You are on page 1of 4

Reflexão: As Tecnologias de Informação e Comunicação /Inovação Educacional

Mestrado emInstituto
Ensino doPolitécnico
1º e 2º Ciclosda
do Guarda
Ensino Básico
Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Epistemologia da educação

Reflexão: “As Novas Tecnologias e a Educação Especial”

Docente responsável: Professor Doutor António José Pissarra Monteiro

Instituto Politécnico da Guarda


Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto Página 0
Reflexão: As Tecnologias de Informação e Comunicação /Inovação Educacional

Reflexão

As Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação Especial

O computador é dócil e paciente. Diferente dos


seres humanos, não se queixa, não grita e não
castiga em caso de erro. O computador
apresenta -se como uma máquina que repete
docilmente o trabalho, responde a perguntas,
cala-se ao mero comando de uma tecla e
obviamente não provoca constrangimentos
afectivos durante as situações de
aprendizagem propostas.

(Lolline, 1991)

“ Para a maioria das pessoas a tecnologia torna a vida mais fácil; para a
pessoa deficiente a tecnologia torna as coisas possíveis”.

Esta é uma frase que nos dá bem a noção do papel que a informática e as novas
tecnologias de informação e comunicação têm desempenhado e têm a desempenhar na
preparação e reabilitação das crianças e jovens com deficiência.
As TIC foram entrando a pouco e pouco na educação e foram-se afirmando
progressivamente como instrumento ao serviço da pedagogia, hoje é um importante
“parceiro pedagógico”, tornando mais eficazes as estratégias de intervenção educativa,
imprescindíveis na sociedade actual.
No sistema regular de ensino a informática começou a entrar, há já alguns anos,
especialmente pela mão do projecto Minerva; na Educação Especial essa entrada foi
bem mais lenta e de forma tímida.
No campo da Educação Especial a introdução das Novas Tecnologias de
Educação e informação, (NTIC), têm suscitado grandes expectativas. A pessoa
deficiente tem por princípio áreas consideradas deficitárias. As NTIC ao
desempenharem com maior eficácia algumas tarefas humanas como memória,
velocidade de processamento, controle do envolvimento pessoal, comunicação, etc.
assumem uma função supletiva das capacidades afectadas, diminuindo a distância entre
o possível e o inacessível.

Instituto Politécnico da Guarda


Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto Página 1
Reflexão: As Tecnologias de Informação e Comunicação /Inovação Educacional

O desenvolvimento tecnológico oferece cada vez mais, novos instrumentos para


optimizar o manejo do computador pelas pessoas com deficiência proporcionando,
dessa forma, a democratização do ensino, da informação e da socialização, além do
desenvolvimento cognitivo e sócio - afectivo.
As TIC podem ser entendidas, na minha opinião, como a voz, o ouvido, os olhos
e o movimento que a deficiência subtraiu. O “Admirável Mundo Novo da Informática”
está cheio de fantásticas promessas.
As possibilidades conjugadas:
 de equipamento informático – teclados alternativos, ecrãs
sensíveis ao toque, substitutos de ratos, etc.;
 da robótica – braços mecânicos, apontadores, capacetes, controlo
do envolvimento, etc.;
 dos programas – utilitários e específicos;
 da síntese e reconhecimento vocal;
 da telemática educativa;
 do controlo remoto;
alargaram o desempenho das pessoas portadoras de deficiência até aos limites do
assombro.
A versatilidade dos softwares adaptados favorece a acessibilidade das crianças
com Necessidades Educativas Especiais ao sistema Educacional tornando visível a sua
participação. Mover o pescoço ou, unicamente, o olhar já é suficiente para controlar um
computador e todo um manancial de possibilidades tornando o indivíduo incapacitado
mais autónomo e naturalmente mais feliz.
Não podemos pensar no entanto que as NTIC podem absolver o professor e a
escola da escolha complexa e criteriosa das estratégias e métodos de ensino e
aprendizagem. Estas tecnologias podem servir tanto a individualização, a massificação,
como a criatividade ou a rotina, podendo abrir novas possibilidades ou afunilar
perspectivas… É na organização do ensino e nas opções que a este respeito forem
tomadas que reside em grande parte o sucesso da função das Tecnologias de Educação e
Informação.
No entanto, dos resultados que temos observado e de estudos desenvolvidos
quanto à comparação entre efeitos de aprendizagem tradicional ou assistida por
computador, a primeira e principal conclusão é que o ensino assistido por computador
utilizando programas especiais ou a internet revela-se tanto mais eficaz quando se trata
de populações com necessidades educativas especiais, em particular no contexto da
deficiência mental, em que para muitos casos a intervenção de tipo comportamental tem
tido resultados bastante positivos.
O LOGO é um recurso da informática para os deficientes mentais que revela
imensas e diversas vantagens na sua exploração e na sua utilização na prática
pedagógica. Há relatos de experiências positivas quanto ao uso da informática educativa
no quotidiano escolar com os deficientes mentais e Portadores de Necessidades
Especiais.
Instituto Politécnico da Guarda
Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto Página 2
Reflexão: As Tecnologias de Informação e Comunicação /Inovação Educacional

A criança com deficiência mental exige atenção"especial" e deve ser


compreendida tratando-a com todos os direitos do ser humano na fase do seu
desenvolvimento.
O espaço de opinião é curto mas gostaria que se tornasse de algum modo
expressivo daquilo que penso.
Parece-me muito importante fazer ressaltar o papel que as TIC e as suas
metodologias de ensino desempenham na educação especial essencialmente ao nível do
1º ciclo uma vez que é a área que melhor conheço e mais aprecio profissionalmente, em
que a criança com problemas finalmente integrada na escola de todos, deve ter à sua
disposição as técnicas de comunicação que necessita, os instrumentos técnico-
pedagógicos e os programas específicos adequados às suas necessidades.
Está evidente a validade da educação que utiliza tecnologia adaptada às necessidades
especiais do educando. Portanto, para que se tenha assegurada a apregoada e defendida
igualdade de direitos numa sociedade democrática, resta colocar em prática o direito de
dispor desses recursos, a fim de que, mesmo com a diversidade seja possível atingir o
real sentido da educação para (com) todos.
Como mote final, a utilização da informática pelas pessoas com deficiência dá-
se através de recursos adaptados.
Existem, no mercado, diversos softwares e periféricos de computadores que
foram elaborados visando as pessoas com necessidades especiais.
Este avanço tecnológico em termos da utilização pelas escolas leva a repensar,
também, um pouco a formação/especialização dos docentes que trabalham directamente
com estas crianças. Deverá ser um profissional em constante actualização que conheça e
saiba aplicar as novas tecnologias podendo reclamá-las para os seus alunos.

Teresa Figueiredo

Instituto Politécnico da Guarda


Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto Página 3

You might also like