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Grupo Parlamentar do Partido Socialista

Exma. Mesa da Assembleia;

Sr. Presidente da Câmara;

Srs. Vereadores;

Srs. Deputados;

Minhas senhoras e meus senhores

DECLARAÇÃO POLÍTICA

Aumento das Rendas da Habitação Social

A Câmara Municipal da Covilhã tem feito, ao longo dos últimos anos, um


investimento muito significativo na área da habitação social. Esse investimento
tem permitido o realojamento de muitas famílias carenciadas do nosso
concelho.

Nesta matéria, apesar do enorme endividamento financeiro gerado com a


construção de habitação social, entendemos que se trata de um investimento
acertado na medida em que promoveu a melhoria das condições de vida das
populações mais carenciadas do concelho da Covilhã.

Também conhecemos as dificuldades financeiras que a autarquia atravessa,


bem como as do país e do mundo. Vivemos tempos difíceis e os montantes
financeiros disponíveis são escassos e não chegam para tudo. Os cortes
orçamentais, os cortes em determinados sectores, são uma realidade com que
temos que conviver nos próximos tempos. Nesta matéria ninguém faz milagres
e também não pedimos à Câmara Municipal da Covilhã que os faça.

Mas, se de uma forma clara devemos reconhecer o investimento realizado pela


Câmara Municipal da Covilhã nos últimos anos, também devemos, com a
mesma clareza, afirmar que tem faltado à Câmara Municipal da Covilhã uma
política objectiva de habitação social.
Grupo Parlamentar do Partido Socialista

Fazer política de habitação está muito para além da construção de blocos de


apartamentos, embora reconheçamos que, sob o ponto de vista financeiro, esta
é naturalmente a “fatia de leão” do processo.

A pergunta que se impõe é esta: se a CMC se esforçou na componente mais


difícil em matéria de habitação social, porque não se esforçou, ao longo dos
últimos anos, para a definição de uma verdadeira política de habitação social?

O recente aumento das rendas da habitação social que a Câmara Municipal da


Covilhã promoveu é disso um exemplo. Em tempos difíceis como estes que
vivemos percebem-se os aumentos e os cortes orçamentais. Só não se
percebe, neste caso, o porquê dos aumentos, justamente, junto daqueles que
menos têm. Não há estudos, não há análises, caso a caso, sobre esta matéria.

A razão do aumento das rendas é só uma: dificuldades financeiras da


autarquia. Até aqui todos percebemos e até compreendemos face ao momento.
Não pode é a razão do aumento ser justificada com a melhoria das condições
do meio envolvente, de forma a criar nos moradores uma identificação positiva
da zona onde moram. Se a razão é essa então dizemos claramente que se
corte um pouco mais nas festas e não se aumentem as rendas sociais com
base nessa razão.

Neste sentido, consideramos ainda que seria necessário e urgente a realização


de um estudo de diagnóstico de cariz sócio-económico das famílias alojadas
nestes bairros do concelho da Covilhã antes de qualquer actualização de
rendas, isto para permitir uma avaliação abrangente das condições de vida,
fontes de rendimento individuais e familiares e análise dos impactos dos
programas de apoio social de combate à pobreza.

Somos ainda a favor da criação de um Observatório das Necessidades da


Habitação Social para que estas questões sejam sanadas e tratadas com rigor
e responsabilidade, assim como para se fazer um levantamento permanente
das carências habitacionais do Concelho.

No fundo, apelamos à Câmara Municipal da Covilhã a implementação de uma


verdadeira política de habitação social que maximize o investimento realizado
Grupo Parlamentar do Partido Socialista

ao longo dos últimos anos na perspectiva da melhoria das condições de vida


das populações mais carenciadas do nosso concelho.

16 de Julho de 2010

Pela BANCADA PARLAMENTAR DO PARTIDO SOCIALISTA

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