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EM313

Termodinâmica I
2002
Avaliação

z Serão realizadas duas provas, com duração de 2 horas.


z É permitida a consulta a livros durante as provas.
z As provas serão realizadas nas seguintes datas:
z Primeira Prova: 26/09/2002
z Segunda Prova: 28/11/2002
z Serão também realizados testes semanais, com duração de
20 minutos, sem consulta.

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Avaliação
z Cada uma das duas provas terá peso de 33% na média
final.
z A média da nota dos testes terá peso de 33% na
determinação da média.

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Bibliografia
Moran, M., Shapiro, H. N. Fundamentals of
Engineering Thermodynamics. New
York: John Wiley.

Van Wylen, G.J., Sonntag, R. Fundamentos


de Termodinâmica Clássica. São Paulo:
Edgard Blücher.

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Internet
z Página da disciplina
www.fem.unicamp.br/~em313

z Correio eletrônico
llagost@fem.unicamp.br

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Introdução
z Princípios Básicos
– Termodinâmica
– Mecânica dos Fluidos
– Transferência de Calor

z Unidades

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Termodinâmica

• Sistemas térmicos envolvendo calor e trabalho


• Ciclos motores e de refrigeração
• Propriedades das substâncias
• Análise de Sistemas
• Primeira Lei da Termodinâmica
• Segunda Lei da Termodinâmica
• Análise de volumes de controle
• Ciclos motores
• Ciclos de refrigeração

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Mecânica dos Fluidos

• Transporte de energia por meio de fluidos


• Perda de carga em tubulações
• Potência de bombeamento
• Tipos de escoamentos
• Regime permanente
• Propriedades dos fluidos
• Efeitos da viscosidade

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Mecânica dos Fluidos

r r r r
• Campo de velocidades V = i u + j v + kw

• Aceleração
r r r r r
r DV ∂V ∂V dx ∂V dy ∂V dz
a= = + + +
Dt ∂t ∂x dt ∂y dt ∂z dt
r r r r
r ∂V ∂V ∂V ∂V
a= +u +v +w
∂t ∂x ∂y ∂z

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Mecânica dos Fluidos

• Tensão de Cisalhamento Viscoso

∂u
τx = µ
∂y

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Transferência de Calor
∆T
•Condução &
Q = − kA [W ]
• lei de Fourier ∆x

• Convecção & = hA (T − T )
Q [W ]
p ∞
• lei de Newton
• convecção natural
• convecção forçada

• Radiação Térmica Q& = σA F T 4 − T 4


1 1− 2 1 2 ( ) [W ]
• lei de Stefan-Boltzmann

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Unidades

• Sistema Internacional de Unidades (SI)


•dimensões fundamentais
•comprimento
•massa
•tempo
•temperatura
•corrente elétrica

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Unidades Fundamentais do SI

Grandeza Unidade Símbolo


Fundamental

Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Temperatura kelvin K
Corrente elétrica ampere A

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Unidades Derivadas do SI

Grandeza Unidade Símbolo Relações


Derivada
2
Força newton N m kg/s
2
Pressão ou Tensão pascal Pa N/m

Energia joule J Nm

Potência watt W J/s

Carga elétrica coulomb C As

Potencial elétrico volt V W/A

Resistência elétrica ohm Ω V/A

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Prefixos de Unidades no SI

Fator de Nome do Símbolo do


Multiplicação Prefixo Prefixo
-12
10 pico p
-9
10 nano n
-6
10 micro µ
-3
10 mili m
3
10 kilo k
6
10 mega M
9
10 giga G
12
10 tera T

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Conceitos Termodinâmicos
Termodinâmica Clássica
Conceitos básicos
z Sistema - objeto de estudo; fixo ou móvel, rígido ou
deformável, fechado ou aberto.
z Fronteira - superfície que define o sistema; fixa ou móvel,
rígida ou deformável, fechada ou aberta,
isolante ou condutora de calor.
z Meio - tudo que é externo ao sistema.

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Conceitos Termodinâmicos

z Propriedade - característica observável do


sistema.
z Estado - condição em que se encontra o sistema,
caracterizada pelo conjunto de propriedades do
mesmo.
z Processo - mudança de um estado para outro.

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Conceitos Termodinâmicos
z Ciclo termodinâmico - sucessão de processos por
meio dos quais o sistema retorna ao estado inicial.

z Equilíbrio termodinâmico - condição em que o


sistema não sofre mudanças espontâneas, mesmo
submetido a pequenas perturbações.

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Propriedades extensivas de um sistema

Propriedade Símbolo Unidade SI


• massa m kg
• volume V m3
• energia E J
• energia interna U J
• entalpia H J
• entropia S J/K

entalpia: H = U + PV [J ]

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Propriedades intensivas de um sistema

Propriedade Símbolo Unidade SI


• massa específica ρ kg/m3
• volume específico v m3/kg
• energia específica e J/kg
• energia interna esp. u J/kg
• entalpia específica h J/kg
• entropia específica s J/(kg K)
• pressão P Pa
• temperatura T K

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Pressão e Temperatura

• pressão absoluta
• pressão atmosférica
• pressão relativa ou manométrica
• vácuo (relativo)

• temperatura termométrica (°C - celsius)


• temperatura absoluta (K - kelvin)

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Conceitos Termodinâmicos

z Processo reversível - aquele que pode ser revertido


de modo completo sem causar alterações no
meio.
z Irreversibilidade - qualquer fenômeno dissipativo
que impossibilite a reversibilidade de um
processo (não-equilíbrio, atritos, efeito Joule).

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Conceitos Termodinâmicos
z Calor - interação do sistema com o meio na qual
ocorre transferência de energia associada a
diferenças de temperatura, sem transporte de
massa.
z Trabalho - interação do sistema com o meio na
qual ocorre transferência de energia não associada
a diferenças de temperatura e sem transporte de
massa.

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Conceitos Termodinâmicos

Convenção de sinais

z calor recebido pelo sistema: positivo


z calor transferido pelo sistema: negativo

z trabalho realizado pelo sistema: positivo


z trabalho recebido pelo sistema: negativo

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Calor

[J ]
2
• calor no processo 1-2: Q1−2 = ∫ δQ
1

Q1−2
• calor por unidade de massa: q1−2 = [J / kg ]
m

δQ
• taxa de transferência de calor: &
Q= [W ]
dt

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Trabalho

[J ]
2
• trabalho no processo 1-2: W1−2 = ∫ δW
1

W1−2
• trabalho por unidade de massa: w1−2 = [J / kg ]
m

δW
• potência: &
W= [W ]
dt

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Trabalho Mecânico

2r r
• trabalho de uma força: W1−2 = ∫
1
F • dS [J ]

r r 2
[J ]
2
• trabalho de expansão: W1−2 =
∫1 PA • dS = ∫ PdV
1

2r r
• trabalho de rotação: W1−2 = ∫
1
τ • dθ [J ]

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Propriedades das Substâncias
Definições
– substância pura
– substância simples compressível
– princípio de estado:

N prop. ind. = N formas Wrev + 1

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Propriedades das Substâncias
Equilíbrio de Fases
z sólido
z líquido
z vapor
z regiões de saturação ( Psat, Tsat):
– sólido + líquido
– líquido + vapor
– sólido + vapor
– ponto triplo: sólido + líquido + vapor

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Propriedades das Substâncias
z Diagrama temperatura - volume
– título de uma mistura líquido-vapor “x”:

m vap.sat . m vapor = x m total


x=
m líq.sat . + m vap.sat .
m líquido = (1 − x ) m total

– ponto crítico: Tcr e Pcr

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Propriedades das Substâncias
z Diagrama pressão - temperatura
z Diagrama pressão - volume específico
z Superfícies de
Pressão - Volume específico -Temperatura
z Tabelas de propriedades termodinâmicas
z Equações de estado

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Propriedades das Substâncias
z Equação de estado do gás ideal
P V = n R T [J ]
1
Pv= R T = R gás T [J / kg ]
M gás
Pv=RT [J / mol]

R = 8,31434 [J /(mol K )]
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Propriedades das Substâncias
z Fator de compressibilidade

Pv=ΖRT [J / mol]

T P
Ζ = f (Tr , Pr ), com Tr = e Pr =
Tcr Pcr

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Propriedades das Substâncias

z Substância simples compressível


– coeficiente de expansão volumétrica:

1  ∂v 
β=  
v  ∂T  p=cte
1  ∂ρ 
=−  
ρ  ∂T  p=cte
[K ]
−1

– compressibilidade isotérmica
1  ∂v 
κ=  
v  ∂P T =cte
1  ∂ρ 
=−  
ρ  ∂P T =cte
[Pa ]
−1

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Propriedades das Substâncias

z Substância simples compressível


– calor específico a volume constante:

 ∂u 
c v =   [J /(kg K )]
 ∂ T  v=cte

– calor específico a pressão constante:


 ∂h 
c p =   [J /(kg K )]
 ∂ T  p=cte
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Propriedades das Substâncias

z Substância simples compressível


– variação de energia interna específica u(T,v)

 ∂u  ∂u 
du =   dT +   dv [J / kg ]
 ∂ T v  ∂ v T

– variação de entalpia específica h(T,p)


 ∂h  ∂h 
dh =   dT +   dP [J / kg]
 ∂ T p  ∂ p T
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Propriedades das Substâncias

z Relações entre propriedades de gás ideal


 du 
u = u (T ) ⇒ du =   dT = c vdT [J / kg ]
 dT 

 dh 
h = h (T ) ⇒ dh =   dT = c p dT [J / kg ]
 dT 

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Propriedades das Substâncias

z Relações entre propriedades de gás ideal

[J / kg ]
2 2
∆u = u 2 − u1 = ∫ du = ∫ c vdT
1 1

[J / kg ]
2 2
∆h = h 2 − h1 = ∫ dh = ∫ c pdT
1 1

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Propriedades das Substâncias

z Relações entre propriedades de gás ideal


h = u + Pv = u + R gás T [J / kg ]

dh = du + R gás dT

c p dT = c v dT + R gás dT

c p = c v + R gás [J /(kg K )]
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Propriedades das Substâncias

z Processo adiabático para sistema


processo reversível : δW = PdV [J ]
processo adiabático : δQ = 0
gás ideal : PV = mR gásT,
du = c v dT, dh = c p dT, c p − c v = R gás
PV
no caso : − PdV = dU = mc vdT = c vdT [J ]
R gásT

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Propriedades das Substâncias

z Processo adiabático para sistema


dV c vdT 1 dT cv 1cp
− = = [J ] pois γ = ⇒ =
V R gásT γ − 1 T cv R gás γ − 1
dT dP dV dV dP
e = + ⇒ −γ = e se γ = cte ⇒ PV γ = cte
T P V V P
γ
P1  V2 
Assim : =  
P2  V1 
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Propriedades das Substâncias

z Trabalho em processo adiabático reversível


para sistema contendo gás ideal
2 γ 2 1
W1−2 = ∫ PdV = PV ∫1 γ
dV
1 V

1− γ 1− γ
V
γ 2 − V P2 V2 − P1V1
W1−2 = PV 1
=
1− γ 1− γ

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Análise de Sistemas

z Primeira Lei da Termodinâmica


– conservação de energia
δQ − δW = dE [J ]
E = U + E cin + E pot
dE = dU + dE cin + dE pot
V2
E cin =m e E pot = mgz
2

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z Primeira Lei da Termodinâmica
Para um processo qualquer :
Q1−2 − W1−2 = (U 2 − U1 ) + (E cin 2 − E cin1 ) + (E pot 2 − E pot1 ) [J ]
em termos de taxas :
dE
&
Q−W= & [W ]
dt
não havendo var iação da energia cinética nem potencial :
forma diferencial : δQ − δW = dU [J ]
dU
& &
forma de taxas : Q − W = [W ]
dt
forma int egrada : Q1−2 − W1−2 = U 2 − U1 [J ]
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z Segunda Lei da Termodinâmica
– sentido “natural” de processos:
z processos dissipativos, envolvendo atrito
z expansão livre de um gás ou vapor
z transferência de calor
z mistura de substâncias
z reações químicas
– para a realização de tais processos no sentido
oposto é necessária a ação de um agente externo
– a segunda lei estabelece uma distinção clara
entre calor e trabalho

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z Segunda Lei da Termodinâmica
– Enunciados Clássicos
z Clausius: É impossível construir um dispositivo que

opere em ciclo termodinâmico e não produza outro


efeito além da transferência de calor de um corpo frio
para um corpo quente.

z Kelvin-Planck: É impossível construir um


dispositivo que opere em ciclo termodinâmico e não
produza outro efeito além da produção de trabalho e
da troca de calor com um único “reservatório”
térmico.

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z Segunda Lei da Termodinâmica
– Máquina Térmica:
z é um dispositivo que opera em ciclo termodinâmico e

produz trabalho líquido positivo, recebendo calor de


um reservatório térmico a alta temperatura e
fornecendo calor para um reservatório térmico a
baixa temperatura.
Pr imeira Lei : ∫ δQ = ∫ δW [J]
∫ δQ = QA − QB = Wciclo [J]
Wciclo Q A − Q B & ciclo Q
W & −Q &
A B
ηt = = ou ηt = =
QA QA Q& Q&
A A
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z Segunda Lei da Termodinâmica
– Bomba Térmica:
z é um dispositivo que opera em ciclo termodinâmico,

recebendo calor de um reservatório térmico a baixa


temperatura, fornecendo calor para um reservatório
térmico a alta temperatura, e para isso consome
trabalho líquido.
z Refrigeradores: neste caso o efeito útil é o calor

retirado do reservatório frio.


z Bombas de calor: neste caso o efeito útil é o calor

fornecido ao reservatório quente.

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z Segunda Lei da Termodinâmica
– Bomba Térmica:
Pr imeira Lei : ∫ δQ = ∫ δW [J]
∫ δQ = − QA + QB = − Wciclo [J ]
coeficiente de desempenho para refrigeradores :
QB QB Q& Q&
β= = ou β = B
= B
Wciclo Q A − Q B W& ciclo Q& −Q &
A B

coeficiente de desempenho para bombas de calor :


QA QA Q& Q&
A A
γ= = ou γ = =
Wciclo Q A − Q B &
Wciclo Q& −Q &
A B
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z Segunda Lei da Termodinâmica
– ciclos internamente reversíveis: não ocorrem
irreversibilidades no interior do sistema.
– Ciclo de Carnot:
z processos reversíveis:
z 1-2: aquecimento (QA) a temperatura constante TA;
z 2-3: expansão adiabática;
z 3-4: resfriamento (QB) a temperatura constante TB;
z 4-1: compressão adiabática.
– O rendimento térmico do ciclo de Carnot é
função apenas das temperaturas TA e TB.

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z Segunda Lei da Termodinâmica
– Escala Absoluta de Temperatura

Q1 − Q 2 Q2
η1, 2 = ⇒ = f (T1 , T2 )
Q1 Q1
Q 2 − Q3 Q3
η2,3 = ⇒ = f (T2 , T3 )
Q2 Q2
Q1 − Q3 Q3
η1,3 = ⇒ = f (T1 , T3 )
Q1 Q1
Q3 Q3 Q 2
= ⇒ f (T1 , T3 ) = f (T1 , T2 ) ∗ f (T2 , T3 )
Q1 Q 2 Q1
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z Segunda Lei da Termodinâmica
– Escala Absoluta de Temperatura

f (T , T3 ) = f (T1 , T2 ) ∗ f (T2 , T3 )
g (T1 ) g (T2 )
fazendo f (T1 , T2 ) = e f (T2 , T3 ) =
g (T2 ) g(T3 )
Tbaixa
Lord Kelvin : g (T) = T e ηCarnot =1−
Talta
e considerando a temperatura do ponto triplo da água :
Ttriplo = 273,16K = 0,01°C
fica definida a escala absoluta kelvin
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z Segunda Lei da Termodinâmica
– Desigualdade de Clausius

δQ Q A Q B
Para um ciclo de Carnot : ∫ T = TA − TB = 0
Carnot

δQ Q A Irrev Q BIrrev
Para ciclos irreversíveis : ∫ = − <0
Irrev
T TA TB

δQ
De mod o geral : ∫ ≤0
T
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z Segunda Lei da Termodinâmica
– A propriedade entropia
2 2
 δQ   δQ 
dS =   ⇒ S2 − S1 = ∫ dS = ∫  
 T  Re v 1 1
T  Re v

para misturas de líquido e vapor saturados :


s = (1 − x ) s líq + x s vap

para processos reversíveis :


2 2
δQ Re v = T dS ⇒ Q1−2Re v = ∫ δQ Re v = ∫ T dS
1 1
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z Segunda Lei da Termodinâmica
– Efeito das irreversibilidades sobre a entropia

processo 1 − 2 : irreversível
processo 2 − 1 : reversível
2 1
 δQ   δQ   δQ 
∫  T  = ∫  T Irrev + ∫  T Re v < 0
1 2
1 2
 δQ   δQ 
∫  T Re v = S1 − S2 ⇒ ∫  T Irrev < S2 − S1
2 1
2
 δQ 
para um processo qualquer : S2 − S1 ≥ ∫  
1
T 
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z Segunda Lei da Termodinâmica
– Efeito das irreversibilidades sobre a entropia
δQ
em forma diferencial : dS ≥
T
dS Q &
na forma de taxa : ≥
dt T
Definindo irreversibilidade I :
δQ dS Q &
δI = dS − e &I = −
T dt T
I corresponde à produção de entropia
devida às irreversibilidades
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z Segunda Lei da Termodinâmica
– Efeito das irreversibilidades sobre a entropia
z a entropia de um sistema fechado só pode aumentar

devido ao recebimento de calor ou pela ocorrência de


irreversibilidades;
z a entropia de um sistema fechado só pode diminuir

por meio da retirada de calor;


z a entropia de um sistema não pode diminuir durante

um processo adiabático;
z a entropia de um sistema isolado não pode diminuir;

z todos os processos adiabáticos e reversíveis são

isentrópicos.

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z Segunda Lei da Termodinâmica
– Princípio do aumento da entropia
δQ δQ
dSsist ≥ e dSmeio = −
T T
dS Q &
na forma de taxa : ≥
dt T
Definindo irreversibilidade I :
δQ dS Q &
δI = dS − e &I = −
T dt T
I corresponde à produção de entropia
devida às irreversibilidades
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z Equações TdS
– substância simples compressível

1ª Lei : δQ − δW = dU
processo reversível : δQ = TdS e δW = PdV
1ª equação T − dS : TdS = dU + PdV
como dH = dU + PdV + VdP
2 ª equação T − dS : TdS = dH − VdP
essas equações envolvem apenas propriedades
termodinâmicas, e tem aplicabilidade geral.

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z Equações TdS
– gás ideal

R gásT
du = c vdT e P =
v
2 dT 2
2 dv
∫1 ds = ∫1 cv T + ∫1 R gás v
 T2   v2 
com c v = cte. ⇒ s 2 − s1 = c v ln  + R gás ln 
 T1   v1 
 T2   P2 
com c p = cte. ⇒ s 2 − s1 = c p ln  − R gás ln 
 T1   P1 
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z Diagramas Temperatura - Entropia
– eficiência de processos

eficiência adiabática de compressão :


Wi sen
ηcompr =
Wreal

eficiência adiabática de exp ansão :


Wreal
ηexp =
Wi sen

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Análise de Volumes de
Controle
z Conservação de massa em um sistema
dmSIST
mSIST = cte. ⇒ =0
dt

z Conservação de massa em vol. de controle


dm VC
= ∑m & e − ∑m &s
dt entradas saídas

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Análise de Volumes de
Controle
z Cons. quant. movimento em sistema
r r
r d ( mV ) r d ( Iω )
∑ F = dt e ∑Τ =
dt

z Cons. quant. movimento em vol. de controle


r r r ∂ r r r
Fgrav + Fpress + Fvis = ∫∫∫ ρVdV + ∑ Vs m & s − ∑ Ve m &e
∂t VC saídas entradas

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Análise de Volumes de
Controle
z Forças atuando em volume de controle
r r r r
∑ F = Fgrav + Fpress + Fvis
VC
r r
Fgrav = ρgV
r r
Fpress = − ∫∫ n PdA
SC
r r
Fvis = ∫∫ τdA
SC

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Análise de Volumes de
Controle
z Conservação de energia em sistema
& & d ( E sis )
Qsis − Wsis =
dt

z Conservação de energia em vol. de controle


d (E VC )
& &
Q VC − WVC = + (m
& e )s − (m
& e )e + (m
& pv )s − (m
& pv )e
dt

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Análise de Volumes de
Controle
z Conservação de energia em vol. de controle

V2
e=u+ + gz
2
h = u + pv
d (E VC )
&
Q VC
&
− WVC = + (m
& h )s − (m
& h )e
dt

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Análise de Volumes de
Controle
z Conservação de energia em vol. de controle
– Regime Permanente

d (E VC )
=0
dt
m&s =m &e
&
Q W& VC
VC
− = hs − he
m& m&

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Análise de Volumes de
Controle
z Conservação de energia, regime permanente
– Formato adequado para escoamento de líquidos
&
Q &
W  P V 2
  P V 2
 1
VC
− VC
= + + z −  + + z  + [u s − u e ]
m&g m& g  ρg 2g  s  ρg 2g e g

 P V2   P V2  1 & 
Q & VC
W
 + + z  =  + + z  +  u s − u e − VC
 +
 ρg 2g  e  ρg 2g s g  m&  m&g

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Análise de Volumes de
Controle
z Conservação de energia, regime permanente
z Equação de Bernoulli
– escoamento incompressível, reversível e adiabático
– trabalho nulo

 P V2   P V2 
 + + z =  + + z
 ρg 2g  e  ρg 2g s
para uma linha de corrente :
2 2
P1 V1 P2 V2
+ + z1 = + + z2
ρg 2g ρg 2g
Unicamp - Departamento de Energia - Jorge Llagostera 69
Análise de Volumes de
Controle
z Equação de Bernoulli
zP: pressão estática ou termodinâmica
z ρV2/2 : pressão dinâmica
z PT = P + ρV2/2 : pressão total ou de
estagnação
z Medição de velocidade por tubo de Pitot

2(PT − P )
V=
ρ
Unicamp - Departamento de Energia - Jorge Llagostera 70
Análise de Volumes de
Controle
z Equação de Bernoulli
z Fluidos em repouso
ρV2/2 =0

P1 − P2 = ρg(z 2 − z1 )

Unicamp - Departamento de Energia - Jorge Llagostera 71


Análise de Volumes de
Controle

z Seleção do vol. de controle


Caracterização dos objetivos da análise
Estabelecimento das hipóteses
Identificação dos parâmetros conhecidos
Esquematização da configuração
Definição da superfície de controle

Unicamp - Departamento de Energia - Jorge Llagostera 72


Análise de Volumes de
Controle
z Balanço de entropia para sistema
dS sis Q& sis
= + σ& sis
dt T

z Balançode entropia para vol. de controle


dSVC Q&
= ∑ + ∑ (m& s )e − ∑ (m& e )s + σ&VC
dt SC T e s

Unicamp - Departamento de Energia - Jorge Llagostera 73


Análise de Volumes de
Controle
Balanço de entropia para vol. de controle
dSVC Q& ′′
= ∫∫ dA + ∑ (m& s )e − ∑ (m& s )s + σ& VC
dt SC
T e s

dSVC dmVC ds
e =s + mVC
dt dt dt

Unicamp - Departamento de Energia - Jorge Llagostera 74


Análise de Volumes de
Controle
Balanço de entropia para vol. de controle
Q&VC
se reg . permanente : m& (se − ss ) + + σ&VC = 0
T
Q&VC
se proc. reversível : = m& (ss − se )
T
se proc. i sen trópico : se = ss

ds dT dp
para gás ideal : T = cp −v
Unicamp - Departamento de Energia dt
dt - Jorge Llagostera dt 75
Análise de Volumes de
Controle
Trabalho de compressão isentrópica
 V 2
− V 2

& −W
1a. Lei : Q VC
& VC = m& h s − h e + s e
+ g(z s − z e )
 2 
caso particular : q − w = h s − h e
se proc. reversível : q = ∫ δq = ∫ Tds
s s s s
q = ∫ Tds = ∫ dh − ∫ vdP = h s − h e − ∫ vdP
e e e e
s
w = − ∫ vdP
e
Unicamp - Departamento de Energia - Jorge Llagostera 76
Análise de Volumes de
Controle
Conversão de energia: bocais e difusores
 Vs2 − Ve2 
& −W
1a. Lei : Q VC
& VC =m
& h s − h e + + g(z s − z e )
 2 
Ve2 Vs2
he + = hs +
2 2
Vs = 2(h e − h s ) + Ve2
2
Vreal
Eficiência i sen trópica : η bocal = 2
Unicamp - Departamento de Energia - Jorge Llagostera Vi sen tr 77
Análise de Volumes de
Controle
Conversão de energia: turbinas térmicas
 2
Vs − Ve 2

& &
1a. Lei : Q VC − WVC = m & h s − h e + + g(z s − z e )
 2 
& &  V 2
− V 2

se Q turb = 0 ⇒ Wturb = m & h s − h e + s e

 2 
w turb
Eficiência i sen trópica : η turb =
w i sen tr
Unicamp - Departamento de Energia - Jorge Llagostera 78
Análise de Volumes de
Controle
Conversão de energia: turbinas a gás
 V 2
− V 2

&
1a. Lei : Q VC − W& VC = m & h s − h e + s e
+ g(z s − z e )
 2 
W& comp
compr. : se Q &
comp = 0 ⇒ − = h 2 − h 1 = c p (T2 − T1 )
m&
W& turb
turbina : se Q &
turb = 0 ⇒ = h 3 − h 4 = c p (T3 − T4 )
m&
(T3 − T4 ) > (T2 − T1 )
Unicamp - Departamento de Energia - Jorge Llagostera 79
Análise de Volumes de
Controle
Eficiência isentrópica: turbinas a gás
Pr ocesso i sen trópico : s s = s e
w i sen tr
Eficiência i sen trópica do compressor : ηcompr =
w compr
w turb
Eficiência i sen trópica da turbina : η turb =
w i sen tr

Unicamp - Departamento de Energia - Jorge Llagostera 80


Ciclo Rankine Ideal
 V 2
− V 2

& &
1a. Lei : Q VC − WVC = m & h s − h e + s e
+ g (z s − z e )
 2 
W&b
bomba : se Q & =0⇒− = h 2 − h 1 ≅ v( P2 − P1 )
b
m&
Q&
caldeira : cald
= h3 − h2
m
&
W& turb
&
turbina : se Q turb = 0 ⇒ = h3 − h4
m&
Q &
condensado − - Jorge
r :de Energia
Unicamp - Departamento
cond
= h 4 − h1
Llagostera 81
m
&
Ciclo Rankine Ideal
Trabalho líquido do ciclo
& turb W
W &b
w ciclo = − = (h 3 − h 4 ) − (h 2 − h 1 )
m& m
&

Eficiência térmica do ciclo


w ciclo
ηciclo =
q cald

Unicamp - Departamento de Energia - Jorge Llagostera 82


Ciclo Rankine Real
z Comparação com o Ciclo Rankine Ideal
z Irreversibilidades
– Perdas térmicas
– Perdas de carga
z Regeneração
z Reaquecimento

Unicamp - Departamento de Energia - Jorge Llagostera 83


Ciclo Refrigeração por
Compressão
 V 2
− V 2

& &
1a. Lei : Q VC − WVC = m & h s − h e + s e
+ g (z s − z e )
 2 
W & comp
&
compressor : se Q comp = 0 ⇒ − = h 2 − h1
m
&
&
Q
condensado r : cond
= h3 − h2
m
&
&
válvula exp ansão : se Q exp = 0 ⇒ h 3 = h 4

Q&
evap
evaporador = hLlagostera
: de Energia - Jorge
Unicamp - Departamento 1 − h4 84
m&
Ciclo Refrigeração por
Compressão
Re frigerador
Trabalho líquido do ciclo
& comp
W
w ciclo = − = (h 1 − h 2 )
m
&

Coeficiente de desempenho do refrigerador


q evap
β refr =
w ciclo
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Ciclo Refrigeração por
Compressão
Bomba de Calor
Trabalho líquido do ciclo
& comp
W
w ciclo = − = (h 1 − h 2 )
m
&

Coeficiente de desempenho da bomba de calor


q cond
γ bomba de calor =
w ciclo
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É o fim ?

Unicamp - Departamento de Energia - Jorge Llagostera 87

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