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Aula 00

Regimento Comum do Congresso Nacional p/ Senado Federal


Professores: Fabrício Rêgo, Victor Dalton
Regimento Comum - 2016
Professor Victor Dalton/Prof. Fabrício Rêgo Aula 00

AULA 00 – Disposições Preliminares


APRESENTAÇÃO DO TEMA
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO DO TEMA ......................................................................1


SUMÁRIO ............................................................................................1
APRESENTAÇÃO ...................................................................................3
MÉTODO DA AULA ................................................................................5
INTRODUÇÃO ......................................................................................9
PODER LEGISLATIVO .......................................................................... 11
CONCEITOS INTRODUTÓRIOS .............................................................. 15
O REGIMENTO INTERNO ...................................................................... 26
O CONGRESSO NACIONAL ................................................................... 26
DOS LÍDERES .................................................................................... 33
Lista de QUESTÕES COMENTADAS ......................................................... 40
LISTA DE QUESTÕES – SEM COMENTÁRIO .............................................. 45
GABARITO......................................................................................... 47
REGIMENTO GRIFADO ......................................................................... 48
MAPAS MENTAIS DA AULA ................................................................... 51

Olá, estudioso do Estratégia Concursos! Como vai?

Já está se preparando para trabalhar no Senado Federal? É melhor ir se


acostumando com a ideia, pois essa é nossa meta para você! Veja bem onde
será seu local de trabalho:

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Seja muito bem-vindo ao curso de Regimento Comum do


Congresso Nacional voltado ao tão desejado concurso para ingresso nas
carreiras do Senado Federal. E por que o Senado? Alguns podem se
perguntar... Gente, as casas legislativas federais (Câmara dos Deputados e
Senado Federal) são as mais cobiçadas para se trabalhar em um cargo estável
não só pelos altos vencimentos pagos aos servidores, mas também pela
qualidade de vida laboral que elas oferecem, pela oportunidade de participar
ativamente do funcionamento do nosso país, prestando um serviço que
impacta diretamente na vida de todos os brasileiros. É realmente um sonho!

A abertura de edital ainda permanece sem data prevista, mas é certo que
sua publicação não está longe. Basta olharmos para o quadro de vagas
divulgado pelo próprio Senado Federal, são muitos cargos vagos
(http://www.senado.gov.br/transparencia/LAI/secrh/quadro_efetivos.pdf ).
Independente de onde esteja o seu estudo, no início ou já avançado, isso
favorece o candidato em matérias como a nossa, devido a sua extensão, o que
possibilita um melhor domínio do conteúdo sem o prazo da prova "apertando
os miolos". Portanto, controle a ansiedade e foco nos estudos.

Lembrando que nosso estudo será composto, também, por vídeoaulas.


Além disso, temos também o curso de Regimento Interno do Senado Federal
na modalidade PDF e vídeoaulas!

Permitam-nos realizar a nossa apresentação, bem como a apresentação


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do método de trabalho que estamos propondo para sua aprovação.

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APRESENTAÇÃO

Eu sou Victor Dalton Teles Jesus Barbosa. Minha experiência em


concursos começou aos 15 anos, quando consegui ingressar na Escola
Preparatória de Cadetes do Exército, em 1999. Cursei a Academia Militar das
Agulhas Negras, me tornando Bacharel em Ciências Militares, 1º Colocado em
Comunicações, da turma de 2003.

Em 2005, prestei novamente concurso para o Instituto Militar de


Engenharia, aprovando em 3º lugar. No final de 2009, novamente me graduei,
desta vez em Engenharia da Computação, sendo o 2º lugar da turma no Curso
de Graduação. Decidi então mudar de ares.

Em 2010, prestei concursos para Analista do Banco Central e Analista de


Planejamento e Orçamento, cujas bancas foram a CESGRANRIO e a ESAF,
respectivamente. Fui aprovado em ambos os concursos e, após uma passagem
pelo Ministério do Planejamento, optei pelo Banco Central do Brasil.

Em 2012, por sua vez, prestei concurso para o cargo de Analista


Legislativo da Câmara dos Deputados, aplicado pela banca CESPE, e, desde o
início de 2013, faço parte do Legislativo Federal brasileiro. Meu cargo é
Técnica Legislativa, cujas especialidades são o Regimento Interno da
Câmara e o Regimento Comum do Congresso Nacional. Além disso, sou
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Especialista em Planejamento e Orçamento Governamental e em Direito


Constitucional.

Por fim, sou coautor do Livro Missão Aprovação, publicado pela Editora
Saraiva, que conta 10 histórias de sucesso em concursos públicos. Quem sabe
algumas dessas histórias não podem inspirar você em sua trajetória? Conheça
a obra!

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Gostaria de dizer também que é uma satisfação enorme falar sobre a


minha casa para vocês. Sim, minha casa, pois o Senado, em conjunto com a
Câmara dos Deputados, compõe o Congresso Nacional. Em minha vida
pessoal e profissional, nunca vi dois órgãos distintos tão unidos, rs. Deputados
e Senadores caminham de um lado para o outro, como se estivéssemos em
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uma única instalação. E já te adianto algo: Câmara e Senado são


cemitérios de concurseiros. Ou seja, morre o concurseiro, e vive o feliz
servidor de carreira! Rs.

E é com a experiência de quem trabalha em uma Assessoria Partidária,


circulando por todos os setores da casa, e inclusive, comparecendo às
Comissões, sessões plenárias da Câmara e do Congresso Nacional, que eu me
apresento para “conversar” sobre o RCCN com vocês. Agora é com você
Fabrício!
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E eu sou Fabrício Sousa Rêgo. Sou Bacharel em Direito, além de ter tido
uma breve passagem pelo curso de Jornalismo. Profissionalmente, ocupo o
cargo de Oficial de Justiça Avaliador Federal no T ribunal de Justiça do
Distrito Federal e dos Territórios, em Brasília, certamente um dos melhores
tribunais do país para se trabalhar.

Minha carreira no serviço público começou aos 21 anos quando, então,


ingressei no cargo de Técnico em Regulação da Agência Nacional de Aviação
Civil. Antes disso, havia sido aprovado para o cargo de Oficial de Diligências do
Ministério Público do Tocantins, para o qual só fui nomeado mais tarde , mas
não assumi. Após a conclusão do meu curso superior, prestei alguns concursos
de tribunais e logrei êxito em três: Tribunal Regional do Trabalho da 10ª
Região e Supremo Tribunal Federal, ambos para o cargo de Analista Judiciário
- Área judiciária, bem como para o cargo que ocupo atualmente no TJDFT.
Dentre eles, fui nomeado e exerci o cargo no STF, tendo atuado em gabinete
de Ministro daquela Corte, passagem que rendeu muitos aprendizados. Em
termos de pós-graduação, meus estudos estão, hoje, no Direito Processual
Civil.

Tenho a honra de ser coautor do livro "Lei do Processo Administrativo


Federal Esquematizada", pela Editora Método, 2013.

MÉTODO DA AULA
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Minha breve palavra de incentivo a você, caro amigo, é que a estratégia


de estudo, associada à disciplina, são fundamentais para a aprovação. De
nada adianta estudar "de cabo a rabo" todo o edital, lendo todos os livros
possíveis e impossíveis, sem possuir uma tática, um foco, uma preparação
otimizada, direcionada para aquilo que de fato importa. E aqui está o pulo do
gato do nosso curso: tenho a missão de otimizar o seu aprendizado em

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Regimento Comum do Congresso Nacional. O que te proponho é um


estudo sistematizado. Explico.

Em primeiro lugar, sempre tenho como estratégia dar um enfoque


diferenciado para o estudo dos regimentos internos. Parto do pressuposto de
que as matérias "comuns" todos os demais concorrentes que estão aptos a
serem aprovados possuem o domínio. Por outro lado, feliz ou infelizmente,
poucas pessoas dão importância ao estudo do regimento, mas depois se
questionam por que não conseguem a tão sonhada aprovação.

Pois bem, aqui já começa um diferencial, uma tática: dar muita


importância a esse requisito do edital, Regimento Comum. Mais do que mera
decoreba, entendê-lo, pensar o regimento. É nessa disciplina que você, que
sonha em ingressar para o corpo de servidores do Senado Federal, irá tirar a
diferença de pontuação em relação à massa. Onde ninguém está dando tanta
atenção, ou ao menos a atenção devida, é onde você irá se diferenciar.

Calma, sei que já deve estar afoito para entrarmos no conhecimento


propriamente dito da matéria, mas essa introdução é importante para todo o
desenvolvimento do nosso curso, para captar o "espírito da coisa". Continue
lendo!

Nessa linha de raciocínio, nos deparamos com um regimento totalmente


diferenciado. A despeito de ser uma norma pequena, trata-se de um regimento
totalmente mesclado com os conhecimentos dos regimentos do Senado e da
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Câmara dos Deputados. Mas não se desespere pois, com esse curso, estará
tudo aqui pra você! Seguimos o raciocínio...

O Regimento Comum, aliás, os 3 regimentos: Comum, Senado e Câmara,


qualquer deles está longe de ser uma norma de simples leitura apenas com
sua letra seca. Estão permeados de conceitos e ligações com algumas outras
normas, tais como: como já apontado acima, os regimentos entre si e, sem
dúvida, com a Constituição Federal. Além disso, há pinceladas de outras
matérias jurídicas, como Direito Administrativo.
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Alguém pode perguntar: Ah, professor, então eu tenho que estudar


tudo isso para aprender o Regimento Comum? A resposta é sim e não.
Sim: se você quiser entender bem e estar preparado para as inevitáveis
relações que o examinador pode fazer numa questão de prova, intentando
saber o seu aprofundamento da matéria, o domínio do funcionamento do
Congresso Nacional, é fundamental fazer o estudo comparativo com as normas
acima. Não: se você quiser decorar o texto do regimento, sabendo
exatamente o que cada artigo diz, você não precisa ter grandes conhecimentos
das demais normas.

Não obstante, desaconselho de forma veemente a segunda resposta.


Pense comigo: o Senado Federal é o órgão do sonho de muita, mas muita
gente espalhada pelo Brasil inteiro, pelos motivos já elencados. São milhares
de candidatos. Ou seja, a concorrência, por si só, já torna o concurso difícil,
independente da prova aplicada. A banca examinadora, sabendo disso, precisa
utilizar-se de critérios mais rígidos para escolher os melhores. Assim, natural
que ela use todas as ferramentas que o regimento possua, sobretudo a
interdisciplinaridade.

Veja: você se prepara longamente, compra todos os cursos oferecidos


pelo Estratégia Concursos, investe muito dinheiro para correr o risco de no
dia da prova ficar pra trás por conta de algumas questões de regimento que o
examinador resolveu se aprofundar e exigir um conhecimento além?! Eu nunca
quis correr esse risco!
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E aqui entra a tarefa do Estratégia Concursos e minha, pessoalmente.


Estou aqui para detalhar ao máximo o tão denso texto do Regimento Comum.
Mas não é um simples detalhamento: te convido a pensar o regimento, a
entender seu funcionamento, suas entranhas, a esmiuçar seus termos
técnicos. Para isso irei sim me valer da Constituição e demais normas
necessárias e te passar todo esse conteúdo em suas mãos, pronto a ser
absorvido por você.

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Para tanto, claro, irei me valer de mapas mentais, gráficos


explicativos, questões inéditas e também as que já foram cobradas,
eventualmente de algum julgado do Supremo Tribunal Federal (STF) que
afete o entendimento, tudo com o propósito de tornar o regimento algo mais
palatável a você, amigo estudioso. A partir daí, a leitura do regimento seco
possibilitará uma compreensão infinitamente mais ampla.

Ah, professor, estou começando agora meus estudos e ainda não


estudei Constituição e Direito Constitucional, então fico com medo de
não conseguir acompanhar o curso!, algum aluno pode exclamar!
Respondo: essa é minha tarefa, caro aluno, trazer os pontos em comuns das
matérias, de forma com que se familiarize com o regimento sempre tendo
como pano de fundo o que a Constituição preceitua, em linguagem clara,
simples. Por isso, te digo: será um curso completo e direcionado desde para
quem já tem familiaridade com o RISF e Direito Constitucional, assim como
para quem está iniciando e não conhece ainda nada dessas disciplinas.

Portanto, eis aqui minha proposta de tática para trabalharmos o


Regimento Comum e, nessa disciplina, te dar o melhor em termos de
qualidade de conteúdo, marca peculiar do Estratégia Concursos.

Resumo do nosso método:

1. Análise de cada artigo;


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2. Explicação detalhada da correlação dos institutos do


regimento com outras matérias, tais como: RISF, RICD,
CF/88, Constitucional, Administrativo, etc.;

3. Atualizações jurisprudenciais, sobretudo do STF, acerca de


determinados pontos que possam contribuir para o
entendimento do RCCN;

4. Mapas mentais inéditos para revisão;

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5. Questões de concursos anteriores comentadas, além de


questões inéditas;

6. Destaques aos pontos importantes, possíveis "cascas de


bananas";

7. Ao final de cada aula será incluído o texto do RICCN


trabalhado na aula, grifado.

Sem mais delongas, vamos ao que interessa.

INTRODUÇÃO

Inevitável retomarmos alguns temas que servirão de base para


avançarmos com segurança no nosso estudo do Regimento Comum, o que
faremos em todo o curso, mas com ênfase maior nesta primeira aula.

A Constituição Federal de 1988 (CF/88) nos traz já no seu artigo segundo


o seguinte:

Art. 2º São Poderes da União, independentes e Texto da


CF/88 terá
se mpre
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o essa cor.

Judiciário.
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Cristalina a mensagem da CF/88: não existe hierarquia entre as três


importantes funções do Estado, que é criar leis, executá-las e, em havendo
conflitos, pacificá-los, respectivamente. Aqui nós temos o princípio da
separação dos poderes, onde cada um é responsável por sua função
originariamente definida pela Constituição.

No entanto, poder demais é sempre perigoso, não é verdade? Em um


Estado que tem como fundamento a harmonia entre os poderes, um regime
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democrático de direito, deve ter algo que possibilite uma amenização nos
poderes, do contrário teríamos o risco de um ou outro "Poder" dominar os
demais. Para tanto foi estabelecida a teoria dos freios e contrapesos.

A ideia é que um "Poder" seja responsável por "cuidar" do outro, de forma


que há, ao menos na teoria, um balanceamento entre seus poderes e deveres.
E como isso é feito, na prática?

Como já dito, cada órgão tem sua função na repartição de poderes dentro
da União, o que é conhecido como função típica. Como forma de balancear
isso, foram também definidas funções atípicas, ou seja, que pertencem
originalmente a outro "poder", mas a Constituição autoriza sua prática,
evitando assim a ingerência de um poder sobre o outro, ao mesmo tempo em
que há um certo nível de controle entre eles. Vejamos:

Poder Executivo tem como função típica a administração do Estado.


Como função atípica legislativa temos que o Executivo pode editar normas, tais
como medidas provisórias (art. 62 da CF/88) e leis delegadas (art. 68 da
CF/88). A função atípica jurisdicional é, por exemplo, o julgamento dos
processos administrativos que são de sua competência.

Poder Legislativo tem como função típica criar leis e fiscalizar o


funcionamento do Estado (através das Comissões Parlamentares de Inquérito,
fiscalização de contas, etc.). Como função atípica executiva tem-se que o
Legislativo é o responsável por administrar suas próprias estruturas, abrir
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concursos para prover seus cargos, cuidar de seus próprios servidores. Já a


função atípica jurisdicional é o julgamento, pelo Senado Federal, do crime de
responsabilidade cometido por alguns agentes políticos (art. 52, I e II da
CF/88).

Poder Judiciário tem como função típica julgar, exercer a função


jurisdicional. Já como função atípica legislativa, os órgãos do judiciário são
responsáveis por elaborar o seu próprio regimento interno. No âmbito da
função atípica executiva, ele administra seu patrimônio e pessoal.
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Gente, esse princípio da separação dos poderes é tão fundamental para a


sobrevivência do Estado Democrático que o Constituinte o fixou como cláusula
pétrea, ou seja, não poderá haver proposta de emenda à constituição
que intente abolir ou modificar a separação dos poderes (art. 60, §4º,
III da CF/88).

Alguns exemplos práticos da teoria de freios e contrapesos:

O Congresso Nacional que autoriza o Presidente da República a


declarar guerra (art. 49, II, CF/88);

O CN, diretamente ou por qualquer uma de suas casas, fiscaliza os


atos do Poder Executivo (art. 49, X);

Por outro lado, caso o Presidente da República envie ao CN projeto


de lei de sua iniciativa exclusiva, não poderá, por parte dos
parlamentares, realizar qualquer emenda que importe em aumento
de despesas previstas no projeto (art. 63, I, CF/88).

PODER LEGISLATIVO

Como é composto o Poder Legislativo? A resposta está no artigo 44 da


CF/88:

Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso


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Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e


do Senado Federal.

Então vemos a existência de um Congresso Nacional formado por duas


Casas Legislativas (como também são chamadas), o que se traduz em um
sistema bicameral em âmbito federal (nos estados e municípios o sistema é
unicameral).

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A Câmara dos Deputados (CD), é formada pelos representantes do povo,


eleitos pelo sistema proporcional, em cada Estado, Distrito Federal e Território.
Os Estados e o DF elegerão os deputados federais de forma proporcional à
população. Já os Territórios (atualmente não existe nenhum no Brasil!!)
elegerão 4 deputados federais, cada.

O Senado Federal (SF) tem a função de representar os Estados e o


Distrito Federal, ao passo que a CD tem função representar o povo. Veja:
ambos são eleitos pelo povo através de eleições diretas, sendo que a única
diferença é acerca das funções constitucionais de cada Casa, o que é refletido
em suas respectivas competência.

A CF/88 nos diz ainda que os Senadores serão eleitos pelo princípio
majoritário. O que vem a ser isso? Bem, para um Senador ser eleito deverá ser
o candidato mais votado dentro do seu estado-membro ou do DF. Então
poderá haver segundo turno para Senadores? Não, nunca haverá segundo
turno para o Senado Federal, haja vista que para esse cargo adotamos o
sistema majoritário simples.

O sistema oposto a esse e aplicado à CD é o proporcional, onde, na


prática, o deputado é escolhido pelo número de votos do partido. Não me
aprofundarei nesse tema a fim de não sair do nosso foco.

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O STF decidiu recentemente, em maio de 2015, que a perda


de mandato em função da mudança de partido político não
se aplica ao sistema majoritário, sob pena de violar a
soberania popular (vide Informativo nº 787). Assim, se um
Senador trocar de partido durante seu mandato, ele não o
perderá.

Cada Estado mais o DF terá três Senadores eleitos, formando um total


de 81 Senadores em exercício, sempre. As eleições para o Senado ocorrerão a

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cada 4 anos, mas nunca haverá a mudança completa de sua composição. Isso
porque a cada eleição será renovado 1/3 ou 2/3 do Senado. Expli co.

Se na última eleição foi escolhido, por exemplo, 1 Senador por Estado ou


DF, na próxima serão escolhidos 2 por cada unidade federativa, e assim
sucessivamente. Então quer dizer que o mandato eleitoral do Senador é maior
do que 4 anos? Bingo! O mandato dos Senadores será de 8 anos, de forma
que a cada eleição haverá uma "mixagem" entre Senadores novos e antigos.
Assim, numa eleição serão eleitos 54 Senadores, enquanto na seguinte serão
27.

Isso ocorre para sempre haver eleições para o Senado, caso contrá rio
seriam apenas a cada 8 anos. Aqui surge uma curiosidade: por que o mandato
é de 8 anos, e não de 4, como o dos deputados? Segundo Octaciano Nogueira
no livro "O Senado Federal em perguntas e respostas", publicado pelo SF,
trata-se de uma questão histórica. Até o ano de 1889, o mandato dos
Senadores era vitalício, enquanto o dos deputados era de 4 anos.
Posteriormente (1889 em diante) o mandato dos Senadores passaram a ser de
9 anos, o que equivalia a 3 legislaturas, e, apenas com a Constituição de
1946, houve a mudança para os padrões atuais.

Ademais, cada Senador será eleito juntamente com dois suplentes. É uma
eleição automática: elegendo o Senador X, os seus suplentes estarão também
eleitos "por tabela". O nome dos suplentes deve ser sempre adicionado aos
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materiais de campanha dos Senadores.

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Está tramitando no Senado uma Proposta de Emenda à


Constituição, PEC 18/2015, que propõe a votação popular para
escolha dos suplentes. A proposta é que o suplente seja o
candidato mais votado não eleito e, do segundo suplente, o
seguinte. A PEC foi aprovada na Comissão de Constituição e
Justiça e seguirá para apreciação do Plenário, em dois turnos.

Vamos à Constituição ver como estão dispostos os artigos elucidados


acima:

Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de


representantes do povo, eleitos, pelo sistema
proporcional, em cada Estado, em cada Território e no
Distrito Federal.
§ 1º O número total de Deputados, bem como a
representação por Estado e pelo Distrito Federal, será
estabelecido por 04396476302

lei complementar,
proporcionalmente à população, procedendo-se aos
ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para
que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha
menos de oito ou mais de setenta Deputados.
§ 2º Cada Território elegerá quatro Deputados.
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de
representantes dos Estados e do Distrito Federal,
eleitos segundo o princípio majoritário.

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§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três


Senadores, com mandato de oito anos.
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito
Federal será renovada de quatro em quatro anos,
alternadamente, por um e dois terços.
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.

CONCEITOS INTRODUTÓRIOS

Vamos agora conhecer e fixar alguns conceitos fundamentais na


continuidade do nosso estudo e com os quais estaremos sempre lidando
durante o curso.

LEGISLATURA: é o tempo correspondente aos trabalhos legislativos,


que corresponde a 4 anos. Funciona como um marco de início e fim de
trabalhos. Observe que, no caso dos deputados federais, o tempo coincide com
o seu mandato. Já no caso dos senadores, que tem mandatos de 8 anos, estes
possuem duas legislaturas em seus mandatos. Portanto, fique atento pois ao
se falar em legislatura, tecnicamente não se trata de mandatos dos
parlamentares, mas sim de trabalho legislativo.

Quando se inicia uma legislatura? Em 1º de fevereiro do ano subse quente


às eleições, sendo marcada pela primeira reunião preparatória, quando tomam
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posse deputados e senadores eleitos. As legislaturas são numeradas, seguindo


uma ordem. Atualmente estamos na 55ª, que se iniciou em 1º de fevereiro de
2015 e se estende até o dia 31 de janeiro de 2019.

MESA: o que vem a ser esse termo que tanto lemos por aí? A Mesa
(escrita com inicial maiúscula, caso contrário significará o objeto) é o órgão
máximo das Casas Legislativas, tanto administrativamente quanto nas
atividades legislativas. As 3 Mesas são compostas, cada uma, por um

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Presidente, que no caso do Congresso Nacional (CN) será o Presidente do


Senado, dois Vice-Presidentes e quatro Secretários.

É preciso salientar que as Mesas da CD e do SF possuem existência


própria e funcionamento contínuo nos trabalhos legislativos das respectivas
Casas. Já a Mesa do CN só se instala para atividades nas sessões conjuntas,
que são ocasiões diferenciadas, conforme veremos.

Sabemos que o Presidente do Senado exercerá a função de President e do


Congresso nas sessões conjuntas. E os demais cargos?

Vejamos:

Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente,


na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de
1º de agosto a 22 de dezembro. (...)
§ 5º A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo
Presidente do Senado Federal, e os demais cargos
serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de
cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no
Senado Federal.

Como fica isso? O texto da CF/88 nos responde. Vamos pensar um pouco:

O Presidente é o do Senado e os demais cargos serão exercidos pelos


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cargos equivalentes da CD e do SF. Assim, o 1º Vice-Presidente da Casa de


origem ocupará o de mesma denominação no Congresso Nacional. Mas quem
vai ser quem afinal? A CF/88 nos diz que os cargos serão exercidos
ALTERNADAMENTE pelos cargos equivalentes na CD e no SF, já indicando
aqui a nossa ordem na Mesa. Vamos ver como fica, então:

Presidente do CN - Presidente do Senado

1º Vice-Presidente do CN - 1º Vice-Presidente da CD

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2º Vice-Presidente do CN - 2º Vice-Presidente do SF

1º Secretário do CN - 1º Secretário da CD

2º Secretário do CN - 2º Secretário do SF

3º Secretário do CN - 3º Secretário da CD

4º Secretário do CN - 4º Secretário do SF

O RCCN não
prevê cargos de
Suplentes para a
Mesa do CN.

Veja que não é difícil estabelecer a ordem e nem é preciso decorar. Basta
saber duas coisas: 1 - o Presidente será o Presidente do Senado e, 2 - quais os
cargos da Mesa. A partir daí, basta colocar o próximo cargo para a CD, já que
o primeiro é do SF (Presidente), e na sequência ir alternando.

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SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA (SLO): corresponde, grosso modo,


a um ano de atividades legislativas. Esse ano é dividido em períodos
legislativos, os quais são: 2 de fevereiro a 17 de julho - RECESSO - 1º de
agosto a 22 de dezembro. Então, a sessão legislativa ordinária corresponde
aos dois períodos.

O SF ou a CD podem alterar essas datas, de acordo com a conveniência,


através de resolução/ mudança regimental? NÃO! Essas definições estão na
CF/88, art. 57, e só podem ser alteradas mediante emenda à Constituição.

E se o dia 2 de fevereiro recair num sábado, em determinado ano? Bem,


nesse caso a reunião será transferida para o primeiro dia útil subsequente,
o que também vale para a reunião de 1º de agosto, ambas incluindo sábado,
domingos e feriados.

Ademais, o §2º do art. 57 da CF/88 traz uma diretriz importante: sem a


aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias (LDO), não haverá
interrupção da sessão legislativa no dia 17 de julho.

Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á,


anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17
de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão
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transferidas para o primeiro dia útil subseqüente,


quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.
§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a
aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
(...)

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SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA (SLE): é a que funciona no


período do recesso, sempre decorrente de uma convocação extraordinária.
As hipóteses estão previstas no art. 57 da CF/88. Aqui é importante frisar que
a convocação será do Congresso Nacional (CN).

A primeira delas é por convocação do Presidente do Senado, nos


seguintes casos: 1 - caso seja decretado estado de defesa; 2 - decretação de
intervenção federal; 3 - pedido de autorização para a decretação de estado de
sítio; 4- e, por fim, para compromisso e posse do Presidente e Vice-Presidente
da República. (quando da análise das competências veremos um pouco dos
institutos acima referidos)

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Art. 57. (...)


§ 6º A convocação extraordinária do Congresso
Nacional far-se-á:
I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de
decretação de estado de defesa ou de intervenção
federal, de pedido de autorização para a decretação de
estado de sítio e para o compromisso e a posse do

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Presidente e do Vice-Presidente- Presidente da


República;

A segunda hipótese de convocação de sessão legislativa extraordinária


será:

Art. 57. (...)


§ 6º A convocação extraordinária do Congresso
Nacional far-se-á:
(...)
II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a
requerimento da maioria dos membros de ambas as
Casas, em caso de urgência ou interesse público
relevante, em todas as hipóteses deste inciso com
a aprovação da maioria absoluta de cada uma das
Casas do Congresso Nacional.

Veja que nessa segunda possibilidade de convocação de sessão legislativa


extraordinária, sempre deverá haver a aprovação pela maioria absoluta
de cada uma das Casas, ou seja, da CD e do SF.

A Constituição diz ainda que só haverá deliberação sobre matéria para a


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qual foi convocada, salvo se houver medidas provisórias em vigor na data da


convocação, quando elas serão incluídas automaticamente na pauta.

Por fim, uma questão: os parlamentares receberão verbas indenizatórias


por participação nessa sessão legislativa extraordinária, não é? NÃO! A CF/88
proíbe em seu §7º do art. 57 o pagamento de qualquer parcela indenizatória
em razão da convocação. É uma pena! Rs.

Um estudioso desse nosso curso estava atentamente lendo o nosso


material e ficou com a seguinte dúvida (captei no ar!! Rs): Professor, se o CN
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será convocado extraordinariamente para empossar o Presidente e o Vice, e


levando em conta que nessa mesma eleição foram eleitos senadores e
deputados federais, quer dizer que os novos deputados e senadores também
tomarão posse e, ao mesmo, receberão o compromisso do Presidente e Vice-
Presidente da República? Respondo: parabéns, você está atento ao estudo!
Mas não é bem assim.

O mandato dos parlamentares possui um atraso em relação ao mandato


do Presidente. O mandato do Presidente começa 1º de janeiro do ano
subsequente à eleição, ano 1, e termina no dia 31 de dezembro do ano 4
(mesmo ano em que houve novas eleições, em outubro). Já o mandato dos
parlamentares começa sempre no dia 1º de fevereiro do ano subsequente à
eleição, ano 1, e termina no dia 31 de janeiro do 5º ano, um mês depois da
posse do Presidente e do Vice. (visualize melhor no mapa mental anterior)

Então, os responsáveis pelo ato de empossar o Presidente e o Vice-


Presidente da República serão os parlamentares ainda da legislatura
anterior. É claro que há que se levar em conta a peculiaridade dos senadores,
já que nem todos sairão neste período por conta da renovação parcial.

SESSÕES CONJUNTAS: trata-se da sessão em que se reunirá o


Congresso Nacional conjuntamente, ou seja, pela CD e SF ao mesmo tempo.
Já vimos que nessa oportunidade será instalada a Mesa do CN. A partir do
artigo 22 do RCCN estudaremos com maior profundidade o tema. E quando
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ocorrerão tais sessões? Veremos todos os casos com detalhes, mas vale a
pena já ter uma ideia:

Art. 57 (...)
§ 3º Além de outros casos previstos nesta Constituição,
a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-
ão em sessão conjunta para:
I - inaugurar a sessão legislativa;

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II - elaborar o regimento comum e regular a criação de


serviços comuns às duas Casas;
III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-
Presidente da República;
IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar.

E o que nos traz o RCCN sobre as sessões conjuntas?

Art. 1º A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, Texto do


RCCN
sob a direção da Mesa deste, reunir-se-ão em sessão se mpre
nesta cor

conjunta para:
I - inaugurar a sessão legislativa (art. 57, § 3º, I, da
Constituição);
II - dar posse ao Presidente e ao Vice-Presidente da
República eleitos (arts. 57, § 3º, III, e 78 da
Constituição);
III - [discutir, votar e] promulgar emendas à
Constituição (art. 60, § 3º, da Constituição);
V - discutir e votar o Orçamento (arts. 48, II, e 166 da
Constituição);
VI - conhecer de matéria vetada e sobre ela deliberar
(arts. 57, § 3º, IV, e 66, § 4º, da Constituição);
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IX - delegar ao Presidente da República poderes para


legislar (art. 68 da Constituição);
XI - elaborar ou reformar o Regimento Comum (art. 57,
§ 3º, II, da Constituição); e
XII - atender aos demais casos previstos na
Constituição e neste Regimento.
1º Por proposta das Mesas da Câmara dos Deputados e
do Senado Federal, poderão ser realizadas sessões

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destinadas a homenagear Chefes de Estado


estrangeiros e comemorativas de datas nacionais.
§ 2º Terão caráter solene as sessões referidas nos itens
I, II, III e §1º.

SESSÕES PREPARATÓRIAS: essas sessões antecedem a abertura


oficial dos trabalhos, da SLO, e servem para empossar os novos membros
do SF e CD bem como proceder è eleição da Mesa de cada Casa.

SESSÕES SOLENES: trazidas pelo RCCN no art. 53, são sessões


conjuntas, mas que, pela importância e simbolismo do ato, é dotada de uma
solenidade maior, como o próprio nome diz. Entre elas estão: 1 - Inauguração
da Sessão Legislativa; 2 - Posse do Presidente e Vice-Presidente da República;
3 - Recepção de Chefe de Estado Estrangeiro; 4 - Promulgação de Emendas
Constitucionais.

Ainda iremos nos aprofundar no tema, mas quer ver a sessão solene na
prática? Veja o vídeo abaixo no YouTube com a abertura da 2ª Sessão
Legislativa que ocorreu em fevereiro de 2016. Como o vídeo é longo, veja só o
início, não se demore para não atrasar o estudo!!

https://www.youtube.com/watch?v=gJesdqBzKPg

Um aluno que viu o vídeo me perguntou: Professor, onde fica o Congresso


Nacional? Ele tem um Plenário próprio? O CN tem sede em Brasília e é formado
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por ambos os prédios, do Senado e da Câmara. As sessões do CN ocorrem no


Plenário da Câmara dos Deputados, que é bem maior do que o do Senado.

Isso é que dispõe o RCCN, vejamos:

Art. 2º As sessões que não tiverem data legalmente


fixada serão convocadas pelo Presidente do Senado ou
seu Substituto, com prévia audiência da Mesa da
Câmara dos Deputados.

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Art. 3º As sessões realizar-se-ão no Plenário da


Câmara dos Deputados, salvo escolha prévia de
outro local devidamente anunciado.

Na prática, apenas algumas sessões de caráter comemorativo


(§1º do artigo 1º) ocorrem no Plenário do Senado. A regra, conforme
o artigo 3º, é a realização das sessões no Plenário da CD.

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O REGIMENTO INTERNO

O RCCN vigente foi instituído pela Resolução do Congresso Nacional nº 1,


do ano de 1970, tendo sido alterado ao longo desse tempo.

Como uma norma legal, o regimento interno se enquadra na espécie


de ato normativo primário, ou seja, ele é previsto na CF/88,
especificamente no art. 59, inciso VII, no mesmo artigo onde são previstas
outras normas primárias, tais como emendas constitucionais, leis
complementares, etc.

Obviamente que a competência privativa para a edição do regimento


interno é do Congresso Nacional, em sessão conjunta, como vimos acima tanto
na CF/88 quanto no RCCN.

O CONGRESSO NACIONAL

O Congresso Nacional, como preceitua a CF/88, é quem exerce o


Poder Legislativo, sendo composto pelo Senado e pela Câmara dos
Deputados.

Vimos que o CN se reúne em sessões conjuntas. Aqui alguém pode


perguntar: mas é só nessa oportunidade que o CN está em funcionamento? A
resposta é NÃO! O Congresso permanece em funcionamento mesmo que não
esteja em sessão conjunta. Isso porque tanto o Senado quanto a Câmara,
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quando exercendo algumas atribuições separadamente, formam, no conjunto


da obra, a atividade do próprio Congresso.

Veja, por exemplo: quando se trata de projeto de lei em que uma Casa
funciona como iniciadora e outra revisora. No final das contas, alguma
competência do CN estará sendo exercida. Por outro lado, quando se trata de
competências privativas de cada Casa, aí sim, cada uma exercerá seu papel de
maneira separada uma da outra.

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A competência do CN é apenas legislativa? Não! O CN tem também função


fiscalizatória prevista de maneira expressa na CF/88, senão vejamos:

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira,


orçamentária, operacional e patrimonial da União
e das entidades da administração direta e indireta,
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será
exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de
cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física
ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade,
guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e
valores públicos ou pelos quais a União responda, ou
que, em nome desta, assuma obrigações de natureza
pecuniária. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998)
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso
Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas da União...

A fim de elucidar ainda mais, vejamos o que diz o site do Congresso


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Nacional1 sobre suas atribuições:

Ao tratar das competências do Congresso Nacional,


podemos reuni-las em três conjuntos: 1º) o das
atribuições relacionadas às funções do Poder Legislativo
federal; 2º) o das atribuições das Casas do Congresso
Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal),
quando atuam separadamente; e 3º) o das atribuições

1
http://www.congressonacional.leg.br/portal/congresso/atribuicoes
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relacionadas ao funcionamento de comissões mistas e


de sessões conjuntas, nas quais atuam juntos os
Deputados Federais e os Senadores (embora votem
separadamente)

No primeiro caso, podemos citar como exemplo o art. 48 da CF/88, para o


qual já vamos dirigir nossa leitura. No segundo caso, são as competências
privativas das Casas. No terceiro, as competências das sessões conjuntas.

Vejamos o art. 48 da CF/88:

Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do


Presidente da República, não exigida esta para o
especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas
as matérias de competência da União, especialmente
sobre:
I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de
rendas;
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias,
orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e
emissões de curso forçado;
III - fixação e modificação do efetivo das Forças
Armadas;
IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais
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de desenvolvimento;
V - limites do território nacional, espaço aéreo e
marítimo e bens do domínio da União;
VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de
áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas
Assembléias Legislativas;
VII - transferência temporária da sede do Governo
Federal;
VIII - concessão de anistia;

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IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério


Público e da Defensoria Pública da União e dos
Territórios e organização judiciária e do Ministério
Público do Distrito Federal;
X – criação, transformação e extinção de cargos,
empregos e funções públicas, observado o que
estabelece o art. 84, VI, b;
XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da
administração pública;
XII - telecomunicações e radiodifusão;
XIII - matéria financeira, cambial e monetária,
instituições financeiras e suas operações;
XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da
dívida mobiliária federal.
XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, observado o que dispõem os arts. 39,
§ 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

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Já o art. 49 nos apresenta competências exclusivas do Congresso, para as


quais não se faz necessária a sanção presidencial. Registro aqui que esse
artigo, associado ao conhecimento do artigo anterior, é o preferido dos
examinadores, independente do órgão ou cargo, quando se trata de
competência legislativa. Portanto, FIQUEM MUITO ATENTOS a ele:

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso


Nacional: 04396476302

I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos


ou atos internacionais que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
II - autorizar o Presidente da República a declarar
guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele
permaneçam temporariamente, ressalvados os casos
previstos em lei complementar;

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III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da


República a se ausentarem do País, quando a
ausência exceder a quinze dias;
IV - APROVAR o estado de defesa e a intervenção
federal, AUTORIZAR o estado de sítio, ou suspender
qualquer uma dessas medidas;
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de
delegação legislativa;
VI - mudar temporariamente sua sede;
VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados
Federais e os Senadores, observado o que dispõem
os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º,
I;
VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-
Presidente da República e dos Ministros de Estado,
observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º,
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo
Presidente da República e apreciar os relatórios
sobre a execução dos planos de governo;
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por
qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo,
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incluídos os da administração indireta;


XI - zelar pela preservação de sua competência
legislativa em face da atribuição normativa dos outros
Poderes;
XII - apreciar os atos de concessão e renovação de
concessão de emissoras de rádio e televisão;
XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de
Contas da União;

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XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes


a atividades nucleares;
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;
XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o
aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e
lavra de riquezas minerais;
XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão
de terras públicas com área superior a dois mil e
quinhentos hectares.

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DOS LÍDERES

Vamos ver agora qual o tratamento que o RCCN dá aos l íderes. Antes
disso, você sabe o que é um líder? O Senado Federal nos responde de forma
bem clara no seu Glossário, vejamos:

Líder: Parlamentar que comanda a bancada de um


partido ou de um bloco partidário e tem uma série de
atribuições e prerrogativas, tais como: indicar integrantes
de comissões, indicar vice-líderes, usar a palavra em
qualquer fase da sessão plenária e solicitar questão de
ordem, além de requerer dispensa de discussão.

O líder será, portanto, o parlamentar responsável por dar o


direcionamento para seu partido ou bloco parlamentar. E o que é um bloco
parlamentar?

Se você está estudando o Regimento do Senado ou da Câmara, já saberá.


No entanto, caso esteja vendo pela primeira vez, é importante uma rápida
introdução sobre isso.

Bloco parlamentar é a reunião de dois ou mais partidos no SF e na


CD, respectivamente, a fim de obterem maior representatividade,
expressividade nas atividades parlamentares.
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E o que é maioria e minoria? São termos que veremos já a seguir e


precisam ser esclarecidos. Para tanto, nos valeremos do RISF e RICD:
Texto dos
de mai s
RICD: regimentos
se mpre
nesta cor

Art. 13. Constitui a Maioria o Partido ou Bloco


Parlamentar integrado pela maioria absoluta dos
membros da Casa, considerando-se Minoria a
representação imediatamente inferior que, em relação

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ao Governo, expresse posição diversa da Maioria.


Parágrafo único. Se nenhuma representação atingir a
maioria absoluta, assume as funções regimentais e
constitucionais da Maioria o Partido ou Bloco
Parlamentar que tiver o maior número de
representantes.

RISF:

Art. 65. A maioria, a minoria e as representações


partidárias terão líderes e vice-líderes.
§ 1º A maioria é integrada por bloco parlamentar ou
representação partidária que represente a maioria
absoluta da Casa.
§ 2º Formada a maioria, a minoria será aquela
integrada pelo maior bloco parlamentar ou
representação partidária que se lhe opuser.
(...)
§ 5º Na hipótese de nenhum bloco parlamentar
alcançar maioria absoluta, assume as funções
constitucionais e regimentais da maioria o líder do
bloco parlamentar ou representação partidária que tiver
o maior número de integrantes, e da minoria, o líder do
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bloco parlamentar ou representação partidária que se


lhe seguir em número de integrantes e que se lhe
opuser.

Então os termos comuns em ambos os regimentos indicam que a maioria


será o bloco ou partido que represente a maioria absoluta da Casa. Na
hipótese de não haver tal número, será maioria o bloco ou partido que tiver o
maior número de representantes.

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Já a minoria será o maior bloco ou partido que expresse posição diversa


da maioria em relação ao governo.

Dito isso, veremos o que nos apresenta o RCCN sobre o assunto:

Art. 4º São reconhecidas as lideranças das


representações partidárias em cada Casa,
constituídas na forma dos respectivos regimentos.

O RCCN reconhece as respectivas lideranças das representações


partidárias já compostas em cada Casa, as quais foram constituídas de acordo
com o que preceitua o regimento do SF e da CD. Ou seja, não haverá aqui no
CN, em tese, nova escolha de líderes.

§ 1º O Presidente da República poderá indicar


Congressista para exercer a função de líder do
governo, com as prerrogativas constantes deste
Regimento.
§ 2º O líder do governo poderá indicar até 5 (cinco)
vice-líderes dentre os integrantes das representações
partidárias que apoiem o governo.

Além dos líderes partidários, o RCCN prevê que o Presidente da


República PODERÁ indicar congressistas para exercer a função de líder do
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governo no Congresso (deixando bem claro!), com as prerrogativas de


liderança que o RCCN indica. Esse líder do governo pode indicar, ainda, 5 vice-
líderes entre os integrantes dos partidos que apóiem o governo.

§ 3º Os líderes dos partidos que elegerem as duas


maiores bancadas no Senado Federal e na Câmara dos
Deputados e que expressarem, em relação ao
governo, posição diversa da Maioria, indicarão

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Congressistas para exercer a função de Líder da Minoria


no Congresso Nacional.
§ 4º A escolha do Líder da Minoria no Congresso
Nacional será anual e se fará de forma alternada
entre Senadores e Deputados Federais, de acordo
com o § 3º.
§ 5º O Líder da Minoria poderá indicar cinco vice-
líderes dentre os integrantes das representações
partidárias que integrem a Minoria no Senado Federal e
na Câmara dos Deputados.
§ 6º Para efeito desta Resolução, entende-se por
Maioria e Minoria o disposto nos arts. 65, §§ 1º e 2º,
do Regimento Interno do Senado Federal, e 13 do
Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

Como fica a situação da minoria no CN? O RCCN nos ensina que os líderes
dos partidos que elegerem as duas maiores bancadas no Senado e na Câmara
e que expressarem, em relação ao governo, posição diversa da maioria,
indicarão congressistas para a função de líder da minoria no CN. A escolha será
anual e de forma alternada entre SF e CD.

Em resumo:

Líderes dos partidos que possuem as DUAS MAIORES bancadas no


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SF e CD, e

Expressem posição diversa da maioria em relação ao governo

Formam, então, a minoria.

Podem indicar os líderes da minoria anualmente, alternando entre


SF e CD, um senador e um deputado federal.

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Continuando, o líder da minoria poderá indicar 5 vice-líderes entre os


integrantes das minorias no SF e na CD.

Por fim, vemos que o §6º acima nos remete ao regimento do SF e CD.
Tais dispositivos são justamente os que já foram colacionados um pouco antes,
em nossa aula .

§ 7º A estrutura de apoio para funcionamento da


liderança ficará a cargo da Casa a que pertencer o
parlamentar.(NR)

Finalizando essa parte, o SF e a CD será a responsável, cada uma, pelo


funcionamento da liderança no que diz respeito à estrutura de apoio.

Art. 5º Aos Líderes, além de outras atribuições


regimentais, compete a indicação dos
representantes de seu Partido nas Comissões.
Art. 6º Ao Líder é lícito usar da palavra, uma única
vez, em qualquer fase da sessão, pelo prazo máximo
de 5 (cinco) minutos, para comunicação urgente.
(NR)
Art. 7º Em caráter preferencial e independentemente
de inscrição, poderá o Líder discutir matéria e
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encaminhar votação.
Art. 8º Ausente ou impedido o Líder, as suas
atribuições serão exercidas pelo Vice-Líder.

Como destaques, vemos as prerrogativas dos líderes em indicar


representantes do seu partido nas comissões, bem como usar a palavra, uma
única vez, pelo prazo máximo de 5 minutos, para comunicações urgentes.

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Faça bom proveito do material de estudo. Se ainda não baixou o seu


RCCN, faça o quanto antes. Segue o link:
https://www25.senado.leg.br/documents/12427/45875/RegimentoComum201
5.pdf

Nos vemos em breve!

Bons estudos,

Fabrício Rêgo

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Complemento do aluno

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS

Chegou a hora de praticarmos o que foi visto na aula de hoje, mas não só,
aprender mais. Para tanto, gostaria de te sugerir um método para e studar as
questões abaixo. Ué, professor, mas não é só responder e ver se acertou ou
não?! Sim, tecnicamente é isso, claro. Não se trata de nenhuma receita
mirabolante o que vou dizer, apenas uma forma de, a meu ver, tirar melhor
proveito dos exercícios.

Eu vejo os exercícios além de mera prática para mensurar o aprendizado.


Os vejo como material de estudo e de onde posso tirar grande proveito em
aprendizado. Sempre foi essa minha forma de estudo e há conhecimentos que
até hoje eu me lembro de ter aprendido com a prática de questões utilizando
este método. Então vamos lá.

Sugiro você ler a questão. Se for uma questão fácil e você já tenha o
domínio da matéria, ótimo, ela servirá mesmo para exercitar. De toda forma,
leia a questão, pense a respeito dela, se sabe ou não responder. Caso haja
uma dúvida mínima sobre a resposta, vá em busca dela. Isso mesmo, pesquise
a resposta. Mas veja: não digo pra colocar a questão no Google e ver o
gabarito. Não! 04396476302

Procure no material, na CF/88, nos regimentos, enfim, onde a questão é


tratada e leia sobre o assunto. Tendo encontrado a resposta, volte à questão,
leia novamente, confirme se é isso mesmo, e responda. Faça isso para cada
item em questões de múltiplas escolhas.

Sim, eu sei, é trabalhoso. No entanto, com isso você revisou a matéria e,


além disso, aprendeu um monte de coisas novas. Mas não é essa a justificativa
para o método.

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Ele se justifica pelo fato de nosso cérebro se fixar muito em traumas. Ao


ler uma questão e não saber respondê-la, ou ter dúvidas, cria-se uma lacuna
de inquietação no cérebro (trauma é uma palavra exagerada!!). Quando você
parte em busca das respostas, o seu cérebro, com essa lacuna, vai captar com
certa obsessão todo o conteúdo que for lido, pois é um processo natural dele
querer se livrar do incômodo gerado pela lacuna, processo de cura. Ao se
deparar com a resposta correta e voltar para a questão, respondê-la, você
repassou todo o conteúdo e, assim, concluiu o ciclo do aprendizado.

Utilize isso em todas as matérias, faça um teste, e confirme você mesmo


os resultados.

Por fim, gostaria de creditar a apresentação desse método a mim ao


Professor Carlos Elias de Oliveira, o qual, hoje, é Consultor Legislativo
do Senado Federal aprovado no último concurso para a área de Direito Civil,
Processo Civil e Direito Agrário, tendo sido, antes, aprovado para diversos
cargos, incluindo Advogado da União.

Resumo do método:

1. Leia a questão e tire dela tudo o que precisa;

2. Pesquise em materiais, leis, livros, a resposta para cada item;

3. Retorne à questão, leia novamente e responda! Simples


04396476302

assim!

Abaixo seguem as questões comentadas e, ao final de todas, as mesmas


questões sem os comentários. Opte pela maneira que entender ser melhor,
fazer já vendo os comentários ou resolver e apenas depois ver a resposta.

1 – (CESPE – CD – Analista Legislativo – 2014) A escolha do líder da


minoria no Congresso Nacional deve ser feita anualmente de forma
alternada ent re senadores e deputados federais. Ao líder da minoria
compete discutir matéria e encaminhar votação em caráter preferencial,
desde que inscrito previamente. ( )
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Resposta: Errado. Está correta a forma com que o líder da minoria será
escolhido (art. 4º, §4º RCCN). O erro da questão é afirmar que para discutir
matérias e encaminhar votações em caráter preferencial, dependerá de
inscrição (art. 7º RCCN).

2 - (CESPE – CD – Analista Legislativo – 2012) A escolha do líder da


minoria no Congresso Nacional deve ser anual e de forma alternada ent re
senadores e deputados federais. A ele é permitido discursar uma única vez,
em qualquer fase da sessão, para comunicação urgente. ( )
Resposta: Correto. Combinação dos art. 4º, §4º e 7º do RCCN.

3 – (FGV – SF – Analista Legislativo – Processo Legislativo – 2008 –


alterada) As duas maiores bancadas do Senado Federal e da Câmara dos
Deputados que manifestarem, em relação ao Governo, posição diversa da
maioria, poderão indi car líder da minoria no Congresso Nacional. ( )

Resposta: Correto. Art. 4º, §3º do RCCN.

4 - (CESPE – CD – Analista Legislativo – 2012) De acordo com o disposto


no Regimento Comum do Congresso Nacional, cabe ao presidente do
Congresso marcar reunião do colegiado para promulgar as emendas
constitucionais se o presidente da República não o fizer. ( )

Resposta: Errado. O art. 1º, III do RCCN, a competência para pro mulgar
emendas constitucionais é do Congresso Nacional em reunião conjunta.
Nesse sentido, em nada deve participar o Presidente da República do ato. Na
CF/88, vemos isso no art. 60, §3º.

5 - (CESPE – CD – Analista Legislativo – 2012) De acordo com o disposto


no Regimento Comum do Congresso Nacional, cabe ao presidente do
Congresso marcar reunião do colegiado para promulgar as leis
complementares. ( )
04396476302

Resposta: Errado. O examinador quis apenas confundir o candidato com a


promulgação das emendas constitucionais. Art. 1º do RCCN.

6 - (CESPE – CD – Analista Legislativo – 2012) De acordo com o


disposto no Regimento Comum do Congresso Nacional, cabe ao presidente
do Congresso marcar reunião do colegiado para inaugurar e encerrar a
sessão legislativa. ( )

Resposta: Errado. A competência do CN será apenas de inaugurar a sessão


legislativa. Art. 1º, I do RCCN e art. 57, §3º, I da CF/88.

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7 - (CESPE – CD – Analista Legislativo – 2012) De acordo com o


disposto no Regimento Comum do Congresso Nacional, cabe ao presidente
do Congresso marcar reunião do colegiado para dar posse ao presidente e
ao vice-presidente da República eleitos. ( )

Resposta: Correto. Art. 1º, II do RCCN e art. 57, §3º, III da CF/88.

8 – (CESPE – CD – Analista Legislativo – 2012) É da competência


exclusiva do Congresso Nacional o estabelecimento de limites e condições
para o montante da dívida mobiliária dos estados e do Distrito Federal. ( )

Resposta: Errado. Não é uma competência exclusiva do CN, art. 48, XIV,
CF/88.

9 – (CESPE – CD – Analista Legislativo – 2012) É da competência


exclusiva do Congresso Nacional autorizar a exploração e o aproveitamento
de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais em terras
indígenas. ( )

Resposta: Correto, art. 49, XVI, CF/88.

10 – (FGV – SF – Advogado – 2008) Assinale, dentre as matérias abaixo


relacionadas, incluídas na competência legislativa do Congresso Nacional,
aquelas em que não se exige a sanção do Presidente da República.
(A) organização administrativa, judi ciária, do Ministério Público e da
Defensoria Pública da União e dos Territórios
(B) t ratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional
(C) matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas
operações
(D) criação, t ransformação e extinção de cargos, empregos e funções
públicas
(E) concessão de anistia
04396476302

Resposta: Letra B, art. 49, I, da CF/88. As demais assertivas são: A, art. 48,
IX; C, art. 48, XIII; D, art. 48, X; E, art. 48, VIII, todos da CF/88.

11 – (CESPE – CD – Analista Legislativo – 2012) Cabe ao Congresso


Nacional, com a sanção do presidente da República, dispor sobre a
incorporação, a subdivisão ou o desmembramento de áreas de territórios ou
estados, ouvidas as respectivas assembleias legislativas. ( )

Resposta: Correto, art. 49, VI da CF/88.

12 – (FGV – SF – Policial Legislativo Federal – 2008) À Câmara dos


Deputados e ao Senado Federal, em sessão conjunta, não cabe:
(A) discutir e votar o Orçamento.

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(B) dar posse ao Presidente e ao Vice-Presidente da República eleitos.


(C) delegar ao Presidente da República poderes para legislar na forma do art.
68 da Constituição.
(D) inaugurar a sessão legislativa.
(E) eleger membros do Conselho da República.

Resposta: Letra E. Como pode ser percebido, todos os demais itens estão no
art. 57, §3º da CF/88 e art. 1º do RCCN.

13 - (IESES – TJ-MS – Titular de serviços notariais – 2014) É da


competência exclusiva do Congresso Nacional:
a) Resolver sobre todos os tratados, acordos ou atos internacionais.
b) Autorizar, independente do período, o Presidente e o Vice -Presidente da
República a se ausentarem do País.
c) Aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de
sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas.
d) Declarar guerra, celebrar a paz e permitir que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente.
Resposta: Letra C, art. 49, IV da CF/88. A: errado, pois não são todos os
tratados e acordos, apenas aqueles que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional. Art. 49, I da CF/88. B:
errado, art. 49, III da CF/88. Somente quando a ausência exceder 15 dias.
D: errado, art. 49, II da CF/88. O correto seria autorizar o Presidente da
República a tomar as medidas lá elencadas.

14 - (VUNESP – PGM-SP – Procurador do Município – 2014) É da


competência exclusiva do Congresso Nacional:
(A) aprovar iniciativas do Poder Executivo referente a atividades nucleares.
(B) eleger membros do Conselho da República.
(C) autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios.
(D) dispor sobre limites globais e condições para concessão de garantia da
União em operações de crédito externo e interno.
(E) decretar o estado de defesa e o estado de sítio.
04396476302

Resposta: letra A, art. 49, XIV da CF/88.

15 – (INSTITUTO AOCP – UFSM – advogado – 2014) A Mesa do


Congresso Nacional será presidida pelo
(A) Presidente da Câmara dos Deputados.
(B) Presidente do Senado Federal.
(C) Presidente da Assembleia Legislativa.
(D) Ministro da Justiça.
(E) Presidente da República

Resposta: letra B. art. 57, §5º da CF/88.

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LISTA DE QUESTÕES – SEM COMENTÁRIO

1 – (CESPE – CD – Analista Legislativo – 2014) A escolha do líder da


minoria no Congresso Nacional deve ser feita anualmente de forma
alternada ent re senadores e deputados federais. Ao líder da minoria
compete discutir matéria e encaminhar votação em caráter preferencial,
desde que inscrito previamente. ( )

2 - (CESPE – CD – Analista Legislativo – 2012) A escolha do líder da


minoria no Congresso Nacional deve ser anual e de forma alternada ent re
senadores e deputados federais. A ele é permitido discursar uma única vez,
em qualquer fase da sessão, para comunicação urgente. ( )

3 – (FGV – SF – Analista Legislativo – Processo Legislativo – 2008 –


alterada) As duas maiores bancadas do Senado Federal e da Câmara dos
Deputados que manifestarem, em relação ao Governo, posição diversa da
maioria, poderão indi car líder da minoria no Congresso Nacional. ( )

4 - (CESPE – CD – Analista Legislativo – 2012) De acordo com o disposto


no Regimento Comum do Congresso Nacional, cabe ao presidente do
Congresso marcar reunião do colegiado para promulgar as emendas
constitucionais se o presidente da República não o fizer. ( )

5 - (CESPE – CD – Analista Legislativo – 2012) De acordo com o disposto


no Regimento Comum do Congresso Nacional, cabe ao presidente do
Congresso marcar reunião do colegiado para promulgar as leis
complementares. ( )

6 - (CESPE – CD – Analista Legislativo – 2012) De acordo com o


disposto no Regimento Comum do Congresso Nacional, cabe ao presidente
do Congresso marcar reunião do colegiado para inaugurar e encerrar a
sessão legislativa. ( )
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7 - (CESPE – CD – Analista Legislativo – 2012) De acordo com o


disposto no Regimento Comum do Congresso Nacional, cabe ao presidente
do Congresso marcar reunião do colegiado para dar posse ao presidente e
ao vice-presidente da República eleitos. ( )

8 – (CESPE – CD – Analista Legislativo – 2012) É da competência


exclusiva do Congresso Nacional o estabelecimento de limites e condições
para o montante da dívida mobiliária dos estados e do Distrito Federal. ( )

9 – (CESPE – CD – Analista Legislativo – 2012) É da competência


exclusiva do Congresso Nacional autorizar a exploração e o aproveitamento
de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais em terras
indígenas. ( )
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10 – (FGV – SF – Advogado – 2008) Assinale, dentre as matérias abaixo


relacionadas, incluídas na competência legislativa do Congresso Nacional,
aquelas em que não se exige a sanção do Presidente da República.
(A) organização administrativa, judi ciária, do Ministério Público e da
Defensoria Pública da União e dos Territórios
(B) t ratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional
(C) matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas
operações
(D) criação, t ransformação e extinção de cargos, empregos e funçõ es
públicas
(E) concessão de anistia

11 – (CESPE – CD – Analista Legislativo – 2012) Cabe ao Congresso


Nacional, com a sanção do presidente da República, dispor sobre a
incorporação, a subdivisão ou o desmembramento de áreas de territórios ou
estados, ouvidas as respectivas assembleias legislativas. ( )

12 – (FGV – SF – Policial Legislativo Federal – 2008) À Câmara dos


Deputados e ao Senado Federal, em sessão conjunta, não cabe:
(A) discutir e votar o Orçamento.
(B) dar posse ao Presidente e ao Vice-Presidente da República eleitos.
(C) delegar ao Presidente da República poderes para legislar na forma do art.
68 da Constituição.
(D) inaugurar a sessão legislativa.
(E) eleger membros do Conselho da República.

13 - (IESES – TJ-MS – Titular de serviços notariais – 2014) É da


competência exclusiva do Congresso Nacional:
a) Resolver sobre todos os tratados, acordos ou atos internacionais.
b) Autorizar, independente do período, o Presidente e o Vice -Presidente da
República a se ausentarem do País.
c) Aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de
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sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas.


d) Declarar guerra, celebrar a paz e permitir que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente.

14 - (VUNESP – PGM-SP – Procurador do Município – 2014) É da


competência exclusiva do Congresso Nacional:
(A) aprovar iniciativas do Poder Executivo referente a atividades nucleares.
(B) eleger membros do Conselho da República.
(C) autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios.
(D) dispor sobre limites globais e condições para concessão de garantia da
União em operações de crédito externo e interno.
(E) decretar o estado de defesa e o estado de sítio.

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15 – (INSTITUTO AOCP – UFSM – advogado – 2014) A Mesa do


Congresso Nacional será presidida pelo
(A) Presidente da Câmara dos Deputados.
(B) Presidente do Senado Federal.
(C) Presidente da Assembleia Legislativa.
(D) Ministro da Justiça.
(E) Presidente da República

GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E C C E E E C E C B
11 12 13 14 15
C E C A B

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REGIMENTO GRIFADO

RESOLUÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL Nº 1, DE 1970 (*)


REGIMENTO COMUM
TÍTULO I
DIREÇÃO, OBJETO E CONVOCAÇÃO DAS SESSÕES CONJUNTAS

Art. 1º A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, sob a direção da Mesa


deste, reunir-se-ão em sessão conjunta para:
I - inaugurar a sessão legislativa (art. 57, § 3º, I, da Constituição);
II - dar posse ao Presidente e ao Vice-Presidente da República eleitos (arts.
57, § 3º, III, e 78 da Constituição);
III - [discutir, votar e] promulgar emendas à Constituição (art. 60, § 3º, da
Constituição);
V - discutir e votar o Orçamento (arts. 48, II, e 166 da Constituição);
VI - conhecer de matéria vetada e sobre ela deliberar (arts. 57, § 3º, IV, e
66, § 4º, da Constituição);
IX - delegar ao Presidente da República poderes para legislar (art. 68 da
Constituição);
XI - elaborar ou reformar o Regimento Comum (art. 57, § 3º, II, da
Constituição); e
XII - atender aos demais casos previstos na Constituição e neste Regimento.
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1º Por proposta das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal,


poderão ser realizadas sessões destinadas a homenagear Chefes de Estado
estrangeiros e comemorativas de datas nacionais.
§ 2º Terão caráter solene as sessões referidas nos itens I, II, III e §1º.
Art. 2º As sessões que não tiverem data legalmente fixada serão convocadas
pelo Presidente do Senado ou seu Substituto, com prévia audiência da Mesa
da Câmara dos Deputados.
Art. 3º As sessões realizar-se-ão no Plenário da Câmara dos Deputados,
salvo escolha prévia de outro local devidamente anunciado

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TÍTULO II
DOS LÍDERES
Art. 4º São reconhecidas as lideranças das representações partidárias
em cada Casa, constituídas na forma dos respectivos regimentos.
§ 1º O Presidente da República poderá indicar Congressista para exercer a
função de líder do governo, com as prerrogativas constantes deste
Regimento.
§ 2º O líder do governo poderá indicar até 5 (cinco) vice-líderes dentre os
integrantes das representações partidárias que apoiem o governo.
§ 3º Os líderes dos partidos que elegerem as duas maiores bancadas no
Senado Federal e na Câmara dos Deputados e que expressarem, em relação
ao governo, posição diversa da Maioria, indicarão Congressistas para
exercer a função de Líder da Minoria no Congresso Nacional.
§ 4º A escolha do Líder da Minoria no Congresso Nacional será anual e se fará
de forma alternada entre Senadores e Deputados Federais, de acordo
com o § 3º.
§ 5º O Líder da Minoria poderá indicar cinco vice-líderes dentre os
integrantes das representações partidárias que integrem a Minoria no Senado
Federal e na Câmara dos Deputados.
§ 6º Para efeito desta Resolução, entende-se por Maioria e Minoria o disposto
nos arts. 65, §§ 1º e 2º, do Regimento Interno do Senado Federal, e 13 do
Regimento Interno da Câmara dos Deputados.
§ 7º A estrutura de apoio para funcionamento da liderança ficará a cargo da
04396476302

Casa a que pertencer o parlamentar.(NR)


Art. 5º Aos Líderes, além de outras atribuições regimentais, compete a
indicação dos representantes de seu Partido nas Comissões.
Art. 6º Ao Líder é lícito usar da palavra, uma única vez, em qualquer fase
da sessão, pelo prazo máximo de 5 (cinco) minutos, para comunicação
urgente. (NR)
Art. 7º Em caráter preferencial e independentemente de inscrição, poderá
o Líder discutir matéria e encaminhar votação.

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Art. 8º Ausente ou impedido o Líder, as suas atribuições serão exercidas pelo


Vice-Líder.

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MAPAS MENTAIS DA AULA

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