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§FUS= - Instituto de Fisica da Universidade de Sao Paulo 8 MEC/FENAME/PREMEN MEC/FENAME/PREMEN PEF — PROJETO DE ENSINO DE FISICA ‘constiuido de quatre conjuntos destinados ao Ensino de 2° Grau, fol planejado e elaborado pela squipe tecnica do Instituto de Fisica da Universidade de Sao Paulo (IFUSP) mediante convénios com a FENAME © 0 PREMEN Coordenaeto Emst Wolfgang Hamburger Giorgio Mescatl Mecanica Antonia Rodrigues ‘Antonio Geraldo Violin Diomar da Rocha Santos Bittencourt Hideya Nakano Lulz Muryllo Mantovani Paulo Alves de Lima Plinio Ugo Meneghini dos Santos Elotricidade Eliseu Gabriol de Plert José de Pinho Alves Filho Judite’ Femandes de Almelda Eletromagnetismo esuina Lopes de Almeida Pacca Jodo Evangelista Steiner Programagio Vieual Carlos Egicio Alonso Gatlos Roberto Montelro de Andrade Etore Michele dl San Fill Bottini Joo Baptista Novell Junior Fotografia © RoprodugSes José. Augusto Machado Call! Washington Mazzola Racy ‘Secretaria @ Datilogratia Garlos Eduardo Franco de Siquelta Janete Vieira Garcia Novo Linguagem Claudio Renato Weber Abramo Maria Nair Moreira Rebello Construgio de Protétipos José Ferreira Voanerges do Espirito Santo Brites Desenho Industrial Alessandro Ventura Golaborem 0 pessoal da Secretaria, Oficina Grética, Aaministrago, Oficina Mecdnica e Oficina Eletrénice 0 IFUSP. IFUSP: Calxa Postal 8219, So Paulo — SP PEF MEC/FENAME/PREMEN Cabeclo (Indio Civilize- do) — Gravura do livro iagem Pitoresca e His- tériea ao Brasil, de Jean Baptiste Debret. CAPA Debret integrou a Missdo Artistica que veio da Franga para 0 Brasil em 1816 para aqui di fundir as belas-artes. 6 quando da suc chegada a populacdo in- digena estava reduzida, vencida pela assimilacao ou exterminada pelo avanco do branco. Os “ca- boclos” ou indios civilizados, assim chamados por terem sido batizados, trabalhavam para os pro- prietarios da regiGo em troca de aguardente e alimentos, As grandezas vetoriais so comumente re- Presentadas por setas ou flechas como aquela que © “indio civilizado” esté prestes a atirar. Entro- tanto, grandeza vetorial ndo é flecha, nem flecha @ grondeza vetorial. Existe uma entidade mate- matica abstrata chamada vetor, que é represen- tada por um segmento orientado e para a qual Podemos definir as operacées soma vetorial, di- ferenca vetorial etc. Se as flechas se comportassem como gran- dezas vetoriais, 0 indio poderia atirar uma flecha Para o leste e outra para o norte, obtendo dessa forma uma flecha resultante para atingir a um inimigo a nordeste. Isto € impossivel. Entretanto, podemos somar dois vetores, um apontando para leste, outro para norte, e obter um vetor resultan- te que aponta para nordeste SUMARIO Grandezas vetoriais 1. Roprosentagdo de grandezas vetorals ae 2 Operactes com grandezas vatorias Ses 3: Muttiplicaggo e divisdo de Uma grandeza veloral por ye numero DE Seen Y 4 ea a2 5 eee 6 2 é forme 8. Exoreicios “de splicagio il Grandezas vetoriais Suponha que vocé trabalhe na torre de controle de um aeroporto e receba o se- guinte chamado: — PP-NCK chamando torre de controle. > PP-NCK chamando torre de controle. ; Voce atende e © piloto informa: ’ — Estou com pane no motor nomero 4, Z voando em linha reta com velocidade de OE ee 800km/h a 4.000m de altura sobre a floresta amazénica. Estou passando agora sobre a confluéncia dos rios Tocantins e Araguaia. Neste instante, a comunicagéo é inter- rompida e s6 é parcialmente restabelecida meia hora mais torde, quande é captada parte de uma frase: —... tentando uma aterrissagem forgo- da. 8-1 Q1 — Apenas com base nos dades forneci- dos pelo piloto, vocé seria capaz de informar a0 servico de salvamento o local mais provavel em que 0 aviéo aterrissou, localizando-o no mapa mostrado na figura 1? Q2 — Que outras informagées © piloto deve- ria ter dado 4 torre na primeira co- municagéio para que 0 avido pudesse ser localizado? @3 — Se o piloto tivesse dito que voava numa direcéo paralela ao equador, isso bastaria para deduzir 0 local mais provavel em que © avido ater- rissou? Q4 — Localize, na figura 1, 0s pontos em que 0 avido poderia ser encontrado se 0 piloto tivesse informado apenas que voava paralelamente ao equador. Essa informacéo indicaria a reta se- gundo a qual 0 avido se movia, isto é, daria a diregao de seu movimento. No entanto, faltaria saber se ele se movia para leste ou isto 6, ficaria faltando a infor- magGo sobre o sentido do movimento do avido. 5 — Supondo que © piloto tivesse infor- mado que o sentide do movimento do avido era de oeste para leste, localize no mapa o local mais provével em que ele aterrissou. Dessa maneira, para assegurar a loca- lizagéo mais provavel do avido, nao é sufi- ciente saber qual sua velocidade; é necessé- rio saber também para onde ele se dirigia, isto é, a direcéo e o sentido de seu mov mento. Percebemos assim que, apesar de na inguagem cotidiana considerarmos as pala- vras direcéo e sentido como tendo 0 mesmo significado, elas na verdade se referem a coisas distintas. Q6 — Quantas direcdes so possiveis numa feta? E quantos sentidos? © exemplo do avido serviv para mos- trar que néo basta dar a velocidade de um corpo que se move para determinar onde ele poderd ser encontrado algum tempo mais tarde. Ou seja, além do valor da velocidade, & também necessério saber sua diresdo e seu sentido. Dessa forma, a velocidade néo fica completamente caracterizada apenas por seu valor numérico. Sua caracterizacéo completa depende de trés fatores: seu valor numérico, sua direcéo e seu sentido. Essa nova maneira de encorar a velo- cidade permite, entre outras coisas, analisar corretamente um movimento cuja direcéo voria, como é 0 caso do movimento circular. De fato, como vimos no capitulo anterior, quando estudamos © movimento circular d= um corpo levando em conta apenas o valor numérico da velocidade, chega-se a contra- dicées, originadas exatamente pelo fato de na@o considerarmos nem a direcao nem o sentido do movimento do corpo nesse estudo. De agora em diante, sempre que falar- mos em velocidade, estaremos nos referindo & velocidade com diregéo e sentido; represen- taremos a velocidade pelo simbolo ¥. O simbolo v sem a seta, assim como o simbolo |v|, representa o valor ou médulo da velocidade. Em matematica, 0 ente que se carac- teriza por um valor numérico, uma direcao RESPOSTAS 83 figura 2 © um sentido 6 chamado vetor. Assim, uma grandeza fisica desse tipo é denominada uma grandeza vetorial. Por sua vez, gran- dezas fisicas caracterizadas apenas por um valor numérico e sua unidade sao chamadas grandezos escalares, Q7 — A témperatura 6 uma grandeza veto- rial? Q8 — A forca com que a Terra atrai os cor- pos 6 uma grandeza vetorial? Q9 — Qual a direcdo, e qual 6 0 sentido da forga com que a Terra atrai as carpas? 1. Representagao de grandezas vetoriais SE Uma maneira de representar o valor, a direcao eo sentido de uma grandeza veto- rial 6 desenhar um segmento orientado, cuja diregéo e sentido sejam iguais as da gran- deza considerada e cujo comprimento repre- sente em escala o valor da grandeza. a4 Segmentos orientados que possuem a mesma diregdo, 0 mesmo sentido e © mes- mo médulo representam o mesmo vetor. Q10 — Quais dos segmentos orientados da figura 2 representam © mesmo ve- tor? Q11 — Quais dos pares de segmentos orien- tados da figura 3 representam o mesmo vetor? Voltemos agora ao caso do avido, A representacéo de sua velocidade pode ser feita através de um segmento orientado, cuje direcdo e sentido coincidam com a dire- G0 e 0 sentido do movimento do avido. Para representar o valor da velocidade, de- vemos escolher uma escala; se escolhermos essa escala de modo que cada centimetro corresponda a 400km/h, 0 segmento orien- tado que representa a velocidade do avidio (que € de 800km/h) teré 2cm de compri- mento. Dessa forma, caracterizamos perfeita- mente a velocidade do avido através de um segmento orientado. Seu comprimento, de 2cm, indica que a velocidade é 800km/h; sua figura 4 diego, dada pelo angulo que forma com « linha do equador (0°), 6 a direcdo do movi- mento do avido; finalmente, seu sentido é de ceste para leste, que é 0 sentido em que o avido se movia. Q12 — Utilizando a mesma escala (cada centimetro corresponde a 400km/h), represente no quadro acima a veloci- dade de um aviéo que se dirige para sudeste, numa diregéo que for- ma um dngulo de 30° com a direcéo leste-ceste, e que esté se movendo a 600km/h. As arandezas vetoriais desempenham um papel muito importante na Fisica; uma delas, por exemplo, é a forga. A figura 4 6 0 esquema de um disco a0 qual sé0 aplicadas duas forcos, Fe F.- A escala em que as forgas estao representadas 6 a de Icm: 1N. Q13 — Essas forcas sGo iguais? Q14 — 0 que caracteriza uma grandeza ve- torial? Q15 — 0 que coracteriza uma grandeza es- calar? RESPOSTAS as Q direcdo, dada pelo éngulo que forma com a linha do equador (0°), é a direcéo do movi- mento do aviéo; finalmente, seu sentido é de ceste para leste, que é o sentido em que o aviao se movia. Q12 — Utilizando a mesma escala (cada centimetro corresponde a 400km/h), represente no quadro acima a veloci. dade de um avido que se dirige Para sudeste, numa dirego que for- ma um dngulo de 30° com a direco leste-oeste, e que esté se movendo a 600km/h. As grandezas vetoriais desempenham um papel muito importante na Fisica; umo delas, por exemplo, é « forca. A figura 4 6 0 esquema de um disco ao qual sao aplicadas duas forcas, F, e F.. A escala em que as forgas estdo representadas ¢ a de lem: IN. Q13 — Essas forcas sdo iguais? Q14 — 0 que caracteriza uma grandeza ve- torial? Q15 — 0 que coracteriza uma grandeza es- calar? RESPOSTAS 85 Ri — Nfo. 0 avido poderia ter caldo em qual- quer ponto de uma circunferéncia do 400km de raio. R2 — O piloto deveria ter Informado para onde se dirigia Ra — Nao, pols mesmo sabondo-se que o ‘vido voava paralolamente ao equador, ‘do se teria nenhuma informacso sobre se ele yoava de leste para oeste cu de este pera leste R4 —0 avido podorla sor encontrado 30 longo da reta lesto-oesto que contsm @ conflubnela dos ros Tocantins Araguala, aproximadamente a 400km a ditelta ou a esquerda desse ponto. AS — 0 avido teria atorrissado a melo caminho tentre Barra do Corda e Presidente Dutra RS — Uma rela determina uma e uma s6 dlteeo, 20 paso que os sentidos pos- is e80 dots. RT —Néo. Embora a temporatura apresente valores positives @ negativos, nao. hd enhuma direco do espago que esteja associada a ola. Ela 6, assim, uma gran- deza. escalar. RB — Sim, pols a forga tem uma direglo ¢ tum ‘sentide, além do valor numérico. RO — A direcdo 6 a vertical, e 0 sentido 6 0 de cima para baixo ro—2-f£P = 6 Ri — Ri2— —S RIS — Nav, embora Py © Fy tenham o mesmo médulo, suas direcdes so diferentes. 14 — Uma: grandeza votorial @ caracterizada por um valor numérico © sua unidad uma direpdo © um sentido. R15 — Uma grandeza escalar 6 caracterizada or um némero e uma unidade. 2. Operagdes com grandezas vetoriais ETE a TS Se Ihe fosse perguntado quanto ¢ 2 mois 2, voc8 certamente néo hesitaria em dar a resposta. A adigéo de grandezas esca- lares de mesma espécie também néo apre- senta dificuldade, pois pode ser efetuada exatamente como a adic&o de dois numeros. Por exemplo: 2 segundos + 2 segundos — 4 segundos, 10 gramas + 25 gramas — 35 gramas, e assim por diante. Os unicos culda- dos a tomar sao: nunca adicionar grandezas com unidades diferentes; e atribuir & soma a mesma unidade das parcelas (no caso de nossos exemplos, o segundo e o grama). Quando se trata da adigéo de grande. zas vetoriais, no entanto, as coisas sGo um pouco diferentes. Para tornar o assunto mais concreto, vamos tratar inicialmente da grandeza ve- torial mais familiar, a force. As conclusées a que chegarmos sobre operacées com forcas seréo vélidas para todas as outras grande- 86 zas vetoriais, respeitadas as respectivas uni- dades de medida. Se aplicarmos simultaneamente a um corpo (por exemplo, um disce que se move sem atrito sobre uma mesa) duas forcas de mesmo médulo, por exemplo 2N, o ef sobre 0 corpo seré o mesmo que se ele esti- vesse sujeito apenas & acéo de uma forca de 4N? Seré que a direcdo e 0 sentido de cada uma das forgas de 2N devem ser leva- dos em conta para se conseguir chegar a uma concluséo? No que segue, chamaremos de resultan- te & forca que sozinha provoca o mesmo efeito que um conjunto de forcas. Cada uma das forcas do conjunto, por sua vez, & cha- mada de componente. A figura 5 representa, em trés_situa- ges distintas, um disco de gelo seco visto de cima, ao qual séo aplicadas duas forcas, sons F, e F., de mesmo médulo 2N. Vocé pode imaginar que as duas forcas séo aplicadas por duas molas iguais, esticadas de um mes-. mo comprimento. =s 2 4s a 4 Fy, Fa z > i F a fe oa = Figura 5 x y x oi F_t+4e zoxty a a figura 6 No caso a, as duas forgas se compen- sam, e a resultante é nula, isto é, seu mo- dulo é igual « zero. No caso b, nao é dificil aceitar © fato de que a resultante das duas forcas tem mé- dulo 4N, e que sua direcdo e sentido coinci- en dem com a direcdo e sentido de F, ¢ F.. Assim, quando duas grandezas vetoriais possuem a mesma direstio (casos a e b), pre- cisamos apenas levar em conta os seus sen- tidos para determinor a resultante. Se as arandezas vetoriais tm 0 mesmo sentido, 0 médulo da resultante seré a soma dos mé- dulos das componentes (caso b); se as com- ponentes tém sentidos opostos, 0 médulo da resultante igual & diferenca entre os mé- dulos das componentes (caso a). ‘Ambos os casos, a e b, j& sugerem que, 0 adicionar grandezas vetoriais, devemos levar em conta néo s6 o médulo dessas gran- dezas como também suas direcdes e sentidos. Nos dois casos que analisamos, no entanto, © fato de as forcas componentes possuirem @ mesma diregdo simplificou bastante nosso trabalho. Quais serdo, entao, 0 médulo, o sen- tido e a direcéo da forca componente no caso ¢? Descobri-los sera nossa tarefa a se- guir. De modo geral, quando queremos adi- cionar grandezas vetoriais X e ¥ de mesma espécie, representadas por segmentos orien- tados (figura 6a), fazemos a origem do se- gundo segmento, ¥, coincidir com a extrer dade do primeiro & (figura 6b). Em seguida, tracamos 0 segmento orientado %, que repre- senta a soma dos duas grandezas, como na figura 6¢. © segmento orientadoz —X + yé a resultante, e tem por origem a origem do segmento Xe por extremidade a extremidade S do segmento ¥. Q16 — Determine graficamente a resultante aS das forcas F, e F, aplicadas ao disco no caso ¢ da figura 5. 87 — figura 10 Outra maneira de determinar grafica- mente a soma de duas grandezas vetoriais 6 a chameda “regra do paralelogramo”. Para aplicé-la, devemos proceder da seguin- te maneira: desenhamos, a partir de uma origem comum 0, os segmentos orientados — OA e OB (figura 7), que representam, em escala, as duas grandezas vetoriais, A resul- = tante é entéo dada pela diagonal OC do —> paralelogramo consiruido sobre OA e OB. A regra do paralelogramo permite entao determinar a direcéo, 0 sentido e 0 médulo da resultante da adigéo de duas grandezas vetoriais. A figura 7 mostra que qualquer das tae duos regras leva ao mesmo resultado % + Y. Q17 — Utilize a regra do paralelogramo para determinar graficamente a re- as sultante das forcas F, e F, aplicadas ao disco no caso ¢ da figura 5. Uti lize @ escala para determinar 0 mé- dulo dessa fesultante. Q18 — A resultante tem direcdo, sentido e es ou médulo igual a F, ov a F.? O médulo da resultante igual & soma dos médulos das componentes? Na figura 8 esté representado o mesmo, vetor X da figura 7, e um outro vetor y', de mesma direcdo e sentido que y mas de mé-, dulo 1,5 vez maior que este ultimo. } Q19 — A direcéo do vetor& + ¥ é a mesma dex + 9? Na figura 9, 0 vetor y’ é substituido por outro, y, cujo médulo é igual ao de ¥’, mas cuja direcdo é diferente da deste Ultimo. © Derby de Epsom, de T. Gericault. Ha diferentes modos de se apresentar 0 movimento, conforme 0 objetivo. Neste quadro © artista “dé uma ropresentagao pléstica do fendmeno, Em vez de usar’ entes abstratos ‘como yetores para caracterizar 0 movimento — 0 que seria necessérlo para um estudo quantitative — .pintor joga om efeitos visuals para evidenclar a relacdo cavalo-movimento-lensao muscular. Assim, a diteglo do movimento 6 Ceracterizada pela disposicao dos cavalos em um bloco horlzontal e pelo tratamento do fundo do quadro, onde todas 4% sombras so alongadas segundo ¢ horizontal. A intensidade do movimento dada pela falta de contato entre os eascos € 0 solo. Se, ¥; sue diregdo é a mesma de x +’? Q20 — Determine a resultante X + Assim, 0 médulo, a diregao eosentideda pp resultante ¥ + ¥ da adigéo de dois veto- we res Xe ¥ dependem dos médulos, diregées sentidos de cada um desses vetores. Quando se trata de efetuar a soma de mais de duas grandezas vetoriais, dispomos ©s segmentos orientados que as representam Rig = do modo que « origem de cada um deles coi cida com a extremidade do anterior. Determi- names entao a resultante da adicéo dos dois primeiros vetores; em seguida, determinamos ‘@soma desta resultante com o terceiro vetor, e.assim por diante, Desa maneira,asomada Rog - pendltima resultante com o ultimo vetor cor- responde 4 resultante da adicéo de todos os vetores. Percebemos,, assim, que ndo é neces- sério determinar todas as resultantes inter- medidrias para achar a soma de varios veto- res: basta unir a origem do primeiro segmento orientado com a extremidade do ultimo (fi- gura 10). 89 ESCALA a) fom = 50km/h b) tom = 800km/A velocidade do para-quedista figura 11 3. Multiplicagao e divisao de uma grandeza vetorial por um nimero Existe uma operagéo bastante simples que se foz entre um némero e um vetor: po- demos multiplicar um vetor por um némero. Essa multiplicagéo é bastonte diferente dos ‘operacées comuns, que existem entre nUme- ros; ela se dé entre grandezas de natureza diversa. Como sabemos, quando multiplicamos um numero por outro, obtemos um terceiro numero, que € 0 produto deles. Por outro lado, quando multiplicamos um vetor por um némero, obtemos um outro vetor. Assim, quando multiplicamos 0 némero 2 pelo vetor AB, obtemos o vetor 2AB, que corresponde & soma de dois vetores iguais a AB, como mostra a figura 11. Assim, 2AB indica uma grandeza veto- rial de mesma diregéo, mesmo sentido e mé- dulo duas vezes maior que AB. AB figura 12 a figura 13 De modo geral, sen é um numero posi- tivo, nAB é uma grandeza vetorial de mesma direcdo, mesmo sentido e médulo n vezes = maior que AB. Se o numero n é negativo, nAB é uma grandeza vetorial de mesma di- rego, sentido oposto e médulo n vezes maior Ee que AB. Em particular, quando n — —1, 0 ve- Lae is tor (-1) X AB = —AB tem mesma direcéo, mesmo médulo e sentido oposto ao do vetor AB; 0 vetor —AB é chamado simétrico, ov oposte de AB. Q21 — Represenie graficamente, na figura 12, a grandeza vetorial simétrica a AB. Q22 — Represente graficamente, na figura 13, as grandezas vetoriais: 0) 2.AB b) -2.AB 8-11 Assim como podemos mul yetor por um nmero, podemos tor por um numero diferente de zero. B Dessa forma, — representa uma gran- 2 deze vetorial de mesma diregéo, mesmo sen- tido e médulo igual & metade do médulo de AB. a, AB Q23 — 0 que representa 0 vetor —, em 4 Fe AB. termos do vetor AB? E 0 vetor —? 5 24 — Represente graficamente na figura 14 as seguintes grandezas vetoriais: ie =, ir oS ,e aH —2 2 3 4. Subtragdo de grandezas vetoriais SS SE Se CIES Subtrair uma grandeza vetorial y de ou- tra X é adicionar % 4 simétrica de y. Assim, x-y-x+CH. Uma maneira prética de obter a dife- renca entre duas grandezas vetoriais numa certa ordem — por exemplo, subtrair ¥ de X — & tragar os segmentos orientados representa- tivos de cada uma delas a partir de uma ori- gem comum O, e depois tracar o segmento crientado que tem origem na extremidade do segmentoy e extremidade na extremidade do segmento %. Esse segmento orientado repre- senta a diferenga X —¥ (figura 15). A diferenca entre dois vetores 6, assim, © vetor que, adicionado ao segundo, dé como resultado o primeiro. Q25 — Determine graficamente a diferenca @—B entre as duas grandezas ve- toriais representadas na figura 16 Tente fazer a mesma coisa de duas neiras diferentes. Verifique que a diferenca entre esses ve- tores 6 0 vetor que adicionado ao segundo dé como resultado 0 primeiro. 8-12 RESPOSTAS figura 14 figura 15 ay ie 2 b figura 16 = ; | as ra > — 208 | 2AB | R23. — AB representa um vetor de mesma @ direcdo, mesmo sentide © médulo 4 vezes menor que © médulo de AB. AB é um vetor simétrico de AB 3 RIB — Nao. Néo. R19 — Nao, Rae . AB 2 R25 — Efetue nos quadros abaixo as operacées com os vetores indicados. : a d —— Soy ev? et a > ? > > ouh 3 S ® > > > > > Teo reo ae oe > + t ai = eas 2 a > > > a = n z ey Tespostas @ pig. 8-20 tom: 100, ‘de grandeza figura 17 5. Exercicios de aplicagao I ae E1 — Dadas as grandezos vetoriais 4, b 2 e € representadas na figura 17 (esca- la Tem: 10U.onde U = unidade de grandeza), determine em escala a re- Poi sultante ded + b + € Os segmentos da figura 18 represen- tam as forgas F, e F, que possuem a mesma diregéo e sentido. A escala & Igm: 2N. Determine em escala: ES 4 figura 20 aa ¢) A soma F, + F. > x! b) A diferenca F, ~ Fs Os segmentos da figura 19 represen- fam em escala duas forgas. Deter- mine: Pa oF, + ae b) FF - F Usando as informagées da questéo anterior, determine na figura 20: sok mes a) 2F, + F, 815 figura 21 figura 23 Uma pedra esté sujeita & acéo de duas for- Bees cas F, ¢ F, de médulos 2N e 3N, respectiva- mente, formando entre si um angulo de 60°. E5 — Desenhe, em escala, os segmentos re- presentativos das forcas (fig. 21). E6 — Quala intensidade, diregdo e sentido da forca resultante que age sobre a pedra? E7 — Qual a direcdo seguida pelo pedra? E8 — Um carrinho, num plano horizontal, esté sendo puxado por uma pessoa e empurrado por outra com forcas de 200N cada uma, conforme mostra a figura 22. Qual é a forca resultante? E9 — Utilizando os dados fornecidos a se- guir, represente, na figura 23, as ve- locidades de trés avides que voam a alturas diferentes sobre a cidade de 8-16 Bauru. Faca cada centimetro corres- ponder a 100km/h. 49 avido: volocidade ¥, idade: v, = 200km/h, a Baurd a Marila. Marita 2 vido: volocidade ¥, Valor da volocidade: v, = 300km/h Dig: cn ttn gum gs Ai a bra Brain, Seni: para eudosste 9 iso: veioclands % Valor da velocidade: v, = S00km/h. Directo: da reta quo liga Bauru a So Paulo. Sentido: para noroeste, A figura 24 representa a trajetéria de um mével que se desloca de A para B. Sa- bendo que a velocidade tem a direcéo da tangente em cada ponte da trajetéria eo sen- tido do movimento, represente na figura 24 as velocidades do corpo nos pontos assinala- dos. Use uma escala de lem: 10cm/s e os dados da tabelo. E10 fl £12 514 figura 24 — Quais das velocidades que yocé re- presentou possuem o mesmo mé- dulo? — Existe algum par de pontos em que a velocidade do corpo é a mesma? — Houve alguma variagdo na velocida- de do corpo quando ele passou da posicée 1 para a posigéo 27 = Qual a variagéo de velocidade do corpo quando passou da posicio 2 + > para a posigéo 3 (v, — v,)? — Uma caixa é amarrada a um baléo de gas. A Terra atrai a caixa com uma forca de 0,10N, enquanto que © baldo exerce sobre a caixa uma forca para cima de 0,15N (figura 25). Qual é a forca resultante sobre @ caixa? . ae RESPOSTAS DE EXERCICIOS figura 26 E15 — A velocidade de cruzeiro de um avido que faz a rota Sao Paulo—Rio é de 400km/h. A distancia entre essas duos cidades 6 de aproximadamente 400km. Calcular as velocidades do ayidio e os tempos necessérios para percorrer aquela disténcia nos se- guintes casos: a) Com vento de cauda (isto é, com direcéio e sentido de Séo Paulo para o Rio) de 40km/h. b) Com vento de proa (isto 6, com direcao e sentido do Rio para Séo Paulo) de 40km/h. E16 — Um barco parte do ancoradouro M e atravessa 0 rio em linha reta (figura 26), atingindo a margem oposta no ponto N. Na figura estéo representa- das, em escala, a velocidade da cor- renteza e a velocidade resultante do barco. Determine a direcdo, 0 sen- tido e 0 médulo da velocidade pré- pria do barco (velocidade do barco em gua porada). E17 — Um bloco de massa 8,0kg parte do repouso, sendo puxado sobre uma > mesa horizontal por uma forsa F constante, de médulo 2,0N. Verifica- -se que © bloco atinge a velocidade de 1,0m/s em 6,0s. 2) Qual 6 a aceleracéo do bloco, cal- 8.18 figura 27 2 culada pela formula a = |Av/At} b) Qual a razéo (F/m) entre a forca aplicade e « massa do bloco? ©) A diferenca encontrada entre as cceleragdes caleuladas nos itens ae b pode ser devida a alguma outra forca, que née foi mencio- nado? d) Qual & a direcéo, 0 sentido e 0 médulo dessa forca? 6. Aceleracao vetorial EE TE SS A velocidade de um corpo é uma gran- deza vetorial, cuja diregéo é, em cada instan- te, a da tangente & trajetéria desse corpo. Portanto, se um mével descreve uma trajeté- ria eurvilinea, sua velacidade varia, pelo me- nos em direcdo, Considere a figura 27. 26 — As velocidades correspondentes as posicdes P,, P, e P, possuem a mes- ma direcao? Q27 — As velocidades ¥,, Ws € V, sdo iguais? © mével passa pela posigao P, com ve- locidade ¥,, e pela posicao P, com velocida- = i de ¥). Sendo ¥, + ¥z, a velocidade do corpo sofreu uma variagdo entre as posicées P, e Ps. figura 27a Chamando de AV a variagao da veloci- dade, podemos eserever % -%, + MV, que & mostrado graficamente na figura. Note que a variacgéo da velocidade & também uma grandeza vetorial, pois Wav, — WH. Q28 — Determine graficamente V, — V; e ¥. — %: (figura 270). Q29 — A escala da figura 27 & tal que Tem corresponde a 10cm/s. Determine os valores das seguintes variagées de velocidade: a) % -% — AW b) Ay, o%-% = Ww © mével passou pela posigéo P, no instante t, e pela posicéo P, no instante t,. © intervalo de tempo decorrido para ir da posicGo P, & posigdo P, é Att. —f,. Q30 — Verifique na figura 27 qual foi o intervalo de tempo decorrido entre as passagens do corpo pelas posicées ©) P, e Ps: b) P, e Py Pe P. RESPOSTAS DE EXERCICIOS Ris.€) b) Riza) b) c) d) Rag - Ro; - 819 < o 3 5 > 3 a 3 3 3 he 4 Ae Ae ae Ae te 4o Ae AS Ac Ae Ale Ae AE Me pole No intervalo de tempo At = t, — ta velocidade sofreu uma variagéo Av se : ¥, — ¥.. Entéo, definimos a aceleracéo média do corpo no intervalo At como sendo: 2 Cer A aceleracéio média é 0 quociente entre @ variagéo da velocidade AV e o intervalo de tempo At durante © qual ocorreu o variacao. Como At é sempre positivo, @, 6 a grandeza vetorial que tem a direcéo e sentido de AVe cujo médulo € o quociente do médulo de AV por At. Simbolicamente: lav] At Q31 — Qual é o médulo da aceleragao ve- torial média entre as posicdes P, & P,; Pie Pi; P. e Py? Resta agora verificar como se deter- mina a aceleracéo instanténea do corpo, isto é, a aceleracéo em um ponto da trajeté- ria, por exemplo no ponto P: da figura. Para isso, fixamos um intervalo de tempo pequeno que contenha o instante correspondente passagem do mével pelo ponto P:; calculamos @ aceleragéo média nesse intervalo e assu- mimos que essa é a aceleracéo no ponto Ps. Naturalmente, ao fazer isso, podemos estar cometendo um erro, pois o que determi- names foi uma aceleragéo média e nao a ‘oceleragéio no ponto P., Esse erro sera tanto menor quanto menor for o intervalo consi derado. -RESPOSTAS R 317 7. Forma vetorial da lei de Newton se No capitulo 7, estudamos a relagéo entre forca e aceleragéo nos movimentos reti- lineos; nos casos estudados, a natureza veto- rial das grandezas nao influia nos resultados. Vamos agora analisar 0 caso mais geral de movimentos néo retilineos, em que se faz necessdrio formular vetoriclmente a segunda lei de Newton. Pela lei da inércia, se a soma das forgas (@ resultante) que agem sobre o corpo for nula, sua velocidade néo varia, isto é, ela nao varia nem em direcdo nem em médulo, Assim, qualquer variagéo na velocidade indica que a resultante das forcas que agem sobre 0 corpo néo é nula. Foi usando essa idéia que Newton postulou sua segunda lei do movimento, Para ele, a forga F, que, num pequeno intervalo de tempo At, provoca uma mens variagéo AV na velocidade de um corpo, & expressa por: > Fm At + cae ov, se At 6 muito pequeno, por F — ma, & onde m a massa do corpo e @ é a acele- ragéo adquirida, Essa lei permite determinar a resultan- te das forcas que agem sobre um corpo, desde que se conheca sua massa e a acelera~ ga0 que ele adquire. A aceleracéo tem dire- G0 e sentido iguais aos da resultante. Reciprocamente, se conhecemos a resul- tante das forcas que esto agindo e a massa do corpo, podemos determinar sua acelera- G0 em cada instante. 8.21 8. Aplicagao da lei de Newton ao movimento circular uniforme SS Quando no capitulo 7 tentamos aplicar a lei de Newton (F = ma) a um movimento cir- cular e uniforme, encontramos dificuldade, por- que nao" sabiamos calcular a aceleragdo nesse movimento. Cam os conhecimentos que dispomos ‘agora, podemos retomar o problema. A figura 28 mostra um disco em movimento circular. A fora que age sobre ole 6 exercida pelo fio, tendo, portanto, a direcdo do mesmo, @ € dirigida para o centro. A intensidade da forca pode ser avaliada pela déformacéo do anel de borracha; observa-se que ela é constante no decorrer de todo 0 movimento. Note que a dire- ¢G0 da forca varia continuamente, pois a direco do fio est variando. Sabemos que, apesar de a velocidade do disco ter valor constante durante o movimento circular uniforme, sua direcéo varia de ponto para ponto. Determinemos graficamente a aceleracéo do disco numa posicao qualquer de sua trajetéria, ‘como, por exemplo, na posi¢do C. Para isso, de- vemos calcular a diferenca das velocidades do disco nas posicées Be D, AV = ¥, — Vy, dir essa diferenca pelo intervalo de tempo cor- respondente. e divi- A velocidade ¥,, representada na figura 29 étangente & trajetéria em B; seu médulo € 0 com- primento do arco AC, dividido pelo tempo gasto pelo disco para percorrer esse arco. Na figura, AC — 5,1cm, que corresponde « 51cm do tama- ho real, pois a escala é de 1:10. Como o inter- volo de tempo entre dois instanténeos sucessivos € 0,405, 0 arco AC foi percorrido em 0,80s, 0 médulo de ¥, 6: 5lcm %| = Sa = 6dem, Ml 0,805 vt Como 0 movimento & uniforme, isto é 0 médulo da velocidade permanece constante, ‘te- mos: ly, 64cm/s. Para representar as velocidades Ve e qa na figura 29, usamos a escala de lem para 20cm/s; 8-22 x $32 ‘Um disco, em movimento circular, preso a um barbante por melo de um anel de borracha que se deforma quando sujelto a uma forga. Como a defor- magio 8 constante, a forca que o esta puxando ‘tom valor constante. A dielta, uma ampliagao esque mation O8 pontos A,B... roprosentam © contro do disco, figura 28 portanto, essas velocidades estdo representadas por segmentos de 3,2cm. Aplicando-se ¥, e ¥, num mesmo ponto, determinamos 0 segmento Av, que representa a aiferenca%y — Flite 6, Ses es Av = ¥, —¥, 932 — Quanto mede, em centimetros, o seg- mento que representa Av? Q33 — Se a escala das velocidades & de Tem : 20cm/s, qual o valor de Av? © valor da aceleragéo média é calculado dividindo-se 0 valor de A¥ pelo intervalo de tem- po considerado. 934 — Qual o valor da aceleracéo média do disco no trecho BD? Esse é 0 valor da aceleracdo ne pento C. ae Como @, — —, a direcdo e o sentido da Ae @. coincide com a diregio e 0 sentido de AY, pois At > 0 (positivo). Resta agora representar graficamente a aceleracéo no ponto C. Trace pelo ponto © uma paralela ao seg- mento AY. 35 — Essa parclela passa pelo centro da tra- jetéria? rs 36 — Qual é 0 sentido de Av? 937 — Qual é entdo a direcdo € 0 sentido da aceleragéo no ponto C? Para representar a aceleracéo na posigio C, ‘adotamos a escala de lem: 20cm/s*. Q38 — Qual é 0 comprimento do segmento que representa a aceleracdo na posicao C? 939 — Represente a aceleracdo no ponto € na figura 29. Concluimos entao que a acelerac¢do no ponto C tem a diregdo do raio da circunferéncia e é dirigida para seu centro; a direcdo e o sentido da aceleracao coincidem com a diregdo e sentido és forca que o fio exerce sobre o disco. Sendo 0 ponto € um ponto qualquer da tra- etéria, concluimos que, em cada instante, a ace- ferocd0 tem a mesma direcéo e sentido que a forca} isto esté de acordo com @ segunda lei de Newton na forma vetorial, F — ma. No movimento circular uniforme, a forca é Srigida para o centro da trajetéria e é chamada ce forca centripeta; a aceleragéo correspondente = chamada de aceleragéo centripeta. Note que tanto a aceleracéo como a forca weriom de instante para instante; contudo, em > > Hw —%.¥, e Wy. R11 — Nao, pois apesar de slgumas velocidades serem iguals em modulo, suas direcdes sfo diferentes. R12 — Sim, pois houve uma variagdo na dire- Go| da velocidade, R14 — A resultante 6 uma forga de 0,05N, com RIS — a) 440km/n; 0.9h. ) 360km/h; 1,1h Ris — RIT — a) 1/6m/s b) 1/4m/e2 ©) Sim ~ 4) Direcdo: a mesma de F. Sentido: oposto ao de Modula: 2/N, R18 — A direcdo da velocidade 6 sempre tan- gente trajetéria, mas a direcao da Aceleragfo nao, Sua diregéo ¢ a mesma que a da forca que a provoca. R19 — 1gem/s? — A cirepfo © 0 sentido da ere =n menses ines, “figura redualda a metade figura reduzida um terco Respostas da pag. 8-10: is ) (R| = 750km/h 8.27 E Gio Ss av i Ss 5 aes bon! A figura ao lado é o resultado de uma partida de “Grande Prémio”, um jogo em que duas ov mais pessoas simulam uma cor- rida de automéveis. Para jogé-lo, desenha-se ‘em uma folha de papel quadriculado uma “pista de corridas” suficientemente larga pora acomodar um “carro” para cada joga- dor. © jogo torna-se mais interessante se a pista apresentar muitos curves. Coda jogadsr utiliza um lépis ov caneta de cor diferente. Em-cada jogada, deve ser feita uma marcagéo no cruzamento das linhas do papel correspondente & posicao do “earro", A ordem de jogada pode ser determi- nada tirando-se @ sorte. Os “carros” sao entéo colocados na linha de partida. Os movimentos de uma posigéo para ovtra so efetuados segundo regras que wlam aproximadamente © que ocorre em uma corrida real: 1) A nova posigéo © 0 segmento de reta correspondente & nova e & velha posigéo devem estar inteiramente dentro da pista. 2) Dois carros néo podem ocupar simulta- heamente a mesma posigéo; nao sao permi- fidas “colisées". 3) A aceleragéo, 0 freamento, a velocidade constante ea mudanca de direcdo sao simu- ladas da seguinte maneira: syponha que seu movimento anterior tenha sido x unidades horizontais e y unidades verticais e que seu movimento atual seja de x’ horizontais ¢ y’ verticais, entéo, x’ pode ser igual a x ou di- ferir de x de uma unidade: ov x’ = x, ov x! =x + 1, oux'—x— 1, ¢, analogamente, oy —y,oy—yt toy =y—1. GRANDE PREMIO Isto 6, a diferenga absoluta entre os dois movimentos horizontais deve ser 0 ov 1, 0 mesmo velendo para os movimentos verti ais, Para exemplificar esta regro, 0 primeiro movimento do jogo pode ser de uma unidade horizontal, ov de uma vertical, ou de uma unidade horizontal e uma vertical. 4) E considerado vencedor 0 carro que ultra- passar a linha de chegada, ao final de uma rodada, sem violar as regros anteriores. Se dois jogadores ultrapassam a linha de che- gada na mesma rodada, o vencedor é aque- le que a ultrapassa mais. "Grande Prémio” também pode ser jogado por uma sé pessoa. Nesse caso, seu objetivo é melhorar seu "tempo", isto 6, terminar a “corrida” no menor némero pos- sivel de jogadas. Depois de jogar alguma vez “Grande Prémio”, discuta com seus colegas as seguin- tes questées: — O que esse jogo tem a ver com esse capi- tulo? — Como seriam definidas no jogo grandezas anélogas a deslocamento, velocidade a aceleracéo? — Qual 6 a unidede de “tempo” utilized? — © que representa © segmento que une dvas posigées consecutivas de um carro? — Como pode ser medida @ velocidade? E a aceleracéo? — No exemplo considerado, qual foi a mé- xima velocidade do carro preto? Qual foi sua aceleragéo méxima? — Um jegador pode im qualquer aceleracéo? @0 seu carro

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