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2008

CONTABILIDADE GERAL EM EXERCÍCIOS - ICMS-RJ – AULA 05

CATHEDRA COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS


Prof. José Jayme Moraes Junior
CONTABILIDADE GERAL EM EXERCÍCIOS
ICMS-RJ
Prezado Aluno,

Ao final de cada aula, disponibilizo as questões que serão comentadas durante


a aula. Caso você julgue conveniente, poderá testar seu conhecimento previa-
mente antes de ver os gabaritos e as resoluções comentadas. Você pode simu-
lar uma situação real de prova: para calcular o tempo de duração das provas,
considere um tempo de 3 minutos por questão. Desta forma, utilizando esta
metodologia, seu aprendizado será muito mais eficaz.

IMPORTANTE!!!! Apesar das alterações trazidas pela Lei no 11.638/07


à Lei das Sociedades por Ações, atenção, na hora da prova, à data das
demonstrações contábeis, pois se, por exemplo, aparecer um Balanço
Patrimonial de 2006, o que vale é a Lei das Sociedades por Ações sem
as alterações da Lei no 11.638/07. Ou seja, você precisa saber a reda-
ção da Lei no 6.404/76 antes e depois das alterações (antes de
01/01/2008 e após 01/01/2008). CUIDADO!!!!

A pedidos, fiz as seguintes alterações de datas no conteúdo programático:


10/09/2008 06 ICMS/RJ – 2007 - FGV
17/09/2008 07 Auditor – TCM/RJ – 2008 - FGV
24/09/2008 08 Auditoria Governamental – TCE/AM – 2008 - FCC
01/10/2008 09 Auditor – TCE/AL – 2008 - FCC
08/10/2008 10 Fiscal de Rendas – MS – 2006 – FGV

Caso tenha dúvidas sobre as questões, por favor envie um e-mail para jjmora-
esjr@ig.com.br.

Prova 6. Ciências Contábeis - BNDES – 2008 - CESGRANRIO


Questões Comentadas e Resolvidas

78. O princípio da oportunidade refere-se, simultaneamente, à tempestividade


e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando
que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independente das
causas que originaram as mutações. Como resultado da observância desse
princípio, a norma determina que

(a) o Patrimônio da entidade não deve ser confundido com aqueles dos seus
sócios ou proprietários, no caso de sociedade, instituição ou, ainda, fundação.
(b) o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de
somente existir razoável certeza de sua ocorrência, desde que tecnicamente
estimável.
(c) o reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas,
deverá se aplicar em conseqüência natural do respeito ao período em que o-
correr sua geração.
(d) o valor original do bem deve ser mantido enquanto o componente perma-
necer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste.

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(e) o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento
dos passivos, especialmente quando da extinção da entidade, deve ter prazo
determinado, previsto ou previsível.

Resolução

De acordo com o artigo 6o da Resolução no 750/93:

Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à tem-


pestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas muta-
ções, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão
correta, independentemente das causas que as originaram.

Parágrafo único – Como resultado da observância do Princípio da


OPORTUNIDADE:

I – desde que tecnicamente estimável, o registro das varia-


ções patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de so-
mente existir razoável certeza de sua ocorrência;

II – o registro compreende os elementos quantitativos e


qualitativos, contemplando os aspectos físicos e monetá-
rios;

III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal das


variações ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, em um pe-
ríodo de tempo determinado, base necessária para gerar in-
formações úteis ao processo decisório da gestão. (grifos
meus)

Análise das alternativas:

(a) o Patrimônio da entidade não deve ser confundido com aqueles dos seus
sócios ou proprietários, no caso de sociedade, instituição ou, ainda, fundação.

De acordo com o artigo 4o da Resolução no 750/93:

Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como


objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a
necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no uni-
verso dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer
a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou institui-
ção de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos.
Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde
com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de
sociedade ou instituição.

Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas


a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil
de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE,

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mas numa unidade de natureza econômico-contábil. (grifos
meus)

Corresponde ao Princípio da Entidade. A alternativa está incorreta.

(b) o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de
somente existir razoável certeza de sua ocorrência, desde que tecnicamente
estimável.

A alternativa está correta, de acordo com o inciso II do art. 6 o da


Resolução no 750/93.

(c) o reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas,


deverá se aplicar em conseqüência natural do respeito ao período em que o-
correr sua geração.

De acordo com o artigo 9o da Resolução no 750/93:

Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na apu-


ração do resultado do período em que ocorrerem, sempre
simultaneamente quando se correlacionarem, independen-
temente de recebimento ou pagamento.

Corresponde ao Princípio da Competência. A alternativa está incorreta.

(d) o valor original do bem deve ser mantido enquanto o componente perma-
necer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste.

De acordo com o artigo 7o da Resolução no 750/93:

Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser registrados


pelos valores originais das transações com o mundo exteri-
or, expressos a valor presente na moeda do País, que serão
mantidos na avaliação das variações patrimoniais posterio-
res, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições
no interior da ENTIDADE.

Parágrafo único – Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR


ORIGINAL resulta:

I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser


feita com base nos valores de entrada, considerando-se
como tais os resultantes do consenso com os agentes ex-
ternos ou da imposição destes;

II – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou


obrigação não poderão ter alterados seus valores in-
trínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua decomposi-
ção em elementos e/ou sua agregação, parcial ou inte-
gral, a outros elementos patrimoniais;

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III – o valor original será mantido enquanto o compo-
nente permanecer como parte do patrimônio, inclusive
quando da saída deste;

Corresponde ao Princípio do Registro pelo Valor Original. A alternativa


está incorreta.

(e) o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento


dos passivos, especialmente quando da extinção da entidade, deve ter prazo
determinado, previsto ou previsível.

De acordo com o artigo 5o da Resolução no 750/93:

Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como sua


vida definida ou provável, devem ser consideradas quando
da classificação e avaliação das mutações patrimoniais,
quantitativas e qualitativas.

§ 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ati-


vos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passi-
vos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem
prazo determinado, previsto ou previsível.

Corresponde ao Princípio da Continuidade. A alternativa está incorreta.

GABARITO: B

79. A Legislação Fiscal (art. 425 RIR/99) determina: “O ganho ou a perda de


capital na alienação ou liquidação de investimento será determinado com base
no valor contábil”. Em 2006, a Cia. Beta negociou sua participação acionária na
Cia. X, apresentando as seguintes informações relativas a essa operação:

Preço de venda R$ 3.000.000,00


Valor patrimonial R$ 2.000.000,00
Ágio não amortizado R$ 200.000,00
Provisão para perdas (R$ 500.000,00)

Em vista disso, a operação acima gerou para a empresa um(a)

(a) ganho de R$ 1.500.000,00.


(b) ganho de R$ 1.300.000,00.
(c) ganho de R$ 300.000,00.
(d) perda de R$ 500.000,00.
(e) perda de R$ 1.700.000,00.

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Resolução

Esta questão não consta explicitamente no edital, mas irei resolvê-la.

O art. 425 do RIR/99 (Regulamento do Imposto de Renda) fala em resultado


na alienação de investimento avaliado pelo custo de aquisição.

Vamos à Resolução da questão:

Preço de venda R$ 3.000.000,00


Valor patrimonial (R$ 2.000.000,00)
Ágio na Venda R$ 1.000.000,00 (receita)
(-) Ágio não amortizado (R$ 200.000,00)
(-) Provisão para perdas (R$ 500.000,00)
Ganho R$ 1.300.000,00

GABARITO: B

80. A Lei no 6.404/76 definiu que, no Ativo, as contas serão classificadas, no


Balanço Patrimonial, em ordem decrescente de grau de liquidez e, no Passivo,
em ordem decrescente de prioridade de pagamento das exigibilidades. Coeren-
te com essa determinação, o grupo Resultados de Exercícios Futuros deve ser
classificado no Balanço Patrimonial:

(a) no Patrimônio Líquido, por representar um montante que, necessariamen-


te, transitará em resultados em algum momento futuro.
(b) antes do Passivo Exigível a longo prazo, em virtude de representar obriga-
ções sem data certa de realização.
(c) entre as exigibilidades, por representar uma obrigação a ser realizada pela
empresa em futuro incerto e não sabido.
(d) entre o Exigível a longo prazo e o Patrimônio Líquido, por não representar
qualquer obrigação por parte da empresa nem constituir parte integrante de
seu Patrimônio Líquido.
(e) entre o Passivo Circulante e o Exigível a longo prazo, em razão de repre-
sentar valores exigíveis em prazo incerto, proporcional ao ciclo operacional da
empresa.

Resolução

O grupo Resultado de Exercícios Futuros é apresentado no Balanço Pa-


trimonial entre o Passivo Exigível e o Patrimônio Líquido, sendo com-
posto das receitas já recebidas pela empresa, deduzidas dos custos e
despesas correspondentes incorridos ou a incorrer, que efetivamente
serão reconhecidas em períodos futuros por estarem associadas a al-
gum evento futuro ou à fluência do tempo e sobre as quais não haja
qualquer tipo de obrigação de devolução por parte da empresa (art.
181 da Lei no 6.404/76).

As contas classificadas no REF não representam obrigação por parte da


empresa e nem são pertencentes ao Patrimônio Líquido.

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GABARITO: D

Aqui, vou aproveitar para fazer um estudo do REF, pois é assunto muito co-
mum em provas de concursos:

No REF, deverão constar quantias recebidas que não serão, em hipótese


alguma, devolvidas pela empresa nem representam obrigações de sua
parte de entregar bens ou serviços. Além disso, esses recebimentos de-
vem referir-se a operações que afetarão o patrimônio nos exercícios
seguintes.

Exemplo: A empresa J4M2 alugou, em 01/07/2005, um imóvel para a empre-


sa Inquilina Ltda, que pagou antecipadamente um ano de aluguel no valor de
R$ 60.000,00 (aluguel de R$ 5.000,00 por mês). Logo, os lançamentos a se-
rem efetuados na J4M2 serão:

I – No recebimento do valor adiantado (01/06/2005):

Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)


a Alug. Recebidos Antecipadamente (Resultado de Exercícios Futuros) 60.000

II - Quando as receitas forem realmente auferidas (Princípio da Competência),


e, o lançamento será o seguinte:

Aluguéis Recebidos Antecipadamente (Resultado de Exercícios Futuros)


a Receita de Aluguéis (Receita)

Logo, em 31/12/2005, a empresa J4M2 efetuará o seguinte lançamento, que


corresponde aos seis primeiros de aluguéis, de julho/2005 a dezembro/2005
(receitas já auferidas):

Aluguéis Recebidos Antecipadamente (Resultado de Exercícios Futuros)


a Receita de Aluguéis (Receita) 30.000

Exemplo: Suponha, agora, que a empresa J4M2 alugou seu imóvel por inter-
médio de uma administradora de imóveis, que cobra 10% de taxa de adminis-
tração, e que, além disso, a empresa Inquilina Ltda pagou o aluguel referente
a janeiro de 2006 em dezembro de 2005. O lançamento em dezembro de
2005, na J4M2, seria o seguinte:

Diversos
a Aluguéis Recebidos Antecipadamente (Resultado de Exercícios Futuros)
Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 4.500
Custo dos Aluguéis Recebidos Antecip. (Retificadora – REF) 500 5.000

Cabe ressaltar que não devem ser incluídos no grupo Resultados de


Exercícios Futuros os valores que possuam alguma obrigatoriedade fu-
tura de entrega de bens e serviços ou de devolução pela entidade. As-
sim, por exemplo, a conta “Adiantamento de Clientes”, que corresponde a uma
conta de fornecimento de bens ou serviços, é uma conta do Passivo Circulante.

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Um outro exemplo é a conta “Receitas Financeiras a Apropriar” (“Juros Ativos a
Transcorrer”), que deve ser classificada com retificadora do Ativo.

Exemplo: A empresa J4M2, no dia primeiro de dezembro de 2005, efetuou


uma aplicação financeira no valor de R$ 60.000,00, por 60 dias, com juros re-
cebidos antecipadamente, no valor de R$ 1.000,00. Assim, o seguinte lança-
mento deve ser efetuado pela empresa:

Aplicações Financeiras (Ativo Circulante)


a Diversos
a Bancos (Ativo Circulante) 60.000
a Juros Ativos a Transcorrer (Retificadora – AC) 1.000 61.000

Em 31/12/2005, a empresa reconheceria como receita os primeiros 30 dias de


juros:

Juros Ativos a Transcorrer (Retificadora – AC)


a Juros Ativos (Receita) 500

81. A Cia. Alfa S/A possui diversas coligadas e controladas em várias regiões
do Brasil. Por ocasião do levantamento do Balanço Patrimonial, os investimen-
tos relevantes em coligadas e controladas, incluindo Joint Venture, deverão ser
avaliados pelo método da(o)

(a) equivalência patrimonial, ou seja, com base no valor do Patrimônio Líquido


da coligada ou controlada proporcionalmente à participação acionária.
(b) equivalência harmônica, ou seja, com base na proporção entre o valor do
Patrimônio Líquido da coligada e controlada e o valor da cotação dessas ações
nas bolsas de valores.
(c) Ebitda, isto é, o valor de mercado das ações deduzido da valorização ainda
não realizada em função da variação dos índices.
(d) Valor Econômico Agregado – VEA, considerando-se o a cotação do mercado
em comparação com o valor patrimonial das ações.
(e) custo de aquisição deduzido de perdas em decorrência de desvalorização
dos índices existentes nas bolsas de valores.

Resolução

Relembrando:

A) Antes das alterações da Lei n o 11.638/07: Método de Equivalência


Patrimonial.

- Investimento relevantes em sociedades coligadas sobre cuja a


administração tenha influência, ou de que participe com 20%
(vinte por cento) ou mais do capital social; e
- Em sociedades controladas.

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B) Após as alterações da Lei no 11.638/07: Método de Equivalência Pa-
trimonial.

- Investimento em sociedades coligadas sobre cuja a adminis-


tração tenha influência, ou de que participe com 20% (vinte
por cento) ou mais do capital votante;
- Em sociedades controladas;
- Em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou
estejam sobre controle comum.

No caso, a questão não entrou no mérito do percentual de investimento em


coligada. Contudo, a única resposta possível é a alternativa “a”, tendo em vista
que as demais alternativas são totalmente absurdas.

(*) Conceito de Joint Venture: representa a associação de duas ou mais em-


presas a fim de criar ou desenvolver uma atividade econômica.

GABARITO: A

82. Dados extraídos das demonstrações contábeis da Cia. Delta S/A, em reais.

Ativo 2005 2006


Caixa 60.000,00 75.000,00
Bancos 120.000,00 155.000,00
Duplicatas a Receber 260.000,00 470.000,00
Estoques 380.000,00 650.000,00
Ativo Circulante 820.000,00 1.350.000,00
Realizável LP 129.500,00 170.000,00
Investimentos 700.000,00 900.000,00
Imobilizado Líquido 1.400.000,00 1.700.000,00
Diferido Líquido 300.000,00 355.000,00
Ativo Permanente 2.400.000,00 2.955.000,00
Total Ativo 3.349.500,00 4.475.000,00

Passivo 2005 2006


Fornecedores 370.000,00 535.000,00
Impostos a Pagar 75.000,00 167.500,00
Salários a Pagar 99.500,00 222.000,00
Duplicatas a Pagar 85.000,00 125.500,00
Passivo Circulante 629.500,00 1.050.000,00
Exigível LP 210.000,00 295.000,00
Capital Social 1.400.000,00 2.400.000,00
Reserva de Capital 800.000,00 200.000,00
Reserva Legal 70.000,00 95.000,00
Reserva Estatutária 85.000,00 285.000,00
Reserva de Contingências 105.000,00 115.000,00
Lucros Acumulados 50.000,00 35.000,00
Patrimônio Líquido 2.510.000,00 3.130.000,00
Total do Passivo 3.349.500,00 4.475.000,00

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Informações adicionais:
• Aumento de capital:
R$ 600.000.00 = incorporação de reserva de capital;
R$ 400.000,00 = aporte de capital pelos acionistas;
• Reversão de Reservas de Contingências: R$ 70.000,00;
• Lucro Líquido do exercício: R$ 500.000,00;
• Depreciação do período: R$ 320.000,00;
• Amortização do diferido: R$ 120.000,00;
• Proposta da diretoria para distribuição do Lucro Líquido:
• Reserva Legal R$ 25.000,00
• Reserva Estatutária R$ 200.000,00
• Reserva para Contingência R$ 80.000,00
• Dividendos R$ 280.000,00

Com base nos dados acima, pode-se afirmar que, na elaboração da Demons-
tração de Origens e Aplicações de Recursos, o total de origens, em reais, é

(a) 1.425.000,00
(b) 1.315.500,00
(c) 1.180.000,00
(d) 1.095.000,00
(e) 1.085.500,00

Resolução

Questão sobre a Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos. Vamos


relembrar este assunto:
Origens do Capital Circulante Líquido: todas as operações que aumentem o
capital circulante líquido: aumento do ativo circulante ou redução do passivo
circulante, em operações que envolvam também os grupos não circulantes.

Aplicações do Capital Circulante Líquido: todas as operações que reduzem


o capital circulante líquido: redução do ativo circulante ou aumento do passivo
circulante, em operações que também envolvam grupos não circulantes.

Variação do Capital Circulante Líquido ( CCL) = Origens – Aplicações

Estrutura da DOAR:
1. Origens de Recursos
(a) Lucro Líquido do Exercício
(+) Depreciação, Amortização, Exaustão;
(+) Aumento no Resultado de Exercícios Futuros
(+) Perda de Equivalência Patrimonial
(+) Variação Monetária Passiva de Longo Prazo
(+) Prejuízo nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente

(-) Diminuição no Resultado de Exercícios Futuros


(-) Ganho de Equivalência Patrimonial
(-) Variação Monetária Ativa de Longo Prazo
(-) Lucro nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente
Lucro Ajustado

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(b) Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo (PELP)
(c) Alienação de Bens e Direitos do Ativo Permanente (Valor da Venda)
(d) Diminuição do Ativo Realizável a Longo Prazo (ARLP)
(e) Realização do Capital Social e Contribuições para Reservas de Capital
Total de Origens

2. Aplicações de Recursos

(a) Dividendos
(b) Diminuição do PELP
(c) Aumento do ARLP (aquisição de bens e direitos)
(d) Aumento do Ativo Permanente (aquisição de bens e direitos)
(e) Redução do Patrimônio Líquido
Total de Aplicações

CCL = Origens – Aplicações

Há que se ressaltar, ainda, que, com as alterações trazidas pela Lei no


11.638/07, a DOAR deixou de ser obrigatória e foi substituída pela
Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) (art. 176, IV, da Lei n o
6.404/76).

Vamos à resolução da questão:

1. Origens de Recursos

(a) Lucro Líquido do Exercício 500.000


(+) Depreciação do Período 320.000
(+) Amortização do Diferido 120.000
Lucro Ajustado 940.000
(b) Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo (PELP) 85.000
(e) Realização do Capital Social e Cont. para Res. de Cap. 400.000 (*)
Total de Origens 1.425.000

(*) A incorporação de reserva de capital ao capital social não afeta o


Capital Circulante Líquido, conforme pode ser visto no lançamento a-
baixo. Logo, não é nem origem e nem aplicação. ATENÇÃO!!!

Reserva de Capital (PL)


a Capital Social (PL) 600.000

Por outro lado, o aporte de capital pelos acionistas é uma origem, pois aumen-
ta o ativo circulante, e, conseqüentemente, o Capital Circulante Líquido. Vide
lançamento:

Caixa (Ativo Circulante)


a Capital Social (PL) 400.000 => origem

GABARITO: A

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83. Quando da constituição da sociedade anônima, um dos acionistas subscre-
veu 1.150.000 ações, com valor nominal de R$ 1,00, para integralização em
equipamentos aos quais ele atribuiu, em documento endereçado à Assembléia
Geral, o valor de R$ 1.145.000,00.

A Assembléia Geral de subscritores nomeou uma empresa especializada que,


em laudo fundamentado, avaliou o conjunto de equipamentos em R$
1.160.000,00. A Assembléia Geral aprovou o valor dos equipamentos em R$
1.148.000,00.

Considerando as determinações da Lei n o 6.404/76, com nova redação dada


pelas Leis nos 9.457/97 e 10.303/01, a integralização do capital deve ser con-
siderada pelo valor, em reais, de

(a) 1.145.000,00, atribuído pelo subscritor.


(b) 1.148.000,00, aprovado pela assembléia geral.
(c) 1.150.000,00, sendo a diferença, de R$ 10.000,00, ressarcida ao subscri-
tor.
(d) 1.150.000,00, sendo esse valor atribuído aos equipamentos, não havendo
ressarcimento.
(e) 1.160.000,00, sendo a diferença, de R$ 10.000,00, considerada como ágio
na subscrição.

Resolução

A questão ainda não está considerando as alterações da Lei n o 11.638/07, que


extinguiu a Reserva de Reavaliação. Vamos relembrar o conceito de Reserva
de Reavaliação:

Serão classificadas como reservas de reavaliação as contrapartidas de au-


mentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avalia-
ções com base em laudo nos termos do artigo 8 o, aprovado pela assembléia-
geral (art. 182, § 3o, da Lei no 6.404, de 15/12/1976).

Vamos resolver a questão:

Subscrição de acionista = 1.150.000 ações x R$ 1,00 = R$ 1.150.000,00


Integralização em Equipamentos no valor de R$ 1.145.000,00
Assembléia Geral aprovou o valor dos equipamentos em R$ 1.148.000,00

De acordo com o art. 8o da Lei no 6.404/76:


Art. 8º A avaliação dos bens será feita por 3 (três) peritos ou por empresa es-
pecializada, nomeados em assembléia-geral dos subscritores, convocada pela
imprensa e presidida por um dos fundadores, instalando-se em primeira convo-
cação com a presença desubscritores que representem metade, pelo menos, do
capital social, e em segunda convocação com qualquer número.

§ 1º Os peritos ou a empresa avaliadora deverão apresentar laudo fun-


damentado, com a indicação dos critérios de avaliação e dos elementos
de comparação adotados e instruído com os documentos relativos aos
bens avaliados, e estarão presentes à assembléia que conhecer do laudo,
a fim de prestarem as informações que lhes forem solicitadas.

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§ 2º Se o subscritor aceitar o valor aprovado pela assembléia, os bens
incorporar-se-ão ao patrimônio da companhia, competindo aos primeiros
diretores cumprir as formalidades necessárias à respectiva transmissão.

§ 3º Se a assembléia não aprovar a avaliação, ou o subscritor não aceitar


a avaliação aprovada, ficará sem efeito o projeto de constituição da com-
panhia.

§ 4º Os bens não poderão ser incorporados ao patrimônio da


companhia por valor acima do que lhes tiver dado o subscritor.

Ou seja, conforme o § 4o supracitado, a integralização do capital deve


ser considerada, em reais, pelo valor do documento enviado à Assem-
bléia Geral pelo acionista, no valor de R$ 1.145.000,00.

Após o equipamento ser registrado no ativo permanente da empresa, ele po-


derá sofrer uma reavaliação (pois o valor aprovado em Assembléia foi de R$
1.148.000,00), de acordo com o seguinte lançamento:

Equipamento (Ativo Permanente)


a Reserva de Reavaliação (PL) 3.000 (1.148.000 – 1.145.000)

GABARITO: A

84. A Comercial de Papéis S/A, em dezembro de 2006, praticou os seguintes


atos:
• venda de veículo do Imobilizado, para acionista, por R$ 80.000,00, venci-
mento 30/06/07;
• venda de condicionador de ar do Imobilizado, para empregado, por R$
50.000,00, vencimento 30/06/07;
• venda de mercadoria, para sociedade controlada, por R$ 120.000,00, venci-
mento 30/06/07;
• adiantamento de R$ 60.000,00 a empregados, a título de 13º salário, venci-
mento 20/11/07;
• adiantamento de R$ 40.000,00 a diretores, vencimento 20/11/07;
• venda de imóvel do Ativo Permanente/Investimentos, para sociedade coliga-
da, para pagamento em 4 parcelas de R$ 250.000,00, com vencimento para
30/06/07; 30/12/07; 30/06/08 e 30/12/08.

Considerando, exclusivamente, as informações recebidas e as determinações


da Lei das Sociedades por Ações, no balanço de 31/12/06, os direitos a rece-
ber, classificados no Ativo Realizável a Longo Prazo, atingiram, em reais, o
montante de

(a) 500.000,00
(b) 620.000,00
(c) 1.120.000,00
(d) 1.240.000,00
(e) 1.290.000,00

Resolução

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Para resolver esta questão precisamos lembrar quais as contas que devem ser
classificado no Ativo Realizável a Longo Prazo.

No ativo realizável a longo prazo serão classificados: os direitos realizáveis a-


pós o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adi-
antamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores,
acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negó-
cios usuais na exploração do objeto da companhia (art. 179, II, da Lei n o
6.404/76).

De acordo com o artigo 179, II, da Lei no 6.404/76, percebe-se que o Ativo
Realizável a Longo Prazo pode ser dividido em dois subgrupos:

- Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte: Duplicatas


a Receber (Longo Prazo), Promissórias a Receber (Longo Prazo), Esto-
ques (Longo Prazo), Despesas Antecipadas (Longo Prazo), etc.

- Direitos derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a soci-


edades coligadas, sociedades controladas, diretores, acionistas e par-
ticipantes no lucro da companhia. Estes direitos independem do prazo
e não podem constituir negócios usuais na exploração do objeto da
companhia.

Exemplo: Caso uma empresa comercial, cujo negócio é a revenda de merca-


dorias, venda suas mercadorias a prazo para uma empresa coligada, terá um
direito derivado de venda à coligada. Entretanto, esta venda dependerá do
prazo, isto é, se forem realizáveis no exercício seguinte, serão classificadas no
ativo circulante. Caso sejam realizáveis após o término do exercício seguinte,
serão classificadas no ativo realizável a longo prazo. Este procedimento ocorre,
visto que a venda de mercadorias constitui um negócio usual na exploração do
objeto de uma empresa comercial. No entanto, caso a referida empresa faça
um empréstimo em dinheiro para sua coligada, esta operação independerá do
prazo e será classificada no ativo realizável a longo prazo, pois emprestar di-
nheiro não representa um negócio usual da empresa comercial.

Vamos resolver a questão:

Balanço Patrimonial de 31/12/2006:

Regra Geral:
Ativo Circulante – até o término do exercício seguinte (até
31/12/2007);
ARLP – após o término do exercício seguinte (após 31/12/2007).

Exceção: ARLP (independentemente do prazo de pagamento) - negó-


cios realizados com sócios, diretores, acionistas e participantes no lu-
cro da companhia/empresas ligadas que não constituam a atividade
fim da empresa.

I - venda de veículo do Imobilizado, para acionista, por R$ 80.000,00, venci-


mento 30/06/07;

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Apesar de o vencimento ser antes de 31/12/2007, foi realizada uma
venda de um veículo do Imobilizado (não é atividade fim da empresa) a
um acionista (pessoa ligada).

Logo: Títulos a Receber (ARLP) = 80.000

II - venda de condicionador de ar do Imobilizado, para empregado, por R$


50.000,00, vencimento 30/06/07;

Empregados não constam no rol de pessoas ligadas: diretores, a-


cionistas ou participantes no lucro da companhia. Logo, esta venda
a prazo deve seguir o vencimento, que, no caso, é antes de 31/12/2007,
devendo ser classificada no Ativo Circulante.

III - venda de mercadoria, para sociedade controlada, por R$ 120.000,00,


vencimento 30/06/07;

A empresa é comercial. Logo, seu negócio é a venda de mercadorias.


Portanto, mesmo no caso das mercadorias vendidas para sociedade con-
trolada, como é atividade fim da empresa, o fato deve ser classificado no
ativo circulante, por vencer em 30/06/07.

IV - adiantamento de R$ 60.000,00 a empregados, a título de 13º salário, ven-


cimento 20/11/07;

O adiantamento de salários a empregados é classificado em circulante e


longo prazo de acordo com o vencimento. Logo, neste caso, por vencer
em 20/11/2007, será classificado no ativo circulante.

V - adiantamento de R$ 40.000,00 a diretores, vencimento 20/11/07;

Neste caso, segue a exceção, ou seja, adiantamento a diretores deve ser


classificado no ativo realizável a longo prazo, independentemente do
prazo de vencimento.

Logo: Títulos a Receber (ARLP) = 80.000 + 40.000 = 120.000

VI - venda de imóvel do Ativo Permanente/Investimentos, para sociedade coli-


gada, para pagamento em 4 parcelas de R$ 250.000,00, com vencimento para
30/06/07; 30/12/07; 30/06/08 e 30/12/08.

Apesar de o vencimento de duas parcelas ser antes de 31/12/2007, foi


realizada uma venda de um imóvel de Investimentos (não é atividade
fim da empresa) a um acionista (pessoa ligada). Logo, todos as parcelas
devem ser consideradas no Ativo Realizável a Longo Prazo.

Logo:
Títulos a Receber (ARLP) = 120.000 + 1.000.000 = 1.120.000

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GABARITO: C

85. Informação parcial da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido


da Cia. Gama S/A, referente aos saldos finais apresentados no grupo do Patri-
mônio Líquido, no Balanço de 31/12/05.

Itens Capital Res. De Reserva de Lucros Lucro Total


Capital Acum.
Legal Estatut. Conting.
Saldo em 2.000.000 1.050.000 200.000 250.000 150.000 15.000 3.665.000
31/12/2005
Aumento de
Capital
Reversão
Reserva
L. Líquido
Exercício
Proposta Dis-
tribuição do
Lucro
Reservas
Dividendos
Saldo em
31/12/2006

Durante o exercício de 2006 ocorreram as seguintes situações:


• aumento de capital proveniente de transferência de reservas de capital no
valor de R$ 500.000,00 e aporte de capital por parte dos sócios de R$
500.000,00;
• reversão de reserva de contingência estabelecida em função de perdas pó
síveis em matéria-prima que efetivamente ocorreram no exercício de 2006 no
valor de R$ 100.000,00;
• Lucro Líquido do exercício no montante de R$ 300.000,00;
• distribuição de lucros em forma de reserva:
• Reserva legal = percentual determinado pela lei
• Reserva estatutária = R$ 100.000,00
• Reserva para contingência = 80% do valor da reserva revertida
• proposta para dividendos = R$ 0,08 por ação.

Sabendo-se que a Cia. Gama S/A só possui ações ordinárias, cujo valor nomi-
nal em 31/12/06 era de R$ 1,20, o saldo da coluna Lucros ou Prejuízos Acu-
mulados, em 31/12/06, considerando exclusivamente as informações recebi-
das, em reais, é

(a) 15.000,00
(b) 20.000,00
(c) 35.000,00
(d) 40.000,00
(e) 115.000,00
Resolução

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Vamos utilizar a tabela da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
para resolver a questão. Primeiramente, vou efetuar todos os lançamentos,
para que você também possa estudar cada um deles e treinar para a prova.

Durante o exercício de 2006 ocorreram as seguintes situações:

1 - aumento de capital proveniente de transferência de reservas de capital no


valor de R$ 500.000,00 e aporte de capital por parte dos sócios de R$
500.000,00;

Diversos
a Capital Social (PL)
Reservas de Capital (PL) 500.000
Caixa (Ativo Circulante) 500.000 1.000.000

2 - reversão de reserva de contingência estabelecida em função de perdas


possíveis em matéria-prima que efetivamente ocorreram no exercício de 2006
no valor de R$ 100.000,00;

ATENÇÃO!!!! A contrapartida da reversão da reserva de lucros é


SEMPRE a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados.

Reserva de Contingências (PL)


a Lucros Acumulados (PL) 100.000

3 - Lucro Líquido do exercício no montante de R$ 300.000,00;

Resultado do Exercício
a Lucros Acumulados (PL) 300.000

4 - distribuição de lucros em forma de reserva:

4.1 - Reserva legal = percentual determinado pela lei

Reserva Legal = 5% x Lucro Líquido do Exercício = 5% x 300.000 = 15.000


Limite Obrigatório = 20% x Capital Social = 20% x 3.000.000 = 600.000
Saldo da Reserva Legal = 200.000 + 15.000 = 215.000 < 600.000 (ok)

Lucros Acumulados (PL)


a Reserva Legal (PL) 15.000

4.2 - Reserva estatutária = R$ 100.000,00

Lucros Acumulados (PL)


a Reserva Estatutária (PL) 100.000

4.3 - Reserva para contingência = 80% do valor da reserva revertida

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Reserva para Contingência = 80% x 100.000 = 80.000
Lucros Acumulados (PL)
a Reserva para Contingência (PL) 80.000

5 - proposta para dividendos = R$ 0,08 por ação.

A empresa só possui ações ordinárias, cujo valor nominal, em 31/12/2006,


era de R$ 1,20.

Número de Ações = Capital Social/Valor Nominal = 3.000.000/1,20 =>


 Número de Ações = 2.500.000

Valor dos Dividendos Distribuídos = 2.500.000 ações x R$ 0,08 =>


 Valor dos Dividendos Distribuídos = 200.000

Lucros Acumulados (PL)


a Dividendos a Distribuir (Passivo Circulante) 200.000

Itens Capital Res. De Reserva de Lucros Lucro Total


Capital Acum.
Legal Estatut. Conting.
Saldo em 2.000.000 1.050.000 200.000 250.000 150.000 15.000 3.665.000
31/12/2005
Aumento de 1.000.000 (500.000)
Capital (1) (1)
Reversão (100.000) 100.000
Reserva (2) (2)
L. Líquido 300.000
Exercício (3)
Proposta Dis-
tribuição do
Lucro
Reservas 15.000 100.000 80.000 (195.000)
(4.1) (4.2) (4.3) (4)
Dividendos (200.000)
(5)
Saldo em 3.000.000 550.000 215.000 350.000 130.000 20.000 4.265.000
31/12/2006

GABARITO: B

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86. Informações sintéticas da Cia. Fortim S/A, em 31/08/06, em reais.

Ativo Circulante 150.000,00


Ativo Realizável a Longo Prazo 50.000,00
Ativo Permanente 300.000,00
Investimentos 50.000,00
Imóveis 220.000,00
Móveis e Utensílios 30.000,00
Total 500.000,00

Passivo Circulante 130.000,00


Passivo Exigível a Longo Prazo 44.000,00
Patrimônio Líquido 326.000,00
Capital 200.000,00
Reservas de Capital 90.000,00
Reserva Legal 36.000,00
Total 500.000,00

A Cia. Fortim, que estuda a possibilidade de captar recursos com o lançamento


de debêntures, quer saber qual o valor máximo que poderá emitir, de tais títu-
los de crédito, utilizando a melhor das alternativas estabelecidas pela Lei das
Sociedades Anônimas, incluindo garantia flutuante e garantia real, esta consti-
tuída pelos seus bens imóveis.

Considerando a inexistência de gravame sobre os ativos ou de dívidas garanti-


das por direitos reais, e que as garantias serão oferecidas de forma isolada, o
valor máximo para emissão de debêntures, em reais, é

(a) 176.000,00
(b) 200.000,00
(c) 220.000,00
(d) 240.000,00
(e) 350.000,00

Resolução

Esta questão cobrou conhecimento do art. 60 da Lei n o 6.404/76, que, nor-


malmente, não é cobrado em concursos públicos. De qualquer forma, vamos à
resolução da questão:

Limites do valor de emissão das debêntures:

- O valor total das emissões de debêntures não poderá ultrapassar o capital


social da companhia;
- O limite acima pode ser excedido até alcançar:
- 80% do valor dos bens gravados, próprios ou de terceiros, no ca-
so de debêntures com garantia real;
- 70% do valor contábil do ativo da companhia, diminuído do mon-
tante das suas dívidas garantidas por direitos reais, no caso de de-
bêntures com garantia flutuante.

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I – Limite Máximo: Valor do Capital Social = 200.000

II – Inexistência de gravame sobre os ativos: não cabe a utilização dos 80%.

III – Não há dívidas garantidas por direitos reais:

Limite Possível = 70% x Valor Contábil do Ativo =>


=> Limite Possível = 70% x 500.000 = 350.000

GABARITO: E

87. A Deliberação CVM no 207/96, de 13/12/96, estabelece que as companhias


de capital aberto, ao pagarem juros sobre o capital próprio, devem elaborar
uma nota explicativa às demonstrações financeiras e às informações trimes-
trais, onde deverão ser informados os critérios utilizados para determinação
desses juros, as políticas adotadas para sua distribuição, o montante do Im-
posto de Renda incidente e, quando aplicável, os seus efeitos sobre os dividen-
dos obrigatórios.

A mesma Deliberação estabelece, também, que, caso a companhia opte, para


atender à legislação tributária, por contabilizar os juros pagos ou creditados
como despesa financeira, deverá

(a) emitir nota explicativa própria para informar o valor dos juros sobre o capi-
tal próprio e a conta ou contas patrimoniais utilizadas para registrar tais valo-
res.
(b) evidenciar o valor dos juros pagos ou creditados, em conta específica da
Demonstração do Resultado, em linha própria das Despesas Financeiras Líqui-
das.
(c) reverter o valor e o registro contábil anteriormente feito, mediante crédito
na conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
(d) reverter o valor nos registros mercantis, evidenciando o mesmo na última
linha da Demonstração do Resultado, antes do saldo da conta do Lucro Líquido.
(e) reverter o valor nos registros mercantis, evidenciando o mesmo na De-
monstração do Resultado, em linha própria de Outras Despesas Operacionais.

Resolução

Questão específica sobre a Deliberação CVM n o 207/96, de 13/12/1996, que


dispõe sobre a contabilização dos juros sobre o capital próprio. Vamos ver os
principais conceitos:

- Os juros pagos ou creditados pelas companhias abertas, a título de


remuneração do capital próprio, na forma do artigo 9o da Lei no 9.249/95,
devem ser contabilizados diretamente à conta de Lucros Acumulados,
sem afetar o resultado do exercício.

- Caso a companhia opte, para fins de atendimento às disposições tributá-


rias, por contabilizar os juros sobre o capital próprio pagos/creditados
ou recebidos/auferidos como despesa ou receita financeira, deverá

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proceder à reversão desses valores, nos registros mercantis, de forma
a que o lucro líquido ou o prejuízo do exercício seja apurado nos ter-
mos desta Deliberação.

- A reversão, de que trata o item anterior, poderá ser evidenciada na


última linha da demonstração do resultado antes do saldo da conta do
lucro líquido ou prejuízo do exercício.

GABARITO: D

88. A Companhia Investidora, com Patrimônio Líquido de R$ 2.000.000,00,


tendo sobra de disponibilidade, resolveu comprar, com intenção de permanên-
cia, por motivos estratégicos, ações de outra sociedade, com Patrimônio Líqui-
do de R$ 1.200.000,00, pagando R$ 96.000,00 pelas aludidas ações.

No encerramento do exercício, a Investida apurou um Lucro Líquido de R$


850.000,00, propondo a distribuição de dividendos de R$ 400.000,00, cabendo
à Investidora o dividendo a receber de R$ 32.000,00.

Considerando as informações recebidas e todas as alternativas técnicas relati-


vas ao registro e avaliação dos investimentos permanentes, compete à Inves-
tidora contabilizar

(a) R$ 32.000,00 dos dividendos, a débito do Investimento, a título de ganho.


(b) R$ 32.000,00 dos dividendos como receita operacional, em subgrupo pró-
prio.
(c) R$ 32.000,00 dos dividendos como receita financeira, em subgrupo pró-
prio.
(d) R$ 64.000,00 a débito do Investimento, a título de ganho no investimento.
(e) R$ 68.000,00 a débito do Investimento, a título de ganho no investimento

Resolução

Primeiramente, é necessário verificar se o investimento permanente efetuado


pela Cia. Investidora será avaliado pelo custo de aquisição ou pela equivalência
patrimonial.

I – Cia. Investidora: PL = 2.000.000

Compras de Ações Cia. Investida = 96.000


PL da Cia Investida = 1.200.000
Percentual das Ações em poder da Cia. Investidora = 96.000/1.200.000 = 8%

Neste caso, a Cia. Investida não é coligada e nem controlada da Cia. Investido-
ra (apenas 8% de participação) e o investimento permanente na Cia. Investi-
dora deverá ser avaliado pelo Custo de Aquisição.

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Relembrando as regras de distribuição de dividendos nesta situação:

Dividendos – Método do Custo de Aquisição: a legislação do Imposto de


Renda determina que os dividendos recebidos até 6 meses a partir da da-
ta de aquisição do investimento avaliado pelo custo de aquisição de-
vem ser registrados como redução do custo de aquisição do investi-
mento permanente, sem afetar o resultado da investidora. Entretanto,
os dividendos recebidos após 6 meses da data de aquisição do referido
investimento, devem ser registrados como receita operacional.

Lançamentos na Investidora:

Dividendos recebidos até 6 meses;

Caixa (Ativo Circulante)


a Participações Permanentes (Ativo Permanente)

Dividendos recebidos após 6 meses:

Caixa ou Dividendos a Receber (Ativo Circulante)


a Receita de Dividendos (Receita)

Em relação à questão, como nada foi dito sobre o prazo do investimento, de-
vemos considerá-lo que, no encerramento do exercício, já há mais de seis da
aquisição do investimento. Neste caso, o lançamento a ser efetuado seria:

Dividendos a Receber (Ativo Circulante)


a Receita de Dividendos (Receita Operacional) 32.000

GABARITO: B

89. Em 31/12/06, a Cia. Via, com participação de 60% no capital social da Cia.
Ápia, e a Cia. Ápia apresentaram os seguintes balanços:

Ativo Cia. Via Cia. Ápia


Ativo Circulante 136.000,00 70.000,00
Disponível 26.000,00 12.000,00
Duplicatas a Receber 70.000,00 38.000,00
Estoques 40.000,00 20.000,00

Ativo Permanente 84.000,00 15.000,00


Investimentos - Coli- 34.000,00 0,00
gadas e Controladas
Imobilizado 50.000,00 15.000,00

Total 220.000,00 85.000,00

Passivo
Passivo Circulante 110.000,00 45.000,00
Duplicatas a Pagar 76.000,00 15.000,00
Empréstimos 34.000,00 30.000,00

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Patrimônio Líquido 110.000,00 40.000,00
Capital Social 100.000,00 38.000,00
Reserva Legal 10.000,00 2.000,00

Total 220.000,00 85.000,00

Sabendo-se que as companhias não têm transações comerciais entre si, pode-
se afirmar que, no balanço consolidado, o montante do Ativo, em reais, é

(a) 206.000,00
(b) 271.000,00
(c) 281.000,00
(d) 295.000,00
(e) 305.000,00

Resolução

Esta questão trata de consolidação de balanços, matéria não incluída no Edital


do ICMS/RJ. De qualquer maneira, vou resolvê-la.

Como Cia. Via participa com 60% do capital da Cia. Ápia, ela é controladora da
Cia. Ápia. As regras principais para a consolidação de balanços são:

A consolidação das demonstrações contábeis consiste em somar os valores


correspondentes aos elementos contábeis semelhantes existentes nas empre-
sas que serão consolidadas, excluindo-se:

- as participações de uma sociedade em outra;


- os saldos de quaisquer contas entre as sociedades;
- as parcelas correspondentes aos resultados, ainda não realiza-
dos, de negócios entre as sociedades, que constem do resultado
do exercício, dos lucros ou prejuízos acumulados, do custo dos
estoques ou do ativo permanente das respectivas demonstrações
contábeis.

OBS 1: As participações dos acionistas não controladores no patrimônio líquido


e no lucro do exercício será destacada, respectivamente, no balanço patrimo-
nial e na demonstração do resultado do exercício.

OBS 2: A parcela do custo de aquisição do investimento em controlada,


que não for absorvida na consolidação, deverá ser mantida no ativo
permanente, com dedução do valor correspondente à provisão ade-
quada para perdas já comprovadas, e será objeto de nota explicativa.

OBS 3: O valor da participação que exceder o custo de aquisição constituirá


parcela destacada dos resultados de exercícios futuros até que fique compro-
vada a existência de ganho efetivo.

Vamos à resolução da questão:

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Cia. Via => 60% do PL da Cia Ápia

PL da Cia. Ápia = 40.000


60% do PL da Cia. Ápia = 60% x 40.000 = 24.000

Como o investimento em Coligadas e Controladas está registrado na Cia. Via


por R$ 34.000,00, a diferença (R$ 10.000,00) deverá ser mantida no ativo
permanente do balanço consolidado.

Consolidação do Ativo (repare que a questão falou que as empresas não pos-
suem transações entre si).

Ativo Cia. Via Cia. Ápia Consolidado


Ativo Circulante 136.000,00 70.000,00 206.000,00
Disponível 26.000,00 12.000,00 38.000,00
Duplicatas a Receber 70.000,00 38.000,00 108.000,00
Estoques 40.000,00 20.000,00 60.000,00

Ativo Permanente 84.000,00 15.000,00 75.000,00


Investimentos - Coli- 34.000,00 0,00 10.000,00
gadas e Controladas (*)
Imobilizado 50.000,00 15.000,00 65.000,00

Total 220.000,00 85.000,00 281.000,00


(*) Parcela não absorvida na consolidação.

GABARITO: C

90. O Gerente de Custos da Cia. Industrial Tamoio S/A, durante a apuração do


custo dos produtos do mês, chegou aos seguintes números, em reais:

Custos Produto A Produto B Produto C Total dos Custos


Diretos
Matéria-Prima 80.000,00 120.000,00 200.000,00 400.000,00
Mão-de-Obra 22.000,00 47.000,00 21.000,00 90.000,00
Direta
Energia Elétrica 18.000,00 23.000,00 9.000,00 50.000,00
Direta
Soma 120.000,00 190.000,00 230.000,00 540.000,00

Sabendo-se que os custos indiretos usualmente alocado aos produtos por ra-
teio, com base no custo da matéria-prima, totalizaram o valor de R$
250.000,00 no mês, pode-se afirmar que o custo total do Produto C, em reais,
é

(a) 170.000,00
(b) 265.000,00
(c) 325.000,00
(d) 355.000,00
(e) 450.000,00

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Resolução

Questão de contabilidade de custos, que não é o foco do curso. Contudo, como


faz parte do conteúdo programático de Contabilidade no concurso do ICMS/RJ,
vou resolvê-la.

I – Cálculo do Custo Indireto para o Produto C:

Matéria-Prima Total (MP Total) = 400.000


Custos Indiretos Totais = 250.000

Custo Indireto do Produto C = (Matéria-Prima C/MP Total) x R$ 250.000,00 =>


 Custo Indireto do Produto C = (200.000/400.000) x 250.000 =>
 Custo Indireto do Produto C = 250.000/2 = 125.000

II – Cálculo do Custo Total para o Produto C:

Custo Total C = Custos Diretos + Custos Indiretos = 230.000 + 125.000 =>


=> Custo Total do Produto C = 355.000

GABARITO: D

91. A Cia. Novidades S/A apresentou as seguintes informações de sua única


participação societária:

a) Demonstração do Investimento em 30/12/05, após a avaliação ao MEP, em


reais:
ATIVO PERMANENTE
INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS
Antiguidades S/A 1.800.000,00

b) Nota explicativa:
• Ações possuídas da Cia. Antiguidades: 1.290.000 Ações Ordinárias

c) Dados da Cia. Antiguidades, em 31/12/05


c1) Demonstração do Patrimônio Líquido, em 30/12/05, em reais:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 2.580.000,00
Reservas de Lucros 400.000,00
Lucros Acumulados 20.000,00

c2) Notas explicativas:


• a Companhia só emitiu ações ordinárias;
• valor nominal das ações emitidas: R$ 1,20

A Cia. Antiguidades, que no exercício encerrado em 31/12/06 apurou um Lucro


Líquido de R$ 600.000,00, fez a proposta de distribuição de dividendos no va-
lor de R$ 500.000,00 e apresentou a seguinte demonstração de seu Patrimônio
Líquido, antes do reconhecimento do lucro apurado em 2006 e de sua respec-
tiva distribuição:

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PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital social R$ 2.580.000,00
Reservas de Reavaliação R$ 200.000,00
Reservas de Lucros R$ 400.000,00
Lucros Acumulados R$ 20.000,00

Considerando, exclusivamente, as informações recebidas e a boa técnica de


avaliação do investimento pelo Método da Equivalência Patrimonial (MEP), a
receita do investimento, avaliado ao MEP, a ser contabilizada na controladora,
Cia. Novidades, em reais, é

(a) 60.000,00
(b) 100.000,00
(c) 180.000,00
(d) 360.000,00
(e) 480.000,00

Resolução

A questão já fala que o investimento é avaliado pelo Método de Equivalência


Patrimonial (MEP).

Dados:
Investimento em Controladas (31/12/2005) = 1.800.000
Total de ações possuídas da Controlada = 1.290.000

I – Cálculo da participação da Controladora na Controlada:

PL da Controlada em 31/12/2005 = Capital Social + Res. Lucros + Luc. Acum.


PL da Controlada em 31/12/2005 = 2.580.000 + 400.000 + 20.000 =>
 PL da Controlada em 31/12/2005 = 3.000.000

Repare que a questão já fala que o saldo de R$ 1.800.000,00 em investimen-


tos na controladora é após o MEP. Logo, o percentual de participação da con-
troladora na controlada é de:

Percentual de Participação = 1.800.000/3.000.000 = 60%

II – Encerramento do exercício em 31/12/2006:

Lucro da Controlada = R$ 600.000,00

Método de Equivalência Patrimonial = 60% x 600.000 = 360.000

Lançamento na Controladora:

Investimentos em Controladas (Ativo Permanente)


a Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita) 360.000

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Esta é a resposta da questão. ATENÇÃO!!! Os dividendos distribuídos
não correspondem a ganhos de equivalência patrimonial. Vamos calcu-
lá-los e efetuar o registro:

Dividendos Distribuídos pela Controlada = 500.000


Dividendos a Receber (Controladora) = 60% x 500.000 = 300.000

Dividendos a Receber (Ativo Circulante)


a Investimentos em Controladas (Ativo Permanente) 300.000

Ou seja, você poderia pensar, ERRADAMENTE, que a receita do inves-


timento pelo MEP seria R$ 60.000,00 (R$ 360.000,00 – R$ 300.000,00)
e marcar a letra “a”. CUIDADO!!! ESTÁ ERRADO.

Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita) = R$ 360.000,00


Dividendos a Receber (Ativo Circulante) = R$ 300.000,00
Invest. em Contr. (AP) = 1.800.000 + 360.000 – 300.000 =>
 Invest. em Contr. (AP) = R$ 1.860.000,00

Observe também que os dados de quantidade e valor das ações foram


informados somente para confundir, pois a questão fala que o investi-
mento avaliado pelo MEP já estava em R$ 1.800.000,00.

GABARITO: D

92. Dados extraídos da análise das demonstrações contábeis elaboradas pela


Cia. Aço Forte S/A, em reais.

Índices 2005 2006


a) Participação de Capi- 610.825,00/3.665.000,00 847.310,00/4.240.000,00
tal de Terceiros: = 0,1666 = 0,1998
PCT = Capital de Tercei-
ros/Patrimônio Líquido
b) Composição do Endi- 420.825,00/610.825,00 = 530.310,00/847.310,00 =
vidamento 0,6889 0,6259
CE = Passivo Circulan-
te/Capital de Terceiros
c) Imobilização do Pa- 3.550.000,00/3.665.000,00 4.051.390,00/4.240.000,00
trimônio Líquido = 0,9685 = 0,9555
IPL = Ativo Permanen-
te/Patrimônio Líquido
d) Imobilização dos re- 3.550.000,00/3.855.000,00 4.051.390,00/4.557.000,00
cursos não correntes = 0,9209 = 0,8890
IRNC = Ativo Perma-
nente/(Patrimônio Lí-
quido + PELP)
e) Liquidez Corrente 725.825,00/420.825,00 = 1.035.920,00/530.310,00
LC = AC/PC 1.7248 = 1.9534

Com base nos dados acima, pode-se afirmar que o Capital Circulante Próprio
da Companhia, em 2006, em reais, foi

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(a) 125.610,00
(b) 155.000,00
(c) 188.610,00
(d) 305.000,00
(e) 317.000,00

Resolução

Questão de análise das demonstrações contábeis. Também não faz parte do


conteúdo programático do Edital do ICMS/RJ. Vou resolvê-la, pois esta questão
é muito mais de lógica do que de análise, tendo em vista que são fornecidas
todas as fórmulas.

Além disso, há que se ressaltar que o conceito de Capital Circulante Próprio


pode ser cobrado em sua prova:

Capital Circulante Próprio = é a diferença positiva entre o Ativo Circu-


lante e o Passivo Circulante

Deste modo, teríamos o seguinte cálculo:

I – Cálculo do Capital Circulante Próprio:

Pelo índice e) em 2006:


Liquidez Corrente = LC = AC/PC = 1.035.920,00/530.310,00

Logo,
AC = Ativo Circulante = 1.035.920
PC = Passivo Circulante = 530.310

Capital Circulante Próprio = 1.035.920 – 530.310 = 505.610

Contudo, não há resposta na questão no caso de utilizarmos essa definição de


Capital Circulante Próprio.

Uma outra definição existente é:

Capital Circulante Próprio = é a parcela de Capital Próprio no Ativo Cir-


culante

Deste modo, teríamos o seguinte cálculo:

I – Cálculo do Capital Circulante Próprio:

Pelo índice c) em 2006: IPL = Ativo Permanente/Patrimônio Líquido

Ativo Permanente = 4.051.390

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Patrimônio Líquido = 4.240.000

Como não há Ativo Realizável a Longo Prazo (nada foi dito), a parcela do PL
(Capital Próprio) no Ativo Circulante é de:

Capital Circulante Próprio = Patrimônio Líquido – Ativo Permanente =>


=> Capital Circulante Próprio = 4.240.000 – 4.051.390 = 188.610

GABARITO: C

93. Demonstrações contábeis publicadas pela Cia. Simões S/A, em reais.

Na Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), método direto, Atividades Opera-


cionais, o valor dos Pagamentos a Fornecedores, em reais, é

(a) 14.020,00
(b) 17.550,00
(c) 24.550,00
(d) 28.365,00
(e) 35.365,00

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Resolução

Este questão trata da Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC). Vamos aos


conceitos:

O fluxo de caixa permite identificar o processo de circulação do


dinheiro por meio da variação de caixa. Na verdade, a expressão fluxo de
caixa envolve os pagamentos e recebimentos em geral. A análise do fluxo
de caixa examina a origem e aplicação do dinheiro que transitou pela empresa.
A expressão fluxo de caixa também pode significar:

- O fluxo de caixa passado, ou seja, aquele que já foi realizado;


- O fluxo de caixa previsto, ou seja, aquele que se refere a um período
futuro; e
- O fluxo de caixa que considera o passado e realiza ajustes no fluxo de
caixa futuro.

Há que se ressaltar que o analista pode verificar, por meio da Demons-


tração do Resultado do Exercício, que a empresa obteve lucro, mas, ao verifi-
car o seu caixa, percebe que o saldo diminuiu. Isto pode ocorrer, por exemplo,
porque a empresa adota o regime de competência, que considera no período
as receitas que ocorreram, mas que ainda não foram recebidas. Também po-
dem existir itens de receitas e despesas que são considerados na apuração do
resultado do exercício, mas não afetam o caixa da empresa, como, por exem-
plo, a depreciação.

Resumindo, a Demonstração do Fluxo de Caixa demonstra as cau-


sas da variação do Disponível. A demonstração do fluxo de caixa pode
ser montada pelo método direto ou pelo método indireto.

Método Indireto

A DFC, pelo método indireto, pode ser estruturada da seguinte forma:

I – Origens de Recursos
Das Operações
( ) Resultado Líquido do Exercício (Lucro ou Prejuízo)
(+) Depreciação, Amortização, Exaustão;
(+) Aumento no Resultado de Exercícios Futuros
(+) Perda de Equivalência Patrimonial
(+) Variação Monetária Passiva de Longo Prazo
(+) Prejuízo nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente
(-) Diminuição no Resultado de Exercícios Futuros
(-) Ganho de Equivalência Patrimonial
(-) Variação Monetária Ativa de Longo Prazo
(-) Lucro nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente
(=) Resultado Líquido Ajustado

(+) Aumentos das Contas do Passivo Circulante


(-) Aumentos das Contas do Ativo Circulante
(-) Diminuição das Contas do Passivo Circulante

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(+) Diminuição das Contas do Ativo Circulante

Dos Proprietários
(+) Realização do Capital Social e Contribuições para Reservas de
Capital

De Terceiros
(+) Redução do Ativo Realizável a Longo Prazo
(+) Valor da Alienação de Bens ou Direitos do Ativo Permanente
(+) Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo

II – Aplicações de Recursos
(+) Dividendo pagos, creditados ou propostos
(+) Aumento do Ativo Realizável a Longo Prazo
(+) Aquisição de Bens e Direitos do Ativo Permanente
(+) Redução do Passivo Exigível a Longo Prazo

III – Variação Líquida do Disponível = I - II

IV – Saldo Inicial do Disponível

V – Saldo Final do Disponível = III + IV

Para fixar o conceito, considere o exemplo abaixo:

Exemplo:

I – Balanço Patrimonial – Empresa Linotécnica

Ativo 2003 2004


Ativo Circulante 2.000,00 2.290,00
Caixa 300,00 490,00
Clientes 300,00
Estoques 1.700,00 1.400,00
Despesas Antecipadas 100,00
Ativo Realizável a Longo Prazo 250,00
Depósito Judicial 250,00
Ativo Permanente 1.000,00 2.760,00
Investimentos 400,00
Imobilizado 1.000,00 2.500,00
(-) Depreciação Acumulada (140,00)
Ativo Total 3.000,00 5.300,00

Passivo
Passivo Circulante 1.000,00 860,00
Contas a Pagar 40,00
Fornecedores 1.000,00 600,00
CSLL a Recolher 70,00
IR a Recolher 150,00
Passivo Exigível a Longo Prazo 1.260,00

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Empréstimo de Longo Prazo 1.260,00
Patrimônio Líquido 2.000,00 3.180,00
Capital Social 2.000,00 2.500,00
Lucros Acumulados 680,00
Passivo Total 3.000,00 5.300,00

II - Demonstração do Resultado do Exercício – Empresa Linotécnica

DRE 2004
Receita de Vendas 3.000,00
CMV (1.500,00)
Lucro Bruto 1.500,00
Despesas, exceto Depreciação e Se- (400,00)
guros
Despesas de Depreciação (140,00)
Despesas de Seguros (100,00)
Variação Monetária dos Empréstimos (60,00)
de LP
Ganho de Equivalência Patrimonial 100,00
Lucro Operacional 900,00
Provisão para CSLL (70,00)
Provisão para IR (150,00)
Lucro Líquido do Exercício 680,00

III – Demonstração do Fluxo de Caixa:

I – Origens de Recursos
Das Operações
( ) Resultado Líquido do Exercício (Lucro ou Prejuízo) 680,00
(+) Depreciação, Amortização, Exaustão 140,00
(+) Aumento no Resultado de Exercícios Futuros 0,00
(+) Perda de Equivalência Patrimonial 0,00
(+) Variação Monetária Passiva de Longo Prazo 60,00
(+) Prejuízo nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente 0,00
(-) Diminuição no Resultado de Exercícios Futuros 0,00
(-) Ganho de Equivalência Patrimonial (100,00)
(-) Variação Monetária Ativa de Longo Prazo 0,00
(-) Lucro nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente 0,00
(=) Resultado Líquido Ajustado 780,00
(+) Aumentos das Contas do Passivo Circulante
Contas a Pagar 40,00
CSLL a Recolher 70,00
IR a Recolher 150,00
(-) Aumentos das Contas do Ativo Circulante
Clientes (300,00)
` Despesas Antecipadas (100,00)
(-) Diminuição das Contas do Passivo Circulante
Fornecedores (400,00)
(+) Diminuição das Contas do Ativo Circulante
Estoques 300,00
Subtotal 540,00

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Dos Proprietários
(+) Realização do Capital Social e Contribuições para Reservas de Capital
500,00

De Terceiros
(+) Redução do Ativo Realizável a Longo Prazo 0,00
(+) Valor da Alienação de Bens ou Direitos do Ativo Permanente 0,00
(+) Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo 1.200,00
Total das Origens 2.240,00

II – Aplicações de Recursos
(+) Dividendo pagos, creditados ou propostos 0,00
(+) Aumento do Ativo Realizável a Longo Prazo 250,00
(+) Aquisição de Bens e Direitos do Ativo Permanente 1.500,00
300,00 (*)
(*) Investimentos (400 – Ganho Eq. Patrimonial)
(+) Redução do Passivo Exigível a Longo Prazo 0,00
Total das Aplicações 2.050,00

III – Variação Líquida do Disponível = I - II 190,00

IV – Saldo Inicial do Disponível 300,00

V – Saldo Final do Disponível = III + IV 490,00

Método Direto

Neste método, a apresentação dos fluxos das atividades opera-


cionais consiste na exposição direta dos recebimentos (entradas) e
pagamentos (saídas) durante o exercício. Ou seja, representa o fluxo do
Disponível durante o exercício, que pode ser representado da seguinte manei-
ra:

Entrada de Recursos – Recebimentos Saída de Recursos - Paga-


mentos
Créditos Operacionais Disponível Compra de Mercadorias e
Resgate de Aplicações Financeiras Insumos
Obtenção de Empréstimos e Financi- Despesas Antecipadas
amentos Depósitos Judiciais
Receitas Recebidas Antecipadamente Empréstimos a Sócios
Integralização e/ou Aumento do Ca- Compra de Imobilizado
pital Social Aplicações no Ativo Perma-
Receitas de Vendas, Serviços e ou- nente
tras Pagamento de Obrigações
Dividendos de Investimentos Avalia- Devolução de Capital
dos pelo Custo de Aquisição Custos e Despesas
Outros Dividendos
Outros

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A estrutura da DFC pelo método direto seria:

1. Ingressos (Entradas de Recursos)


Recebimento de Clientes
(+) Recebimento de Empréstimos de Curto Prazo
(+) Dividendos Recebidos de Investimentos Avaliados pelo
Custo de Aquisição
(-) Pagamento a Fornecedores
(-) Impostos e Contribuições Pagos
(-) Pagamento de Despesas Operacionais, inclusive Despesas
Antecipadas
(=) Recursos Derivados das Operações (I)

(+) Recebimento por Venda de Bens do Ativo Permanente


(+) Resgate de Aplicações Temporárias
(+) Ingresso de Novos Empréstimos
(+) Integralização do Capital
(+) Resgate de Depósitos Judiciais
(+) Ingressos de Outros Recursos
(=) Recursos Derivados dos Sócios e de Terceiros (II)

(=) Total das Entradas de Recursos = I + II

2. Aplicações de Recursos
Pagamento de Dividendos
Aquisição de Participações Societárias
Aplicações no Ativo Permanente
Pagamento de Empréstimos de Longo Prazo
Outros Pagamentos

3. Variação Líquida do Disponível = 1 – 2


4. (+) Saldo Inicial do Disponível
5. (=) Saldo Final do Disponível

Exemplo: Considerando o exemplo anterior, teríamos:

1. Recebimento de Clientes
Saldo Inicial de Clientes 0,00
(+) Vendas 3.000,00
(-) Saldo Final de Clientes (300,00)
Recebimento de Clientes 2.700,00

CMV = EI + C – EF => C = CMV – EI + EF = 1.500 – 1.700 + 1.400 = 1.200

2. Pagamento a Fornecedores
Saldo Inicial de Fornecedores 1.000,00

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(+) Compras 1.200,00
(-) Saldo Final de Fornecedores (600,00)
Pagamento a Fornecedores 1.600,00

3. Pagamento de Despesas
Despesas do Exercício (exceto Depreciação) 500,00
(+) Saldo Inicial de Contas a Pagar 0
(-) Saldo Final de Contas a Pagar (40,00)
(-) Saldo Inicial de Despesas Antecipadas 0
(+) Saldo Final de Despesas Antecipadas 100,00
Pagamento de Despesas 560,00

Demonstração do Fluxo de Caixa – Método Direto

1. Ingressos de Recursos
Derivados das Operações
Recebimento de Clientes 2.700,00
(-) Pagamento a Fornecedores (1.600,00)
(-) Pagamento de Despesas (560,00)
540,00
Dos Sócios
Integralização do Capital 500,00

De Terceiros
Empréstimos de Longo Prazo 1.200,00

Total dos Ingressos de Recursos 2.240,00

2. Destinação dos Recursos


Compra do Imobilizado 1.500,00
Compra de Investimentos 300,00
Depósitos Judiciais 250,00

Total das Destinações de Recursos 2.050,00

3. Variação do Disponível = 2.240,00 – 2.050,00 = 190,00


4. Saldo do Disponível em 31/12/2003 300,00
5. Saldo do Disponível em 31/12/2004 490,00

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Outras definições importantes:

1) Fluxo das Atividades Operacionais (FAO)


Entradas:
- Recebimentos de clientes
- Recebimento de dividendos de participação no capital de outras
sociedades (também pode ser classificado com atividade de inves-
timento. O CESPE tem considerado deste modo).
- Recebimento de juros de empréstimos concedidos (também pode
ser classificado com atividade de investimento. O CESPE tem con-
siderado deste modo).
- Recebimentos diversos (aluguéis de imóveis, recebimento de se-
guradoras referente a sinistro em estoques, etc).

Saídas:
- Pagamentos a fornecedores
- Pagamento de salários a funcionários
- Pagamento de tributos e multas
- Pagamento de juros de empréstimos obtidos (também pode ser
classificado como atividade de financiamento).

2) Fluxo das Atividades de Investimento (FAI)


Entradas:
- Recebimentos referentes a vendas do ativo imobilizado
- Recebimentos referentes a vendas de participações societárias
permanentes ou investimentos temporários
- Recebimentos referentes ao principal de empréstimos ou financi-
amentos concedidos

Saídas:
- Pagamentos referentes a compras à vista de bens do ativo per-
manente
- Pagamentos referentes a participações permanentes ou temporá-
rias em outras sociedades
- Pagamentos referentes a compras de valores mobiliários
- Desembolso de empréstimos concedidos

3) Fluxo das Atividades de Financiamento (FAF)


Entradas:
- Recebimentos referentes a empréstimos obtidos
- Recebimento de acionistas por venda de ações ou integralização
do capital
- Recebimento por emissão de debêntures
- Recebimento de subvenções para investimento

Saídas:
- Pagamento de dividendos
- Pagamento de resgate ou reembolso de ações
- Pagamento de resgate de debêntures
- Pagamento do principal referente a empréstimos ou financiamen-
tos obtidos

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Vamos à resolução da questão:

I – Inicialmente deve-se calcular as compras do período:

CMV = 30.100 = EI + C – EF

EI = Estoque Inicial (Dez/05) = 21.060


C = Compras
EF = Estoque Final (Dez/06) = 26.325

30.100 = 21.060 + C – 26.325 => C = 35.365


I – Pagamento a Fornecedores no período:

Fornecedores – Saldo Inicial (Dez/05) 17.550


(+) Compras do Período 35.365
(-) Fornecedores – Saldo Final (Dez/06) (28.365)
Pagamento a Fornecedores no Período 24.550

IMPORTANTE!!! Não se assuste com o tamanho da questão. Às vezes, a


solução pode ser simples e depender de poucos dados.

GABARITO: C

94. No levantamento dos custos dos produtos da Cia. Medina S/A obtiveram-
se os seguintes números, em reais:

Considerando-se o critério de margem de contribuição unitária, o produto que


apresenta maior contribuição ou lucratividade é o Modelo

(a) K
(b) L
(c) M
(d) N
(e) O

Resolução

Mais uma questão de Contabilidade de Custos em que é necessário conhecer o


conceito de Margem de Contribuição Unitária:

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Margem de Contribuição Unitária = Preço de Venda Unitário – Custos
Variáveis Unitários

Vamos à resolução:

Margem de Contribuição Unitária = MCU


MCU = Preço de Venda Unitário – Matéria-Prima – MOD – CIF

MOD = Mão-de-obra Direta


CIF = Custos Indiretos de Fabricação Variáveis

MCU K = 100 – 20 – 40 – 15 = 25
MCU L = 114 – 25 – 45 – 20 = 24
MCU M = 128 – 30 – 40 – 25 = 33
MCU N = 124 – 35 – 35 – 20 = 34
MCU O = 135 – 40 – 30 – 30 = 35 (maior Margem de Cont. Unitária)

GABARITO: E

95. A Cia. Gama S/A apresentou o seguinte quadro parcial de Análise Vertical
e Horizontal nos balanços:

Após a elaboração da Análise Horizontal (última coluna), em qual componente


desse mesmo ativo verifica-se a maior variação positiva apurada em 2006 em
relação a 2005?

(a) Duplicatas a Receber.


(b) Despesas Antecipadas.
(c) Diferido Líquido.

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(d) Estoques.
(e) Imobilizado Líquido.

Resolução

Questão de análise das demonstrações contábeis, que não faz parte do Edital
do ICMS/RJ. Vou resolver, caso você venha a estudar para outro concurso em
que esse assunto é cobrado.

Análise Horizontal ou de Evolução

O objetivo principal da análise horizontal ou de evolução é permitir o exame da


evolução histórica de cada uma das contas que compõem as diversas de-
monstrações contábeis, ou seja, ela avalia o aumento ou a diminuição dos va-
lores que expressam os elementos patrimoniais ou do resultado, em uma de-
terminada série histórica de exercícios.

Uma vez que os balanços estejam expressos em moeda de poder aquisitivo na


mesma data, a análise horizontal assume certa significância e pode acusar i-
mediatamente áreas de maior interesse para a investigação. Caso os balanços
não estejam expresso em moeda de poder aquisitivo constante, o analista pre-
cisará, no mínimo, do índice de inflação do período para realizar a atualização
monetária.

Normalmente, em uma análise horizontal ou de evolução considera-se


o primeiro exercício como base 100 a evolução dos demais exercícios
ocorre em relação ao exercício estabelecido como base.

Vamos à resolução da questão:

I – Análise Horizontal das contas do Ativo:

Duplicatas a Receber = 4.200.000/2.887.500 = 145,45%


Estoques = 3.990.000/3.811.500 = 104,68%
Despesas Antecipadas = 105.000/57.750 = 181,81%
Investimentos = 3.172.050/2.887.500 = 109,87%
Imobilizado Líquido = 7.701.750/3.967.425 = 194,12%
Diferido Líquido = 361.200/317.625 = 113,72%

GABARITO: E

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96. Dados extraídos das demonstrações contábeis da Cia. Ômega S/A.

Contas 2005 2006


Caixa 25.000,00 45.000,00
Bancos 105.000,00 155.000,00
Duplicatas a Receber 150.000,00 310.000,00
Estoques 200.000,00 350.000,00
Ativo Circulante 480.000,00 860.000,00

Empréstimos a Pagar 75.000,00 100.000,00


Fornecedores 160.000,00 200.000,00
Obrigações Tributárias 62.500,00 100.000,00
Obrigações Sociais 82.500,00 100.000,00
Passivo Circulante 380.000,00 500.000,00

Com base nos dados acima, pode-se afirmar que a variação da Necessidade de
Capital de Giro – NCG entre 2005 e 2006 alcançou, em reais, o montante de

(a) 45.000,00
(b) 95.000,00
(c) 215.000,00
(d) 260.000,00
(e) 310.000,00

Resolução

Mais uma questão de análise das demonstrações contábeis. Vou resolver, mas
não cai na sua prova para o ICMS/RJ.

Vamos aos conceitos:

O ativo circulante pode ser dividido em Ativo Circulante Financeiro (ACF)


e Ativo Circulante Operacional ou Ativo Circulante Cíclico (ACO).

O ativo circulante financeiro é o conjunto de contas composto pelas


disponibilidades e pelas aplicações financeiras. O ativo circulante ope-
racional (*) corresponde aos direitos da empresa oriundos das ativi-
dades operacionais, tais como clientes, estoques, ICMS a recuperar,
adiantamento a fornecedores, entre outros.

(*) Caso, no ativo circulante, existam contas de empréstimos concedi-


dos ou títulos a receber decorrentes de venda de bens do ativo perma-
nente, não devem ser considerados como ACO.

O passivo circulante também pode ser dividido em Passivo Circulante


Financeiro (PCF) e Passivo Circulante Operacional ou Passivo Circulan-
te Cíclico (PCO).

O passivo circulante financeiro é o conjunto de contas composto pelos


empréstimos a pagar, financiamentos a pagar e duplicatas desconta-
das (na reclassificação do balanço, para efeitos de análise, deixam de

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ser retificadoras do ativo circulante e passam a ser do passivo circu-
lante). O passivo circulante operacional corresponde às obrigações da
empresa oriundas das atividades operacionais, tais como salários a
pagar, ICMS a recolher, duplicatas a pagar, provisão para o imposto de
renda, entre outras.

A Necessidade de Capital de Giro ou Investimento Operacional em Giro


ou Necessidade de Investimento em Giro (NCG) corresponde à dife-
rença entre o ativo circulante operacional e o passivo circulante opera-
cional.

NCG = ACO – PCO

Vamos à resolução da questão:

Contas 2005 2006


Duplicatas a Receber 150.000,00 310.000,00
Estoques 200.000,00 350.000,00
Ativo Circulante Operacional 350.000,00 660.000,00

Fornecedores 160.000,00 200.000,00


Obrigações Tributárias 62.500,00 100.000,00
Obrigações Sociais 82.500,00 100.000,00
Passivo Circulante Operacional 305.000,00 400.000,00
NCG 45.000,00 260.000,00

Variação da NCG entre 2005 e 2006 = 260.000 – 45.000 = 215.000

GABARITO: C

97. A Cia. Milenium S/A utiliza freqüentemente a ferramenta Alavancagem Fi-


nanceira. Para tanto, reuniu as seguintes informações para realizar esta análi-
se:

Ativo 2006
Ativo Circulante 136.000,00
Realizável a Longo Prazo 35.000,00
Ativo Permanente 150.000,00
Ativo Total 320.000,00
Passivo 2006
Passivo de Funcionamento 40.000,00
Passivo Financeiro 80.000,00
Patrimônio Líquido 200.000,00
Passivo Total 320.000,00

Considerando-se que a empresa está aprimorando os conceitos de taxa de re-


torno, com os dados acima pode-se afirmar que o Passivo Remunerado da em-
presa, em reais, é

(a) 40.000,00

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(b) 80.000,00
(c) 120.000,00
(d) 280.000,00
(e) 320.000,00

Resolução

Mais uma questão de análise das demonstrações contábeis. Vou resolver, mas
não cai na sua prova para o ICMS/RJ.

Vamos ao conceito:

Passivo Remunerado = Passivo Financeiro + Patrimônio Líquido

Passivo Remunerado = 80.000 + 200.000 = 280.000

GABARITO: D

98. Dados extraídos do orçamento da Cia. Alvorada S/A.

• Projeção de vendas para o período de janeiro a abril de 2007, em reais.

Janeiro 50.000,00
Fevereiro 80.000,00
Março 60.000,00
Abril 50.000,00

• Para atender a essas vendas a empresa pretende manter, em cada mês, um


estoque básico de R$ 20.000,00 mais 80% do Custo dos Produtos Vendidos
(CPV) do mês seguinte.

• O CPV representa, em média, 70% das vendas.

Considerando-se, apenas, os dados acima, o lucro bruto acumulado projetado


para abril de 2007, em reais, será de

(a) 48.000,00
(b) 60.000,00
(c) 65.800,00
(d) 72.000,00
(e) 73.600,00

Resolução

Muito boa questão de lucro projetado.

Vamos à resolução:

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Receita Bruta de Vendas
(-) Deduções de Vendas (não há deduções)
Receita Líquida de Vendas
(-) CPV
Lucro Bruto

Vendas CPV = 70% x Vendas Lucro Bruto


Janeiro 50.000,00 35.000,00 15.000,00
Fevereiro 80.000,00 56.000,00 24.000,00
Março 60.000,00 42.000,00 18.000,00
Abril 50.000,00 35.000,00 15.000,00
Lucro Bruto Projetado Acumulado 72.000,00

GABARITO: D

99. A Cia. América S/A vendeu, no exercício de 2006, o montante de


R$15.000.000,00, sendo 40% à vista e o restante a prazo. A empresa conce-
deu, nas vendas a prazo, em média, 30 dias para os clientes quitarem suas
duplicatas. As projeções para o exercício de 2007 estão considerando um au-
mento no prazo oferecido aos clientes para 45 dias, o que deverá aumentar as
vendas totais em 10%, sendo mantido o mesmo valor em reais das vendas à
vista. Considerando-se apenas as informações acima, o investimento marginal
em Duplicatas a Receber que a empresa terá de fazer mensalmente, em reais,
será de

(a) 562.500,00
(b) 750.000,00
(c) 900.000,00
(d) 1.312.500,00
(e) 1.500.000,00

Resolução

Também uma questão improvável de cair na sua prova, mas, mesmo assim,
vou resolvê-la:

Exercício de 2006:
Receita de Vendas = 15.000.000
Vendas à Vista = 40% x 15.000.000 = 6.000.000
Vendas a Prazo (Duplicatas a Receber) = 60% x 15.000.000 = 9.000.000
Prazo de Pagamento = 30 dias

Exercício de 2007:
Receita de Vendas Projetado = 15.000.000 + 10% x 15.000.000 = 16.500.000
Vendas à Vista = 6.000.000 (mantido o mesmo valor em reais)
Vendas a Prazo (Dup. a Receber) = 16.500.000 – 6.000.000 = 10.500.000
Prazo de Pagamento = 45 dias

Giro das Duplicatas a Receber (2007) = 360 dias/45 dias = 8


Giro das Duplicatas a Receber (2006) = 360 dias/30 dias = 12

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Investimento Médio em Duplicatas a Receber (IMDR) = Vendas a Prazo/Giro

IMDR (2006) = 9.000.000/12 = 750.000


IMDR (2007) = 10.500.000/8 = 1.312.500

Investimento Marginal em Duplicatas a Receber = 1.312.500 – 750.000

Investimento Marginal em Duplicatas a Receber = 562.500

GABARITO: A

100. Um empresário possui um capital de R$ 800.000,00 e pretende abrir uma


loja de componentes de áudio e vídeo. Analisando essa alternativa, verificou
que precisará investir 60% desse capital em ativo fixo e o restante, em finan-
ciamento do capital de giro, projetando para o final de 1(ano) ano uma Receita
Líquida de R$ 2.000.000,00, custos totais (fixos + variáveis) de R$
750.000,00, despesas administrativas de R$1.000.000,00 e a incidência da alí-
quota de 25%, a título de Imposto de Renda.

Considerando-se um custo de oportunidade de 22,5% líquidos ao ano, o resul-


tado real que o empresário deverá obter nesse ano, em reais, será

(a) 2.500,00
(b) 7.500,00
(c) 62.500,00
(d) 180.000,00
(e) 187.500,00

Resolução

I – Cálculo do Lucro Projetado

Capital = 800.000
Ativo Fixo = 60% x 800.000 = 480.000
Financiamento de Capital de Giro = 40% x 800.000 = 320.000

Receita Líquida Projetado = 2.000.000


Custo Totais (Fixos + Variáveis) = 750.000
Despesas Administrativas = 1.000.000

Lucro Antes do IR = 2.000.000 – 750.000 – 1.000.000 = 250.000


Provisão para o IR = 25% x 250.000 = 62.500

Lucro Projetado = 250.000 – 62.500 = 187.500

II – Custo de Oportunidade = 22,5% Líquidos

Custo de Oportunidade = 22,5% x Capital Investido =>

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Custo de Oportunidade = 22,5% x 800.000 = 180.000

III – Cálculo do Resultado Real:

Resultado Real = Lucro Projetado – Custo de Oportunidade =>


 Resultado Real = 187.500 – 180.000 = 7.500

GABARITO: B

101. Qual o órgão internacional e independente que, atualmente, estuda os


padrões contábeis mundiais, visando a estabelecer uma harmonização de pro-
cedimentos válida para os países membros?

(a) FASB – Financial Accouting Standards Board.


(b) IOSCO – International of Securities Comiission.
(c) IASB – International Accouting Standards Board.
(d) IFAC – International Federation of Accoutants.
(e) OECD – Organization for Economic Cooperation and Development.

Resolução

IASB => órgão internacional e independente que, atualmente, estuda


os padrões contábeis mundiais, visando a estabelecer uma harmoniza-
ção de procedimentos válida para os países membros.

GABARITO: C

102. Um dos critérios analisados pelos órgãos internacionais de contabilidade


diz respeito aos gastos com pesquisa e desenvolvimento. Qual o tratamento
contábil internacional recomendado para esses gastos?

(a) Deverão ser capitalizados como Ativo e amortizados durante o período es-
perado de futuros benefícios econômicos, não superiores a 10 anos.
(b) Deverão ser capitalizados como Ativo e amortizados durante o período es-
perado de benefícios futuros, sendo o prazo dos gastos com pesquisa de 5 a-
nos, e o de gastos com desenvolvimento, de até 10 anos.
(c) Devem ser levados a resultado do exercício imediatamente, quando incorri-
dos, em razão da incerteza dos benefícios econômicos futuros.
(d) Os gastos com pesquisa deverão ser capitalizados como Ativo durante o
período mínimo de 5 anos, enquanto os gastos com desenvolvimento deverão
ser levados a resultado, tão logo tenham sido incorridos.
(e) Os gastos com pesquisa deverão ser reconhecidos como Despesa do Exer-
cício, quando incorridos, e os gastos com desenvolvimento poderão ser capita-
lizados no Ativo, se atendidas certas condições.

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Resolução

De acordo com os órgãos internacionais de contabilidade, temos os seguintes


procedimentos:

- Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa (ou da fase de pesquisa de


um projeto interno) deve ser reconhecido. Os gastos com pesquisa (ou da
fase de pesquisa de um projeto interno) devem ser reconhecidos como
despesa quando incorridos.

- Um ativo intangível resultante de desenvolvimento (ou da fase de


desenvolvimento de um projeto interno) deverá ser reconhecido so-
mente se a entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir e-
numerados:

(a) a viabilidade técnica para completar o ativo intangível de forma que ele
seja disponibilizado para uso ou venda.

(b) sua intenção de completar o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo.

(c) sua capacidade para usar ou vender o ativo intangível.

(d) a forma como o ativo intangível gerará benefícios econômicos futuros.


Entre outras coisas, a entidade deverá demonstrar a existência de um mercado
para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso
este se destine ao uso interno, a sua utilidade.

(e) a disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos ade-


quados para concluir o desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível.

(f) sua capacidade de mensurar com segurança o gastos atribuíveis ao ativo


intangível durante seu desenvolvimento.

GABARITO: E

103. Em 2007, a Cia. Zarca S/A, tributada pelo lucro real, antes de fazer a sua
declaração anual do Imposto de Renda ano base 2006, fez as seguintes anota-
ções de despesas incluídas na apuração do resultado do exercício, em reais,
evidenciadas na Demonstração do Resultado, encerrado em 31/12/06:

Despesa de:
Brindes ....................................................... 10.000,00
Provisão para Devedores Duvidosos ou
Créditos de Liquidação Duvidosa.................... 50.000,00
Provisão para Perdas em Processos
Trabalhistas .................................................. 20.000,00

Considerando-se os aspectos técnicos conceituais e a legislação tributária do


Imposto de Renda, o valor de adições temporárias, a ser incluído no LALUR,
para determinação do lucro real, em reais, é

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(a) 20.000,00
(b) 30.000,00
(c) 60.000,00
(d) 70.000,00
(e) 80.000,00

Resolução

De acordo com o Regulamento do Imposto de Renda, são exemplos de despe-


sas indedutíveis para fins de apuração do lucro real (adições ao lucro líquido):

- custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quais-


quer outros valores deduzidos do lucro líquido que, de acordo com a
legislação tributária, não sejam dedutíveis na determinação do lucro
real. São exemplos: resultados negativos de equivalência patrimonial,
custo e despesas não dedutíveis, como as provisões para créditos de
liquidação duvidosa.

- resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na


apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, devam
ser computados na determinação do lucro real. São exemplos: ajustes decor-
rentes de aplicação de métodos de preços de transferência, lucros auferidos
por controladas e coligadas domiciliadas no exterior.

- ressalvadas as disposições especiais da legislação tributária, as quantias tira-


das dos lucros ou de quaisquer fundos ainda não tributados para aumento do
capital, para distribuição de quaisquer interesses ou destinadas a reservas,
quaisquer que sejam as designações que tiverem, inclusive lucros suspensos e
lucros acumulados;

- os pagamentos efetuados à sociedade civil quando esta for controlada, direta


ou indiretamente, por pessoas físicas que sejam diretores, gerentes, controla-
dores da pessoa jurídica que pagar ou creditar os rendimentos, bem como pelo
cônjuge ou parente de primeiro grau das referidas pessoas;

- os encargos de depreciação, apropriados contabilmente, correspondentes ao


bem já integralmente depreciado em virtude de gozo de incentivos fiscais pre-
vistos na legislação tributária;

- as perdas incorridas em operações iniciadas e encerradas no mesmo dia


(day-trade), realizadas em mercado de renda fixa ou variável;

- as despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores, ressal-


vada a hipótese em que são consideradas salário indiretos;

- as contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros e


planos de saúde, e benefícios complementares assemelhados aos da previdên-
cia social, instituídos em favor de empregados e dirigentes da pessoa jurídica;

- as doações, exceto as referidas nos art. 365 e 371 do RIR/99;

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- as despesas com brindes;

- o valor da contribuição social sobre o lucro líquido, registrado como custo ou


despesa operacional;

- as perdas apuradas nas operações realizadas nos mercados de renda variável


e de swap, que excederem os ganhos auferidos nas mesmas operações.

Ou seja, no caso da questão, todas as despesas informadas são indedutíveis e


deverão ser adicionadas ao lucro real:

Brindes ....................................................... 10.000,00


Provisão para Devedores Duvidosos ou
Créditos de Liquidação Duvidosa.................... 50.000,00
Provisão para Perdas em Processos
Trabalhistas .................................................. 20.000,00
Total de Adições 80.000,00

E aí? A alternativa “e” é a correta? Não. ATENÇÃO!!! Pois a questão fa-


la em adições temporárias. Neste caso, devem ser incluídas somente
as provisões como adições temporárias, pois, se as perdas realmente
ocorrerem (devedores duvidosos e processos trabalhistas), elas serão
dedutíveis.

Logo, as adições temporárias são:

Provisão para Devedores Duvidosos ou


Créditos de Liquidação Duvidosa.................... 50.000,00
Provisão para Perdas em Processos
Trabalhistas .................................................. 20.000,00
Total de Adições Temporárias 70.000,00

GABARITO: D

Bons estudos a todos e até a próxima aula,

Moraes Junior

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Prova 6. Ciências Contábeis - BNDES – 2008 - CESGRANRIO

Lista de Questões Comentadas Nesta Aula

78. O princípio da oportunidade refere-se, simultaneamente, à tempestividade


e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando
que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independente das
causas que originaram as mutações. Como resultado da observância desse
princípio, a norma determina que

(a) o Patrimônio da entidade não deve ser confundido com aqueles dos seus
sócios ou proprietários, no caso de sociedade, instituição ou, ainda, fundação.
(b) o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de
somente existir razoável certeza de sua ocorrência, desde que tecnicamente
estimável.
(c) o reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas,
deverá se aplicar em conseqüência natural do respeito ao período em que o-
correr sua geração.
(d) o valor original do bem deve ser mantido enquanto o componente perma-
necer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste.
(e) o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento
dos passivos, especialmente quando da extinção da entidade, deve ter prazo
determinado, previsto ou previsível.

79. A Legislação Fiscal (art. 425 RIR/99) determina: “O ganho ou a perda de


capital na alienação ou liquidação de investimento será determinado com base
no valor contábil”. Em 2006, a Cia. Beta negociou sua participação acionária na
Cia. X, apresentando as seguintes informações relativas a essa operação:

Preço de venda R$ 3.000.000,00


Valor patrimonial R$ 2.000.000,00
Ágio não amortizado R$ 200.000,00
Provisão para perdas (R$ 500.000,00)

Em vista disso, a operação acima gerou para a empresa um(a)

(a) ganho de R$ 1.500.000,00.


(b) ganho de R$ 1.300.000,00.
(c) ganho de R$ 300.000,00.
(d) perda de R$ 500.000,00.
(e) perda de R$ 1.700.000,00.

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80. A Lei no 6.404/76 definiu que, no Ativo, as contas serão classificadas, no
Balanço Patrimonial, em ordem decrescente de grau de liquidez e, no Passivo,
em ordem decrescente de prioridade de pagamento das exigibilidades. Coeren-
te com essa determinação, o grupo Resultados de Exercícios Futuros deve ser
classificado no Balanço Patrimonial:

(a) no Patrimônio Líquido, por representar um montante que, necessariamen-


te, transitará em resultados em algum momento futuro.
(b) antes do Passivo Exigível a longo prazo, em virtude de representar obriga-
ções sem data certa de realização.
(c) entre as exigibilidades, por representar uma obrigação a ser realizada pela
empresa em futuro incerto e não sabido.
(d) entre o Exigível a longo prazo e o Patrimônio Líquido, por não representar
qualquer obrigação por parte da empresa nem constituir parte integrante de
seu Patrimônio Líquido.
(e) entre o Passivo Circulante e o Exigível a longo prazo, em razão de repre-
sentar valores exigíveis em prazo incerto, proporcional ao ciclo operacional da
empresa.

81. A Cia. Alfa S/A possui diversas coligadas e controladas em várias regiões
do Brasil. Por ocasião do levantamento do Balanço Patrimonial, os investimen-
tos relevantes em coligadas e controladas, incluindo Joint Venture, deverão ser
avaliados pelo método da(o)

(a) equivalência patrimonial, ou seja, com base no valor do Patrimônio Líquido


da coligada ou controlada proporcionalmente à participação acionária.
(b) equivalência harmônica, ou seja, com base na proporção entre o valor do
Patrimônio Líquido da coligada e controlada e o valor da cotação dessas ações
nas bolsas de valores.
(c) Ebitda, isto é, o valor de mercado das ações deduzido da valorização ainda
não realizada em função da variação dos índices.
(d) Valor Econômico Agregado – VEA, considerando-se o a cotação do mercado
em comparação com o valor patrimonial das ações.
(e) custo de aquisição deduzido de perdas em decorrência de desvalorização
dos índices existentes nas bolsas de valores.

82. Dados extraídos das demonstrações contábeis da Cia. Delta S/A, em reais.

Ativo 2005 2006


Caixa 60.000,00 75.000,00
Bancos 120.000,00 155.000,00
Duplicatas a Receber 260.000,00 470.000,00
Estoques 380.000,00 650.000,00
Ativo Circulante 820.000,00 1.350.000,00
Realizável LP 129.500,00 170.000,00
Investimentos 700.000,00 900.000,00
Imobilizado Líquido 1.400.000,00 1.700.000,00
Diferido Líquido 300.000,00 355.000,00
Ativo Permanente 2.400.000,00 2.955.000,00
Total Ativo 3.349.500,00 4.475.000,00

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Passivo 2005 2006
Fornecedores 370.000,00 535.000,00
Impostos a Pagar 75.000,00 167.500,00
Salários a Pagar 99.500,00 222.000,00
Duplicatas a Pagar 85.000,00 125.500,00
Passivo Circulante 629.500,00 1.050.000,00
Exigível LP 210.000,00 295.000,00
Capital Social 1.400.000,00 2.400.000,00
Reserva de Capital 800.000,00 200.000,00
Reserva Legal 70.000,00 95.000,00
Reserva Estatutária 85.000,00 285.000,00
Reserva de Contingências 105.000,00 115.000,00
Lucros Acumulados 50.000,00 35.000,00
Patrimônio Líquido 2.510.000,00 3.130.000,00
Total do Passivo 3.349.500,00 4.475.000,00

Informações adicionais:
• Aumento de capital:
R$ 600.000.00 = incorporação de reserva de capital;
R$ 400.000,00 = aporte de capital pelos acionistas;

• Reversão de Reservas de Contingências: R$ 70.000,00;

• Lucro Líquido do exercício: R$ 500.000,00;

• Depreciação do período: R$ 320.000,00;

• Amortização do diferido: R$ 120.000,00;

• Proposta da diretoria para distribuição do Lucro Líquido:


• Reserva Legal R$ 25.000,00
• Reserva Estatutária R$ 200.000,00
• Reserva para Contingência R$ 80.000,00
• Dividendos R$ 280.000,00

Com base nos dados acima, pode-se afirmar que, na elaboração da Demons-
tração de Origens e Aplicações de Recursos, o total de origens, em reais, é

(a) 1.425.000,00
(b) 1.315.500,00
(c) 1.180.000,00
(d) 1.095.000,00
(e) 1.085.500,00

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83. Quando da constituição da sociedade anônima, um dos acionistas subscre-
veu 1.150.000 ações, com valor nominal de R$ 1,00, para integralização em
equipamentos aos quais ele atribuiu, em documento endereçado à Assembléia
Geral, o valor de R$ 1.145.000,00.

A Assembléia Geral de subscritores nomeou uma empresa especializada que,


em laudo fundamentado, avaliou o conjunto de equipamentos em R$
1.160.000,00. A Assembléia Geral aprovou o valor dos equipamentos em R$
1.148.000,00.

Considerando as determinações da Lei n o 6.404/76, com nova redação dada


pelas Leis nos 9.457/97 e 10.303/01, a integralização do capital deve ser con-
siderada pelo valor, em reais, de

(a) 1.145.000,00, atribuído pelo subscritor.


(b) 1.148.000,00, aprovado pela assembléia geral.
(c) 1.150.000,00, sendo a diferença, de R$ 10.000,00, ressarcida ao subscri-
tor.
(d) 1.150.000,00, sendo esse valor atribuído aos equipamentos, não havendo
ressarcimento.
(e) 1.160.000,00, sendo a diferença, de R$ 10.000,00, considerada como ágio
na subscrição.

84. A Comercial de Papéis S/A, em dezembro de 2006, praticou os seguintes


atos:

• venda de veículo do Imobilizado, para acionista, por R$ 80.000,00, venci-


mento 30/06/07;
• venda de condicionador de ar do Imobilizado, para empregado, por R$
50.000,00, vencimento 30/06/07;
• venda de mercadoria, para sociedade controlada, por R$ 120.000,00, venci-
mento 30/06/07;
• adiantamento de R$ 60.000,00 a empregados, a título de 13º salário, venci-
mento 20/11/07;
• adiantamento de R$ 40.000,00 a diretores, vencimento 20/11/07;
• venda de imóvel do Ativo Permanente/Investimentos, para sociedade coliga-
da, para pagamento em 4 parcelas de R$ 250.000,00, com vencimento para
30/06/07; 30/12/07; 30/06/08 e 30/12/08.

Considerando, exclusivamente, as informações recebidas e as determinações


da Lei das Sociedades por Ações, no balanço de 31/12/06, os direitos a rece-
ber, classificados no Ativo Realizável a Longo Prazo, atingiram, em reais, o
montante de

(a) 500.000,00
(b) 620.000,00
(c) 1.120.000,00
(d) 1.240.000,00
(e) 1.290.000,00

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85. Informação parcial da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
da Cia. Gama S/A, referente aos saldos finais apresentados no grupo do Patri-
mônio Líquido, no Balanço de 31/12/05.

Itens Capital Res. De Reserva de Lucros Lucro Total


Capital Acum.
Legal Estatut. Conting.
Saldo em 2.000.000 1.050.000 200.000 250.000 150.000 15.000 3.665.000
31/12/2005
Aumento de
Capital
Reversão
Reserva
L. Líquido
Exercício
Proposta Dis-
tribuição do
Lucro
Reservas
Dividendos
Saldo em
31/12/2006

Durante o exercício de 2006 ocorreram as seguintes situações:


• aumento de capital proveniente de transferência de reservas de capital no
valor de R$ 500.000,00 e aporte de capital por parte dos sócios de R$
500.000,00;
• reversão de reserva de contingência estabelecida em função de perdas pos-
síveis em matéria-prima que efetivamente ocorreram no exercício de 2006 no
valor de R$ 100.000,00;
• Lucro Líquido do exercício no montante de R$ 300.000,00;
• distribuição de lucros em forma de reserva:
• Reserva legal = percentual determinado pela lei
• Reserva estatutária = R$ 100.000,00
• Reserva para contingência = 80% do valor da reserva revertida
• proposta para dividendos = R$ 0,08 por ação.

Sabendo-se que a Cia. Gama S/A só possui ações ordinárias, cujo valor nomi-
nal em 31/12/06 era de R$ 1,20, o saldo da coluna Lucros ou Prejuízos Acu-
mulados, em 31/12/06, considerando exclusivamente as informações recebi-
das, em reais, é

(a) 15.000,00
(b) 20.000,00
(c) 35.000,00
(d) 40.000,00
(e) 115.000,00

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86. Informações sintéticas da Cia. Fortim S/A, em 31/08/06, em reais.

Ativo Circulante 150.000,00


Ativo Realizável a Longo Prazo 50.000,00
Ativo Permanente 300.000,00
Investimentos 50.000,00
Imóveis 220.000,00
Móveis e Utensílios 30.000,00
Total 500.000,00

Passivo Circulante 130.000,00


Passivo Exigível a Longo Prazo 44.000,00
Patrimônio Líquido 326.000,00
Capital 200.000,00
Reservas de Capital 90.000,00
Reserva Legal 36.000,00
Total 500.000,00

A Cia. Fortim, que estuda a possibilidade de captar recursos com o lançamento


de debêntures, quer saber qual o valor máximo que poderá emitir, de tais títu-
los de crédito, utilizando a melhor das alternativas estabelecidas pela Lei das
Sociedades Anônimas, incluindo garantia flutuante e garantia real, esta consti-
tuída pelos seus bens imóveis.

Considerando a inexistência de gravame sobre os ativos ou de dívidas garanti-


das por direitos reais, e que as garantias serão oferecidas de forma isolada, o
valor máximo para emissão de debêntures, em reais, é

(a) 176.000,00
(b) 200.000,00
(c) 220.000,00
(d) 240.000,00
(e) 350.000,00

87. A Deliberação CVM no 207/96, de 13/12/96, estabelece que as companhias


de capital aberto, ao pagarem juros sobre o capital próprio, devem elaborar
uma nota explicativa às demonstrações financeiras e às informações trimes-
trais, onde deverão ser informados os critérios utilizados para determinação
desses juros, as políticas adotadas para sua distribuição, o montante do Im-
posto de Renda incidente e, quando aplicável, os seus efeitos sobre os dividen-
dos obrigatórios.

A mesma Deliberação estabelece, também, que, caso a companhia opte, para


atender à legislação tributária, por contabilizar os juros pagos ou creditados
como despesa financeira, deverá

(a) emitir nota explicativa própria para informar o valor dos juros sobre o capi-
tal próprio e a conta ou contas patrimoniais utilizadas para registrar tais valo-
res.

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(b) evidenciar o valor dos juros pagos ou creditados, em conta específica da
Demonstração do Resultado, em linha própria das Despesas Financeiras Líqui-
das.
(c) reverter o valor e o registro contábil anteriormente feito, mediante crédito
na conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
(d) reverter o valor nos registros mercantis, evidenciando o mesmo na última
linha da Demonstração do Resultado, antes do saldo da conta do Lucro Líquido.
(e) reverter o valor nos registros mercantis, evidenciando o mesmo na De-
monstração do Resultado, em linha própria de Outras Despesas Operacionais.

88. A Companhia Investidora, com Patrimônio Líquido de R$ 2.000.000,00,


tendo sobra de disponibilidade, resolveu comprar, com intenção de permanên-
cia, por motivos estratégicos, ações de outra sociedade, com Patrimônio Líqui-
do de R$ 1.200.000,00, pagando R$ 96.000,00 pelas aludidas ações.

No encerramento do exercício, a Investida apurou um Lucro Líquido de R$


850.000,00, propondo a distribuição de dividendos de R$ 400.000,00, cabendo
à Investidora o dividendo a receber de R$ 32.000,00.

Considerando as informações recebidas e todas as alternativas técnicas relati-


vas ao registro e avaliação dos investimentos permanentes, compete à Inves-
tidora contabilizar

(a) R$ 32.000,00 dos dividendos, a débito do Investimento, a título de ganho.


(b) R$ 32.000,00 dos dividendos como receita operacional, em subgrupo pró-
prio.
(c) R$ 32.000,00 dos dividendos como receita financeira, em subgrupo pró-
prio.
(d) R$ 64.000,00 a débito do Investimento, a título de ganho no investimento.
(e) R$ 68.000,00 a débito do Investimento, a título de ganho no investimento

89. Em 31/12/06, a Cia. Via, com participação de 60% no capital social da Cia.
Ápia, e a Cia. Ápia apresentaram os seguintes balanços:

Ativo Cia. Via Cia. Ápia


Ativo Circulante 136.000,00 70.000,00
Disponível 26.000,00 12.000,00
Duplicatas a Receber 70.000,00 38.000,00
Estoques 40.000,00 20.000,00

Ativo Permanente 84.000,00 15.000,00


Investimentos - Coli- 34.000,00 0,00
gadas e Controladas
Imobilizado 50.000,00 15.000,00

Total 220.000,00 85.000,00

Passivo
Passivo Circulante 110.000,00 45.000,00
Duplicatas a Pagar 76.000,00 15.000,00

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Empréstimos 34.000,00 30.000,00

Patrimônio Líquido 110.000,00 40.000,00


Capital Social 100.000,00 38.000,00
Reserva Legal 10.000,00 2.000,00

Total 220.000,00 85.000,00

Sabendo-se que as companhias não têm transações comerciais entre si, pode-
se afirmar que, no balanço consolidado, o montante do Ativo, em reais, é

(a) 206.000,00
(b) 271.000,00
(c) 281.000,00
(d) 295.000,00
(e) 305.000,00

90. O Gerente de Custos da Cia. Industrial Tamoio S/A, durante a apuração do


custo dos produtos do mês, chegou aos seguintes números, em reais:

Custos Produto A Produto B Produto C Total dos Custos


Diretos
Matéria-Prima 80.000,00 120.000,00 200.000,00 400.000,00
Mão-de-Obra 22.000,00 47.000,00 21.000,00 90.000,00
Direta
Energia Elétrica 18.000,00 23.000,00 9.000,00 50.000,00
Direta
Soma 120.000,00 190.000,00 230.000,00 540.000,00

Sabendo-se que os custos indiretos usualmente alocado aos produtos por ra-
teio, com base no custo da matéria-prima, totalizaram o valor de R$
250.000,00 no mês, pode-se afirmar que o custo total do Produto C, em reais,
é

(a) 170.000,00
(b) 265.000,00
(c) 325.000,00
(d) 355.000,00
(e) 450.000,00

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91. A Cia. Novidades S/A apresentou as seguintes informações de sua única
participação societária:

a) Demonstração do Investimento em 30/12/05, após a avaliação ao MEP, em


reais:
ATIVO PERMANENTE
INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS
Antiguidades S/A 1.800.000,00

b) Nota explicativa:
• Ações possuídas da Cia. Antiguidades: 1.290.000 Ações Ordinárias

c) Dados da Cia. Antiguidades, em 31/12/05


c1) Demonstração do Patrimônio Líquido, em 30/12/05, em reais:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 2.580.000,00
Reservas de Lucros 400.000,00
Lucros Acumulados 20.000,00

c2) Notas explicativas:


• a Companhia só emitiu ações ordinárias;
• valor nominal das ações emitidas: R$ 1,20

A Cia. Antiguidades, que no exercício encerrado em 31/12/06 apurou um Lucro


Líquido de R$ 600.000,00, fez a proposta de distribuição de dividendos no va-
lor de R$ 500.000,00 e apresentou a seguinte demonstração de seu Patrimônio
Líquido, antes do reconhecimento do lucro apurado em 2006 e de sua respec-
tiva distribuição:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital social R$ 2.580.000,00
Reservas de Reavaliação R$ 200.000,00
Reservas de Lucros R$ 400.000,00
Lucros Acumulados R$ 20.000,00

Considerando, exclusivamente, as informações recebidas e a boa técnica de


avaliação do investimento pelo Método da Equivalência Patrimonial (MEP), a
receita do investimento, avaliado ao MEP, a ser contabilizada na controladora,
Cia. Novidades, em reais, é

(a) 60.000,00
(b) 100.000,00
(c) 180.000,00
(d) 360.000,00
(e) 480.000,00

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92. Dados extraídos da análise das demonstrações contábeis elaboradas pela
Cia. Aço Forte S/A, em reais.

Índices 2005 2006


a) Participação de Capi- 610.825,00/3.665.000,00 847.310,00/4.240.000,00
tal de Terceiros: = 0,1666 = 0,1998
PCT = Capital de Tercei-
ros/Patrimônio Líquido
b) Composição do Endi- 420.825,00/610.825,00 = 530.310,00/847.310,00 =
vidamento 0,6889 0,6259
CE = Passivo Circulan-
te/Capital de Terceiros
c) Imobilização do Pa- 3.550.000,00/3.665.000,00 4.051.390,00/4.240.000,00
trimônio Líquido = 0,9685 = 0,9555
IPL = Ativo Permanen-
te/Patrimônio Líquido
d) Imobilização dos re- 3.550.000,00/3.855.000,00 4.051.390,00/4.557.000,00
cursos não correntes = 0,9209 = 0,8890
IRNC = Ativo Perma-
nente/(Patrimônio Lí-
quido + PELP)
e) Liquidez Corrente 725.825,00/420.825,00 = 1.035.920,00/530.310,00
LC = AC/PC 1.7248 = 1.9534

Com base nos dados acima, pode-se afirmar que o Capital Circulante Próprio
da Companhia, em 2006, em reais, foi

(a) 125.610,00
(b) 155.000,00
(c) 188.610,00
(d) 305.000,00
(e) 317.000,00

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93. Demonstrações contábeis publicadas pela Cia. Simões S/A, em reais.

Na Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), método direto, Atividades Opera-


cionais, o valor dos Pagamentos a Fornecedores, em reais, é

(a) 14.020,00
(b) 17.550,00
(c) 24.550,00
(d) 28.365,00
(e) 35.365,00

94. No levantamento dos custos dos produtos da Cia. Medina S/A obtiveram-
se os seguintes números, em reais:

Considerando-se o critério de margem de contribuição unitária, o produto que


apresenta maior contribuição ou lucratividade é o Modelo

(a) K
(b) L
(c) M
(d) N
(e) O

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95. A Cia. Gama S/A apresentou o seguinte quadro parcial de Análise Vertical
e Horizontal nos balanços:

Após a elaboração da Análise Horizontal (última coluna), em qual componente


desse mesmo ativo verifica-se a maior variação positiva apurada em 2006 em
relação a 2005?

(a) Duplicatas a Receber.


(b) Despesas Antecipadas.
(c) Diferido Líquido.
(d) Estoques.
(e) Imobilizado Líquido.

96. Dados extraídos das demonstrações contábeis da Cia. Ômega S/A.

Contas 2005 2006


Caixa 25.000,00 45.000,00
Bancos 105.000,00 155.000,00
Duplicatas a Receber 150.000,00 310.000,00
Estoques 200.000,00 350.000,00
Ativo Circulante 480.000,00 860.000,00

Empréstimos a Pagar 75.000,00 100.000,00


Fornecedores 160.000,00 200.000,00
Obrigações Tributárias 62.500,00 100.000,00
Obrigações Sociais 82.500,00 100.000,00
Passivo Circulante 380.000,00 500.000,00

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Com base nos dados acima, pode-se afirmar que a variação da Necessidade de
Capital de Giro – NCG entre 2005 e 2006 alcançou, em reais, o montante de

(a) 45.000,00
(b) 95.000,00
(c) 215.000,00
(d) 260.000,00
(e) 310.000,00

97. A Cia. Milenium S/A utiliza freqüentemente a ferramenta Alavancagem Fi-


nanceira. Para tanto, reuniu as seguintes informações para realizar esta análi-
se:

Ativo 2006
Ativo Circulante 136.000,00
Realizável a Longo Prazo 35.000,00
Ativo Permanente 150.000,00
Ativo Total 320.000,00
Passivo 2006
Passivo de Funcionamento 40.000,00
Passivo Financeiro 80.000,00
Patrimônio Líquido 200.000,00
Passivo Total 320.000,00

Considerando-se que a empresa está aprimorando os conceitos de taxa de re-


torno, com os dados acima pode-se afirmar que o Passivo Remunerado da em-
presa, em reais, é

(a) 40.000,00
(b) 80.000,00
(c) 120.000,00
(d) 280.000,00
(e) 320.000,00

98. Dados extraídos do orçamento da Cia. Alvorada S/A.

• Projeção de vendas para o período de janeiro a abril de 2007, em reais.

Janeiro 50.000,00
Fevereiro 80.000,00
Março 60.000,00
Abril 50.000,00

• Para atender a essas vendas a empresa pretende manter, em cada mês, um


estoque básico de R$ 20.000,00 mais 80% do Custo dos Produtos Vendidos
(CPV) do mês seguinte.

• O CPV representa, em média, 70% das vendas.

Considerando-se, apenas, os dados acima, o lucro bruto acumulado projetado


para abril de 2007, em reais, será de

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(a) 48.000,00
(b) 60.000,00
(c) 65.800,00
(d) 72.000,00
(e) 73.600,00

99. A Cia. América S/A vendeu, no exercício de 2006, o montante de


R$15.000.000,00, sendo 40% à vista e o restante a prazo. A empresa conce-
deu, nas vendas a prazo, em média, 30 dias para os clientes quitarem suas
duplicatas. As projeções para o exercício de 2007 estão considerando um au-
mento no prazo oferecido aos clientes para 45 dias, o que deverá aumentar as
vendas totais em 10%, sendo mantido o mesmo valor em reais das vendas à
vista. Considerando-se apenas as informações acima, o investimento marginal
em Duplicatas a Receber que a empresa terá de fazer mensalmente, em reais,
será de

(a) 562.500,00
(b) 750.000,00
(c) 900.000,00
(d) 1.312.500,00
(e) 1.500.000,00

100. Um empresário possui um capital de R$ 800.000,00 e pretende abrir uma


loja de componentes de áudio e vídeo. Analisando essa alternativa, verificou
que precisará investir 60% desse capital em ativo fixo e o restante, em finan-
ciamento do capital de giro, projetando para o final de 1(ano) ano uma Receita
Líquida de R$ 2.000.000,00, custos totais (fixos + variáveis) de R$
750.000,00, despesas administrativas de R$1.000.000,00 e a incidência da alí-
quota de 25%, a título de Imposto de Renda.

Considerando-se um custo de oportunidade de 22,5% líquidos ao ano, o resul-


tado real que o empresário deverá obter nesse ano, em reais, será

(a) 2.500,00
(b) 7.500,00
(c) 62.500,00
(d) 180.000,00
(e) 187.500,00

101. Qual o órgão internacional e independente que, atualmente, estuda os


padrões contábeis mundiais, visando a estabelecer uma harmonização de pro-
cedimentos válida para os países membros?

(a) FASB – Financial Accouting Standards Board.


(b) IOSCO – International of Securities Comiission.
(c) IASB – International Accouting Standards Board.
(d) IFAC – International Federation of Accoutants.
(e) OECD – Organization for Economic Cooperation and Development.

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102. Um dos critérios analisados pelos órgãos internacionais de contabilidade
diz respeito aos gastos com pesquisa e desenvolvimento. Qual o tratamento
contábil internacional recomendado para esses gastos?

(a) Deverão ser capitalizados como Ativo e amortizados durante o período es-
perado de futuros benefícios econômicos, não superiores a 10 anos.
(b) Deverão ser capitalizados como Ativo e amortizados durante o período es-
perado de benefícios futuros, sendo o prazo dos gastos com pesquisa de 5 a-
nos, e o de gastos com desenvolvimento, de até 10 anos.
(c) Devem ser levados a resultado do exercício imediatamente, quando incorri-
dos, em razão da incerteza dos benefícios econômicos futuros.
(d) Os gastos com pesquisa deverão ser capitalizados como Ativo durante o
período mínimo de 5 anos, enquanto os gastos com desenvolvimento deverão
ser levados a resultado, tão logo tenham sido incorridos.
(e) Os gastos com pesquisa deverão ser reconhecidos como Despesa do Exer-
cício, quando incorridos, e os gastos com desenvolvimento poderão ser capita-
lizados no Ativo, se atendidas certas condições.

103. Em 2007, a Cia. Zarca S/A, tributada pelo lucro real, antes de fazer a sua
declaração anual do Imposto de Renda ano base 2006, fez as seguintes anota-
ções de despesas incluídas na apuração do resultado do exercício, em reais,
evidenciadas na Demonstração do Resultado, encerrado em 31/12/06:

Despesa de:
Brindes ....................................................... 10.000,00
Provisão para Devedores Duvidosos ou
Créditos de Liquidação Duvidosa.................... 50.000,00
Provisão para Perdas em Processos
Trabalhistas .................................................. 20.000,00

Considerando-se os aspectos técnicos conceituais e a legislação tributária do


Imposto de Renda, o valor de adições temporárias, a ser incluído no LALUR,
para determinação do lucro real, em reais, é

(a) 20.000,00
(b) 30.000,00
(c) 60.000,00
(d) 70.000,00
(e) 80.000,00

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GABARITO – AULA 05:

78 – B
79 – B
80 – D
81 – A
82 – A
83 – A
84 – C
85 – B
86 – E
87 – D
88 – B
89 – C
90 – D
91 – D
92 – C
93 – C
94 – E
95 – E
96 – C
97 – D
98 – D
99 – A
100 – B
101 – C
102 – E
103 – D

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Bibliografia

Lei das Sociedades Anônimas com as alterações trazidas pela Lei n o 11.638/07.

FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade Avançada e Intermediária. Rio de Janeiro.


Editora Ferreira.

FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade Básica. 3 a Edição. Rio de Janeiro. Editora


Ferreira. 2004.

FIPECAFI, Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações (aplicável as


demais sociedades). 6a Edição. São Paulo. Editora Atlas. 2003.

LUIZ FERRARI, Ed. Contabilidade Geral – Série Provas e Concursos. 5a Edição.


3a Tiragem. Elsevier Editora. 2005.

MOURA RIBEIRO, Osni. Contabilidade Geral Fácil – Para cursos de contabilida-


de e concursos em geral. 4a Edição. 4a Tiragem (2005). São Paulo. Editora Sa-
raiva. 2002.

VICECONTI, Paulo Eduardo Vilchez & NEVES, Silvério das. Contabilidade Avan-
çada e Análise das Demonstrações Financeiras. 12 a Edição. São Paulo. Editora
Frase. 2003.

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