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RELATRIO
Sustenta o agravante, em suma, que (a) a Lei 9.784/99 inaplicvel aos servidores
estaduais, mesmo que o Estado no tenha legislado especificamente sobre a matria; e (b) "o
ato de aposentadoria, conforme iterativa jurisprudncia, inclusive a do Supremo Tribunal
Federal, qualifica-se como complexo, s se aperfeioando aps o registro no mbito do
Tribunal de Contas"; e (c) "S a partir de ento que comea a fluir o prazo decadencial do
art. 54 da Lei 9.784/99" (fl. 267).
o relatrio.
VOTO
2. A jurisprudncia desta Corte unssona no sentido de que a Lei 9.784/99, que regula o
processo administrativo no mbito da Administrao Pblica Federal, pode ser aplicada de
forma analgica relativamente aos Estados-Membros, desde que inexistente lei local que trate
da matria. Nesse sentido: AgRg no Ag 1.375.802/SP, 1 T., Min. Arnaldo Esteves Lima, DJe
de 24/03/2011; REsp 1.148.460/PR, 2 T., Min. Castro Meira, DJe 28/10/2010; REsp
1.019.012/DF, 5 T., Min. Jorge Mussi, DJe de 03/08/2009. No caso, entretanto, a alegao
genrica de inaplicabilidade da lei federal, sem indicao da existncia de lei estadual
disciplinando matria em questo, atrai a incidncia, por analogia, da Smula 284 do STF ("
inadmissvel o recurso extraordinrio, quando a deficincia na sua fundamentao no
permitir a exata compreenso da controvrsia" ).
O agravo regimental no traz qualquer subsdio apto a alterar esses fundamentos, razo
pela qual deve ser mantido inclume o entendimento da deciso agravada.