas que invadam seu territó-
rio.
HURUCK, O LÍDER KOBOLD
Daemon: Kobold Feiticeiro do 9º Nível. CON 12, FR
10, DEX 15, AGI 15, INT 12, WILL 12, CAR 15, PER
12. Ataques [1], IP 2 (armadura), PV 20+18. Espada
Larga 50/50 dano 1d10. Aprimoramento: Pontos
Heróicos 2, Poderes Mágicos 2, Ambidestria, Senso
de Direção, Canalisador. Perícias Principais: Espada
Larga 50/50, Alquimia 60%, Astrologia 30%, Ler e
Escrever (idioma kobold) 30%, Ocultismo 30%, Rituais
25%, Teoria da Magia 70%. Pontos de Magia: 20. Criar
1, Controlar 1, Entender 1, Trevas 2, Luz 2, Água 2,
Espíritos 2. Possui uma cota de malha mágica que
não impõem penalidades em AGI e DEX.
3D&T: F1, H4, R2, A2, PdF0; Feiticeiro (pode lançar
magias com custo 1 a menos, possui apenas 5 magias
padrão e mais nenhuma), Arcano, Modelo Especial;
Trevas 2, Luz 2, Água 2, outros 1.
Huruck tem à sua disposição alguns pergaminhos
(cerca de 1d6+2) que poderá usar contra os invaso-
res, se achar que há necessidade. Para Daemon,
Huruck foi construído com o kit Mago, já que não existe
o kit Feiticeiro (ainda). Ele não segue as regras para o
kit kobold apresentado no livro básico de Tormenta
3E. Veja mais adiante as regras usadas.
SOLDADOS KOBOLDS
Daemon: CON 10-12, FR 8-10, DEX 5-10, AGI 10-
15, INT 7-10, WILL 7-10, CAR 5-10, PER 10-15.
Ataques [1], IP 1 (armadura), PV 12-20. Espada Larga
80/70 dano 1d10 ou Arco Simples 40/0 dano 1d6,
Escudo 0/60.
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3D&T: F0-1, H2-4, R0-2, A0-1, PdF1; Inculto, Modelo
Especial.
Cada um dos soldados kobolds tem em mãos um
frasco de ácido que pode ser lançado contra os alvos.
Eles também estão armados com arcos e flechas, e
atacarão com elas. Na parte superior da câmara, onde
eles passam a maior parte do tempo, os kobolds dis-
põem de uma pequena cobertura, que lhes oferece
A+2 ou IP +4 contra ataques à distância. Huruck utili-
zará seus pergaminhos apenas se perceber que real-
mente há esta necessidade.
Além do mais, os kobolds tem uma outra armadi-
lha preparada para invasores. No teto desta câmara
há uma rede contendo vários blocos de pedra e rocha
bastante pesados. A rede esta sendo segura por cor-
das, que serão cortadas com flechas para cair sobre
os invasores, provocando 3d6+4 pontos de dano. As
vítimas tem direito a um Teste de Esquiva (Habilidade
ou AGI) -1/-10% para reduzir o dano à metade. A rede
esta praticamente invisível na escuridão: apenas per-
sonagens capazes de ver no escudo (Infravisão não
ajuda, pois apenas detecta o calor dos objetos – e uma
rede não tem calor) tem direito a um teste de Habilida-
de ou PER. Aqueles que souberem da rede podem
receber bônus para desviar.
Há uma escada que liga o primeiro e o segundo
nível desta câmara, mas ela permanece sempre blo-
queada por entulhos, caixas de madeira e pedra, para
que os invasores levem tempo até alcançar o topo
(onde os kobolds estarão).
Quando o combate corporal tornar-se inevitável,
Huruck utilizará suas magias de proteção a favor dos
soldados, para que eles lutem. Se suas magias aca-
barem ele usará as flechas (embora não saiba usá-
las perfeitamente), ou entrará em combate corporal.
Se perceber que seus soldados estão perdendo, ele
aceitará a derrota e entregará seus pertences em tro-
ca da promessa que os invasores irão embora.
Os kobolds tem alguns prêmios interessantes.
Caso Huruck não tenha usado todos os seus perga-
minhos, os exploradores podem levá-los. Além disso
temos também a armadura mágica do líder, uma cota
de malha que não oferece nenhuma penalidade no
movimento (sem penalidade em AGI e DEX). Eles tam-
bém carregam algumas jóias e peças valiosas, soman-
do T$ 50.000,00 em cobre.
Estes kobolds não tem qualquer ligação com os
kobolds mineradores que encontram-se no primeiro
nível. Eles não fazem parte da mesma tribo, e não tem
qualquer tipo de relacionamento. Sendo assim, eles
não darão a mínima se houver um kobold no grupo.
Na parte inferior do aposento há uma passagem
secreta que leva à câmara 40. Os kobolds sabem desta
passagem, e podem usá-la para escapar se houver a
necessidade. Para encontrar o mecanismo que ativa
a passagem deve-se realizar um teste de Habilidade
(+1 se tiver Sobrevivência em cavernas) ou Investiga-
ção. A parede gira para levar ao interior da câmara 40.
18
Nova Raça: Kobolds
A seguir você terá algumas regras alternativas para
se usar kobolds como personagens jogadores. Para
Daemon, as regras são bem diferente daquelas apre-
sentadas no livro básico de Tormenta 3ª Edição.
3D&T:
Kobold é uma Desvantagem Única que custa -2
pontos. Eles têm F-1, R-1 (até um mínimo de F0 e
R0), sofrem os efeitos de Modelo Especial e Inculto e
todos têm Infravisão (de Sentidos Especiais).
Kobolds não podem ser magos. Por outro lado eles
acreditam muito na teoria do sangue de dragão (meio-
dragões), e a ocorrência de feiticeiros é relativamente
comum, tanto que para eles este kit custa 0 pontos.
Mesmo assim, seu Focus máximo é 3.
Kobolds são muito sensíveis à luz do sol. Quando
encontram-se em ambientes muito claros (ou sob efeito
de uma magia Luz), eles sofrem -1 em todos os seus
testes de Habilidade.
Kobolds podem comprar os kits matador de pes-
tes e ranger das cavernas pelo custo normal. Os clé-
rigos geralmnete são devoatos de Megalokk ou Krig,
deus menor dos kobolds (e seu Focus máximo é 3). O
kit dungeon crawler tem custo de 0 pontos para eles.
DAEMON:
O Kit de Raça Kobold não tem custo em pontos de
Aprimoramento. Eles recebem -4 em FR, -2 em CON
e +2 em AGI. Sua idade inicial é 10+1d6, e todos tem
infravisão de 20m. Kobolds não podem ser magos,
mas podem ser feiticeiros. Kobolds são sensíveis à
luz, e recebem -10% em seus Testes quando estão
sob à luz do sol ou a Magia Luz.
No resto, os kobolds são exatamente iguais aos
demais Personagens: tem 5 pontos de Aprimoramen-
to, 100 pontos de Atributo (menos as penalidades), e
pontos de Perícia normais.
Aposento 30:
A Caverna da Banshee
Assim como a câmara 28, este aposento é total-
mente repleto de gelo. Os bugbears do gelo que
vivem logo a cima não costumam vir até aqui pois
dizem que este lugar é assombrado.
Nas proximidades desta câmara podem ser ouvi-
dos gritos de desespero ecoando pelos corredores,
juntamente com a gélida corrente de ar. No interior da
câmara, uma criatura de cabelos desgrenhados esta
encolhida em um dos cantos (oposto aos explorado-
res). Tem uma aparência feminina, mas um corpo
translúcido. Trata-se de uma banshee, uma varieda-
de de fantasma.
A banshee possui todas as características de um
fantasma, com algumas diferenças. Na verdade, sua
grande diferença esta em sua voz estridente, que pode
ser utilizada como arma. Banshees não tem aura de
medo, mas podem utilizar seu grito da mesma forma:
todas as criaturas a até 1km deve fazer um teste de
Resistência -2 ou Teste de WILL -20%. Aqueles que
falharem sofrem os efeitos da magia Pânico.
O grito da banshee também pode ser usado para
causar dano (PdF em 3D&T; 2d6 em Daemon). Cria-
turas com Audição Aguçada não tem direito a nenhum
teste de Armadura.
O maior poder do grito da banshee é ser capaz de
levar a vítima ao coma (como a magia Coma), e a úni-
ca coisa capaz de fazê-lo retornar é um novo grito da
criatura. A vítima tem direito a um teste de Resistên-
cia (WILL) para negar o efeito. Esta habilidade pode
ser usada apenas 1 vez por dia.
BANSHEE
Daemon: CON 15, FR 10, DEX 13, AGI 10, INT 12,
WILL 17, CAR 17, PER 14. Ataques [1], IP 0, PV 28.
Sua voz causa 2d6 pontos de dano a todos a até 15m,
uma vez a cada três rodadas. Pode levitar com
velocidade de 1m/s. Apenas pode ser ferida por Armas
Mágicas +2 ou melhores, ou por Magia.
3D&T: F2, H3, R3, A3, PdF2 (vento/som); Imortal,
Invulnerabilidade, Levitação, Possessão, Devoção.
A banshee atacará qualquer criatura que venha a
invadir seu covil, e pode escolher perseguir certos
exploradores. Por se tratar de uma criatura imortal,
ela sempre retornará. Se houver um combate, ela irá
mencionar, a todo momento, sua espada roubada...
A Queda de uma Paladina
Em uma época passada a paladina Aline Splintwish
veio explorar as cavernas do Abismo para aumentar
as informações sobre a masmorra. Ela era uma ex-
ploradora, como muitos outros aventureiros, e é ver-
dade que uma boa parte das informações sobre o pri-
meiro nível são graças à sua habilidade. Mas infeliz-
mente a paladina teve um terrível destino no segundo
nível.
Enquanto explorava as cavernas a paladina teve
sua sagrada espada Lifeshine roubada. Para piorar
sua situação, ela foi morta durante a batalha. Mas seu
espírito não conseguiu descansar: ela retornou ao
mundo dos vivos, na tentativa de recuperar sua arma
sagrada, e não poderá descansar enquanto sua mis-
são não estiver cumprida.
Infelizmente, Aline perdeu sua a maior parte de
sanidade. Ela considera todas as criaturas que en-
contra como ladrões, culpados por sua desgraça. Será
muito difícil convencê-la a dialogar.
Aline não sabe do paradeiro de sua amada com-
panheira, e por isso não consegue ir atrás dela. Uma
maldição antiga a impede de abandonar esta câmara,
em busca da espada. Por isso, ela pode utilizar sua
habilidade para pôr um dos exploradores em coma, e
exigir que os demais recuperem sua arma.
Caso a espada seja devolvida à banshee, sua alma
esta liberta, e ela poderá descansar em paz. A arma,
no entanto, não pode ir com ela para o mundo dos
mortos. Por isso, antes de partir, a paladina irá seleci-
onar um novo dono para Lifeshine. De preferência um
outro paladino, ou um clérigo justo. Caso nenhum dos
exploradores realmente mereça usar sua arma, ela a
levará para um lugar distante e entregará a alguém
que a mereça.
Aposento 31:
A Biblioteca dos Mortos
Quando os exploradores começam a se aproxi-
mar desta câmara poderão ver uma luminosidade
no fundo. Exatamente na entrada da câmara fica
uma passagem em arco, símbolos e ilustrações
bem trabalhadas escavadas na superfície.
A câmara é bastante grande, e possui três anda-
res. A passagem de entrada localiza-se no segundo
andar, sobre um patamar. À direita há uma escada
em espiral que leva ao primeiro e o segundo andar.
O primeiro andar é o maior de todos, pois compre-
ende toda a área apresentada no mapa. As paredes
são recheadas de estantes com vários livros. Atra-
vessadas diante da passagem de entrada estão ou-
tras duas estantes de cerca de 4 metros de largura.
Localizam-se a três metros de distância uma da ou-
tra. Em suas prateleiras, mais livros e pergaminhos.
Os dois andares superiores são menores. Na ver-
dade não são andares, mas patamares de três metros
de largura, localizados a cinco metros de distância
um do outro (criaturas maiores que isso podem en-
contrar dificuldades neste aposento). Ao redor dos
patamares encontram-se mais estantes com livros.
Menores, os patamares do segundo e terceiro an-
dar compreendem somente os 12x9 metros diantei-
ros da passagem. A área restante – os 12x21 metros
do lado contrário à entrada – simplesmente não exis-
tem (veja mais adiante).
Este aposento é um tipo de biblioteca, com livros e
pergaminhos colocados em todas as estantes. Todos
são livros de pesquisa de vários tipos: vida animal,
vida selvagem, biologia, geografia, história antiga, idi-
omas antigos, anatomia humana e animal (e outras
raças), coletânias de criaturas selvagens, e tantos ou-
tros. Nenhum conhecimento mágico, mas muito co-
nhecimento mundano. Um bardo (ou um necromante
metido a sabichão) poderiam se deliciar com a infor-
mação existente aqui.
No patamar do terceiro andar a prioridade dos li-
vros é a vida e a morte. Ali, portanto, são encontrados
muitos livros de necromancia (o estuda da
necromancia, não livros de magia). O segundo andar
é dedicada especialmente aos animais (incluindo hu-
manos, semi-humanos e alguns monstros). E o pri-
meiro andar fala sobre conhecimentos gerais (histó-
ria, geografia, português).
Mas não são apenas livros e pergaminhos que
podem ser encontrados na biblioteca. Espalhados por
todos os lados estão criaturas humanóides, em sua
maioria humanos e semi-humanos. Seus corpos são
translúcidos, assim também como suas vestes. São
os espíritos de antigos pesquisadores.
19
 Ao contrário do que se possa imaginar, estes fan-
tasmas não atacarão os exploradores que aqui che-
garem. Na verdade, eles agem como se nem ao me-
nos percebessem sua presença. Caso sejam ataca-
dos por meios convencionais, os ataques irão atra-
vessar seus corpos, sem causar dano algum, e eles
não darão atenção alguma. Se forem atacados por
meios mágicos, e sofrerem 1 ponto de dano ou mais,
serão destruídos imediatamente, desaparecendo, e
reaparecendo em 1d6 dias depois. Os demais, no
entanto, não dão atenção alguma ao fato.
Estes espíritos não se interessam em causar mal
algum a qualquer explorador. Estão todos ocupados
lendo seus livros e pergaminhos, em busca de algum
conhecimento desconhecido. Na verdade nem eles
mesmo sabem o que estão procurando. Mas estão
presos à biblioteca, e nada será capaz de destruí-los
realmente. Todos tem uma expressão preocupada em
seus rostos. Mas são incapazes de se comunicar com
qualquer criatura viva.
Na verdade, somente uma coisa é capaz de livrar
estas pobres almas deste sofrimento.
O Elfo Vampiro
No terceiro andar da biblioteca, ao fundo, fica uma
câmara secreta. Para abrir a passagem é necessário
acionar um mecanismo em um dos livros (encontrar o
livro exige teste de Habilidade-1 – H+1 se tiver Senti-
dos Especiais próprios – ou Investigação -10%). O
mecanismo consiste em um pentagrama com jóias de
diferentes cores em cada uma das pontas: vermelho
no topo, azul na esquerda, verde na direita, preto na
base esquerda e branca na base direita. Para abrir a
passagem é necessário pressionar as jóias em ordem:
branca, verde, azul, vermelha e preta. Assim a passa-
gem irá se abrir levemente, permitindo que seja força-
da e entre na câmara (as jóias podem ser “puxadas”,
caso se tenha pressionado a ordem errada, mas não
podem ser removidas).
A câmara é totalmente escura, e mede 12x15
metros. No norte encontram-se uma mesa de madei-
ra fina e lgumas cadeiras acolchoadas. Tudo é bem
trabalhado, com grande delicadeza e riqueza de deta-
lhes. Alguns belos quadros e tapeçarias adornam as
paredes da câmara. Uma parede de rocha com pe-
quenas fissuras, no sul, isola uma outra câmara me-
nor, com 12x6 metros. Nesta câmara, a única mobília
é um grande caixão de madeira fina, cheio de enta-
lhes e interior forrado com tecidos e almofadas ver-
melhas, mas os exploradores apenas saberão disso
se conseguirem derrubar a parede (A3 e 50 PVs, ou
IP 10 e 100 PV). Ela tem FR 35 caso tentem arrobá-
la. Pequenas fissuras na rocha possibilitam que um
objeto gasoso atravesse a parede: este é o método de
fuga do usuário desta câmara.
Esta câmara pertence a um elfo vampiro chamado
Firmaiyn Aliynyn. Sua ficha completa pode ser encon-
trada no capítulo Sociedades do Abismo, deste livro.
Caso a câmara do vampiro seja invadida, ele exigi-
rá explicações, mas apenas atacará se for atacado
20
primeiro. Caso contrário, tentará um diálogo, para as-
sim ganhar a confiança dos exploradores a fim de
pegá-los de surpresa. Foi Firmaiyn quem deu eterni-
dade às pobres almas espalhadas pela biblioteca. Elas
são, na verdade, sua forma de sustento: o vampiro
tornou todos eternos, para ter alimento eterno, visto
que não se alimenta de sangue, mas da alma das cri-
aturas vivas (ou semi vivas). Em verdade, o vampiro é
a causa de todo o sofrimento eterno das pobres al-
mas que encontram-se na biblioteca.
Caso haja uma batalha, o elfo vampiro poderá uti-
lizar suas magias ou suas especialidades vampíricas.
Caso chegue Perto da Morte (em 3D&T) ou seja re-
duzido a 0 PVs (em Daemon), ele assumirá sua for-
ma de névoa e tentará fugir por alguma fissura em
direção ao seu caixão. Ali, ele recupera 1 PV em 1
hora, e depois disso será capaz de se regenerar nor-
malmente até voltar à vida. A única forma de realmen-
te matá-lo é encontrando seu caixão para destruí-lo.
Caso o elfo seja destruído, mas sei caixão perma-
neça ativo, ele retornará em alguns dias, disposto a
se vingar: ele pode enviar mortos-vivos e crias
vampíricas atrás dos exploradores, mas é pouco pro-
vável que ele próprio vá atrás deles.
Caso o caixão do vampiro seja destruído, ele não
será mais capaz de se regenerar, e estará realmente
destruído. Desta forma, todas as almas que estão
aprisionadas na biblioteca estarão livres, e retornarão
ao mundo dos mortos.
Existem alguns tesouros para serem encontrados
nestas câmaras: na ante-sala (onde o vampiro passa
a maior parte do tempo), há algumas jóias e peças de
valor a serem encontradas. Em total, há cerca de 4520
Tibares em ouro, incluindo jóias e objetos preciosos.
Se achar justo, o Mestre pode incluir aqui um ou dois
itens mágicos (mas seria justo que o próprio vampiro
utilize estes itens).
Na câmara do caixão, há um item bastante pode-
roso: um anel de dominação dos mortos, cuja explica-
ção completa pode ser encontrada no capítulo Itens
Mágicos do Abismo, deste livro. É um item muito pre-
cioso, mas que nem o próprio vampiro pode usar (a
menos que os exploradores – ou ele mesmo – derru-
bem a parede).
O Livro dos Pesadelos
A maioria dos livros encontrados na biblioteca são
completamente inofensivos. No entanto, há um muito
especial.
Trata-se de um livro com capa de couro, com cos-
tura exposta. Parece ser o couro de algum tipo de rép-
til, provavelmente humanóide. Um grande olho de vi-
dro esta localizado no centro do livro, com o que pare-
cem manchas de sangue ao seu redor. O livro possui
uma pequena tranca, mas que já esta enferrujada e
pode ser quebrada por qualquer personagem com
Força superior a 12 (F1 ou mais em 3D&T).
Ler este livro, no entanto, oferece um perigo mor-
tal! Este é um dos livros malditos, que falam sobre o
Reino dos Pesadelos!
 Estes livros malditos são conhecidos por levar pâ-
nico e insanidade a seus leitores. Os escritores des-
tes livros ficaram todos enlouquecidos, assim também
como seus leitores. Alguns cometem suicídio, ou são
destruídos aos poucos. Outros tem um destino ainda
pior: podem ter seus corpos “possuído” por um Lorde
do Pesadelo!
A cada hora que um personagem fica lendo o li-
vro, ele deve realizar um Teste de WILL +20% ou Re-
sistência +2. Evitar ler também exige este teste, visto
que o personagem esta sendo dominado pelo livro. A
cada hora que se passa, um novo teste deve ser rea-
lizado, cada vez mais difícil: o bônus de Resistência
se reduz em -1/-10% (podendo ficar negativo). Quan-
to mais o personagem lê, mais tentado ele fica: anote
a quantidade de falhar que ele obteve a cada hora.
Quando este número chegar à metade da Constitui-
ção (ou igual à Resistência), o personagem estará
totalmente tentado, e não poderá mais realizar testes.
A partir de agora somente uma atitude drástica será
capaz de salvá-lo (tratamento psicológico por pelo
menos 2 anos!).
Personagens tentados estarão completamente
enlouquecidos. Em 3D&T, ele recebe alguma Insani-
dade, à escolha do Mestre. Em Daemon, o Mestre
pode utilizar regras próprias para loucura, ou reduzir
a WILL do Personagem ou acrecentar-lhe um novo
Aprimoramento Negativo (de preferência Alucinado,
Cleptomaníaco, Esquizofrênico, Fobias, Mania de
Perseguição ou Maníaco Depressivo). Na verdade não
há necessidade de regras, apenas interpretação: o
Personagem deve agir com algum tipo de insanidade.
É importante lembrar: a insanidade pode por em risco
a vida do próprio personagem e também daqueles que
o rodeiam. A insanidade provocada pelo livro geral-
mente faz com que a vítima sofra de terríveis pesade-
los, que podem ocorrer a qualquer momento, tanto
enquanto esta estiver acordada ou dormindo.
Da mesma forma que o livro leva o leitor à loucura,
ele ensina a vencer a insanidade. Isso, no entanto, é
uma alternativa ainda pior: se seguir as indicações,
sua dor irá diminuir, mas ele estará se aliando, lenta-
mente, ao Reino dos Pesadelos. Os resultados po-
dem ser catastróficos!
Um personagem que tente acabar com seu sofri-
mento pelo livro irá criar um vínculo com um dos Lordes
do Pesadelo, senhores supremos no Reino dos Pe-
sadelos. Isso pode fazer com que o próprio Lorde ve-
nha à Arton, utilizando o corpo do personagem como
porta de entrada. Assim, o personagem morrerá e seu
corpo dará origem ao corpo do próprio Lorde.
Veja a aventura A Torre dos Pesadelos para ter
maiores detalhes sobre o Reino dos Pesadelos e seus
Lordes. Algumas informações também podem ser
encontradas no Guia de Monstros de Arton.
Aposento 32:
Um Ninho de Cocatriz
Este aposento mede 9x9 metros e não apresenta
porta, apenas uma passagem que o liga ao cor-
redor. Diferente da maioria das câmaras, aqui tan-
to o corredor quanto o aposento são cavernas
natutais, não escavadas. Apesar disso o solo é
relativamente liso.
Este aposento serve como ninho para um peque-
no grupo de cocatrizes. Estas estranhas criaturas
mágicas tem o aspecto de galos ou galinhas, mas
apresentam um par de asas de couro como de mor-
cegos e uma longa cauda semelhante à de serpentes
e lagartos. Aqui elas alimentam-se de insétos, répteis
e pequenos vermes que vivem no substerrâneo, mas
atacam qualquer criatura que entre em seus domíni-
os.
COCATRIZ
Daemon: CON 5-10, FR 5-10, DEX 3, AGI 5-10, INT
3, WILL 5, CAR 5, PER 8-12. Ataques [1], IP 0, PV 8
a 12. Bicada 50/0 dano 1d3+especial.
3D&T: F0, H1-3, R0-1, A0, PdF0.
Apesar das asas, cocatrizes são incapazes de voar.
Apesar disso, estas feras são muito temidas por uma
outra característica especial. Sempre que seu bico
acerta o alvo ele causa dano normal, mas a vítima
deve também realizar um teste de Resistência (WILL)
ou será transformada em pedra, da mesma forma que
a Magia Petrificação. Por não tratar-se de uma Magia
verdadeira, o cocatriz não poder Pontos de Vida ou de
Magia para realizar este efeito.
O ninho conta com um macho mais forte (todas as
características no máximo), e três fêmeas e mais dois
jovens machos. As fêmeas não possuem poder de
petrificação, mas os jovens sim.
Alguns magos costumam dizer que os ovos de
cocatrizes são valiosos ingredientes mágicos. E é
verdade. Em 3D&T cada ovo equivale a 2 Pontos de
Experiência, mas estes pontos apenas servem para
realização de poções e outros itens mágicos, não po-
dem ser gastos para evolução do Personagem.
Aposento 33:
A câmara 33 é uma caverna natural, sem nenhum
encontro pré-programado. O Mestre deve sentir-
se livre para fazer desta câmara aquilo que achar
melhor.
Ao sul desta câmara, pelo corredor, é possível al-
cançar uma das escadas que leva para o terceiro ní-
vel do Abismo. Estas escadas fazem algumas voltas
antes de alcançar o nível inferior. Na verdade ela se
desloca alguns metros para o leste.
Aposento 34:
A Ante-Sala dos Tesouros
A porta que leva a esta câmara encontra-se
trancada, como de costume. Trata-se de uma
porta de madeira pesada, reforçada por placas
de metal e fortes dobradiças. No meio da porta
há um letreiro. Alguma coisa estava escrita nele,
21
mas esta muito arranhado e sujo, como se algu-
ma criatura com garras tentasse apagar o que esta
ali.
Apesar disso é ainda é possível tentar visualizar o
que esta escrito. Um Teste Fácil de WILL ou Habilida-
de+1 é suficiente para isso. Mas nem todas as pala-
vras podem ser compreendidas. Pintado de branco é
possível ver a palavra “SA...A”. Depois disso há uma
outra palavra menor, escrita na vertical (como se ti-
vesse sido introduzida no meio da frase), totalmente
ilegível. Logo após lê-se perfeitamente “DOS
T...SOU...O...” (na verdade estaria escrito SALA DOS
TESOUROS, com a palavra FALSOS introduzida no
meio).
A porta é bastante forte e pesada. Sua fechadura
também é forte, apesar de estar muito enferujada.
Exatamente por isso, tentativas de arrombá-la serão
ainda mais difíceis: Testes Díficeis de Manuseio de
Fechaduras ou H-3 (com a Perícia Crimes). Arrombá-
la é um pouco mais fácil. A porta tem A3 e 30 PVs, ou
tem FR 23.
A câmara em si é iluminada por duas tochas, colo-
cadas sobre dois pilares de pedra. São chamas mági-
cas, que voltam a queimar caso venham a ser apaga-
das de alguma forma. No fundo da câmara há uma
única passagem, em arco. Nos dois lados da passa-
gem encontram-se duas estátuas de aspecto demo-
níaco: tem forma humanóide, com grandes garras vol-
tadas para frente e presas na boca. Também apre-
sentam asas e uma cauda com ponta. As duas criatu-
ras são, na verdade, gárgulas. Elas ficarão dispostas
e totalmente imóveis até serem capazes de pegar os
invasores desprevenidos.
GÁRGULA
Daemon: CON 18-20, FR 18, DEX 3, AGI 16, INT 3,
WILL 8, CAR 0, PER 10-12. Ataques [3], IP 6-7, PV
30-34. Garras (x2) 65/65 dano 1d10+bônus de FR,
Mordida 50/0 dano 1d6+bônus de FR. Podem voar
com velocidade de 20m/s.
3D&T: F2, H3, R2, A2, PdF0; Construto, Levitação,
Sentidos Especiais (Infravisão), Maldição, Monstruoso.
Em Daemon, as duas gárgulas foram separadas
por traços. Então, uma terá as características antes
do traço e a outra terá as característica depois do tra-
ço. Não se trata de média.
As gárgulas farão de tudo para pegar os explora-
dores de surpresa. Elas são as guardiãs desta câma-
ra, e não permitirão que ninguém passe por aqui. Lu-
tarão até serem destruídas.
Quando são tocadas pela luz do sol, as gárgulas
tornam-se estátuas verdadeiras, e não podem movi-
mentar-se. Neste estado elas também tornam-se mais
difíceis de serem destruídas: apenas armas mágicas
poderosas (Arma Especial ou encantada com Focus
5 ou mais) são capaz de ferí-las. Não há absoluta-
mente nada para ser encontrado nesta câmara.
22
Aposento 35:
O Guardião dos Tesouros
Esta câmara também esta iluminada por tochas
mágicas presas nas paredes. Nos corredores pró-
ximos é possível ouvir um som profundo ecoan-
do, como a respiração de alguma grande criatu-
ra...
A verdade é que o aposento é habitado pelo verda-
deiro guardião dos (falsos) tesouros: um grande
mantícora, que encontra-se no centro da câmara. A
criatura parece-se com um grande leão, mas com um
rosto humano na fronte. Também apresenta asas de
couro, que podem ser usadas para alcar vôo. Seu dor-
so tem várias farpas afiadas e sua cauda apresenta
um grande ferrão venenoso.
Há uma chance de 40% de que o monstro esteja
dormindo quando os exploradores chegarem a esta
câmara. O monstro pode ser desperto com grande
facilidade: em Daemon será necessário uma disputa
de Furtividade dos exploradores contra a PER do
mantícora (que sofre -10% por estar dormindo); em
3D&T faça um teste de Habilidade contra Habilidade
(aquele que passar com um resultado menor vence),
sendo que Personagens com a Perícia Crime ou In-
vestigação (ou Especialização Andar em Silêncio) re-
cebe um bônus de +2 neste teste. Se o mantícora for
atacado enquanto estiver dormindo, este será um ata-
que extra, onde o monstro não tem defesa (em 3D&T
ele ainda tem direito a um teste de Armadura devido à
sua armadura natural; em Daemon o ataque é reali-
zado contra Defesa 0).
Caso os exploradores prefiram conversar, ou o
encontrem acordado, o monstro se mostrará irritado
pela invasão, mas apenas atacará se for atacado pri-
meiro. Ele exigirá que os invasores vão embora, e não
permitirá que eles obtenham os tesouros de seu mes-
tre (o mantícora é capaz de falar o idioma Valkar). O
mantícora é uma criatura astuta, de raciocínio lógico.
Não pode ser enganado com facilidade, e pode ser
um inimigo mortal. Apesar disso, é um monstro leal, e
não atacará pelas costas nem vai enganar os invaso-
res; mas tentará tirar proveito de todas as situações.
O mantícora não esta muito interessado em com-
bate, mas lutará se for necessário. Ao invés disso vai
tentar expulsar os invasores para longe das câmaras.
Se for perguntado a ele sobre os tesouros ele ficará
em silêncio, e se insistirem apenas dirá que não é de
seu interesse.
MANTÍCORA
Daemon: CON 28, FR 24, DEX 3, AGI 15, INT 7,
WILL 12, CAR 9, PER 14. Ataques [3], IP 3 (Pele),
PV 40. Garras (x2) 65/60 dano 2d6+bônus de FR,
Ferrão 50/0 dano 1d6+especial. Pode voar com
velocidade de 20m/s. Seu ferrão possui veneno, que
exige da vítima um Teste de CON: fracasso resulta
em 3d6 de dano extra.
3D&T: F3, H5, R4, A3, PdF0; Levitação. Ataca com 2
garras (Força-1d) e um ferrão venenoso (1d6 de dano
e exige da vítima um teste de Resistência: em caso
de falha sofre mais 3d6 de dano extra, sem direito a
teste de Armadura).
Não há nada que possa interessar nesta câmara.
No entanto, existem outras quatro portas que levam
às “câmaras dos tesouros”. Os exploradores apenas
conseguirão se aproximar destas portas caso matem
o mantícora.
Aposento 36:
Tamanho Não é Documento...
A porta que leva ao interior desta câmara esta
trancada. Além disso, a maçaneta esta cheia de
veneno de contato: qualquer criatura que tocar a
maçaneta sem manoplas será envenenado.
O veneno exige que a vítima faça um Teste de CON
-20% ou um teste de Resistência -2. Aqueles que fa-
lharem sofrerão a perda de 1 ponto de CON (ou Pon-
to de Vida, em 3D&T) a cada 1d6 minutos (em tempo
de jogo). O veneno pode ser curado através de períci-
as adequadas (Teste Difícil de Primeiros Socorros;
H-3 para personagens com Medicina ou Primeiros So-
corros), mas os danos recebidos apenas podem ser
curados depois de um longo descanso (após ser cu-
rado, claro).
Evitar a armadilha, no entanto, é uma tarefa sim-
ples: basta um Teste de Investigação ou Habilidade
(H+1 para personagens com Sentidos Especiais ade-
quados e/ou com a Perícia Crime) para verificar o ve-
neno. Uma manopla ou luta grossa é suficiente para
evitar a contaminação.
Mas a porta continua trancada. Para arrombá-la é
necessário um Teste de Manuseio de Fechaduras ou
Habilidade (H+1 para personagens com Crime). Se
tentarem derrubá-la, a porta tem A1, 10 PVs e FR 18.
Do outro lado, a câmara é relativamente pequena.
Não há nenhuma iluminação presente. A pouca exis-
tente vem do aposento 35. No centro, quatro estátuas
demoníacas, semelhantes àquelas encontradas no
aposento 34 encontram-se no topo de grandes pila-
res, a cerca de dois metros do solo. Todas as estátu-
as voltam-se para a mesma direção, como se estives-
sem ao redor de algum objeto. No centro delas está
um pequeno pedestal de meio metro de altura. Sobre
ele, uma imensa jóia transparente.
A jóia é um grande diamante, que pelo tamanho
deve valer no mínimo 15.000 Tibares em ouro! Seria
verdade, não fosse por um detalhe: trata-se de uma
jóia falsa. Nada mais é do que vidro fabricado na for-
ma de um diamante. A jóia tem por finalidade apenas
atrair vítimas para uma armadilha.
Caso o diamante seja retirado do pedestal, imedi-
atamente as quatro estátuas irão disparar grandes
colunas de chamas para o pedestal, envolvendo qual-
quer criatura que esteja no local. O dano é de 3d6+6,
mas pode ser reduzido à metade se a vítima tiver su-
cesso em um Teste de AGI -10% ou Esquiva -1. Ob-
jetos inflamáveis queimam imediatamente.
É possível, para um ladino, detectar a armadilha
antes de ativá-la: para isso deve-se fazer um Teste de
Investigação ou um teste de Habilidade-1 (Habilidade
se o personagem tiver Sentidos Especiais e/ou Cri-
me).
Esta câmara é apenas uma armadilha sem qual-
quer objetivo ou prêmio para os exploradores. Nenhum
outro item de valor será encontrado aqui.
Aposento 37:
O Tesouro Andante
Caso haja uma agitação na câmara 35, a criatura
que habita esta câmara também irá se agitar.
Esta câmara é, na verdade, uma jaula. A porta é
de ferro, e bastante enferrujada. Esta trancada, mas
sua fechadura esta tão enferrujada que é impossível
abrí-la. A única forma seria arrombando. A porta tem
FR 20 em Daemon, ou A3 30 PVs em 3D&T.
A jaula é habitada por um devorador de ouro, um
tipo de mamífero predador. Possui oito patas e uma
pele dourada – na verdade ele é feito totalmente de
ouro. O devorador de ouro é imune a todas as formas
de medo e luta até a morte. Em combate, pode atacar
com a mordida e duas garras (em 3D&T ele ainda
pode atacar com Ataque Múltiplo, mas o máximo são
nove ataques). Os ataques apenas podem ser feitos
contra o mesmo alvo.
DEVORADOR DE OURO
Daemon: CON 12, FR 12, DEX 5, AGI 15, INT 2,
WILL 2, CAR 5, PER 15. Ataques [4], IP 5 (Pele), PV
26. Garras (x3) 60/50 dano 1d6+2, Mordida 60/0 dano
1d6.
3D&T: F4, H3, R4, A5, PdF0; Ataque Múltiplo, Fúria.
Sua mordida causa dano de Força, e suas garras
causam dano de Força-1d; os ataques extras por
Ataque Múltiplo causam dano por Força-1d.
Quando morre, o devorador de ouro se transfor-
mar em um amontoado de peças de ouro, prata e co-
bre, com o qual era feito o corpo do monstro. A fortu-
na total é de 1d6x100 peças de ouro, 1d6x150 peças
de prata e 1d6x200 peças de cobre. Caso a pele não
tenha sido danificada (metade do dano provocado por
contusão), ela pode ser usada para fabricação de uma
armadura mágica que oferece A3 (IP 5) e Armadura
Extra a Calor/Fogo (reduz os danos causados por fogo
para metade).
A jaula em si não tem nada de importante. Em um
canto da sala há uma alcova com algumas poucas
moedas de cobre, que servem de alimento para o
devorador de ouro. Quando o devorador de ouro sen-
tir a aproximação dos exploradores, ele tentará forçar
a grade para atacar.
Aposento 38:
Sala Cerimonial
A porta que leva a esta câmara é de metal, toda
bem trabalhada. A fechadura se parece com a ca-
23
beça de uma serpente, com um arco na boca. O
topo é triangular, e ali é possível ver um símbolo,
semelhante a um polígono de sete lados e uma
cobra naja vertendo veneno pelas presas.
A porta não esta trancada. Não há nenhuma ilumi-
nação, a não ser aquela que vem da câmara 35. No
fundo do aposento há um trono pintado de ouro, com
a cabeça de uma serpente no topo. Os olhos são, na
verdade, duas jóias (no valor de 10.000 Tibares em
cobre cada uma). Quatro pilastras estão dispostas no
fundo dos quatro cantos da câmara, rachadas e chei-
as de ilustrações de serpentes. Na parede norte há
uma estante de livros, todos velhos e a maioria rasga-
dos. Muitas teias de aranha também podem ser en-
contradas na estante. No lado oposto há um pequeno
altar, com duas grandes velas e um punhal no centro.
O solo desta câmara é todo forrado com pedras e
lajes triangulares. As paredes são revestidas por gran-
des blocos de pedra, e algumas pinturas de serpen-
tes e similares também podem ser vistas.
Na estante, os livros estão escritos em muitos idi-
omas. Alguns falam sobre rituais profanos, que tem
por finalidade enganar e corromper. Outros mencio-
nam os deuses, e há também aqueles que falam so-
bre magias diversas, algumas esquecidas há muitos
anos. Um dos livros, de capa de couro e costura ex-
posta, é um grimório contendo 1d6-3 Magias entre as
seguintes: Pânico, Flecha Ácida, Ferrões Venenosos,
Escuridão, Cajado em Cobra. Estas Magias podem
ser aprendidas por magos e/ou feiticeiros, seguindo
as regras de cada sistema.
Afora o grimório, nenhum outro item de valor pode
ser encontrado nesta câmara. As características apre-
sentadas pelo aposento levam a crer que um antigo
grupo de sszzaazitas faziam do Abismo seu esconde-
rijo. Isso, claro, ocorreu há milhares de anos, antes da
destruição de Sszzaas. São apenas resquícios.
Ou não...
Aposento 39:
Os Baús Ganham Vida
Mais uma vez, a porta encontra-se trancada. E
como de costume apresenta uma armadilha. A ar-
madilha se ativa imediatamente que a forte seja
aberta, independente da forma utilizada.
Destrancar a porta exige um Teste de Manuseio
de Fechaduras ou H (com a Perícia Crimes; sem a
Perícia o teste será de H-3). Caso tentem arrombá-la,
a porta tem FR 20, ou A1 e 15 PVs. Quando a porta
se abrir, quatro dardos localizados pouco a cima da
porta serão disparados contra as criaturas que tenta-
ram passar. Os dardos atacam como Dardo 60/0 ou
H3. Uma vez que estarão surpresos, os alvos não te-
rão direito a teste de Esquiva (em Daemon sua Defe-
sa será considerada Difícil). Os dardos causam dano
de 1d6-2 pontos, mas também exige da vítima um
Teste de Resistência (CON). Falha vai resultar na per-
da temporária de 1d6 pontos de Constituição ou 1 ponto
de Resistência (o que também reduz seus Pontos de
24
Vida).
A câmara é bastante extensa, com cerca de 9x6
metros. A superfície é revestida por pesados blocos
de alvenaria. No chão há um grande tapete vermelho
com bordados em ouro, mas esta totalmente rasgado
e perdeu seu valor. Nas paredes ainda é possível ver
grandes tapeçarias, mas também estão rasgadas e
sujas. No centro da câmara esta uma estátua de pe-
dra, de um forte guerreiro, armado com uma espada e
um escudo grande.
No canto noroeste da câmara, na parede norte,
estão dois baús de madeira. Parecem fortes e bem
trancados. Mas na verdade são dois mímicos.
MÍMICO
Daemon: CON 17, FR 19, DEX 7, AGI 12, INT 10,
WILL 13, CAR 10, PER 17. Ataques [1], IP 3 (Pele),
PV 21. Pseudópode 55/0 dano 1d6+bônus de FR.
Imune a ácido. Pode prender-se nas vítimas (veja
descrição).
3D&T: F3, H1, R4, A1, PdF0; Disfarce (de Crime).
O mímico é um monstro de outro mundo, que che-
gou à Arton por viagem planar. São muito pouco nu-
merosos; na verdade estes dois talvez sejam os úni-
cos neste mundo.
São criaturas capazes de alterar sua forma e colo-
ração, para atrir vítimas para devorá-las. São capazes
de falar o Valkar (Comum).
Quando alguém se aproximar muito dos baús, será
imediatamente atacado por um pseudópode que sur-
ge nas laterais. Trata-se de um ataque surpresa, por-
tanto a vítima não tem tempo de se defender (não tem
direito a teste de Esquiva ou sua Defesa será consi-
derada Difícil). Quando acerta seu ataque o mímico
fica preso na vítima devido a um líquido aderente. Uma
vez que esteja grudado, o mímico não precisa fazer
Testes para acertar seus ataques. O líquido também
pode prender as armas dos atacantes: a vítima deve
fazer um Teste de DEX ou um teste de Habilidade.
Falha significa que a arma ficou presa (em 3D&T, isso
reduz a Força da vítima em 1 ponto até que a arma
seja removida). Remover a arma do corpo do mímico
exige um Teste de Força (Teste Resistido, em
Daemon). A única coisa capaz de retirar o mímico é
álcool.
Os mímicos ainda são capazes de adquirir outras
formas, como uma cama (um contorno de aproxima-
damente 1,5 por 1,5 por 2 metros). Seu tamanho, no
entanto, não pode ser alterado.
Caso os mímicos sejam destruídos, seus corpos
irão se desfazer no chão, o líquido que prende as víti-
mas se dissolve e ele se solta. Em meio a seus restos
será possível encontrar 3d6x1000 Tibares em prata.
Em um deles há também uma pequena jóia (uma onix),
no valor de 5000 Tibares em cobre.
Esta pedra, no entanto, é mágica (mas não diga
aos jogadores). Aquele que estiver carregando-a re-
ceberá um grande azar. Os efeitos podem ser de mui-
tos tipos, mas em geral ela confere -1 em todos os
lances de dados daquele que a carrega. O Mestre pode
ainda criar outras situações para refletir o azar do usu-
ário. Lembre-se que o próprio mímico estará sob efei-
to desta penalidade, uma vez que esta carregando a
onix.
Aposento 40:
Câmara Infinita
Este aposento é um dos mais estranhos do Abis-
mo. Ele esta totalmente escuro, e qualquer fonte
de luz tem seu efeito reduzido à metade.
Quando uma criatura entra no aposento, não con-
segue ver o outro lado, e percebe que a porta às suas
costas está muito distante, como se ele tivesse anda-
do vários metros. Por mais que tente se aproximar da
porta, ela sempre permanece distante. A impressão
que se tem é que o chão anda na direção contrária, e
o personagem não consegue sair do lugar por mais
que ande!
Não se sabe exatamente o que causa este efeito.
Talvez seja alguma magia muito antiga e já esqueci-
da, mas nenhuma forma de cancelar magias irá fun-
cionar. O mesmo funciona do lado contrário: por mais
que ande, a vítima não conseguirá se aproximar do
lado oposto do aposento.
A única forma de se deslocar dentro da câmara é
andando de costas (o que reduz um pouco o desloca-
mento). Esta é a única forma de conseguir se deslo-
car normalmente dentro da câmara.
Não existe nenhuma criatura viva dentro desta câ-
mara, mas na parede do leste há uma passagem se-
creta que leva ao aposento 29. Para encontrar o me-
canismo necessário deve-se realizar um teste de Ha-
bilidade (+1 se tiver Sobrevivência em cavernas) ou
Investigação. A parede gira para levar ao interior da
câmara 29. Os kobolds que vivem naquela câmara
conhecem o truque, e o usarão para escapar.
Aposento 41:
Câmara dos Pesadelos
Esta câmara tem 9x9 metros de área, com passa-
gens nos quatro lados. Para o sul, o corredor leva
para a escadaria em direção ao primeiro nível,
enquanto para o norte leva a um beco sem saída.
Esta aposento é muito parecido com o aposento
1: iluminada por tochas mágicas que nunca se apa-
gam, as passagens são todas feitas em arco, e a da
direção sul tem duas gárgulas (não criaturas mági-
cas, apenas estátuas) no topo do arco. Sua superfí-
cie (paredes, chão e teto) é revestida por grandes blo-
cos de pedra e com algumas barras metálicas servin-
do de suporte extra. O aposento parece totalmente
desabitado. Realmente não existe qualquer criatura
vivendo nesta câmara, mas ainda assim ela não deixa
de ser perigosa.
A primeira vista este lugar parece ótimo para des-
cansar, mas na verdade ele esta sob efeito de uma
poderosa e antiga magia que causa alucinações e
medos a qualquer criatura que durma ou cochile den-
tro de suas paredes. A criatura começa a ter visões e
pesadelos, e algumas vezes são necessários testes
para evitar ficar enlouquecido pelos feitos. Em regras,
deve-se fazer um teste de H+1 ou Fácil de WILL.
Aqueles que falharem correm o risco de perder sani-
dade (em 3D&T a vítima recebe uma Insanidade es-
colhida pelo Mestre; em Daemon ele perde 1 ponto
de WILL). Estes pontos apenas podem ser recupera-
dos com tratamento específico (o que geralmente tem
um certo custo).
Devido a isso, nenhuma criatura inteligente que
existe no Abismo permanece nesta câmara por muito
tempo.
Aposento 42:
Muitos-Olhos
Esta câmara é muito estranha. Esculpidos por to-
dos os lados nas paredes estão vários olhos de
pedra de muitas formas. Alguns são olhos hu-
manos, outros tem pupilas verticais como felinos,
uns são grandes outros pequenos, entre outras
características.
Cada olho apresenta um mísero brilho de cor vari-
ada (geralmente as cores primárias; vermelho, verde,
azul, preto e branco). Mas o brilho é quase impercep-
tível, e exigiria um Teste de PER ou Habilidade (+1 se
tiver Visão aguçada). Mas estes brilhos todos fazem
com que o aposento torna-se levemente iluminado.
Toda esta câmara esta sob efeito de várias magi-
as bastante fortes. Na verdade, cada um dos olhos é
capaz de lançar uma Magia diferente, aleatoriamente.
Quando o olho é tocado por alguma criatura viva, a
magia se ativa. Depois disso, a Magia contida naque-
le olho muda de forma aleatória (então, se o olho dis-
parou uma bola de fogo uma vez, na próxima vez ele
pode lançar até uma magia de cura). Para saber qual
Magia foi lançada quando alguma criatura toca um
dos olhos lance os dados contra a tabela apresentada
mais adiante.
Toda vez que uma Magia é lançada, o olho troca a
troca, e NUNCA utiliza duas vezes a mesma Magia.
Portanto, se obtiver o mesmo resultado nos dados,
lance novamente.
Cancelar todas estas magias seria uma tarefa ex-
tremamente complicada. Considere-as como sendo
lançadas por um mago ou clérigo com Focus equiva-
lente ao dano (ou o mínimo necessário para se lançar
a magia).
Esta câmara pode ser considerada uma armadi-
lha ou um verdadeiro santuário para recobrar forças.
A tabela para as Magias está apresentada na pró-
xima página, separadamente.
Aposento 43:
A Estalagem do Boi da Cara-Preta
A entrada deste aposento (pelo corredor que tam-
bém leva a porta do aposento 45) possui uma pe-
quena plaqueta servindo como porta – na verda-
de nem ao menos é uma porta verdadeira, sen-
25
sendo apenas um espécie de pequena cerca –
onde é possível ler-se “Estalagem do Boi da Cara
Preta”.
Aqui fica a Estalagem do Boi da Cara Preta, a úni-
ca estalagem da Vila de Nimb. Grandes festas costu-
mam ocorrer durante as “noites” da Vila, onde pratica-
mente tudo pode acontecer... E, assumindo que
estamos em uma área dominada por loucos, estamos
falando de tudo MESMO. Muitas vezes é possível ver
um velho louco que conta histórias sobre uma grande
masmorra localizada não muito longe da Vila – aquele
velho clichê de “velho na estalagem” e tal. Só que nes-
se caso, ele está falando sobre o próprio Abismo, e
muitas vezes é possível até mesmo que ele revele al-
guma informação importante sobre outras áreas da
masmorra.
A estalagem é mantida por Jonan Karihuan, um
velho e (obviamente) insano anão. Ele diz possuir um
animal de estimação – um “cachorro”, segundo ele,
chamado Rex. Na verdade, ao que tudo indica, o tal
animal é apenas imaginação dele. No entanto, caso
pareçam duvidar disso, ele prontamente gritará “pega
Rex!!”, e um dos personagens subitamente irá sentir
uma forte mordida em uma parte qualquer do corpo,
sofrendo 2d6 pontos de dano. Tentar pegá-lo, no en-
tanto, é impossível, não importa de quais maneiras o
personagem tente.
É possível conseguir quartos por T$2d6x10 (o pre-
ço muda cada vez que for perguntado... estamos fa-
lando de uma estalagem mantida por um louco, lem-
bra?). Caso queiram permanecer uma noite (o que não
seria recomendado exceto em casos de extremo de-
sespero), uma das atendentes (também insanas) o
levará para o corredor ao sul da estalagem. Os “quar-
tos” de 3x3 metros parecem ser divididos
simplesmentes por riscos no chão, e uma vez que te-
nham pago pelo serviço (que é cobrado adiantado, só
pra avisar), os personagens serão obrigados a dormir
por lá, nem que clérigos tenham que ser chamados
para lançar uma magia de Sono neles, já que eles
possuem uma filosofia de sempre cumprir o serviço
pela qual são pagos.
Aposento 44:
A Praça Central da Vila de Nimb
Esta área parece ser consideradas pelos
habitatnes como a “praça central” da Vila. Inclu-
sive, parece ser considerada o centro dela – qual-
quer perguntas sobre onde fica a praça central
terá como resposta “no centro da cidade, ora!!”.
De qualquer forma, exatamente no centro do apo-
sento está uma grande estátua da face mais conheci-
da de Nimb – um velho com olhos nitidamente insanos.
A estátua é enorme, quase atingindo o teto da mas-
morra. Pequenos pássaros chamados pelos habitan-
tes de “pombos” parecem vir de lugar nenhum para
pousar na estátua, para após alguns minutos levantar
vôo novamente para lugar nenhum. É impossível ten-
tar perseguí-los - eles simplesmente serão perdidos
26
Tabela de Magias (4d6)
4- Petrificação.
5- Inferno de Gelo.
6- Cura Sagrada 10 PV.
7- Ataque Mágico com Fogo 2.
8- Enxame de Trovões.
9- Sono.
10- Pânico.
11- Ataque Mágico com Luz 2.
12- Bola de Fogo com Focus 3.
13- Cura Mágica com Focus 1.
14- Ataque Mágico com Luz 1.
15- Cegueira.
16- Ferrões Venenosos.
17- Praga de Kobolds.
18- Contra-Ataque Mental (exige da vítima um teste
de WILL ou Resistência, ou sofre 1d6 de dano
ignorando Armadura/IP).
19- Proteção Mágica com Luz 1.
20- Cura Mágica com Focus 2.
21- Ataque Mágico com Luz 1.
22- Proteção Mágica com Luz 3.
23- Bola de Fogo com Focus 5.
24- Magia Perdida.
de vista eventualmente. A estátua não é mágica nem
nada assim, mas qualquer um que passe pela frente
dela terá a estranha sensação de estar sendo obser-
vado...
Em volta da praça também tem duas barracas no
mesmo estilo das moradias dos outros habitantes, que
possuem dois estabelecimentos mantidos por habi-
tantes locais: A Grande Feira de Conchas de Julian
Jujuran, especializada em vender conchas, e O Pe-
dregulho, loja mantida por Garalhan Garden, especi-
alizada na venda de pedras, dos mais variados tama-
nhos e tipos. Nenhum dos itens vendidos por eles
possui propriedades mágicas ou mesmo podem ser
considerados raros – são apenas conchas e pedras
comuns (hein, eles são loucos!!). Mesmo sendo ven-
dedores de itens completamente diferentes, ambos são
rivais e tentarão trazer qualquer cliente passe próprio
para sua loja, tentando impedir que vá para a loja do
outro.
Aposento 45:
A Sala do Tesouro
A porta para este aposento está fortemente
trancada e é bem forte. Abri-la será bem difícil,
não importa se por arrombamento da fechadura
ou simplesmente derrubando a porta. O teste deve
ser feito com redutor de -2 para ambos os casos
– caso o personagem tenha as perícias adequa-
das, um teste normal é o suficiente.
Nesta sala estão diversos baús dispostos em uma
ordem aparentemente aleatória (em resumo: uma sim-
ples bagunça de baús) contendo todos os tesouros
da Vila de Nimb. Não que sejam tesouros muito gran-
des – como já dito anteriormente, Dara não permitirá
que qualquer um que entre na Vila saia sem deixar
um item para os tesouros da vila. No entanto, geral-
mente esses itens são apenas peças de roupas co-
muns, sapatos, alguns chapéus... Ou seja, coisas sem
valor. No entanto, no meio disso tudo é possível en-
contrar até T$ 4d6, e um Anel do Dragão Azul. Um
dos baús também é, na verdade, um Mímico disfar-
çado.
MÍMICO
Daemon: CON 17, FR 19, DEX 7, AGI 12, INT 10,
WILL 13, CAR 10, PER 17. Ataques [1], IP 3 (Pele),
PV 21. Pseudópode 55/0 dano 1d6+bônus de FR.
Imune a ácido. Pode prender-se nas vítimas (veja
descrição).
3D&T: F3, H1, R4, A1, PdF0; Disfarce (de Crime).
Mais detalhes sobre o Mímico na descrição da
câmara 39.
27
 Itens Mágicos do Segundo Nível
Existem muitos itens mágicos e artefatos que
podem ser encontrados pelos exploradores
enquanto estes andam pelos corredores do
Abismo.
As regras para o uso de itens mágicos em Daemon
e 3D&T já foi explicada no primeiro volume do livro O
Abismo, e não será re-apresentada aqui.
Aui você terá a descrição de todos os itens mágicos
que podem ser encontrados nos corredores do
Abismo. A maioria deles são mencionados no texto
descritivo de alguma câmara, onde podem ser
encontrados, mas outros podem ser colocados pelo
Mestre no caminho dos jogadores como uma
recompensa. Mais uma vez, caso algum destes itens
entre em conflito com as regras apresentadas no Guia
de Itens Mágicos da Editora Daemon, sugerimos que
utilize o suplemento oficial (ao menos para Daemon).
O Anel Vermelho
Este anel não é simplesmente um item mágico, mas
um artefato. Isso significa que existe somente um deles
no mundo. Sua origem é desconhecida, mas muitos
dizem que ele se confunde com a origem do próprio
Abismo.
Quem portar o anel poderá se transportar para um
pequeno semiplano, podendo levar consigo mais 6
criaturas, não importando os seus tamanhos.
Se o usuário tentar levar mais de 6 pessoas, terá
que fazer um teste de H-1 (ou Teste de WILL -10%).
Cada margem de acerto permite levar uma criatura
extra. Se nos dados obtiver 2 e você tem H4, poderá
levar somente mais uma criatura (em Daemon, cada
20% de acerto oferecem um passageiro extra). O
artefato poderá ser usado apenas quando seu portador
estiver com seus Pontos de Vida ao máximo e uma
quantidade de vezes, por dia, igual a seu Focus em
Luz (por exemplo, se tem 1 em Focus do elemento
Luz, o portador poderá ir apenas uma vez por dia). O
portador do anel recebe automaticamente Focus 1 em
Luz quando usado, mas “apenas” para este fim; ele
não permite utilizar magias. O transporte não vale como
magia conjurada, por isso não consome PVs. Em
3D&T é permitido utilizar o semiplano como uma Arena
(mas deve-se pagar normalmente por esta Vantagem).
O semiplano é um ótimo lutar para resolver
combates contra seres muito grandes. Para sair do
semiplano os personagens apenas devem se
teletransportar de volta para o lugar de onde saíram.
Ao abandonar o semiplano, as criaturas voltaram para
o lugar que saíram antes de ser teletransportadas,
nunca para outro lugar. Uma vez que o portador retorne
a seu mundo, todos aqueles que ele levou também
retornam (então, nada de deixar seus inimigos presos
no semiplano...).
Varinha de Luz
Esta varinha geralmente é feita de metal com um
28
cristal branco em uma de suas extremidades. É
comum também que toda sua superfície seja branca
ou de uma cor clara.
Quando bem manipulada, a varinha de luz é capaz
de lançar a magia Ataque Mágico com Focus em Luz
variando entre 1 e 5. O Focus em Luz é determinado
lançando-se 1d contra a tabela abaixo:
Dado Focus em Luz
1-3 Luz 1.
4-5 Luz 2.
6 Luz 3.
As varinhas de luz, como grande parte das varinhas
mágicas, possuem carga: pode ser usada 2d6x5 vezes
e depois deve ser recarregada por um mago.
Manto de Invisibilidade
Quando uma criatura coloca este manto torna-se
completamente invisível, como se tivesse invocado a
Magia Invisibilidade sobre si mesmo.
O manto torna o usuário invisível e capaz de mover-
se, mas não pode entrar em combate ou realizar
qualquer ação agressiva, ou voltará à visibilidade (como
a Magia Invisibilidade com Luz 4).
Além do manto, existem versões de anéis com este
mesmo efeito, e existem também outras variações
menor e mais poderosas de itens capazes de deixar o
usuário invisível.
Varinha de Fogo
Esta varinha geralmente tem cor avermelhada,
laranja ou rubra, e um aspecto que simboliza as
chamas. Uma varinha de fogo é capaz de conjurar a
magia Ataque Mágico com Focus em Fogo variando
entre 1 e 3. O Focus em Fogo é determinado lançando-
se 1d: caso o resultado seja 1, 2 ou 3, a varinha tem
Focus 1; se o resultado for 4 ou 5, a varinha tem Focus
2; e se o resultado for 6, a varinha tem Focus 3.
Uma varinha de fogo costuma ter 2dx5 cargas
(pode ser usada 2dx5 vezes e depois precisa ser
recarregada por magos ou clérigos). Para ativá-la,
basta acinar um gatilho escondido.
Thunderblade
Thunderblade é um machado mágico
especialmente construído para caçar trolls. Sua
aparência é impressionante: um brilho azulado emana
de suas duas lâminas, e seu cabo é todo cravejado
com jóias e diamantes. Em situações normais ele
comporta-se como um machado grande encantado
com a magia Aumento de Dano com Luz 1 (+1 de
dano em 3D&T, +1% de Ataque em Daemon). No
entanto, ele foi feito especialmente para enfrentar os
terríveis trolls ghilaninn.
Quando utilizado contra qualquer espécie de troll,
o machado brilha mais intensamente, e torna-se mais
perigoso e ameaçador. Em 3D&T ele causa +3d de
dano caso o usuário obtenha 1 em seu teste de ataque
e o inimigo falhe em um teste de Armadura, e em
Daemon ele tem seu dano multiplicado por três, se o
usuário obtiver um Acerto Crítico. E ainda por cima, o
machado transfere uma descarga elétrica contra o alvo,
causando dano extra de 2d6 pontos (este dano nunca
é multiplicado em um Acerto Crítico; a menos que o
troll utilize armaduras).
Lifeshine
Lifeshine é uma espada longa mágica construída
há muitos anos atrás por um antigo e já falecido
paladino de Thyatis, deus da ressurreição. Depois a
arma passou para as mãos de sua filha, a jovem
paladina Mayra Jandira. Mayra carregou a arma por
longos anos, e pretendia entregar a arma para seu
descendente. No entanto, a paladina nunca teve filhos.
Com a morte de Mayra, Lifeshine passou para seu
irmão mais novo, Julius, que a carregou por longos
anos. Durante sua vida de aventuras, Julius chamou
a atenção dos deuses, e foi caçado por um anti-pala-
dino. Pego em uma emboscada, Julius morreu nas
mãos de seu inimigo, e teve a espada roubada. Inca-
paz de utilizar esta arma de boa índole, o anti-paladino
a escondeu nas profundezas da caverna de um dra-
gão negro, que passou a ser seu guardião.
Vários anos mais tarde o grupo de aventureiros de
Aline derrotou o dragão, e a jovem paladina passou a
ser a usuária desta arma sagrada, até sua própria morte
e o roubo de Lifeshine.
3D&T: Lifeshine é considerada uma Arma Especi-
al (Veloz, caso seja utilizada por um Paladino). O usu-
ário de Lifeshine também pode optar por receber um
bônus de +1d+2 na jogada de Armadura ao invés de
Força, a cada rodada. Por fim, o usuário da arma pode
lançar a magia Cura Sagrada como se fosse um pala-
dino com Água 1 (ou seu próprio Focus em Água, o
que for maior). Caso o usuário já seja um paladino, ele
passa a ser capaz de utilizar esta magia duas vezes
por dia.
Daemon: Lifeshine é uma espada longa que ofe-
rece +30/+0 em combate. O usuário pode escolher
mudar estes bônus, oferecendo maior Defesa do que
Ataque, ou vice-versa (a arma pode tornar-se +20/+10,
+10/+20 ou +0/+30). Esta escolha deve ser feita an-
tes de se realizar o ataque. Caso seja utilizada por um
Paladino (de qualquer divindade) ela oferece também
+2 à Iniciativa. Por fim, o usuário da arma pode lançar
a Magia Cura Sagrada como se fosse um paladino
com Água 1 (ou seu próprio Focus em Água, o que for
maior). Caso o usuário já seja um paladino, ele passe
a ser capaz de utilizar esta Magia duas vezes por dia.
Em adição, Lifeshine não pode ser utilizada por
criaturas malignas (que tenham Insano, em 3D&T –
ou pelo julgamento do Mestre). Nas mãos destas
criaturas, ela é considerada maldita, impondo
penalidades no mesmo nível que ofereceria bônus (em
3D&T, por exemplo, ela causa dano de F-1d-2).
Anel de Dominação dos Mortos
Este item mágico é muito poderoso, e pode ser
encontrado apenas na câmara do vampiro Firmaiyn.
O usuário deste anel é capaz de utilizar, livremen-
te, a Magia Dominação Total (como se tivesse Luz 6,
Trevas 6 e Telepatia ou Entender/Controlar Humanos
8), mas apenas contra mortos-vivos.
Este anel pertence, na verdade, ao Lorde Vampiro
que transformou Firmaiyn em morto-vivo. O próprio
Lorde não ficará nada satisfeito caso seu item seja
roubado (nem com os ladrões, nem com seu servo...).
O Lorde Vampiro é um morto-vivo de imenso po-
der, quase uma divindade! E pode ser encontrada em
câmaras mais profundas do Abismo...
Anel do Dragão Azul
Os anéis do dragão são conhecidos em
Arton por oferecer aos seus usuários total
invulnerabilidade contra ataques não-mágicos
relacionados ao dragão representado, e
proteção extra contra ataques mágicos deste
mesmo tipo.
Em 3D&T o usuário recebe Invulnerabilidade
a ataques normais feitos por um elemento ou
um tipo de taque, e Armadura Extra contra os
ataques mágicos deste mesmo tipo de dano.
Em Daemon o usuário torna-se totalmente
invulnerável aos ataques normais de um
determinado tipo, e recebe apenas metade do
dano quando recebe este mesmo tipo de dano
mas mágico.
Em uma das câmaras do Abismo encontra-
se um anel do dragão azul. Este anel
geralmente oferece proteção contra Magias de
Ar OU contra eletricidade. No caso deste
encontrado no segundo nível, ele oferece
invulnerabilidade à eletricidade normal e
proteção extra (metade do dano ou Armadura
Extra) contra eletricidade mágica.
29
 Novas Magias
O Grimório de Arton apresenta uma grande lista
de magias típicas utilizadas por aventureiros de
Arton. Mas existem muitas outras ainda
desconhecidas.
Este capítulo apresentará uma pequena lista de
novas Magias que podem ser usadas em 3D&T ou
Daemon. Lembre-se que este é um suplemento extra-
oficial, e portanto futuros suplementos das editoras
Trama e Daemon podem apresentar outras Magias
em substituição à estas.
Compreensão
3D&T: Ar 1.
Daemon: Entender Ar 1.
Custo: padrão.
Duração: sustentável.
Alcance: padrão.
Esta Magia oferece ao mago a chance de
compreender um idioma que ele desconhece. Poderia
ser um idioma desconhecido por ele, dialetos antigos
e até mesmo uma escrita mágica (com um pouco mais
de dificuldade).
Para a realização desta Magia deve-se ter contato
com o objeto a ser lido ou a criatura que pretende
compreender. De qualquer forma, não é possível “falar”
neste idioma desconhecido, apenas “compreender”.
Para escritos mágicos as coisas se complicam um
pouco. Em 3D&T, para ser capaz de ler uma escritura
mágica é necessário que o mago tenha a mesma
pontuação de Focus que aquele que fez a escrita
mágica, de forma semelhante ao que acontece com a
Magia Cancelamento de Magia. Em Daemon, é
necessário que o mago que utiliza Compreensão tenha
as mesmas Formas e Caminhos que o mago que fez
a escrita, além de um sucesso em um Teste de Poder
(5% para cada Nível do Personagem - assim, um mago
de 3º Nível tem 15% de chance, enquanto um de 7º
Nível tem 35%).
Escrita Mágica
3D&T: Focus 2.
Daemon: Entender Metamagia 2.
Custo: padrão.
Duração: instantânea.
Alcance: apenas ao toque.
Permite ao mago escrever uma página (até 250
palavras) utilizando uma escrita mágica, que apenas
poderá ser decifrada por magia. Para ser capaz de
compreender uma escrita mágica deve-se utilizar a
Magia Compreensão, mencionada a cima.
Aderência
3D&T: Terra 2.
Daemon: Controlar Terra 2.
Custo: padrão.
Duração: sustentável.
Alcance: apenas ao toque.
30
O alvo desta Magia torna-se capaz de andar sobre
qualquer superfície sem nenhum problema, como uma
aranha e certos répteis pequenos. A Magia permite,
inclusive, andar de ponta cabeça.
A única exigência é que o alvo deve estar com suas
mãos livres e de pés descalços. Enquanto anda por
estas superfícies, o Personagem utiliza metade de seu
deslocamento normal.
Moldar Terra
3D&T: Terra 4.
Daemon: Criar/Controlar Terra 4.
Custo: padrão.
Duração: instantânea ou permanente.
Alcance: padrão.
Esta Magia permite ao mago ter certo controle sobre
as pedras, rochas e terra em geral. Com ela, o mago
pode transformar pedra em lama, ou lama em pedra.
Pedras mágicas nunca são afetadas.
Moldar Terra permite abrir uma passagem através
de uma parede rochosa, de até 3 metros de
profundidade. Então, se não houver outra passagem
dentro destes três metros, a passagem aberta não
levará a lugar algum. A Magia também pode ser
utilizada no solo, abaixo de um inimigo, para dificultar
seu movimento. A vítima tem direito a um Teste de
Habilidade ou AGI, caso contrário fica presa na lama
formada e sofre redutor de H -1 ou AGI -3 e DEX -3.
Note que a profundidade máxima é de 3 metros; então
se houver outra passagem a 3m de profundidade, a
vítima irá cair em um buraco.
O inverso também pode ser feito: a Magia também
pode converter uma certa quantidade de lama (o
equivalente a 3 metros de profundidade em um raio
de 1,5 metros) em pedra rochosa.
Moldar Terra também pode ser usada de muitas
outras formas, das quais apenas a imaginação do
Mestre e do Jogador podem impôr limites. Deve-se
tomar cuidado ao utilizar esta Magia, pois ela pode
desestabilizar a estrutura de uma ou caverna.
Construções e rochas bem trabalhadas (como blocos
de alvenaria) não podem ser moldados.
Falar com Mortos
3D&T: Trevas 3, Clericato.
Daemon: Entender Espíritos 3, Pontos de Fé 1.
Custo: padrão.
Duração: sustentável.
Alcance: padrão.
Permite ao clérigo comunicar-se, telepaticamente,
com as criaturas mortas. Para isso, no entanto, deve-
se ter o corpo completo da criatura morta. O Mestre
deve prestar atenção ao que a criatura sabia quando
estava viva, inclusive os idiomas conhecidos por ele.
Mortos-vivos não são afetados por esta Magia.
 Sociedades do Abismo
Além dos monstros, criaturas e armadilhas, o
Abismo também é habitado por algumas
sociedades, grupos que se organizam de alguma
forma para um bem mútuo.
Este capítulo tem por finalidade descrever estes
grupos e sociedades que habitam o segundo nível do
Abismo, como já foi feito no primeiro nível. As
sociedades são compostos por grupos de NPCs, não
criaturas monstruosas e irracionais. Suas ações
sempre serão inteligentes, e o confronto direto
raramente será sua escolha.
As sociedades do Abismo servem para oferecer
ao Mestre uma chance maior de interpretação em meio
ao estilo dungeon crawler (exploração de masmorras).
É a melhor forma de desenvolver aventuras para
envolver ainda mais os aventureiros com a trama.
O Bando Fistbone
Servúss Bane perdeu parte da mão direita duran-
te uma de suas aventuras. Desde então passou a
ser conhecido por Fistbone, pois alguns ossos
ainda podiam ser vistos em meio à carne.
Fistbone era líder de um bando de aventureiros
mercenários caçados pela justiça em grande parte do
Reinado, mas principalmente em Bielefeld. Eram co-
nhecidos como o Bando Fistbone, e tinham por costu-
me extorquir o máximo dinheiro possível de pessoas
indefesas. No início, seu plano consistia em expulsar
um bando de assaltantes de um vilarejo em troca de
uma gorda recompensa. Mas na verdade os tais as-
saltantes eram membros de seu próprio bando.
Para se esconder da justiça, o bando fez do Abis-
mo seu esconderijo. Inicialmente eles habitavam as
câmaras mais próximas, mas aos poucos foram se
aprofundando nas cavernas, até encontrar o segundo
nível.
Certa vez, perseguidos por um bando de aventu-
reiros, os Fistbone soram vítimas de uma terrível mal-
dição: nunca mais poderiam abandonar estas caver-
nas, e passariam a viver ali para sempre. Por incrível
que pareça, a maldição surtiu seu efeito, mesmo não
tendo sido invocada por magos ou clérigos de grande
poder. De alguma forma, o caminho que levaria de volta
à superfície foi apagado de suas memórias. Dizem
que esta teria sido uma punição de Khalmyr para es-
tes malignos aventureiros. O fato é que hoje o bando
vive nestas cavernas. Mas eles já não são mais como
antes...
Durante uma de suas explorações às cavernas do
Abismo, enfraquecidos pela falta de comida e pelo
desgaste físico, o bando sofreu uma grande baixa.
Muitos membros morreram. Hoje eles são apenas 15.
O líder Fistbone foi um dos que mais sofreu. Em
suas aventuras ele teve a infelicidade de encontrar um
licantropo feral do tipo homem-rato. Mesmo tendo ven-
cido o combate, ele sofreu contaminação, e foi tam-
bém transformado em homem-rato. Como todo
licantropo feral, ele tornou-se uma besta assassina
sem mente. O bando pensava que ele estava morto, e
por isso o abandonaram. O único que sabe da verda-
de é Michael, irmão gêmeo de Servúss, que sempre
desejou ter a liderança do bando.
A condição de Servúss, no entanto, é um pouco
diferente do habitual. De alguma forma, ele manteve
sua mente, mesmo quando esta em sua forma de fera.
Por outro lado, ele SEMPRE esta nesta forma, não
podendo retornar à forma humana. Devido a isso, ele
não é mais reconhecido por seus antigos companhei-
ros.
SERVUUS BANE, HOMEM-RATO
Daemon: Homem-Rato Guerreiro do 11º Nível. CON
18, FR 16, DEX 14, AGI 14, INT 12, WILL 12, CAR
13, PER 15. Ataques [1], IP 0, PV 27+44. Garras 14/
14 dano 1d3+1 ou Espada Longa 75/70 dano 1d10+2.
Perícias Principais: Espada Longa 75/70, Machado
de Combate 50/50, Garras 70/70, Manobra de
Combate (Refém), Manipulação (Intimidação 65%),
Montaria 60%, Sobrevivência (cavernas ) 70%,
Treinamento de Animais 40%, Esquiva 39%.
Aprimoramentos: Pontos Heróicos 4, Ambidestria,
Berserker, Saúde de Ferro, Senso de Direção. Cada
ponto de dano provocado por suas garras oferece 1%
de chance da vítima contrai licantropia. Sofre dano
dobrado por Magia, armas mágicas e armas de prata.
3D&T: F4, H2, R2, A4, PdF0; Licantropo
(Vulnerabilidade a magia, armas mágicas e armas de
prata, Monstruoso), Fúria, Código de Honra do
Caçador, Maldição (condição de transformação
sempre ativa).
Atualmente, Servúss vaga as cavernas e câmaras
próximas ao esconderijo de seu antigo bando, na es-
perança de encontrar uma forma de ser novamente
aceito.
A liderança agora esta nas mãos de Michael Bane,
irmão gêmeo de Servúss. Antigamente ele demons-
trava um porte físico bastante avantajado, mas hoje
mostra-se uma criatura bastante magra, mas ainda
assim forte. Sem ter outra alternativa, o bando passou
a abraçar o culto a Tenebra, deusa das trevas, que já
era patrona de um dos membros do grupo (o clérigo
Trevuus). Passaram a se alimentar da carne das cria-
turas que conseguiam matar, o que geralmente não é
suficiente. Todos aqueles que tornaram-se clérigos de
Tenebra ganharam também a capacidade de enxer-
gar no escuro (lembrando que todos eram humanos).
Note que nem todos são clérigos desta deusa, mas
certamente todos são seus devotos.
Michael é um homem arrogante e mau educado.
Esta sempre de mau-humor, mas valoriza muito os
companheiros que tem. Seus colegas o vêem como
um homem de pulso forte e um líder talvez tão
grandioso quanto seu “falecido” irmão. Michael é
também o único que sabe sobre a transformação de
31
seu irmão, mas não dá a mínima para isso. Agora que
tem a liderança do bando, ele esta satisfeito.
MICHAEL BANE
Daemon: Humano Ranger do 11º Nível. CON 15, FR
15, DEX 16, AGI 18, INT 12, WILL 14, CAR 12, PER
14. Ataques [2 ou 1], IP 1+8 (armadura+escudo), PV
26+44. Arco Longo 60/0 dano 1d6+2, Espada Longa
66/66 dano 1d6+5 ou Espada Curta (x2) 66/50 dano
1d6. Perícias Principais: Arco Longo 60/0, Espada
Longa 66/66, Espada Curta 66/50, Armadilhas 60%,
Camuflagem 65%, Ciências (Herbalismo 40%),
Furtividade 50%, Montaria 55%, Rastreio 50%,
Sobrevivência (florestas) 60%. Aprimoramentos:
Pontos Heróicos 4, Ambidestria, Sensitivo 1, Senso
de Direção, Sortudo.
3D&T: F3, H2, R2, A3, PdF0; Ranger (Arena e
Sobrevivência em florestas), Adaptador, Ataque
Especial (F+2d), Ataque Múltiplo, Má Fama, Maldição
(não pode deixar o Abismo).
Michael tem, em seu poder, dois itens mágicos
bastante valorosos. Um deles é uma espada elemental
encantada com Aumento de Dano Fogo 3 (ou seja,
aumenta o dano de Força em +1d) e causa dano por
Corte/Mágico. O outro item é um escudo médio que
oferece, ao usuário, Armadura Extra contra Corte. Em
Daemon, a espada causa +1d6 de dano devido às
chamas e o escudo oferece IP 12 contra corte.
Os demais membros do bando dividem-se princi-
palmente entre guerreiros, clérigos, magos e ladinos.
Todos são humanos. Não apresentamos suas fichas
para dar ao Mestre mais liberdade ao criar estes NPCs.
Em Daemon, eles pertencem ao 7º a 10º nível de per-
sonagem. Em 3D&T eles tem cerca de 10 pontos de
personagem, e todos tem pelo menos uma Especiali-
zação ou uma Perícia completa. Os clérigos sempre
serão servos de Tenebra, deusa das trevas.
Atualmente os Fistbone procuram por uma forma
de cancelar sua maldição para abandonar o Abismo.
Eles podem fazer alianças temporárias com outros
exploradores na tentativa de alcançar este objetivo. Eles
tem uma certa aliança com os elfos negros, que os
iniciaram no culto à Tenebra. Mas esta aliança tam-
bém é muito tênue, uma vez que os próprios elfos não
oferecem qualquer ajuda aos Fistbone para que aban-
donem o Abismo. Vez por outra, pequenos grupos de
elfos negros podem estar no meio do bando, ofere-
cendo algum tipo de ajuda.
O Elfo Vampiro
Na biblioteca dos mortos, vive um elfo vampiro
chamado Firmaiyn Aliynyn. Firmaiyn é um ex-
aventureiro que teve a infelicidade de encontrar,
em seu caminho, um Lorde Vampiro de grande
poder.
Derrotado, ele foi transformado em um escravo das
trevas, servo deste vampiro. Sua missão, imposta por
seu mestre, é guardar a biblioteca a todo custo. Des-
de então ele fez deste lugar o seu “lar”. A aparência de
32
Firmaiyn não apresenta sua condição vampírica: ele
tem cabelos e olhos de cor prateada, comum em sua
raça. Também apresenta uma pequena cauda, seme-
lhante à de um réptil. Apesar de incomum, este é um
traço possível na raça élfica artoniana.
FIRMAIYN
Daemon: Vampiro Mago do 10º Nível. CON 14, FR
18, DEX 15, AGI 17, INT 13, WILL 12, CAR 14, PER
11. Ataques [1], IP 0, PV 26+30. Espada Longa 60/50
dano 1d10+1. Perícias Principais: Espada Longa 60/
50, Alquimia 30%, Astrologia 30%, Ocultismo 60%,
Rituais 50%, Teoria da Magia 50%. Aprimoramentos:
Pontos Heróicos 3, Poderes Mágicos 3, Forma de
Névoa, Invulnerabilidade, Vulnerabilidade à Água.
Pontos de Magia: 21. Formas e Caminhos: Criar 2,
Controlar 2, Entender 1, Trevas 2, Fogo 1, Ar 1,
Espíritos 2, Metamagia 2, Humanos 1.
3D&T: F4 (corte), H3, R4, A3, PdF0; Morto-Vivo
(Vampiro: Dependência almas humanas), Forma de
Névoa, Invulnerabilidade (tudo, exceto magias e armas
mágicas), Vulnerabilidade (Água); Trevas 3, Fogo 2,
Ar 2, Terra 1.
Diferente dos vampiros tradicionais, Firmaiyn ali-
menta-se de almas. Como alguns vampiros artonianos,
Firmaiyn é vulnerável a todo e qualquer tipo de água,
mesmo que não seja água benta (em 3D&T ele sofre
os efeitos de Vulnerabilidade).
Firmaiyn não tem tremores vampíricos: ele não é
afetado por símbolos sagrados, alho ou espelhos. O
fato de apenas serem capazes de entrar em uma casa
se convidados também não o afeta. Além disso ele
apenas é ferido por Magia e armas mágicas (+1 ou
melhores), e pode assumir uma forma de névoa (onde
pode voar com metade de sua velocidade normal, mas
não pode atacar nem realizar outras ações).
Assim como todos os vampiros, Firmaiyn é vulne-
rável à luz solar. Caso seja exposto à luz do sol (pouco
provável) ou similar (por magias poderosas), ele será
destruído.
A Vila de Nimb
Saindo pela saída sul da cidade perdida de
Gulthernn, e seguindo para oeste no primeiro
corredor que segue para lá, chega-se a uma área
de arquitetura totalmente irregular e imprevisível.
Esta parte do Abismo foi construída, na verdade,
por um pequeno grupo de devotos de Nimb que
vive lá, chamando o local de “Vila de Nimb”.
A área é altamente iluminada, não é possível saber
exatamente pelo quê, pois não há tochas pelas pare-
des, nem estas parecem ser de nenhum tipo especial
de rocha que emita luz. Provavelmente isso ocorra por
meio de algum efeito mágico. Na verdade, o que ocor-
re é que a cidade parece ter um ciclo constante – ape-
sar de irregular – de luz/escuridão. A cada 3d6 horas,
as luzes vão diminuindo até chegar a escuridão total, e
então levam mais 3d6 horas para começar a reacender
lentamente – mais ou menos como se houvesse um
ciclo de dias e noites.
O povo local – 2d6+6 pessoas “comuns” e 1d3+1
clérigos de Nimb – é comandado por Dara Durin, uma
fada, também clériga de Nimb. Eles vivem no que pa-
rece ser uma espécie de acampamento por toda a área
da cidade, vivendo em barracas coníferas (parecendo
com barracas dos índios norte-americanos). TODOS
eles possuem pelo menos um tipo de insanidade cada.
A origem da vila é totalmente desconhecida. Caso
perguntados a respeito, cada cidadão vai contar uma
história diferente, talvez até você ouça duas histórias
completamente diferentes simplesmente perguntan-
do duas vezes para a mesma pessoa!! Em geral to-
das as histórias são absurdas e sem sentido – coisas
como eles terem sido guiados pelo próprio Nimb até o
local, ou então que eles simplesmetne brotaram da
terra naquele lugar, como se fossem plantas.
Nenhum monstro errante parece rondar o local,
resultando em uma área relativamente segura – quer
dizer, o quão segura possa ser uma vila habitada uni-
camente por pessoas insanas... Outro ponto impor-
tante de comentar é que, talvez até por causa da pró-
pria natureza dos habitantes da área, toda a região da
vila é considerada uma Área de Magia Caótica, fazen-
do com que muitas vezes magias não funcionem como
deveriam.
DARA DURIN
Daemon: Sprite Clériga de Nimb do 2º Nível. CON 9,
FR 7, DEX 12, AGI 18, INT 12, WILL 15, CAR 16,
PER 14. Ataques [1], IP 0, PV 8+4. Maça 37/37 dano
1d3-1. Perícias Principais: Barganha 46%, Burocracia
22%, Ciências (História 20%), Escutar 24%, Etiqueta
36%, Heráldica 30%, Ler e Escrever (idioma sprite)
30%, Manipulação (Empatia 46%, Impressionar 76%,
Interrogatório 42%), Religião 50%. Aprimoramentos:
Pontos Heróicos 2, Pontos de Fé 3, Poderes Mágicos
1. Pontos de Magia: 2. Pontos de Fé: 4. Formas e
Caminhos: Criar 1, Entender 1, Luz 2, Ar 1. Pode voar
a 5m/s. Seus Testes para resistir à Magias será sempre
1 Nível mais Difícil.
3D&T: F0, H4, R1, A1, PdF0, 5 PV; Clericato (Nimb:
Poder Garantido de Magia Oculta), Arena (Vila de
Nimb), Fada (Arcano, Aparência Inofensiva, Levitação,
Modelo Especial, Vulnerabilidade a Magia e armas
mágicas, H+1); Luz 5, Água 2, Terra 2, Trevas 3, Fogo
2, Ar 1.
Dara Durin é a clériga de Nimb responsável pelo
povo da Vila de Nimb. Ela é uma fada, tendo a aparên-
cia de uma pequena mulher élfica de cerca de 15cm
com um par de asas de borboleta. As asas são uma
azul e a outra amarela, e cada uma possui dois círcu-
los negros, de forma que, quando abertas, parecem
formar o número 4 de um dado. Ela costuma vestir um
roupa xadrez azul e amarela, e usar um grande (quer
dizer, grande se comparado ao seu corpo) chapéu na
forma de um d4 invertido, inclusive com a numeração
– ninguém sabe como ela consegue manter-se ereta e
flutuando com aquela coisa sobre a cabeça.
Apesar de ser pequena, Dara é chamada por todos
de “A Grande Líder”. Ela vive na Vila por tanto tempo
quanto os moradores conseguem se lembrar – na ver-
dade, nem ela consegue se lembrar de qualquer coisa
que fizesse antes de estar na Vila. Como seria de se
esperar, ela é completamente louca, sendo tão incons-
tante e imprevisível quanto qualquer devoto de Nimb.
Em um dia pode receber aventureiros de braços aber-
tos, tratando-os muito bem e oferencendo muitos con-
fortos, enquanto em outro dia pode simplesmente
atacá-los sem piedade assim que adentrem os domí-
nios da Vila. A única constante no seu comportamento
parece ser a busca por tesouros para a cidade – ela
simplesmetne não permitirá que qualquer aventureiro
deixe o local sem deixar pelo menos algum item para o
tesouro local. Mais detalhes na descrição do aposento
45.
Fazem parte da Vila de Nimb as câmaras 43, 44,
45 e todos os corredores entre estas.
33
 Projeto O Abismo
O livro que você tem em mãos é o resultado do
Projeto O Abismo, proposto pela Estalagem do
Beholder Cego no dia 30 de Junho de 2002.

Tudo que você leu aqui foi desenvolvido como

parte do projeto, apresentando todas as câmaras do
segundo nível. Mas o Abismo é um lugar muito
maior, com muitas novas cavernas e novos níveis.
Ou seja: o Projeto O Abismo prossegue!

O terceiro nível do Abismo já esta sendo

produzido, com um mapa mais desenvolvido e um
pouco maior que os anteriores. Novos desafios e
muitas novidades podem ser encontradas na
Estalagem.

Além do mais, os artigos apresentados na

Estalagem contam com regras para outros sistemas
além destes que aparecem aqui. Um mapa
totalmente em cores pode também ser obtido no
site.

O Projeto O Abismo não tem fins lucrativos. Ele

visa construir todos os níveis imagináveis desta
imensa masmorra com a ajuda de todos os
RPGistas do Brasil. Participe do Projeto. Ajude a
construir a maior de todas as masmorras artonianas.
Visite o site da Beholder Cego:

http://www.beholdercego.hpg.com.br

Nosso único objetivo com o Projeto é reunir o

máximo de informação possível para oferecer a
Mestres e Jogadores um novo cenário onde várias
aventuras podem ocorrer, um desafio extra digno de
grandes heróis.

Ao participar do Projeto você pode criar qualquer

coisa: novas câmaras, criaturas, armadilhas,
desafios, aventuras, e até novos mapas.