You are on page 1of 1

A COPEL ESTÁ ABANDONANDO O CONSUMIDOR DO PARANÁ, NO ULTIMO LEILÃO

DO SETOR ELÉTRICO A COPEL SE PROPOS A CONSTRUIR A USINA COLÍDER NO


MATO GROSSO

Ao que parece a Copel está saindo do Paraná, deixando de atender os seus consumidores para
beneficiar outros estados, em prejuízo para o próprio governo, que é o seu maior acionista e,
principalmente, os seus consumidores, que tiveram uma posição única no Brasil pela não privatização
da sua empresa.
O comportamento da Copel, nos últimos leilões do setor elétrico, segundo analistas financeiros não
atende os princípios de responsabilidade e coerência administrativa.
Pela analise do mercado, tanto a Linha de Transmissão a ser construída em São Paulo como a Usina
COLÍDER no Mato Grosso, podem levar a empresa a prejuízos futuros não necessários.
O economista Nivalde José de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ), para quem a Copel “parece estar tentando
recuperar o tempo perdido durante a era Requião”.
O ex-governador não permitia que a empresa participasse de leilões fora de sua área de concessão. “E
agora ela está sendo muito agressiva, aceitando taxas de remuneração menores que a média do
mercado”, diz Castro. Segundo ele, a Copel já havia dado sinais dessa nova postura no leilão de
sistemas de transmissão, realizado em junho, no qual a companhia arrematou dois lotes no estado de
São Paulo com deságio de mais de 35% em relação à tarifa máxima permitida.
Ainda no mês passado, a estatal resolveu encerrar a política de descontos tarifários e aplicar o reajuste
autorizado pela Aneel, com isso, a conta de luz ficou 15% mais cara. O aumento foi justificado para
fazer caixa com o objetivo de investir na expansão dos sistemas de geração e transmissão.
O grupo ELETROBRÁS, que tem a obrigação de atender o mercado brasileiro, não ganhou
nenhuma usina licitada, não deve ter sido por incapacidade e sim por preocupações com
rentabilidade, localização do empreendimento etc.
Está usina será a primeira na região, portanto, ficou para a Copel todos os riscos ambientais, infra-
estrutura, etc. parece até uma nova Usina de Araucária, o risco ficou com a Copel e os ganhos com os
outros. Evidentemente que a Copel terá que cumprir os contratos que serão assinados com os
empreiteiros, fabricantes de equipamentos, e com as distribuidoras.
Como a gestão atual tem menos de 4 meses é uma temeridade assumir riscos e compromissos que serão
executados e pagos no próximo governo.
O mais interessante são as declarações do novo presidente por não ter ganhado a Usina de Garibaldi,
em Santa Catarina:
“Dessa forma, preferimos concentrar nossos esforços na usina Colíder, este sim um projeto com
enorme potencial estratégico por já colocar a Copel dentro da região onde acontecerá a expansão
da geração hidrelétrica do Brasil.”
Finalmente, a maior gravidade é não ter garantia de financiamento, o presidente alega que vai tentar
conseguir os recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para
financiar 70% dos investimentos, fica a pergunta, e se não conseguir quem vai bancar o investimento,
ele provavelmente já estará fora a preocupação e para o novo governo.

You might also like