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SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o art.
294 do Regulamento Aduaneiro, aprovado pelo Decreto nº 91.030/85, e da competência
delegada pelo art. 140 inciso III da Portaria nº 606, de 3 de outubro de 1992, combinado
com as disposições da Portaria MF nº 678, de 22 de outubro de 1992, e tendo em vista as
definições que resultaram da XII Reunião do Grupo Mercado Comum, resolve:
Art. 1º A admissão temporária de unidades de medição, amostras de combustíveis e
padrões de ensaios procedentes dos Estados-Partes do MERCOSUL, para fins de
compatibilização com os seus correspondentes nacionais, far-se-á mediante apresentação
do documento do Estado-Parte que autorizou a exportação temporária.
Art. 2º A concessão do regime far-se-á mediante procedimento simplificado, tendo por
base a solicitação do interessado, onde deverá estar consignada a anuência do INMETRO.
Art. 3º No documento a que se refere o art. 2º, o interessado formalizará Termo de
Responsabilidade para a garantia dos tributos suspensos.
Art. 4º A concessão da admissão temporária de que trata esta norma prescindirá de
apresentação, pelo interessado, de garantia real, guia de importação e declaração de
importação.
Art. 5º O interessado apresentará os documentos de que tratam os artigos 1º e 2º com
antecedência mínima de 2 (dois) dias úteis da chegada dos bens à unidade aduaneira onde
deverá ocorrer o desembaraço, cujo procedimento, a ser adotado em caráter prioritário,
consistirá na verificação física dos materiais à vista dos documentos apresentados.
Art. 6º A unidade aduaneira que conceder o regime de que trata esta norma, deverá por
ocasião do desembaraço aduaneiro, reter cópias da relação dos materiais e do Termo de
Responsabilidade, com vistas ao controle aduaneiro dos bens objeto do regime especial de
admissão temporária.
Art. 7º A unidade aduaneira responsável pelo despacho de reexportação dos bens
admitidos no regime especial de admissão temporária, deverá reter as vias originais da
relação dos materiais e do Termo de Responsabilidade em poder do interessado, e efetuar
a conferência física à vista da documentação apresentada.
Art. 8º Após o desembaraço aduaneiro de reexportação dos bens, a unidade aduaneira
responsável, se diversa daquela onde ocorreu o ingresso no país, deverá encaminhar-lhe a
documentação retida por ocasião do desembaraço aduaneiro, para fins de baixa do termo
de responsabilidade.
Art. 9º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
OSIRIS AZEVEDO LOPES FILHO
SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o art.
140, inciso III do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela
Portaria Ministerial nº 606, de 3 de setembro de 1992, resolve:
Art. 1º Consideram-se sob o regime aduaneiro especial de admissão temporária ou de
exportação temporária, independente de outros procedimentos administrativos que não os
previstos nesta norma, os recipientes, embalagens, envoltórios, carretéis, separadores,
"racks", "clip locks" e outros bens com finalidade semelhante, que ingressarem no
território aduaneiro ou dele saírem vinculados a mercadoria importada ou exportada, por
serem necessários ao seu transporte, acondicionamento, preservação ou manuseio.
Art. 2º A utilização dos procedimentos simplificados previstos nesta Instrução Normativa
está condicionada à prévia habilitação da empresa interessada junto à Superintendência
Regional da Receita Federal que jurisdicione o seu domicílio fiscal.
Art. 3º Poderão habilitar-se ao procedimento simplificado de concessão e de controle dos
regimes referidos no artigo anterior as empresas que mantenham fluxo regular de
importação ou exportação.
Art. 4º O pedido de habilitação deverá conter a descrição pormenorizada dos bens objeto
do regime, seus respectivos valores e quantitativos máximos de cada espécie que,
mensalmente, serão movimentados, quer na importação, quer na exportação.
Parágrafo único. A qualquer tempo os quantitativos poderão ser alterados mediante prévia
comunicação à Superintendência Regional da Receita Federal.
Art. 5º A utilização do regime dependerá de prévia formalização de termo de
responsabilidade garantido por fiança bancária ou seguro em favor da União.
§ 1º A garantia corresponderá ao valor dos impostos incidentes na importação dos bens, ou
na exportação, quando for o caso, calculados sobre os quantitativos máximos indicados no
artigo 4º.
§ 2º O termo de responsabilidade e o comprovante de prestação da garantia deverão
instruir o pedido de habilitação.
§ 3º A garantia terá seus valores revistos de ofício ou a pedido da interessada, sempre que
houver alteração nos respectivos quantitativos, o que implicará a atualização do termo de
responsabilidade.
Art. 6º A habilitação será concedida pelo Superintendente Regional da Receita Federal,
mediante a expedição de Ato Declaratório.
Art. 7º A aplicação do regime de admissão temporária aos bens que acompanham
mercadoria despachada para consumo, far-se-á mediante a simples indicação das
respectivas espécies e quantidades no quadro "informações complementares" da
Declaração de Importação-DI processada no Sistema Integrado de Comércio Exterior-
SISCOMEX, correspondente à mercadoria, assim como do número do Ato Declaratório
que autorizou a utilização do procedimento estabelecido nesta Instrução Normativa.
Art. 8º A aplicação do regime de exportação temporária aos bens que acompanham
mercadoria despachada para exportação será processada no quadro "observações" do
Registro de Exportação-RE do SISCOMEX, correspondente à mercadoria, onde o
beneficiário fará constar as espécies e as quantidades dos bens, bem como o número do
Ato Declaratório que autorizou a utilização de procedimento estabelecido nesta Instrução
Normativa.
Art. 9º A reexportação dos bens a que se refere o art. 7o, desacompanhados de mercadoria,
será objeto de despacho de exportação, processado no SISCOMEX.
Art. 10. A reimportação dos bens a que se refere o art. 8º, quando desacompanhados de
mercadoria, será processada com base em Declaração Simplificada de Importação, onde
deverá constar o número do ato concessório que autorizou a utilização do procedimento
simplificado.
Art. 11. Para efeito de controle dos prazos de permanência dos bens nos respectivos
regimes, a empresa beneficiária deverá manter à disposição da fiscalização aduaneira, sob
a forma de conta-corrente, registro atualizado das operações de entrada e saída no
território nacional.
§ 1º Nas operações de que tratam os arts. 7º a 10, a empresa beneficiária deverá instruir os
respectivos despachos aduaneiros com o extrato do conta-corrente a que se refere o
"caput", do qual deverão constar as seguintes informações:
I - nome da empresa;
II - nº do Ato Declaratório;
III - nº do conhecimento de carga;
IV - nº da fatura;
V - nº da DDE ou DI;
VI - discriminação do bem;
VII - saldo anterior, entradas, saídas e saldo atual;
VIII - data e assinatura do beneficiário ou do representante legal.
§ 2º Cópia do extrato de conta-corrente, visada pela autoridade aduaneira do local de
despacho, deverá ser remetida pelo beneficiário do regime à Superintendência Regional da
Receita Federal responsável pela habilitação.
§ 3º Os documentos que embasaram as operações deverão ser mantidos à disposição da
fiscalização pelo prazo de cinco anos.
Art. 12. A extinção total ou parcial dos regimes dar-se-á com a reexportação ou a
reimportação dos bens, ou, ainda, como resultado de qualquer das destinações previstas no
art. 307 do Regulamento Aduaneiro, aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 05 de março de
1985, observadas as normas e procedimentos aplicáveis a cada caso.
Art. 13. No prazo de quinze dias, contados da data da extinção do regime, o
Superintendente Regional da Receita Federal deverá proceder à baixa do termo de
responsabilidade e à liberação da garantia correspondentes.
Art. 14. Sem prejuízo da aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente, o
descumprimento do regime sujeita o beneficiário, ainda, as seguintes sanções
administrativas:
I - Suspensão da habilitação por até 90 dias;
II - Suspensão por 180 dias, no caso de reincidência;
III - Cassação da habilitação para utilizar o regime na forma prevista neste Ato.
Art. 15. As sanções previstas no artigo anterior serão aplicadas pelos Superintendentes
Regionais da Receita Federal, em processo administrativo, cuja peça inicial será a
representação efetuada pelo servidor que constatou a irregularidade.
Art. 16. Da decisão caberá recurso voluntário, no prazo de 15 dias da ciência, ao
Coordenador-Geral do Sistema Aduaneiro.
Art. 17. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
EVERARDO MACIEL
Fixa prazo de vida útil e taxa de depreciação dos bens que relaciona.