Decreto de 1897: A preocupao em se institucionalizar um servio de
assistncia jurdica pblica levou o Distrito Federal (ento cidade do Rio de Janeiro) a expedir um Decreto instituindo oficialmente o servio de Assistncia Judiciria, primeiro embrio da Defensoria Pblica.
Constituio Federal de 1934: Atravs de um decreto em 1897, a Defensoria
Pblica foi criada na ento capital do Brasil, naquela poca o Rio de Janeiro. Mais tarde, na Constituio de 1934, havia um artigo que previa assistncia jurdica gratuita pela Unio e os Estados aos necessitados, isentando-os das custas e taxas processuais.
Defensoria Pblica: Em 1954, no estado do Rio de Janeiro, criaram-se os seis
primeiros cargos de defensor pblico, atrelados Procuradoria Geral da Justia, que constituam a Defensoria Pblica nesse estado. Quatro anos depois, foi instaurada uma lei que definia que os defensores pblicos correspondiam aos ocupantes iniciais dos cargos do Ministrio Pblico Federal. Na atual Constituio, a Defensoria Pblica consta como instituio jurdica essencial para garantia institucional e no pode ser suprimida do ordenamento jurdico.
A Influncia das trs ondas no Brasil
Primeira onda: A primeira onda renovatria do acesso justia ganhou
consistncia jurdica com a entrada em vigor da Lei 1.060, de 5 de fevereiro de 1950[5] e, mais de quarenta anos aps, com a instituio da Defensoria Pblica da Unio, do Distrito Federal e dos Territrios, por meio da Lei Complementar 80, de 12 de janeiro de 1994.
Segunda onda: Os maiores avanos vieram com a entrada em vigor da Lei da
Ao Civil Pblica, em 1985, e do Cdigo de Defesa do Consumidor, em 1990, que, conjuntamente, formaram o microssistema processual de tutela dos interesses de massa.
Terceira onda: J na terceira onda, o sistema jurdico brasileiro adotou a
criao dos juizados especiais cveis e criminais, assim como as audincias de arbitragem e conciliao extrajudiciais, alm da possibilidade das partes representarem a si mesmas em causa de at 20 salrios mnimos.
Os problemas enfrentados pela sociedade brasileira
no acesso justia
Falta de conhecimento: Muitos brasileiros que pertencem s classes sociais
mais baixas no tm conhecimento dos seus direitos, alguns no tm noo da existncia da Defensoria Pblica e no sabem a quem recorrer ou no sabem da sua finalidade.
Problemas culturais: Pessoas mais pobres, geralmente, veem toda uma
formalidade em um processo jurdico que pensam estar longe delas mesmas. Estas pessoas se sentem, sem motivo lgico, intimidadas por lidar com advogados e juzes, principalmente pelo poder exercido pelo ltimo.
Burocracia e morosidade: Mesmo quando o individuo com vulnerabilidade
socioeconmica consegue perceber seus direitos e sabe da existncia e o propsito da Defensoria Publica, ele prefere no optar pela assistncia jurdica prestada por um advogado pblico, pois tm em mente que estes negligenciam suas causas judiciais, o que faz com que o litgio demore mais para ser resolvido.
SANTANA, Joana Valente. Banco Interamericano de Desenvolvimento e a política urbano no Município de Belém: tensões e compatibilidades no modelo de gestão de cidades e no discurso da participação social