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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA


CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA À DISTÂNCIA

RELATÓRIO DO SEMINÁRIO/OFICINA DA DISCILINA DE SEMNARIO II

Allyne Kristhina dos Santos Queiroz.


Alynne de Lima Lopes.
Jaédna Maria de Oliveira.
Katia Vieira de Queiroz.
Rejane Cristina Araújo de Carvalho

MARTINS-RN
2016
Allyne Kristhina dos Santos Queiroz.

Alynne de Lima Lopes.


Jaédna Maria de Oliveira.
Katia Vieira de Queiroz.
Rejane Cristina Araújo de Carvalho

RELATÓRIO DO SEMINÁRIO/OFICINA DA DISCILINA DE SEMINÁRIO II

Relatório apresentado ao curso de Pedagogia


à distância como requisito para obtenção de
nota na disciplina de Seminário II, sob a
orientação da professora. Heles Cristina.

MARTINS-RN
2016

RELATÓRIO DO SEMINÁRIO/OFICINA DA DISCILINA DE SEMINÁRIO II


RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo fazer um relato dos temas trabalhados nas apresentações dos
trabalhos da disciplina Seminário II. Buscamos fazer uma síntese com alguns conceitos relevantes
sobre cada tema a fim de relaciona-los com Projetos na Educação Infantil e Anos Iniciais. Como
embasamento teórico utilizamos as ideias de autores como Vygotsky (1998), Kishimoto (1998),
Libâneo (2001), Freire (2007), Brasil (1998) dentre outros importantes nomes. No decorrer do
trabalho apresentamos pontos importantes sobre trabalho com projetos na educação infantil e anos
iniciais, gestão do cotidiano na educação infantil e series iniciais, currículo na educação infantil e
series iniciais, brinquedos e brincadeiras na educação infantil e series iniciais e gestão escolar. Assim,
podemos observar alguns pontos que são de suma importância que seja do conhecimento de todos os
profissionais da educação. Dessa forma, concluímos que é de grande relevância conhecer e articular
os temas apresentados no trabalho para que se desenvolva uma prática pedagógica consciente e
eficaz, de forma a atingir os objetivos de aprendizagem dos alunos.

Palavras-chave: Educação. Projetos. Aprendizagem.


SUMÁRIO

Introdução ................................................................................................................. 04
Desenvolvimento ...................................................................................................... 00
Considerações finais................................................................................................. 00
Referências .............................................................................................................. 00
INTRODUÇÃO

Objetivo do relatório, informar qual o tipo de estágio, curso e período (Observação:


OBJETIVOS desse estágio: Observar e caracterizar a instituição educativa (espaço formal
ou não formal), no que diz respeito à Educação Infantil, principalmente no que se refere ao
planejamento e à prática de ensino; Refletir sobre a prática pedagógica e o seu papel nos
diversos contextos educativos; Elaborar o planejamento para regência, junto com o professor
colaborador; Executar regência na turma da Educação Infantil, sob a
supervisão/acompanhamento do professor colaborador da turma; Elaborar relato reflexivo
acerca da regência na Educação Infantil, apontando as possíveis dificuldades/possibilidades
da experiência vivenciada);
Caracterização da instituição onde a experiência foi desenvolvida;
Caracterização da turma onde o estágio foi realizado (número de crianças, número
de professores);
Descrição da organização do espaço físico da sala (mobília, cantos, estantes,
materiais das paredes, etc);
Justificativa da escolha do tema do projeto: Por que essa temática? Como você se
aproximou da mesma?
1- Relato de Praticas pedagógicas que subsidiam os trabalhos com projetos na
educação infantil e series Iniciais;

1.1 Trabalho de Projetos na educação Infantil e series iniciais;

É muito comum ainda nos depararmos nas escolas com praticas pedagógicas
pautadas em um regime meramente tradicional, onde o aluno e levado a aprender através de
atividades sem sentido e significado e que na maioria das vezes são somente copiadas de
livros e repassadas para o aluno. O aluno é considerado nesse processo como um ser inferior
ao professor, sujeito sem conhecimento, tabua rasa e um mero receptor de conhecimentos
que são transmitidos pelo professor. O ensino aprendizado que ainda se submete a estes
métodos tradicionais estará contribuindo para um mau desenvolvimento educacional do
educando.
Houve na historia da educação muitas mudanças e reivindicações que
questionaram os métodos pedagógicos de ensino, mudando um pouco este cenário
tipicamente tradicional de ensino. A parti dai surge pois, leis, decretos e parâmetros que
contribuíram para o ensino, temos como exemplo a formulação dos Parâmetros Curriculares
Nacionais, Diretrizes Curriculares para Educação Infantil, Referencial Curricular para a
Educação Infantil, LDB e entre outros. Esses documentos são de fundamental importância
para a educação, pois são referencias a serem utilizadas por nós professores para
fundamentar nossa pratica, trazendo em seus discursos ótimas orientações a respeito de como
ensinar, o que ensinar e para quem ensinar.
Considero da ênfase neste relato ao trabalho com projetos pois Conforme Brasil,
(2010, p. 25) temos que considerar experiências que: “Favoreçam a imersão das crianças nas
diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de
expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical”. È pois por meio do trabalho com
projetos que o educando é instigado a participar de atividades que contemplem varias
linguagens.
O trabalho com projetos favorece a um bom desenvolvimento do aprendizado
do aluno, pois o aluno ao enviés de ser um mero receptor de conteúdos, será ele mesmo
sujeito de seu próprio aprendizado. Isso acontece porque o trabalho com projetos considera
o aluno como uma pessoa que traz conhecimento capaz de ele próprio com a mediação do
professor chegar as suas próprias conclusões, formular hipótese e criar situações
problematizadoras.
“Ensinar e aprender tem que vir com o esforço metodicamente crítico do
professor de desvelar a compreensão de algo e com o empenho igualmente
crítico do aluno de ir entrando como sujeito em aprendizagem, no processo
de desvelamento que o professor ou professora deve deflagrar. Isso não
tem nada que haver com a transferência de conteúdo e fala da dificuldade,
mas ao mesmo tempo, da boniteza da docência e da discência”. (FREIRE,
2007a, p. 118-119).

O educando se torna uma ser ativo sujeito e responsável pela sua aprendizagem
e não uma pessoa passiva acostumada a realizar atividades prontas e acabadas passadas do
livro para o professor e do professor para o aluno.
Tanto na educação infantil como nas series iniciais, os projetos surgem a partir
de uma situação problema. Esta situação problema pode surgir de uma necessidade, ou
curiosidade do aluno. Como exemplo pode-se considerar o interesse de uma criança em saber
simplesmente o porquê das formiguinhas andarem sempre enfileiradas e carregarem seu
próprio alimento. Como sabemos a criança é um ser que carrega em seus pensamentos
turbilhoes de curiosidades que aumentam dia após dia. Contribuindo para esta discussão,
Lemos (2000. P, 58), fala o seguinte:

Consideramos que os projetos constituem uma peça central para


complementar uma filosofia construtivista dentro da sala de aula, pois, para
se obter uma aprendizagem mais significativa, não basta apenas adquirir
conhecimentos teóricos informativos, necessita-se ir além, para direcionar
e utilizar toda a informação adquirida. Diante de conteúdos e fatos, é
preciso saber analisá-los, criticá-los e sintetizá-los, de modo a planejar
ações e resolver problemas. Os aspectos básicos da aplicação dos projetos
no ensino relacionam-se a uma total interação do educando com a situação
de aprendizagem e com o planejamento em função da realidade, levando
em consideração as características dos alunos, da escola e da sociedade
(LEMOS, 2000).

Podemos pois, utilizar da curiosidade do aluno para criar e formular questões


problemas que será objeto de trabalho em um determinado projeto. Fazendo isto o aluno
estará e se sentirá totalmente envolvido na atividade, sendo este pois protagonista de seu
aprendizado, o que torna a atividade significativa e com sentido para este aluno. Em Brasil,
(1998, p. 66) temos como exemplo a seguinte informação;

“Projetos que visem discutir a identidade cultural brasileira também são


interessantes. Dada a diversidade que constitui as manifestações culturais
deste país, um projeto com esse objetivo pode tomar diferentes rumos. Por
exemplo, pode-se enfocar as danças próprias a diferentes regiões, as
comidas ou vestimentas típicas, pode-se fazer um levantamento das
diferentes maneiras de se chamar um mesmo brinquedo. Há uma infinidade
de perspectivas que devem ser escolhidas em função do perfil e dos
interesses das crianças que compõem o grupo”.(BRASIL, 1998).

Definido a questão problema, partiremos para a pesquisa, a busca de informações


que preencham as curiosidades formuladas pelos alunos juntamente com os professores.
Cabe a nós professores relacionar o problema com a realidade do aluno e também com outras
realidades, fazendo com que o educando receba assimile conhecimentos de diversas culturas,
considerando as diferenças e semelhanças de outros povos. De acordo com o Referencial
Curricular Nacional para a Educação Infantil:

“As crianças devem, desde pequenas, ser instigadas a observar fenômenos,


relatar acontecimentos, formular hipóteses, prever resultados para
experimentos, conhecer diferentes contextos históricos e sociais, tentar
localizá-los no espaço e no tempo. Podem também trocar ideias e
informações, debatê-las, confrontá-las, distingui-las e representá-las,
aprendendo, aos poucos, como se produz um conhecimento novo ou por
que as ideias mudam ou permanecem”. (BRASIL, 1998, p. 172).

A próxima etapa corresponde a pratica, parte que considero mais importante em


um trabalho de projeto, pois é nesta etapa que o aluno colocará em pratica o que pesquisou
e descobriu no decorrer do trabalho, sendo que para por em pratica aquilo que ele já sabe,
ou pensa que sabe, terá ainda que desenvolver hipóteses e estratégias para chegar e
apresentar o resultado final almejado por ele mesmo.
Por ultimo temos a avaliação, esta etapa é feita pelo professor no final ou no
decorrer do processo, considerado as contribuições positivas que o projeto proporcionou ao
aluno com relação a sua aprendizagem.

1.2 A Gestão do Cotidiano na Educação Infantil e series Iniciais / Projetos;

A organização do cotidiano da educação infantil e dos anos iniciais contribui


bastante para a aprendizagem e desenvolvimento das crianças, desde os materiais e tempo,
ao papel do professor, que é peça fundamental nesse processo. O termo gestão do cotidiano
escolar pode englobar todas as atividades, desde a administração do funcionamento da
escola, até a rotina da sala de aula, que é onde nos deteremos a falar especificamente.
A organização da rotina em sala de aula deve ser elaborada levando em
consideração os direitos das crianças às mais diversas aprendizagens, desde as brincadeiras,
das necessidades físicas e mentais, e a interação umas com as outras, e delas com o professor.
A esse respeito, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil afirmam que:

A proposta pedagógica das instituições de educação infantil deve ter como


objetivo garantir à criança o acesso a processos de apropriação, renovação
e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens,
assim como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao
respeito, à dignidade, à brincadeira, À convivência e a interação com as
outras crianças. (BRASIL, 2010, P.18).

Segundo o documento, a instituição em sua proposta pedagógica, assim como o


professor em seu planejamento, deve garantir o contato da criança com as diferentes
linguagens, respeitando seus direitos como ser humano.
O professor tem papel importante na organização do cotidiano, pois é ele quem
disponibiliza os materiais, organiza o tempo e o espaço de maneira a promover as situações
de aprendizagem das crianças. Principalmente na educação infantil, a rotina dever ser
diferenciada da rotina das crianças dos anos iniciais, pois estas já são maiores.
Na creche, em relação ao tempo, várias atividades devem ser planejadas na rotina
das crianças, tais como o horário de chegada, a hora da merenda, o momento do descanso e
de higiene, cantinhos da leitura e contação de história, jogos diversos, e principalmente as
brincadeiras que são de fundamental importância para o desenvolvimento e aprendizagem
das crianças.
Na organização do espaço, é preciso que o professor disponibilize brinquedos e
materiais variados e de acordo com a faixa etária das crianças, além de ser de suma
importância que o ambiente seja organizado de maneira a estimular a vontade de brincar das
crianças, além da criatividade e ludicidade. As autoras Barbosa e Horn (2001) chamam
atenção de que todas as atividades planejadas na rotina da educação infantil e anos iniciais
devem promover a interação social, a criatividade, a apropriação de diferentes linguagens,
independentes de serem realizadas dentro ou fora do espaço escolar.
Contudo, é necessário que a instituição também partilhe a responsabilidade em
oferecer materiais e espaços apropriados e suficientes para que o professor organize a rotina
de seus alunos, como bibliotecas, pátios, salas de aula adequadas as necessidades das
crianças etc.
Organizar rotinas não quer dizer que o professor se detenha de forma vertical
sempre as mesmas atividades. Ao contrário, ele pode planejar a mesma atividades em
espaços externos a sala de aula, além de realizar atividades diferenciadas com as crianças.
Ao trabalhar um projeto sobre alimentação saudável por exemplo, o professor pode dentro
da rotina incorporar atividades diferenciadas, como é o caso da hora da merenda, onde ele
pode propor uma alimentação mais equilibrada para as criança com frutas, verduras, sucos
naturais, ou ainda, pode propor aos alunos a construção de uma horta na escola, onde todos
os dias pode ter o horário das crianças aguarem e cuidarem da horta para mais tarde colher
os alimentos que podem ser usados na merenda deles.
Portanto, organizar o cotidiano da sala de aula, o tempo, o espaço e os materiais é
de suma importância para o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos
biológicos, intelectuais e sociais. Para isso, é necessário que tanto o gestor quanto o professor
criem ambientes propícios a aprendizagem, ao desenvolvimento da criatividade, de
interações, sempre levando em consideração as necessidades e especificidades dos alunos.

1.3 O currículo na educação Infantil e Series Iniciais/Projetos;

Considera-se o currículo como o conjunto de disciplinas em que se articulam as


práticas e os saberes a serem realizados nas instituições. Segundo as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação infantil (Resolução CNE/CBE n. 5, de 17 de dezembro de 2009),
o currículo na educação infantil é;

[...] concebido por um conjunto de práticas que buscam articular as


experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que
fazem parte do patrimônio cultural, artístico ambiental, cientifico e
tecnológico de modo a promover o desenvolvimento integral das
crianças de 0 a 5 anos de idade (BRASIL 2009, p. 1).

Na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental a ideia de currículo


que está vinculada vem sendo repensada desde os anos finais de 2008 a 2009 pelo MEC e
esta sendo construída por diferente lócus, ou seja, a o ministério da educação propõe uma
educação voltada para o aluno na busca constante por novas práticas de ensino o que faz
com que o trabalho das escolas seja repensado e reformulado com a finalidade de uma
melhoria no currículo escolar e por sua vez no sistema de ensino. De acordo com as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação infantil, cabe ao ministério da educação;

[...] Elaborar orientações para a implementação das Diretrizes


Curriculares. [...] Visando atender a essa determinação, a Secretaria
de Educação Básica, por meio da Coordenação Geral de Educação
Infantil, está elaborando orientações curriculares, em processo de
debate democrático e com consultoria técnica especializada.
(BRASIL, 2010 p. 33).

Na produção de projetos o currículo na educação infantil e nos anos iniciais tem uma
das mais importantes funções, pois é através do currículo que se organizam as disciplinas a
serem seguidas e os conteúdos que devem ser organizados, sempre de acordo com as práticas
sociais e mediados pela linguagem e pela interação social, onde o sujeito possa se apropriar
do conhecimento estudado em função do seu próprio conhecimento levando em
consideração os processos que envolvem a diretrizes curriculares em seus mais variados
aspectos;

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil


articulam-se às Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação
Básica e reúnem princípios, fundamentos e procedimentos definidos
pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de
Educação, para orientar as políticas públicas e a elaboração,
planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e
curriculares de Educação Infantil. (BRASIL, 2010, p. 13).

Além destes para a formação de projetos devem ser avaliados o formato do currículo
com vistas à proposta pedagógica, a organização de tempo espaço e materiais, a diversidade,
as diferentes fases da infância, as práticas pedagógicas e a articulação com o ensino
fundamental. Quanto à transição para o ensino fundamental o currículo as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação infantil indicam que:

[...] a proposta pedagógica deve prever formas para garantir a


continuidade no processo de aprendizagem e desenvolvimento das
crianças, respeitando as especificidades etárias, sem antecipação de
conteúdos que serão trabalhados no Ensino Fundamental. (BRASIL,
2010, p. 32).

Vemos, pois que a transição do currículo da educação infantil para o ensino


fundamental deve ser avaliada e fundamentada de acordo com a faixa etária da criança
levando em consideração a especificidade de cada uma delas. Além da faixa etária devem
ser consideradas suas características, os conhecimentos já adquiridos, sua origem, cultura e
desenvolvimento a fim de elaborar as disciplinas e conteúdos que devem ser trabalhados.
As novas ideias de currículo e têm como finalidade desenvolver atividades onde o
professor possa ser um receptor e transmissor de pensamento propondo assim um tipo de
ensino que permite ao aluno sistematizar e classificar o aprendizado.
A avaliação é vista como parte integrante da proposta curricular e deve ser feita de
acordo com as características pessoais da criança, seu desempenho em grupo, a observação
crítica das brincadeiras e a continuidade dos processos de aprendizagem, portanto;

As instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para


acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do
desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção
ou classificação. (BRASIL, 2010, p. 31)

Tais procedimentos são fundamentais na elaboração dos projetos visto que as


definições de currículo acima citadas fazem parte de uma das principais características que
envolvem o sistema de ensino em praticamente todas as suas reformas que vem sendo
elaborada ao longo dos anos, vimos então que através das Diretrizes curriculares Nacionais;

[...] o campo da Educação Infantil vive um intenso processo de


revisão de concepções sobre educação de crianças em espaços
coletivos, e de seleção e fortalecimento de práticas pedagógicas
mediadoras de aprendizagens e do desenvolvimento das crianças.
Em especial, têm se mostrado prioritárias as discussões sobre como
orientar o trabalho junto às crianças de até três anos em creches e
como assegurar práticas junto às crianças de quatro e cinco anos que
prevejam formas de garantir a continuidade no processo de
aprendizagem e desenvolvimento das crianças, sem antecipação de
conteúdos que serão trabalhados no Ensino Fundamental. (BRASIL,
2010, p. 9).

Conclui-se então para a elaboração de projetos faz-se necessário incluir o currículo e


todas em todos os seus âmbitos afim de que estes sejam melhores avaliados e apresentados
com a finalidade de uma melhoria na educação e no ensino-aprendizagem.

1.4 Brinquedos e brincadeiras na educação Infantil e series iniciais/ Projetos;


Como todos nós sabemos no momento que a criança brinca, ela vai estimulando todas
as suas habilidades. Ela desenvolve a sua criatividade, a imaginação, coordenação motora,
além de ter uma melhor socialização, afetividade, pois todas essas habilidades são de grande
importância para o seu desenvolvimento.
O brincar, além de ser um direito de todas as crianças é uma forma de expressão dos
seus pensamentos e sentimentos.
Todas criança sente necessidade de brincar, infelizmente vivemos em uma sociedade,
onde a cultura com relação as brincadeiras tradicionais estão ficando fora de moda,
principalmente nos centros urbanos a tecnologia tem diminuído as possibilidades das
crianças viajarem no mudo dos brinquedos e brincadeiras.
A escola deve optar por trabalhar com projetos, pois através dos projetos pode haver
uma melhor interação das crianças, pois eles irão expor o que eles produzirem, participarão
de situações de socialização, aumentando assim o interesse e o gosto pelas brincadeiras e
brinquedo, ao mesmo tempo que aprendem se divertindo. Na brincadeira a criança tem um
encontro com o seu próprio mundo, e esse nesse momento que ela se descobre de maneira
prazerosa.
Educadores devem trabalhar projetos utilizando brinquedos e brincadeira, para que
através dos mesmos possam se observar que as atividades lúdicas como forma de
aprendizagem ainda não se tornou um pratica constante no cotidiano escolar, e os projetos é
uma forma de incentivo, e ao mesmo tempo um aperfeiçoamento tanto para os docentes
quanto para as crianças.
Segundo Vygotsky (1988), desde cedo os bebes começam a conhecer o mundo à sua
volta, estabelecendo relações com as pessoas que interagem com eles. Através do brincar
vão se expressando, comunicando-se, experimentando e interagindo com seu próprio corpo,
com os outros e também como os diversos objetos presentes no mundo. Já um pouco
maiores, as crianças se valem das brincadeiras para aprender a lidar com o outro, a
compartilhar brinquedos e espaços para brincar, a negociar regras e formas de participação
nas atividades lúdicas.
Lembrando que o brincar deve ter sempre tempo e espaço garantidos na educação
infantil e nas series iniciais, pois ele é essencial no trabalho pedagógico e traz muitas
contribuições para o desenvolvimento da aprendizagem da criança.
Quando se fala em criança vem logo em nossa mente a questão do brincar dos
brinquedos ,porém não podemos esquecer que a brincadeira não deve ser introduzida como
uma mera distração e sim , tem que possuir significados que levem a criança a tirar proveito
para que possa construir o seu processo de aprendizagem através dos momentos de
ludicidade, seja no contexto escolar como também no seu dia a dia com os seus familiares,
pois a família deve está totalmente envolvida nesse processo, uma vez que não depende
somente da escola a formação das crianças. Em Monteiro (2012) apude in BRASIL (1998)
temos a seguinte afirmação:

“Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da


identidade e da autonomia”. As maneiras como as crianças se comunicam
desde pequenas através de gestos, sons e mais tarde representar
determinado papel na brincadeira, propicia o desenvolvimento da sua
imaginação. É nas brincadeiras que as crianças geralmente desenvolvem
algumas capacidades importantes, como a atenção, a imitação, a memória,
a imaginação. “Amadurecem também algumas capacidades de
socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de
regras e papeis sociais”. (MONTEIRO, 2012 apude in, RCNEI, 1998, vol.
2, p. 22).

Os educadores devem ter em mente que o espaço e o tempo determinado para as


brincadeiras devem serem muito bem planejados, para que não acabe se tornando algo
desinteressante para as crianças, deve-se pensar num ambiente acolhedor e prazeroso e em
brincadeiras interessantes, onde as crianças possam sentir-se estimuladas desenvolvendo a
sua própria autonomia. Deve-se ter o cuidado de organizar as brincadeiras e os brinquedos
de acordo com a faixa etária das crianças, não esquecendo de propor desafios que possam
auxiliar no desenvolvimento de suas habilidades.
O jogo, o brinquedo e as brincadeiras são fatores essenciais para estimular o
desenvolvimento das crianças e devem ser adotados em qualquer faixa etária, contando que
estejam de acordo com a idade.
A ludicidade não é a única forma que o docente deve enxergar para obter bons
resultados no processo de ensino -aprendizagem, mas deve ser sempre vista como uma
importante ferramenta que deve muito cedo ser introduzida como pratica educativa, que irá
auxiliar os educadores nos seus objetivos desejados.
Infelizmente ainda nos dias atuais mesmo muitos educadores tendo consciência
da grande importância do lúdico no contexto escolar, muitos deles ainda resistem a dotar
essa pratica nas suas aulas, vemos uma certa resistência por parte de muitos em adotar tais
práticas em seus planejamentos, a maioria deles ainda usam apenas como um simples
momento de recreação. Talvez a explicação para isso seja a falta de capacitação para os
mesmos lidarem com essa prática, pois como sabemos exige um certo cuidado e um bom
planejamento para que os mesmo seja executado, e na maioria das vezes os recursos
ofertados não oferecem o mínimo que eles precisam para adotarem tal pratica. Porém mesmo
a escola não dispondo de muitos materiais didáticos necessários os professores podem e
devem utilizar a velha e sempre eficiente criatividade, convidando os discentes para
confeccionarem seus próprios jogos e brinquedos, utilizando materiais recicláveis como:
garrafas, palitos de picolé, sobras de tecidos, copinhos etc.
Sabemos que as brincadeiras podem ser utilizadas em todas as disciplinas do
currículo escolar, contudo, é necessário que sejam pensadas e planejadas, e que visem um
fim: facilitar o processo de ensino e aprendizagem.
Ao discutir a importância do brinquedo e das brincadeiras na escola, seja na
educação infantil ou nas series iniciais do ensino fundamental, devemos sempre considerar
como uma experiência fundamental a criança, como um recurso a serviço do processo de
ensino e aprendizagem, um elo integrador entre os aspectos motores, cognitivos, sociais e
afetivos. O ser que brinca é também o ser que age, sente, aprende e se desenvolve. Kishimoto
(2001, p.36) diz que, “o uso do brinquedo/jogo educativo com fins pedagógicos remete-nos
para a relevância desse instrumento para situação de ensino e aprendizagem e de
desenvolvimento infantil.” Frente a isso os jogos e as brincadeiras são atividades que podem
contribuir significativamente para o processo de construção do conhecimento da criança.
Servindo estes, como mediadores de aprendizagens significativas.

1.5 Gestão escolar (Coordenador) / Projetos;


A ação do coordenador pedagógico é um trabalho onde envolve aluno, professor
e coordenador pedagógico, unindo-se, esta tríade com uma dinâmica ativa e coerente serão
norteados caminhos que levem a um desenvolvimento eficaz em busca de aprendizado.
O coordenador pedagógico trabalha com a coletividade, conduz o processo,
participa, discute, ouve, orienta, propõe, informa, assume e partilha responsabilidades com
os professores, também indica ações e exerce uma posição natural de liderança e de
autoridade.
É necessário realçar a mediação necessária do Coordenador Pedagógico em um
projeto escolar, sabendo que alguns professores apresentam interesse em desenvolver
projetos, porém o dia a dia de uma rotina disciplinar retira do professor a preocupação do
planejamento, de efetivar um roteiro que oriente não só aluno, mas a sua própria dinâmica.
Para Fernandes e Freitas (2008, p.18) em seu olhar sobre a escola e o papel do
coordenador:
[...] Se a escola é o lugar da construção da autonomia e da cidadania, a
avaliação dos processos sejam eles das aprendizagens, da dinâmica escolar
ou da própria instituição, não deve ficar sob a responsabilidade apenas de
um ou de outro profissional, é uma responsabilidade tanto da coletividade,
como de cada um, em particular.

A coordenação pedagógica é vista como multiplicadora das atividades


formativas para a equipe docente. Cabe a ela buscar participar das atividades de formação e
organizar os encontros semanais ou quinzenais para refletir e debater sobre o contexto de
cada atividade de formação com a finalidade de qualificar o ensino dado pela instituição por
meio dos professores.
A dificuldade para realizar os encontros se esbarra nos horários de trabalho dos
professores, há casos que o professor trabalha apenas alguns dias da semana, em apenas um
turno, ou tem aulas em diversas escolas não havendo a possibilidade de reunir todos em um
mesmo encontro. Nesse cenário:

[...] as escolas chegam a ter vários horários diferentes para atender ao


objetivo de reunir seus professores, que dificilmente partilham momentos
realmente coletivos em que prevaleça a reflexão, a formação, a busca de
alternativas para os problemas cotidianos e, até mesmo, o desenvolvimento
de projetos gestados pela própria escola (FERNANDES, 2013 p. 12)

O coordenador terá que promover a troca de experiências e a socialização de


ideias no intuito de atingir o objetivo maior e comum a todos, propiciando uma educação de
qualidade, o envolvimento com os projetos de ensino realizados pela escola é outro aspecto
importante, e que deve ser levado em questão, à liberdade que o coordenador pedagógico
deve ter para a realização dos projetos, se a gestão dos recursos financeiros que devem ser
aplicados em material pedagógico pudesse ser gerida pela coordenação, as facilidades de
realização dos projetos seriam melhores. Por mais que o Projeto Político Pedagógico
contemple estas ações, ainda somos submetidos à morosidade para a aquisição dos materiais
necessários, pois os recursos se concentram nas mãos do gestor escolar e este possui
inúmeras outras atribuições que consomem o seu tempo deixando o pedagógico muitas vezes
em segundo plano, algo que deveria ser de extrema importância em uma unidade escolar.
As atribuições do Coordenador Pedagógico ficam bastante expressas a seguir,

[...] o coordenador deve desenvolver para a efetivação da formação docente


em serviço, tais como: deve prestar assistência pedagógica didática aos
professores, coordenar grupos de estudo, supervisionar e dinamizar o
projeto pedagógico, trazer propostas inovadoras para utilização de novos
recursos tecnológicos e midiáticos (LIBÂNEO, 2004, p.229).

Todo coordenador deve ter a capacidade de se submeter à crítica por meio de


uma reflexão de seu desenvolvimento, e mediante a equipe docente para compreender em
quais circunstâncias o grupo necessita de mais apoio e até mesmo de alterações em seu
desempenho. Estas ações são importantes para que o coordenador possa estreitar os
relacionamentos profissionais e com isso conseguir a união dos pares entre eles e consigo
mesmo.
Conforme Guerreiro (2011, p 01) o coordenador é hoje o elo a unir projeto
pedagógico da escola, conteúdo programático e as pessoas envolvidas no projeto:
professores, gestores, pais e alunos.
Coordenar o trabalho pedagógico é estar junto aos docentes orientando,
colaborando, avaliando as ações e incentivando novas metodologias, tirando o aluno da
passividade, relacionando o aluno com o objeto de conhecimento, desenvolvendo
habilidades, competências, e proporcionando o aprendizado com sentido e significado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial
curricular nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. Volume 2.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial


curricular nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. Volume 3.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares


nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB,
2009.
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares
nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB,
2010.

FERNANDES, C.O.; FREITAS, L. C. Indagações sobre currículo: currículo e avaliação.


Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag5.pdf. Acesso em
16/06/2013>. Acesso em: 21/01/2014.

FREIRE. P. Pedagogia da Autonomia – saberes necessários à prática docente. 6ª Edição.


RJ: Paz e Terra, 2007a.

LEMOS, J. B. R.; MOURA, D. G. Metodologia de projetos no ensino da disciplina


Análise de Sistemas: relato de experiência. Revista Educação & Tecnologia, CEFET-MG.
Belo Horizonte, v. 5, n. 2, p. 57-61, jul/dez 2000.

LIBÂNEO, J. C. Organização e de gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa,


2001

_________, J.C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5 ed. Goiânia,


Alternativa, 2004.

MONTEIRO, L. C. D. P. A importância do brincar na educação infantil. Artigo


Publicado em 13 de novembro de 2012. Disponível em:
http://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-do-brincar-na-educacao infantil/99411/.
Acesso em 09 de maio de 2016 ás 14:46.

KISHIMOTO, T. M. O Brincar e suas Teorias. Froebel e a Concepção de Jogo Infantil.


São Paulo, Pioneira, 1998, 172 p. Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/a-
importancia-do-brincar-na-educacao-infantil/99411/#ixzz48BOtObYm.
VIGSOTSKY, L.S. A formação social da mente. Editora: Martins Fontes. São Paulo,
1998. 121 Pg.
OUTRAS FONTES:

https://youtu.be/E747jDfLgf0

https://www.youtube.com/watch?v=eguk20OL76c

http://educandoporamorecomamor.blogspot.com.br/2011/08/projeto-brinquedos-e-
brincadeiras.html

http://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-do-brincar-na-educacao-infantil/99411/

http://petpedagogia.blogspot.com.br/2012/07/a-importancia-da-organizacao-do-tempo-
e.html

http://www.efdeportes.com/efd186/jogos-e-brincadeiras-em-aula.htm

http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/Coordena%C3%A7%C3%A3oPedag%C3%B
3gica-Da-Informa%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0-Forma%C3%A7%C3%A3o.aspx

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