Professional Documents
Culture Documents
Guia de estudo 1
SBV
SAMU Suporte Básico de Vida Módulo Único
DF
Fundamentos do
Suporte Básico de Vida
para adultos
SBV
SAMU Suporte Básico de Vida Módulo Único
DF
Equipe de Elaboração
Coordenação geral
Rodrigo Caselli Belém
Colaboradores
Cláudio Rogério Batista
Zelinda Torri
Revisores
Márcio Martins Melo
Carolina Cunha
Léia Melo
Paulo Roberto
Apresentação
..................................
Prezado Cursista,
Praticando (exercícios):
atividades sugeridas no Sugestão de leituras, filmes,
decorrer da leitura. sites e pesquisas: material de
exame complementar sugerida
ao aluno para aprofundar suas
Conceito: pensamento didático conclusões.
de um conhecimento ou
prática
Lembrar/ provocação: inserido
para despertar a atenção ou
Para refletir: questões reflexão sobre sua prática.
inseridas para estimulá-lo a
pensar a respeito do assunto
Para (não) finalizar
(considerações finais): texto,
Sintetizando/ enriquecendo ao final do módulo, com
nossas informações: intenção de instigá-lo a
aprofundamento das prosseguir com a reflexão.
discussões e/ou textos para
leitura complementar.
Ementa
Cadeia de Sobrevivência Adulta;
Parada Cardiorrespiratória;
Reanimação Cardiorrespiratória no Adulto;
Desobstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho;
Desfibrilador Externo Automático (DEA).
SBV
SAMU Suporte Básico de Vida Módulo Único
DF
Sumário
Módulo Único
Fundamentos do Suporte
Básico de Vida para adultos
Unidade I
Introdução ao atendimento de uma PCR
Unidade II
Parada Cardiorrespiratória
Unidade III
Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho
Unidade IV
Desfibrilação Externa Automática (DEA)
Referência Bibliográfica
SBV
SAMU Suporte Básico de Vida Módulo Único
DF
Introdução
ao atendimento
de uma PCR
SBV
SAMU Suporte Básico de Vida Módulo Único
DF
Unidade I – Introdução
CASE
- SAMU 192, boa tarde. Qual a emergência?
- Mande-me uma ambulância, rápido!
O meu vizinho acabou de desmaiar e está ficando roxo!
- Ele respira?
- Acho que não. Depressa! Querem deixar o homem morrer?
- Ok. Um médico irá conversar com a Senhora.
Q
uando surge uma parada respiratória ou cardiorrespiratória, as chances de
sobrevivência para a vítima variam em função do tempo de intervenção.
16%
84%
Conceito
A chegada de um meio de socorro ao local, ainda que muito rápida pode demorar
tanto como... 4 minutos!
Em condições ideais, todo o cidadão deveria estar preparado para saber fazer SBV.
Porém, essa ainda não é uma realidade em nosso país, que carece de políticas
públicas efetivas como a instituição de desfibriladores em locais públicos e uma
cultura popular de atuação em primeiros socorros.
Por vezes, o desejo de ajudar alguém que nos parece estar em perigo de vida pode
levar-nos a ignorar os riscos que podemos correr. Se não forem garantidas as
condições de segurança antes de se abordar uma vítima, em casos extremos,
poderá ocorrer a morte da vítima e do profissional.
Existe uma regra básica que nunca deve ser esquecida: o profissional de APH não
deve expor a si e nem a terceiros, a riscos que possam comprometer a sua
integridade física. Antes de se aproximar de alguém que possa eventualmente estar
em perigo de vida, o profissional deve assegurar primeiro que não irá correr nenhum
risco:
Uniforme
Fonte: Google.com
SBV
SAMU Suporte Básico de Vida Módulo Único
DF
Fonte: Google.com
Fonte: www.samu192df.com.br
Fonte: www.samu192df.com.br
SBV
SAMU Suporte Básico de Vida Módulo Único
DF
Fonte: Google.com
SBV
SAMU Suporte Básico de Vida Módulo Único
DF
Parada
Cardiorrespiratória
SBV
SAMU Suporte Básico de Vida Módulo Único
DF
A
s doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no
mundo, levando ao óbito o mesmo número de vítimas de câncer, doenças
respiratórias crônicas, acidentes e diabete mellitus combinados.
Aproximadamente metade de todas as mortes por DCV são causadas por morte
cardíaca súbita. A incidência de morte cardíaca súbita é aproximadamente 55 por
100.000 habitantes nos Estados Unidos, representando 5,6% das causas de morte
anuais e um grave problema de saúde pública. Menos de 15% das paradas
cardiorrespiratórias (PCR) ocorridas fora do hospital estão relacionados a trauma,
sendo a grande maioria provocada por doença cardiovascular.
Conceito de PCR
Conceito
Vítima inconsciente
Parada respiratória PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
Ausência de pulso carotídeo
Assistolia ventricular; no início do traçado registrou-se um complexo QRS e onda T, seguido de linha isoelétrica.
Fibrilação ventricular.
A) ondas amplas e rápidas - fibrilação ventricular tipo "grosseiro"; B) ondas pequenas e lentas - fibrilação tipo "fino".
Taquicardia ventricular.
Etiologia Tratamento
Tamponamento cardíaco Pericardiocentese
(neoplasia, IAM, trauma torácico)
Tensão do tórax Descompressão
5T (pneumotórax hipertensivo)
Trombose coronariana Difícil tratamento
(IAM extenso)
Tóxicos Bicarbonato/Antagonista
(antidepressivos, beta-bloqueadores, etc.)
Etilogia Tratamento
Hipovolemia Fluidos
Hipóxia O2 a 100%
5H Hipercalemia / Hipocalemia Bicarbonato
Hipotermia Aquecimento
H + (íon hidrogênio) (acidose) Bicarbonato
SBV
SAMU Suporte Básico de Vida Módulo Único
DF
Mais de 90% das Paradas Cardíacas, que ocorrem no ambiente extra-hospitalar tem
como causa a FIBRILAÇÃO VENTRICULAR, um tipo de arritmia fatal, cuja reversão
efetiva só é possível através da desfibrilação.
Críticos
cardiorrespiratória (PCR);
Comprimir forte e rápido: realizar as compressões com uma frequência mínima
de 100 compressões/minuto a uma profundidade mínima de 5 cm (2 pol) para
adultos;
Retorno total do tórax após cada compressão;
Minimizar as interrupções entre as compressões torácicas
(limitar a não mais que 10 segundos);
Realizar ventilações eficazes para que o tórax se eleve.
Evitar ventilações excessivas (hiperventilar a vítima).
Fonte: Adaptado do Manual de Suporte Básico de Vida da American Heart Association, 2011.
SBV
SAMU Suporte Básico de Vida Módulo Único
DF
1. Realização do CHECK-LIST
2. Trabalho em equipe
3. Liderança
4. Autoconfiança
Reanimação Cardiopulmonar
Conceito
ALGORITIMO UNIVERSAL
SIMPLIFICADO DE SBV
(SUPORTE BÁSICO DE VIDA)
SEGUNDO AS DIRETRIZES
DA AMERICAN HEART
ASSOCIATION (AHA)
2010
Necessita isolamento?
Necessita sinalização?
Segurança da Cena A cena está segura? Verificar segurança:
Do socorrista e equipe,
Da vítima
De terceiros
INICIANDO A RCP
Se estiver sozinho perante uma vítima irresponsiva, grite por ajuda, peça um DEA
(desfibrilador externo automático), verifique o pulso e inicie RCP (sequencia C-A-B)
Inicie
C • Compressões torácicas
sequência
de RCP A • Abertura de vias aéreas
C-A-B
B • Boa ventilação
Palpe o pulso carotídeo
1. Localize a traqueia utilizando os três dedos –
indicador, médio e anelar;
Verificando o
pulso Não sentiu ou não tem certeza?
Inicie compressões torácicas
Minimizar as interrupções
Vários dispositivos mecânicos para RCP foram avaliados em estudos recentes. Pelo
fato de serem dispositivos novos, na época das Diretrizes da AHA 2010, as
evidências científicas ainda não eram suficientes (Classe IIb) para se recomendar o
uso rotineiro. Estudos multicêntricos já começam a mostrar a eficiência de tais
equipamentos. IMPEDANCE THRESHOLD DEVICE (ITD)®
O uso do Dispositivo limiar de impedância (DLI)
melhorou a sobrevivencia a curto prazo.
AUTOPULSE® Poderá ser considerado por pessoal capacitado,
em adultos, em PCR, como um complemento.
Compressão Torácica com faixa Classe II b
de distribuição de carga.
O Autopulse aumenta a pressão LUND CARDIAC ARREST SYSTEM (LUCAS)®
Laboratório de hemodinâmica
de perfusão coronariana. Adequado em cateterismo cardíaco e intervenção
Uso por pessoal treinado. assegurando PAS adequada.
Classe II b Sem lesões fatais.
Classe II b
Clínico:
Técnica de extensão da cabeça e
elevação do mento
(Chin lift)
Abertura de
Vias Aéreas
Trauma:
Técnica de Anteriorização da Mandíbula
Verificar a (Jaw-thrust)
permeabilidade
1. Apoiar região tênar da mão sobre a região
das Vias
do zigomático, bilateralmente, estando
Aéreas posicionado sobre a “cabeceira” do paciente
Resumo dos principais componentes de SBV para adultos, crianças e bebês (AHA, 2010)
SBV
SAMU Suporte Básico de Vida Módulo Único
DF
REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA
Obstrução de Vias
Aéreas por Corpo
Estranho (OVACE)
SBV
SAMU Suporte Básico de Vida Módulo Único
DF
A
obstrução das vias aéreas pode se dar em qualquer nível de sua estrutura e
pode, ainda, ser completa ou incompleta.
Deve-se lembrar de que uma obstrução não revertida irá inevitavelmente evoluir
para um quadro de asfixia e posteriormente parada respiratória, portanto, assim que
identificada a obstrução, deve-se imediatamente iniciar as manobras apropriadas.
Vítima inconsciente
Recém-nascidos e bebês
Apoia-se a criança com a palma da mão, conforme
a figura, sobre a coxa, mantendo a cabeça mais
baixa que o corpo, e aplicam-se 5 golpes na região
dorsal, entre as escápulas,com a mão em
“concha”. Se não houver sucesso, pode-se alternar
esta manobra com as compressões torácicas.
Ficar atento para a iminência de uma parada
respiratória.
SBV
SAMU Suporte Básico de Vida Módulo Único
DF
MANOBRAS DE DESENGASGO EM CRIANÇAS E BEBÊS
(<1 ano)
PARADA RESPIRATÓRIA
IDENTIFICAÇÃO
A utilização do BVM por uma única pessoa exige certa prática para que
se consiga um resultado satisfatório. Dessa forma, deve-se, sempre que
possível, utiliza-lo com dois membros da equipe.
SBV
SAMU Suporte Básico de Vida Módulo Único
DF
Desfibrilação
Externa Automática
(DEA)
SBV
SAMU Suporte Básico de Vida Módulo Único
DF
Conceito
O DEA faz-se fundamental como elo na Corrente da Sobrevida, uma vez que a sua
utilização por pessoas leigas é considerada segura, desde que devidamente
treinadas, oferecendo, dessa forma, a desfibrilação precoce.
No Brasil, infelizmente, o seu uso por pessoas leigas, bem como a disponibilidade
de aparelhos, ainda é uma realidade incipiente. Atualmente, apenas algumas
empresas aéreas, em algumas aeronaves, e algumas unidades do Corpo de
Bombeiros, de alguns estados, possuem este equipamento disponível, bem como
amparo legal para seu uso.
DEFIBRILAÇÃO
Conceito
MECANISMO DE DESFIBRILAÇÃO
SBV
SAMU Suporte Básico de Vida Módulo Único
DF
FV = Fibrilação Ventricular
Dg = Drogas de emergência
SBV = Suporte Básico de Vida
SAV = Suporte Avançado de Vida
Nó atrioventricular
SBV
SAMU Suporte Básico de Vida Módulo Único
DF
Adenosina trifosfato (ATP), o qual se dissocia em adenosina difosfato (ADP).
Compressões eficientes
auxiliam a re-estabelecer
as ATPs aumentando a
chance de uma
desfibrilação bem
sucedida.
Colocada na posição
esterno-apical
Não responde
Sem RESPIRAÇÃO
Ou respiração tipo gasping
Verificar Pulso
COMPRESSÕES TORÁCICAS
30 compressões/ 2 ventilações Se a PCR for
presenciada
Use o DEA o
+ rápido
possível
ABRIR VIA AÉREA
Verificar obstrução
RESPIRAÇÃO
2 ventilações
IDENTIFICAR O RITMO
Durante as manobras
Manter via aérea aberta
1 CHOQUE
Ventilação e oxigenação
Posição do eletrodo
Corrigir causas reversíveis
Retornar as
Retornar as Considerar manobras
manobras Via aérea definitiva 30 compressões
30 compressões Vasopressor/antiarrítimicos 2 ventilações
2 ventilações 5 ciclos
5 ciclos Monitorizar
Glicose, temperatura, CO2
Eletrólitos
VASOPRESSORES:
ANTIARRÍTMICOS:
Amiodarona
Dose de ataque: 300 mg IV em bolus, podendo-se repetir dose de 150 mg
Dose de manutenção: 1 mg/min nas primeiras 6h e 0,5 mg/min nas 18h seguintes;
Antiarrítmico considerado de 1a escolha nessa situação
Lidocaína
Dose de ataque: 1-1,5 mg/ kg IV em bolus, podendo-se repetir a cada 3-5 minutos até o total de 3 mg/ kg;
Dose de manutenção: 1-4 mg/ min
Antiarrítmico considerado de 2a escolha nessa situação
A atropina não é mais recomendada para uso de rotina no tratamento da atividade elétrica
sem pulso (AESP)/assistolia.
SBV
SAMU Suporte Básico de Vida Módulo Único
DF
Referências
Bibliográficas
SBV
SAMU Suporte Básico de Vida Módulo Único
DF