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ADVOGADOS QUEIXAM-SE DO IGFIJ, I.P.

Desde Maio que o IGFIJ, I.P. tem interpelado os Advogados para que estes
apresentem os despachos judiciais justificativos das despesas pagas e
efectuadas no âmbito do patrocínio oficioso ou em alternativa que devolvam
esses montantes.
A inexistência de regras claras sobre como pedir as despesas efectuadas
nos processos deu origem a esta celeuma em que o IGFIJ, I.P., entende
que é necessário um despacho judicial, enquanto a grande parte dos
Advogados e os Magistrados entendem que a lei não atribui a estes últimos
essa competência.

Tal atitude levou a que os Advogados apresentassem queixa do IGFIJ, I.P.


junto do Provedor de Justiça, à qual já foi atribuída número de processo e
junto da Inspecção Geral dos Serviços da Justiça.
Entretanto, também foi enviada uma exposição aos Grupos Parlamentares onde se pede a sua intervenção
no sentido de se clarificarem as regras aplicáveis e se garanta o legítimo direito dos Advogados a serem
ressarcidos das despesas em que incorrem com o exercício do patrocínio oficioso.

Em virtude de se encontrarem por cumprir as promessas


de pagamento levadas a cabo pelo Ministério da Justiça,
sendo que já são devidos três meses de honorários
(Abril, Maio e Junho), foi ainda pedido aos Grupos
Parlamentares a criação dum diploma legislativo que
garanta o legítimo direito dos Advogados a serem pagos
atempadamente, à semelhança do que acontece com os
demais operadores judiciários.

Em bom rigor, todas as promessas de pagamento


efectuados pelo MJ desde Abril a esta parte e que foram
divulgadas pela comunicação social, não se concretizaram, levando a que muitos dos Colegas ponderem
seriamente abandonar o sistema de Acesso ao Direito.

Entretanto, no passado dia 11 de Agosto de 2010 foi publicada a Portaria nº 654/2010 que atribui à Ordem
dos Advogados a competência para homologação das despesas. Aguarda-se porém, que a O.A. venha
esclarecer em que termos serão efectuados os pedidos de despesa, prazos de homologação, bem como, os
demais pormenores necessários à execução da referida Portaria que entra em vigor já no próximo dia 1 de
Setembro.

A presente portaria encontra-se actualmente a ser estudada pelos membros do PAD e foi lançada a debate
nos diversos meios que este movimento tem ao seu dispor no sentido de auscultar os Colegas sobre o
conteúdo da mesma.

"Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio.


Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa."
Roberto Shinyashiki

Produção: Elsa Pedroso, Inês Soares de Castro, Isabel Alves Roçadas, Mafalda de Oliveira, Sandra Horta e Silva
http://www.projectoacessoaodireito.webs.com
A Exposição aos Grupos Parlamentares na Assembleia da República

O PAD, com o apoio de todos os Advogados que a subscreveram, apresentou uma Exposição aos Grupos
Parlamentares representados na Assembleia da República, com os seguintes conteúdos, como a
generalidade dos colegas deverá já ter conhecimento:

I - Das Interpelações feitas pelo IGFIJ, I. P. no âmbito do art.º 28º nº 4 da Portaria nº 10/2008, de 03/01
II - Dos sucessivos atrasos no pagamento dos honorários
III - Da criação duma figura próxima do defensor público

Foi nesta exposição, nomeadamente, solicitado aos senhores Deputados que obtivessem do Governo
respostas, para após e com seriedade, se avaliar sobre o correcto
funcionamento da Lei de Acesso ao Direito, da regularidade dos
pagamentos neste âmbito e entre outras questões, o (novo) modelo de
Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais a implementar, ouvidos que
sejam os Advogados, através da sua Ordem profissional.
Aos 396 Advogados que inicialmente subscreveram a exposição
juntaram-se a posteriori mais cerca de 250 e ainda hoje o PAD continua a receber adesões.
E, caros colegas, este esforço, ainda que lentamente, começa a dar os seus frutos.

Isto porque já vamos tendo feedback.


Os grupos parlamentares já se vão movimentando, em jeito de solidariedade,
indignação, cooperação profissional (uma vez que uma boa parte dos nossos
deputados são também Advogados, ou pelo menos, licenciados em Direito), quiçá até,
no dizer de alguns Colegas mais cépticos, tentando algum aproveitamento político
desta situação…

Mas como o PAD é totalmente apartidário e move-se sem qualquer ideologia política
subjacente, eventuais segundas motivações dos senhores deputados, não nos
interessam em absoluto. Interessa-nos, isso sim, a todos nós, Advogados em Patrocínio Oficioso que algo se
faça, e bem!

Produção: Elsa Pedroso, Inês Soares de Castro, Isabel Alves Roçadas, Mafalda de Oliveira, Sandra Horta e Silva
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Assim, temos já o “apoio” de dois grupos parlamentares: o CDS/PP e o PCP!
Estes dois grupos inclusive, já elaboraram as Perguntas que pretendem ver
respondidas pelo Governo, na pessoa do Sr. Ministro da Justiça, e que têm por
base, substancialmente, o explanado na “nossa” Exposição – vejam por favor os
documentos que se anexam abaixo.
O BE também já respondeu e aguardamos informação sobre que medidas vão
tomar.
Igualmente, o grupo parlamentar do PSD está atento e deu resposta, estando
prevista uma reunião com um representante deste grupo Parlamentar já em Setembro, após férias.

As perguntas formuladas pelo PCP e pelo CDS/PP poderão ser consultadas nos seguintes endereços Web
da Assembleia da República:
- Exigência de despachos judiciais aos advogados pelo IGFIJ no âmbito do sistema de acesso ao direito e aos tribunais
- Atraso no pagamento de honorários a advogados inseridos no Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais
- Acesso ao Direito e Tribunais

Entretanto, a 27 de Julho a Direcção Geral da Política de Justiça fez publicar o seu estudo sobre o defensor
oficioso que pode ser consultado aqui na totalidade e onde se lê em
conclusão: "Assim, é nosso entendimento que, ao menos no momento
actual, nada há que justifique, neste plano, a reformulação do modelo de
defensor vigente em Portugal. Em conformidade com a análise
empreendida propõe-se a manutenção da figura do defensor oficioso tal
como delimitada pelo actual regime, sem que se anteveja a necessidade de
introduzir no mesmo quaisquer alterações."

NOTÍCIAS BREVES

Doações e heranças a favor do Estado cresceram 33% > DE

Em 2009, o Estado arrecadou mais de 1,2 milhões de euros em doações e heranças entregues ao Estado,
que por lei, é o último herdeiro legítimo.
As doações e heranças que revertem directamente para os cofres do Estado ultrapassaram o montante de
1,2 milhões de euros no ano passado. Este valor representa um acréscimo de 33% face a 2008 e mais de
1.0007o, comparado com 2007. Os números são do Ministério das Finanças e repartem-se entre bens
imóveis e dinheiro vivo (depósitos bancários) e, contas feitas, esta última rubrica ascendeu a 1,1 milhões de
euros no ano passado e é a mais significativa nos últimos anos.

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Bastonários contestam vagas na Universidade > Diabo

A Ordem dos Advogados e a dos Médicos, não estão de


acordo com o número de vagas disponíveis para os cursos
de medicina e direito.
Há um aumento generalizado no número de vagas para o
Ensino Superior, mais 2000 do que no ano passado. Uma
subida que é de 100 lugares para os cursos de direito e de
apenas 3 para os de medicina.

Mesmo assim, o bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro


Nunes, duvida que quando os jovens saírem da universidade
haja emprego para todos.
"Se o Estado ao mesmo tempo que autoriza as vagas para
medicina, coloca restrições financeiras e não abre as vagas suficientes no internato, é um desperdício o que
se está a fazer. As coisas têm que ser analisadas em conjunto", afirma.

Pedro Nunes considera que se pode criar uma situação de "desemprego médico", perguntando ao Governo
se todos os que entram nas faculdades de medicina vão ter "efectivamente o seu curso completo, a sua
profissionalização completa", que inclui não só a universidade, mas também o internato da especialidade.
No caso de Direito existem 1300 lugares, o que é considerado por Marinho Pinto um exagero. O bastonário
da Ordem dos Advogados considera que o Estado insiste em aliciar os jovens para uma área onde não há
saídas profissionais.

Mais de um milhão de processos pendentes > JN

O principal problema dos tribunais portugueses continua a ser a "excessiva pendência processual",
nomeadamente em termos de execuções, disse o presidente
do Supremo Tribunal de Justiça à saída de uma audiência com
o presidente da República.

Segundo Noronha do Nascimento, a pendência deverá rondar


um milhão e cem mil processos, o que "é muito" e "tem a ver
sempre com a mesma questão", as acções de cobrança de
dívida. Questionado sobre as consequências da reforma,
Noronha do Nascimento afirmou que neste momento a
situação "não difere muito". "O mundo da Justiça (os tribunais)
tem mudanças estruturais muito lentas. A situação hoje é uma
situação que terá melhorado em alguns aspectos e piorado
noutros", admitiu.

Noronha do Nascimento elegeu como factor positivo as três novas comarcas: "A experiência tem sido
positiva, excepção feita, talvez, às acções executivas", afirmou sobre a experiência piloto do mapa judiciário.
Como "francamente negativo", identificou as pendências, recorrendo ao relatório de 2006 do CE- PEJ,
organismo do Conselho da Europa que publica de dois em dois anos os dados sobre a situação geral dos
vários países.

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Legislação Julho/Agosto 2010 Actividades de Serviços
Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26.7 - Estabelece os
princípios e as regras necessárias para simplificar o
Mobilidade Eléctrica livre acesso e exercício das actividades de serviços e
Portaria n.º 468/2010, de 7.7 - Estabelece os transpõe a Directiva n.º 2006/123/CE, do Parlamento
termos em que são concedidos os incentivos Europeu e do Conselho, de 12 de Dezembro.
financeiros à aquisição de veículos novos
exclusivamente eléctricos previstos no artigo 38.º do Prestações Sociais
Decreto-Lei n.º 39/2010, de 26 de Abril. Portaria n.º 598/2010, de 2.8 - Aprova os
modelos do requerimento do rendimento social de
Tramitação Electrónica dos Processos Judiciais inserção, do requerimento do abono de família pré-
Portaria n.º 471/2010, de 8.7 - Quarta alteração natal e do abono de família para crianças e jovens e
à Portaria n.º 114/2008, de 6 de Fevereiro, que da declaração da composição e rendimentos do
regula vários aspectos da tramitação electrónica dos agregado familiar.
processos judiciais.
Propriedade Industrial
Propriedade Industrial Lei n.º 17/2010, de 4.8 - Procede à terceira
Portaria n.º 479/2010, de 12.7 - Segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 15/95, de 24 de Janeiro,
alteração à Portaria n.º 1098/2008, de 30 de em matéria de exercício da actividade de agente da
Setembro, que aprova as taxas relativas a actos e propriedade industrial.
serviços prestados no âmbito da propriedade
industrial, e à tabela de taxas do Instituto Nacional Seg. Social/Proc. Executivos/ Recomendação
da Propriedade Industrial. Resolução da Assembleia da República n.º
89/2010, de 10.8 - Recomenda ao Governo que
Empresas Públicas suspenda os processos executivos aos trabalhadores
Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo independentes quando interposta acção judicial para
n.º 5/2010, de 14.7 - Uniformiza a jurisprudência definição do vínculo laboral.
nos seguintes termos: salvo disposição legal em
contrário, os órgãos das sociedades anónimas de Lei do Acesso ao Direito
capitais exclusivamente públicos - hoje empresas Portaria n.º 654/2010, de 11.8 - Procede à
públicas, ex vi do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º segunda alteração da Portaria n.º 10/2008, de 3 de
558/99, de 17 de Dezembro - são órgãos da Janeiro, que regulamenta a lei do acesso ao direito,
Administração Pública nos termos e para os efeitos aprovada pela Lei n.º 34/2004, de 29 de Julho, na
do disposto no artigo 2.º, n.º 2, do CPA, quando redacção dada pela Lei n.º 47/2007, de 28 de Agosto.
exerçam poderes de autoridade, designadamente
em matéria disciplinar. Alteração do S. de Unidades de Medidas Legais
Lei n.º 18/2010, de 16.8 - Autoriza o Governo a
Passaporte Electrónico Português alterar o sistema de unidades de medida legais,
Portaria n.º 500/2010, de 15.7 - Autoriza os aprovado pelo Decreto-Lei n.º 238/94, de 19 de
serviços do Instituto dos Registos e do Notariado nas Setembro, transpondo a Directiva n.º 2009/3/CE, do
lojas do cidadão onde não se encontre representado Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Março.
o governo civil competente em razão do território a
receber requerimentos tendentes à concessão do Condições Técnicas e de Segurança da
passaporte electrónico português e a proceder à Comunicação Electrónica
recolha dos dados pessoais dos respectivos Portaria n.º 694/2010, de 16.8 - Procede à
requerentes. terceira alteração da Portaria n.º 469/2009, de 6 de
Maio, que estabelece os termos das condições
Registo Civil técnicas e de segurança em que se processa a
Decreto-Lei n.º 85/2010, de 15.7 - Prevê meios comunicação electrónica para efeitos da transmissão
complementares de prova no âmbito da instrução de de dados de tráfego e de localização relativos a
processos de transcrição de actos de registo civil ou pessoas singulares e a pessoas colectivas, bem como
registo paroquial com eficácia civil e demais dos dados conexos necessários para identificar o
procedimentos previstos no artigo 1.º do Decreto-Lei assinante ou o utilizador registado e revoga a Portaria
n.º 249/77, de 14 de Junho. n.º 131/2010, de 2 de Março

Produção: Elsa Pedroso, Inês Soares de Castro, Isabel Alves Roçadas, Mafalda de Oliveira, Sandra Horta e Silva
http://www.projectoacessoaodireito.webs.com

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