Para conhecer melhor

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS
DE RIO TINTO Nº2
Bibliografia

EDUCAÇÃO ESPECIAL

Lyon, R. (1997). Report on Learning

Disabilities Research. National
Institute of Child Health and
Human Development (NICHD)

Torres, R.; Fernández, Pilar. (2001).

Dislexia, disortografia e disgrafia.
McGraw-Hill Breve Abordagem

Castro, S. L. e Gomes, I. (2000).

Dificuldades de Aprendizagem da AUTORIA
Língua Materna. Universidade
Aberta Núcleo de Educação Especial

Agrupamento de Escolas
de Rio Tinto nº 2

Junho de 2010
 O que é a dislexia?
“A dislexia caracteriza-se por
dificuldades na precisão e/ou no
reconhecimento rápido de palavras,
incorrecção ortográfica na escrita e
fracas competências de descodificação.
Estas dificuldades resultam, em geral,
de um défice na componente fonológica
da linguagem que é inesperado em
relação a outras competências cognitivas
e à existência de instrução escolar
eficaz. Como consequências secundárias
podem surgir dificuldades na
compreensão da leitura e experiências
de leitura reduzidas que impedem o
crescimento vocabular e a aquisição de
conhecimentos gerais.
A dislexia situa-se num contínuo de
dificuldades, desde as mais ténues às
mais severas. É uma entidade sem
limites claramente definidos, existindo
dificuldades leitoras com diferentes
graus de gravidade. O insucesso precoce
nas competências da leitura e da escrita
podem comprometer a vida escolar e
pessoal: desinteresse pela leitura e
escrita, baixo rendimento escolar, baixa
auto-estima, comportamentos
desadequados, e até abandono escolar.”
International Dyslexia Association
National Institute of Child Health and
Human Development (NICHD).
Comportamentos e problemas
escolares associados
Primeiros sinais de alerta
• Início tardio do desenvolvimento da
linguagem ao nível fonológico, articulatório
e de fluidez;
• Iniciação tardia da soletração na leitura e
escrita;
• Vocabulário reduzido;
• Leitura realizada de forma lenta, sem
ritmo, com leitura parcial de palavras;
• Inversão de letras (sobertudo em vez de
sobretudo), sílabas ou palavras (me-em;
sol-los);
• Substituições (voi-se em vez de foi-se),
adições (predra em vez de perda), perda
da linha que está a ser lida;
• Confusão entre letras, sílabas ou palavras
com grafia similar, mas com diferente
orientação no espaço (b-d; b-p; d-b; d-p);
• Compreensão verbal deficiente;
• Falhas de análise sonora das letras ou
grafemas (incapacidades fonológicas);
• Tendência para a escrita em espelho.
As principais dificuldades
• Dificuldades motoras na execução de
exercícios manuais e de grafismos;
• Dificuldades senso-perceptivas (confusão
entre cores, formas, tamanhos e posições);
• Dificuldades em diferenciar a esquerda da
e ensiná-lo de forma simples, mesmo que seja
direita;
• Dificuldade na manutenção da atenção e
concentração;
• Confusão nas tarefas escolares;
• Escassez de conhecimentos prévios
(memória a longo prazo);
• Dificuldade em aprender o alfabeto e as
tabuadas de multiplicar, em memorizar
sequências, como por exemplo: os dias da
semana, os meses do ano, …;
• Conflitos emocionais.
Sugestões de trabalho para alunos com
dificuldades de leitura e escrita
Para as crianças com características
disléxicas é importante transmitir
segurança e compreensão elogiando as suas
pequenas conquistas. Pais e professores
devem trabalhar em conjunto permitindo
que as crianças sejam estimuladas nas
actividades que conseguem realizar de
forma autónoma, sendo valorizados os seus
esforços.
A ajuda na escola é essencial para o
desenvolvimento da habilidade da criança
para enfrentar as suas dificuldades,
progredir e crescer de forma saudável.
Além disso, é necessário recorrer a
diferentes estratégias com estes alunos,
para que apreendam conteúdos através do
uso de materiais estimulantes e
interessantes, os quais possam ver sentir,
ouvir, manusear (jogos, cartazes, histórias
em CD, material manipulável), procurando
através de uma brincadeira onde tudo seja
realizado na oralidade.