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pimeepho DOS SERVIGOS 0s PORTOS, GAMINHOS DE FERRO E TRANSPORTES » 4! ° REGULAMENTO DO _ SERVICO DE VIA E OBRAS Aprovado pela Portaria n.° 5/75, -ds'9 de Jan 1975 IMPRENSA NACIONAL DE MO¢AMBIQUE LOURENGO MARQUES Portaria n.° 5/75 de 9 de Janeiro Tornando-se necessdrio rever e actualizar 0 Regulamento do Servico de. Via e Obras, aprovado pela Portaria n° 321, de 4 de Dezembro de 1922, de acordo com a evolugao das técnicas ¢ processos de trabalho; Por proposta da Direceao dos Servicos dos Portos, Cami- phos de Ferro e Transportes; No uso da competéncia atribuida pelo n.° 7° da Portaria n° 1/74, de 28 de Setembro: O'Ministro das Comunicagdes e Transportes manda: 1° £ aprovado o Regulamento do Servico de Via e Obras, © qual, fazendo. parte integrante desta portaria, é publicado em separata e baixa assinado pelo Director dos Servigos dos Portos, Caminhos de Ferro e Transportes. 2° Serao das atribuigdes do Conselho de Administracéo dos mesmos Servigos todas as alterages que posteriormente vierem a ser introduzidas no referido Regulamento. Ministério das Comunicagées e Transportes, 30 de, Dezem- bro de 1974.—O Ministro das Comunicages ¢ Transportes, Eugénio Baptista de Figueiredo Picolo. (Boletim Oficial, 1.* série, n.° 4, de 9 de Janeiro de 1975.) REGULAMENTO DO SERVICO DE VIA E OBRAS CAPITULO 1 Glessario de termos de via Apontar — Operagio de indicar um ponto do catril quando Se est procedendo a uma rectificagio do alinhamento ou nivelamento da via, Aqueduto —Obra de arte de forma ¢ secefio varidvel abran- gendo diferentes formas ¢ secgdes destinada a permitir a Passagem das Aguas sob a via, Arrado — Defeito ex ‘tente numa via deformada devido a pre- Bacio forcada, Arredondamento pelas estacas de piquetagem — Operagio de rectificagio das curvas tomando como base as estacas de piquetagem. Arreigada — Parte do tirafundo compreendida entre © fim da rosca e a ‘aba. Ascendente (sentidd de mareha) —O sentido 0 igem-—tér- minos da via férrea, Ataque de travessas — Operacio executada mecnica ou ma- hualmente para consolidar 0 conjunto balastro_trave Atrayessamento —Aparelho de via que permite o atravessa- mento de uma linha por outra, podendo ser obliquo ou rectangular. Balastragem — Operacio que consiste em aplicar balastro na via férrea, Balastro — Pedra br ‘ada, aria ou saibro, constituindo a ca- mada sobre a plataforma onde assentam as. travessas, Banqueta— A parte do balastro compreendida entre » topo da travessa e 0 passeio, Barreta — Pega de ago aplicada nas juntas e que, apertada Por parafusos, faz a ligacio de dois carris contiguos, podendo ser lisa, angular ¢ de transicao. Bico da bita—O cxtremo ponteagudo por que termina esta ferramenta. Bico ou ponta da eréssima — Zona de convergéncia de cada uma das faces laterais do coracao da créssima, Bita — Ferramenta usada pelo pessoal de via para ataque das travessas e remog&o de balastro, Bitola—£ a distancia compreendida entre as faces de guia- mento dos carris, Broca — Pega de ferramenta ulilizada para a furagiio de carris © travessas, Cabega do carril — A parte superior do carril, acima da alma. Cabega do tirafundo — A parte do tirafundo onde se adapta a chave para efectuar 0 seu aperto, Caixa do aparelho de manobra de agulha — Caixa onde se alojam as transmiss6es destinadas & manobra conjunta do indicador e das langas. Calgo de aco macio — Forra de aco macio para colocar entre a espalda do carril ¢ 0 bordo superior da barreta, utili- zada quando houver desgastes. Calgo para folgas (ou ficha) — Poca que se ajusta entre os topos dos carris para Ihes tegularizar a folga. Calgos para aparethos de madanca de via — Pecas de ferro de forma especial, destinadas a fazerem, juntamente com os parafusos, a ligagio dos diversos constituintes dos apa- relhos, mantendo-os a distancia fixada. Cama ou leito da travessa — Caixa que a travessa forma no balastro sobre que assenta, Carril — Perfil especial de ago, destinado a suportar ¢ a guiar em marcha os veiculos ferrovidrios. Carrilar —Operagio de colocar qualquer veiculo sobre os carris, Céreea ou «gabarity —Bitola que regula 0 espaco conven: cional a ocupar pela linha ¢ pela carga dos veiculos, Céreea ou «gabarity de banqueta—-Bitola com que se verifica a banqueta do balastro. Cércea de earris — Instrumento que serve para met gaste dos carri Cércea de sabotagem — Bitola com que se verifica se 0 apa- relho das travessas est4 bem feito, Chave de parafusos de via—Ferramenta que serve para apertar os parafusos das barretas. 0 des- 6 Chave de tirafundos — Ferramenta’ que serve para fixar e tirar os tirafundos, Contracarril —Carril ou sua frace%io que se coloca paralela- mente ao carril da via na parte interior desta com a folga necessdria para a passagem dos verdugos das rodas, Contracarris da créssima — Contracarris que protegem a créssima. Contralanga — Fracedo de cartil onde encosta a langa da agulha, Concordineia de wainel — Curva que, em perfil longitudinal, faz a concordancia de dois trainéi fi Coragiio da créssima — Parte interna da créssima que apre- senta forma triangular. Corta-a-frio— Pega de ago que termina de um lado em gume e do outro em cabega, servindo para cortar ou marcar material _metalico. Correr caminho (correr linha) —Operagio de deslocar os carris em sentido contrério ao do escorregamento longitu- dinal, deixando-os com as folgas correctas. Corrigir (bitola) — Operacio que consiste em rectificar a bi- tola da via. Corrigir (pregagiio) —Operacio que consiste em rectificar a pregacao. Couce da Janga — 'Talio da langa, isto 6, a extremidade oposta A ponta, Coxins (de mudanga de via) — Placas rectangulares, metd- licas, sobre as quais deslizam as lancas das agulhas. Créssima — Parte central do cruzamento de um aparelho de mudanga de via. Créssima de alma eheia—Créssima em que o coragio é fundido ¢ os contracarris sio de carril, Créssima de earril — Créssima constitufda por fracgdes de carril. i Créssima especial — Crossima construida com um Angulo de abertura diferente dos normalmente usados nos aparelhos de mudanga da via, Créssima de dois bicos — Créssima de caracteristicas espe- ciais usada nos atravessamentos e nas transyersais-jungoes, Créssima de um bieo—O tipo corrente de crdssima usada nos aparelhos da via. Créssima fundida ou monobloco —Créssima de pega tinica constituida pelo coragiio, contracarris do coragéo e chapa de assentamento. Cruzamento —Uma das partes do aparelho de mudanga de via simples. Compe-se de crossima e respectivos contra- carris. yea — Instrumento de madeira, em forma de T, servindo para verificar 0 nivelamento longitudinal da linha. : Curva (ver proposta CEA) —Trogo de via, cujo eixo é um arco de circunferéncia, que estabelece a concordancia entre dois alinhamentos rectos, aos quais se liga directamente ou por meio de curvas de transi¢ao. Curva-carris (yer_«Jin-crow» ). Declive — Inclinacdo longitudinal da via férrea estabelecendo descida no sentido ascendente. Desguarnecer — Remover 0 balastro da linha ou descarnar as travessas. Deseclissar —-Retirar as barretas (eclissas) das juntas dos carris. Desvio -——‘Trogo de via entre agulhas para cruzamento, 1 guardo ¢ ultrapassagem de comboios. Diagonal (ou S de ligagio) — Conjunto de duas mudancas de via que serve para ligar duas linhas. Diplori — ‘Transportador de travessas, arris @ materiais a grancl. - Disfarce de bitola——Sobrelargura progressiva de transigio entre o alinhamento recto, onde a bitola é normal, e 0 ponto da curva onde a bitola é a maxima, Disfarce de escala— Sobreelevacio progressiva de transig&o entre o alinhamento recto de escala nula e o ponto de uma curva, onde a escala 6 a maxima. Dresina (ou aniomével de linha) ou zorra — Pequeno vei- culo automovel usado na inspecgo a linha e para trans- porte de pessoal, ferramentas ¢ material. Eclissa (ver «Barreta»). Entrevia—Espago compreendido entre duas vias paralelas © que se mede entre os eixos das vias. Algumas adminis- tragdes aplicam esta designacao a distancia entre as faces laterais, exteriores, das cabecas dos carris dessas vias. ¥seala — Sobreelevagdo nas curvas do carril da fila exterior em selagao ao da fila interior. Escala de curvas-—Utensilio graduado que permite verificar diferengas de escala. Espaldas do earril — Superficies inferiores da cabega e supe- tiores da patilha do carril, onde apoiam as barretas (ou eclissas). Cr Esquadro de via — Utensilio usado na verificagio da posigéo das juntas e travessas relativamente aos carris. Esquerdo e direito da via — Lados respectivamente esquerdo e direito da via, considerado o sentido ascendente. Estaca de limite -—- Marca que assinala o limite. Estaca de piquetagem —Referéncia servindo de base para as operagdes de rectificagdo da via. Estronea— Barra geralmente de ferro que serve para tornar solidario um certo ntimero de travessas, mantendo a sua equidistancia e evitando ou atenuando o escorregamento longitudinal da via. Fecho — Fraccaio de carril colocada numa falta de continui- dade de uma das filas, para a completar. Fila alta (ou perna alta) — A fila de carris que, nas curvas, devido & escala, fica a nivel superior ao da outra fila. Fila baixa (ou perna baixa) — A fila de carris que, nas curvas ¢ devido a escala, esta a nivel inferior ao da outra Tila. Fila direita (ou perna direiia da linha) — A fila de carris do lado direito do observador, considerado o sentido as- cendente. Fila esquerda (ou perna esquerda da linha) — Fila de carris do lado esquerdo do observador, considerado o sen- lo. ascendente. Fixador (ou retensor) (ou travador) — Dispositivo apli- cado na patilha do carril para evitar 0 caminhamento dos carris. Folga — Espago existente nas juntas entre os topos de dois carris contiguos e destinado a permitir a dilatagio destes. Garganta da créssima — Distancia minima entre as patas de lebre. «Gabarity (ver «Cércea»). Garra— Elemento metilico usado em certos tipos de fixagio elastica da via. Garrote — Deformagio localizada da via no seu alinhamento. Grade de agulha— Conjunto das lancas, contralancas, vari- nhas de ligac4o ¢ transmissio ¢ respectivos acessorios. Grade da eréssima — Conjunto da créssima, patas de lebre, carris, contracarris e respectivos acess6rios. Gueija — Utensilio destinado a verificacao da bitola ¢ da incli- nagio dos carris para o interior desta. Indicador de agulha — Sinal colocado ao lado da via e pré- ximo da agulha para indicar a distancia a posigdo desta. 9 Infra-estrutura — Conjunto ‘de obras necessdrias ao assenta- mento da via, subjacentes ao balastro. «Jin-crow» — Aparelho que serve pata endireitar ou para cur- ‘var carris ou partir os mesmos depois de neles ter sido dado um golpe com 0 corta-a-frio Joelho da créssima — Ponto de inflexio dos contracarris do coragio da créssima. Jogo de travessas — Conjunto de travessas especiais destinado ‘ao assentamento dos aparelhos de via. Junta —Ligacio de dois carris por meio de barretas (ou eclissas ou talas ¢ respectivos parafusos. Junta aliernada — A que foi prevista em esquadria em rela- io A junta correspondente da outra fila, Junta baixa (ou arriada) — Junta que abateu. Junta em falso— Tipo de junta em que os topos dos carris n&o assentam sobre as travessas da junta. Junta isolante — Junta especial, para isolar electricamente dois carris consecutives ou de jungio onde haja instalagdes eléctricas de comando. Junta mista — Junta de carris de tipo diferente, constituida com barretas especiais denominadas mistas ou de transigio. Junta quadrada—A que esta em esquadria com a corres- pondente da outra fila. Junta soldada — Tipo de junta em que a ligagio dos carris se faz por soldadura. Junta topada — Junta de carris sem folga. Langas — Parte mével constituinte da grade da agulha que, conforme a sua posigo, estabelece um ou outro itinerdrio. Limite —- Ponto que corresponde & interferéncia dos gabarits de via livre de duas linhas convergentes. Linha de saco—Linha desviada, destinada especialmente a estacionamento de material, ¢ que se liga a outra linha uni- camente por uma das extremidades. Linha secundaria — Linha acess6ria das estagdes destinada a manobras, resguardo e estacionamento de material. Livia — Vara de madeira, munida numa das extremidades de ferragem apropriada e que serve para se fazerem levantes da linha. Maeaco de yia— Aparelho usado para levantar a linha em substitui¢do das livias, podendo determinados tipos serem ulilizados na ripagem da via. Marco hectométrico — Marca de betio colocada de 100 em 100 m referenciando os pontos hectométricos da linha. 10 Mudanea de via dupla— Aparelho de mudanga de via que permite ligar uma linha a duas outras, Mudanga de via simples — Aparelho de mudanga de via que permite ligar uma linha a outra. Nivelar (via) — Operagio que permite corrigir a rasante da via férrea. Palmilha— Placa de material eldstico, que se interpde entre a patilha do carril e a travessa. Parafuso de junta— Acess6rio destinado a fixar as duas barretas (ou ectissas ou talas) nas juntas dos carris, Passagem inferior —Obra de arte que dé passagem a via férrea sobre qualquer via de comunicagio. Passagem de nivel —Cruzamento ao mesmo nivel do cami- nho de ferro com estradas ¢ caminhos. Passagem superior —Obra de arte que da passagem a via férrea sob outra via de comunicacio, Passeios — Partes laterais da plataforma da via exteriores ao balastro. Patamar — Trainel de inclinagdo (ou declive) nulo. Patilha — Parte do carril inferior & alma. Patim (ou chapim) —Chapa de ferro usada para apoio e/ou fixagio de material. Perfil longitudinal — Planificagio da directriz da via num plano vertical. ‘erfil transversal — Secgio da infra-estrutura e da superes- trutura da via por um plano vertical normal ao seu eixo. Petardo — Capsula metélica, contendo uma substancia explo- ivel pelo choque, que se coloca sobre a cabeca do carril que funciona como sinal acistico. Piquetagem (da linha) —Estabelecimento do tragado por meio de estacas que definam no terreno os seus elementos. Placa giratéria— Aparelho de via, sobre 0 qual se cruzam du: $s ou mais linhas ¢ que, sendo mével em torno de um eixo vertical, permite deslocar o material circulante de uma linha para outra. Plano de assentamento-— Plano que define a distribuigio de travessas na via ou nos aparelhos de via. Plaquete (ou placa de apoio) —Chapim metélico, usado em certos tipos de fixagao eléstica da via, que serve de apoio a extremidade da garra que exerce pressio sobre a travessa, Ponta matematica da eréssima— Ponto tedrico de inter- secgio de duas rectas contidas, respectivamente, nas duas faces laterais da créssima. : Ponte girante ou placa de inversio de locomotivas — Es- trutura metélica que serve para inversio de locomotivas por meio de rotagéo em torno de um eixo central vertical. Porta-carris (ou transportador de carris) — Utensilio pr6é- prio para transportar carris. Poste quilométrico — Poste que assinala os pontos quilomé- tricos da via. Postes de limite de secgio, distrito e partido — Postes que assinalam 0 limite das secgdes, dos distritos ou dos partidos de conservacao de via. Pregagiio — A fixacio dos carris As travessas. Pregacio forgada — Diz-se da pregacio que se nota ter sido deslocada da sua posi¢éo normal devido aos esforgos do material circulante sobre os carris. Quadramento das juntas —Operacio pela qual o assenta- mento ou a correcgao da via é feito com juntas em esqua- dria. Ramo curvo— Parte do aparelho de mudanga de via com- preendida entre a gradeteressima e grade de agulhas, Rampa — Inclinagdo longitudinal da via, estabelecendo subida no sentido ascendente, Rasante da via—Intersecgio da superficie definida pela mesa de rolamento dos carris com a directriz da via. Rebarba — Saliéncia lateral das cabegas dos carris prove- niente do esmagamento. Regularizador (ou corrector) de folgas— Utensilio que serve para abrir ou fechar as folgas das juntas. Revisio metédiea —Operagio de conservagio da via que consiste em cortigir sistematicamente todos os defeitos que ela apresenta. Ripar — Operacdo de deslocar a linha no sentido lateral. Ronda — Vigilancia da linha exercida por agentes da via, com © objectivo de assinalar qualquer anormalidade que se veri- fique, especialmente durante os temporais. Roquete — Aparelho que serve, com a respectiva broca, para furar carris S de ligag&o (ver «Diagonal de ligacho»). Sabotagem ou aparelho das travessas —FEntalhes que se fazem em duas zonas simétricas das travessas © sobre o qual assentam as patilhas dos carris. Salto — Depressio ou elevacio de uma curta extensio de carril, ou de dois carris em correspondéncia, relativamente ao plano de rasante. 12 Superestrutura (da via) —A via férrea propriamente dita, constituida por balastro, travessas, carris ¢ respectivo mate- rial de fixagio e ligagao. Suta da bita— Extremo da bita que se destina ao ataque da travessa, ‘Taco —Tronco de cone de madeira creosotada para tapar os furos deixados pelos tirafundos nas travessas, Tacar — A operacio de aplicar cavilhas, Talio da eréssima— Extremo do corago da créssima que se opde ao bico. Tenaz.— Designagaio dada a utensilios semelhantes, um desti- nado a pegar ¢ movimentar travessas, outro a pegar ¢ mo- vimentar carris, Tirar saltos — Operacio de rectificar o perfil da via, desfa- zendo os saltos, Tirafundo — Elemento de fixagio do carril a travessa, com- posta de cabeca, arreigada ¢ corpo filetado. Tombo — Inclinagio de cartil correspondente ao plano de sabotagem. Tragado (da linha) — Directriz da linha constituida por rampas, declives ¢ patamares em perfil longitudinal, ¢ por rectas © curvas em planta. Trado — Ferramenta que serve para abrir furos nas travessas, para possibilitar a fixagio por tirafundos ou escapulas, ‘Trainel— Cada um dos trogos da linha que constitui a linha em perfil longitudinal cujo eixo se apresenta com inclina- géo (ou declive) constante. Transversal (jungfio dupla) — Aparelho de via constituindo uin travessamento obliquo que, por ser provido de quatro agulhas, permite a circulacdo directa entre a linha trans- versal. c a linha atravessada nos dois sentidos de marcha. Transversal (jungdo simples) —Aparelho de via cons tuindo um atravessamento obliquo que, por ser provido de duas agulhas, permite a circulago directa entre a trans- versal e a linha atravessada num s6 sentido de marcha. ‘Travessa especial —Travessa de dimensdes varidveis e que se usa para aplicagio nos aparelhos de via © nas pontes, Travessa leve (dansante on refervida) —Travessa mal atacada. ‘avessa normal — Travessa de madeira para aplicagio cor- rente na via, de secc&o transversal dentro das tolerancias estabelecidas. Vapor (ou superficie de rolamento) — Superficie superior da cabega de carril, 13 pimeepho DOS SERVIGOS 0s PORTOS, GAMINHOS DE FERRO E TRANSPORTES » 4! ° REGULAMENTO DO _ SERVICO DE VIA E OBRAS Aprovado pela Portaria n.° 5/75, -ds'9 de Jan 1975 IMPRENSA NACIONAL DE MO¢AMBIQUE LOURENGO MARQUES Portaria n.° 5/75 de 9 de Janeiro Tornando-se necessdrio rever e actualizar 0 Regulamento do Servico de. Via e Obras, aprovado pela Portaria n° 321, de 4 de Dezembro de 1922, de acordo com a evolugao das técnicas ¢ processos de trabalho; Por proposta da Direceao dos Servicos dos Portos, Cami- phos de Ferro e Transportes; No uso da competéncia atribuida pelo n.° 7° da Portaria n° 1/74, de 28 de Setembro: O'Ministro das Comunicagdes e Transportes manda: 1° £ aprovado o Regulamento do Servico de Via e Obras, © qual, fazendo. parte integrante desta portaria, é publicado em separata e baixa assinado pelo Director dos Servigos dos Portos, Caminhos de Ferro e Transportes. 2° Serao das atribuigdes do Conselho de Administracéo dos mesmos Servigos todas as alterages que posteriormente vierem a ser introduzidas no referido Regulamento. Ministério das Comunicagées e Transportes, 30 de, Dezem- bro de 1974.—O Ministro das Comunicages ¢ Transportes, Eugénio Baptista de Figueiredo Picolo. (Boletim Oficial, 1.* série, n.° 4, de 9 de Janeiro de 1975.) REGULAMENTO DO SERVICO DE VIA E OBRAS CAPITULO 1 Glessario de termos de via Apontar — Operagio de indicar um ponto do catril quando Se est procedendo a uma rectificagio do alinhamento ou nivelamento da via, Aqueduto —Obra de arte de forma ¢ secefio varidvel abran- gendo diferentes formas ¢ secgdes destinada a permitir a Passagem das Aguas sob a via, Arrado — Defeito ex ‘tente numa via deformada devido a pre- Bacio forcada, Arredondamento pelas estacas de piquetagem — Operagio de rectificagio das curvas tomando como base as estacas de piquetagem. Arreigada — Parte do tirafundo compreendida entre © fim da rosca e a ‘aba. Ascendente (sentidd de mareha) —O sentido 0 igem-—tér- minos da via férrea, Ataque de travessas — Operacio executada mecnica ou ma- hualmente para consolidar 0 conjunto balastro_trave Atrayessamento —Aparelho de via que permite o atravessa- mento de uma linha por outra, podendo ser obliquo ou rectangular. Balastragem — Operacio que consiste em aplicar balastro na via férrea, Balastro — Pedra br ‘ada, aria ou saibro, constituindo a ca- mada sobre a plataforma onde assentam as. travessas, Banqueta— A parte do balastro compreendida entre » topo da travessa e 0 passeio, Barreta — Pega de ago aplicada nas juntas e que, apertada Por parafusos, faz a ligacio de dois carris contiguos, podendo ser lisa, angular ¢ de transicao. Bico da bita—O cxtremo ponteagudo por que termina esta ferramenta. Bico ou ponta da eréssima — Zona de convergéncia de cada uma das faces laterais do coracao da créssima, Bita — Ferramenta usada pelo pessoal de via para ataque das travessas e remog&o de balastro, Bitola—£ a distancia compreendida entre as faces de guia- mento dos carris, Broca — Pega de ferramenta ulilizada para a furagiio de carris © travessas, Cabega do carril — A parte superior do carril, acima da alma. Cabega do tirafundo — A parte do tirafundo onde se adapta a chave para efectuar 0 seu aperto, Caixa do aparelho de manobra de agulha — Caixa onde se alojam as transmiss6es destinadas & manobra conjunta do indicador e das langas. Calgo de aco macio — Forra de aco macio para colocar entre a espalda do carril ¢ 0 bordo superior da barreta, utili- zada quando houver desgastes. Calgo para folgas (ou ficha) — Poca que se ajusta entre os topos dos carris para Ihes tegularizar a folga. Calgos para aparethos de madanca de via — Pecas de ferro de forma especial, destinadas a fazerem, juntamente com os parafusos, a ligagio dos diversos constituintes dos apa- relhos, mantendo-os a distancia fixada. Cama ou leito da travessa — Caixa que a travessa forma no balastro sobre que assenta, Carril — Perfil especial de ago, destinado a suportar ¢ a guiar em marcha os veiculos ferrovidrios. Carrilar —Operagio de colocar qualquer veiculo sobre os carris, Céreea ou «gabarity —Bitola que regula 0 espaco conven: cional a ocupar pela linha ¢ pela carga dos veiculos, Céreea ou «gabarity de banqueta—-Bitola com que se verifica a banqueta do balastro. Cércea de earris — Instrumento que serve para met gaste dos carri Cércea de sabotagem — Bitola com que se verifica se 0 apa- relho das travessas est4 bem feito, Chave de parafusos de via—Ferramenta que serve para apertar os parafusos das barretas. 0 des- 6 Chave de tirafundos — Ferramenta’ que serve para fixar e tirar os tirafundos, Contracarril —Carril ou sua frace%io que se coloca paralela- mente ao carril da via na parte interior desta com a folga necessdria para a passagem dos verdugos das rodas, Contracarris da créssima — Contracarris que protegem a créssima. Contralanga — Fracedo de cartil onde encosta a langa da agulha, Concordineia de wainel — Curva que, em perfil longitudinal, faz a concordancia de dois trainéi fi Coragiio da créssima — Parte interna da créssima que apre- senta forma triangular. Corta-a-frio— Pega de ago que termina de um lado em gume e do outro em cabega, servindo para cortar ou marcar material _metalico. Correr caminho (correr linha) —Operagio de deslocar os carris em sentido contrério ao do escorregamento longitu- dinal, deixando-os com as folgas correctas. Corrigir (bitola) — Operacio que consiste em rectificar a bi- tola da via. Corrigir (pregagiio) —Operacio que consiste em rectificar a pregacao. Couce da Janga — 'Talio da langa, isto 6, a extremidade oposta A ponta, Coxins (de mudanga de via) — Placas rectangulares, metd- licas, sobre as quais deslizam as lancas das agulhas. Créssima — Parte central do cruzamento de um aparelho de mudanga de via. Créssima de alma eheia—Créssima em que o coragio é fundido ¢ os contracarris sio de carril, Créssima de earril — Créssima constitufda por fracgdes de carril. i Créssima especial — Crossima construida com um Angulo de abertura diferente dos normalmente usados nos aparelhos de mudanga da via, Créssima de dois bicos — Créssima de caracteristicas espe- ciais usada nos atravessamentos e nas transyersais-jungoes, Créssima de um bieo—O tipo corrente de crdssima usada nos aparelhos da via. Créssima fundida ou monobloco —Créssima de pega tinica constituida pelo coragiio, contracarris do coragéo e chapa de assentamento. Cruzamento —Uma das partes do aparelho de mudanga de via simples. Compe-se de crossima e respectivos contra- carris. yea — Instrumento de madeira, em forma de T, servindo para verificar 0 nivelamento longitudinal da linha. : Curva (ver proposta CEA) —Trogo de via, cujo eixo é um arco de circunferéncia, que estabelece a concordancia entre dois alinhamentos rectos, aos quais se liga directamente ou por meio de curvas de transi¢ao. Curva-carris (yer_«Jin-crow» ). Declive — Inclinacdo longitudinal da via férrea estabelecendo descida no sentido ascendente. Desguarnecer — Remover 0 balastro da linha ou descarnar as travessas. Deseclissar —-Retirar as barretas (eclissas) das juntas dos carris. Desvio -——‘Trogo de via entre agulhas para cruzamento, 1 guardo ¢ ultrapassagem de comboios. Diagonal (ou S de ligagio) — Conjunto de duas mudancas de via que serve para ligar duas linhas. Diplori — ‘Transportador de travessas, arris @ materiais a grancl. - Disfarce de bitola——Sobrelargura progressiva de transigio entre o alinhamento recto, onde a bitola é normal, e 0 ponto da curva onde a bitola é a maxima, Disfarce de escala— Sobreelevacio progressiva de transig&o entre o alinhamento recto de escala nula e o ponto de uma curva, onde a escala 6 a maxima. Dresina (ou aniomével de linha) ou zorra — Pequeno vei- culo automovel usado na inspecgo a linha e para trans- porte de pessoal, ferramentas ¢ material. Eclissa (ver «Barreta»). Entrevia—Espago compreendido entre duas vias paralelas © que se mede entre os eixos das vias. Algumas adminis- tragdes aplicam esta designacao a distancia entre as faces laterais, exteriores, das cabecas dos carris dessas vias. ¥seala — Sobreelevagdo nas curvas do carril da fila exterior em selagao ao da fila interior. Escala de curvas-—Utensilio graduado que permite verificar diferengas de escala. Espaldas do earril — Superficies inferiores da cabega e supe- tiores da patilha do carril, onde apoiam as barretas (ou eclissas). Cr Esquadro de via — Utensilio usado na verificagio da posigéo das juntas e travessas relativamente aos carris. Esquerdo e direito da via — Lados respectivamente esquerdo e direito da via, considerado o sentido ascendente. Estaca de limite -—- Marca que assinala o limite. Estaca de piquetagem —Referéncia servindo de base para as operagdes de rectificagdo da via. Estronea— Barra geralmente de ferro que serve para tornar solidario um certo ntimero de travessas, mantendo a sua equidistancia e evitando ou atenuando o escorregamento longitudinal da via. Fecho — Fraccaio de carril colocada numa falta de continui- dade de uma das filas, para a completar. Fila alta (ou perna alta) — A fila de carris que, nas curvas, devido & escala, fica a nivel superior ao da outra fila. Fila baixa (ou perna baixa) — A fila de carris que, nas curvas ¢ devido a escala, esta a nivel inferior ao da outra Tila. Fila direita (ou perna direiia da linha) — A fila de carris do lado direito do observador, considerado o sentido as- cendente. Fila esquerda (ou perna esquerda da linha) — Fila de carris do lado esquerdo do observador, considerado o sen- lo. ascendente. Fixador (ou retensor) (ou travador) — Dispositivo apli- cado na patilha do carril para evitar 0 caminhamento dos carris. Folga — Espago existente nas juntas entre os topos de dois carris contiguos e destinado a permitir a dilatagio destes. Garganta da créssima — Distancia minima entre as patas de lebre. «Gabarity (ver «Cércea»). Garra— Elemento metilico usado em certos tipos de fixagio elastica da via. Garrote — Deformagio localizada da via no seu alinhamento. Grade de agulha— Conjunto das lancas, contralancas, vari- nhas de ligac4o ¢ transmissio ¢ respectivos acessorios. Grade da eréssima — Conjunto da créssima, patas de lebre, carris, contracarris e respectivos acess6rios. Gueija — Utensilio destinado a verificacao da bitola ¢ da incli- nagio dos carris para o interior desta. Indicador de agulha — Sinal colocado ao lado da via e pré- ximo da agulha para indicar a distancia a posigdo desta. 9 Infra-estrutura — Conjunto ‘de obras necessdrias ao assenta- mento da via, subjacentes ao balastro. «Jin-crow» — Aparelho que serve pata endireitar ou para cur- ‘var carris ou partir os mesmos depois de neles ter sido dado um golpe com 0 corta-a-frio Joelho da créssima — Ponto de inflexio dos contracarris do coragio da créssima. Jogo de travessas — Conjunto de travessas especiais destinado ‘ao assentamento dos aparelhos de via. Junta —Ligacio de dois carris por meio de barretas (ou eclissas ou talas ¢ respectivos parafusos. Junta aliernada — A que foi prevista em esquadria em rela- io A junta correspondente da outra fila, Junta baixa (ou arriada) — Junta que abateu. Junta em falso— Tipo de junta em que os topos dos carris n&o assentam sobre as travessas da junta. Junta isolante — Junta especial, para isolar electricamente dois carris consecutives ou de jungio onde haja instalagdes eléctricas de comando. Junta mista — Junta de carris de tipo diferente, constituida com barretas especiais denominadas mistas ou de transigio. Junta quadrada—A que esta em esquadria com a corres- pondente da outra fila. Junta soldada — Tipo de junta em que a ligagio dos carris se faz por soldadura. Junta topada — Junta de carris sem folga. Langas — Parte mével constituinte da grade da agulha que, conforme a sua posigo, estabelece um ou outro itinerdrio. Limite —- Ponto que corresponde & interferéncia dos gabarits de via livre de duas linhas convergentes. Linha de saco—Linha desviada, destinada especialmente a estacionamento de material, ¢ que se liga a outra linha uni- camente por uma das extremidades. Linha secundaria — Linha acess6ria das estagdes destinada a manobras, resguardo e estacionamento de material. Livia — Vara de madeira, munida numa das extremidades de ferragem apropriada e que serve para se fazerem levantes da linha. Maeaco de yia— Aparelho usado para levantar a linha em substitui¢do das livias, podendo determinados tipos serem ulilizados na ripagem da via. Marco hectométrico — Marca de betio colocada de 100 em 100 m referenciando os pontos hectométricos da linha. 10 Mudanea de via dupla— Aparelho de mudanga de via que permite ligar uma linha a duas outras, Mudanga de via simples — Aparelho de mudanga de via que permite ligar uma linha a outra. Nivelar (via) — Operagio que permite corrigir a rasante da via férrea. Palmilha— Placa de material eldstico, que se interpde entre a patilha do carril e a travessa. Parafuso de junta— Acess6rio destinado a fixar as duas barretas (ou ectissas ou talas) nas juntas dos carris, Passagem inferior —Obra de arte que dé passagem a via férrea sobre qualquer via de comunicagio. Passagem de nivel —Cruzamento ao mesmo nivel do cami- nho de ferro com estradas ¢ caminhos. Passagem superior —Obra de arte que da passagem a via férrea sob outra via de comunicacio, Passeios — Partes laterais da plataforma da via exteriores ao balastro. Patamar — Trainel de inclinagdo (ou declive) nulo. Patilha — Parte do carril inferior & alma. Patim (ou chapim) —Chapa de ferro usada para apoio e/ou fixagio de material. Perfil longitudinal — Planificagio da directriz da via num plano vertical. ‘erfil transversal — Secgio da infra-estrutura e da superes- trutura da via por um plano vertical normal ao seu eixo. Petardo — Capsula metélica, contendo uma substancia explo- ivel pelo choque, que se coloca sobre a cabeca do carril que funciona como sinal acistico. Piquetagem (da linha) —Estabelecimento do tragado por meio de estacas que definam no terreno os seus elementos. Placa giratéria— Aparelho de via, sobre 0 qual se cruzam du: $s ou mais linhas ¢ que, sendo mével em torno de um eixo vertical, permite deslocar o material circulante de uma linha para outra. Plano de assentamento-— Plano que define a distribuigio de travessas na via ou nos aparelhos de via. Plaquete (ou placa de apoio) —Chapim metélico, usado em certos tipos de fixagao eléstica da via, que serve de apoio a extremidade da garra que exerce pressio sobre a travessa, Ponta matematica da eréssima— Ponto tedrico de inter- secgio de duas rectas contidas, respectivamente, nas duas faces laterais da créssima. : Ponte girante ou placa de inversio de locomotivas — Es- trutura metélica que serve para inversio de locomotivas por meio de rotagéo em torno de um eixo central vertical. Porta-carris (ou transportador de carris) — Utensilio pr6é- prio para transportar carris. Poste quilométrico — Poste que assinala os pontos quilomé- tricos da via. Postes de limite de secgio, distrito e partido — Postes que assinalam 0 limite das secgdes, dos distritos ou dos partidos de conservacao de via. Pregagiio — A fixacio dos carris As travessas. Pregacio forgada — Diz-se da pregacio que se nota ter sido deslocada da sua posi¢éo normal devido aos esforgos do material circulante sobre os carris. Quadramento das juntas —Operacio pela qual o assenta- mento ou a correcgao da via é feito com juntas em esqua- dria. Ramo curvo— Parte do aparelho de mudanga de via com- preendida entre a gradeteressima e grade de agulhas, Rampa — Inclinagdo longitudinal da via, estabelecendo subida no sentido ascendente, Rasante da via—Intersecgio da superficie definida pela mesa de rolamento dos carris com a directriz da via. Rebarba — Saliéncia lateral das cabegas dos carris prove- niente do esmagamento. Regularizador (ou corrector) de folgas— Utensilio que serve para abrir ou fechar as folgas das juntas. Revisio metédiea —Operagio de conservagio da via que consiste em cortigir sistematicamente todos os defeitos que ela apresenta. Ripar — Operacdo de deslocar a linha no sentido lateral. Ronda — Vigilancia da linha exercida por agentes da via, com © objectivo de assinalar qualquer anormalidade que se veri- fique, especialmente durante os temporais. Roquete — Aparelho que serve, com a respectiva broca, para furar carris S de ligag&o (ver «Diagonal de ligacho»). Sabotagem ou aparelho das travessas —FEntalhes que se fazem em duas zonas simétricas das travessas © sobre o qual assentam as patilhas dos carris. Salto — Depressio ou elevacio de uma curta extensio de carril, ou de dois carris em correspondéncia, relativamente ao plano de rasante. 12 Superestrutura (da via) —A via férrea propriamente dita, constituida por balastro, travessas, carris ¢ respectivo mate- rial de fixagio e ligagao. Suta da bita— Extremo da bita que se destina ao ataque da travessa, ‘Taco —Tronco de cone de madeira creosotada para tapar os furos deixados pelos tirafundos nas travessas, Tacar — A operacio de aplicar cavilhas, Talio da eréssima— Extremo do corago da créssima que se opde ao bico. Tenaz.— Designagaio dada a utensilios semelhantes, um desti- nado a pegar ¢ movimentar travessas, outro a pegar ¢ mo- vimentar carris, Tirar saltos — Operacio de rectificar o perfil da via, desfa- zendo os saltos, Tirafundo — Elemento de fixagio do carril a travessa, com- posta de cabeca, arreigada ¢ corpo filetado. Tombo — Inclinagio de cartil correspondente ao plano de sabotagem. Tragado (da linha) — Directriz da linha constituida por rampas, declives ¢ patamares em perfil longitudinal, ¢ por rectas © curvas em planta. Trado — Ferramenta que serve para abrir furos nas travessas, para possibilitar a fixagio por tirafundos ou escapulas, ‘Trainel— Cada um dos trogos da linha que constitui a linha em perfil longitudinal cujo eixo se apresenta com inclina- géo (ou declive) constante. Transversal (jungfio dupla) — Aparelho de via constituindo uin travessamento obliquo que, por ser provido de quatro agulhas, permite a circulacdo directa entre a linha trans- versal. c a linha atravessada nos dois sentidos de marcha. Transversal (jungdo simples) —Aparelho de via cons tuindo um atravessamento obliquo que, por ser provido de duas agulhas, permite a circulago directa entre a trans- versal e a linha atravessada num s6 sentido de marcha. ‘Travessa especial —Travessa de dimensdes varidveis e que se usa para aplicagio nos aparelhos de via © nas pontes, Travessa leve (dansante on refervida) —Travessa mal atacada. ‘avessa normal — Travessa de madeira para aplicagio cor- rente na via, de secc&o transversal dentro das tolerancias estabelecidas. Vapor (ou superficie de rolamento) — Superficie superior da cabega de carril, 13 Varejamento — Fenémeno que consiste no desalinhamento e seu desnivelamento duma extens%o consideravel de via por efeitos térmicos, Varinha de ligagio — Acessério que estabelece a ligagao das langas na grade de agulhas. Varinha de tansmissio0 — Acessério que transmite 0 movi- mento do aparelho de manobra as lancas, CAPITULO f Deveres dos chefes de secoao de via e de distrito 1,— Responsal 1.1—O chefe de seccao de via est4 directamente subordi- nado ao engenhciro-chefe do Servigo de Via ¢ Obras ou ao set adjunto e 0 chefe de disttito ao chefe de seccao. 1.2—O chefe deséegao'de via deve enviar todos os seus relatorios e corresponder-se com 0 engenheiro-chefe do Servico de Via e Obras. Ao fazer 0 envio de correspondéncia dimanada dos seus subordinados, 0 chefe de secgiio de via deve prestar a sua informagio e, quando se trate de questdes de facto, devera ter 0 cuidado de verificar a veracidade ou a falsidade das afirmagoes feitas, 1.3— A fungio principal dos chefes de secedo de via e d ~distrito € a da conservagio eficiente da via ¢ obras correla- tivas e a de garantir que a via esteja sempre em condigdes de dar passagem aos comboios com seguranga. Qualquer defeito que pelo chefe de distrito nao possa ser remediado deve ser comunivado ao chefe de secc&o ¢ por este ao enge- nheiro-chefe do Servigo de Via e Obras, caso também 0 nao consiga. 2—Disciplina ' | | 2.1 — Est&o subordinados ao chefe de secgaio de via: o chefe de distrito, os capatazes, os apontadores, os assentadores e as turmas de trabalhadores, e bem assim quaisquer outros empregados que venham a ser colocados na seccao, em con- formidade com os regulamentos em vigor, para serem utili- zados ‘na conservagio e construg’o de vias ou obras correla- tivas. 2.2— Os chefes de stegio de via sfio responsdveis pela ma- nutengo da disciplina do pessoal seu subordinado. Devem asse- gurar-se do cumprimento eficiente dos seus deveres e promo- ver que Ihes seja dada formagao profissional satisfatoria, 14 2.30 miimero de agentes em servico na secgio. serd 2 gue for autorizado pelo engenheiro-chefe do Serviga de Via e Obras, 2.4— Os chefes de seccaio e distrito devem possuir relagdes do pessoal seu subordinado com a indicagdo do nome morada de cada um. @~Nomeagses 3.1 — As nomeagdes © exoneragdes do pessoal dos servigos da Administracio deverdo: obédecer as, insirugdes. emitiins Periodicamente pela Direocao de Pessoal. , 3.2— Quaisquer faltas ow excessos de pessoal nos partidos devem ser comunicados pelo chefe de seceio de vin ex enge- nheiro-chefe do Servico de Via e Obras. @Reguiamento, instrugées, etc. AD Os chefes de secedio de via ¢ de distrito devem pos- dee ee Suinles livros, além dos regulamentos e instrugces que periodicamente venham a ser publicados @) Manual de Via; 4) Regulamento de Exploragio; ¢) Horatio de Comboios; d) Manual de Iniciagao dos Ferrovidrios: ©) Regulamento Geral de Seguranga do ‘Trabalho nos Estabelecimentos Industriais; f) Registo de Curvas; 8) Regulamento para a Fiscalizacio, Policia e Explo- ragio dos Caminhos de Ferro do Ultramar. 4.2— Os chefes de secglio de via ¢ de distrito devem estar perfeitamente familiarizados com 0 contetido dos livros ¢ regu. Jamentos acima mencionados, no que diz respeito a si ¢ ao Pessoal sob as suas ordens, © bem assim ao servico por cuja execugao ele © os seus subordinados sio responsaveis, 43-0 chefe de distrito deve assegurar-se de que: @ Todos os empregados possuem os manuais e regu: lamentos e que estejam familiarizados com as dis. Posigdes que a cada um digam respeito: 4) Sao distribuidas pelo pessoal as ordens, circulares © avisos de servigo, bem como as alteragdes pos- teriores; a ©) Sto fornecidos a cada capataz sob as. suas ordens as ferramentas, materiais ¢ equipamento indispen- sdvel para a segura c cficiente conservagio da via. —Informagées sobre a 5.1 —Os chefes de secgio de via e de d istrito devem man- ter registos de: @) Informagées sobre 0 material de via aplicado nos trogos de via sob a sua jurisdi¢io; 8) Pormenores sobre guaisquer caracteristicas que ext jam atencio especial, tais como trincheiras, plata~ formas ¢ drenagem. Tais anotagdes devem ser mantidas em dia e por cle entregues ao seu su- cessor, 6—Entrega de um partido a um capataz 6.1-—O chefe de distrito deve fornecer ao capataz que vai tomar conta de um partido todas as caracteristicas que exijam atengaio especial, como por exemplo trincheiras suscep- tiveis de escorregamentos e queda fs sco ae _ i fi ias, aquedutos sujeitos a sejam danificados por cheias, aque O : entupidos etc., dando-lhe instrugGes sobre as medidas a tomar. 7—Conferéncia de ferramentas, equipamento e materiais 11-0 chefe de secgdo de via, fazendo-se acompanhar do apontador, deve efectuar ocasionalmente inspecgdes © pro- codes 2 conteréncia das ferramentas, equipamento ¢ materiais. —Inspecgdes 8.1—-O chefe de secgaio de via devera remeter mens mente ao chefe do Servigo de Via e Obras reatorios 30 re a suas inspoegbes de rotina e as dos seus chefes de distrito, - $2—O chefe de secgio de via é obrigado a ee anualmente, ao engenheiro-chefe do Servigo de Via ¢ Ob ae XK yelatorio sobre o estado das travessas assentes, na via. ~ | ne 14 deste capitulo.) ; . = 8 — Cumpre aos chefes de, seogio de via & de dstrito ~ Gfectuarem inspecgbes Trequentes as suas Areas, pelo menos uma vez por quinzena, d e também, de seis em meses, de locomotiva. O rel 16 tar de um livro e 0 seu extracto enviado ao engenbeiro-chefe do Servigo de Via e Obras, como ficou estipulado no n° 8.1, 5) Pelo menos uma vez por semana, os chefes de secgao de via ¢ de distrito devem percorrer 0 trogo de via onde estiver a trabalhar uma maquina pesada de atacar balastro ou grupo ligeiro mecanizado, ¢, uma vez por semana, devem visioriar (0 livro de registo da maquina. Também devem percorrer, uma yez por més, todos os partidos mecanizados, acompanhados dos capatazes a cargo de quem estiio os trabalhos. c) O chefe de seco de via tem a obrigagio de acompanhar a maquina de contréle de via dentro da sua sec¢iio. Deve estu- dar os registos e tomar as providéncias adequadas para reme- diar quaisquer defeitos registados. d) O chefe de secgiio dé via deve acompanhar 0 comboio. de eliminagéio do capim quando estiver a operar na sua secgio, deyendo assegurar-se que esti a ser tirado 6 maximo rendi- mento deste equipamento. e) Semestralmente 0 chefe de seceio de via deverd veri- ficar as guejas e escalas de verificag&o da sobreclevagio. Se alguma estiver avariada deverd ser imediatamente substituida, 9 —Revisfio_de_pontes 9.1—O chefe de secciio de via deve assegurar-se de que todos os parafusos que seguram 0 madeiramento a superestru- tura estiio bem apertados e deve participar ao engenheiro-chefe do Servigo-de-Via ¢ Obras se porventura encontrar parafusos ou rebites leves na superestrutura ou quaisquer outros defeitos. 10 —Inspeceao das terraplenagens 10.1—O chefe de secgdio de via tem a obrigacdio de efec- tuar inspecgdes frequentes as terraplenagens| devendo fazer um exame cuidadoso aos aterros sujeitos a assentamentos ¢ as trincheiras ameagadas por aluimentos de terras ou quedas de rochas, e aos taludes onde existam rochas salicntes. 11 —Inspec¢ao do sistema de drenagem = 11.1— Os chefes de secgio de via e de distrito deverio inspeccionar periodicamente o sistema de drenagem para se certificarem de que nao h4 estrangulamentos, obstrugées ¢ comego de erosio ou-é causa de erosiio, 11.2 — No decurso da sua inspecedo devem prestar atencdio especial & drenagem das Aguas dos edificios das estagées, pla- 7 taformas, diques, etc., para se certificarem de que as aguas ai fectam a Via. i Oo tice de seco de via deve assegurar-se de aue a plataforma da via esta adequadamente drenada e, no caso de nfio o conseguir, deveré chamar para 0 facto a atengao do engenheiro-chele do Servico de Via ¢ Obras. 12 —Inspeceao dos tineis Ga 12.1 —Constitui obrigagiio dos chefes de seegio sine “ ¢ de distrito inspeccionarem periodicamente, em por et is tineis, devendo prestar atencao especial & drenagem, estado do material de via, alinhamento ¢ nivelamento da via oe ao engenheiro-chefe do Servigo de Via ¢ Obras um sobre. os defeitos que tiverem encontrado. z 13—Exame dos carris 13.1—O chefe de distrito deve possuir uma ae ha medir desgastes dos carris, devendo ser enviado = ae © mais tardar até Maio, ao engenheiro-chefe do § servi Via ¢ Obras um relatério sobre o estado dos carris. 7 13.2—Pelo chefe de distrito deve ser feito ee regular e sistematico dos carris, material de ligagao : e ieee devendo providenciar Pela substituigio do material defeituos is de ossivel. os "33 Quando o cholo de seeio de vin verficar have necessidade de renovar bastantes carris ou de refazer os aie de carris selados por meio de corte e soldadura, devera oo nicar o facto ao engenheiro-chefe do Servigo de Via ¢ . 14—Exame das travessas e'da pregagtio 14.1-—Cumpre ao chefe de distrito proceder a um ne cuidadoso das travessas € pregacao da via, . eyed substituigio imediata daquelas ced ae Seca a God i I inha dentro cientemente bom para manter a linha on © apresentem outros defeitos. Quando se tornem eames tas substituigdes, 0 caso deve ser comunicado ao, engenheli -chefe do Servigo de Via ¢ Obras. : : 14.2. — Estas inspecgdes serio feitas do seguinte modo, para as travessas aplicadas nas vias directas: ; (a) Os chefes de distrito inspeccionario vinte © cinco \ “~ravessas em cada quilémetro da sua 4rea, durante “os meses de Junho e Julho. As travessas a ins- peccionar minuciosamente serio escolhidas como se refere nas alineas c) e d) scguintes: 5) O. relatério destas inspeccées sera feito em modelo Proprio e enviado ao chefe da seccdo respectiva “aié a0 dia 31 de Julho. O chefe de seco reme- feré uma copia desse relatorio. } chefia do. Ser- vigo de ‘Via e Obras até 31 de Agosto. de cada ano, (Ver anexo, fl. 5) ©) Na primeira inspecgiio as travessas examinadas de- -Yerfio, ser escolhidas como se indica em d) de en- tte as situadas entre os marcos quilométricos e os 250 m seguintes; na segunda inspeceiio as situadas entre os 250 ¢ 00m; na ‘terceira inspecedo as situadas entre os 500 ¢ os 7: 0m, e na quarta ins- peceao as sittiadas entre os 750 me 0 marco qui- lométrico seguinte, O ciclo de inspecgao ter pois a duragao de quatro anos; 4) Das travessas escolhidas, a primeira sera a que se situar em frente ao marco quilométrico e as se- guinies serdo separadas entre si por catorze ou * -quinze. travessas conforme o Plano de assenta-. mento. As travessas escolhidas desta forma deveriio ser_marcadas com um traco de tinta branca para que, tanto quanto possivel, se fique certo que as Mmesmas travessas serio inspeccionadas de quatro em quatro anos; ©) O chefe de distrito instruird os capatazes dos partidos para procederem ao desguarnecimento das traves- sas escolhidas imediatamente antes da inspecgiio ¢ de as guarnecerem logo apés esta se ter efectuado, 14.3 — Nas inspecgSes referidas no n.° 14.2 sero tidas em atengio ¢ contadas as travessas queimadas ou em falta nesses trogos de 250m em cada quilémetro. Deverio ser tomadas imediatas n0 Caso de existifem, duas travessas se- guidas inutilizadas ou om falta, isto em qualquer ponto da via 14.4— As travessas de betiio eas respectivas palmilhas de borracha devem sei objecto de exames frequentes a fazer pelo chefe de~distrito,. especialmente quando haja ondulacdes. ou marcas de patinagem nos.carris, devendo dar conhecimento ao chefe de secgtio de via e este ao engenheiro-chefe do Servico de Via e Obras de quaisquer defeitos encontrados. 19 15 —Exame do balastro 15.1 — Até ao més de Setembro de cada ano o chefe de seccio de via deve enviar ao engenheiro-chefe do Servico de Via e Obras um relat6rio dos exames periddicos feitos a0 balas- tro, por si ou pelo chefe de distrito relativamente & sua quali- dade e quantidade, devendo tais exames scr feitos de prefe- réncia na altura em que séo examinadas as travessas € anotados por quilémetro. 15.2-—O chefe de secgio de via deve providenciar no sentido de o balastro estar limpo até ao nivel da plataforma da via para assegurar boa drenagem das aguas ¢ que as faltas sejam completadas com pedra nova ou limpa. ‘ 16 —Inspecgdo das curvas 16.1 —Devem ser verificados com regularidade pelo chefe de distrito o alinhamento, a bitola, a sobreclevagio ¢ o des- gaste dos cartis de todas as curvas. 16.2—Pelo_menos_uma_v: determinado pela chefia do Servigo de Via ¢ Obras, devem ser_medidas as flechas, sobrelargu: eel das curvas ¢ preenchido 0 modelo regulamentar que ser reme- Fido A chefia do Servigo de Via e Obras. 163—Sempre que o chefe de secgdo de via necessite de ajuda para a manutengao do alinhamento ¢ regularizagio das curvas, deverd comunicar 0 facto & chefia do Servigo de Via e Obras. , ou sempre gue for 17—Inspecgao de aparelhos do vi 171—O chefe de distrito deve_examina eriodicamente (com_a maior frequéricia possivel, tratando-se das linhas prin- cipais) os aparelhos de via, para se assegurar de que estiio con- Yenientomente atacados e em bom estado de seguranga e de conservagio, deven: Cr enciio_especial_os_aparelhas assentes nas curvas, preenchendo 0 respectivo impresso regula- mentar de inspec¢ao. 17.2 —Sempre que possivel deve ser observado o comporta- mento destes aparelhos & passagem dos comboios. —_- 173—Com 0 auxilio da gueja, o chefe de distrito deve medir_periodicamente o desgaste_das_créssimas’ ¢_lancas_¢ providenciar pela substituicio daquelas que tenham atingido © limite ou estejam a atingir o limite de desgaste. (Ver anexo, jl. 2.) 20 17.4—Em Maio de deve submeter a tiva da substitui efectuar no ano cada ano o chefe de secgfio de vi D ¢ n 8 le vii a do nae de Via ¢ Obras a estima: aparelhos de via ou s des! econémico. seguinte, elias 18— Exame das estruturas 18.1—O chefe de secga i uma ) ch ecco de via deve verificar se ame ae da linha esté dentro do gabarit Ps via 2 a inspecgio devem merecer atenci speci: as estruturas sobre as quais sio mont: i eae ‘ 7 ladas linbas férr Por exemplo placas giratérias, bancas de carvo, fossas, etc, oe ve eee Prontamente’ qualquer defeito encon. lo. os notados nas tomas de Agra existent n stente: ao ou em estagbes desguarnecidas de pessoal devem tam- m ser comunicados. Quaisquer infracces ao gabarit de via livre devem ser prontamente comunicadas a chefia do Ser- fe cor a chefia Se 19 —Inspecefio aos desvios particulares 19.1 — Deygm _ser_objecto_de_ inspec ‘io, pelo “menos _tri- mestral, os_desvios particulates i os d nde i © material circulante da Admnistagie oe 20—Inspec¢io das vedagées, limites, Propriedades e marcos 20.1—Cumpre ao chefe de disttito inspeccionar, a inter- s valos frequentes, 95 marcos ferrovidrios, limites ¢ vedac faixas_dos_caminhos defer Teservas Deve também evi jinento w Deve te vitar 0 estabeleciment: - pasmagens pGblleas ou privadas em terreno dos ‘caminhes ferro. avero cuidado de nao arranc: quaisquer marcos topograficos. suaeheeted ed weed 21—Inspecgio de passagens de nivel e de aproximagées 21.1—O chefe de distrito déve inspeccionar as pa: de_niuel ¢_aproximagées_das ‘estradas e_os correlativos dis. Positivos de seguranca, e asse; = i 2 estado de funcionamento. ee ona 21.2—Cumpre, também, ao istrit . , a0 chefe de distrito ass - . ee terreno, dentro da faixa dos caminhcs de feito, esta impo de capim ¢ arbustos de ambos os lados da aproximagio 21 dis dstradas a fim de permitir 0 maximo de visibilidade dentro do «dlosango de visibilidaden. (Ver também o capitulo vit a referéncia ao anexo, fl. 3.) 7} ‘ 22—Inspecgao das residéncias 22.1 —Cumpre ao chefe de secgdo de via preencher 0 auto de entrega regulamentar relativo aos residentes que entram © saem das casas destinadas ao pessoal, existentes na seccao. 22,2—O chefe de secgiio de via deve inspeccionar pelo menos duas vezes por ano todos os edificios da Administragio ¢ enviar até Dezembro ao engenheiro-chefe do Servigo de Via ¢ Obras as estimativas relativas 4s reparagdes ou beneficiagdes a.efectuar nesses edificios no ano seguinte. 22.3—E das atribuigdes do chefe de distrito assegurar-se de que os terrenos desocupados, em volta dos edificios ¢ das casas para o pessoal, situados fora dos limites da Arca das estacdes guarnecidas de pessoal, estejam sempre bem capinados ¢ livres de vegetacao, para evitar 0 risco de incéndios. 23— Obras que afectam a via 23.1 —-As obras que interfiram com a seguranca da via s6 ‘podem ser executadas sob 0 conirdle ¢ superintendéncia directa do chefe de seccio de via ou do chefe de distrito, sendo, todavia, indispensdvel a presenga do chefe de seccio de via sempre que se trate de obras de vulto. 23.2— Antes de o chefe de distrito se encarregar de qual- quer obra especial que afecte a via, o chefe de secgfio de via deve verificar que todas as providéncias tomadas sio cor- rectas ¢ que o chefe de distrito esta perfeitamente ciente daquilo que é necessftrio, ¢ que foi adoptado o melhor ¢ mais seguro processo de trabalho para que a obra venha a ser concluida rapidamente. 23.3 —-No caso de o chefe de secg&o de via estar impedido de assistir & execug’o da obra, cumpre-lhe vistorid-la apés a sua conclusio, logo que lhe seja possivel. 23.4—Sempre que por qualquer motivo seja necessério fechar a linha ao transito, o chefe de secgio de via deveré procurar dar o respectivo aviso com sete dias de antecedéncia. Ble devera indicar a extensio do trogo de via onde vai ser executado 0 trabalho, o dia em que vai ser iniciado e o dia ou hora em que se espera té-lo concluido. ' .23.5——Se for aprovada a execugao da obra, 0 engenheiro- «chefe do Servico de Via e Obras tomara providéncias para que 22 © respective aviso seja distribuido por tod ir iv ) dist los os interessados. A obra no deveré ser iniciada enquanto pelo chefe de seccao de via nio for recebida a informagio de que tais providén- cias foram j4 tomadas, 24— Medidas de seguranca 24.1— Ao executar qual i e quer obra ou manusear equipa- aug © material, cumpre aos chefes de seccio de via ede strito tomarem todas as Pprecaug6es razodveis para a segu- tanga das vidas © da propriedade do piiblico e proteccdo do pessoal ¢ bens da Administracio. Todas as instrugdes porme. eee ane oe © assunto, especialmente a parte jativa do Regulamento de Exploraciio, dey pulosamente cumpridas, oe 24.2 — Aos empreiteiros e outros i: A D que estejam a executar Obras ma via devem ser fornecidos, pelo chefe de secgio de via, cépias do Regulamento. de Exploragao, do horério de comboios, regulamento do C.T.C. © quaisquer avisos espe- ciais que digam respeito a circulagio de comboios ou outros avisos que afectem a exploraciio da via. ee fs en dos caminhos de ferro nio Ser utilizados explosivos sem prévia autorizack engenheiro-chefe do Servigo de Via ¢ Obras ae 25 — Fiscalizagio dos empreiteiros ; 25.1 —buando a um empreiteiro tenha si judi cutada na via ou em local adjacente, ele ficaré sob a fisca- lizagdo do chefe de secgio de via no que respeita ao cum- primente do Regulamento de Bxplorasdo/ 26 — Circulagiio de comboios de servico © maquinas pesadas i i _26.1 — Quando haja necessidade do trabalho de um com- boio de servico ou duma maquina pesada de atacar, o chefe de seogio de via deve comunicar 0 facto ao Servigo de Via ¢ Obras com a devida antecedéncia, dando-the conhecimento do trabalho a cxecutar e da area abrangida pelas operagses, _26.2-—Os chefes de secoo de via ou de distrito devem orientar 0 trabalho do comboio de servigo ou da maquina pesada de atacar e assegurar-se de que foram tomadas as medidas de seguranga, quando apliciveis, d ° Regulamento de Exploragio. | > oe 23 \ : ' 27-—Acidentes ou obstrugées que afectem a via 27.1— Ao receber a noticia de um acidente ou de quais- quer circunsténcias que afectem a via, os chefes de secgiio de via ou de distrito devem comparecer imediatamente no local. 27.2—No local do acidente ou da obstrugio os chefes de secgéo de via ou de distrito deverfio imediatamente tomar medidas para a sua protecc&io ¢ restabelecer, 0 mais depressa possivel, as condigdes normais de trabalho, relativamente & via, Se necessirio, o Servigo de Via e Obras deve ser avisado, pelo meio mais expedito, com a indicagao: da natureza do acidente, sua extensdo e localizagio; do material julgado indis- pensfvel para a reparagio da via; dos atrasos provaveis na circulagio dos comboios e quaisquer outras informagdes de interesse, 27.3 —Os chefes de seccio de via ou de distrito devem anotar todos os pormenores que possam contribuir para o apuramento das causas do acidente. 274—O andamento dos trabalhos de restabelecimento da via livre deve ser comunicado, de tempos a tempos, pelo chefe de secc&io de via ao chefe ou encarregado da estagao mais proxima. 27.5— Cumpre ao chefe de secgao de via elaborar concre- tamente os relat6rios sobre descarrilamentos e submeté-los ao engenheiro-chefe do Servico de Via e Obras o mais rapida- mente. possivel. 27.6 — Quando se dé o caso de nao ser possivel ao chefe de secefio de via chegar ao local do acidente ou da obstrugiio antes da via ter sido restabelecida, deve efectuar uma visteria a linha logo apés a sua chegada com o fim de se certificar de que o estado da via € satisfatorio. 28—Desenhos e especificacées 28.1 — Todas as obras devem ser executadas rigorosamente de acordo com os desenhos normalizados, desenhos especiais, especificagées ou instrugdes pormenorizadas, fornecidos pelo Servico de Via e Obras. 29 — Queimadas: 29.1—Pelos chefes de scccAo de via e de distrito devem ser tomadas precaugdes contra queimadas. Ao receber a noticia de o fogo ter causado prejuizos dentro da faixa reservada aos caminhos de ferro, ou nas suas proximidades, o chefe de secgio de via deve tomar providéncias para ser feito um 4 inquérito imediato as causas do fogo e a sua intensidade, ¢ enviar um relatério, em-modelo apropriado, ao engenheiro- ~chefe do Servigo de Via e Obras. ' 30— Correspondéncia publica e interna 30.1—Ver n° 1.2. 30.2—O chefe de secgdo de via niio deve corresponder-se com ¢ piblico a nio ser mediante autorizagio especial, de- vendo, porém, remeter ao engenheiro-chefe do Servigo de Via ¢ Obras c6pias de tal correspondéncia, devidamente informadas, 31—Deslocagées do chefe de seccio de via 31.1—Q_chefe de secc&io de 32 — Recepcao © entrega de materiais 32.1—O chefe de secgfio de via deve assegurar-se de que todos os materiais fornecidos, recuperados ¢ recebidos estejam devidamente relacionados nos respectivos modelos, 33— Aparelhos de sinalizagfio ¢ comunicagées 33.1 — Sempre que verifique haver avaria nos aparelhos de comunicagéio ou de sinalizagio, os chefes de secgio de via ou de distrito deverio tomar as providéncias necessdrias para a sua protecciio ¢ dar conhecimento do facto, pela via mais rapida, ao funcionério mais préximo do Servigo de Sinali- zagio. CAPITULO TIL Deveres dos capatazes de via Nao 6 pratico especificar totalmente num capitulo os de- veres de um capataz de via. O texto deste capitulo deve, Portanto, ser considerado em conjunto com o dos outros em que os deveres dos capatazes de via sio adicionalmente defi- nidos ou estio implicitamente compreendidos. ‘1 — Responsabilidades 1.1—-Um capataz de via esté directamente subordinado ao chefe de distrito cujas ordens tera de cumprir. 1.2—Um capataz de via 6 responsavel pela conservagio eficiente da via e das obras de arte correspondentes, dentro do 25 seu partido, de forma a assegurar que a via esteja sempre em condigSes de seguranga para a circulacdio de comboios. 3 — Quando _o capataz de_vii “ig_de comboios ¢ proceder, 4veis, Quaisquer defeitos } que nao possam por ele ser remediados deverdo ser imediata- \ mente comunicados ao chefe de distrito. ~~" 1.4—O capataz de via tem a responsabilidade de se asse- gurar de que o pessoal sobre as suas ordens cumpre os seus deveres com eficiéncia. i 1.5 — Cumpre ao capataz de via comunicar ao seu superior quaisquer faltas, excessos, deficiéncia ou outras circunstancias * que sejam prejudiciais ao servico a seu cargo. 16—Nao € da competéncia do capataz de via admitir ou despedir pessoal. 2—Acidentes de trabalho 2.1— Quando um capataz de via ou qualquer empregado sob as suas ordens seja vitima de um acidente de trabalho, © caso deve ser comunicado, sem demora, ao seu superior imediato, ¢, subsequentemente, 0 chefe de seccio de via de- vera remeter ao Servigo de Via e Obras 0 respectivo auto de noticia, devidamente preenchido com todos os pormenores do acidente, 3 — Regulamentos, instrugées, etc. 3.1—O capataz de via deve possuir os seguintes livros, além de outros regulamentos e instrugdes que venham a ser publicados de tempos a tempos: @) Manual de Via; 5) Regulamento de Exploragio; ©) Horatio dos Comboios; @ Manual de Iniciagxo do Ferrovidrio; e) Regulamento Geral de Seguranca do Trabalho nos Estabelecimentos Industriais; f) Registo de Curvas; 8) Regulamento para a Fiscalizagio, Policia ¢ Explo- tagio dos Caminhos de Ferro do Ultramar. 4—Tomada de posse de um partido 4.1— Ao tomar posse, 0 capataz de via acompanhado do chefe de distrito deve efectuar uma vistoria cuidadosa a todo 26 © pattido. Subsequentemente, aproveitando as oportunidades, deve fazer uma revisio sistematica ¢ examinar cuidadosamente todas as caracteristicas da via a fim de estar perfeitamente familiarizado com os tipos, condigées e quantidades do material de via ¢ do balastro, com 0s tipos © condigdes das pontes ¢ dos aquedutos, com as caracteristicas fisicas do seu partido © de determinadas Areas sujeitas a estragos por efeito das chuvas, e bem assim das particularidades especi requeiram atenc&o especial, atetros, trincheiras, ttneis, is da via que como por exemplo rampas, curvas, passagens de nivel, etc. 42—O capataz de via deve conferir as forramentas e equipamento a seu cargo, conforme indicado no n° 25 deste capitulo. 5— Conservacdo sistematica e inspecgéio 5.1—De acordo com a responsabilidade que tem de man- er a via em boas condigdes de seguranga para a circulagao de comboios, um capataz de via deve cumprir os seus deveres de forma sistematica, de acordo com as instrugdes dos chefes de secgio de via-ou de distrito, 5.2— Quando trabalhar nas estagées, desvios, na linha, desvios particulares ou durante a vistoria normal ao seu par. tido, 0 capataz de via deve examinar os aparelhos de via, cadeados das agulhas e sistemas de encravamento. Qualquet defeito encontrado nos aparelhos ou placas de sinalizacdio deve ser comunicado ao mais proximo agente do-Servigo de Sinalizagao pelo meio mais rapido ¢ tomadas as indispensdveis thedidas de protecgio. 5.3—O capataz de via deve inspeccionar as langas nas Suas posigdes normal ¢ inver la. Findo este trabalho, deve manobrar as langas e deixé-las na sua posigdo normal. 4—a) O capataz de via deve efectuar um exame sis- temético de todas as estruturas existentes sob, por cima ou adjacentes’ A via, para se certificar de que se encontram om boas condigéés. No caso de se verificar qualquer defeito que possa fazer perigar_a.seguranca da via e dos comboios, 0 capataz de via deve tomar medidas imediatas para a proteccdo destes e comunicar o facto ao chefe da estado mais proxima | £808 chefes de seccio de via c de distrito, A nao ser que Yenham ‘sido “ordenadas inspeccdes mais frequentes, todas as estruturas devem ser vistoriadas pelo menos uma vez por l trimestre. 7 \ 6) Pelo menos uma vez por més, o capataz de via deve vistoriar os cinzeiros. Deve_também_vistoriar va das_chuyas, todas as obras de_arte e mandar_proceder jimpeza. aaa c) Deve sempre merecer a atengao especial do capataz de via a remogio de lixo e de cinzas de toda e qualquer parte das estruturas’ metilicas. 5.5—O capataz de via deve vistoriar regularmente as ve- dagdes de delimitagao, devendo efectuar quaisquer reparacdes ligeitas que sejam necessdrias. Os defeitos maiores devem ser comunicados ao seu superior. 5.6—O_capataz de via deve manter em bom estado as assagens de nivel ¢_a _drenagem das vias de acesso situadas frenapen lentro da faixa dos ¢: devendo dar conheci- mento ao chefe de distrito de quaisquer defeitos que por ele n&o possam ser remediados. 5.7— Ct o_aos_sinais de_precauchio e aos avisos, bem como A vegetacio rasteira, drvores ¢ capi piejudicar a visibilidz 0 do «dlosango de len. (Ver anexo, fl. 2.) 5.8—Deve, periodicamente, ser feito exame a superficie dos carris nas passagens de nivel, devendo o capataz de via observar o comportamento da via & passagem dos comboios, devendo também levantar, anualmente, a via nas passagens de nivel e efectuar as reparagdes que forem necessarias. 6 —Ronda ~G1—a £_obrigaciio do capataz de vi partido. pelo” menos duas_vezes _por_semana. ~~—b) Se for encontrado algum defeito susceptivel de provocar um acidente, devem scr tomadas medidas imediatas para a protecg%o dos comboios e tomar as providéncias necessérias | para a reparagio com o minimo de demora. Tais defeitos | devem ser comunicados ao chefe da estagio mais préxima \-¢ ao chefe de distrito. _ -~ 6.2—O pessoal de ronda, designado por «vigias», adstrito | a cada turma de trabalho deve perc iar } Este_pessoal_deve ter_conhecimento das ' ensiveis yanca r. 7 6.3 — Os vigias devem percorrer a via a pé, mas poderiio, mediante autorizacio do chefe de secgio de via ou de distrito em caso de emergéncia, .utilizar uma bicicleta até ao ponto 28 nae principia a sua ronda e para regressar a casa finda essa ronda. 6.4 —Os deveres do vigia sio; a) Exame cuidadoso da via; b) Aperto_do_material de fi Recuigo de outros servicos determinados pelo ca- pataz; f) Ter em seu poder um livro de notas que deverd ser assinado pelo chefe de secgio de via e pelos engenheiros ou inspectores em servigo de inspecgo da via, com indicagio da data e da distancia percorrida. Os servigos que tenham sido determinados pelo capataz devem ser mencionados nesse livro antes de comegar a sua execugio; 8) Tomar_as_ indi: i i A acio mais prdxima, ao encarregado da sinalizagao eléctrica eao capataz de via mais pro- ximo. Sempre que possivel, devem ser anotados no seu livro o dia e a hora cm que foi feita tal comunicag&o, com indicag&o das entidades a quem a mesma foi feita. 6.5 — Durante chuvadas fortes ou em outras circunstancias ronda especial _da_vi a anormais jue“foi_estipulada_na_cldusul: 7 — Defesa contra incéndios 7.1—Ao capataz de via compete executar as instrugdes dadas pelo chefe de distrito sobre as medidas a tomar para a prevengdo de incéndios. (Ver n.° 7 do capitulo vu.) 8—Limpeza dos recintos das estagdes ‘oximidades das vias. : 9—Drenagem das estagdes e desvios 9.1— O capataz de via deve ter 0 cuidado de verificar que todos ‘os drenios dentro dos limites das estagdes e dos desvios estdo limpos ¢ desobstruidos de forma a permitir o livre escoa- 29 mento-das Aguas, Se o capataz nao puder efectuar o° servigo, de trabalho mecanizado deverio também ser distribuidas cor- deveré comunicar o caso ao chefe de distrito. : Eo;as Para poder dar sinal audivel da aproximagio dos com- ios. 10—Linhas telegraficas 12.3 — A explosiio de petardos & mao ou por zorras sem | Oi 6 pice de a ee motor é Perigosa c, por isso, proibida. Os petardos devem qualquer poste telegrifico em precarias condiges de seguranga, ee Boa turoximagio de uma zorra e colocados novp- ou fios partidos, frouxos, emaranhados ou em curio circuito, > a NG Sua passagem, ae deveré tomar quaisquer medidas que estejam ao seu alcance salto Nos i”, Oe desobediéncia aos sinais por parte das para remediar 0 caso e comunicar 0 facto ao chefe de distrito, tripulagdes das locomotivas, 0 incidente deve ser imediatamente ao chefe da estagio mais proxima e ao funciondrio da sinali comunicado por escrito ao chefe de distrito. zagio. : 11—Guarda de ferramentas, etc. 13 —Acidentes_ou obstrucées « 11.1—O capataz de via deve comunicar imediatamente 13.1— Acidentes ferrovidrios, irregularidades ou defeitos qualquer falta ou defeito nas ferramentas, equipamento ou sérios susceptiveis de prejudicar a seguranga da circulagio de tnaterial. comboios, devem ser comunicados prontamente pelo “apataz 11.2—O capataz de via nfio deve comprar ou pedir em- de via ao chefe da estagio mais proxima e ao chefe de distrito. prestado, por conta dos Caminhos de Ferro, quaisquer materiais 13.2— informacdes s ou bens, ¢ nao deve, sem o consentimento por escrito do de | engenheiro-chefe do Servigo de Via e Obras, dispor de, ou partie 0_cal 1 emprestar, quaisquer materiais ou bens pertencentes 4 Admi- local_da” ocorréncia. nistragaio. - i 1.3— lulgue_indispensiveis. ~~ 13.3—No caso de um descarrilamento, 0 capataz de via ce 12—Medidas de precaugdo deve assegurar-se de que foi tomada nota por si, ou pelos 12.1 —# dever do capataz de via tomar todas as medidas chofes de seegio de via © de distrito, das particularidades da de precaugio pars proteger vides ¢ bens, ao executar qualquer via indispensdveis ao preenchimento do «Relatorio do descar- trabalho © ao manusear o equipamento e o material. a 12.2— Ao trabalhar nos recintos das estagdes ou em locais\ na via, ou proximo dela, donde nio possam ser vistos’ nit damente os comboios que se aproximam, c capataz de via deve observar o disposto no Regulamento de Exploragio, conjugado com o anexo, fl. 1, e deve escolher um ou mais empregados, conforme for necessério, para empunhar ban- deiras. Fstes empregados devem estar providos de bandeiras ou lanternas petardos, Se for indispensavel a redugio de brctende _« velocidade dos comboios para 15 kan/h, ou for necessdrio um na auséncia aviso ao pessoal de trens, devem ser colocadas bandeiras verdes via sogULar=sc a distincia nao inferior a 500m de. cada lado do local ‘de anos excessivas 2 via'g, se se \___ trabalho (1500 m no caso de trabalho: mecanizado). As turmas Jmpedir_tais_operacdes 30 31 tilamentoy. Estes a_afectado, dando-lhes também conhecimenta da_hora aproximada_em_que se espera poder restabelecer o servico normal: 15—Corte da linha 15.1— Antes de proceder ao corte da linha para efectuar alteragdes j programadas, o capataz de via deve: a) Obter autorizagio do chefe de secgfio de via; 5) Avisar os chefes das estagdes de ambos os lados do trogo de via ou o operador do C.T. C3 ©) Providenciar a presenga antecipada do chefe de dis- ttito. 16—Levantamento da via nos recintos das estagées 16.1 —Se no fim do trabalho do dia a via numa estagio ou gare de manobras n&o puder ficar operacional, 0 capataz de via deve avisar o funciondrio responsdvel e, se for indis- pensdvel para a seguranca do pessoal de manobras ou outros agentes, assinalar a obstrugao por meio de lanternas acesas. 17 — Queimadas 17.1—Se 0 capataz de via descobrir capim a arder ou tiver recebido noticia de tal, deve tomar imediatamente as medidas necessftias para extinguir o fogo. (Ver n.° 7 do capitulo vu.) 18—Relatérios, contas e correspondéncia 18.1—O capataz de via deve enderegar ao, ou remeter por intermédio do, chefe de distrito toda a correspondéncia. 18.2— Ao fazer remessa da correspondéncia dos seus su- bordinados, o capataz deve prestar a sua informag&o e, quando se trate de questées de facto, deve certificar-se da veracidade ou falsidade das afirmagGes feitas. 18.3—Um capataz de via nfo deve corresponder-se com © piblico, salvo se tiver autorizagio especial para o fazer, devendo remeter ao seu superior hierarquico quaisquer comu- nicagdes que tenham recebido, juntamente com os comentizios que haja a fazer. 32 19— Auséncia do partido . Quando nao esieja de servico ou informar 0 chefe de distrito . devendo indicar o local = : ergéncia” __ 19.2—Enquant 0, 0 Testante pes Via _n@o pode ausentar-se dé seu pando som aulolaio & Tespectivo chefe de distrito. 20 — Superintendén € formagao do pessoal 20.1—Além de exercer vigilancia, 0 capataz de via deve ensinar ao pessoal seu subordinado a utilizagio correcta do material, ferramentas © equipamento, Cumpre-Ine, na genera- lidade, ajudar © pessoal a adquirir bons conhecimentos prati : ico: dos trabalhos de via. a 21.1— Quando em servigo, 0 capataz de via deve possuir um bom relégio, devendo a intetvalos conferir as horas com as da estagio mais proxima. 22— Trabalho aos domingos e dias feriados _ 22.1 Nao deve ser executado qualquer trabalho aos do- mingos e dias feriados, excepto em casos de emergéncia ou por instrugdes do chefe de seccio de via. 23— Trabalho nos desvios particulares 23.1—O capataz de via deve registar, em modelo de im- presso apropriado, pormenores de todo o material ¢ mio- -de-obra utilizados na manutengio ou construgio de desvios particulares, devendo submeté-los aos chefes de secgio de via por intermédio do chefe de distrito. 23.2—Nenhum material retirado de um desvio Particular pode, em circunstancia alguma, ser entregue aos utentes, 24— Telefones portateis 24.1 — Q capataz de vi: Lem s¢ portati] e providenciar para que este seja verificado periodica- mente, segundo as instrugdes em vigor. 33 25 —Ferramenta e equipamento de um 35.1—O capataz de via deve ter consigo o seguinte equi- pamento, além das ferramentas que o pessoal seu subordinado necessita para o seu trabalho: Alavancas; Almotolia de éleo: Bandeiras ¢ lanternas de sinais; Caixa de socorros; ' Chaves de cadeados das agulhas e dos telefones; Chaves de junt: Chaves de tirafundos; Chave francesa; Escala de curvas ¢ esquadro; Enxé de via; Fitas métricas (de 2 ¢ 30m); Giz branco; Gueija; Jin-crow; Jogo de cruzeta: Limas ¢ limatoes; Martelo e marretas; Machados; Pé-de-cabra e corta-em-frio; Petardos; Réguas ¢ nivel; : Roquete, brocas, grampos © pungiio; Serrote de madeira; Serra de carris; ‘inta branca, vermelha ¢ pincéis. 25.2 — As ferramentas defeituosas devem ser retiradas pelo capataz de via e devolvidas & chefia de distri © com uma nota a pedir a sua substituigio, quando necessirio. & preciso haver © cuidado de néio deixar ferramentas na linha, acima do nivel dos carris, durante a passagem dos comboios. 26 —Intercambio de assisténcia 26.1 —Em casos de emergéncia e se Ihe for solicitado, 0 capataz de via ¢ o seu partido deve prestar auxilio ou assis- tncia necessiria ao pessoal de outros servigos. Do facto deve set enviado um relatério pormenorizado ao chefe de secgio de via por intermédio do chefe de distrito. 34 26.2 — Noutros casos esta assisténcia sé Qn S sisténcia s6 pode ser efectuada quando autorizada pelo chefe de seccao de via. 27— Objectos encontrados na linha 27.1 — Os objectos caidos dos comboios ao longo da linha € encontrados pelo capataz de via devem ser imediatamente entregues na estacéo mais préxima, cobrando-se recibo. 27.2 —Se 0 objecto for muito pesado, deveré ser transpor tado pelo primeiro comboio de servico. 27.3—Do facto sera dado conhecimento, por escrito, ao chefe de distrito, indicando-se 0 Io di ide foram , s cal @ jata. on CAPITULO IV Terraplenagens, drenagem, tineis, pontes e aquedutos —Inspecgao de trincheiras o @) Trincheiras susceptiveis de_desabamento dos taludes e_ queda de rochas; 5) Aterros susceptiveis de assentamentos e danos causa- dos pelas cheias; guranca da via 2— Conservagao de aterros e trinchoiras _, 21—A plataforma dos aterros ¢ trincheiras deve ser man- tida com uma largura nao inferior A que for determinada pelo engenheiro-chefe do Servica de Via ¢ Obras. 2.2—A SSE aterro a fim de evi Lasso. 2.4— Durante a construgio de aterros, 0 material descarre- gado, destinado a enchimento, cuja altura seja superior a do nivel da via, deve ser deixado pelo menos a Im da distancia do carril mais préximo ¢ em forma de talude, 35 2.5 — Deve haver 0 cuidado de nfo enterrar pedra de ba- Iastro. 2.6— Quaisquer_rochas livres que haja_nos_taludes_das trincheiras_deverio_ser_removidas. Se, porém, a temogio de fais rochas for susceptivel de provocar a queda de outras maio- res que possam provocar a obstrugio da via, terd de ser obtida autorizagiio prévia do Servigo de Via e Obras para se poder efectuar 0 trabalho, Deverdio ser tomadas as medidas de pre- caugo regulamentares antes de dar inicio aos trabalhos. 3— Material para aterros 3.1 —Tem de ser obtida autorizacdo prévia do engenheiro- -chefe do Servigo de Via ¢ Obras relativamente ao material a utilizar. 3.2 — Onde for necessario reparar os passeios ou os aterros, os lados do aterro deverao ser rampeados como mostrado no anexo, fl. 17, e serem usadas, se existentes, cinzas ou detritos de pedreira. Dada a acgiio corrosiva da cinza sobre 0 ago, niio deve a mesma ser posta em contacto com os carris ou travessas metilicas. 3,3 Quando se tenham de utilizar terras tiradas de esca- vagées laterais, devem estas ser feitas a distancia nao inferior a 2,5m do talude do aterro e os taludes da escavag&o terem uma inclinagio de pelo menos 1 por 1. Quando possivel, as escavagées devem scr convenientemente drenadas, 3.4— Quando se tenha de construir o aterro enr terreno de forte inclinagdo lateral, na superficie do terreno devem primeiro ser executados degraus. (Ver anexo, fl. 18.) 3.5 — Quando na plataforma existente o material for inst4- vel, o engenhciro-chefe do Servigo de Via e Obras tera de estudar as medidas a tomar para remediar 0 caso. 4— Plataforma da via e drenagem —, . 4.1—A_garantia_de_uma_via_ segura _é forma ( seca &, por Isso, im. Devem ser infiltre na _plataforma e para que, no caso de se infiltrar, seja rapida ¢ cficazmente es: ja. drenos, mas somente mediante instrugdes do engenheiro-chefe do Servigo de Via e Obras. 36 las Aguas, Aa 5.2— Quando se_verifique execucio de _drenos Hansversais a drenas fa, seri necessdrio obter-se pri- ms ‘orizagao do engenheiro-chefe do Servigo de Via ¢ ras, antes de o trabalho ser feito. 6—Valas de crista, drenos, ete. 6.1 —Em terrenos inclinados a devem ser feilas valas ou_muret tados ou” construidos conforme instrugées d © Obras, 6.2—A face mais 08 ¢ trincheiras 19, COr= @ uma certa distancia da plataforma, lo engenheiro-chefe do Servic de Vig jmurete deve ia_da_vedacio da faixa rofundidade ireno. pie aa meee a0 engenheiro-chefe do Servico de Via e 's decidir se devem ser feitas valas ou construidos muretes, © bem assim as suas dimensées, oo fo - auaaee Se verifique erosiio nas valas referidas no a s - Se Veja que nao déo escoamento eficaz as aguas em cee gtandes chuvadas, 0 facto deve ser comunicada oe mente ao chefe de secefio de via. Posteriormente serio we instrugées sobre a forma de remediar 0 caso. oe —Nio havendo o perigo de erosio, as valas devem ser a a no principio da época das chuvas e devem ser conser- : livres de vegetac&o ou outra matéria que possa impedir : Seen das jeu da chuva. lo_o risco de erosio, 7 “actag 10 _nao deve Ss enquanto nado ae Drenagem das Aguas das propriedades adjacentes Cumpre_ao capataz de vi i _o z de via dar conhecii distrito_dos_casos_em. mento 20 chete ge : A agua proveniente de proy sido_desviada_do_seu_curso natural yalas_pertencentes 4 Administragii ad e_encaminhada para_as 37 i i s valas que venham 7.2—Tenham sido construidas novas val ay aumentar 0 caudal das valas da Administragio ou originem 0 escoamento de agua para a propriedade da Administragio. p 7.3 —Estejam a ser construidas barragens em terrenos da Administragio; . i 7.4—Esteja a verificar-se erosio em terrenos das pro priedades adjacentes que possa afectar a da Administracao. 8—Tineis 8.1 —Tiineis revestidos. —Os incis provides de revesti- mento devem ser cuidadosamente verificados pelo chefe de distite pelo menos uma yez por trimestic, ow com maior Frequéncia assim the for detenminado, Devem merecey exame especial os revestimentos das paredes e do cto que mostrem sinais de rachas ou de empolamentos, caso cm gue deve sot dado conhecimento imediato ao chete de_seocio de vin, Também deve mereoer atencio especial a Timpeza, do Sistema de drenagem, devendo ser retirada a lama ou outtos detritos que possam obstrui-lo ¢ impedir 0 escoament Se Trabalho nos tiineis. — Ao exccutar-se tabatho. ae conservagio nos ttineis € indispensdvel serem tomadas as mi didas de protecgiio regulamentares. 9—Exame das pontes @ aquedutos 9,1-— Quando _se_fizer_a_inspecg&o_de_pontes: ferrovigrias ¢ rodovidrias, passagens inferiores ¢ aquedutes, deve fazer-se um exame, cuidadoso a: : Estado_da_alvenaria ¢_betfio armada —da_estrutura, : de forma _a_verificar-se_se A fuga de terras S0b_as ‘arcos_OU_Vigas; b) Bstruturas_metilicas, i if stdo_em. *) Via. para_verificar_se_as_travessas_¢: 1 a a _estrutura_metélica_e 0 material de fixagio bem a) . d) Carris ¢ 0_balasito entre as travessas € as soleiras; e) Passagens de Agua, para verificar se comeca_a haver demasiada eroséo_nas entradas ¢ saidas. 38 | 9.2— Deve ser dado conhecimento imediato ao engenhciro- ~chefe do Servico de Via © Obras de quaisquer defeitos que se fenham notado. 9.3-—No caso de a inspeceiio ter sido feita por um enge- nheiro, os respectivos pormenores devem ser langados em ca- derneta propria. 10— Manutencao das pontes e dos aquedutos 10.i—Deve ser dedicada atencio especial a remogdo de cinzas e lamas depositadas em quaisquer partes da estrutura metdlica. Da falta desse cuidado poderd resultar grave corresio. 10.2— As bases ¢ as articulagbes das vigas devem estar sempre bem limpas para assegurar que niio seja impedida a dilatagiio. 10.3—Os coroamentos dos parapeitos ¢ muretes de ba- Jastro das alvenarias dos aquedutos existentes dentro dos re- cintos das estagdes devem ser caiados regularmente, 11—Cheias maximas nas pontes e aquedutos 11.1—Se 0 volume das aguas, devido a um temporal, tiver chegado perto do maximo da capacidade de escoamento duma ponte ou aqueduto, o caso deve ser levado imediatamente ao conhecimento do chefe de seccio de via, devendo ser assinalado convenientemente o nivel maximo atingido pelas Aguas. Tais pormenores devem ser registados na caderneta de pontes e aquedutos. Nas pontes principais 0 nivel mAxino das aguas i rita lo_aterro, em tabuletas_apropriadas. 12—Travessas nas pontes 12.1—A renovaciio das travessas nas pontes deve ser feita de acordo com as instrugdes que oportunamente forem dadas. 12.2—Nos tramos abertos das pontes as travessas devem ter a secgio minima de 250mm X 150mm e devem, em geral, ser espagadas de 500mm, a niio ser que haja instrugdes em contrario, 12.3 —a) O efeito da convexidade pode ser minimizado, quando necessario, pela insergio de cunhas de espessura va- sidvel do centro para os extremos do tramo, Todavia, isto nio deve ser feito som autorizacio do engenheiro-chefe do Servico de Via e Obras, 5) Sem a expressa autorizagio do engenheiro-chefe do Ser- vigo de Via e Obras nao podem ser alterados o tamanho, 39 © formato ou o espacamento das travessas existentes nas Pom 4 —Como protecgio contra 0 fogo, deve haver protec- gio contra as cinzas de acordo com o anexo, fl. 5. : 12.5 —As travessas devem ser examinadas com frequéncia ¢ substituidas as que nfo estejam em bom estado. idades das extremidades 13— Juntas de carris nas proxi de pontes Bos aterros, ¢ r a 13.2 — Dentro das possibilidades, deyem. lizados car- tis_compridos para reduzir_ao _minimo o nimero de juntas has_pontes. __ 14—Juntas com eclissas nas pontes e aquedutos j i idos alter- 14.1 -— Os parafusos de junta devem ser introduzi e nadamente de dentro para fora e de fora para dentro da via. ee 15 — Material de fixagdo em pontes no balastradas 15.1—Para permitir a dilatagio da ponte independente- mente da via, nfio deve ser usada uma pregagéo com grande resisténcia ao escorregamento em pontes nao balastradas. 16—Contracarris em pontes néo balastradas 16.1 — Em todas as pontes, excepto nas_que esto as travessas de betio, devem ser utifizados contracartis de acordo com 0 anexo, fl. 5, 17 —Perfil longitudinal da via sobre ou préximo de pontes 17.1—Em todas as obras de arte a via deve ser em oe mar ou em pendente tnica em toda a sua extensao, eee ter-se em consideragio 0 disposto no n.° 12.3, alinea a), ar capitulo, Quando o nivel dos carris sobre uma ponte te ha sido elevado, a via de ambos os lados da ponte deve ser le- vantada também ou ficar com um declive tinico. 48—Reparaco de pontes 18.1—Quando haja de fazer-se reparagdes ou alteragdes nas pontes ou aquedutos, ou construir’ novas estruturas ¢ haja necessidade de montar suportes tempordrios da via, tais su- 40 portes deverao ser de um dos tipos descritos no anexo, fl. 6, deste regulamento. Se tais suportes forem feitos de travessas, estas deveriio estar em bom estado de conservacdo, novas ou usadas, de madeira rija, 18.2——Durante a passagem de comboios, esses suportes tempordrios da via devem ser mantidos sob observacio por um empregado responsavel que deveré ser instruido pelo ca- pataz de via acerca das medidas a tomar pata proteger os comboios no caso de o suporte tempordrio da via comegar a mostrar-se inseguro. 18,3 — Deveriio ser impostas restrigdes tempordrias de ve- locidade pelo engenheiro-chefe do Servigo de Via e Obras de acoido com o Regulamento de Exploragio, 18.4—Nas linhas equipadas com longas barras soldadas 86 sera permitida a utilizagio de suportes tempordrios em trabalhos de emergéncia e com autorizago ou conhecimento do engenheiro-chefe do Servigo de Via e Obras, devendo ser tomadas todas as precaugdes e cuidados mencionados no capitulo vi. CAPITULO V Conservagao da via Chama-se a atengiio para o capitulo «Precaugées de segu- Tanga © protecedio». As prescrigées desse capitulo devem ser observadas sempre que os trabalhos na via afectem a scgu- xanga dos empregados ¢ das circulagdes. Para as vias equipadas com longas barras soldadas deverd ser observado o prescrito! no capitulo vr. 1—Classificagdo da via 1.1—As classes de via e as velocidades permitidas nas varias linhas sao referidas no anexo e periodicamente actua- » lizadas. 2— Generalidades 2.1—Todas as vias devem ser mantidas no nivelamento, alinhamento, inclinagéo ¢ bitola correctas. 2.2— Quando a via tiver sido desviada ou alterada como consequéncia de um acidente ou qualquer outra causa, deve ela ser levada & sua posigio primitiva tio depressa quanio possivel. 3—Limite de curvatura 3.1 — Linhas directas. —O raio minimo serd 0 que for deci- dido pelo engenheiro-chefe do Servigo de Via e Obras, A sobre- largura deverd ser dada de acordo com o anexo, fl. 8. 41 ( 3.2—Gares,—O aio minimo deveré ser de 130m com Gares,—Q_raio minimo deveré ser do 130m ¢ raio minimo deve ser de 245m. 4—Contracarrilamento_das_cur carris nas curvas de - 4.3— As curvas de raio superior ao fixado no n.° 4.2 podem, com autorizagaio do engenheiro-chefe do Servigo de Via ¢ Obras, ser contracarriladas desde que o desgaste dos carris da perna alta da curva seja excessivo, i i 4.4 —Se o contracarrilamento for necessdrio por quaisquer outras razdes, deve o assunto ser exposto ao engenheiro-chefe do Servigo de Via e Obras. 5 —Curvas de concordancia alizado_das curvas de _concor- dancia_nas jinhas a 5.2— Quando se rectificar 0 trogo circular de uma curva devera ter-se em atengfio as concordancias de cada Jado da curva. : oS 5.3 — Onde, numa linha directa, uma curva nao tiver con- cordancia, o engenheiro-chefe do Servigo de Via e Obras devera, logo que tenha oporiunidade, mandar recentrar a curva ¢ introduzir as concordancias melhor praticdveis. —Flechas 6.1—As flechas para os diferentes raios sio dados no anexo, fl. 9, —Sobreclevagaio ou escala 7.1—Fm todas as curvas, excepto nas referidas no ne 7.8, © carril exterior deve estar elevado em relacio ao carril inte- tior de acordo com v anexo, fl. 20. , 42 7.2—A cada capataz de via deve ser fornecida, pelo chefe de secgiio de via, uma relagio de todas as curvas exis- tentes na linha directa do seu partido; esta relagio deverd especificar, entre outras, a sobreelevacio © 0 raio de cada curva, 13 ~) Dependendo da sobrelargura da curva, so aplicados na Perna baixa, do lado da bitola, grampos U de 10 ou 20mm do espessura ao nivel dos bordos que encostam a patilha do Carri ©) As placas sio colocadas sobre uma camada de sarrisca Cujo nivel se situa 250mm abaixo do topo do carril, em vias de 45 kg/m, ¢ 220mm em via de 40 ¢ 30ke/m. Todas as Placas devem ficar niveladas com a superficie de rolamento dos carris depois do assentamento, d) As duas filas de placas centrais devem ser mantidas apertadas contra as patilhas dos carris bor meio de duas cunhas de madeira em cada par de placas, Deverio ser cor. tadas as partes salientes das cunhas de forma a ficarem ao mesmo nivel das travessas. e) Deverdo ser colocadas entre as faces exteriores das filas de placas © o pavimento da estrada duas tabuas ao alto de 180 mm X 25 mm. Estas tabuas nao devem ser mexidas quando S¢ removerem as placas para efeitos de conservagio. Quando © pavimento da estrada for constituido por terra ou brita, estas tébuas ao alto podem ser substituidas por duas filas de travessas usadas a que se tiraram os parafusos. A) Devem ser enfiados quatro cabos de.aco de 8 mm, olea- dos ¢ grafitados, através de furos deixados nas placas aper- fados nas extremidades por meio de um lago ¢ um grampo Crosby. Estas extremidades dobradas devem ser enterradas no balastro da via, 2.9 — Dispositivos eléctricos e actisticos de aviso: Os capatazes de via devem, sempre que verifiquem que os dispositivos de aviso nas passagens de nivel nao operam satis- fatoriamente & aproximagao dos comboios, comunicar ao pes- soal da sinalizagio. 2.10— Quando se tiver de executar um trabalho numa Passagem de nivel devem ser feitos os arranjos necessdrios com o pessoal da sinalizac&o para no impedir o uso da passa- gem de nivel por mais tempo do que o estritamente necessario 79 3—Animais dispersos pela linha (Ver Regulamento de Policia e Vigilancia dos Caminhos de Ferro.) 4—Animais mortos ou feridos na via (Ver Regulamento de Policia e Vigilancia dos Caminhos de Ferro.) 5—Faixas de protecedo contra incéndios 5.1— Compete ao engenheiro-chefe decidir onde sio ne- cessdrias as faixas de proteccdo contra incéndios. 5.2— Onde forem necessirias faixas de protecg3o, devem as mesmas ser executadas de acordo com a legislacdo que Ihes diga respeito. Geralmente isto consiste em limpar totalmente a superficie do solo, sem cortar as érvores, numa largura mi- nima de 9m imediatamente junto e dentro dos limites de reserva do caminho de ferro, de tal forma que seja impossivel a uma linha de fogo atravessar a faixa. 5.3 —~ Quando as faixas de protecco forem mantidas pelo ocupante das terras adjacentes, o chefe de secciio deve inspec- cionar estas faixas tio cedo quanto possivel apés as mesmas terem sido completadas, e informar o engenhciro-chefe se elas sio satisfatérias ou nao. : 5.4— Depois de concluida a faixa de protecciio contra in- céndios, o remanescente da faixa dos caminhos de ferro deve ser queimado contra 0 vento (mas num dia tio calmo quanto possivel). Isto deverd ser feito antes de o capim estar comple- tamente seco, de forma a ser possivel manter 0 fogo sob contréle. 5.5<-Em caso algum deverfio as faixas de protecgio con- tra incéndios ser executadas ou mantidas pelo capataz de via fora dos limites do caminho de ferro, 6 — Incéndios 6.1—Os capatazes de via ¢ scu pessoal devem tomar to- das as precaugSes contra a erupgiio de incéndios na. proprie- dade dos caminhos de ferro. Eles nio devem fazér permitir fogos em locais niio autorizados. ' 6,2 — Nao devem ser feitos fogos fora da propriedade dos caminhos de ferro para cozinhar ou qualquer outro propésito semelhante. 4 6.3—Excepto onde haja fogiio, nao deve ser feito fogo perto de qualquer edificio das estag&es ou perto de qualquer pilha de travessas, madeira ou outros materiais inflamaveis. 80 _ 6.4— Devem ser conservadas limpas em todas as direcgdes faixas de proteceéio adequadas, de pelo menos 6m de largura, em todos os edificios ¢ Areas de armazenagem de materiais inflaméveis. 6.5— Devem ser observadas as instrugdes relativas ao uso © conservac&o de extintores,. _ 6.6 — Um fogo aceso num local aberto ou exposto deve ser Cuidadgsamente controlado e completamente apagado antes de os empregados que o fizeram terem deixado o local, Os capatazes de via eo seu pessoal devem extinguir ou ajudar & extingdo de todos os fogos acidentais ou fora de contréle na Propriedade dos caminhos de ferro e nas propriedades vizi- has quando tenham, ou possam ter tido, origem na proprie. dade bi caminhos de ferro ou Possam alastrar para esta tl- tima. / O capataz de via deve anotar todas as circunstin- cias ligadas com a origem e a extensio de qualquer incéndio } de que tenha conhecimento que ‘ocotra na propriedade dos Caminhos. de Ferro ou em propriedade vizinha desta e deve | comunicar detalhadamente o facto ao chefe de secgio.)Se hou- | Ver razdo para suspeitar que o incéndio foi causado por fat- thas de uma locomotiva, deverd referir-se na informagio o lempo e particulgridades da tltima locomotiva a vapor que Passou no local. # |, .68—Quandd um capataz de via observar a saida de fatilhas e cinzas duma locomotiva, deve comunicar a ocorrén- cia ao chefe da estacio mais proxima, de forma a que se faca um exame & rede fautheira e grelha da mesma, 7 — Arvores @ arbustos que impedem a visio 7.1— Os capatazes de via devem tomar providéncias para que as Arvores ou scus ramos, arbustos e capim, que crescem na propriedade dos Caminhos de Ferro, sejam cortados sem- pre que: a) Impegam uma visio das Passagens de nivel e/ou sinais aos maquinjstas das Jocomotivas; 5) Impegam ao ptblico uma visio completa da. apro- ximagiio dos comboios nas passagens de’ nivel; ! ©) Estejam a menos de 10m'das linhas telegraficas ‘catendriay @) Obscuregam ou impecam a visio dos sinais de via. - 7.2— Quando as Arvores ou outros arbustos que obstruirem | a visio se situem em propricdades privadas, deve ser obtida él dos proprietarios autorizagao escrita para o seu corte ou — vio. Se for recusada a autorizagao, deve o assunto ser pre: & chefia do Servigo de Via e Obras. CAPITULO VIII Folgas e dimensédes normalizadas — Estruturas 1.1— Todas as estruturas novas aa cair fora do gaba- vit da via livre mostrado no anexo, fl. 28. _ 1.2 —Onde estiver projectada a construciio de novas pa turas sobre a via, a folga vertical acima do nivel ot aa dever ser considerada tendo em consideragao a eventual a tituig&o dos carris, travessas e secgio de Lee normalizadas, m assim como a alteragéo do trainel. 3 . 1.3 — Para todas as linhas a altura a pe alinhamentos 7 3, portic de 4,955 m. os em pontes, portivos, etc., ser: . ee si aaa altura acima do nivel do carril de fios oe que atravessem vias férreas nao deverd ser inferior a 6m. 1.5—Os postes. de telégrafo, telefone ou linhas de energia | nao devem ser colocados mais perto i ae ia & altura acima do niv . do que vez e meia a sua altura acima_do °. Se ho for possivel coloca-los a esta distancia, os postes devem er eficientemente espiados. : ; ST Tg Todas as estruturas que caiam dentro do gabarit de via livre devem ser pintadas com faixas oe, eae damente pretas ¢ amarelas, de 225 mm de largura. As pean que esiejam nas mesmas condigdes deveriio ser pintadas ma maneira. : : : a 7—A distancia do centro da via a material depositado nao devera ser inferior a 3m. fee 1.8—Para as folgas das tabuletas de sinalizagio, ver 0 n’ 55 do capitulo v. 2.—Plataformas 2.1—'Todas as plataformas novas devem estar fora do| gabarit de via livre. 2.2 —- As plataformas alinham . 2,3 —Nio_deve_ser_dada_sobreslevacio_} ee aS folgas das estruturas fixas em relagio a aresty da plataforma dependera da natureza e posigéo da estrutura| 82 2.5—As rampas nas extremidades das plataformas nao deverfio "ter inclinagio superior a 1:5. 3—Cércea de carregamento 3.1—~A cércea de Carregamento normalizada é a indicada no anexo, fl, 28. CAPITULO Ix Ferramentas, equipamento e materiais 1—Seguranca das ferramentas, equipamento e materiais 11—-0 chefe de secgio 6 responsdvel pela seguranga de todas as ferramentas, equipamento e materiais sob o seu di- tecto contrdle e do distribuido ao Pessoal sob as suas ordens. Ele deve assegurar-se de que todas as ferramentas, equipamen- fos ¢ materiais so cuidadosamente tratados, guardados segu- tamente e que as ferramentas, quando niio utilizadas, esto 12—O capataz de via € respoi todas as ferramentas, equipamento e entregues © deve assegurar-se de que os mesmos so cuidado. samente tratados. Quando nao estiverem em uso, as ferra- mentas deverio ser conservadas fechadas & chave. 13—O capataz de via deve informar imediatamente o chefe de secgdo, que por sua vez informaré a chefia do Servigo de Via © Obras, de qualquer perda de ferramentas, equipa- Mento ¢ materiais, pertenga da Administragio. Qualquer perda devida a roubo deve ser comunicada & Policia dos Servigos pelo chefe de seceao ou pelo capataz de via. 14—Sempre que possivel, nao deverio ser deixados os materiais de via dispersos mais tempo do que o necessério, devendo ser empilhados lenge da via, ou levados para depésito, @ menos que sejam dadas instrugdes especiais para a sua arrumagao. 1.5— As ferramentas, utensilios, tences da Administrag%o nao devem thos particulares, s4vel pela seguranga de materiais que Ihe estio materiais ou outros per- ser utilizados em traba- 2—«Stocks» de materiais 2.1—Todos os stocks de materi vagio, nas seccbes, vagio do engenheir iais destinados a conser- distritos € partidos, esto sujeitos & apro- ‘o-chefe e devem ser revistos anualmente. os 2.2 —Regra geral, deve ser armazenada em ae uma quantidade de materiais de via comespondente a e8s me 7 idade minima de artigos essenciais, Esta ses, com uma quantidade na ae anti digdes dos materiais ap! fantidade dependeré das con ; i s seeva, mas, em condigdes normais, deveré ser mais ou menos de um quarto do total do material aplicado ma via nos doze meses anteriores, Onde tenha havido Tugar a substiluicdes recentes, serio reduzidas as necessidades da, manutenso, qualquer material de via obsoleto deve ser roti a io deveré possuir um fen 23—O chefe de seco ack de ta i ia equi stock total na posse dos dis ia via cquivalente ao stock tota “posse, i eae gered de materiais adicionais requeridos equenas substituigdes. ae noe pan pea Severo ser tomadas providéncias pelo engeneiro -chafe para estarem sempre & mo materinis destinados & repa; racdo de acidentes, de estragos provocados por enxurradas s emergéncias. : ae cae Nos trogos com travessas de betiio devem ger amas zenadas travessas de madeira para qualquer emergéncia, As travesas de betio nfo devem set armazenadas pelo chefe de seogio ou seus capatazes de via, Quando clas forem necesst- nas deverd sor fella uma requsiefo ao engenheiro-chete aus ovidenci 5 rnecimento. A requis i. widenciaré pelo seu fornecim r ing 2.6—Quando, as requisigdes disserem rcapeito a mate- tiais de via nao catalogados, deverio sor dados detal matetiais requisitados. 3—«Contrélen dos mater 3.1—Cada chefe de distrito o.chefe de seccio d 32—O chefe de seogio deve examinar ¢ confirmar esto relat6rio, Qualquer material de reserva aplicado na via deve ser sistematicamente reposto cada més, por arranjo | ue ae de seegio que asseguraré o envio A chefia do Servigo ¢ Obras das respectivas requisigées. 84 3.3—O chefe de secgio deveré enviar & chefia do Ser- vigo de Via e Obras, mensalmente, um relatério acerca dos trabalhos de substituigdéo de carris, travessas e balastro exe- cutados, 3.4—O chefe de seceio deverd enviar, chefia do Servigo de Via e Obras um relatério relhos de via ou seus constituintes que tenham s| mensalmente, & acerca dos apa- sido substituidos. 4—Verificago dos «stocks» de ferramentas, equipamento e materiais 4.1 — Quando for transferido de um Partido, o capataz de via deve verificar as ferramentas, equipamentos e materiais em seu poder, fazendo entrega por auto ao capataz de via que vier tomar conta do partido. 4.2—O chefe de distrito deve estar presente & entrega dos partidos do capataz de via que sai ao capataz de via que entra. Ao tomar conta de um partido o capataz de via deve verificar as ferramentas, equipamentos ¢ materiais que Ihe forem entre- gues ¢ deve enviar uma lista dos mesmos ao chefe de dis- trito, devendo ser anotadas na cadernota de ferramentas do Partido as alteragdes respectivas, Esta caderneta deve ser corrigida sempre que as ferramentas, equipamentos e materiais sairem ou forem recebidos, 43—0O capataz de via deve verificar 0 scu stock de fer- ramentas, equipamento e materiais pelo menos uma vez por més. Esta conferéncia deve ter a presenca do chefe de dis- 4.4—-O chefe de seegiio deve verificar 0 seu préptio stock, e 0 de cada um dos distritos da sua secedio, pelo menos uma vez cada seis meses, e deve certificar Por escrito que cle o fez. A relagio do material deve especificar a data em que a tiltima verificago foi feita. 4.5—No caso. de algum empregado deixar o servigo, o chefe de distrito deve certificar-se de que todos os artigos de vestudrio ¢ equipamento pertencentes A Administragio, que tenham sido enti Tegues a esse empregado, siio devolyidos em boa ordem, 5—Uso econémico de materiais 5.1 — Devem ser feitos todos os esforgos no sentido de ser Utilizado o material em stock antes de requisitar material novo. Deve estudar-se ¢ praticar a economia em cada caso. 65 6 —Devolugdo de materiais de via ao depésito 6.1—- Quando os materiais de via sio devolvidos ao De- posito de Via e Obras deve ser observado o seguinte: @) A sucata deve ser separada do material que poste- - riormente ainda pode ser utilizado na via; b) Os elementos de pregagiio ainda utilizaveis devem ser escolhidos e embalados, sempre que possivel, em sacos e devidamente rotulados; c) Devem ser enviadas ao Depésito de Via ¢ Obras, tio depressa qiianto possivel, cOpias dos documentos relativos a estes materiais em que se déem por- menores do material a que dizem respeito. Uma dessas copias deve acompanhar o vagiio em que o material for carregado. 6.2—A sucata que ndo tenha ja uso ma conservagio de via deve ser dado destino de acordo com as instrugdes do en- genheiro-chefe. ‘7 —Libertagdio de vagées 7.1-~Os vagées com materiais destinados a conservagio de via devem ser descarregados com a menor demora possivel. 8—Empilhamento e manuseamento de materiais de via 8.1—Deve ter-se 0 maior cuidado em nfo danificar as travessas de bet&o durante o seu manuseamento. 8.2—Todas as pilhas de materiais devem ser feitas de forma a garantir uma folga de pelo menos 3mi a contar do eixo da via. 8.3 —Os materiais de via, com excepg&o das travessas de madeira, nfo devem ser empilhados em cinza. 8.4— Deve ter-se 0 cuidado, ao manusear carris, de n&o os engarrotar; quando os carris sio empilhados devem ser assentes numa mesma cama e devidamente apoiados de forma a impedir a sua flexfo ou torsio. 8.5 — Deve observar-se 0 seguinte quando se faz o empi- lhamento de travessas; a) O chiio onde as travessas irao ser empilhadas, e numa Area até 6m das pilhas, deve estar completamente limpo de capim; 6) As travessas metélicas devem ser empilhadas sem con- tactarem com o solo, em camadas alternadas, pet pendiculares umas as outras, em lotes de nio 86 mais de cem e com as bases voltadas para baiao. Para impedir a oscilagio das camadas, devem ser encaixadas duas travessas uma na outra em ambas as extremidades de cada camada; c) As _travessas de madeira devem ser empilhadas em lotes de_nfio mais de cem, devendo as pilhas estar distanciadas entre si pelo menos 1,5 m. Elas de- vem ser empilhadas sem estar em contacto com 0 solo ou deve a Area de empilhamento ser coberta com cinzas ou material semelhante que permita a facil drenagem da agua. No caso de travessas creosotadas,.a camada superior de cada pilha deve ser junta e coberta com uma camada de terra; d) Pata desencorajar o roubo ¢ 0 uso irregular, as tra- vessas devem ser empilhadas tio longe quanto possivel de passagens de nivel c estradas. 8.6—A pregacao, em sacos ou tambores, deve ser empi Ihada sem estar em contacto com o solo, de preferéncia sob cobertura. Os parafusos e porcas devem ser empilhados sob cobertura; eles devem estar bem oleados ¢ os outros elementos de pregag&o separadamente empilhados para facil verificacio. 8.7— O chefe de secgao deve assegurar-se de que o material é classificado e marcado a tinta tio depressa quanto possivel, apés ser retirado. Esta obrigaciio nfo deve ser deixada para a altura em que o material é carregado e despachado para qual- quer outro lado, 9— Classificagdo de carris A fixar oportunamente pela chefia do Servico de Via e Obras. 10—Classificagao de travessas ' : i A fixar oportunamente pela chefia do Servigh de’ Via © Obras. 11 —Classificagiio das pregagées A fixar oportunamente pela chefia do Servigo de Via e Obras. 12— Classificagdo de material de apoio, igacdo, etc, A fixar oportunamente pela chefia do Servigo de Via e Obras. 8&7 13—Relacao de ferramentas e equipamento 13.1 — As ferramentas ¢ equipamento atribuidos ao chefe de secg%o e aos capatazes de via variario de acordo com as condigées locais ¢ serfio sancionados pelo engenheiro-chefe. 13,2—O chefe de seccfio deve submeter & chefia do Servigo de Via ¢ Obras a recomendagao que faga relativa a utilizacio de ferramentas e cquipamento na sua posse e na dos seus capatazes de via. As relagdes das ferramentas ¢ equipamento aprovados, etc., devem ser conservadas no escritério do chefe de secgio. O stock da seccio deve ser usado para reabasteci- mento dos stocks em poder dos distritos. 14.— Marcagao de ferramentas 14.1— Todas as ferramentas devem ser marcadas com a marca da Administragiio antes de serem fornecidas. 15—-Reparagio © substituigdo de ferramentas e equipamento 15.1—O capataz de via deve pedir ao chefe de distrito a substituigéo das ferramentas ou equipamento gastos ou dani- ficados. Quando receber as novas o capataz de via deverd devolver imediatamente ao chefe de distrito uma quantidade equivalente de ferramentas ou equipamento gastos ou danifi- cados. O chefe de seccfio deve providenciar para que as ferra- mentas ou equipamento gastos ou danificados sejam substitui- dos ou reparados. 15.2 —Os chefes de distrito e capatazes de via devem re- ferir quaisquer ferramentas ou equipamento que considerem ser de qualidade inferior. 16 — Gueljas 161—-O chefe de distrito deve verificar as gueijas de todos os capatazes de via pelo menos uma vez cada seis meses. A bitola serd verificada com uma fita de ago ¢ 0 ajustamento da bolha invertendo a gucja sobre dois pontos. As guejas avariadas devem ser substituidas. 16.2 -—-Somente devem ser utilizadas nas linhas sinalizadas clectricamente guejas isoladas de modelo aprovado. 17 — Apontadores: fungées e deveres 17.1—O apontador é directamente responsavel perante © chefe de secgao de via. 88 17.2— Os deveres do apontador sao: a) Contréle dos stocks dos materiais de construgio civil, de via e¢ outro; 5) Garantir 0 rapido fornecimento de materiais de via, ferramentas e material de construgio civil; c) Contréle da distribuigdo dos materiais de via e das obras; d) Verificagio dos stocks de materiais e ferramentas dos chefes de distrito e capatazes de via; : e) Fiscalizagio do sistema de contrdle estabelecido de forma a verificar se est4 a ser correcta e eficien- temente seguido; f) Verificar os livros de ponto dos distritos e partidos ¢ elaborar as respectivas folhas de efectividade; g) Controlar a distribuig&o da mi&o-de-obra pelas varias obras e submeter 4 aprovagio do chefe de secgio o resultado final mensal; h) Tratar dos assuntos gerais relativos ao pessoal; i) Verificar e conferir os cartes de pagamento mensal do pessoal e proceder A sua distribuigdio pelos partidos. 173—O apontador deve inspeccionar frequentemente a secefio na parte que Ihe diz respeito. Sempre que possivel deverd ser acompanhado pelo chefe de seceiio. 174—O chefe de distrito, os capatazes de via e os encar- regados de obras devem prestar assisténcia ao apontador de todas as maneiras possiveis no cumprimento das suas fungdes. CAPITULO X Precaugdes e protecgao de seguranca 1 — Generalidades 1.1—No trabalho em caminhos de ferro a seguranga do puiblico e dos empregados deve, em todas as circunstancias, ser a principal preocupagiio dos empregados da Administracao. 1.2— Um empregado deve, em todas as circunsténcias, ter © maior cuidado no cumprimento dos seus deveres. Ele nao deve expor-se inutilmente ao perigo e deve, sempre que pos- sivel, impedir que os seus companheiros de trabalho se expo- nham eles préprios e outros ao perigo. 89

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