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RESUMO
Essa pesquisa tem por objetivo analisar o uso da metfora temporal no mundo
narrado, em especfico, no conto O jantar e na crnica Mal-estar de um anjo de
Clarice Lispector observando-se o que sinaliza, bem como, o tempo semntico e
morfolgico dos verbos. Essa investigao de extrema relevncia, pois ressalta a
importncia de trabalhar os tempos verbais inseridos em uma situao comunicativa.
Para tanto, utilizaremos estudos desenvolvidos por Lhosa (2006), Perini (2000),
Weinrich (1964), dentre outros.
ABSTRACT
This research aims to analyze the usage of the temporal metaphor in the narrated
world, specifically in the tale O jantar and the chronicle Mal-estar de um anjo of
Clarice Lispector, observing what it indicates, as well as, the semantic and
morphological tenses of the verbs. This investigation has extremely relevance because
it highlights the importance of working the verb tenses inserted in a communicative
situation. For this we will use studies developed by Lhosa (2006), Perini (2000),
Weinrich (1964), among others.
O emprego dos tempos comentadores constitui um sinal de alerta para advertir o ouvinte de
que se trata de algo que o afeta diretamente e de que o discurso exige a sua resposta (verbal
ou no verbal); esta a sua funo, e no a de mencionar um momento no Tempo. (KOCH,
1996, p.195)
Ex. 1:
Eu j ia cortar a carne de novo, quando o vi parar inteiramente. E exatamente
como se no suportasse mais o qu? Pega rpido no guardanapo e comprime
as rbitas dos olhos com as mos cabeludas. (LISPECTOR, 1995, p. 100)
Ex. 2
O restaurante parecia irradiar-se com dupla fora sob o tilintar dos vidros e
talheres; na dura coroa brilhante da sala os murmrios cresciam e se
apaziguavam em vaga doce, a mulher do chapu grande sorria de olhos
entrefechados, to magra e bela, o garom derramava com lentido o vinho no
copo. Mas eis que ele faz um gesto. Com a mo pesada e cabeluda, onde na
palma as linhas eram cravadas com tal fatalidade, faz um gesto de
pensamento... e como se no suportasse mais larga o garfo no prato.
(LISPECTOR, 1995, p. 100)
Ex. 4:
Ela, a minha protegida, continuava a falar bem de mim, ou melhor, de minha
funo. Emburrei. A senhora sentiu e calou-se um pouco desarvorada. J na
altura de Viveiros de Castro a hostilidade se declarara muda entre ns.
4. Concluso
LIMA, Aldo de. (2006). Metfora e Cognio. Recife: Ed. Universitria da UFPE.