Universidade Federal de Santa Maria

Centro de Ciências Rurais

Programa de pós-graduação em Engenharia Agrícola
Disciplina: Relação Solo-Água-Planta
Prof.: Reimar Carlesso

Situação atual da biotecnologia no

desenvolvimento de plantas
geneticamente modificadas resistentes à
seca

Natalia Teixeira Schwab

Charles Seidel
Leonita Beatriz Girardi
Mauricio Neuhaus
 Situação atual da biotecnologia no desenvolvimento de
plantas geneticamente modificadas resistentes à seca

“A Biotecnologia é uma ciência em constante

evolução, que está sempre oferecendo produtos
novos e mais eficientes, em diversas áreas”

AGRICULTURA SAÚDE
 Situação atual da biotecnologia no desenvolvimento de
plantas geneticamente modificadas resistentes à seca

Biotecnologia na agricultura:

1) Tradicional: cultura de tecidos, controle

biológico de pragas e fixação biológica de
nitrogênio.

2) Moderna: engenharia genética para produção

de novas variedades vegetais e estudos
genômicos de plantas e fitopatógenos.
 Situação atual da biotecnologia no desenvolvimento de
plantas geneticamente modificadas resistentes à seca

Década de 90 ...

... Primeiras Plantas Transgênicas

“ A Biotecnologia teve origem nos

laboratórios das universidades e
centros de pesquisas públicas, no
entanto nos dias atuais ela tem sido
dominada pelas empresas privadas ...”
 Situação atual da biotecnologia no desenvolvimento de
plantas geneticamente modificadas resistentes à seca

“A Biotecnologia pode ser usada para

enfrentar os novos desafios que surgem
na agricultura a todo o momento, como
produzir plantas com resistências a
novas pragas e doenças e também
adaptadas à adversidades climáticas”
 Situação atual da biotecnologia no desenvolvimento de
plantas geneticamente modificadas resistentes à seca

“Em relatório sobre segurança agrícola,

elaborado pelo Ministério do
Planejamento, consta a ocorrência de
SECAS como principal evento
sinistrante (71% dos casos), seguida por
chuva excessiva (22% dos casos),
granizo, geada, pragas e doenças”

(GÖPFERT et al., 1993)

Mapa do “Stress Hídrico”
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plantas geneticamente modificadas resistentes à seca

“BRUNINI et al. (2002) afirmam que os enormes

prejuízos sofridos pela agricultura paulista, nos
anos de 1963 e 1964, foram causados por uma
seca extrema ocorrida nesse Estado”

“Nas secas ocorridas nas safras 1977/78 e

1978/79, nos três Estados da Região Sul do
Brasil, deixou-se de colher aproximadamente 7,2
milhões de toneladas de grãos de soja (FARIAS
et al.,1993)”
 Situação atual da biotecnologia no desenvolvimento de
plantas geneticamente modificadas resistentes à seca

“ No ano de 2002, a Secretaria da Agricultura de

Santa Catarina computou perdas que ultrapassaram
os R$ 115 milhões na cultura do milho em
decorrência da forte estiagem. Essa perda
representou 36 dias de consumo na alimentação de
aves e suínos no Estado”.

“Segundo a Secretaria da Agricultura do Estado do

Paraná, as perdas decorrentes da estiagem na safra
de 2005/06 somaram mais de 3,8 milhões de
toneladas de grãos, o que representou 17,4% do
potencial produtivo. ”
 Situação atual da biotecnologia no desenvolvimento de
plantas geneticamente modificadas resistentes à seca

“Segundo levantamento da Federação da

Agricultura do Paraná (Faep) a estiagem na safra
de 2008/09 acarretou perdas estimadas em R$
4,3 milhões à agricultura do Estado (redução de
19%)”.
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plantas geneticamente modificadas resistentes à seca

“Segundo SANTOS & CARLESSO (1998),

a deficiência hídrica provoca alterações
no comportamento vegetal cuja
irreversibilidade vai depender do
genótipo, da duração, da severidade e
do estádio de desenvolvimento da
planta”.
Respostas das plantas ao déficit hídrico
 Situação atual da biotecnologia no desenvolvimento de
plantas geneticamente modificadas resistentes à seca

Biotecnologia Moderna...

...Organismos geneticamente modificados

“Organismos cujo material genético (DNA) foi

alterado de modo artificial, pela transferência
de genes selecionados individualmente de um
organismo a outro e também entre espécies não
relacionadas”.
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plantas geneticamente modificadas resistentes à seca

“Os genes inseridos em plantas podem conferir

defesa contra doenças e pestes, reduzindo assim
a necessidade para pesticidas químicos caros, e
transmitir características genéticas a fim de
permitir as colheitas melhor resistência à seca,
pH, geada e salinidade (THAYER, 1999)”.
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plantas geneticamente modificadas resistentes à seca

Utilização de OGM...
Vantagens
• Enriquecimento com
componentes nutricionais
• Redução de impactos ao
meio ambiente (resistência
à herbicidas)
• Resistência ao ataque de
insetos, doenças, seca ou
geada
• Manutenção da toda a
variabilidade genética
Desvantagens
• Resultados inesperados
(dificuldade de controle do
local de inserção)
• Não respeito às fronteiras
da natureza
• Uniformidade genética leva
à maior vulnerabilidade do
cultivo
• Polinização cruzada 
contaminação de outras
espécies
 Situação atual da biotecnologia no desenvolvimento de
plantas geneticamente modificadas resistentes à seca

“A tolerância à seca em plantas não é uma

característica simples, mas sim um complexo de
mecanismos que trabalham em conjunto ou
isoladamente para evitar ou tolerar períodos de
déficit hídrico. Genótipos que diferem em
tolerância ao déficit hídrico devem apresentar
diferenças qualitativas e quantitativas na
expressão gênica quando submetidos a períodos
de seca (CASAGRANDE et al., 2001).”
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plantas geneticamente modificadas resistentes à seca

O JIRCAS (Japan International Research Center

for Agricultural Sciences), instituto de pesquisa
vinculado ao governo japonês, possui a
patente do gene DREB (Dehydration Responsive
Element Binding Protein ou Proteína de
Resposta à Desidratação Celular).
 Situação atual da biotecnologia no desenvolvimento de
plantas geneticamente modificadas resistentes à seca

Esse gene está sendo utilizado em pesquisas

para aumentar a tolerância à seca de culturas
como soja, milho e algodão. O JIRCAS liberou o
DREB para uso da Embrapa em soja em 2003.
Em 2008, estendeu a liberação para as culturas
do milho, algodão, feijão e cana-de-açúcar.
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plantas geneticamente modificadas resistentes à seca

Cultivos Agrícolas em estudo

SOJA
A soja ocupa lugar de destaque entre os estudos
para a obtenção de variedades resistentes
ao estresse hídrico, especialmente por ser o
principal grão cultivado no país

Parceria
EMBRAPA x JIRCAS
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plantas geneticamente modificadas resistentes à seca

Cultivos Agrícolas em estudo

SOJA

Cultivares ... BR-4 e BR-16

“A BR-4 apresentou maior capacidade de tolerar

períodos de falta de água, enquanto BR-16
mostrou- se bastante sensível à deficiência
hídrica (CASAGRANDE, 2001). ”
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plantas geneticamente modificadas resistentes à seca

Cultivos Agrícolas em estudo

ARROZ

- Emprego de variedades que utilizam com mais

eficiência a água (do tipo C4);

-Promoção do cultivo em terras altas;

Através da utilização da biotecnologia no

desenvolvimento de variedades mais resistentes
à seca (TUONG & BOUMAN, 2002)
 Situação atual da biotecnologia no desenvolvimento de
plantas geneticamente modificadas resistentes à seca

Cultivos Agrícolas em estudo

FEIJÃO

“Está incluído nas pesquisas da Embrapa sobre

resistência à seca. Quatro genes estão sendo
estudados. A estimativa é de que leve entre sete
e dez anos para que a nova cultivar esteja
disponível aos produtores, faltam as etapas de
testes em campo, análise de biossegurança e os
trâmites para a liberação comercial (CAETANO,
2010)”.
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plantas geneticamente modificadas resistentes à seca

Cultivos Agrícolas em estudo

MILHO

“A empresa Syngenta, segundo a Engenheira

Agrônoma Letícia Mika Tiba, informou-nos que
empresa possui uma linha mundial para
desenvolvimento de híbridos de milho tolerantes ao
estresse hídrico. Esta linha de pesquisa envolve
estratégias de marcadores moleculares,
melhoramento genético e engenharia genética”.

A empresa pretende lançar o milho resistente à

seca na América do Norte em 2011.
 Conclusões
“A biotecnologia apresenta-se como uma
importante ferramenta para a agricultura pois
acarreta potencialmente novas perspectivas de
viabilização de soluções tecnológicas, tanto para
a produção, transformação e conservação de
alimentos...”

Rejeição Pública?
Segurança??
 Conclusões
Tolerância à seca  característica poligênica e difícil de
ser trabalhada no melhoramento genético  poucos
programas de melhoramento se preocupam com essa
característica  poucos cultivares desenvolvidos

Esta característica não desperta grande interesse por

parte dos melhoristas, pois é provável que não se consiga
um rápido retorno do investimento, devido o baixo valor
agregado à semente, diferentemente de características
como à de resistência a determinados herbicidas, em que
ocorre o lucro através da venda de agrotóxicos agregado
às sementes transgênicas.