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FAED – Faculdade Educacional de Dois Vizinhos

Engenharia Ambiental

Eng. de Produção

Prof. Edna Possan

Secador solar de cereais


Termosol S/A

Líderes: Osny Balardini Jr


e Maurício Meurer
Marcos J. Chaves
Thiago L. Veronese

Dois Vizinhos, Paraná


Novembro de 2009
Sumário

1. Introdução..................................................................................................................... 3
2. Análise de ciclo de vida................................................................................................ 4
3. Engenharia de valor ...................................................................................................... 4
4. Geração de alternativas para o produto ........................................................................ 5
5. Tecnologia e materiais disponíveis .............................................................................. 5
6. Revisão das especificações........................................................................................... 6
7. Cálculos de Viabilidade................................................................................................ 7
8. Conclusão ..................................................................................................................... 8
9. Referências Bibliográficas.......................................................................................... 10
10.Anexos.........................................................................................................................11

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1. Introdução

A secagem de grãos com Energia Solar é uma técnica muito antiga, pra-
ticamente surgiu com o início da agricultura, onde uma infinidade de tipos de
cereais era secada a céu aberto, a fim de obter uma melhor qualidade. Com a
revolução verde e a produção em larga escala essa prática tornou-se inviável,
necessitando que outras técnicas fossem utilizadas.
Atualmente, a secagem à lenha é a forma mais utilizada pelas cerealis-
tas e cooperativas agropecuárias pela facilidade de implementação e de obten-
ção de matéria-prima. Porém, a secagem à lenha pode causar uma série de
impactos ambientais pelo corte de árvores e pela poluição atmosférica causa-
da.
Analisando as deficiências do mercado em relação à secagem de grãos,
surge a TermoSol empresa que veio apresentar alternativas para suprir as ne-
cessidades dos suinocultores.
Com simplicidade, objetividade e eficiência apresentamos ao mercado um
produto inovador trazendo economia, versatilidade e sustentabilidade, diferen-
ciando-se pelo seu ótimo desempenho ambiental e alta qualidade do produto
final.

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2. Análise de ciclo de vida

O ciclo de vida compreende desde a extração da matéria-prima (berço)


até seu descarte (túmulo), onde sua vida útil é caracterizada pelo espaço de
tempo em que o produto é efetivamente utilizado para o que foi desenvolvido.
Ao avaliar o projeto, percebe-se que os materiais utilizados não devem
ser analisados levando em consideração a extração da matéria-prima como
“berço” e sim a partir do momento da instalação na propriedade, por não se
tratar de um produto cujo descarte aconteça de forma regular; possivelmente
seus materiais nem serão descartados e sim reutilizados em outras formas de
construção na propriedade.
Os materiais utilizados são madeira, tijolos, cimento, pedras, tinta, areia,
alumínio, ferro e plástico.
Após sua instalação a vida útil do silo é de 25 anos em média; sendo
este tempo variável de acordo com a manutenção da estrutura.
Ao final da vida útil todos os materiais utilizados podem ser reutilizados
em outras partes da propriedade como reparos em algumas estruturas, funda-
ções, construção de instalações menores para diversos fins, etc.

3. Engenharia de valor

A técnica de Análise de Valores é um esforço organizado para atingir o


valor ótimo de um produto, sistema ou serviço, promovendo as funções neces-
sárias ao menor custo. Esta metodologia surgiu nos EUA, na General Eletric,
durante a pesquisa de novos materiais, de mais baixo custo e fácil obtenção,
que deveriam substituir materiais escassos durante a Segunda Guerra Mundial.
(Associação Brasileira de Engenharia de Valor).
O enfoque da Engenharia de Valor está na análise das funções, proces-
so sistematizado, trabalho em equipe e criatividade; visando buscar um aumen-
to do valor agregado, melhoria da qualidade, adequação ao uso, simplificação
de produtos e processos, padronização, redução de custos, sinergia de grupo,
redução do ciclo de tempo e satisfação do cliente.
O secador solar de cereais, por ser um produto quase artesanal, feito
sob medida para o agricultor, tende a reduzir em muito o gasto de materiais
pelo fato de que só é transportada até a propriedade a quantidade exata de
materiais necessária para a construção do silo, eliminando quase que totalmen-

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te a produção de resíduos e diminuindo o custo para o comprador, já que o
mesmo não terá embutido no valor final o custo com as sobras do processo
produtivo, gerando economia para o produtor rural e uma possível vantagem
estratégica para a empresa.

4. Geração de alternativas para o produto

Pela sua versatilidade o sistema de secagem da Termosol se adapta a


diversas demandas dos produtores rurais, não apenas para os suinocultores.
Nada impede que esse sistema seja utilizado para secagem de diversos produ-
tos (soja, milho, trigo, etc) para fins de venda à outros fins como industrializa-
ção, alimentação de outros animais, etc.
Isso é viável pelo acréscimo de valor agregado obtido graças a um me-
lhor sistema que evita a necessidade de secagem em outros locais e diminui
consideravelmente o custo com frete, tendo em vista que este não transportará
água.

5. Tecnologia e materiais disponíveis

A tecnologia aplicada na fabricação e construção da unidade de seca-


gem é muito simples, tendo em vista a não necessidade de caldeiras para o
aquecimento do ar.
A utilização do Sol como fonte de energia facilita consideravelmente o
manuseio da estrutura, não sendo necessária mão-de-obra extremamente es-
pecializada na sua operação. Sendo assim, a tecnologia empregada não é um
fator limitante na operação da estrutura.
Os materiais utilizados são facilmente encontrados, não sendo motivo
para acréscimo no valor do produto final. Sua manutenção, tal como troca de
partes danificadas por tempestades, por exemplo, não acarreta grande custo
para o agricultor, visto que esses materiais não são caros.

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6. Revisão das especificações

Tabela 2: Materiais Utilizados


O processo de fabricação é quase artesanal, sendo desenvolvido sobre a
necessidade do produtor rural, não sendo um projeto padronizado, o que gera
valor agregado e menos desperdício.

DESENHO DETALHADO DA ALTERNATIVA ESCOLHIDA

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7. Cálculos de Viabilidade

 Valor do investimento: R$ 40.000,00


 Vida útil: 25 anos
 Valor residual: R$ 5.000,00
 Custo de oportunidade: 6,00% ao ano
 Taxa de seguro: 0,6% ao ano
 Mão de obra: R$ 6.000,00 ano
 Manutenção: R$ 500,00 ano
 Produção media: 18.000 sacas
 Transporte: R$ 0,25 a saca
 Custo com energia (aeradores): R$ 0,09 a saca
 Taxa de secagem e armazenagem: R$ 1,58 por saca
 Transporte para entrega: R$ 0,50 por saca
 Transporte para retirada: R$ 0,50 por saca

1- Receita total: Juro = VM * custo de oportuni-


dade
Taxa de secagem 1,58 + trans- Juro = 22.500 * 6%
porte (ida e volta) 1,00 = 2,58 Juro = R$ 1.350,00 ao ano
Produção média = 18000*2,58 =
R$ 46440,00 por ano Seguro = VM * taxa de seguro
Seguro = 22.500 * 0,6%
2- Custos fixos totais: Seguro = R$ 135,00 ao ano

Depreciação = VI – VR / Vida útil Mão de obra = R$ 6.000,00 ao


Depreciação = 40.000 – 5.000 / ano
25
Depreciação = R$ 1400,00 por Manutenção = R$ 500,00 ao ano
ano
CFT = depreciação + juro + se-
Valor médio = VI + VR / 2 guro + mão de obra + manuten-
Valor médio = 40.000 + 5.000 / 2 ção
Valor médio = R$ 22.500,00 CFT = 1.400+ 1.350 + 135 +
6.000 + 500
CFT = R$ 9.385,00 ao ano

3- Custos variáveis: 4- Custos totais:

Transporte da lavoura = R$ 0,,25 CT = CFT + CV


(por saca) + Custo da energia = CT = 9.385 + (0,34 * 1.800)
R$ 0,09 (por saca) CT = R$ 15.505,00 ao ano
Custo variável = R$ 0,34 por sa-
ca CT = (9.385 / 18.000) + 0,34
CT = R$ 0,8614 por saca

5- Ponto de equilíbrio: Margem de contribuição = recei-


ta total (por saca) – CV (por sa-
ca)
MC = (46.440 / 18.000) – 0,34

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MC = R$ 2,24 por saca Lucro = (produção – PE) * MC
PE = custo fixo total (anual) / MC Lucro = (18.000 – 4.189,7322) *
PE = 9.385 / 2,24 2,24
PE = 4.189,7322 sacas por ano Lucro = R$ 30.935,00 por ano
Lucro = 30.935,00 / 18.000
6- Lucro: Lucro = R$ 1,7187 por saca

7- Lucratividade: 8- Rentabilidade:

Lucratividade = lucro / receita to- Rentabilidade = lucro anual / in-


tal * 100 vestimento * 100
Lucratividade = 30935 / 46.440 * Rentabilidade = 30935 / 40.000 *
100 100
Lucratividade = 66,62% Rentabilidade = 77,34%

9- Tempo de recuperação de 10- Capacidade máxima de pa-


capital: gamento:

TCR = investimento / lucro CMP = lucro + depreciação line-


TCR = 40.000 / 30935 ar
TCR = 1,2931 anos CMP = 30.935 + (40.000 –
TCR = 1,2931 * 12 5.000) / 25
TCR = 15,51 meses CMP = 30.935 + 1400
CMP = R$ 32.335,00 por ano

Gráfico 1: Acompanhamento Financeiro

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8. Conclusão

Atualmente, a preocupação ecológica tem ganhado um destaque signifi-


cativo ao ambiente de negócios, pois os empresários começaram a entender
que a proteção ambiental não é para impedir o desenvolvimento econômico e
que pelo contrário, podem significar oportunidades de crescimento.
O grupo Termosol S/A veio através deste, fazer uma apresentação inicial
do Sistema de Secagem de Grãos à Energia Solar, necessitando maiores deta-
lhes para sua implantação. Porém, já é possível se ter uma boa base da viabili-
dade comercial do mesmo e do quão ecologicamente correto ele é, haja visto
que se utiliza de energia limpa no lugar da lenha, evitando o corte de grande
quantidade de árvores.

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9. Referências Bibliográficas

OLIVEIRA NETTO, Alvim Antônio; TAVARES; Wolmer Ricardo. Introdução à


Engenharia de Produção. Florianópolis: Visual Books, 2006.
DONAIRE, Denis. Gestão Ambiental na Empresa. São Paulo: Atlas, 1999.
GUADAGNIN, Osvaldo. Secagem de Grãos com Energia Solar. Nova Bassa-
no: EMATER-RS, 2005.
DIETTRICH, Luciano Bernardes. Estudo da viabilidade de um secador de
grãos com utilização de Energia Solar. Porto Alegre: UFRGS, 2005.

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