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ORÇAMENTÁRIA I
Para uma empresa sobreviver e manter-se num mercado cada vez mais competitivo torna-se necessário que as
decisões sejam apoiadas em informações precisas e atualizadas.
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a) Firma individual – empresas de propriedade de uma única pessoa que opera visando a seu próprio lucro.
Corresponde a 75% das empresas. O proprietário tem responsabilidade ilimitada.
b) Sociedades – dois ou mais proprietários dirigindo conjuntamente um empreendimento, com fins lucrativos.
Representam cerca de 10% de todos os negócios. Forma-se a partir de um contrato social.
c) Sociedade anônima – entidade empresarial intangível, criada por lei. Cerca de 15% das empresas são S/A,
mas é a forma dominante de organização empresarial. Responde por 90% das receitas e 80% dos lucros líquidos.
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Relação com a Economia – o administrador financeiro deve compreender o arcabouço econômico e estar atento
às conseqüências dos vários níveis de atividade econômica e das mudanças na política econômica. Deve ser capaz
também de utilizar as teorias econômicas como diretrizes para realizar operações comerciais com eficiência.
São exemplos a análise de oferta e procura, as estratégias de maximização do lucro e a teoria de preços.
O administrador financeiro é o principal responsável pela criação de valor para o acionista ou proprietário
da empresa.
A administração financeira envolve basicamente a gestão de recursos financeiros. Como obter esses
recursos e onde aplicá-los é a atividade principal do administrador financeiro. Então, as atividades primárias
fundamentais do gestor financeiro são:
a) realizar análise e planejamento financeiro, ou seja, a transformação dos dados financeiros de forma que
possam ser utilizados para monitorar a situação financeira da empresa, avaliação da necessidade de se
aumentar (ou reduzir) a capacidade produtiva e a determinação de aumentos (ou reduções) dos financiamentos
requeridos. Embora essas atividades estejam fortemente embasadas em demonstrativos financeiros elaborados
com base no regime de competência, seu objetivo fundamental é avaliar o fluxo de caixa da empresa e
desenvolver planos que assegurem que os recursos adequados estarão disponíveis para o alcance dos objetivos.
b) tomar decisões de investimento – aplicação de capital em algum ativo, tangível ou não, para obter
determinado retorno no futuro; determinar a combinação de ativos constantes no balanço patrimonial da
empresa, ou seja, determinar qual o montante de recursos aplicados em ativos circulantes e quanto em ativos
permanentes, buscando manter níveis ótimos para cada tipo de ativo circulante e quais os melhores ativos
permanentes a adquirir, modificar, substituir ou liquidar. Essas decisões são importantes porque afetam o
sucesso da empresa na consecução de seus objetivos.
c) tomar decisões de financiamento - envolvem a escolha da estrutura de capital, a determinação do custo de
capital e a captação de recursos. Remetem, portanto, à definição das fontes de financiamentos a serem
utilizadas nas atividades da empresa e nos projetos de investimento. Os recursos financeiros advêm de duas
fontes: capital próprio e capital de terceiros. O capital próprio é formado por recursos dos proprietários e
acionistas da empresa, recursos de longo prazo; o capital de terceiros entra na empresa por meio de
empréstimos (curto prazo) e financiamentos (longo prazo) obtidos junto a instituições financeiras. As dívidas
da empresa com fornecedores (duplicatas a pagar), com funcionários (salários a pagar) e com o governo
(tributos a pagar) também constituem recursos de terceiros à disposição da empresa.
O papel do administrador financeiro é assegurar que o capital esteja disponível nos montantes adequados, no
momento certo e ao menor custo. Se isso não ocorrer, a empresa não sobreviverá.
I – Maximizar o lucro? Buscar o maior retorno monetário possível. Falhas – ignora a data da ocorrência dos
retornos (timing); ignora o fluxo de caixa disponível aos acionistas (as receitas da companhia não representam
fluxo de caixa disponível aos acionistas) e ignora o risco (possibilidade de que os resultados realizados possam
ser diferentes daqueles esperados).
O objetivo do administrador financeiro é aumentar o valor do patrimônio líquido da empresa, por meio
da geração de lucro líquido, decorrente das atividades operacionais da empresa. Para realizar essa tarefa, o
gestor financeiro precisa ter um sistema de informações gerenciais que lhe permita conhecer a situação
financeira da empresa e tomar as decisões mais adequadas, maximizando seus resultados.
O gestor financeiro é o principal responsável pela criação de valor da empresa e, para isso, envolve-se,
cada vez mais, com os negócios da empresa como um todo. Suas atividades abrangem decisões estratégicas,
como a seleção de alternativas de investimento e as decisões de financiamento de longo prazo, além das
operações de curto prazo, como a gestão do caixa, o gerenciamento do risco e tantas outras. Sua área de
abrangência é ampla, ocupando-se do processo financeiro, dos mercados e das instituições financeiras, dos
instrumentos financeiros e das finanças pessoais, governamentais e cooperativas. Suas principais atividades
são:
A inexistência de uma adequada gestão financeira pelas empresas provoca uma série problemas de
análise, planejamento e controle financeiro das suas atividades operacionais, entre os quais citamos:
a) Não ter as informações corretas sobre saldo do caixa, valor dos estoques das mercadorias, valor
das contas a receber, valor das contas a pagar, volume das despesas fixas ou financeiras, etc. Isso ocorre
porque não fazem o registro adequado das transações realizadas.
b) Não saber se a empresa está tendo lucro, ou não, em suas atividades operacionais, porque não
elaboram o demonstrativo de resultados.
c) Não calcular corretamente o preço de venda de seus produtos, porque não conhecem os seus custos
e despesas.
d) Não conhecer corretamente o volume e a origem dos recebimentos, e o volume e o destino dos
pagamentos, porque não elaboram o fluxo de caixa.
e) Não saber o valor patrimonial da empresa, porque não elaboram o balanço patrimonial.
f) Não saber quanto os sócios retiram de pró-labore, porque não estabelecem um valor fixo para a
remuneração dos sócios.
g) Não conhecer corretamente o custo das mercadorias vendidas, porque não fazem um registro
adequado do estoque de mercadorias.
h) Não saber corretamente o valor das despesas fixas da empresa, porque não fazem separação das
despesas pessoais dos sócios em relação às despesas da empresa.
i) Não saber administrar corretamente o capital de giro da empresa, porque não conhecem o ciclo
financeiro de suas operações.
j) Não fazer análise e planejamento financeiro da empresa, porque não tem um sistema de informações
gerenciais (fluxo de caixa, demonstrativo de resultados e balanço patrimonial).
Qualquer pessoa que se encontre nos negócios deve compreender o ambiente total no qual a empresa
opera. Esse ambiente inclui o governo federal e suas múltiplas entidades reguladoras, as instituições
financeiras, os mercados monetário e de capitais.
Como as regulamentações governamentais e as políticas mudam frequentemente, todo administrador
deve estar bem informado, de modo a monitorar e antecipar mudanças e posicionar a empresa para, assim,
reagir prontamente. As regulamentações afetam a maneira como operamos, avaliamos o risco, determinamos e
depuramos os custos dos produtos, investimos os recursos da empresa e financiamos nossas atividades.
A demanda de nossos produtos é afetada diretamente pelas condições econômicas mundiais. As taxas
de juros são influenciadas pelo ambiente político e empresarial, e se constituem em fator crítico para a
atividade econômica. Muitas decisões empresariais, tais como o momento oportuno para dispêndios de capital e
a oferta de títulos, baseiam-se nos níveis da taxa de juros.
O planejamento tributário é outra área onde devemos acompanhar as mudanças propostas e agir quando
– e se – elas ocorrem.
A habilidade para acompanhar, reconhecer e adaptar-se às mudanças no contexto empresarial é uma
capacitação gerencial chave.
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O gestor financeiro necessita conhecer a estrutura do mercado em que sua empresa está inserida para
atuar melhor em negociações comerciais, no estabelecimento de preços de venda e de cotações de compra. Isso
envolve, inclusive, as políticas econômicas do governo.
As empresas compram, vendem, prestam serviços, pagam impostos, tomam recursos emprestados,
enfim, interagem com outros agentes econômicos, no país e no exterior. Essas relações ocorrem sob a vigência
de normas legais, fiscais, fitossanitárias e outras. As empresas, além de serem pressionadas por seus clientes
por melhores serviços e menores preços, são fiscalizadas por diversos órgãos governamentais. Muitas vezes
estão sujeitas a variações em suas condições de operação: a demanda de seus produtos e serviços, custos do
dinheiro, alterações nas leis regulatórias do setor de atuação, mudanças tributárias e variações na conjuntura
internacional. Esse conjunto de fatores caracteriza o ambiente econômico no qual a empresa está inserida.
Empresas com muitos concorrentes têm menores possibilidades de aumentar os preços praticados;
empresas com muitos fornecedores têm maior poder de barganha quando da aquisição de matérias-primas e
insumos. Os perfis dos fornecedores, dos clientes e dos produtos da empresa caracterizam o seu mercado.
As políticas econômicas referem-se às ações do governo no sentido de controlar e regular a atividade
econômica. Mesmo os países com governos liberais interferem na atividade econômica para fomentar o
crescimento e a estabilidade econômicos e garantir a equitatividade.
Bancos, companhias de crédito, taxas de juros, taxas de câmbio, títulos de dívida e falta de dinheiro
constituem o ambiente financeiro das empresas, junto de inúmeros outros fatores que, apesar de não estarem
diretamente relacionados à atividade-fim das empresas, têm grande influência nas finanças empresariais.
O mercado financeiro é o local da interação dos agentes econômicos superavitários e deficitários,
intermediados pelos agentes financeiros, regulados e fiscalizados pelo governo e outros organismos. No jargão
do mercado financeiro é comum ouvir que o mercado está agitado, nervoso ou calmo. O termômetro utilizado é a
variação das taxas de juros e variações nas cotações das moedas e dos papéis negociados diariamente em
Bolsas de Valores, e diretamente entre os intermediários financeiros. No Brasil, essas variações são
decorrências da divulgação de:
a) decisões do COPOM (Comitê de Política Monetária) – taxa básica de juros, taxa de recolhimentos
compulsórios, decisões administrativas relacionadas às atividades financeiras;
b) fatores internos – saldos da balança comercial, balanço de pagamentos, dívida pública e decisões de política
econômica, para manutenção da estabilidade de preços;
Existem muitas variáveis que determinam a demanda e oferta de recursos, sendo importante citar: nível
do produto interno bruto, políticas econômicas, nível de emprego, inflação, taxas de juros e outros. A empresa
precisa acompanhá-las e avaliar seus efeitos sobre seu custo de capital.
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Taxa de juros é a compensação paga pelo tomador de fundos ao credor; do ponto de vista do tomador
de fundos é o custo de tomar emprestado os fundos. O nível dessa taxa atua como um regulador que controla o
fluxo entre fornecedores e tomadores de fundos. Quando os fundos são obtidos através da venda de um
direito de propriedade – como na venda de ações – o custo para o emissor (tomador) é normalmente chamado de
retorno requerido, o qual reflete o nível de retorno esperado pelo fornecedor de fundos. Ignorando o fator de
risco, a taxa de juros nominal ou de mercado (custo dos fundos) é resultante da taxa de juros real ajustada
pelas expectativas inflacionárias e pelas preferências por liquidez – preferências dos investidores em geral por
títulos de menor prazo.
Taxa de juros real = taxa que cria um equilíbrio entre o fornecimento de poupança e a demanda por fundos de
investimento em um mundo perfeito, sem inflação, onde os fornecedores e tomadores de fundos não têm
preferência por liquidez e todos os resultados são certos.
Taxa de juros nominal ou corrente (retorno) = é a efetiva taxa de juros cobrada pelo fornecedor de fundos
e paga pelo tomador. Ela difere da taxa de juros real devido a dois fatores: expectativas inflacionárias
refletidas em um prêmio pela inflação (IP) e características do emissor e da emissão, tais como o risco de
inadimplência e condições contratuais, refletidas em um prêmio pelo risco (RP).
K1 = k* + IP + RP1
Onde:
K1 = taxa de juros nominal ou corrente
K* = taxa real
IP = Prêmio pela inflação
RP = Prêmio pelo risco
A taxa de juros sem risco RF é o retorno requerido de um ativo sem risco, tipicamente uma letra de 3
meses do Tesouro dos Estados Unidos.
a) a hipótese das expectativas – sugere que a curva de rendimento reflete as expectativas em relação às
taxas de juros futuras. Expectativas de uma inflação crescente resultam em uma curva de rendimento de
inclinação ascendente e expectativas de inflação decrescente resultam numa curva de rendimento de
inclinação descendente.
b) Teoria da preferência pela liquidez – sugere que, para qualquer emissor, as taxas de juros de longo prazo
tendem a ser mais altas que as taxas de juros de curto prazo, devido a menor liquidez e a maior
sensibilidade dos títulos de prazos mais longos aos movimentos gerais da taxa de juros; isso faz com que a
curva de rendimentos seja de inclinação ascendente.
c) Teoria da segmentação de mercado – sugere que o mercado de empréstimos é segmentado com base nos
vencimentos e que as fontes de oferta e demanda por empréstimo, dentro de cada segmento, determinam
sua taxa de juros prevalecente; a inclinação da curva de rendimento é determinada pela relação geral entre
as taxas prevalecentes em cada segmento.
Dessas 3 teorias podemos concluir que, em qualquer momento, a inclinação da curva de rendimento é
afetada por:
¾ Expectativas inflacionárias
¾ Preferências por liquidez
¾ Equilíbrio comparativo da oferta e de demanda nos segmentos de mercado de curto e longo prazo.
A inclinação ascendente da curva de rendimento é conseqüência de expectativas de inflação futura mais alta,
da preferência dos credores por empréstimo com vencimentos menores e da maior oferta de empréstimos de
curto prazo que de empréstimos de longo prazo com relação a sua respectiva demanda.
Prêmio pelo risco – O prêmio pelo risco varia conforme as características específicas do emissor e da emissão;
e faz com que títulos com vencimento similares tenham taxas de juros nominais diferentes. O prêmio pelo risco,
RP, consiste de vários componentes relativos ao emissor –e à emissão – que incluem risco de inadimplemento,
risco de vencimento, risco de liquidez, condições contratuais e risco tributário.
Risco e retorno – tradeoff entre risco e retorno – expectativa de que, por aceitar maior risco, os investidores
devem ser compensados com maiores retornos.
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As empresas, assim como os indivíduos, devem pagar impostos sobre suas rendas. Independentemente
de sua forma legal, todas as empresas podem auferir dois tipos de renda:
¾ Lucro normal ou operacional
LUCRO NORMAL OU OPERACIONAL - É um lucro obtido com a venda de produtos ou serviços da empresa.
GANHOS DE CAPITAL - Diferença positiva entre o preço de venda de um ativo e o seu preço de compra
No processo de determinação do lucro tributável, quaisquer juros recebidos pela sociedade anônima são
computados como lucro normal e, portanto, tributados conforme as alíquotas tributárias aplicáveis à empresa.
Os dividendos recebidos sobre ações ordinárias e preferenciais de outras sociedades anônimas e que
representam menos que 20% do direito de propriedade delas, por outro lado, estão sujeitos a uma isenção de
70%, para fins tributários.. Devido a isenção dos dividendos, somente 30% desses dividendos interempresariais
são incluídos como lucro normal (para evitar uma tripla tributação).
Ex.: Uma empresa recebeu no ano passado, R$ 100.000,00 de juros sobre suas aplicações em títulos e R$
100.000,00 em dividendos sobre as ações ordinárias que possuía de outras sociedades anônimas. A empresa
está sujeita a uma alíquota de IR de 40% e tem direito a uma isenção de 70% sobre os dividendos
interempresariais recebidos. O lucro após IR de cada um desses investimentos é obtido como se segue:
Rendimento de juros Rendimento de dividendos
(1) Valor antes IR 100.000,00 100.000,00
Menos isenção aplicável 0,00 70.000,00
VALOR TRIBUTÁVEL 100.000,00 30.000,00
(2) Imposto (40%) 40.000,00 12.000,00
VALOR APÓS IR 60.000,00 88.000,00
As sociedades anônimas podem, no cálculo de seus impostos, deduzir despesas operacionais tais como
despesas de publicidade, comissões de vendas, crédito em liquidação, bem como despesas de juros. A dedução
dessas despesas reduz o seu custo após o IR, tornando-as menos onerosas do que pareciam a princípio.
Exemplo:
As companhias X e Y esperam obter, no próximo ano, cada uma, lucros antes dos juros e impostos de R$
200.000,00. A companhia X terá de pagar R$ 30.000,00 de juros, durante o ano; a Cia. Y não tem dívida em
títulos e, portanto, não terá despesas de juros. Considerando alíquota de 40% de IR, o cálculo do lucro depois
do IR fica:
Cia. X Cia. Y
Lucro antes dos juros e IR (LAJIR) 200.000,00 200.000,00
Menos: despesas de juros 30.000,00 0,00
Lucro antes do IR (LAIR) 170.000,00 200.000,00
Menos: IR (40%) 68.000,00 80.000,00
Lucro após IR 102.000,00 120.000,00
Os dados mostram que, embora a Cia. X tenha R$ 30.000,00 de despesas de juros a mais que a Cia. Y,
seus lucros após o IR são de somente R$ 18.000,00 a menos. Essa diferença é atribuída ao fato de que a
dedução das despesas de juros propiciou uma economia de IR de R$ 12.000,00.
Obs.: Os juros são despesas dedutíveis do IR, enquanto que os dividendos não são.
1) Para estimar a taxa de juros real, a divisão de economia de uma importante holding bancária coletou os
dados resumidos no quadro a seguir. Em vista da alta probabilidade de ser aprovada uma nova legislação
tributária no futuro próximo, dados atuais, bem como dados que refletem o provável impacto da nova
legislação sobre a demanda por fundos, também foram incluídos na tabela (nota: a legislação não terá
nenhum impacto sobre a oferta prevista de fundos. Suponha um mundo perfeito, onde a inflação
esperada é zero, os fornecedores de fundos e os tomadores não têm preferência pela liquidez e todos
os resultados são certos).
a) desenhe a curva de oferta e a curva de demanda por fundos, usando os dados atuais;
b) usando seu gráfico, identifique e anote a taxa de juros real utilizando os dados atuais;
c) adicione ao gráfico traçado em a a nova curva de demanda esperada, caso venha a efetivar-se a
mudança da legislação tributária.
d) Qual é a nova taxa de juros real? Compare e analise esse resultado à luz de sua análise em b.
Montante de fundos ATUALMENTE Se a legislação tributária
fornecidos/tomados for aprovada
(em R$ bilhões) Taxa de juros requeridas Taxa de juros requerida Taxa de juros requeridas
pelos fornecedores de pelos tomadores de fundos pelos tomadores de fundos
fundos (%) (%) (%)
1 2 7 9
5 3 6 8
10 4 4 7
20 6 3 6
50 7 2 4
100 9 1 3
2) Uma empresa que deseja avaliar o comportamento da taxa de juros, coletou dados de retorno sobre
cinco títulos do Tesouro dos Estados Unidos, cada um com diferente vencimento e todos medidos na
mesma data. Segue a síntese dos dados.
4) Uma empresa que deseja avaliar o comportamento da taxa de juros coletou dados da taxa de juros
nominal e expectativas inflacionárias sobre cinco títulos do Tesouro dos Estados Unidos, cada um deles
com diferente vencimento e medidos em diferentes datas, durante o ano passado. (Nota: suponha que o
risco de os movimentos na taxa de juros futura afetarem mais os vencimentos de longo prazo do que os
vencimentos de curto prazo seja zero, isto é, não haja risco de vencimento). Esses dados estão
sintetizados no quadro a seguir:
a) sobre o mesmo conjunto de eixos, trace a curva de rendimento de cada uma das três datas dadas.
b) Identifique cada curva obtida conforme sua configuração geral (inclinação descendente, ascendente,
plana) e descreva a expectativa de inflação geral e da taxa de juros existente em cada uma das três
datas.
6) A taxa de juros real é atualmente 3%; a expectativa de inflação e o prêmio pelo risco para alguns
títulos são dados abaixo.
TÍTULO Prêmio pela expectativa de inflação (%) Prêmio pelo risco (%)
A 6 3
B 9 2
C 8 2
D 5 4
E 11 1
7) Você está tentando encontrar a taxa de juros nominal para cada um dos dois títulos A e B – emitidos
por diferentes empresas na mesma data. Os seguintes dados foram coletados:
8) Uma empresa teve, no final do ano, lucros operacionais de R$ 280.000,00. Durante o ano, a empresa
vendeu ações de outra companhia por R$ 180.000,00, ou seja, R$ 30.000,00 acima de seu preço de
compra original de R$ 150.000,00, pagos no ano anterior.
a) qual é o montante, se houver, de ganhos de capital realizados durante o ano?
b) Quanto é o total do lucro tributável que a empresa ganhou durante o ano e o total de imposto
devido pela empresa?
9) Durante o ano passado, uma empresa teve lucros operacionais antes do imposto de renda de R$
490.000,00. Adicionalmente, durante o ano, recebeu R$ 20.000,00 em rendimento de juros sobre
títulos de dívida emitidos por outra empresa e recebeu R$ 20.000,00 em dividendos sobre seus 5% de
ações ordinárias que possui de uma terceira empresa. Considerando que a empresa está na faixa
tributária de 40% a.a e pode optar pela isenção de 70% dos dividendos relativos às suas ações.
a) calcule o imposto de renda a pagar somente sobre os lucros operacionais;
b) encontre o imposto de renda a pagar e o montante após o IR atribuível à receita de juros
provenientes dos títulos de dívida;
c) encontre o imposto de renda a pagar e o montante após o IR atribuível aos rendimentos
provenientes das ações ordinárias;
d) compare, contraste e discuta os montantes, depois do IR, resultante dos rendimentos de juros
e de dividendos;
e) qual é o total de imposto de renda a pagar da empresa para o ano?
10) Uma empresa espera obter lucros para este exercício de R$ 40.000,00 antes dos juros e impostos.
Supondo uma alíquota de imposto de renda de 40%, calcule os lucros da empresa depois do IR e os
lucros disponíveis para os acionistas ordinários (lucros depois dos impostos e dividendos sobre ações
preferenciais, se houver), conforme as seguintes condições:
a) a empresa paga R$ 10.000,00 em juros;
b) a empresa paga R$ 10.000,00 em dividendos sobre ações preferenciais.
11) Uma empresa está considerando a venda de dois ativos não depreciáveis, X e Y. O ativo X foi comprado
por R$ 2.000,00 e será vendido agora por R$ 2.250,00. O Ativo Y foi comprado por R$ 30.000,00 e
será vendido por R$ 35.000,00. A empresa está sujeita a 40% de imposto de renda sobre os ganhos de
capital.
a) calcule o montante de ganho de capital, se houver, obtido sobre cada um dos ativos.
b) Calcule o imposto de renda sobre a venda de cada ativo.
13) O Lajir da empresa X, no ano passado, foi de R$ 150.000,00. Ela paga juros anuais na ordem de R$
20.000,00 e R$ 20.000,00 de dividendos sobre ações preferenciais. Supondo uma alíquota de IR de
40%, calcule os lucros da empresa depois do IR e os lucros disponíveis para os acionistas ordinários.
14) Uma empresa teve um lucro operacional de R$ 100.000,00. Sabe-se que durante o ano ela adquiriu um
equipamento por R$ 54.000,00 e acabou vendendo, sem uso, por R$ 62.000,00, no mesmo ano. Qual é o
valor tributável da empresa?
1) Sabendo que uma corporação tem R$ 100.000,00 de lucro tributável provindo de operações, mais R$
5.000,00 de lucro com juros e R$ 10.000,00 de lucros com dividendos. Qual o imposto de renda da
companhia?
2) Suponha que a maioria dos investidores esperem que a taxa de inflação seja de 7% para o próximo ano,
caindo para 5% daqui a 5 anos, 4 % para daqui a 10 anos e, então, permaneça a uma taxa de 3% depois disso.
Suponha que a taxa real livre de risco, k*, permaneça em 2% e que os prêmios pelo risco de vencimento
sobre os títulos do Tesouro aumentem de zero sobre os títulos de dívida de curto prazo (aqueles que tem
vencimento até um ano) para um nível de 0,2 pontos percentuais por ano de vencimento, até o limite de 2,0
pontos percentuais. Calcule a taxa de juros nominais sobre os títulos de dívida do Tesouro de 1, 5, 10 e 20
anos e desenhe a curva de rendimento, descrevendo-a e procedendo a sua análise.
3) Uma empresa teve um lucro tributável em 2007 de R$ 159.000,00 após todos os custos operacionais, porém
antes de despesas com juros de R$ 35.000,00; dividendos pagos de R$ 20.000,00; dividendos recebidos de
R$ 30.000,00 e imposto de renda (alíquota de 40%). Qual é o imposto de renda pago pela empresa? Qual o
lucro líquido total da empresa após o pagamento do imposto?
RETORNO
Prazo de Vcto 5 anos atrás 3 anos atrás atual
1 ano 12,9 10,1 8,5
5 anos 12,6 9,9 9,0
6 meses 13,3 9,8 8,0
10 anos 11,0 10,0 10,2
15 anos 10,5 9,9 10,7
20 anos 10,0 9,8 12,0
Trace a curva de rendimento de cada um das três datas, identifique as curvas obtidas e descreva suas
expectativas gerais.
7) Com os dados abaixo e considerando a taxa de juros real atual de 2%, trace a curva de rendimento,
descreva-a e analise sua estrutura de acordo com as teorias estudadas.
As demonstrações financeiras fornecem uma rápida visão intuitiva da situação da empresa, um ponto de
partida para análises posteriores. Também são as bases para planejar os negócios e elaborar os orçamentos
internos.
Resume e documenta as atividades financeiras das sociedades de capital aberto durante o ano. Inicia
com uma mensagem do presidente da empresa e/ou do conselho de administração aos acionistas, acompanhada
das principais demonstrações financeiras. Importante veículo para influenciar as percepções dos proprietários
acerca da empresa e suas perspectivas futuras. Devido às informações que contém, o relatório dos acionistas
pode afetar o risco esperado, o retorno, o preço da ação e, sobretudo, a viabilidade da empresa.
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Fornece um resumo financeiro dos resultados das operações da empresa durante um período específico.
Normalmente, a DRE cobre o período de um ano encerrado em uma data específica, em geral, 31 de dezembro
do ano calendário.
Apresenta o total acumulado de todos os lucros, líquido dos dividendos, que foram retidos e reinvestidos na
empresa desde seu início. Reconcilia o lucro líquido auferido durante um determinado ano e qualquer dividendo
pago em dinheiro, com a variação ocorrida nos lucros retidos entre o início e o fim desse ano.
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS RETIDOS DA EMPRESA X EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007
Saldo de lucros retidos (em 1.º de janeiro de 2007) 500.000
Mais: lucro líquido depois dos impostos (em 2007) 180.000
Menos: dividendos em dinheiro (pagos durante 2007)
Ações preferenciais (10.000)
Ações ordinárias (70.000)
Total de dividendos pagos (80.000)
Saldo de lucros retidos (em 31 de dezembro de 2007) 600.000
Fornece um resumo dos fluxos de caixa durante um dado período, geralmente do ano recém-encerrado.
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3.3 DEPRECIAÇÃO
Importante conceito contábil usado, com efeito, para confrontar o custo histórico dos ativos
permanentes com as receitas que eles geram. O Administrador Financeiro está mais preocupado com os fluxos
de caixa do que com os lucros líquidos apurados na demonstração do resultado. Para ajustar a demonstração do
resultado e obter o fluxo de caixa das operações, todas as despesas não-desembolsáveis devem ser
acrescentadas de volta aos lucros líquidos da empresa depois do imposto de renda.
Itens não-desembolsáveis são despesas lançadas na demonstração do resultado, as quais não envolvem uma
efetiva saída de caixa durante o período. Ex: deduções por depreciação, amortização e exaustão.
VIDA ÚTIL – período de tempo no qual um ativo é depreciado.
Valor depreciável de um ativo = montante a ser depreciado = é o seu custo total, incluindo os gastos com
instalação.
O registro da depreciação e outras despesas não-desembolsáveis permite que a empresa pague menos
impostos, devido à diminuição do lucro tributável.
_______________________________________________
Tanto o caixa como os títulos negociáveis, devido a sua natureza altamente líquida, são considerados
equivalentes a caixa, e representam um reservatório de liquidez que é aumentado pelas entradas de caixa e
diminuídos pelas saídas de caixa.
Os fluxos de caixa da empresa são divididos em:
¾ Fluxos operacionais – são os fluxos de caixa – entradas e saídas - diretamente relacionados à produção e
venda dos produtos e serviços da empresa
¾ Fluxos de investimento – são fluxos de caixa associados com a compra e venda de ativos imobilizados e
participações societárias, (compra = saída e venda = entradas de caixa).
¾ Fluxos de financiamento – resultantes de operações de empréstimo e capital próprio, incluem a obtenção e
quitação de empréstimos, entradas de caixa por venda de ações e saídas de caixa por recompra de ações ou
pagamento de dividendos em dinheiro.
Na realidade, a demonstração dos fluxos de caixa resume as origens e as aplicações de caixa durante
um dado período. Uma diminuição em um ativo, tal como o saldo de caixa da empresa, é uma origem de fluxos de
caixa, porque os fundos que estavam vinculados ao ativo são liberados e podem ser usados para outra finalidade
qualquer, tal como a quitação de um empréstimo. Por outro lado, um aumento no saldo de caixa da empresa é
uma aplicação de fluxo de caixa, uma vez que fundos adicionais estão sendo vinculados ao saldo de caixa da
empresa.
Vimos, anteriormente, que a depreciação é um item não-desembolsável, por isso é considerada uma
entrada de caixa ou origem de caixa. Assim, uma empresa pode apresentar um prejuízo e ter fluxo de caixa
positivo.
Como a depreciação é tratada com uma origem de caixa distinta, somente as variações brutas nos ativos
imobilizados aparecem da demonstração de fluxos de caixa, evitando, assim, uma dupla contagem da
depreciação.
Origens – diminuição em qualquer ativo; aumento em qualquer passivo; lucro líquido após o IR; depreciação e
outros itens não-desembolsáveis; venda de ações.
Aplicações – aumento em qualquer ativo; diminuição em qualquer passivo; prejuízo líquido; dividendos pagos;
recompra ou resgate de ações.
1) Uma empresa espera obter lucros antes da depreciação e do imposto de renda (LADIR) de R$ 160.000,00
em cada um dos próximos 5 anos. Ela está considerando a compra de um ativo que custa R$ 140.000,00,
requerendo R$ 10.000,00 por custo de instalação e tendo um período de depreciação de 5 anos. Calcule a
depreciação anual e os fluxos de caixa operacionais anuais para cada um dos próximos 5 anos. Suponha que o
novo ativo seja o único ativo depreciável da empresa e que ela esteja sujeita a uma alíquota de imposto de
40%
2) Marque cada uma das contas relacionadas no quadro a seguir, como segue:
a) na coluna 1, indique a qual demonstração pertence a conta – demonstração do resultado do
exercício (DRE) ou balanço patrimonial (BP);
b) na coluna 2, indique se a conta é um ativo circulante (AC), ativo permanente (AP), passivo
circulante (PC), exigível a longo prazo (ELP), receita (R), despesa (D) ou patrimônio líquido (PL).
5) Use os itens apropriados da seguinte lista para preparar, na forma correta, a demonstração do resultado de
31 de dezembro de 2007 da empresa X.
6) Uma empresa encerrou o ano de 2007 com lucro líquido antes do imposto de renda de R$ 218.000,00. Ela
está sujeita a uma alíquota tributária de 40% e deve pagar R$ 32.000,00 em dividendos sobre ações
preferenciais, antes de distribuir qualquer lucro às 85.000 ações ordinárias atualmente em circulação.
8) Uma empresa tem uma emissão de ações preferenciais e uma emissão de ações ordinárias em circulação.
Dada abaixo a conta de patrimônio líquido da empresa, determine o preço original por ação pelo qual a empresa
vendeu sua única emissão de ações ordinárias.
9) Uma empresa iniciou 2007 com um saldo de lucros retidos de R$ 928.000,00. Durante 2007, a empresa
lucrou R$ 377.000,00 após o IR. Desse montante, R$ 47.000,00 em dividendos foram pagos aos acionistas
preferenciais. No fim de 2007, os lucros retidos da empresa totalizaram R$ 1.048.000,00. A empresa tinha
140.000 ações ordinárias em circulação durante 2007.
a) prepare uma demonstração dos lucros retidos para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2007 (Nota: não
deixe de calcular e incluir o montante de dividendos pagos às ações ordinárias em 2007);
b) calcule o lucro por ação (LPA) da empresa em 2007;
c) qual o montante de dividendos, em dinheiro, por ação, pagos às ações ordinárias durante 2007?
11) O lucro líquido depois do IR de uma empresa, em 2007, totalizou R$ 186.000,00. Os lucros retidos da
empresa, no final de 2007 e 2006, em seu balanço patrimonial, totalizaram R$ 812.000,00 e R$ 736.000,00,
respectivamente. Que valor, se houver, a empresa pagou em dividendos em 2007?
A análise por meio de índices é usada para comparar o desempenho e a situação de uma empresa com
outras empresas ou consigo mesma ao longo do tempo.
A análise por meio de índices envolve os métodos de cálculo e a interpretação dos índices financeiros,
para avaliar o desempenho e a situação da empresa. Os insumos básicos para a análise baseada em índices são a
demonstração de resultado do exercício (DRE) e o balanço patrimonial (BP), referentes aos períodos a serem
examinados.
Os indicadores financeiros são índices apurados com os valores da empresa, com o objetivo de auxiliar o
seu gestor ou proprietário a fazer um acompanhamento da situação econômica e financeira num determinado
momento.
O gestor ou proprietário de uma empresa, por meio da análise e avaliação dos indicadores financeiros,
poderá tomar as decisões gerenciais necessárias e adequadas, visando corrigir os desvios que estão
prejudicando a performance dos negócios sob o ponto de vista financeiro.
A análise por meio de índices das demonstrações financeiras de uma empresa é do interesse dos
acionistas, credores e da própria administração da empresa (os acionistas atuais e potenciais estão
interessados nos níveis atuais e futuros de risco e retorno da empresa; os credores da empresa estão
interessados principalmente na liquidez de curto prazo e em sua habilidade para realizar pagamentos de juros e
do principal; os administradores, da mesma forma que os acionistas, devem estar preocupados com todos os
aspectos da situação financeira da empresa).
O mais importante não é o índice em si, mas sim a sua interpretação. Dois tipos de comparação de índices
podem ser feitos: análise cross-scctional e análise de série-temporal.
Algumas recomendações – um único índice geralmente não fornece informações suficientes para se julgar o
desempenho global da empresa; as demonstrações financeiras que estão sendo comparadas devem ser da
mesma data ou mês de encerramento (caso contrário, os efeitos de sazonalidade podem levar a conclusões e
decisões errôneas).
_______________________________________________
Os índices financeiros podem ser subdivididos em quatro grupos ou categorias básicas: índices de
liquidez, índices de atividade, índices de endividamento e índices de lucratividade. Os índices de liquidez, de
atividade e de endividamento medem, fundamentalmente, risco; os índices de lucratividade medem retorno.
Para curtos prazos, os elementos importantes são a liquidez, a atividade e a lucratividade, visto que eles
fornecem informações que são críticas para as operações de curto prazo da empresa. Os índices de
endividamento são úteis fundamentalmente quando o analista tem certeza de que a empresa será bem-sucedida
no curto prazo.
Uma empresa “líquida” é aquela que pode facilmente satisfazer suas obrigações de curto prazo, no
vencimento. A liquidez de uma empresa é medida pela sua capacidade para satisfazer suas obrigações de curto
prazo, na data do vencimento. A liquidez refere-se à solvência da situação financeira global da empresa – a
facilidade com a qual ela pode pagar suas contas.
Os índices de atividade podem ser usados para medir a rapidez com que as contas circulantes – estoque,
duplicatas a receber e duplicatas a pagar – são convertidas em vendas ou em caixa.
As empresas usam capital de giro para a compra de ativos como estoques, porém esse capital tem um
custo e isso aumenta a desvantagem de manter estoques excessivos (ou contas a receber ou até mesmo o
caixa). Portanto, existe uma pressão para se manter ao mínimo a quantidade de capital de giro, consistente com
a administração do negócio sem interrupções.
As empresas geralmente seguem um ciclo no qual elas compram estoques, vendem os produtos e
recebem o valor pela venda à vista ou a prazo (vendas a prazo – acúmulo de contas a receber) – ciclo de
conversão de caixa, ciclo operacional. Uma política correta de capital de giro destina-se a minimizar o tempo
entre os desembolsos de caixa para matérias-primas e o recebimento em dinheiro das vendas.
Uma empresa privada, normalmente, fatura a venda de seu produto (bem ou serviço) ao comprador para
pagamento em um certo prazo. A administração dos recebimentos (ou Contas a Receber) é, então, de vital
importância, pois eles representam a porta de entrada de grande parte das receitas.
As empresas, em geral, preferem vendas à vista em vez de vendas a crédito, porém pressões
competitivas forçam a maioria das empresas a oferecer crédito. Então, as contas a receber são geradas pelas
vendas a prazo, que são feitas após a concessão de crédito.
Vendas a prazo geram riscos de inadimplência e despesas com análise de crédito, cobrança e
recebimento, mas alavancam as vendas, isto é, aumentam o volume de vendas e, conseqüentemente, o lucro. As
vendas a prazo são condições necessárias para aumentar o nível de operações e o giro dos estoques e, assim,
maximizar a rentabilidade.
Pode-se dizer, então, que o crédito é um fator facilitador de vendas. Ao mesmo tempo, crédito é fator
de risco para as empresas, o que torna sua administração complexa, exigindo de gestores e executivos atenção
e uso de técnicas para evitar perdas com devedores relapsos. A concessão do crédito exige grandes volumes de
investimento em capital de giro e este fato, agregado ao risco, amplia a complexidade da matéria.
Manter recursos “parados” em Contas a Receber representa um custo significativo, pois não apenas a
instituição não pode dispor desse recurso, enquanto não recebê-lo, para a produção de novos bens ou serviços,
como para continuar produzindo durante esse período, ela precisa obter recursos de outras fontes – por
exemplo, através de empréstimos bancários ou desconto em banco das duplicatas em seu poder. Quanto maior
for o período de pagamento das Contas a Receber, maior deve ser o investimento em capital de giro. Um
indicador desse período é o índice de Prazo Médio de Recebimento:
PMR = Contas a Receber x 360 dias
Total de vendas Anual
A administração de recebimentos deve, portanto perseguir um único objetivo, que é fundamental:
reduzir o prazo entre a prestação do serviço (ou venda do bem) e o recebimento em caixa. Para isso, deve
procurar: faturar as contas no menor prazo possível depois da prestação do serviço e encaminhá-las o quanto
antes à instituição pagadora ou ao comprador dos serviços; negociar com o comprador/pagador prazos de
pagamento mais curtos possíveis e zelar pelo recebimento das contas no prazo; reduzir o mais possível a
proporção de Contas a Receber recebidas com atraso substancial ou que dificilmente serão recebidas (esta
última é chamada de “devedores duvidosos”).
c) ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES
A situação de endividamento de uma empresa indica o montante de recursos de terceiros que está
sendo usada, na tentativa de gerar lucros.
A lucratividade de uma empresa pode ser avaliada em relação a suas vendas, ativos, patrimônio líquido e
ao valor da ação.
Uma análise completa dos índices inclui um grande número de indicadores de liquidez, de atividade,
endividamento e lucratividade. Duas abordagens são bastante comuns:
1) O Sistema de análise DuPont – usado pela administração como um arcabouço (estrutura) para analisar as
demonstrações financeiras e avaliar a situação financeira da empresa. Funde a DRE e o Balanço em duas
medidas síntese da lucratividade: ROA e ROE.
O Sistema de análise Dupont permite desdobrar o retorno sobre o PL em três componentes: lucro sobre
vendas, eficiência na utilização do ativo e uso da alavancagem.
2) O total do ativo circulante, o capital circulante líquido e os estoques de uma empresa, para cada um dos
últimos quatro anos, são dados abaixo:
ITEM 2004 2005 2006 2007
Total do Ativo Circulante 16.950 21.900 22.500 27.000
Capital circulante líquido 7.950 9.300 9.900 9.600
Estoques 6.000 6.900 6.900 7.200
a) Calcule os índices de liquidez corrente e de liquidez seco da empresa para cada ano. Compare os
resultados da série-temporal de cada medida de liquidez.
b) Comente a liquidez da empresa durante o período 2004-2007.
c) Se fosse dito a você que o giro dos estoques da empresa para cada ano do período em análise e as
médias da indústria foram as indicadas abaixo, isso daria suporte ou conflitaria com sua avaliação no
item b? Por quê?
3) Uma consulta aos livros da contabilidade de uma determinada empresa, como consta da tabela seguinte,
fornece o saldo das duplicatas a receber no final do ano, o qual acredita-se que consista dos valores
originados nos meses indicados. A empresa realizou vendas anuais de R$ 2,4 milhões e concede crédito por
30 dias.
4) Um banco está avaliando a situação de uma empresa, a qual solicitou empréstimo de R$ 4.000.000,00, para
determinar a alavancagem financeira e o risco financeiro da empresa. Com base nos índices de
endividamento da empresa, juntamente com as médias da indústria e as recentes demonstrações
financeiras da empresa (apresentados a seguir), avalie e recomende a ação apropriada com respeito à
solicitação de empréstimo.
Médias da Indústria:
Índice de endividamento geral 0,51
Índice exigível a longo prazo-patrimônio líquido 1,07
Índice de cobertura de juros 7,30
Índice de cobertura de pagamentos fixos 1,85
6) Use a seguinte informação acerca dos índices da Johnson International e as médias da indústria referentes
ao seu negócio para:
a) Use as demonstrações financeiras acima para completar o quadro. Suponha que as médias da indústria
fornecidas no quadro sejam aplicáveis para 2006 e 2007.
b) Analise a situação financeira da empresa com relação à liquidez, atividade, endividamento e lucratividade.
Descreva resumidamente a situação financeira global da empresa.
1) A Indústria Macapá Ltda., inaugurada em maio de 2008, está desenvolvendo um orçamento de caixa para julho, agosto e
setembro de 2008. As vendas foram de R$ 100.000,00 em maio e R$ 200.000,00 em junho. Estavam previstas vendas de
R$ 400.000,00, R$ 300.000,00 e R$ 200.000,00, respectivamente, para julho, agosto e setembro. Das vendas feitas pelo
setor, 20% têm sido à vista, 50% têm gerado duplicatas com prazo de um mês, e as 30% restantes, de dois meses. A
previsão de recebimentos em julho de 2008, em reais, é de:
(a) 80.000,00 (b) 210.000,00 (c) 300.000,00 (d) 400.000,00 (e) 900.000,00
2) A empresa YYY está preparando uma projeção trimestral (jan, fev e mar/2009) relativa às vendas a serem realizadas no
referido período. Tal empresa sempre realizou e vai continuar realizando suas vendas da seguinte maneira: 40% à vista, 40%
em 30 dias e 20% em 60 dias. As vendas projetadas pela empresa para o referido trimestre deverão ser as seguintes: R$
40.000,00 em jan/09, R$ 60.000,00 em fev/09 e R$ 80.000,00 em mar/09. Se o saldo da conta, contas a receber, no
balanço realizado no final de dezembro/08 for de R$ 20.000,00, qual deverá ser o saldo final da citada conta, em reais, no
balanço projetado para o final de mar/07?
(a) 40.000,00 (b) 50.000,00 (c) 60.000,00 (d) 70.000,00 (e) 80.000,00
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3) Uma empresa paga as duplicatas de seus fornecedores no décimo dia após a compra. O período médio de cobrança é de
30 dias e a idade média dos estoques é de 40 dias. Os investimentos no ciclo operacional consomem desembolsos de
aproximadamente R$ 18 milhões. A empresa está estudando um plano que irá aumentar o prazo de pagamento de seus
fornecedores em 20 dias. Se a empresa paga 12% ao ano pelos seus financiamentos, que economia anual pode ser realizada
com esse plano?
4) Uma empresa tem um giro de estoque de 12 vezes, um período médio de cobrança de 45 dias e um período médio de
pagamento de 40 dias. A empresa gasta R$ 1 milhão por ano em investimento no ciclo operacional. Supondo um ano de 360
dias, calcule o ciclo operacional e o ciclo de caixa da empresa. Qual o montante de financiamento negociado necessário para
sustentar o ciclo de caixa? De que modo o ciclo de caixa e a necessidade de financiamentos negociados seriam afetados se o
ciclo operacional da empresa fosse aumentado sem qualquer alteração no período médio de pagamento? Se a empresa paga
13% ao ano sobre empréstimos, quanto aumentaria o seu lucro anual se houvesse uma redução na idade média dos estoques
em 5 dias, uma aceleração da cobrança de duplicatas em 10 dias e uma extensão do período médio de pagamento em 10 dias?
8) Uma empresa tem entradas diárias de caixa de R$ 65.000,00. Uma análise recente mostrou que os pagamentos dos
clientes permaneciam no correio durante 2 dias e meio, em média. Quando recebidos, os documentos eram processados
durante 1 dia e meio. Uma vez depositados, o sistema de compensação bancária requeria 3 dias. Qual o período de float de
cobrança atual, em dias, da empresa? Se o custo de oportunidade da empresa é de 11% ao ano, seria viável economicamente
que a empresa pagasse uma taxa anual de R$ 16.500 para reduzir o float de cobrança em 3 dias? Explique.
5) Uma empresa utiliza-se de 60.000,00 galões de pigmentos por ano. O custo de cada pedido é de R$ 200,00 e o custo
anual de manter estoques de pigmentos é de R$ 1,00 por galão. A empresa utiliza essa matéria-prima a uma taxa constante
ao longo do ano. Calcule o Lec, o custo total do plano sugerido pelo LEC e o número total de pedidos sugeridos pelo plano.
Admitindo que o recebimento de um pedido se dá 20 dias após sua emissão, determine o ponto de reencomenda em termos
de galões de pigmentos (ano de 360 dias).
7) Uma empresa usa 800 unidades de um produto por ano, de forma contínua. O produto tem um custo fixo de R$ 50,00
por pedido e o custo de manter uma unidade em estoque é de R$ 2,00 ao ano. Levam 5 dias para receber um
carregamento após a colocação de um pedido e a empresa deseja manter um estoque para uma demanda de 10 dias,
como segurança. Calcule o LEC, o nível médio de estoque (ano 360 dias) e o ponto de reencomenda.
8) Com base nas respectivas estruturas patrimoniais, conclui-se que o percentual de endividamento geral da Cia. ALPHA
excede o da Cia. BETA em:
(A) 1% (B) 2% (C) 3% (D) 4% (E) 5%
9) Uma empresa utiliza a metodologia ilustrada no diagrama acima para determinar a quantidade a ser periodicamente
adquirida (X) de um componente que utiliza em sua linha de produção. Sendo 1.200 unidades por mês o consumo desse
componente, o Ponto de Reposição, em unidades, é:
(A) 2.000 (B) 2.200 (C) 2.400 (D) 2.600 (E) 2.800
COM BASE NAS INFORMAÇÕES CONTIDAS NOS GRÁFICOS, responda às perguntas que se seguem.
a) Você concederia um empréstimo de curto prazo à Cia BETA? Justifique sua resposta.
b) Calcule os índices de Liquidez corrente, Capital Circulante Líquido, Índice de Endividamento Geral, IELP-PL dos dois anos e
compare o desempenho da organização
A maioria das decisões financeiras envolve custos e benefícios em momentos diferentes ao longo do
tempo. Desta forma, a análise do valor do dinheiro no tempo permite a comparação de fluxos de caixa que
ocorrem em momentos diferentes.
Embora o valor presente e o valor futuro, quando aplicados corretamente, resultem nas mesmas
decisões, os administradores têm a tendência de confiar, principalmente, em técnicas de valor presente, uma
vez que eles tomam decisões no tempo zero.
Pergunta: Seria melhor uma companhia investir R$ 100.000,00 num produto que dará retorno de R$ 200.000,00
em um ano ou em outro que proporcione retorno de R$ 500.000,00 em 3 anos?
Resposta: Depende.
Valor futuro (FV)– valor composto, acrescido de juros, acumulado, capitalizado; medida típica do final de vida
do projeto.
Valor Presente (PV) - valor descontado ou valor atual, sem juros, descapitalizado; medida de início da vida do
projeto (tempo zero).
Anuidade – é uma série de fluxos de caixa iguais e sucessivos. Podem ser: ordinárias (pagamentos ou depósitos
no fim de cada período ou sem entrada) ou vencidas (pagamentos ou depósitos no início de cada período, sem
entrada). Existem também as anuidades diferidas, que são aquelas onde existe um período de carência para o
pagamento da 1.ª parcela.
Série Mista – os fluxos de caixa são diferentes a cada período, podem trazer uma anuidade embutida.
Perpetuidade – é uma anuidade com um tempo de vida infinito.
Cálculos demorados e complicados são freqüentemente envolvidos para se encontrar valores futuros e
presentes. Embora seja importante entender os conceitos e fundamentos da matemática envolvidos nesses
cálculos, o uso de recursos para facilitar a aplicação dessas importantes técnicas de tempo-valor ajuda
bastante. Esses recursos disponíveis são:
a) tabelas financeiras;
b) calculadoras financeiras de bolso;
c) computadores.
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5.2 VALOR FUTURO DE UM ÚNICO MONTANTE (FV)
É o valor de um montante presente numa data futura, encontrado pela aplicação de juros compostos
durante um período específico de tempo.
Fórmula: FV = PV (1 + i) n
Onde: PV = valor presente
i = taxa na forma unitária
n = período
(1 + i) n = fator de capitalização ou fator de juros de valor futuro
Ex: Qual o valor futuro de um capital de R$ 1.000,00 aplicado a uma taxa de 10% a.a. durante 3 anos?
Na fórmula: FV = 1.000 (1 + 0,10)3
Na HP12-C 1000 CHS PV 10 i 3 n FV
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5.3 VALOR PRESENTE DE UM ÚNICO MONTANTE (PV)
É o valor hoje, valor atual de um montante futuro em unidades monetárias – o montante de unidades
monetárias que poderia ser investido hoje a uma dada taxa de juros durante um período especificado para se
igualar ao montante futuro.
O processo que envolve a determinação dos valores presentes é freqüentemente referido como
desconto de fluxos de caixa. É o inverso de capitalização de juros.
Fórmula: PV = FV .
(1 + i) n
onde: 1 . = fator de descapitalização ou fator de juros de valor presente.
(1 + i) n
Ex.: Se eu ganho 5% a.m. sobre o meu dinheiro, qual é o máximo que eu estou disposto a pagar por uma
oportunidade de receber R$ 1.600,00 daqui a 10 meses?
Na fórmula: PV = 1.600
(1+0,05)10
Na HP-12C: 1600 CHS FV 5 i 10 n PV
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5.4 CÁLCULO DO PERÍODO (n)
Para cálculo do período, a forma mais fácil e rápida seria o cálculo através da fórmula. O uso das teclas
financeiras da HP pede que haja uma adequação da taxa, devendo-se sempre trabalhar com a taxa ao dia. O uso
de uma taxa diferente dessa, fará com que o resultado seja arredondado sempre para maior.
Fórmula: n = ln FV – ln PV
ln (1 + i)
Ex.: Quanto tempo leva para duplicar um valor aplicado hoje a uma taxa de 2% a.m.?
Na fórmula: 2 g ln 1 g ln - 1,02 g ln ÷
Para calcular nas teclas financeiras, primeiro é preciso achar a taxa equivalente ao dia.
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1/n
Fórmula: i = [(FV/PV) – 1] X 100
a) Taxas Proporcionais
Duas taxas são proporcionais quando há uma proporção entre as grandezas em que se expressam e as
durações dos períodos de tempo a que se referem.
Obs.: Usa-se no cálculo de juros simples.
Exemplo:
1) Encontrar a taxa de juro anual proporcional a 3% a.m. ( 3 x 12 = 36% a.a.)
2) Encontrar a taxa de juro bimestral, proporcional a 48% a.a. (48/ 6 = 8% a.b.)
b) Taxas Equivalentes
São aquelas que, aplicadas a capitais iguais, produzem juros iguais (e montantes iguais) em tempos
iguais.
Fórmula:
iq = [(1 + it)q/t – 1] . 100
Exercícios:
1) uma taxa de 2% a.m. equivale a que taxa anual? 100 CHS PV 2 I 12 N FV 100 - = 26,82%A.A.
2) Uma taxa de 8% a.m. equivale a que taxa diária? 100 CHS PV 8 I 30 1/X N FV 100 - = 0,26% A.D.
A taxa de juros contratada, declarada ou cotada numa operação financeira chama-se taxa nominal. Essa
taxa nem sempre é igual à taxa efetiva de rendimento que a operação financeira proporciona efetivamente.
Assim:
Taxa de juros nominal (declarada) – taxa de juros contratual cobrada por um fornecedor de fundos ou
prometida pelo tomador de fundos.
Taxa efetiva de juros – taxa de juros efetivamente paga ou ganha; a qual, por lei, deve ser claramente
determinada aos tomadores de fundos e aos investidores.
A taxa de juros efetiva difere da taxa de juros nominal por refletir o impacto da freqüência da capitalização.
Obs.: se tenho uma taxa nominal e preciso da taxa efetiva – eu trabalho com proporcionalidade; se tenho uma
efetiva e preciso de outra efetiva, eu preciso encontrar a taxa equivalente.
d) Taxa Real
A taxa real é calculada a partir da taxa efetiva depois de eliminados todos os efeitos inflacionários.
Fórmula:
Ireal = [(1+ Iefetiva ) : (1+ Iinflação ) – 1] x 100
Exemplo:
1) Foi feita uma aplicação por 30 dias, à taxa de 48% ao ano, capitalizado mensalmente. A inflação, neste
período, foi de 3%. Calcule:
a) taxa nominal 48%A.A.
b) taxa efetiva mensal 48/12 = 4% A.M.
c) taxa real 103 ENTER 104 Δ % = 0,97%
2) Um cliente fez uma aplicação no valor de R$ 2.000,00 para receber no final R$ 2.100,00, porém pagou
R$ 10,00 de IR, no final da aplicação. Sabendo-se que a inflação no período ficou em 5,5%, calcule:
a) taxa nominal 2000 CHS PV 2100 FV 1 N I = 5% X 12 = 60% a.a
b) taxa efetiva 2000 CHS PV 2090 FV 1 N I = 4,5%
c) taxa real 105,5 enter 104,5% = - 0,95%
_______________________________________________
5.6 CAPITALIZANDO COM FREQUÊNCIA MAIOR DO QUE A ANUAL
Os juros são, geralmente, capitalizados com freqüência maior do que uma vez ao ano. Capitalizar com
mais freqüência que uma vez ao ano resulta em uma taxa efetiva anual maior, portanto, a taxa de juros efetiva
anual é maior que a nominal anual. A taxa efetiva será tanto maior quanto maior for a freqüência de
capitalização. Da mesma forma, quanto maior o número de capitalizações, maior será o valor futuro.
Para cálculo da taxa efetiva é possível trabalhar diretamente com uma fórmula:
ief = [(1 + i/m)m – 1] x 100
Ex: Qual o maior valor que posso obter aplicando R$ 1.000,00 a uma taxa de 12% a.a. durante 2 anos?
FV = 1.000 ( e)0,12 x 2
0,12 ENTER 2 X g ex 1000 X
_______________________________________________
5.7 VALOR FUTURO DE UMA ANUIDADE
Uma anuidade é uma série de fluxos de caixa iguais e sucessivos. Temos dois tipos de anuidades:
a) anuidade ordinária ou postecipada, onde os pagamentos ou depósitos são efetuados no fim de cada período,
sem entrada. HP deve estar no modo g END.
b) Anuidade vencida ou antecipada, onde os pagamentos ou depósitos são efetuados no início de cada período,
com entrada, primeiro pagamento no ato. HP deve estar no modo g BEG.
Podemos trabalhar também com a chamada anuidade diferida, onde existe um período de carência para
pagamento da primeira parcela.
Fórmulas: ordinária FV = PMT x FJVFA (Fator de juros de valor futuro de uma anuidade)
Vencida FV = PMT x FJVFA x (1 + i)
FJVFA = (1 + i)n – 1
i
Ex: Calcule o valor futuro de uma anuidade de R$ 1.000,00 por 5 anos a uma taxa de 10% a.a.
1000 CHS PMT 5 n 10 i FV (anuidade ordinária) g BEG FV (antecipada)
_______________________________________________
5.8 VALOR PRESENTE DE UMA ANUIDADE
Fórmulas: ordinária PV = PMT x FJVPA (Fator de juros de valor presente de uma anuidade)
Vencida PV = PMT x FJVPA x (1 + i)
FJVPA = 1 – (1 + i)-n
I
Ex: Qual o valor do empréstimo concedido pelo banco se vou pagar R$ 190,00 por mês, durante 12 meses a uma
taxa de juros de 5,9% a.m?
190 CHS PMT 12 n 5,9 i PV
Obs: Caso se trate de uma anuidade vencida, haverá no enunciado do problema alguma palavra que a identifique.
Caso não haja, trata-se de uma anuidade ordinária.
_______________________________________________
5.9 VALOR PRESENTE DE UMA SÉRIE MISTA
Para encontrar o valor presente de uma série mista de fluxos de caixa, deve-se determinar o valor
presente de cada fluxo conforme item 5.3, ou, então, utilizar os fluxos de caixa da HP-12C.
Ex.: A empresa Depé calçados, tem a oportunidade de receber a seguinte série mista de fluxos de caixa ao
longo dos próximos cinco anos:
Ano 1 - R$ 4.000
Ano 2 – R$ 8.000
Ano 3 – R$ 5.000
Ano 4 – R$ 4.000
Ano 5 – R$ 3.000
Se a empresa pode obter 9% a.a. , no mínimo, sobre seus investimentos, qual é o máximo que ela deve pagar por
essa oportunidade? F REG (para limpeza das memórias da HP)
4.000 g CFj 8000 g CFj 5000 g CFj 4000 g CFj 3.000 g CFj
9 i f NPV
Uma perpetuidade é uma anuidade com uma vida infinita, ou seja, uma anuidade que nunca deixa de
oferecer ao seu detentor pagamentos (PMT) em unidades monetárias ao final de cada período. É utilizada para
cálculo dos planos de aposentadorias, também para cálculo do valor de aluguel, pois o aluguel é considerado uma
perpetuidade.
Fórmula: PV = PMT / i
Onde: PMT = valor da prestação
Ex.: Quanto devo cobrar de aluguel por uma casa adquirida por R$ 50.000,00, sabendo que a taxa praticada no
mercado financeiro é de 1% a.m.?
50.000 = PMT / 0,01
PMT = 50.000 x 0,01 = 500,00
_______________________________________________
5.11 APLICAÇÕES ESPECIAIS DO VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
As técnicas de valor futuro e valor presente têm inúmeras aplicações importantes. Entre elas:
a) Depósitos para acumular uma soma futura – um indivíduo pode querer determinar o depósito necessário
para acumular um certo montante de dinheiro em vários anos, a partir de agora. Suponha que você deseje
comprar uma casa daqui a 5 anos e estima que um pagamento inicial relativo à entrada de R$ 20.000,00 seja
exigido na ocasião. Você deseja fazer depósitos anuais, iguais, no fim de cada ano, em uma conta que paga
juros anuais de 6%; então deve determinar o montante da anuidade que resultará em uma soma global de R$
20.000 no final do ano 5. A solução desse problema está estreitamente relacionada ao processo de
encontrar o valor futuro de uma anuidade. Assim:
20000 CHS FV 6 i 5 n PMT
Ex.: Sistema SAC – um empréstimo de R$ 8.000,00 para pagamento em 4 parcelas anuais, sendo que a taxa
praticada é de 10% a.a.
c) Determinação de juros ou taxas de crescimento – muitas vezes é necessário calcular os juros compostos
ou a taxa de crescimento anual representados por uma série de fluxos de caixa.
Ex.: Qual a taxa de crescimento da seguinte série de fluxos de caixa?
Ano 2006 1.520,00
Ano 2005 1.440,00
Ano 2004 1.370,00
Ano 2003 1.300,00
Ano 2002 1.250,00
Usando o primeiro ano (2002) como ano-base, pode ser visto que houve crescimento durante 4 anos. Para
calcular a taxa de crescimento:
1250 CHS PV 1520 FV 4 n i
1) Calcule o fator de juros do valor futuro em cada um dos seguintes casos e depois compare os resultados
obtidos com os valores constantes na tabela.
a) i = 12% a.a. n = 2 anos (R.: 1,2544)
b) i = 6% a.m. n = 3 meses (R.: 1,1910)
c) i = 3% a.b. n = 4 bimestres (R.: 1,1255)
3) Quanto tempo levaria, um depósito inicial, supondo-se que não haverá nenhuma retirada,
a) para duplicar
b) para quadruplicar
caso A – i = 40% a.a. (R.: 2,06 anos e 4,1201 anos)
caso B - i = 7% a.m. (R.: 10,2448 meses e 20,4895 meses)
4) Para cada um dos seguintes casos, calcule o valor futuro de um único fluxo de caixa depositado hoje,
que estará disponível no fim do último período, se os juros forem capitalizados anualmente à taxa
especificada durante o período dado.
a) Fluxo de caixa – R$ 200,00 i = 5% a.a. n = 20 anos (R.: 530,66)
b) Fluxo de caixa – R$ 4.500,00 i = 8% a.s. n = 7 semestres (R.: 7.712,21)
c) Fluxo de caixa – R$ 10.000,00 i = 9% a.a. n = 10 anos (R.: 23.673,64)
5) Para cada um dos seguintes casos, calcule o valor presente do fluxo de caixa, a uma taxa de desconto
dada e supondo que o fluxo de caixa será recebido no fim do período descrito.
a) Fluxo de caixa único – R$ 7.000 i = 12% a.a. n = 4 anos (R.: 4.448,63)
b) Fluxo de caixa único – R$ 28.000 i = 8% a.s. n = 20 semestres (R.: 6.007,35)
6) Uma pessoa toma emprestado R$ 200,00 para serem pagos em 8 meses com 14% de juros ao mês. O
empréstimo pode ser pago antecipadamente no fim de qualquer mês, sem nenhuma penalidade pelo
pagamento prévio.
a) qual seria o montante devido se o empréstimo fosse pago ao final do primeiro mês? (R.: 228,00)
b) Qual o valor do pagamento no final do ano 4? (R.: 337,79)
c) E no final do ano 8? (R.: 570,52)
7) Usando os períodos de capitalização anual, semestral e trimestral para cada um dos itens seguintes,
calcular o valor futuro se forem depositados inicialmente R$ 5.000,00 e determine a taxa efetiva de
juros anual.
a) a 12% de juros anuais por 5 anos (R.: 8.811,71/ 8.954,24/ 9.030,56 – 12%/ 12,36%/ 12,55%)
b) a 16% de juros anuais por 6 anos (R.: 12.181,98/ 12.590,85/ 12.816,52 – 16%/ 16,64%/16,99%)
c) a 20% de juros anuais por 10 anos (R.: 30.958,68/33.637,50/35.199,94 – 20%/ 21%/ 21,55%)
Caso Depósito inicial Taxa juros nominal (% a.a.) Capitalização (períodos/ano) Período (anos)
A 2.500 6 2 5
B 50.000 12 6 3
C 1.000 5 1 10
9) Adélia tem R$ 10.000,00 que pode depositar em qualquer das três cadernetas de poupança, por um
período de 3 anos. O Banco A calcula os juros compostos em bases anuais; o banco B calcula os juros
duas vezes ao ano e o banco C calcula a cada trimestre. Todos os bancos mencionados pagam 4% de
juros ao ano.
a) que montante Adélia poderia ter em cada banco, ao final do terceiro ano, deixando em conta todos os
juros gerados sobre seus depósitos? (R.: 11.248,64/ 11.261,62/ 11.268,25)
b) qual é a taxa efetiva de juros que ela obteria em cada um dos bancos? (R.: 4%/ 4.04%/ 4,06%a.a.)
c) com base nos resultados obtidos, em que banco ela deveria depositar seu dinheiro? Por quê?
d) Se um quarto banco – banco D -, pagando também 4% de juros e calculando os juros compostos
continuamente, qual será o valor que ela deverá ter ao final do terceiro ano? Esta última alternativa muda
suas recomendações anteriores? Explique. (R.: 11.274,97)
10) José da Silva deseja determinar o valor futuro no final de dois anos, de um depósito de R$ 15.000,00
feito hoje em uma conta que paga uma taxa de juros nominal anual de 12%.
a) encontre o valor futuro do depósito de José, supondo que os juros sejam capitalizados anualmente,
trimestralmente, mensalmente e continuamente. (R.: 18.816,00/ 19.001,55/ 19.046,02 e 19.068,74)
b) Compare os resultados obtidos, use-os para demonstrar a relação entre a freqüência de capitalização e o
valor futuro.
c) qual o valor futuro máximo que pode ser obtido nessas condições?
11) Calcule o valor futuro da anuidade, supondo que ela seja uma anuidade ordinária e depois uma anuidade
vencida. Compare os resultados. Sendo as mesmas condições, qual tipo de anuidade é preferível?
Explique o porquê.
a) montante da anuidade – R$ 2.500,00 i = 8% a.a. n = 10 anos (R.: 36.216,41/39.113,72)
b) montante da anuidade – R$ 500,00 i = 12% a.a. n = 6 anos (R.: 4.057,59/ 4.544,51)
12) Mariana deseja selecionar a melhor de duas anuidades de 10 anos, descritas abaixo:
Anuidade A – uma anuidade ordinária de R$ 2.500,00 por ano.
Anuidade B – uma anuidade vencida de R$ 2.200,00 por ano.
a) encontre o valor futuro de ambas anuidades no fim do ano 10, supondo que Mariana possa obter 10%
de juros anuais e 20% de juros anuais. (R.: A= 39.843,56 e 64.896,71 B = 38.568,57 e
68.530,92)
b) Qual anuidade é preferível nas duas condições acima? Por quê?
c) Compare e explique brevemente as diferenças entre os resultados encontrados.
14) Para cada uma das séries mistas de fluxos de caixa, determine o valor futuro no final do último ano, se
os depósitos forem feitos no começo de cada ano, em uma conta que paga juros anuais de 12%, supondo
que nenhuma retirada seja feita durante o período.
Série A – Ano 1 - 900,00 Série B - Ano 1 – 30.000,00
Ano 2 – 1.000,00 Ano 2 – 25.000,00
Ano 3 – 1.200,00 Ano 3 – 20.000,00
Ano 4 – 10.000,00
Ano 5 – 5.000,00
(R.: Série A – 3.862,84 Série B – 138.450,79)
15) Juliana recebeu uma oferta de pagamento futuro de R$ 500,00, daqui a 3 anos. Se o seu custo de
oportunidade é de 7% capitalizados anualmente, qual valor ela poderia colocar nessa oportunidade?
(R.: 408,15)
16) Um título de poupança do estado de São Paulo pode ser convertido a R$ 100,00, no vencimento em seis
anos, a partir da compra. Se os títulos estaduais são competitivos com os títulos de poupança do Brasil,
que pagam 8% de juros anuais, capitalizados anualmente), a que preço o estado venderá seus títulos?
Suponha que não haja possibilidade de nenhuma retirada em dinheiro antes do resgate.
(R.: 63,02)
17) Dada as seguintes séries mistas de fluxos de caixa, encontre o valor presente usando uma taxa de
desconto de 15% a.a. Compare os valores presentes calculados e discuta-os, tendo em vista que o total
dos fluxos não descontado das duas séries é de R$ 150.000,00.
ANO SÉRIE DE FLUXOS DE CAIXA
A B
1 50.000 10.000
2 40.000 20.000
3 30.000 30.000
4 20.000 40.000
5 10.000 50.000
TOTAIS 150.000 150.000
(R.: A= 109.856,33 / B = 91.272,98)
a) determine o valor presente da série mista de fluxos de caixa usando uma taxa de desconto de 5%.
(R.: 5.243,17)
b) quanto você estaria disposto a pagar por uma oportunidade de comprar essa série, supondo que sua
melhor oportunidade de ganho seria de 5% sobre seus investimentos?
c) Qual o efeito em sua análise, se houver algum, poderia ter um custo de oportunidade de 7% em vez
de 5%? Explique. (R.: 4.920,37)
19) Suponha que você ganhou na loteria. Seu prêmio pode ser tomado quer na forma de R$ 40.000,00 no
fim de cada um dos próximos 25 anos (isto é, R$ 1.000.000,00 ao final dos 25 anos) ou através de uma
única parcela de R$ 500.000,00 pagos imediatamente.
a) Se você espera ser capaz de obter 5% anualmente sobre seus investimentos durante os próximos 25
anos, ignorando os impostos e outras considerações, qual alternativa você poderia tomar? Por quê? (R.:
563.757,80)
b) Sua decisão anterior poderia ser alterada se você pudesse ganhar 7% em vez de 5%? Por quê? (R.:
466.143,33)
c) Em base estritamente econômica, a aproximadamente que taxa de rendimentos você estaria indiferente
entre os dois planos? (R.: 6.24% a.a.)
20) Sebastião tem a oportunidade de comprar qualquer um dos seguintes investimentos. O preço de compra,
o montante de uma única entrada de caixa e seu ano de recebimento são dados abaixo para cada um
deles. Que recomendações para compra você poderia fazer, supondo que Sebastião possa obter 10% a.a.
em seus investimentos?
Invest. A – Preço = R$ 18.000 única entrada caixa = R$ 30.000 ano recebimento = 5 (R.: 627,64)
Invest. B - Preço = R$ 600 = R$ 3.000 ano recebimento = 20 (R.: - 154,07)
Invest. C - Preço = R$ 3.500 = R$ 10.000 ano recebimento = 10 (R.: 355,43)
Invest. D - Preço = R$ 1.000 = R$ 15.000 ano recebimento = 40 (R.: - 668,58)
21) Determine o montante de um depósito igual em cada final de ano que seria necessário para acumular R$
100.000,00 ao final de 20 anos, supondo-se uma taxa de juros de 7% a.a.? (R.: 2.439,29)
22) Uma casa, a ser adquirida com fundos provenientes da aposentadoria, atualmente custa R$ 85.000,00.
Espera-se que a inflação cause o aumento desse preço em 6% ao ano durante 20 anos, antes que você se
aposente. Qual o valor dos depósitos iguais, efetuados ao final de cada ano, que você deverá fazer, em
uma conta que pague uma taxa de juros anual de 10%, para que chegue a ter os fundos necessários para
comprar a casa quando se aposentar? (R.: 4.759,61)
24) Você tomou emprestado R$ 15.000,00 a uma taxa anual de juros de 14% a serem pagos em 3 anos. O
empréstimo é amortizado em 3 pagamentos anuais iguais ao final do ano.
a) calcule o pagamento a ser realizado ao final de cada ano. (R.: 6.460,97)
b) prepare um plano de amortização indicando os juros e o parcelamento do capital relativos a cada um dos
três pagamentos:
PERÍODO SALDO DEVEDOR JUROS AMORTIZAÇÃO PRESTAÇÃO
0
1
2
3
25) Calcule a taxa de juros compostos de crescimento associadas a cada uma das seguintes séries de fluxos
de caixa:
26) Rosana tem R$ 1.500,00 para investir. Seus conselheiros sugerem um investimento que não pague juros
determinados, mas que gere um retorno de R$ 2.000,00 ao final de 3 anos. Qual a taxa de retorno que
Rosana terá ganho com esse investimento? Caso lhe ofereçam um outro investimento, de igual risco, que
gere um retorno de 8% a.a., ela deve aceitar? Por quê? (R.: 10.06% a.a.)
28) Calcular o valor atual de uma série de 24 prestações iguais, mensais e consecutivas de R$ 3.500,00
cada uma, considerando uma taxa de 4% a.m. (com entrada e sem entrada). (R.: 55.498,95 / 53.364,37)
30) Calcular o n.ºde prestações semestrais, de R$ 15.000,00 cada uma, capaz de liquidar um financiamento
de R$ 49.882,65, à taxa de 20% a.s. (R.: 6)
31) Que valor de prestação uma financeira receberá trimestralmente, se financiar R$ 100.000,00 para
serem pagos em 10 trimestres, sabendo-se que a taxa é de R$ 3,22801% a.m. e que as prestações são iguais
e sucessivas? (R.: 16.267,64)
32) Determinar qual o valor de uma casa financiada em 24 meses, prestações iguais de R$ 5.054,03,
sabendo-se que a taxa de juros cobrada é de 3,5 % a.m. e que a 1.ª prestação é paga no ato da assinatura do
contrato. (R.: 84.000,05)
33) O Sr. Alfredo adquire um carro para ser pago em 12 prestações iguais de R$ 2.200,00. Sabendo-se que
a primeira prestação vence a 120 dias da data do contrato e que as demais têm vencimentos mensais
sucessivos e que a taxa cobrada pela loja é de 5% a.m., calcular o valor financiado ao Sr. Alfredo.
(R.: 16.844,10)
34) Qual o valor de um empréstimo que pode ser liquidado em 16 prestações mensais, à taxa de 3,5 % a.m.,
sendo as 6 primeiras de R$ 3.000,00 e as 10 últimas de R$ 4.500,00? (R.: 46.430,70)
35) Um cliente deseja liquidar um empréstimo bancário em 10 prestações mensais de valores alternados de
R$ 1.000,00 e R$ 2.000,00. Sabendo-se que a taxa de juros + comissões cobradas pelo Banco é de R$
3,75% a.m., calcular o valor do empréstimo. (R.: 12.243,60)
36) Um terreno está sendo vendido por R$ 500.000,00 à vista ou em 36 pagamentos mensais sem entrada,
de acordo com o seguinte plano: 12 prestações iniciais de R$ 18.000,00; 12 prestações seguintes de R$
22.000,00; 12 prestações finais de R$ 26.000,00. (R.: 479.397,85)
Uma pessoa interessada está na dúvida se adquire esse imóvel à vista ou a prazo, visto que o gerente de
uma instituição financeira garantiu-lhe uma taxa de 2,75% a.m. pela aplicação do dinheiro e retiradas
mensais para pagamento das 36 prestações. O que é mais vantajoso para o interessado?
37) Sabendo-se que um empréstimo pode ser liquidado em 12 parcelas mensais de R$ 2.500,00 cada uma, e
que a taxa cobrada pela instituição financeira é de 4,75% a.m., calcular o valor líquido a ser
entregue/creditado ao financiado. (R.: 22.473,89)
38) Calcular o montante, no final de 2 anos, correspondente a aplicação de 24 parcelas iguais, mensais de
R$ 1.000,00 cada uma, dentro do conceito de termos vencidos, sabendo-se que a taxa de juros é de
3,5% a.m. (R.: 37.949,86)
40) Quanto se deve depositar no início de cada semestre, durante 5 anos, em um Banco que paga juros de
20% a.a. para retirar um montante de R$ 35.000,00? (R.: 2.048,97)
______________________________________________________________________________
41) Quanto se deve depositar em um Banco, no fim de cada trimestre, a 6% a.t., durante 3 anos, para no fim
de 5 anos constituir o montante de R$ 10.000,00? (R.: 371,91)
42) A aplicação de 15 parcelas iguais, mensais e consecutivas gerou um montante de R$ 400.000,00 no final
de 30 meses. Sabendo-se que a taxa de juros da operação é de 3% a.m. e que a primeira parcela é
aplicada hoje, calcular o valor de cada aplicação. (R.: 13.402,22)
43) Uma pessoa aplica R$ 2.000,00 no final de cada mês, durante 30 meses. Além dessas parcelas mensais,
essa pessoa ainda aplica 3 parcelas extras de R$ 12.000,00 cada, sendo a primeira no final do 10.º mês,
a segunda no final do 20.º mês e a terceira no final do 30.º mês. Calcular o montante no final do
trigésimo mês, sabendo-se que a taxa de juros é de 2,5% a.m. (R.: 134.829,82)
44) Uma pessoa necessitava de R$ 20.000,00 para pagar uma duplicata. Como não dispunha de recursos
suficientes, precisou recorrer ao mercado financeiro, onde as taxas praticadas estavam na faixa de
4,5% a.m. Assumiu, então, um compromisso para pagamento em 24 parcelas mensais. Qual o valor das
prestações, sabendo-se que o primeiro pagamento ocorrerá daqui a 90 dias? E caso não houvesse o
prazo de carência, quanto ficaria cada parcela? (R.: 1.506,71 / 1.379,74)
45) Uma pessoa deve R$ 130.000,00 ao Banco. Como seu ramo de atividade vem passado por momentos de
grande oscilação, não tem como assumir parcelas muito altas neste primeiro momento. Ele, sendo assim,
apresenta a seguinte proposta: pagamento de 10 parcelas mensais de R$ 8.000,00; um pagamento de
R$ 30.000,00 daqui a 6 meses; um pagamento de R$ 50.000,00 daqui a 12 meses. Sabendo-se que a
taxa de mercado está na faixa de 3% a.m., a proposta é viável para o Banco? (R.: 128.435,14 )
46) Uma empresa realizou uma operação de desconto de duplicatas em um banco. Os títulos foram
resgatados na data do vencimento, sem atraso. Nas condições em que foi realizado o desconto: valor do
título R$ 1.000,00; vencimento 90 dias; valor líquido recebido pela empresa no ato da operação R$
910,00; qual foi a taxa de juros paga pela empresa? (R.: 9,89% ao período)
47) Você compraria um ativo que oferece rendimentos de R$ 1.200,00 por ano durante 8 anos, sabendo que
seu preço de aquisição é de R$ 6.200,00 e os juros anuais são de 10%? Por quê? Sim. (R.: 6.401,91)
49) Para trocar o seu carro daqui a 3 anos, João passa a efetuar depósitos mensais de R$ 500,00 e
pretende fazê-lo durante 24 meses. Qual o valor disponível no final do período previsto por João,
considerando uma taxa de 2,5% a.m.? (R.: 21.752,93)
50) Dois capitais são aplicados a 4% a.m. durante 8 meses e 3% a.m. por 9 meses, respectivamente,
rendendo juros iguais. Calcule esses capitais, sabendo que a diferença entre eles é de R$ 125,00. (R.:
595,70 e 720,70)
51) Uma loja vende um televisor, cujo preço à vista é R$ 4.000,00, com uma entrada de R$ 2.000,00 e mais
10 pagamentos mensais de R$ 225,00. Qual a taxa de juros cobrada pela loja? (R.: 2,2% a.m.)
52) Uma pessoa coloca um capital a 20% a.a. durante 4 anos. Após esse prazo, ela consegue uma taxa
melhor de 22% a.a. e como não precisava do dinheiro, deixou aplicado por mais 6 anos. No fim desse prazo
ela resgatou um montante de R$ 50.000,00. Qual foi o capital aplicado? (R.: 7.312,84)
53) O valor atual de um título é de R$ 23.600,00. Considerando-se a taxa de 28% a.a. e o prazo de
antecipação de 72 dias, pergunta-se: qual é o valor nominal do título? (R.: 24.794,42)
54) Um investidor troca um título de R$ 10.000,00, vencível em 3 meses, por outro de R$ 13.500,00,
vencível em 1 ano. Sabendo-se que a taxa de mercado é de 3% a.m., este investidor fez bom negócio? Que
taxa ganhou por mês? (R.: Sim – 10.346,63 / 3,39% a.m.)
55) Certo capital esteve empregado durante um ano, a juros compostos da seguinte forma: nos 6 primeiros
meses, a 2% a.m.; nos 3 meses seguintes, a 2,5% a.m.; nos últimos 3 meses, a 3%a.m.
a) a que taxa anual esteve aplicado? (R.: 32,52% a.a.)
b) Qual a taxa mensal equivalente? (R.: 2,37% a.m)
56) Uma financeira empresta dinheiro a 3% a.m. Na data em que é feito o empréstimo, ficam retidos 5% do
valor do empréstimo a título de seguro. Uma pessoa quer tomar o empréstimo para aplicar o capital
emprestado à taxa de 4,5% a.m.
a) se o empréstimo for por 60 dias, será um bom negócio? Justifique. (R.: não – 106,09/103,74)
b) se o empréstimo for por 120 dias, será um bom negócio? Justifique. (R.: sim – 112,55/113,29)
57) O que é mais vantajoso uma aplicação que me rende 9% a.t. ou uma que rende 40%a.a.? (R.: 9% a.t.)
59) Certa loja vende um conjunto de som por R$ 10.000,00, podendo o pagamento ser efetuado sem nenhum
acréscimo daqui a 4 meses. Contudo, se o cliente optar pelo pagamento à vista será bonificado com um
abatimento de 10%. O custo de um empréstimo pessoal é de 2,7% a.m. Nestas condições, vale a pena
comprar a prazo? Por quê? (R.: Sim – 2,67% a.m.)
60) Qual o montante obtido em um investimento de R$ 10.000,00 por 4 anos e 9 meses à taxa de 10% a.a.?
(R.: 15.725,89)
61) Uma aplicação em caderneta de poupança rende R$ 500,00 sobre um capital de R$ 800,00 em 1 ano e 3
meses. Qual é a taxa de rentabilidade anual? (R.: 47,46% a.a.)
62) Um terreno é colocado à venda por R$ 180.000,00 à vista ou em 10 prestações bimestrais, sendo a 1.ª
prestação paga na data do contrato. Determinar o valor de cada parcela, sabendo-se que o proprietário está
cobrando uma taxa de 34 % a.a. pelo financiamento. (R.: 22.199,70)
63) Uma pessoa faz 10 depósitos mensais e consecutivos numa instituição que paga 35% a.a. de juros.
Sabendo-se que os 4 primeiros depósitos são de R$ 2.000,00 e os 6 últimos de R$ 4.000,00 qual será o
montante em termos vencidos após o período de 2 anos? (R.: 51.237,43)
64) Um investimento rendeu 8% em um mês no qual a inflação foi de 2%. Qual a taxa real desse mês? (R.:
5,88%)
65) A remuneração de um investimento é feita à taxa anual de juros compostos de 24% a.a., mais um índice
anual de atualização monetária. Em um ano em que esse índice foi de 20%, qual foi a taxa unificada do
capital aplicado? (R.: 48,80%)
66) Um cliente recebeu uma oferta: aplicar R$ 50.000,00 e resgatar R$ 55.650,00 líquidos, no final de 181
dias. Qual a taxa efetiva mensal da operação? (R.: 1,79%a.m)
67) Calcular a taxa efetiva anual de um empréstimo de R$ 130.000,00 pelo prazo de 31 dias, sabendo-se
que o banco cobra uma taxa de 43% ao ano, mais uma comissão antecipada de 0,3%. (R.: 48,08%a.a.)
68) Qual a taxa nominal anual, capitalizada mensalmente, equivalente a 635% ao ano? (R.: 217,01% a.a.)
70) Uma empresa tem as seguintes opções para tomar um empréstimo pelo prazo de 32 dias, determinar a
melhor alternativa para a empresa.
Opção A – 48% ao ano, composta, mais 0,3% de comissão antecipada.
Opção B – 51% ao ano composta prefixada.
71) Qual a taxa efetiva anual cobrada pelo Banco na concessão de um empréstimo pelo prazo de 32 dias
corridos, sabendo-se que a taxa praticada é de 15% ao ano mais a variação do IGPM. Considerar variação do
IGPM no período de 2,5%. (R.: 51,82% a.a.)
72) Calcular o valor do resgate e a taxa líquida efetiva mensal de uma aplicação em CDB no valor de R$
10.000,00 pelo prazo de 32 dias à taxa composta de 25% ao ano. Considerar alíquota do IR de 20% e CPMF
de 0,38%.
A Garotinho compensados deseja acumular fundos para prover uma anuidade de aposentadoria para sua
vice-presidente, Benedita da Silva. Por contrato, ela se aposentará exatamente no final de 12 anos. Pela
aposentadoria, ela tem direito a receber um pagamento anual, no final do ano, de R$ 42.000,00 durante
exatamente 20 anos. Se ela morrer antes do final do período, o pagamento anual passará a seus herdeiros.
Durante 12 anos, o período de acumulação, a empresa deseja aplicar a anuidade a ser realizada em depósitos
iguais, anuais, no final do ano, em uma conta que obtenha 9% de juros ao ano. Uma vez que seja iniciado o
período de distribuição de 20 anos, a Garotinho planeja movimentar os fundos acumulados para uma conta
que garanta juros de 12% ao ano. No final do período de distribuição, o saldo da conta será igual a zero.
Perceba que o primeiro depósito será realizado no final do ano 1 e a primeira distribuição ocorrerá no final
do ano 13.
Pede-se:
a) Qual seria o montante que a empresa deve acumular no final do ano 12 para fornecer, durante
20 anos, anuidades de R$ 42.000,00? (R.: 313.716,63)
b) Qual é o montante relativo aos depósitos iguais, anuais, no final de cada ano, que a empresa deve
realizar na conta durante o período de acumulação de doze anos, para satisfazer os fundos de
aposentadoria anual da Sra. Benedita? (R.: 15.576,24)
c) Qual deve ser o montante de depósito anual que a empresa tem de realizar, durante o período
de acumulação caso se obtenham juros de 10% em vez de 9% a.a., nesse mesmo período? (R.:
14.670,43)
d) Qual é o montante de depósito anual, durante o período de acumulação, que a empresa deveria
realizar, se a anuidade de aposentadoria da Sra. Benedita fosse uma perpetuidade, sendo que
todos os outros termos permaneceriam iguais aos inicialmente descritos? (R.: 17.377,73)
Nome: Turma:
1) Um título de valor nominal de R$ 15.000,00 foi resgatado 2 meses antes de seu vencimento à taxa de
juros compostos de 8% ao mês. Qual o valor pago? (R.: 12.860,08)
2) Um título no valor nominal de R$ 8.500,00, com vencimento para cinco meses, é trocado por outro de
R$ 7.934,84, com vencimento para 3 meses. Sabendo-se que a taxa de juros corrente de mercado é de
R$ 3,5% a.m., pergunta-se: a substituição foi vantajosa?
3) Uma pessoa deve em um banco, dois títulos: R$ 10.000,00 para pagamento imediato e R$ 7.000,00 para
pagamento em 6 meses. Por lhe ser conveniente, o devedor propôs ao banco a substituição da dívida por
um pagamento de R$ 15.000,00 em 3 meses e o saldo restante em 9 meses. Qual o valor do saldo
restante se o banco realiza essa operação a 3% a.m.? (R.: 2.786,03)
4) Uma pessoa deve para um banco R$ 12.400,00, com vencimento para hoje. Não podendo efetuar esse
pagamento, propõe a troca do título por outros dois, sendo o primeiro de R$ 7.500,00, com vencimento
para 30 dias, e o restante, para 60 dias. Qual o valor desse saldo restante, se o banco em questão opera
a 5% a.m.? (R.: 5.796,00)
5) Um terreno é posto à venda por R$ 10.000,00 à vista, ou, caso o comprador opte por financiamento,
poderá pagar R$ 4.330,00 no ato e mais duas parcelas mensais, sendo ambas de R$ 3.000,00. Qual é a
melhor alternativa para o comprador, se a taxa de juros compostos corrente é de 4% a.m.?
6) Uma geladeira custa à vista R$ 800,00 e pode ser paga em quatro prestações trimestrais, sendo a
primeira de entrada. Sabendo que a taxa de juros é de 8% a.m., qual é o valor da prestação? (R.:
273,57)
7) Pagando 20 prestações de R$ 300,00 num financiamento feito à base de 6% a.m, que dívida estarei
amortizando? (R.: 3.440,98)
8) A propaganda de uma grande loja de eletrodomésticos anuncia: “compre tudo e pague em 10 vezes. Leve
hoje e só comece a pagar daqui a 3 meses”. Se a taxa de financiamento é de 3% a.m., qual é o valor da
prestação de uma geladeira cujo preço à vista é de R$ 2.800,00? (R.: 348,24)
9) Uma pessoa compra um automóvel, que irá pagar em quatro prestações mensais de R$ 2.626,24. As
prestações serão pagas a partir do primeiro dia do quarto mês da compra. O vendedor afirmou estar
cobrando uma taxa de juros de 2% a.m. Qual será o preço do automóvel à vista? (R.: 9.611,69)
11) Um imóvel no valor de R$ 60.000,00 foi anunciado para ser pago em 6 prestações mensais, vencendo-se
a primeira 30 dias após a compra. Sabendo-se que a taxa de juros é de 8% a.m. e que, juntamente com a
última prestação, temos um pagamento balão no valor de R$ 18.000,00, calcular o valor da prestação.
(R.: 10.525,25)
12) Uma loja anuncia a venda de um carro por R$ 5.500,00 à vista , ou, sem entrada, em 4 prestações de R$
1.667,96, vencendo-se a primeira 30 dias após a data da compra. Qual a taxa de juros com que a loja
opera? (R.: 8,2% a.m)
13) Na porta de um banco lê-se a propaganda de um investimento que diz: deposite mensalmente, a partir
de hoje, R$ 100,00 e, em 24 meses, retire R$ 2.906,30). Qual é a taxa mensal do investimento? (R.:
1,5% a.m.)
14) Qual o saldo no final de um ano, se hoje aplicar R$ 14.000,00 e, a partir do próximo mês, efetuar mais
11 depósitos mensais de R$ 10.000,00 cada um, considerando a taxa de juros de 9% a.m.? (R.:
230.784,50)
15) Do ponto de vista de investimento, qual o valor de um imóvel que está sendo alugado por R$ 450,00?
Considere a taxa de juros igual a 0,9% a.m. (R.: 50.000,00)
OBJETIVOS DO CAPÍTULO
_______________________________________________
6.1.1 Retorno
É o ganho ou perda total obtida sobre um investimento em um dado período. Há duas formas possíveis
de retorno:
a) lucro corrente – é o fluxo de caixa recebido de um investimento durante um dado período.
b) ganho ou perda de capital – é a mudança no valor do investimento.
O retorno total durante um dado período é o montante do lucro corrente e do ganho ou perda de
capital. Costuma ser medido, em termos de porcentagem, como uma taxa de retorno.
Fórmula - Kt = Ct + Pt – Pt-1
Pt-1
Onde: Kt = taxa de retorno durante o período t
Ct = lucro corrente (fluxo de caixa) recebido do investimento no período de tempo t-1 a t
Pt = preço (valor) do investimento no tempo t
Pt-1 = preço (valor) do investimento no tempo t-1
O retorno esperado dos investimentos é o principal balizador das decisões. Os investimentos são
realizados com a expectativa de se obter retornos. Exemplos de investimentos em ativos físicos: aquisição de
máquinas e equipamentos, instalação de novas plantas industriais, lançamento de novos produtos, entrada em
novos mercados e aquisição de outras empresas.
Os retornos esperados podem variar em função de inúmeros fatores, dos quais se destacam:
a) o gerenciamento do projeto;
b) disponibilidade de matéria-prima e mão-de-obra adequada;
c) comportamento do mercado consumidor;
d) variações na legislação do setor;
e) políticas econômicas.
O maior ou menor impacto desses fatores no sucesso do projeto determina o risco do
investimento. Em outras palavras, todo investimento está sujeito a influências do ambiente interno e externo
da empresa. Os investimentos em ativos físicos têm seus retornos expressos em fluxos de caixa do projeto, os
quais estão sujeitos a condições de incerteza.
6.1.2 Risco
Risco é a probabilidade de o retorno real ser diferente do retorno esperado. RISCO é a possibilidade
de se obter um prejuízo financeiro, ou é a probabilidade de que os resultados esperados não sejam alcançados.
Vários são os fatores influenciando o retorno dos investimentos. Esses fatores de risco podem ser
reunidos em grupos, conforme as suas características:
a) Risco do empreendimento – são riscos associados à condução do empreendimento. Estão relacionados às
escolhas administrativas da gerência da empresa, como, por exemplo, a escolha do fornecedor, da
matéria-prima, processo produtivo, equipamentos utilizados, estratégias de mercado, escolha do canal
de distribuição, treinamento dos funcionários, nível salarial, política de estoques, política de preços,
crédito e cobrança, entre outros.
b) Risco do negócio – ainda relacionados às atividades da empresa, mas afetam a todas as empresas do
ramo, concorrentes diretos e próximos. No Brasil, segmentos inteiros da atividade econômica são
atingidos pelas características do negócio. Por exemplo: onda de violência na cidade do Rio de Janeiro
diminui o fluxo de turistas estrangeiros, impactando o setor hoteleiro, reduzindo consideravelmente a
taxa de ocupação dos hotéis, acarretando também, redução nos preços praticados; retração da
demanda do produto (produtos de moda); escassez de matéria-prima (trigo – quebra de safra);
concorrência de produtos importados (automóveis de luxo); a reduzida oferta de empregos em muitas
cidades e o baixo nível salarial têm levado muitas pessoas a abrirem seu próprio negócio, assim, por
exemplo, diariamente abre um novo salão de cabeleireiros, aumentando a concorrência e, por
conseqüência, diminuindo os preços praticados.
c) Risco país – o fato de o investimento acontecer nesse ou naquele país interfere nos resultados do
empreendimento. As decisões de política econômica, as leis do país, as condições de estabilidade
econômica e inflacionária causam variabilidade nos retornos esperados, na medida em que podem mudar
as condições de financiamento do investimento e do capital de giro da atividade, alteram a carga fiscal
do empreendimento, aumentam ou diminuem a renda disponível da população. Todos esses fatores
impactam os resultados dos investimentos.
A apresentação do risco em suas diversas formas deixa claro que, ao realizar um investimento, o gestor
financeiro está assumindo riscos. O quanto de risco que se vai assumir depende do retorno esperado. É natural
esperar que quanto maior o risco assumido, maior seja o retorno esperado do investimento.
Alguns tipos de risco:
a) risco de inadimplemento – possibilidade de que o emissor da dívida não pague os juros contratados ou o
principal, como programado;
b) risco de vencimento – o fato de haver uma dada mudança na taxa de juros irá causar maiores variações
no valor de um título, quanto mais distante for o seu vencimento;
c) risco de liquidez – a facilidade com que os títulos podem ser convertidos em dinheiro sem perda de
valor; títulos que são negociados menos ativamente e possuem um mercado fraco, têm baixa liquidez;
Os investidores não se comportam da mesma maneira em relação ao risco. Pessoas mais arrojadas fazem
seus investimentos pessoais com menor receio de perdas, almejando maiores ganhos, ou seja, assumem maiores
riscos. As empresas, da mesma forma, podem assumir maiores riscos quando percebem que seus ganhos podem
ser maiores. Os grandes investidores institucionais, fundos de pensão, fundos de investimento tendem a serem
mais conservadores, pois estão trabalhando com recursos de terceiros.
a) avessos ao risco – quando aceitam um risco maior, exigem aumento do retorno.
b) Indiferentes ao risco – a taxa exigida não muda.
c) Tendem ao risco – a taxa exigida diminui em razão de um aumento no risco.
_______________________________________________
A análise de sensibilidade e as distribuições de probabilidade podem ser usadas para avaliar o nível
geral de risco incorporado em um ativo.
Usa várias estimativas possíveis de retorno para obter uma noção de variabilidade entre os resultados.
Um método comum envolve estimar os retornos pessimistas (o pior), o mais provável (esperado) e o otimista (o
melhor) associados a um ativo. O risco pode ser medido pelo intervalo dos retornos (otimista-pessimista),
quanto maior o intervalo, maior a variabilidade ou risco.
Fornecem uma visão mais quantitativa do risco do ativo. É um modelo que relaciona a probabilidade aos
resultados associados. O tipo mais simples é o gráfico de barras. Quanto mais disperso, mais arriscado.
_______________________________________________
Por meio de dados estatísticos – desvio padrão e coeficiente de variação –, que podem medir a
variabilidade dos retornos dos ativos.
a) Desvio padrão – mede a dispersão em torno do valor esperado. Quanto maior o desvio padrão, maior
será o risco.
O valor esperado de um retorno é o retorno mais provável sobre um ativo. Calcula-se:
_ ____________
K = Σ Kj x Prj σ = √ Σ (Kj – K)2 x Prj
Onde: _
K = valor esperado de um retorno
b) Coeficiente de variação – medida da dispersão relativa que é útil na comparação do risco de ativos com
diferentes retornos esperados. Quanto maior o CV, maior o risco. Calcula-se:
CV = _σ_
K
Deve-se usar o CV para comparar o risco de ativos com diferentes retornos esperados, pois ele
considera o tamanho relativo ou o retorno esperado do ativo no cálculo.
_______________________________________________
A meta dos gerentes financeiros e dos investidores é criar uma carteira eficiente que minimize o risco.
O conceito estatístico de correlação constitui a base para o desenvolvimento de uma carteira eficiente. O risco
de uma carteira de ativos pode ser reduzido por meio da diversificação.
14
14
13
12
12
11 11
10
9 9
retorno
8
Ativo X
8
7 Ativo Y
6
6
0
1 2 3 4 5
tempo
Diversificação – para reduzir o risco geral, é melhor combinar, ou acrescentar à carteira, ativos que tenham
uma correlação negativa (ou positiva baixa).
a) a carteira combinada tem o mesmo retorno esperado, mas apresenta menos risco (variabilidade) do que
qualquer um dos ativos individuais.
b) Combinar ativos não correlacionados pode reduzir o risco, embora não tão efetivamente quanto
combinar ativos negativamente correlacionados.
c) A combinação de dois ativos cujos retornos tenham correlação positivamente perfeita não reduz o risco
total da carteira abaixo do risco do ativo de risco mínimo.
Diversificação internacional – envolve a inclusão de ativos estrangeiros. A inclusão de ativos de países com
ciclos de negócio que não sejam altamente correlacionados com o ciclo de negócios de seu país, reduz a
capacidade de reação da carteira a movimentos de mercado.
Riscos da diversificação internacional – risco da flutuação da moeda; riscos políticos.
_______________________________________________
a) o coeficiente beta – é uma medida relativa de risco não diversificável. É um índice do grau de
movimento do retorno de um ativo em reação a uma mudança no retorno de mercado.
b) Retorno de mercado – é o retorno sobre a carteira de mercado de todos os títulos negociados.
c) O coeficiente beta para o mercado é considerado igual a 1,0. Todos os outros betas são vistos em
relação a esse valor. Para se calcular o beta de uma carteira:
β carteira = Σ (w x β)ativos
d) Quanto maior o beta, maior o risco, maior o retorno esperado.
O CAPM pode ser dividido em duas partes: taxa livre de risco e prêmio pelo risco.
Km – Rf = prêmio pelo risco de mercado.
βj (Km – Rf) = prêmio pelo risco do ativo
Quanto mais alto for o risco, mais alto será o retorno exigido.
1) Você deseja estimar a taxa de retorno para dois investimentos com risco similar, X e Y. Um ano antes, o
investimento X tinha um valor de mercado de $ 20.000,00 e o Y, de $ 55.000,00. Durante o ano, o investimento
X gerou um fluxo de caixa de $ 1.500,00 e o Y, de $ 6.800,00. Os atuais valores de mercado dos investimentos
são, respectivamente, $ 21.000,00 e $ 55.000,00.
a) calcule a taxa de retorno esperada sobre os dois investimentos. (R.: 12,5% e 12,4%)
b) Considerando que os dois investimentos sejam igualmente arriscados, qual deles você recomendaria? Por
quê?
2) Para cada um dos investimentos mostrados na tabela a seguir, calcule a taxa de retorno ganha no período
não especificado de tempo.
Investimento Fluxo de caixa durante o Valor no início do período Valor no final do período
período
A -100 800 1.100
B 15.000 120.000 118.000
C 7.000 45.000 48.000
D 80 600 500
E 1.500 12.500 12.400
3) O gerente financeiro de uma empresa deseja avaliar três investimentos em vista: X,Y e Z. Atualmente a
empresa ganha 12% sobre seus investimentos, que têm um índice de risco de 6%. Os três investimentos em
consideração são retratados a seguir. Se a empresa é avessa a riscos, qual investimento, se houver, ela
selecionará? Explique por quê.
Investimento Retorno esperado Índice de risco esperado
X 14% 7%
Y 12% 8%
Z 10% 9%
Expansão A Expansão B
Investimento inicial 12.000 12.000
Taxa anual de retorno
Pessimista 16% 10%
Mais provável 20% 20%
Otimista 24% 30%
d) determine os intervalos das taxas de retorno para cada um dos dois projetos. (R.: 8%; 20%)
e) Qual dos projetos é o menos arriscado? Por quê?
f) Se você estivesse tomando uma decisão de investimento, qual escolheria? Por quê? Como isso influencia
seus sentimentos em relação ao risco?
g) Considere que o resultado mais provável da expansão de B seja 21% ao ano e que todos os demais fatos
permaneçam os mesmos. Isso muda sua resposta ao item c? Por quê?
5) Uma empresa está pensando em comprar uma de duas câmeras microfilmadoras, R e S. Ambas devem
fornecer benefícios em um período de dez anos e exigem um investimento inicial de $ 4.000,00. O
gerenciamento construiu a seguinte tabela de estimativas das taxas de retorno e probabilidades para
resultados pessimistas, mais prováveis e otimistas:
Câmera R Câmera S
Montante Probabilidade Montante Probabilidade
Investimento inicial 4.000 1,00 4.000 1,00
Taxa de retorno anual
Pessimista 20% 0,25 15% 0,20
Mais provável 25% 0,50 25% 0,55
Otimista 30% 0,25 35% 0,25
a) determine o intervalo para a taxa de retorno para cada câmera. (R.: 10%; 20%).
b) Determine o valor esperado de retorno . (R.: 25%; 25,5%)
c) Calcule o desvio padrão e o coeficiente de variação. (R.: 3,54% e 0,14; 6,69% e 0,26)
b) se a empresa deseja minimizar o risco, que alternativa você recomenda? Por quê?
7) Três ativos – F, G e H – estão sendo considerados por uma determinada empresa. As distribuições de
probabilidade dos retornos esperados para esses ativos são mostradas na tabela a seguir:
a) calcule o valor esperado do retorno, para cada um dos três ativos. Qual deles fornece o maior retorno
esperado? (R.: 4%; 11%; 10%)
b) Calcule o desvio padrão. Qual parece ter o maior risco? (R.: 13,38%; 22,78%, 14,83%)
c) Calcule o coeficiente de variação. Qual parece ter o maior risco relativo? (R.: 3,35; 2,07; 1,48)
ANO
2008
2009
2010
2011
2012
2013
Σ
ANO
2008
2009
2010
2011
2012
2013
Σ
ANO
2008
2009
2010
2011
2012
2013
Σ
9) Você recebeu os dados de retorno mostrados na primeira tabela sobre 3 ativos – F, G e H – no período de
2008 a 2011:
Ano Ativo F Ativo G Ativo H
2008 16% 17% 14%
2009 17% 16% 15%
2010 18% 15% 16%
2011 19% 14% 17%
Usando esses ativos, você isolou as três alternativas de investimento mostradas na tabela a seguir:
Alternativa Investimento
1 100% do ativo F
2 50% do ativo F e 50% do ativo G
3 50% do ativo F e 50% do ativo H
a) calcule o retorno esperado no período de 4 anos para cada uma das três alternativas. (R.: 17,5%; 16,5%;
16,5%)
b) Calcule o desvio padrão de retornos de igual forma. (R.: 1,29%; 0; 1,29%)
c) Use os dados encontrados e calcule o coeficiente de variação. (R.: 0,07; 0; 0,08)
d) Com base nos resultados obtidos, qual das três alternativas de investimento você recomenda? Por quê?
ANO
2008
2009
2010
2011
Σ
ANO
2008
2009
2010
2011
Σ
ANO
2008
2009
2010
2011
Σ
11) Para cada caso mostrado na tabela a seguir, use o modelo de precificação de ativos financeiros para
encontrar o retorno exigido.
Caso Taxa livre de risco (Rf) Retorno de mercado (Km) Beta
A 5% 8% 1,30
B 8% 13% 0,90
C 9% 12% -0,20
D 10% 15% 1,00
E 6% 10% 0,60
12) Use a equação básica para o modelo de ativos financeiros (CAPM) para trabalhar cada um dos problemas a
seguir:
a) Descubra o retorno exigido para um ativo com um beta de 0,90 quando a taxa de retorno livre de risco
e o retorno de mercado são 8% e 12%, respectivamente. (R.: 11,6%)
b) Descubra a taxa livre de risco para uma empresa com um retorno exigido de 15% e um beta de 1,25,
quando o retorno de mercado é de 14%. (R.: 10%)
c) Descubra o retorno de mercado para um ativo com um retorno exigido de 16% e um beta de 1,10, quando
a taxa livre de risco é de 9%. (R.: 15,36%)
d) Descubra o beta para um ativo com um retorno exigido de 15%, quando a taxa livre de risco e o retorno
de mercado são 10% e 12,5%, respectivamente. (R.: 2,0)
13) Considere que a taxa livre de risco atualmente seja de 9%, e que o retorno de mercado seja de 13%.
a) Trace a reta do mercado de títulos (SML) sobre um conjunto de eixos “risco não diversificável –
retorno exigido”.
b) Calcule e nomeie o prêmio de risco de mercado sobre os eixos no item a. (R.: 4%)
c) Com os dados anteriores, calcule o retorno exigido sobre o ativo A, tendo um beta de 0,80, e um ativo B
com um beta de 1,30. (R.:12,2%; 14,2%)
d) Desenhe os betas e os retornos exigidos do item c para os ativos A e B sobre os eixos no item a. Rotule
o prêmio de risco associado com cada um desses ativos. Discuta-os.
1) Para tomar uma decisão, os dirigentes de uma empresa fizeram uma avaliação das alternativas X e Y, a qual
indicou que as probabilidades de ocorrência de resultados pessimistas, mais prováveis e otimistas são,
respectivamente, de 20%, 50% e 30%, conforme apresentado no quadro abaixo.
POSSÍVEIS RETORNO ESPERADO
RESULTADOS X Y
Pessimista 6% 8%
Mais provável 12% 12%
Otimista 14% 16%
A empresa deseja comparar as alternativas somente na base de seus retornos esperados. Quais os valores esperados
de retorno e qual a melhor opção?
Calcule o risco dos ativos individualmente e depois para a carteira XY composta de 60% de ativos X e 40% de
ativos Y, e indique qual o melhor investimento. Existe correlação entre os dois ativos? Justifique as respostas.
Caso a taxa requerida de retorno pelo mercado seja de 14% e a taxa livre de risco seja de 6%, qual é a taxa
requerida de retorno do fundo? Desenhe a reta SML e insira o ativo no gráfico, identificando o prêmio pelo risco do
mesmo.
4) Uma empresa está considerando vários projetos de investimento, usando o modelo de precificação de ativos
financeiros (CAPM) e sua representação gráfica (reta SML). Informações relevantes são apresentadas abaixo:
Ativo livre de risco – taxa de retorno = 9%
Carteira de mercado – taxa de retorno = 14%
Projeto A – beta = 1,50 Projeto B – beta = 0,75 Projeto C – beta = 2,00
a) Calcule a taxa de retorno exigida e o prêmio pelo risco para cada ativo.
b) Use os dados encontrados e desenhe a reta do mercado, incluindo os 3 ativos nela.
Nome: Turma:
QUESTÕES
2) Por que o coeficiente de variação é preferível ao desvio-padrão para comparar o risco dos ativos?
ATIVO A ATIVO B
Probabilidade Retorno Probabilidade Retorno
10% 10% 15% 9%
20% 12% 35% 13%
40% 17% 35% 16%
20% 22% 15% 20%
10% 24%
a) Calcule o risco de cada ativo individual e como administrador financeiro, indique qual seria o melhor investimento..
b) Se as ações da Q-Mart apresentam a situação abaixo, isso faria você mudar de idéia com relação ao item anterior?
Resolução:
Ativo B
Probabilidade Retorno
0,15 9%
0,35 13%
0,35 16%
0,15 20%
Q-Mart
Probabilidade Retorno
0,10 -4,5
0,20 4,4
0,50 12
0,20 20,7
_____________________________________________________________
BRIGHAM, E.F.; GAPENSKI, L.C. & EHRHARDT, M.C. Administração financeira - teoria e prática. São Paulo:
Atlas, 2001.
GITMAN, L.J. & MADURA, J. Administração financeira - uma abordagem gerencial. São Paulo: Addison
Wesley, 2003.
GITMAN, L.J. Princípios de administração financeira. 7.ª ed. São Paulo: Harbra, 2002.
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Apostila Êxitus
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