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PROVAS
1. Noção
2. Princípios
3. Objetivo da Prova
4. Ônus da prova
SÚMULAS RELACIONADAS
Súmula 16: Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua
postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui
ônus de prova do destinatário.
Súmula 6, VII: É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou
extintivo da equiparação salarial.
Súmula 212: O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a
prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da
continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.
Súmula 254: O termo inicial do direito ao salário-família coincide com a prova da
filiação. Se feita em juízo, corresponde à data de ajuizamento do pedido, salvo se
comprovado que anteriormente o empregador se recusara a receber a respectiva
certidão.
5. Meios de Prova
· Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não
especificados no CPC, são hábeis para provar a verdade dos fatos em que se funda a
ação ou a defesa (art. 332 do CPC).
· São meios de prova: o depoimento pessoal das partes, as testemunhas, os
documentos, as perícias e a inspeção judicial.
· O depoimento pessoal é meio de prova e não prova. Prova é a confissão da parte
por intermédio do depoimento pessoal.
PROVAS NA CLT
Art. 818 - A prova das alegações incumbe à parte que as fizer.
Art. 819 - O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua
nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou presidente.
§ 1º - Proceder-se-á da forma indicada neste artigo, quando se tratar de surdo-
mudo, ou de mudo que não saiba escrever.
§ 2º - Em ambos os casos de que este artigo trata, as despesas correrão por conta da
parte a que interessar o depoimento.
Art. 820 - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente,
podendo ser reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento dos vogais, das partes,
seus representantes ou advogados.
Art. 821 - Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas,
salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6
(seis). (Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946)
Art. 822 - As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao
serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente
arroladas ou convocadas.
Art. 823 - Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em hora
de serviço, será requisitada ao chefe da repartição para comparecer à audiência marcada.
Art. 824 - O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma
testemunha não seja ouvido pelas demais que tenham de depor no processo.
Art. 825 - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de
notificação ou intimação.
Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a
requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do
art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.
Art. 826 - É facultado a cada uma das partes apresentar um perito ou técnico. (Vide
Lei nº 5.584, de 1970)
Art. 827 - O juiz ou presidente poderá argüir os peritos compromissados ou os
técnicos, e rubricará, para ser junto ao processo, o laudo que os primeiros tiverem
apresentado.
Art. 828 - Toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será qualificada,
indicando o nome, nacionalidade, profissão, idade, residência, e, quando empregada, o
tempo de serviço prestado ao empregador, ficando sujeita, em caso de falsidade, às leis
penais.
Parágrafo único - Os depoimentos das testemunhas serão resumidos, por ocasião
da audiência, pelo secretário da Junta ou funcionário para esse fim designado, devendo
a súmula ser assinada pelo Presidente do Tribunal e pelos depoentes.
Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou
inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá
como simples informação.
Art. 830 - O documento oferecido para prova só será aceito se estiver no original
ou em certidão autêntica, ou quando conferida a respectiva pública-forma ou cópia
perante o juiz ou Tribunal.
DEPOIMENTO PESSOAL
· É a declaração prestada pelo autor e pelo réu perante o juiz, sobre os fatos objeto
da lide.
· A instrução processual começa com o interrogatório dos litigantes, a
requerimento do juiz (art. 828, CLT).
· A CLT consagrou o sistema do interrogatório e não do depoimento pessoal
propriamente dito, sendo o interrogatório do juiz e não da parte, no qual o magistrado
pretende esclarecimentos sobre os fatos da causa, em busca da verdade real.
CPC
Art. 342. O juiz pode, de ofício, em qualquer estado do processo, determinar o
comparecimento pessoal das partes, a fim de interrogá-las sobre os fatos da causa.
Art. 343. Quando o juiz não o determinar de ofício, compete a cada parte requerer o
depoimento pessoal da outra, a fim de interrogá-la na audiência de instrução e
julgamento.
§ 1o A parte será intimada pessoalmente, constando do mandado que se
presumirão confessados os fatos contra ela alegados, caso não compareça ou,
comparecendo, se recuse a depor.
§ 2o Se a parte intimada não comparecer, ou comparecendo, se recusar a depor, o
juiz Ihe aplicará a pena de confissão.
Art. 344. A parte será interrogada na forma prescrita para a inquirição de testemunhas.
Parágrafo único. É defeso, a quem ainda não depôs, assistir ao interrogatório da
outra parte.
Art. 345. Quando a parte, sem motivo justificado, deixar de responder ao que Ihe for
perguntado, ou empregar evasivas, o juiz, apreciando as demais circunstâncias e
elementos de prova, declarará, na sentença, se houve recusa de depor.
Art. 346. A parte responderá pessoalmente sobre os fatos articulados, não podendo
servir-se de escritos adrede preparados; o juiz Ihe permitirá, todavia, a consulta a notas
breves, desde que objetivem completar esclarecimentos.
Art. 347. A parte não é obrigada a depor de fatos:
I - criminosos ou torpes, que Ihe forem imputados;
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.
Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de filiação, de desquite e
de anulação de casamento.
Confissão
· Conceito: é a admissão da verdade de um fato que é contrário ao interesse da
parte e favorável ao adversário.
· A confissão é considerada a rainha das provas.
· Pode ser obtida em depoimento pessoal ou feita por procurador com poderes
expressos para tanto.
· A confissão poderá ser real ou ficta.
· Aplica-se a confissão ficta a quem comparece e se recusa a depor ou a responder
às perguntas que lhe são formuladas, ou também a quem não comparece para depor.
· A parte, porém, não está obrigada a depor sobre fatos: criminosos ou torpes, que
lhe forem imputados; a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo, como
ocorre com o advogado.
CONFISSÃO NO CPC
Art. 348. Há confissão, quando a parte admite a verdade de um fato, contrário ao seu
interesse e favorável ao adversário. A confissão é judicial ou extrajudicial.
Art. 349. A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada. Da confissão
espontânea, tanto que requerida pela parte, se lavrará o respectivo termo nos autos; a
confissão provocada constará do depoimento pessoal prestado pela parte.
Parágrafo único. A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte, ou por
mandatário com poderes especiais.
Art. 350. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia,
os litisconsortes.
Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos sobre
imóveis alheios, a confissão de um cônjuge não valerá sem a do outro.
Art. 351. Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos
indisponíveis.
Art. 352. A confissão, quando emanar de erro, dolo ou coação, pode ser revogada:
I - por ação anulatória, se pendente o processo em que foi feita;
II - por ação rescisória, depois de transitada em julgado a sentença, da qual
constituir o único fundamento.
Parágrafo único. Cabe ao confitente o direito de propor a ação, nos casos de que
trata este artigo; mas, uma vez iniciada, passa aos seus herdeiros.
Art. 353. A confissão extrajudicial, feita por escrito à parte ou a quem a represente, tem
a mesma eficácia probatória da judicial; feita a terceiro, ou contida em testamento, será
livremente apreciada pelo juiz.
Parágrafo único. Todavia, quando feita verbalmente, só terá eficácia nos casos em
que a lei não exija prova literal.
Art. 354. A confissão é, de regra, indivisível, não podendo a parte, que a quiser invocar
como prova, aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que Ihe for desfavorável.
Cindir-se-á, todavia, quando o confitente Ihe aduzir fatos novos, suscetíveis de
constituir fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.
PERÍCIA
1. Noção
· Faltando conhecimento especializado ao juiz, este indica um técnico que possa
fazer o exame dos fatos objeto da causa, transmitindo esses conhecimentos ao
magistrado, por meio de um parecer. Eis a perícia.
· Perito é a pessoa que faz o exame dos fatos dos quais o juiz não tem
conhecimento técnico: a perícia.
· Os exames periciais serão realizados por perito único designado pelo juiz, que
fixará o prazo para a entrega do laudo.
· A perícia pode ser:
a) Exame, em que é feita inspeção de pessoas, coisas, ou semoventes;
b) Vistoria, em que o perito inspeciona terrenos, prédios, locais;
c) Avaliação, em que o perito estima o valor de coisas móveis e imóveis.
ü No processo do trabalho, a avaliação dos bens penhorados é feita pelo oficial de
justiça avaliador.
2. Particularidades
· A perícia por insalubridade ou periculosidade poderá ser feita tanto por médico
como por engenheiro (art. 195, CLT), e pode ser feita ex officio pelo juiz da causa.
· A perícia de cálculos pode ser feita por qualquer pessoa, não necessitando aquela
ser contador; pode, portanto, ser feita por economista, administrador de empresas,
engenheiro, matemático, estatísticos, etc. Quando a perícia envolver o exame de escrita,
balanço, escrituração contábil somente poderá ser feita por contador ou auditor.
· Custo da Perícia: Em regra, o ônus é do empregador.
PROVA DOCUMENTAL
1. Noção
2. Classificação
· Quanto à origem:
a) Documento Público: quando feito perante um agente público.
b) Documento Particular: feito entre as partes.
3. Valor probatório
· Se for documento público presume-se autêntico, tem fé pública.
· Os particulares só se presumem verdadeiros quando devidamente subscritos por
ambas as partes.
· A fé pública pode ser contestada.
4. Produção da prova
· Ônus para provar a veracidade do documento é de quem apresentada (assinatura)
· Se for o conteúdo, o ônus é de quem alega.
· Em regra, a prova documental deve ser apresentada o mais breve possível, nas
pecas postulatórias.
· Exceção: a) por motivo de força maior não o fez; b) surgimento de um fato novo;
e c) contra-prova.
Ø Exibição de Documentos
INSPEÇÃO JUDICIAL
RESPOSTA DO RÉU
1. Introdução
· Processo é debate, dialética, argumentação.
· A defesa a ser realizado pelo reclamado, pode ser assim dividida:
a) Indireta
· De Mérito: fulmina o direito em sua origem.
Ex: prescrição e decadência.
· Processual: ataca a relação processual ou o direito de ação.
Ex: Exceção.
b) Direta: ataca o Mérito propriamente dito. Ataca os fatos.
CONTESTAÇÃO
1. Noção
· É um ato processual que o demandado apresenta sua versão ou se opõe a lide.
· Onde o demandado apresenta sua versão sobre os fatos da causa.
2. Princípios Informadores
a) Da Impugnação Específica:
· Toda afirmação do autor, deve ser impugnada, sob pena de ser reputado como
verdade, ou seja, de serem considerados incontroversos, sem a necessidade de ser
provados.
b) Da Eventualidade
· Toda matéria defensiva deve ser apresentada na contestação, sob pena de
preclusão.
· Todos os argumentos possíveis dever ser opostos de imediato.
3. Forma
· A regra é que seja escrita, apesar de ser admitida a oral em audiência.
· Não existe prorrogação de prazo na forma oral.
4.1. Prescrição
Consiste a prescrição na perda da pretensão ao direito, em virtude da inércia de seu
titular no decorrer de certo período.
Havendo lesão, o prazo é prescricional. Tratando-se de faculdade, o prazo é
decadencial.
O reconhecimento da prescrição gera efeitos processuais, isto é, a sua
operacionalização. Entretanto, trata-se de direito material.
Consuma-se a prescrição com o decurso do prazo previsto em lei, sendo regulada pela
lei em vigor no momento dessa consumação.
A prescrição é fato extintivo do direito do autor, podendo ser conhecida de ofício pelo
juiz.
A prescrição pode ser total ou parcial.
A citação válida interrompe a prescrição (art. 219 do CPC). Entretanto, no processo do
trabalho não há despacho determinado a citação, que é feita automaticamente pela
secretaria da Vara. Assim, entende-se que a propositura da ação interrompe a
prescrição, independentemente do tempo que se leva para se proceder à citação.
A interrupção da prescrição retroagirá à data da propositura da ação (art. 219, CPC).
4.2. Decadência
· A decadência consiste na perda do próprio direito, em razão de este não ter sido
exercitado no prazo legal.
· Pode ser também conhecida de ofício, quando estabelecida em lei.
· A decadência deve ser alegada como preliminar de mérito na defesa, extinguindo-
se o processo sem julgamento de mérito, caso em acolhida (art. 269, IV, do CPC).
· A decadência, ao contrário da prescrição, não se interrompe e nem se suspende,
salva disposição legal em contrário.
4.4. Compensação
Art. 767 da CLT - A compensação, ou retenção, só poderá ser argüida como matéria de
defesa.
Súmula 18 do TST: A compensação, na Justiça do Trabalho, está restrita a dívidas de
natureza trabalhista.
Súmula 48 do TST: A compensação só poderá ser argüida com a contestação.
· Defesas processuais
· Discute-se o direito de ação e a viabilidade do processo.
· Só não se aplica a perempção, uma vez que a CLT traz uma perempção específica
(doutrina majoritária).
- Para o prof. Hamilton Vieira, a perempção do CPC também se aplica ao processo do
trabalho, já que na ótica do mesma, a CLT só cria uma plus, ou seja, mais um tipo de
perempção.
6. Defesa de Mérito
RECONVENÇÃO
1. Noção
· É uma ação incidental que o réu formula postulação contra o autor da ação
primária.
· É a ação proposta pelo réu em face do autor, no mesmo processo em que está
sendo demandado.
2. Natureza
· De ação autônoma.
3. Procedimento
· No sumaríssimo, não se admite reconvenção, admitindo somente pedido
contraposto na defesa (Excepcionalidade).
RECONVENÇÃO NO CPC
Art. 315. O réu pode reconvir ao autor no mesmo processo, toda vez que a reconvenção
seja conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
Parágrafo único. Não pode o réu, em seu próprio nome, reconvir ao autor, quando
este demandar em nome de outrem.
§ 2º (Revogado pela Lei nº 9.245, de 1995)
Art. 316. Oferecida a reconvenção, o autor reconvindo será intimado, na pessoa do seu
procurador, para contestá-la no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 317. A desistência da ação, ou a existência de qualquer causa que a extinga, não
obsta ao prosseguimento da reconvenção.
Art. 318. Julgar-se-ão na mesma sentença a ação e a reconvenção.
EXCEÇÃO
1. Noção
EXCEÇÕES NA CLT
Art. 799 - Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas,
com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência.
§ 1º - As demais exceções serão alegadas como matéria de defesa.
§ 2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a
estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-
las novamente no recurso que couber da decisão final.
Art. 800 - Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto,
por 24 (vinte e quatro) horas improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na
primeira audiência ou sessão que se seguir.
Art. 801 - O juiz, presidente ou vogal, é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser
recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos litigantes:
a) inimizade pessoal;
b) amizade íntima;
c) parentesco por consangüinidade ou afinidade até o terceiro grau civil;
d) interesse particular na causa.
Parágrafo único - Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual haja
consentido na pessoa do juiz, não mais poderá alegar exceção de suspeição, salvo
sobrevindo novo motivo. A suspeição não será também admitida, se do processo constar
que o recusante deixou de alegá-la anteriormente, quando já a conhecia, ou que, depois
de conhecida, aceitou o juiz recusado ou, finalmente, se procurou de propósito o motivo
de que ela se originou.
Art. 802 - Apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou Tribunal designará audiência
dentro de 48 (quarenta e oito) horas, para instrução e julgamento da exceção.
§ 1º - Nas Juntas de Conciliação e Julgamento e nos Tribunais Regionais, julgada
procedente a exceção de suspeição, será logo convocado para a mesma audiência ou
sessão, ou para a seguinte, o suplente do membro suspeito, o qual continuará a
funcionar no feito até decisão final. Proceder-se-á da mesma maneira quando algum dos
membros se declarar suspeito.
§ 2º - Se se tratar de suspeição de Juiz de Direito, será este substituído na forma da
organização judiciária local.
SENTENÇA
1. Noção
3. Efeitos da Sentença
a) Declaratórias: são as sentenças que vão declarar a existência ou inexistência da
relação jurídica (art. 4º, I, do CPC); ou a autenticidade ou falsidade de documento (art.
4º, II, do CPC).
Ex: a sentença que reconhece a existência de vínculo de emprego ou a estabilidade.
c) Condenatórias: são sentenças que envolvem obrigação de dar, fazer ou não fazer
alguma coisa, dando ensejo à execução.
Ex: a sentença que manda o empregador pagar as verbas rescisórias, horas extras ou
recolher o FGTS.
A sentença declaratória retroage à data dos fatos (ex tunc), como ocorre no que diz
respeito ao reconhecimento da existência da relação de emprego.
Já a sentença constitutiva vale para o futuro (ex nunc). Exemplo: o dissídio coletivo de
natureza econômica, em que são fixadas cláusulas novas, ou novas condições de
trabalho.
4. Estrutura da Sentença
5. Vícios da Sentença
6. Efeitos
COISA JULGADA
1. Noção
2. Classificação:
a) Coisa Julgada Formal: quando a sentença não mais pode ser modificada em razão
da preclusão dos prazos para recursos, seja porque da sentença não caibam mais
recursos ou porque estes não foram interpostos nos prazos apropriados, ou na existência
da renúncia ou desistência do recurso.
b) Coisa Julgada Material: o art. 467 do CPC denomina de coisa julgada material a
eficácia que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita de recurso
ordinário ou extraordinário.
3. Efeitos (Limites)
RECURSOS
1. Noção
2. FUNDAMENTOS
a) Jurídicos
A possibilidade de erro, ignorância ou má-fé do juiz ao julgar.
A oportunidade do reexame da sentença por juízes a mais experientes ou de
reconhecimento merecimento.
A uniformização da interpretação da legislação.
a) Psicológicos:
A tendência humana de não se conformar com apenas uma decisão. É o que se costuma
dizer: vencido, mas não convencido.
A possibilidade da reforma da decisão de um julgamento injusto.
3. Princípios Informadores
4. Efeitos
c) Translativo: questões de ordem pública, que não foi apreciada em instância inicial,
mesmo que não argüida no recurso interposto pelo recorrente, podendo ser apreciada.
Ä A instância superior, verificando matéria de ordem pública, pode reformar a
decisão em prejuízo a recorrente (exceção ao princípio da proibição da reformacio in
pejus).
5. Pressupostos Recursais
I - Objetivos:
II - Subjetivos
a) Legitimidade: somente aquele que teve sentença que lhe foi desfavorável, no todo
ou em parte, poderá recorrer. O art. 499 do CPC dispõe que poderão o terceiro
interessado, a parte, e a Procuradoria do Trabalho.
- Das decisões proferidas em dissídio coletivo que afete empresa de serviço público, ou,
em qualquer caso, das proferidas em revisão, poderão recorrer, além dos interessados, o
Presidente do Tribunal e a Procuradoria da Justiça do Trabalho (art. 898 da CLT).
- O Ministério Público do Trabalho pode recorrer das decisões da Justiça do Trabalho,
quando entender necessário, tantos nos processos em que for parte, como naqueles em
que oficiar como fiscal da lei.
RECURSOS EM ESPÉCIES
RECURSO ORDINÁRIO
· O recurso ordinário tem semelhanças com a apelação no processo civil.
1. Hipóteses
· Não cabe recurso ordinário da decisão que homologa acordo entre as partes, pois
tal decisão é irrecorrível (art. 831 da CLT).
3. Procedimento
RECURSO DE REVISTA
1. Noção
· Era um recurso trabalhista extraordinário.
o Eliminar divergências interpretativas.
· Não obedece a regra de interposição de simples petição, sem necessidade de
fundamentação.
2. Hipóteses de Cabimento
Art. 896 do CLT- Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do
Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual,
pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: (Redação dada pela Lei nº 9.756, de
17.12.1998)
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe
houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios
Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a Súmula de Jurisprudência Uniforme
dessa Corte; (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho,
Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância
obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da
decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a; (Redação dada pela
Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e
literal à Constituição Federal. (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
§ 1o O Recurso de Revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será apresentado
ao Presidente do Tribunal recorrido, que poderá recebê-lo ou denegá-lo,
fundamentando, em qualquer caso, a decisão. (Redação dada pela Lei nº 9.756, de
17.12.1998)
§ 2o Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas
Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de
terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de
norma da Constituição Federal. (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
§ 3o Os Tribunais Regionais do Trabalho procederão, obrigatoriamente, à
uniformização de sua jurisprudência, nos termos do Livro I, Título IX, Capítulo I do
CPC, não servindo a súmula respectiva para ensejar a admissibilidade do Recurso de
Revista quando contrariar Súmula da Jurisprudência Uniforme do Tribunal Superior do
Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
§ 4º A divergência apta a ensejar o Recurso de Revista deve ser atual, não se
considerando como tal a ultrapassada por súmula, ou superada por iterativa e notória
jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. alterado pela Lei nº 9.756, de
17.12.1998)
§ 5º - Estando a decisão recorrida em consonância com enunciado da Súmula da
Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, poderá o Ministro Relator, indicando-
o, negar seguimento ao Recurso de Revista, aos Embargos, ou ao Agravo de
Instrumento. Será denegado seguimento ao Recurso nas hipóteses de intempestividade,
deserção, falta de alçada e ilegitimidade de representação, cabendo a interposição de
Agravo. (Redação dada pela Lei nº 7.701, de 21.12.1988)
§ 6º Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido
recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal
Superior do Trabalho e violação direta da Constituição da República. (Incluído pela Lei
nº 9.957, de 12.1.2000)
6. Procedimento
Similar ao recurso ordinário.
7. Preparo
· Para recorrer de revista a parte deverá fazer o depósito da condenação, que terá
como limite o valor de R$ 9.356,25.
· Se a condenação for acrescida pelo acórdão regional, deverá a parte fazer o
complemento do depósito e das custas, sob pena de deserção.
· Se a parte foi vencedora na primeira instância, mas vencida na segunda, está
obrigada, independentemente de intimação, a fazer o pagamento das custas fixadas na
sentença originária das quais ficará isenta a parte então vencida.
EMBARGOS NO TST
Art. 894 da CLT - Cabem embargos, no Tribunal Superior do Trabalho, para o Pleno,
no prazo de 5 (cinco) dias a contar da publicação da conclusão do acórdão: (Redação
dada pela Lei nº 5.442, de 24.5.1968) (Vide Lei 5.584, de 1970)
a) das decisões a que se referem as alíneas b e c do inciso I do art. 702; (Redação
dada pela Lei nº 5.442, de 24.5.1968)
b) das decisões das Turmas contrárias à letra de lei federal, ou que divergirem entre
si, ou da decisão proferida pelo Tribunal Pleno, salvo se a decisão recorrida estiver em
consonância com súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho.
(Redação dada pela Lei nº 7.033, de 5.10.1982)
2. Súmulas
AGRAVO DE INSTRUMENTO
1. Conceito
2. Hipóteses de Cabimento
3. Requisitos Específicos
4. Efeitos
a) Liberação do recurso não conhecido, se dado provimento.
b) Não tem efeito suspensivo;
c) O juízo admissibilidade não é feito no juízo a quo.
AGRAVO DE PETIÇÃO
1. Conceito
· É o recurso que serve que atacar as decisões do juiz nas execuções, via embargos.
2. Hipóteses
3. Pressupostos
· Delimitação matemática à questionamento de valores quantitativos.
4. Efeitos
· Meramente devolutivo
o Excepcionalmente tem efeito suspensivo se causar grande gravame ao erário.
5. Procedimento
· Muito semelhante ao recurso ordinário.
CORREIÇÃO PARCIAL
1. Conceito
· É o remédio processual destinado a provocar a intervenção de uma autoridade
judiciária superior em face de atos tumultários do procedimento praticados no processo
por autoridade judiciária inferior.
· Ato tumultuário da boa ordem processual é o que não observa as regras legais
previstas para o processo, como por exemplo, retirar a contestação do processo, quando
ela já apresentada e já estiver juntada aos autos.
· Não é ato tumultuário a diligência que o magistrado julgar necessária ao
esclarecimento do feito.
2. Requisitos Específicos
Necessidade de inexistência do recurso específico.
Atuação tumultuário do julgador.
3. Objetivo
Restauração da ordem processual legal.
Agravo Regimental;
Recurso próprio dos Tribunais, regido de acordo com regimento interno de cada um.
Recurso Adesivo;
Embargos de Declaração
Cabível quando a sentença ou o acórdão contenha obscuridade, contradição ou omissão.
Utilizado para pré-questionamento para a interposição de alguns recursos.
* Publicado Anonimamente
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