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CONTEÚDO

PROFº: MARCONDES
04 FORMAÇÃO HISTÓRICO TERRITORIAL BRASILEIRA - EXERCICÍOS

A Certeza de Vencer JACKY14/03/08

A Transição do Brasil Agrário-Exportador ao Urbano e Industrial brasileira e reduzir o poder das elites locais que procuravam
dificultar o processo de industrialização.
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Características espacias do Brasil anteriores à • Consolidação do Estado de São Paulo como palco da
industrialização: economia agro-exportadora/ organização concentração industrial
espacial em “arquipélagos”, com economias isoladas umas das • Políticas territoriais criadas no governo Vargas que buscam
outras se articulavam diretamente com o mercado consumidor maior controle do Estado sobre o espaço: Criação do IBGE
de além-mar e encerravam mercados regionais de consumo de (1934); Criação da SPEVEA (1953).
mercadorias importadas. O isolamento dessas economias, cada
qual com seu sistema de transporte fluvial e seu porto autônomo III Fase: 1956-1961
voltados para o exterior e sem articulação entre si, configurou
uma estrutura espacial em “ilhas econômicas”/ a industria se • Governo JK (Plano de Metas): a ênfase protecionista
constituía em uma atividade secundária/ população de maioria (contra a estrada de empresas estrangeiras) e substituída pela a
rural (70%)/ no espaço da circulação as ferrovias e os rios se internacionalização da economia.
destacavam/ pouca atuação do Estado na economia/ mercado • Abertura do Brasil ao capital estrangeiro (industria de bens
interno pouco expressivo. duráveis - industria automotiva).
Características mais gerais da indústria brasileira: Trata-se • Formação do modelo tripé da industrialização brasileira: O
de um modelo de industrialização baseada no mercado interno. Estado encarregado de infra-estrutura e industria de base, o
Processou-se através da produção de manufaturados capital nacional criando industriais de bens não duráveis e o
tradicionalmente importados (modelo de substituição de capital internacional encarregado das industrias de bens
importações), demandando freqüentemente a proteção do duráveis.
mercado interno, com forte participação estatal no processo • Contração de vultosos empréstimos (conjuntura favorável a
produtivo. Este gerava infra-estrutura necessária ao empréstimos devido ao dinamismo econômico dos EUA) para a
funcionamento do parque industrial (energia, transporte, criação das condições gerais de produção (ampliação da malha
comunicações e etc.) e atuava como produtor de bens técnica - rodoviário, energia de telecomunicações, etc.)
intermediários, matéria prima industrializada que alimentavam o • A opção pelo modelo rodoviário que se constitui no mais
setor de bens de consumo (modelo tripé). Industrialização caro (a criação e a manutenção, assim como volume de cargas
Tardia (NIP- novos paises industrializados- país emergente), transportadas por rodovias é bem menor - o que aumenta o
pois, ocorre muito depois da industrialização dos paises gasto com combustível – tornando-se o modelo mais caro em
desenvolvidos, dependendo de tecnologia e capital estrangeiro. relação aos demais para o transporte de carga).
• A energia produzida com um litro de óleo diesel transporta,
Industrialização Brasileira numa rodovia, uma carga de 30 toneladas. Essa mesma
energia, se for consumida numa ferrovia, transporta 125
Fases da Industrialização Brasileira toneladas e, numa hidrovia, 525 toneladas. Em resumo, o
transporte rodoviário consome quatro vezes mais energia que o
I Fase: Final do século XIX até 1929 ferroviário e quinze vezes mais energia que o hidroviário
(marítimo, fluvial e lacustre) para percorrer o mesmo percurso
• Subordinação da industria em relação ao café (capital, infra- levando a mesma carga ou o mesmo número de passageiros.
estrutura e mão-de-obra assalariada urbana - imigrantes) Outra vantagem é que um trem ou um navio transportam a
• As primeira industrias que nascem no Brasil são de bens carga que exigiria a utilização de dezenas ou centenas de
não duráveis caminhões.
• Surgimento de uma nova classe social: a burguesia • Segundo o Ministério dos Transportes, em 2000 o Brasil
industrial. possuía 1 724 929 km de rodovias, dos quais somente 164 988
• O poder se encontra na mão de uma elite agrária (conflitos km eram pavimentados, contra 29 283 km de ferrovias
no bloco de poder) espalhadas em seus 8 547 403,5 km2. Como o país possui
dimensões continentais, nosso modelo de transporte de cargas
II Fase: 1930 a 1955 seria mais econômico se tivesse priorizado os sistemas
ferroviário e hidroviário-marítimo, que consomem menor
• Corresponde em grande parte ao governo de Getúlio quantidade de energia. Entretanto, é freqüente o transporte em
Vargas (nacionalista e protecionista) representante dos setores caminhão de mercadorias fabricadas em São Paulo, ao lado do
urbano-industrial. porto de Santos, a cidades portuárias, como Recife ou Porto
• Forte intervencionismo do Estado na economia (“Estado Alegre, o que aumenta o custo final dessas mercadorias.
Keynesiano”), com o surgimento de empresas estatais de base, • Em países com uma malha de transportes mais eficiente,
a exemplo da: CSN (1941), CVRD (1942), Petrobrás (1953), ocorre uma associação entre os tipos de transportes utilizados
Usiminas, etc. para deslocar as cargas a longas distâncias, conhecida como
• Auge do “modelo de substituição de importações” – com as sistema multimodal. Nesse sistema, a carga é transportada por
crises que ocorriam no mercado mundial, a exemplo da crise de caminhões em viagens de curta distância até a estação ou o
1929 ou a Segunda Guerra Mundial (1939-45), ao diminuir o porto e passa a ser transportada por trens ou navios em viagens
dinamismo dos grandes centros da economia mundial, facilitava de grandes distâncias.

VESTIBULAR – 2009

o crescimento da produção industrial nacional uma vez que o A opção pelo transporte rodoviário se justifica pela
Brasil ficava impossibilitado de exportar produtos agrícolas e de necessidade de criar um amplo mercado consumidor para as
importar produtos industrializados, e, logo poderia produzir empresas automobilísticas, que se instalavam no Brasil. Assim
internamente o que antes importava, num ambiente como garantir lucro às empreiteiras responsáveis pela criação
razoavelmente protegido da concorrência estrangeira. da malha rodoviária. Desprezando desta forma os rios
• Maior centralização do poder na mão do Estado (Estado navegáveis existentes no Brasil e as ferrovias já construídas na
Novo) com o objetivo de facilitar o avanço da industrialização fase agrário-exportadora, além do imenso litoral brasileiro que
poderia ter sido utilizado para a navegação de cabotagem.
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• A partir da construção dos grandes eixos rodoviários, o 03. As ferrovias formam uma rede que se irradia a partir do eixo
Brasil das “economia em arquipélagos” vai dando lugar a um São Paulo-Santos em todas as direções, com poucas
país de economia nacional integrada. interligações. As rodovias formam uma malha mais completa,
• Durante o governo JK houve a criação de políticas pois além das estradas radiais existem muitas transversais de
regionais, a exemplo das Superintendências de interligação. Essas duas formas de rede são características,
Desenvolvimento do Nordeste (1959), que surgiam segundo o respectivamente das seguintes fases da economia paulista:
governo federal para tentar reduzir as disparidades regionais,
resultado do processo de integração nacional e do a) Pastoril e agroexportadora.
desenvolvimento desigual e combinado do capitalismo no b) Urbano-industrial e agropastoril.
espaço nacional. c) Agroexportadora e urbano-industrial.
d) Agroexportadora e mercantil.
Brasília: A Capital da Geopolítica e) Urbano-industrial e exportadora.

Argumento utilizado para transferência da capital político- Grade de Resposta dos Exercícios da Aula 02 e 03
administrativa do Brasil:
Aula 02 - Questão 06
• Integrar o Brasil central as demais regiões brasileiras.
• Simbolizava modernidade (o país do futuro) de um país que a) Os focos econômicos os “focos econômicos” assinalados são:
deixava para traz as características de agrário-exportador. com a letra A é atividade açucareira, B é atividade mineradora e
• Segundo os estrategistas da época havia uma a C é atividade cafeeira.
vulnerabilidade muito grande da capital pelo fato desta está
próximo ao litoral. b)As principais transformações espaciais:
Geopolítica: Segundo o J.W. Vesentini, Brasília foi criada Açúcar: Introdução do latifúndio monocultor no Brasil, com os
estrategicamente com objetivo de separar o poder político, a melhores solos destinados a exportação/ Destruição da Mata
gestão do território, das manifestações populares que estavam Atlântica no litoral nordestino/Surgimento e crescimento de
concentradas na região de maior concentração populacional o núcleos urbanos, a exemplo da antiga capital do Brasil,
eixo São Paulo – Rio de Janeiro. Salvador.
Mineração: Interiorização da ocupação com a ampliação e
Exercício – Formação Histórica Territorial Brasileira conformação do território(Tratado de Madri - 1750)/ Urbanização
para além do litoral, com o surgimento de novas cidades(Ex:Vila
Rica- atual Ouro Preto- MG, Cuiabá - MT)/ Dinamismo
01. Quanto a organização do espaço brasileiro durante o
econômico no interior da colônia em razão das atividades
período do café, é correto afirmar:
complementares(pecuária), a colônia como um todo trabalhava
para a região mineradora/ Transferência da capital política do
a) Por ter sido o Estado onde se iniciou a produção cafeeira, o
Brasil para o Rio de Janeiro/ aumento da mobilidade interna da
Rio de janeiro foi o que mais se urbanizou, devido aos recursos
população.
gerados pela exportação do café.
Café: Grande crescimento da capital paulista, com o surgimento
b) A partir de 1950, a cultura cafeeira passou por um processo
de obras importantes na arquitetura da cidade/ Ampliação da
de reestruturação marcado pela expansão da área produtiva,
malha ferroviária que permitiu a ligação do interior do estado ao
atingindo o norte do Paraná e o sul de Minas Gerais.
litoral/ Surgimento de novas cidades ao torno do eixo ferroviário.
c) Em São Paulo, na primeira metade do século XX, ocorreu a
O espaço geográfico da produção: da cana de açúcar - litoral
maior expansão da cultura cafeeira, cujo acúmulo de capital
nordestino, os canaviais/ da mineração - o interior do Brasil, as
permitiu a consolidação da industrialização e a estruturação da
minas/ do café - inicialmente o Vale do Paraíba até 1850 e após
urbanização brasileira.
1850 o Oeste Paulista, norte do Paraná e sul de Minas Gerais,
d) O oeste paulista, durante o período de 1900-1950, se
os cafezais. O espaço geográfico da circulação esta vinculado a
consolidou como principal área produtora de café, provocando a
caminhos, os rios, trapiches, portos, com destaque para a
decadência das demais áreas produtivas, fato que causou a
cafeicultura que promoveu o surgimento de uma importante
crise da cafeicultura brasileira.
malha ferroviária e criou o porto de Santos, uma dos maiores
portos do Brasil.
02. “A industrialização de São Paulo dependeu, desde o
principio, na procura provocada pelo crescente mercado
Aula 03 - Questão 03 :
estrangeiro do café. O cultivo do café começou nesse Estado
muito depois das plantações levadas a cabo nas montanhas
A principal atividade econômica são as “drogas do sertão”. As
acima do Rio de Janeiro, no inicio do século XIX. Nos 50 anos
estratégias de controle territorial foram: a construção de fortes
seguintes, o comércio firmou-se na Europa e estimulou o surto
para controlar o espaço da circulação, assim como as missões
de novas plantações, que avançavam cada vez mais para o
religiosas, que representavam a presença portuguesa em
Oeste. Por volta de 1850, a onda de cafezais penetrara o lado
território amazônico. Os espaço geográfico da circulação são os
paulista do Vale do Paraíba e estendera-se até a região de
rios e os pequenos trapiches. Já o espaço geográfico da
Campinas, além da capital da Província.”
produção se constituía na própria floresta amazônica.
Considerando o texto acima, pode-se afirmar que:
a) À medida que se localizavam solos mais férteis em SP,
aumentava a demanda pelo café no mercado internacional.
b) A plantação do café deslocou-se do RJ para SP via
Campinas.
c) O fato de a plantação de o café ter avançado cada vez mais
para o Oeste se deve à presença do massapé.
VESTIBULAR – 2009

d) A lavoura cafeeira foi apenas um dos elementos secundário


que participou do processo de industrialização de SP.
e) A acumulação de capital decorrente da exportação do café é
um dos principais elementos para a explicação da
industrialização de SP.

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