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Coaching

Módulo I

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um grande sucesso em sua carreira.

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Sumário

Introdução..................................................................................................................... 3
Unidade 1 – O que é coaching? ..................................................................................... 4
1.1 História e evolução do coaching .......................................................................... 6
1.2 Tipos, modalidades e nichos de coaching ............................................................ 9
1.3 - Vantagens do coaching.................................................................................... 17
Unidade 2 – Competências essenciais ......................................................................... 24
2.1 - Missão e visão................................................................................................. 25
2.2 - Código de Ética e Conduta .............................................................................. 27
2.3 - Os Principais pilares........................................................................................ 40
Conclusão do Módulo I............................................................................................... 46
Introdução

Olá!

Bem-vindo(a) ao curso de Coaching.

A globalização e a competitividade são características do mundo atual. Para


ganhar destaque no mercado, as organizações e/ou empresas precisam adotar estratégias
de treinamento diferenciadas.

Para tanto, os profissionais que irão desempenhar a função de treinadores


precisam estar capacitados e possuir conhecimentos básicos para manter a empresa
competitiva e com profissionais habilidosos no mercado.

É nesta situação que o trabalho de coaching está inserido. É importante destacar


que um treinamento eficaz é um diferencial para as empresas no mercado competitivo.

Para descobrir a melhor maneira de se treinar e desenvolver o trabalho de gestão


de pessoas – seja em uma empresa ou em um ambiente que não seja organizacional –,
antes de qualquer coisa, o profissional precisa qualificar-se e entender a história e os
primórdios daquilo que ele pretende utilizar em seu dia a dia.

Diante de tantas novidades, o trabalho de coaching precisa ser diferente a cada


dia; ser inovador e fugir do habitual, visando atrair novos clientes.

Bom curso!

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Unidade 1 – O que é coaching?

Quando falamos em coaching, estamos nos referindo a um processo ou um


programa em que há um acordo entre o coach, que é o profissional, e o coachee, que é
representado pela figura do cliente. Ou seja, é um processo de parceria entre ambos.

O termo Coaching é uma gíria que surgiu nas universidades norte-americanas


para definir um "tutor particular". Nestas universidades, este profissional tinha a missão
de preparar os alunos para exames de determinada matéria.

Com o passar dos anos, o termo ganhou outras abrangências, passando a fazer
referência a diversos profissionais que prestavam serviços de orientação e instrução em
diferentes tipos de profissão, desde cantores, atletas, atores até chegar aos empresários.

Segundo o Instituto Brasileiro de Coaching, esta tarefa “é uma poderosa


ferramenta facilitadora, para que se identifique um estado atual e se chegue ao estado
desejado.”

Vale ressaltar que, para se tornar um profissional na área de coaching, é


essencial que a pessoa possua uma característica básica e que é extremamente
importante para desenvolver este trabalho: gostar de pessoas.

Veja a definição de coaching segundo o renomado autor Idalberto Chiavenato:

“O coaching é um tipo de relacionamento no qual o coach se compromete a


apoiar e ajudar o aprendiz para que este possa atingir determinado resultado ou seguir
determinado caminho.” (CHIAVENATO; 2002).

O objetivo do programa de atividades do coach é auxiliar o cliente a atingir


metas desejadas, apoiando-o na busca de realizações e nas diversas atitudes que
somadas levam o coachee – termo dado ao cliente, ou seja, à pessoa que recebe o
coaching – ao encontro do seu desejo maior.

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Vale a pena lembrar a origem do termo:

a palavra coaching vem do inglês coach e nessa língua é utilizada como


substantivo que se refere a um ‘tutor particular’, ou seja, aquele profissional que
tem um conhecimento diferenciado e pode atuar na preparação de um aluno para
um exame de uma determinada matéria, ou pode se referir a um instrutor ou
treinador de atletas, atores ou cantores.
(FONTES, 2005)

O trabalho é, basicamente, realizado por meio de reflexões e análises das opções,


da identificação e do uso das próprias competências, aprimorando-as e, também,
adquiririndo novas.

O coaching visa, ainda, perceber, reconhecer e superar os limites e os pontos de


maior fragilidade do cliente, além de auxiliá-lo no alcance do seu melhor e na produção
do resultado desejado na sua vida pessoal e profissional.

Podemos resumir o coaching como uma relação de comprometimento mútuo


para que o cliente alcance as metas desejadas e atinja seu objetivo.

As empresas observaram a necessidade de contratar um profissional que


fornecesse suporte, encorajamento e ajuda a seus gestores diante das mudanças
constantes que aconteciam e ainda acontecem no ambiente empresarial. A partir de
então, houve um crescente número de profissionais coach.

Ao longo desta unidade, você entenderá um pouco mais sobre o tema e


características deste tipo de profissão. Buscaremos explicar e direcionar sobre os
aspectos fundamentais da prática da atividade de coaching, além de esclarecer o campo
de atuação no mercado de trabalho, as especificidades da profissão, as formas de lidar
com os clientes visando uma relação harmoniosa, produtiva e satisfatória para ambos os
lados.

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1.1 História e evolução do coaching

Em relação à aplicação da atividade de coaching, podemos dizer que se trata de


um relacionamento em que uma pessoa se compromete a apoiar e orientar outra para
que esta atinja um determinado resultado.

Este resultado pode ser tanto o fato de adquirir competências ou de produzir uma
mudança específica. Vale ressaltar que o compromisso não é voltado apenas para os
resultados, mas sim para o desenvolvimento e a realização pessoal como um todo.

Deve-se lembrar que o papel do coach pessoal e profissional, no período


compreendido entre os últimos dez anos, passou a ter mais força e visibilidade a partir,
sobretudo, de dois motivos responsáveis pela rápida difusão da atividade:

• Consegue suprir uma necessidade social e histórica que as pessoas


possuem de sempre ter um mentor que as oriente e que as ajude a ter
mais excelência na vida pessoal;

• Consegue contribuir, significativamente, para uma melhora na


produtividade do profissional na empresa, fazendo com que este se torne
mais efetivo e com suas competências evidenciadas.

É importante destacar que o trabalho de coaching não é apenas trabalhar


competências técnicas e capacidades específicas. Ele é mais que um treinamento:
oferece poder para que a pessoa produza e faça com que suas intenções se transformem
em ações que, por sua vez, se traduzam em resultados.

O trabalho de coaching é um processo que visa aumentar a performance e o


desempenho tanto pessoal quanto profissional de uma pessoa, grupo ou
empresa/organização. Através da aplicação e do desenvolvimento de metodologias,
consegue-se atingir resultados positivos e há uma parceria entre as pessoas envolvidas.

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Vale ressaltar que agilidade, eficiência e precisão são requisitos importantes para o
profissional desta área.

O coaching pode ser dividido em quatro fases distintas:

• Eu preciso: reconhecer a necessidade de aperfeiçoamento em


determinada área;

• Eu quero: o aperfeiçoamento em determinada área;

• Eu posso: consegue realizar o aperfeiçoamento a partir de condições


financeiras favoráveis;

• Eu mereço: entender que merece investir mais na vida, seja profissional


ou pessoal.

Os autores Germaine Porché e Jed Niederer ressaltam que:

o coaching é um relacionamento no qual uma pessoa se compromete a


apoiar outra a atingir um determinado resultado, seja ele o de adquirir
competências e/ou produzir uma mudança específica. Não significa apenas um
compromisso com os resultados, mas sim com a pessoa como um todo, seu
desenvolvimento e sua realização.
(PORCHÉ; NIEDERER, 2002)

Em relação à evolução da atividade de coaching no mundo, a Sociedade


Brasileira de Coaching dispõe de uma cronologia da história evolutiva desta profissão:

– 1500: Surgiu na Inglaterra o uso da palavra “Coach” para denominar aquele


que conduz uma carruagem, que transporta pessoas de um lugar para outro;

– 1850: A palavra “coach” era utilizada nas universidades da Inglaterra para


denominar o tutor de uma pessoa, aquele que ajudava os estudantes a se preparem para
os exames;

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– 1950: A palavra “Coaching” foi introduzida pela primeira vez na literatura de
negócios como uma habilidade de gerenciamento de pessoas;

– 1960: Um programa educacional da cidade de Nova York introduziu pela


primeira vez habilidades de coaching de vida. Este programa foi transportado para o
Canadá e melhorado com a inclusão de resolução de problemas;

– 1980: Programas de liderança incluíram o conceito de Coaching Executivo e


o mundo dos negócios começou a dar importância a este tema. Na década de 1980,
coaching emerge como disciplina poderosa no desenvolvimento de pessoas;

– Nos dias atuais: Utiliza muitos princípios e práticas provenientes da área


esportiva. O mundo corporativo e educacional já reconhece a profissão e sua
importância. A literatura e os nichos de atuação são crescentes e surpreendentes na sua
magnitude.

Fonte: http://www.sbcoaching.com.br

Para a autora Ane Araújo:

coaching é uma relação de assessoramento entre um executivo – com


autoridade e responsabilidade gerencial – e um consultor que usa práticas e
métodos comportamentais para assessorar seu cliente na conquista de um conjunto
de metas que possibilitem incrementar seu desempenho profissional e sua
satisfação pessoal, contribuindo para a efetividade da organização, por meio de
um acordo formal entre os envolvidos.
(ARAÚJO, 1999)

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1.2 Tipos, modalidades e nichos de coaching

Fonte: http://albirio.files.wordpress.com/2012/05/coaching-91.png

A atuação do coach é baseada no encorajamento e no apoio, sempre mantendo a


motivação e o acompanhamento das ações com a elaboração de um Plano de Ação para
o coachee (cliente).

O coach trabalha incentivando o crescimento, aumento das capacidades,


habilidades e ações, busca a conscientização de valores e um maior controle emocional,
ou seja, uma inteligência emocional, sempre adotando técnicas que melhorem a
performance profissional e pessoal de seu cliente.

Dentre os diferentes nichos/modalidades de desenvolvimento de coaching,


podemos destacar: emagrecimento; saúde; relacionamento; finanças; desempenho
esportivo, dentre outros.

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Há, disponível no mercado, diferentes tipos de coaching. Veja abaixo alguns dos
mais comuns:

– Coaching executivo:

É aquele que tem como objetivo principal capacitar executivos para sua atuação
profissional, visando a excelência na vida pessoal e no ambiente empresarial.

O coaching executivo é responsável por capacitar profissionais que trabalham no


ramo empresarial, com o objetivo de que estes melhorem seu desempenho nos negócios
que são relacionados aos propósitos da empresa.

Através da assistência direta ao executivo é possível que o mesmo consiga


identificar suas metas, seus valores, sua missão e seu propósito na empresa junto ao
mercado.

Ele trabalha auxiliando na definição da missão pessoal e empresarial, visando o


equilíbrio dos propósitos da empresa, das necessidades humanas e, ainda, equilibrando
os diferentes papéis que atua, seja no ambiente empresial, no familiar e/ou na sociedade.

É um tipo de profissional que é requisitado pela grande maioria das empresas


internacionais, com o objetivo de auxiliar no desenvolvimento de habilidades de
liderança de seus executivos.

Dentro do contexto empresarial, ajuda os profissionais a aperfeiçoarem suas


formas de comportamento com o objetivo de obter maior eficiência na produção de
resultados concretos.

Através das atividades do coaching executivo, é possível que sejam


desenvolvidas competências como: comunicação com maior eficiência; maior
assertividade; capacidade de lidar com emoções próprias e do outro; aumento da
capacidade de liderança e a melhora da capacidade de resolução de conflitos.

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Ele faz com que o executivo reoriente e redirecione suas práticas no ambiente
profissional, fazendo que seus talentos, preferências, objetivos, valores e missão de vida
estejam sempre alinhados e equilibrados com sua vida pessoal e profissional.

Torna a capacidade de liderança dos gestores mais apurada e refinada,


melhorando a convivência do líder com sua equipe, visando uma comunicação mais
fluente, que facilita a alta performance, a delegação de atividades com eficiência e a
valorização da diversidade.

Ele ainda ajuda o executivo a ser mais eficaz em seu cargo atual e a prepará-lo
para o desenvolvimento em cargos futuros.

– Coaching de vida ou coaching pessoal:

O principal objetivo deste profissional é capacitar as pessoas para que se


autorrealizem conseguindo alcançar suas metas, tendo uma vida equilibrada baseada nos
valores e em seus propósitos de vida.

É um profissional que trabalha metas em qualquer área da vida da pessoa, seja


saúde, relacionamento, espiritualidade, finanças, carreira, administração do tempo,
família, dentre muitas outras.

Ele ajuda os clientes na melhora de suas performances relacionadas às suas


próprias metas de vida, não necessariamente em relação à sua vida profissional.

O trabalho é baseado na definição da meta do cliente e, a partir daí, define-se a


estratégia mais eficaz que visa o alcance de resultados almejados e a superaração dos
desafios que aparecem ao longo do caminho.

Alguns diferentes nichos de coaching pessoal são: Coaching de Casamento (ou


de noivas), Coaching para Emagrecimento, Coaching para Jovens, Coaching
Financeiro, dentre outros.

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– Coaching de performance:

Também conhecido como Coaching do Desempenho, é a atividade voltada para


destravar as habilidades naturais dos profissionais.

Este tipo de coaching tem o papel de auxiliar o cliente no desempenho e no


alcance de metas e objetivos, além de ajudá-lo no autoconhecimento e na
conscientização sobre a responsabilidade no crescimento profissional.

É um trabalho voltado para a identificação e eliminação dos bloqueios internos


visando a obtenção de resultados.

Para resumir, é o profissional que ajuda a destravar as habilidades naturais das


pessoas, através do autoconhecimento.

– Coaching de liderança:

Neste caso, o profissional é o gestor (coach) e este orienta seu cliente (coachee),
que é o empregado. A orientação visa que o empregado desempenhe suas ações de
maneira satisfatória. São utilizadas metas claras para criar alvos mensuráveis.

É uma atividade que consegue reconhecer potenciais e desenvolver


competências da equipe. Envolve, ainda, o processo educativo, ou seja, de
aprendizagem da equipe, auxiliando na comunicação. É uma atividade recente, porém
cada vez mais procurada.

Quando falamos em tipos e modalidades de coaching, é importante ressaltar que


ele não é uma atividade de terapia, aconselhamento, psicologia, consultoria ou
mentoring (focado nos jovens que demonstram grande potencial de desenvolvimento e
não nos profissionais propriamente ditos).

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Veja abaixo algumas diferenças essenciais entre o coaching e outros tipos de
atividades que visam o acompanhamento e direcionamento de pessoas:

Coaching é diferente de terapia:

O foco da terapia são as experiências e os sentimentos que têm relação com


acontecimentos que ocorreram no passado. Ela tem como base a orientação para
resolução de um problema.

A terapia abrange questões relacionadas com a saúde e o fortalecimento


emocional, enquanto o coaching abrange questões de desempenho, desafios, ampliação
de recursos e mudanças específicas.

Já o foco do trabalho de coaching é orientado a partir dos objetivos que estão no


futuro, sempre encorajando o cliente para que siga em frente visando novas conquistas,
alcançando objetivos e obtendo realização pessoal e profissional.

O foco do coaching são as ações, resultados, crescimento e desenvolvimento


pessoal. Já a terapia foca nas dificuldades subjetivas e no fortalecimento pessoal.

No processo de coaching, o cliente tem como foco alguma meta que queira
atingir no futuro, concentrando-se no presente para desenvolver todas as habilidades e
competências necessárias para obter o sucesso desejado.

O coaching prioriza o presente e o futuro, enquanto a terapia prioriza o passado.


Ele aborda como agir em razão do que se quer alcançar, criando soluções, enquanto a
terapia aborda o porquê o cliente age, sente e pensa, e como poderia ser alterado para
alcançar maior conforto e amadurecimento emocional.

O profissional de coaching é o coach enquanto o da terapia é o


terapeuta/psicoterapeuta.

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Os resultados do coaching são a geração de opções construtivas, viáveis, que
potencializem a obtenção dos resultados desejados. Já os resultados da terapia são o
alívio e a eliminação das causas do mal-estar e das dificuldades sentidas, além do
amadurecimento emocional.

Coaching é diferente de consultoria:

Normalmente, os consultores são especialistas em suas áreas e são contratados


para resolverem os problemas do cliente. A consultoria abrange questões e problemas
da empresa e aborda o que pode/deve ser mudado, corrigido e/ou melhorado no sistema
da empresa.

O trabalho dos consultores está baseado em análises, apontamentos de melhorias


de performance. Eles não abordam o aperfeiçoamento pessoal do cliente, pois o foco é o
funcionamento da empresa.

O coach normalmente não possui conhecimento especializado no negócio de seu


cliente. Seu foco é este próprio, e, consequentemente, o que ele entende da organização.
Ainda deve conduzir o cliente para que este desenvolva um trabalho completo e eficaz
dentro de seu planejamento, seja financeiro, administrativo ou operacional.

O profissional é um consultor especializado e experiente em um determinado


setor. Tem como resultado o aperfeiçoamento da empresa, a solução e a prevenção de
problemas.

Coaching é diferente de mentoring:

Podemos resumir a função dos mentores, de modo geral, como conselheiros que,
devido às suas experiências e conhecimentos adquiridos ao longo da vida, podem
aconselhar e direcionar as pessoas em determinados assuntos.

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O coach auxilia seu cliente a encontrar as melhores soluções sem dar conselhos,
ele utiliza uma metodologia que disponibiliza ferramentas importantes para conduzir o
cliente a encontrar por si mesmo soluções assertivas.

O mentoring funciona como uma tutoria em que um profissional com mais


experiência passa a orientar e compartilhar com profissionais menos experientes e que
estejam iniciando seu ingresso no mercado de trabalho ou em uma empresa específica.
Ele abrange questões relacionadas com a empresa, carreira ou transições profissionais e
foca nas possibilidades, priorizando tanto o passado quanto o presente e o futuro. Sua
abordagem é voltada na maneira de agir no âmbito profissional e de carreira.

O trabalho do mentor resulta em informações para ampliar a visão e o


conhecimento de possibilidades.

Coaching é diferente de autoajuda:

Normalmente, as atividades voltadas para a autoajuda são abordadas em livros,


sites e em outros meios escritos.

O foco do trabalho de autoajuda é apresentar informações teóricas para ajudar as


pessoas a encontrar o melhor caminho e atingir um nível de felicidade satisfatório.
Porém, é um processo em que o cliente/aluno é o próprio professor e precisa aprender a
se automotivar e a conseguir resolver seus problemas sozinho.

Já o coach é aquele tipo de profissional visto como parceiro, que ajuda seu
cliente a melhorar e a crescer como ser humano, fazendo com que ele aprenda e consiga
atingir seus objetivos de forma rápida.

Veja abaixo um quadro com as principais diferenças entre o coaching e a


psicoterapia, coaching e aconselhamento e coaching e treinamento:

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COACHING PSICOTERAPIA
– Voltado para o desempenho – Enfoca, fundamentalmente, o indivíduo
profissional; e seus problemas pessoais;
– Ênfase no futuro; – Ênfase maior no passado;
– Rápido e superficial; – Longa e profunda;
– Preocupa-se com o que está faltando; – Preocupa-se com o que está errado;
– Visa à ação. – Visa a modificações na personalidade.
COACHING ACONSELHAMENTO
– Destina-se a qualquer funcionário; – Destina-se a funcionários que têm
– Menos direto; problemas;
– Fornece elementos para que o cliente – Mais direto, procura chamar a atenção
decida se convém mudar; do empregado para o problema;
– Procura conhecer alternativas possíveis – Procura fazer com que o funcionário
para melhorar o desempenho. reconheça a necessidade de mudar;
– Procura identificar a causa do problema
e reforçar o comportamento correto.
COACHING TREINAMENTO
– É individual; – Direcionado normalmente a grupos;
– Os objetivos são definidos ao longo do – Trabalha com objetivos definidos e
processo; operacionais.
– Exige relacionamento mais franco e
intenso do que no treinamento.
Fonte: Adaptado da obra Gestão de Pessoas do autor Antonio Carlos Gil.

Bases para exercer o coaching

Para se transformar num eficaz gestor coach, é necessário compreender que:

– A aprendizagem do adulto é fortemente influenciada pelas experiências


anteriores da pessoa e é ainda mais influenciada pela percepção que a pessoa tem de si,
da sua auto-imagem da sua auto-estima;

– O adulto precisa sentir uma necessidade clara e definida para estar motivado a
aprender;

– A aprendizagem implica a modificação do comportamento, através de


experiências;

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– O comportamento do adulto é fruto das suas percepções e das suas escolhas;

– Se ele se comporta da maneira como se tem comportado é porque percebe,


sente que essa é a melhor maneira de fazer as coisas e obter o que deseja;

– As experiências anteriores do adulto reforçam as suas crenças quanto a


melhor maneira de agir, e normalmente acredita que está a fazer as coisas da maneira
mais correta.

Fonte: http://dinamicasecoaching.webnode.pt/coaching/o-gestor-como-coach/

1.3 - Vantagens do coaching

Podemos afirmar que um profissional de coach poderá atuar da maneira que lhe
for mais conveniente, prazerosa e satisfatória, seja com pessoas aplicando o coaching de
vida, seja com empresas utilizando o coaching de negócios.

O desafio e a possibilidade de trabalhar com uma grande variedade de pessoas,


em seus mais variados contextos e com uma diversificada gama de ambições, são
grandes motivações para a formação na área de coaching.

O coaching serve para:

• Desenvolver a liderança em executivos;

• Aumentar a perfomance de líderes e empreendedores;

• Auxiliar a pessoa na ampliação de sua visão de mundo;

• Prestar assessoria pessoal e profissional;


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• Aprimoramento de times;

• Construção de equipes de alto desempenho;

• Atuar como empreendedores;

• Aumentar resultados pessoais em diferentes nichos/modalidades;

• Desenvolver carreira e vida pessoal;

• Auxiliar no planejamento;

• Ajudar a adquirir habilidades e competências.

A implantação do coaching é necessária quando:

• Há falta de conexão entre os resultados finais e necessidades das


pessoas;

• Há uma cultura de comando e controle;

• Há falta de comprometimento dos funcionários com os resultados;

• Não há plano de sucessão;

• Há perda de grandes talentos para a concorrência;

• Há conflitos de visão, valores e ações;

• Há diferentes estilos de comunicação e, consequentemente,


desentendimentos;

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• Quando a motivação é atingida através da intimidação.

A implantação de um modelo de coaching resulta e promove:

• Uma visão comum;

• Aprendizagem e criatividade;

• Desenvolvimento de liderança;

• Uso das forças para soluções inovadoras;

• Valorização do capital humano;

• Alinhamento de valores pessoais e profissionais;

• Comunicação mais efetiva e completa;

• Aumento da escolha e consciência;

• Alinhamento e integridade;

• Foco nos resultados;

• Soluções de problemas;

• Aumento da responsabilidade, integridade e motivação;

• Retenção de grandes talentos na empresa;

• Transformação de problemas em oportunidades;

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• Valorização das habilidades interpessoais no local de trabalho;

• Eliminação de obstáculos para o sucesso do desenvolvimento pessoal e


profissional.

Abaixo, temos um estudo publicado por uma empresa norte-americana que


buscou calcular o ROI (retorno sobre investimento) de um programa de coaching para
executivos. Tal programa trouxe os seguintes benefícios:

• Aumento de produtividade: 53% dos executivos;

• Organização: 48%;

• Retenção dos executivos que receberam coaching: 32%;

• Trabalho em equipe: 67%;

• Satisfação no trabalho: 61%;

• Resolução de conflitos: 52%;

• Comprometimento com a organização: 44%.

Segundo o consultor, palestrante e trainer Coach da Lambent do Brasil e


International Coaching Community (ICC), Flávio Souza, os resultados efetivos do
coaching são:

Um indivíduo saudável:

• Terá sua vida melhor controlada;

• Adquirirá mais confiança, flexibilidade e criatividade;


20
• Terá uma vida mais equilibrada e com mais qualidade de vida;

• Diante do alcance dos objetivos de vida e da eliminação dos obstáculos,


terá mais energia e força de vontade para traçar e alcançar novos
objetivos;

• Terá uma vida harmônica baseada em valores;

• Será mais eficiente e capacitado profissionalmente e terá melhores


resultados;

• Irá minimizar as lacunas existentes entre o seu perfil profissional e a


sua expectativa em relação ao desempenho de suas funções na
organização em que trabalha;

• Conseguirá ter habilidade para lidar com o stress do dia a dia de uma
forma positiva;

• No processo de transição em sua carreira, terá mais eficiência;

• Terá apoio na preparação para a aposentadoria;

• Diante dos novos contextos culturais e de fusões empresariais terá


apoio para se adaptar;

• Suas potencialidades e necessidades de desenvolvimento serão


alcançadas de maneira consciente;

• Terá uma vida mais feliz e satisfatória.

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Uma organização saudável:

• Contratará uma das ferramentas modernas de melhor custo-benefício e


custo-efetividade em relação aos resultados alcançados;

• Transformará organizações de centros de lucros para centros de


pessoas que geram lucros;

• Conseguirá obter e alcançar um investimento capaz de produzir um alto


desempenho nos negócios;

• Conseguirá manter os colaboradores considerados importantes,


evitando, desta forma, o custo de retreinamento e perda de informações
confidenciais para a concorrência;

• Obterá a maneira mais eficaz de desenvolver competências para obter


um melhor desempenho dos profissionais cruciais e das equipes de
trabalho;

• Dará uma prova do compromisso de uma empresa com o


desenvolvimento de seu pessoal retendo talentos;

• Melhorará de forma significativa o trabalho em equipe.

Uma equipe saudável:

• Consegue obter um melhor desempenho;

• Tem uma melhor definição de metas e estratégias;

• Consegue tomar melhores decisões;

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• Consegue manter suas metas e objetivos;

• Terá um efeito muito positivo na empresa, podendo significar milhões


de reais em lucro extra;

• Trabalha de uma maneira mais harmônica graças ao apoio recebido;

• Manterá a missão e a visão da equipe sempre em alta.

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Unidade 2 – Competências essenciais

Para descobrir a melhor maneira de se lidar com pessoas em um negócio ou uma


empresa (ou mesmo em sua vida pessoal), antes de qualquer coisa, o profissional
precisa se qualificar, além de entender e aprender sobre o que ele pretende utilizar em
seu dia a dia.

Portanto, nesta segunda unidade deste curso você receberá as informações


básicas sobre as competências essenciais que norteiam a atividade de coaching.

Destacaremos a questão da missão e da visão, que são muito importantes no


exercício da profissão, ressaltando ainda valores, código de ética e conduta e os
principais pilares que são imprescindíveis ao coach.

24
2.1 - Missão e visão

Tanto o processo que envolve a missão quanto o que está relacionado à visão são
extremamente importantes na vida de pessoas de sucesso. Quando temos uma missão de
vida, temos um horizonte para onde olhar.

Pessoas com uma missão deixam sua marca mesmo após a morte. Veja, logo
abaixo, alguns exemplos de pessoas que tinham uma missão de vida e viveram
baseando-se em seus valores. O primeiro deles é Mahatma Gandhi:

“Não temerei ninguém na terra. Temerei somente a Deus. Não terei maus
sentimentos em relação a ninguém. Não me submeterei à injustiça por parte de
ninguém. Conquistarei a inverdade com a verdade. E, ao resistir à inverdade,
suportarei todo o sofrimento.”

Outro exemplo é Madre Tereza de Calcutá, que disse: “Ter compaixão e


misericórdia pelos moribundos”. Por último, vem Benjamin Franklin: “Temperança –
Silêncio – Ordem – Resolução – Economia – Diligência – Sinceridade – Justiça –
Moderação – Higiene – Tranquilidade – Castidade – Humildade”.

No trabalho de coaching, é importante que o profissional leve o coachee aos


seguintes questionamentos:

O que meus valores podem fazer por mim?

• É importante reforçar e deixar claro que são os valores que formam


uma base que possibilita ao coachee encontrar o melhor caminho para
seguir sua missão;

• Tomar decisões, definir metas e desenvolver as competências certas


para cada função são atividades consideradas fáceis quando se tem
valores sólidos;

25
• A tarefa de descobrir os valores não é nada fácil, porém negligenciar
estes valores é algo ainda mais complicado e negativo;

• Quando a pessoa escolhe um caminho a seguir, deve ter em mente que


há vários obstáculos e que estes devem ser superados, sem que sejam
comprometidos os valores e as crenças na vida.

Como descobrir meus valores e minha missão de vida?

• Para descobrir os valores e a missão de vida, é importante trabalhar


com dois processos, que são:

(a) Buscar encontrar a missão e o propósito de vida, identificando cinco


principais características ou talentos que possua;

(b) Resgatar no próprio interior os valores e crenças.

• Definir a missão consiste em definir seus talentos e características


através de comportamentos que as evidenciam e, a partir de então,
conquistar os objetivos, sejam pessoais ou financeiros;

• O papel do profissional, neste caso, é auxiliar o cliente a chegar a um


resultado final, com a missão clara e de fácil assimilação.

Quando nos referimos à visão, é importante ressaltar que este é um termo muito
utilizado pelas grandes empresas que estão consolidadas no mercado e que se
preocupam com sua imagem perante o público e a sociedade.

O trabalho de identificar a visão também é baseado em dois processos:


identificar a visão de futuro e determinar como gostaria de ser visto pelas pessoas ao
redor, tipos de sentimentos e reações esperadas.

26
Dentre as especificidades do coaching destacamos que:

• O coaching é voltado para executivos em posições de liderança;

• O coach não precisa dominar ou ter conhecimento específico da área de


atuação do coachee;

• O coach oferece questionamentos feitos através de perguntas abertas e


provocativas, não oferecendo soluções prontas;

• Tanto o coach quanto o coachee precisam estabelecer objetivos que


possam ser atingidos, ou seja, alcançáveis e que devem ser definidos e
acordados previamente e em comum acordo;

• Um dos principais propósitos do coaching é facilitar o desenvolvimento


do profissional, fazendo com que o mesmo progrida tanto pessoal
quanto profissionalmente, alcançando resultados.

2.2 - Código de Ética e Conduta

É importante iniciarmos este tópico com a ideia de que a conduta ética visa o
bem comum e a reunião de princípios que devem orientar a conduta humana, seja ela
dentro do ambiente de trabalho, no ambiente familiar ou dentro de uma sociedade.

A ética estuda a moral e é a base de toda a educação, seja individual ou coletiva.


Ela estuda as consequências das condutas, corretas ou não, construtivas ou destrutivas.
A partir disso, entendemos que a principal função da moral e da ética é formar a
consciência moral das pessoas, ou seja, a consciência do bem e do mal para si e para os
outros do seu grupo social e da sociedade.

27
Quando falamos em moral, podemos atribuir a ela a responsabilidade em ensinar
o homem a agir de maneira correta e construtiva dentro de seu grupo social. A partir de
uma educação moral eficaz e de uma base sólida, o homem tende a ser bem sucedido e
possuir qualidades físicas, mentais e sociais.

Quando nos referimos à ética em seu sentido mais amplo, podemos dizer que ela
abrange a vida pessoal e profissional. A palavra ética vem do grego e tem dois
significados complementares: um deles diz respeito à proteção, e o outro, à formação do
caráter. Segundo o sociólogo Betinho Herbert de Souza, em matéria ao “O Estado de
São Paulo”, “a ética não é uma etiqueta que a gente põe e tira, é uma luz que a gente
projeta, para segui-la com os nossos pés, do modo que pudermos, com acertos e erros,
sempre e sem hipocrisia”.

A forma de ser e agir, além do respeito às diferenças individuais e às


diversidades culturais, são algumas das atitudes que devem ser observadas na conduta
ética de cada indivíduo.

São consideradas atitudes que oferecem qualidade de vida e estão dentro dos
padrões éticos:

• Sempre cumprir as tarefas que lhe forem atribuídas e as promessas


feitas;

• Não fazer fofoca;

• Ter a capacidade de saber ouvir;

• Ser humilde e admitir os próprios erros, não tentando escondê-los nem


culpando outras pessoas que não têm relação alguma com o assunto;

• Não espalhar boatos e não participar de intrigas;

28
• Não denegrir a imagem dos concorrentes;

• Não deixar que outras pessoas sofram ataques injustos, defendendo-as;

• Quando alguma pessoa não estiver presente, não fazer comentários


depreciativos sobre a mesma;

• Quando cometer erros, assumir a responsabilidade diante de outros


colaboradores ou da equipe;

• Sempre dizer o que realmente pensa;

• Ter as próprias ideias e não aceitar os créditos ou se apropriar das


ideias alheias;

• Comunicar-se de forma aberta, honesta e transparente;

• Inspirar confiança no ambiente de trabalho;

• Cooperar com os colegas e com a equipe.

Alguns princípios éticos são fundamentais à conduta humana dentro de uma


organização:

• Probidade: preconizar uma conduta honesta e justa. Integridade de


caráter, honradez;

• Prudência: agir com capacidade, inspirar confiança em seus


superiores, não executar ações que coloquem em risco a imagem
pessoal e da empresa;

29
• Idoneidade: ter competência moral e legal;

• Temperança: executar as funções com moderação e sobriedade. Não


ostentar;

• Tolerância: aceitar críticas, sejam elas de clientes, empregados ou


superiores e saber tirar proveito das mesmas;

• Respeito: não realizar atos discriminatórios, não destratar, oprimir ou


não caluniar as pessoas e tratá-las sempre com respeito;

• Capacitação: sempre capacitar-se para desempenhar qualquer função.


Buscar treinamentos e qualificação;

• Responsabilidade: cumprir obrigações e deveres, independente do


cargo que ocupa;

• Lealdade: ser leal com os compromissos que se dispõem a fazer e com


os clientes;

• Aptidão: não assumir função para qual não possui aptidão ou


habilidade;

• Legalidade: cumprir normas e legislações internas e externas;

• Transparência: clareza e veracidade no desempenho das funções;

• Liberdade de expressão: ter liberdade para sugerir e fazer críticas;

• Discrição: manter reservadas informações pessoais dos clientes e/ou


colegas de trabalho. Não expor suas intimidades para os clientes e/ou
colegas;
30
• Sigilo: manter sigilo sobre dados e outras informações pessoais de
clientes e/ou colegas de trabalho;

• Hierarquia: respeitar escala hierárquica dentro da instituição;

• Imparcialidade: apresentar conduta imparcial ao desempenhar suas


funções;

• Igualdade de tratamento: não executar atividades discriminatórias,


tratar as pessoas de maneira igualitária independente do cargo, grau de
escolaridade, sexo, raça, classe social, dentre outros;

• Zelo: desempenhar as atividades com zelo e conservação do material de


trabalho;

• Uso apropriado do tempo de trabalho: utilizar o tempo pré-


determinado pela empresa para executar as atividades exclusivas da
mesma;

• Cooperação: auxiliar outros empregados caso seja necessário, com o


objetivo de otimizar a realização das atividades.

Veja abaixo a listagem com os padrões de conduta coach estabelecidos pela


International Coach Federation (IFC – Federação Internacional de Coach):

– Eu me comporto de forma a garantir a boa imagem da profissão de coach e


me privarei de fazer qualquer coisa que fira o entendimento do público ou a aceitação
do coaching como profissão.

– Eu classifico meu nível de competência de coaching no melhor da minha

31
capacidade e não exagero minhas qualificações, habilidades ou experiências como
coach.

– No início de cada relacionamento de coaching, irei sempre garantir que meu


cliente compreenda os termos do acordo de coaching celebrado entre nós.

– Não prometerei ou anunciarei resultados que não possa garantir.

– Respeitarei o sigilo das informações de meu cliente, exceto quando autorizado


por ele, ou quando exigido por lei.

– Obterei permissão de cada um de meus clientes antes da divulgação de seus


nomes como clientes ou referências.

– Estarei sempre atento para perceber quando meu cliente não mais estiver se
beneficiando do nosso relacionamento de coaching e, portanto, quando seria melhor
atendido por outro coach ou por outro tipo de profissional e, neste momento, irei
encorajar o cliente a efetuar a mudança.

– Evitarei conflito entre os meus interesses e os de meus clientes.

– Sempre que surgir a possibilidade de conflito de interesses, discutirei


prontamente a questão com meu cliente a fim de acordar uma forma de lidar com isso,
que melhor atenda os interesses de meu cliente.

– Prontamente, revelarei a meu cliente todas as comissões ou recompensas que


por ventura receber de terceiros por dar ao cliente referências, indicações, orientações
ou conselhos.

– Honrarei todos os termos do contrato celebrados com meus clientes ou, se em


separado, com quem quer seja que me remunere para o coaching de meus clientes.

32
– Não fornecerei informações ou conselho que reconheço como confidenciais,
equivocados ou além da minha competência a clientes ou potenciais.

– Reconhecerei o trabalho e as contribuições dos outros; respeitarei direitos


autorais, marcas registradas e os direitos da propriedade intelectual e cumprirei as leis
aplicáveis e meus contratos relativos a esses direitos.

– Sempre que indagado por meus clientes a respeito dos padrões éticos,
informarei a eles meu compromisso e concordância no cumprimento do compromisso
ético e dos padrões de conduta.

Fonte: http://www.icfbrasil.org/

Algumas empresas e profissões, buscando consolidar a imagem perante seus


colaboradores, clientes e a sociedade, desenvolvem e elaboram o seu próprio Código de
Ética, que tem o objetivo de trazer, de forma resumida e acessível, os princípios que
norteiam a conduta profissional. Ou seja, ele reflete as expectativas da empresa ou do
profissional em relação ao comportamento e às atitudes.

Partindo desta ideia, a Sociedade Brasileira de Coaching também possui um


“Código de Ética e Conduta do Coach”, que visa contribuir com o desenvolvimento de
critérios e padrões de excelência, metodologias, técnicas e ferramentas com o objetivo
de elevar a qualidade na prática dos coaches.

A instituição, que atua de forma pioneira no Brasil desde o ano de 1999 e já


formou mais de 3.500 profissionais no Brasil, ressalta que as disposições deste Código
de Ética e Conduta aplicam-se a todos os nichos e áreas de atuação do coach.

Veja abaixo a íntegra do código, que é fundamental para nortear a prática do


exercício profissional:

33
A Seção I do Código trata da postura do profissional em relação à
profissão:

1 – Zelando pela credibilidade do coaching, através da qualidade dos serviços


prestados; por meio de uma conduta ética; e recomendando, quando solicitado, apenas
profissionais capacitados e confiáveis, certificados por uma instituição idônea.

2 – Investindo continuamente no aprendizado e desenvolvimento pessoal a fim


de oferecer um excelente serviço de coaching.

3 – Ficando atento a questões pessoais que possam afetar negativamente a


atuação como coach e, sempre que necessário, buscando ajuda profissional para
resolvê-las.

4 – Jamais utilizando os conhecimentos de coach para prejudicar outro ser


humano, seja cliente ou não.

5 – Reconhecendo o empenho e a dedicação de todos os que desenvolvem


materiais, produtos, conteúdos e soluções que contribuam com o aprendizado. Agindo
eticamente, respeitando os direitos autorais.

A Seção II do Código trata da prospecção de clientes do contrato de


coaching:

1 – Não utilizar informações falsas ou enganosas a respeito do coaching ou de


si mesmo, visando com isso conquistar novos clientes.

2 – Não prometer o que não possa cumprir.

3 – Não se posicionar como o único responsável pelos resultados. Deixar claro


que a participação e o comprometimento do cliente são fundamentais para o êxito do

34
processo de coaching.

4 – Responder com toda a honestidade às dúvidas e hesitações do futuro cliente


quanto ao funcionamento e aos benefícios do coaching.

5 – Explicar ao cliente as premissas básicas do coaching, firmando, por meio de


contrato, as condições de parceria.

6 – Reconhecer o contrato como um dos fundamentos da parceria entre o coach


e o coachee e se comprometer a respeitá-lo.

7 – Não atuar com indivíduos que estejam se submetendo ao coaching contra a


vontade, por imposição de terceiros.

8 – Não atuar com indivíduos que não preencham as condições necessárias para
receber o coaching.

A Seção III do Código trata da remuneração, destacando que ao fixar a


remuneração pelos serviços de coaching, deve-se levar em conta:

a) A justa retribuição aos serviços que prestar.

b) A necessidade de comunicar os valores ao cliente antes do início das sessões


e de certificar-se de que ele está ciente e de acordo.

c) A necessidade de estipular e de informar ao cliente o número de sessões


cobertas pelo valor acordado e sua duração.

d) A necessidade de prestar serviços de qualidade, independentemente do valor


acordado.

35
A Seção IV do Código trata das atitudes e conduta com o cliente:

– Não utilizar informações fornecidas por clientes para obter vantagens pessoais
nem para conceder vantagens a terceiros.

– Incentivar a autonomia dos clientes, desencorajando qualquer forma de


dependência entre o coachee e o coach.

– Respeitar os limites que devem existir na relação entre o coach e o coachee.


Compreender que esses limites são essenciais para o bom funcionamento da prática de
coaching e, por isso, não manter relações que não sejam estritamente profissionais com
nenhum cliente atual.

– Reconhecer o direito do cliente de receber as melhores e mais confiáveis


práticas de coaching. Por isso, não introduzir nas sessões nenhum conceito, método,
técnica ou ferramenta que não tenha sido desenvolvido, testado, aprovado e
recomendado por uma instituição de coaching idônea.

– Assumir o compromisso de jamais utilizar a posição como coach para induzir


o cliente a realizar quaisquer atos que possam contrariar seus valores e/ou causar danos
ao próprio cliente ou a terceiros.

– Seguir a premissa básica de que o coach deve contribuir para fortalecer o


poder de decisão e de escolha consciente do cliente, e nunca enfraquecer, diluir ou
usurpar esse poder.

– Não induzir o cliente a quaisquer convicções políticas, ideológicas ou


religiosas.

– Manter em sigilo absoluto todas as informações fornecidas pelo cliente


durante as sessões de coaching. O compromisso de confidencialidade será mantido

36
mesmo após o término do processo de coaching, estendendo-se, também, a ex-clientes.

– Todas as anotações que fizer durante as sessões de coaching serão destinadas


ao próprio uso. Essas anotações não serão divulgadas, compartilhadas ou utilizadas
para outro fim que não seja o acompanhamento de suas sessões de coaching.

– Não fazer nenhuma gravação em áudio ou vídeo de suas sessões a menos que
seja necessário para bem do processo de coaching. Neste caso, se comprometer a pedir
a autorização do cliente, a manter o material gravado em sigilo e destruí-lo após o
término do contrato.

A Seção V do Código trata da interrupção das seções e finalização do


processo de coaching:

1 – Interromper as sessões de coaching e descontinuar o processo quando


perceber que:

a) O coaching não é a intervenção mais adequada para o cliente naquele


momento.

b) O cliente é disfuncional.

c) O cliente está violando reiteradamente os termos do contrato de coaching.

d) O cliente não está obtendo resultados com o processo.

e) O cliente insiste em manter objetivos antiéticos e/ou nocivos a outras


pessoas, mesmo depois de tê-los analisado com o coach.

f) Existir conflito de interesses.

g) Não se sentir capaz, por motivos pessoais ou por choque de valores, de

37
suspender seu julgamento durante a atuação com o cliente.

h) As exigências e necessidades do cliente estejam além da capacidade,


conhecimento ou disponibilidade do profissional.

2 – Não prolongar o número de sessões de coaching de modo a estendê-las além


do necessário.

A Seção VI do Código trata dos resultados, das medições e avaliações:

1 – Entender que as técnicas de medição de resultados do processo de coaching


são instrumentos fundamentais para:

a) Conscientizar o cliente de seu próprio desenvolvimento e estimular seu


progresso contínuo.

b) Fornecer ao cliente meios confiáveis para avaliar o retorno de seu


investimento.

c) Mensurar o valor que está sendo agregado por seus serviços de coaching, o
que constitui um passo importante para o próprio crescimento e consolidação
profissionais.

d) Validar as metodologias e técnicas do coaching por meio de resultados


comprovados e, com isso, fortalecer a credibilidade e a aceitação do coaching.

2 – Ser absolutamente honesto nas avaliações de resultados. Assumir o


compromisso de jamais alterar, distorcer ou influenciar as respostas e percepções do
cliente quanto aos resultados de suas sessões de coaching e de sua atuação profissional.

3 – Compreender que os processos de medição e de avaliação do coaching


devem seguir critérios técnicos específicos a fim de assegurar a credibilidade dos

38
resultados. Por isso, usar somente as técnicas de medição e de avaliação recomendados
pela instituição na qual realizou sua formação como coach.

4 – Jamais divulgar resultados ou cases de clientes sem obter deles expressa


autorização – por escrito e assinada.

A Seção VII do Código trata das virtudes e conduta do coach:

1 – Manter uma conduta ética tanto na vida pessoal quanto na vida profissional,
pois é responsabilidade do coach servir de exemplo e viver na prática os princípios e
valores do coaching.

2 – Cultivar as seis virtudes universais que contribuem para gerar níveis


sustentáveis de bem-estar, gratificação e significado autênticos em sua vida e na vida
dos que o cercam. As seis virtudes, que foram identificadas pela Psicologia Positiva e
estão plenamente alinhadas à ética e aos princípios do coaching, são:

– Sabedoria: É precedida pelo conhecimento e evolui para a compreensão – de


si mesmo e dos outros.

– Coragem: Determinação exercida atentamente na intenção de alcançar


objetivos importantes, porém incertos.

– Amor e Humanidade: Interação social positiva com amigos, conhecidos,


familiares e até estranhos. Compreende bondade e generosidade.

– Justiça: Compreende comprometimento com a coletividade, cidadania,


espírito de equipe e imparcialidade.

– Moderação: Expressão apropriada e sóbria de apetites e desejos. A pessoa


moderada não reprime suas vontades, mas espera pela oportunidade de satisfazê-las de
modo a não prejudicar a si e aos outros.

39
– Transcendência: Estabelecer conexão com algo maior e mais durável: outras
pessoas, o futuro, a evolução, o divino ou o universo.

Fonte: http://www.sbcoaching.com.br/

2.3 - Os Principais pilares

Fonte: Consultoria de desenvolvimento organizacional / International Coaching Community

De acordo com as especialistas em Gestão de Pessoas e autoras do artigo


“Coaching: Uma metodologia para qualificação e desenvolvimento profissional”,

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Cláudia Elisa Both Kunzler e Evania Schneider, a atividade de coaching está pautada
em alguns pressupostos, dos quais destacamos os principais:

a) todas as pessoas têm os recursos que precisam ou podem adquiri-los;

b) as pessoas optam pela melhor opção possível naquele instante;

c) o comportamento humano é premeditado;

d) a mudança só ocorre pela ação;

e) o coach é um facilitador. Quem de fato produz resultado é o cliente;

f) a mudança pressupõe trabalhar três grandes áreas: metas objetivas, ou


seja, focar o que o cliente quer e como alcançar; valores: saber o que é mais
importante e valioso para o cliente; crenças: eliminar opiniões limitantes e
fornecer novas crenças de crescimento por meio de feedback positivo;

g) as mudanças e resultados de desenvolvimento ocorrem por processos de


aprendizado;

h) o processo de coaching é relacionado aos processos de interação,


comunicação e relacionamentos humanos;

i) o cliente tem um modo de ler a realidade e esse modo é definidor da


amplitude ou não das ações de mudança;

j) o cliente é um ser complexo que está inserido num contexto paradoxal,


logo a sua visão deve ser abrangente e holística.

(KUNZLER; SCHNEIDER, 2012)

Chiavenato (2002) destaca e ressalta algumas perspectivas que seriam


imprescindíveis ao coach:

1) Ouvir e ensinar

– Prestar atenção e perceber as necessidades das pessoas são fatores


fundamentais para o coach.

– Vários problemas podem ser reconhecidos por quem escuta com atenção.

41
– Muito mais do que estar atento ao conjunto de palavras, é necessário perceber
os pedidos de ajuda, muitas vezes, implícitos.

– O coach deve ouvir com interesse o que diz o colaborador, especialmente se


esta opinião for diferente da sua.

– O coach deve estar aberto para transmitir seus conhecimentos sem ter medo da
sombra, ou seja, sem temer que seus ensinamentos possam ser uma ameaça para si
próprio.

– Deve buscar constantemente o seu desenvolvimento, agregando cada vez mais


conhecimentos, para estar atualizado e poder repassar essas informações aos demais.

2) Orientar as pessoas

– A função do coach é analisar as situações que interferem na condução dos


projetos e redirecionar os planos de ação sempre que preciso.

– Em se tratando do direcionamento das estratégias para a obtenção dos


objetivos estabelecidos, o coach orienta para o melhor caminho a seguir, seja com
relação ao desenvolvimento técnico necessário para o desempenho das tarefas, seja com
relação ao comportamento eficaz que atenda às necessidades do projeto.

– O coach deverá auxiliar a pessoa no desenvolvimento de algumas habilidades


próprias, tais como determinação, paciência e persuasão, a fim de conseguir os objetivos
necessários.

– O coach precisa ter argumentações fortes que direcionem para a aceitação de


novos modelos, diminuindo resistências e conduzindo esforços para que possam ser
desenvolvidos e implementados, de acordo com a meta traçada.

42
3) Desenvolver o potencial de cada indivíduo

– A rapidez com que as coisas mudam exige o aprendizado de coisas novas,


direcionando o desenvolvimento de novos métodos de trabalho e novas posturas diante
dos clientes, buscando cada vez mais um diferencial para vencer a competitividade do
mercado.

– Motivar as pessoas para o autodesenvolvimento, pois as pessoas são as


primeiras responsáveis pelo êxito de sua carreira e manutenção de seu emprego.

– A segurança pessoal e profissional vem do conhecimento daquilo sobre o que


cada um tem maior interesse e aptidão, cabendo ao coach direcionar o indivíduo à
realização de atividades que lhe tragam satisfação e que possam atingir seus objetivos.

4) Compartilhar responsabilidades

– O coach deve tomar para si a responsabilidade de analisar, juntamente com o


colaborador, as situações inesperadas e redirecionar os planos de ação sempre que for
preciso.

– A responsabilidade pela obtenção dos resultados nos projetos efetuados pelas


pessoas deve ser calcada no compromisso mútuo.

– O comprometimento com as realizações deve ser compartilhado entre o coach


e o indivíduo, uma vez que é imprescindível uma condução adequada nos projetos, bem
como uma definição clara daquilo que é possível fazer.

5) Saber reter talentos

– O grande desafio das organizações é desenvolver capital humano, intelectual,


criando condições para sua constante evolução.

43
– O coach pode ajudar as pessoas na aquisição de novos conhecimentos.

– A partir dos novos conhecimentos surgem os talentos que precisam ser


mantidos na empresa, melhorando as novas formas de trabalho e conseguindo
resultados positivos para a organização.

Veja abaixo um resumo com as principais atribuições de um coach, segundo a


Sociedade Brasileira de Coach:

1) Atender o cliente em suas necessidades, explicar e esclarecer o processo de


coaching e estabelecer um vínculo de confiança entre coach e cliente;

2) Administrar as expectativas, ser objetivo quanto ao processo;

3) Avaliar o cliente, obter informações sobre ele;

4) Descobrir a preocupação imediata do cliente, seu estado atual;

5) Desenhar a aliança e comprometimento de trabalho entre cliente e coach;

6) Objetivar os aspectos práticos do processo de coaching, modo de trabalho


(sessões, tempo, prazo etc.);

7) Estabelecer metas exequíveis, estado desejado e sonho a ser realizado;

8) Elaborar um plano de ação a partir das metas e objetivos claros;

9) Elencar as tarefas que deverão ser realizadas durante as sessões até alcançar
as metas e objetivos delineados;

10) Monitorar, avaliar, corrigir e realizar a passagem e consolidação entre

44
estado atual, início do coaching, e estado desejado/sonhado/alcançado e com isso
realizar o término do processo.

Fonte: www.sbcoaching.com.br/

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Conclusão do Módulo I

Olá, aluno(a)!

Você está quase chegando ao fim da primeira etapa do nosso curso de Coaching
oferecido pelos Cursos 24 horas.

Neste módulo, abordamos diversos assuntos dentro da área de Coaching. Vimos


as características deste tipo de profissão e suas especificidades, o campo de atuação no
mercado de trabalho, as formas de lidar com os clientes e a questão da missão e visão,
ressaltando, ainda, valores, código de ética e conduta, junto dos principais pilares que
são imprescindíveis ao coach, entre outros assuntos.

Para passar para o próximo módulo, você deverá realizar uma avaliação
referente a este módulo já estudado. A avaliação encontra-se em sua sala virtual. Fique
tranquilo(a) e faça sua avaliação quando se sentir preparado!

Desejamos um bom estudo, boa sorte e uma boa avaliação!

Até logo!

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