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EstudGJs
Socioculturais
em AlimeRtao
e Sade:
Saberes
em Rede
ORGANIZAO
-
REDE NAUS
Rede lbe,o Amenc.ana de
Pesqu1.w Quht.ativa em
A.limtntatlo t Soutdadt
Dinmicas alimentares na relao
rural-urbano: o caminho entre o
tradicional e o moderno 1,2
Introduo
1
Este trabalho corresponde a uma parte da discusso terica da tese de doutorado intitulada
Prticas alimentares e sociabilidades em famlias rurais da Zona da Mata mineira: mudanas
e permanncias, defendida em 2015 no Programa de Ps-Graduao em Extenso Rural da
Universidade Federal de Viosa, Brasil.
2
O estudo foi desenvolvido com o apoio, em forma de bolsa, da Coordenao de Aperfeioa-
mento de Pessoal de Nvel Superior (Capes).
3
Modernidade, no sentido discutido por Giddens (1991).
4
Expresso francesa que, na traduo das obras de Poulain (2013) para o portugus, significa co-
medores/comedor. Representa, para a sociologia da alimentao, o homem que come, razo da
utilizao da palavra comedor em portugus. Fischler (1995) utiliza o termo comensal. No
Brasil, comum utilizar o termo comensal, talvez pela conotao pejorativa atribuda ao termo
comedor. No entanto, a palavra comensal, nos dicionrios de lngua portuguesa, est mais
atrelada ao termo comensalidade (que comer junto, comer com os outros), e no necessariamente
ao ato de comer. Assim, destitudos de preconceito em relao ao termo comedor, neste trabalho
ns o utilizaremos, na maior parte das vezes, com o sentido atribudo por Poulain.
Entre lavradores cuja atividade econmica est quase toda dentro dos limites
da produo diria e sazonal de comida para a famlia, o alimento, e tudo
o que envolve o acesso a ele, aparecem como agentes reguladores entre o
homem e o seu mundo. Praticamente todo o seu trabalho dirigido a ob-
ter alimentos para uma dieta cujos ingredientes produzem, conservam ou
comprometem as suas condies pessoais de presena em esferas sociais de
relaes entre produtores de alimentos (Brando, 1981, p. 148).
Consideraes finais
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