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2611212017 Natureza humana Natureza humana super.abril.com.br (https: //super.abril.com.br/ciencia/natureza-humana/) - by Da Redagiio Jerénimo Teixeira O filho de dois consagrados astrofisicos foi perdido, ainda bebé, em uma floresta, onde uma matilha de lobos resolveu adoté-lo. Anos mais tarde, ele é encontrado ¢ trazido de volta civilizagio. Sua reeducagio acontece em tempo recorde: logo esta se formando entre os melhores de sua classe no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), uma das mais prestigiosas universidades norte-americanas, Um ano depois da formatura, o rapaz morre, tragicamente, ao perseguir a roda de um carro. A anedota acima apareceu na seco de correspondéncia da revista Time. Comentava uma resenha de The Blank Slate (“Tabula rasa”, ainda sem versio em portugués), livro em que o psicdlogo canadense (e também, claro, professor do MIT) Steven Pinker apresenta sua imodesta proposta para a compreensao da natureza humana. A obra investe sobre um velho debate cientifico (ou ideolégico, ou ambos, conforme o ponto de vista) que, em inglés, 6 eufonicamente referido como nature x nurture, Nature é traduzido facilmente por natureza. Nurture é um pouco mais complicado. Inclui as nogées de educar, de dar cuidados — comumente, nurture é 0 que uma mie prové ao filho. Para nosso objetivo, a expressio ser vertida com mais exatidao (ainda que o trocadilho se perca) como natureza x cultura. O problema é saber o que faz voc’, leitor, ser o que é: a cultura adquirida na familia, na escola, na sociedade, ou o seu repertério genético? Se voce fosse criado, como o sujeito da piada, em uma cultura canina, vocé faria pipi nos hps:tworwinstapaper comiad!997455228 ana 2611212017 Natureza humana postes? Ou ser4 que sua natureza humana imporia o uso dos urindis? O debate esta na mesa h muito tempo. “A dicotomia natureza/cultura é uma ressaca do pensamento do século 19 e est na hora de reconhecermos que a ciéncia j4 a superou’, diz o neurobidlogo Steven Rose, da Open University, na Inglaterra. Ele nao é o tinico a pensar assim. Na introdugo de seu livro, 0 proprio Pinker lembra a reacio dos colegas quando ele mencionava o projeto de escrever The Blank Slate: “Ah, nao! Nao mais um livro sobre natureza x cultura!”, diziam. O esgotamento 6 compreensivel. A discusstio muitas vezes ganha os contornos aridos da mimicia estatistica, na tentativa de determinar quanto do nosso comportamento é hereditario ou quanto da nossa inteligéncia é adquirida culturalmente. Nas instancias mais inflamadas, 0 debate parece chegar ao beco sem saida da esterilidade argumentativa. O campo de batalha foi dividido grosseiramente em dois partidos intransigentes, que nao se comunicam. De forma genérica e simplificada, temos, de um lado, o pessoal das ciéncias sociais — socidlogos, historiadores, antropélogos — e, do outro, a turma das istas. Para os ciéncias naturais — psicdlogos evolutivos, neurocientistas, geneti cientistas sociais, os bidlogos seriam reducionistas, ou seja, teriam o vicio de limitar qualquer comportamento sua dimensio organica, fazendo do ser humano uma espécie de marionete de seu cédigo genético. Os cientistas sociais, na visdo dos oponentes, seriam, na melhor das hipéteses, pouco rigorosos e, na pior, embusteiros que disfarcam proselitismo ideolégico como pesquisa académica. “Falta reconhecimento de parte a parte. Os dois lados constroem discursos impermedveis”, afirma o psicanalista Edson Sousa, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS). Como seria de prever, The Blank Slate defende as ciéncias naturais. Conhecido no Brasil por suas obras Como a Mente Funciona (Companhia das Letras) e O Instinto da Linguagem (Martins Fontes), Pinker utiliza as nogdes de adaptabilidade e selegao natural para explicar a conformagao da mente hps:tworwinstapaper comiad!997455228 aire 2611212017 Natureza humana humana, Algumas de suas posigdes sio certamente controvers : por exemplo, a sugestio de que as posigées politicas radicais ou conservadoras que adotamos podem ser informadas por caracteristicas genéticas. Ou a idéia de que a nossa concepcao de beleza — e, por conseqiiéncia, nossa apreciaciio de obras de arte — é inata e universal, tendo surgido como produto secundario de adaptagées evolutivas realizadas ainda na pré-histéria. Concordemos ou nao com proposicées desse género, The Blank Slate tem o mérito de demonstrar que o debate natureza x cultura pode ser mais sutil do que as posig6es extremas sugerem. E, sobretudo, Pinker mostra como a relevancia do problema extrapola os muros da academia. Da educacdo das criangas até a punigao dos criminosos, as implicagoes cotidianas de nossa concepedo de natureza humana sio inémeras. Mas sera pertinente falar em “natureza humana’? 0 filésofo Renato Janine Ribeiro, da Universidade de Sao Paulo (USP), acredita que nao: a diversidade de comportamentos e valores que encontramos em diferentes sociedades desmentiria a idéia de uma naturez tinica e imutavel. Ele afirma que mesmo caracteristicas tidas como universais sofrem alteragGes ao longo da histéria (veja lista na pagina 69). O amor aos filhos é um exemplo: em Esparta, a pratica do infanticidio era comum. O filésofo Luiz Felipe Pondé, professor da Pontificia Universidade Catélica (PUC) de Sao Paulo e pesquisador convidado da Universidade de Marburg, Alemanha, discorda: “Natureza humana, como todo conceito, pode sofrer alteracdes, mas acredito que uma certa permanéncia de comportamento humano possa ser confirmada. Mesmo acerca do relativismo antropolégico, ainda que mudem os valores, 0 animal humano permanece um animal moral, o que significa que faz parte da sua natureza a percepgao do mundo ao seu redor via estabelecimento de valores”. No entanto, Edson Souza diz que, do ponto de vista da psicandllise, 0 homem é 0 ser mais desprovido em termos naturais. 0 bebé depende por mais tempo da mie: “Nossa dependéncia em relago ao outro est inscrita no nosso hps:tworwinstapaper comiad!997455228 site 2611212017 Natweza humana corpo. E essa relagao é mediada pela palavra, pela linguagem. As inscrigdes do cédigo genético nao sao suficientes para a construgio do objeto em que investimos o nosso afeto”, afirma. Como se vé, hé uma grande pluralidade na abordagem do assunto. De acordo com Pinker, porém, a visio relativista tornou-se o paradigma predominante das ciéncias humanas. O modelo corrente ~ que ele acredita remontar 4 obra do filésofo inglés John Locke (1632-1704) — seria o da tabula rasa: 0 ser humano nfo traz nenhuma caracteristica inata. Nasce como uma folha em branco, na qual a sociedade vai imprimir seus valores basicos. Dessa visfio fundamental surgiriam duas convicgdes subsidiarias: a idéia de que o homem em estado natural é bom e a sociedade o perverte, cuja formulagéo mais conhecida é 0 “bom selvagem” de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). A outra 60 chamado dualismo filoséfico, de René Descartes (1596-1650): a crenga de que corpo e alma so entidades distintas. Pinker opde-se ao dualismo. Duramente materialista, ele cré que mente e corpo sfio uma coisa s6. A “alma” seria o resultado da complexa atividade neural em nosso cérebro. O bidlogo David Barash, da Universidade de Washington, Estados Unidos, em uma resenha de The Blank Slate publicada em Human Nature Review, afirma que Pinker forga o argumento ao filiar as trés concepgées criticadas a uma “nica matriz. O “bom selvagem” nao nasce como uma folha lisa: sua bondade, afinal, 6 congénita. Tampouco a crenga de que 0 corpo é habitado pela alma é congruent com a doutrina da tabula rasa. A verve do polemista ofuscaria o rigor do cientista. Mesmo assim, ha boas razes para o reducionismo ter virado um palavrao nas ciéncias humanas. As descobertas de Charles Darwin desbancaram o ser humano da sua posigdo de preferido do Criador, mas o homem branco europeu rapidamente compensou o golpe, deturpando a nova teoria para justificar seu impeto colonialista. Negros e indios eram vistos como um estagio intermediério entre os brancos e formas inferiores da escala hps:tworwinstapaper comiad!997455228 aia 2611212017 Natweza humana evolucionéria. A eugenia —a selecéo dos melhores individuos para reprodugao ~— parecia ser uma boa estratégia para garantir o aperfeigoamento da humanidade. O termo eugenia, alids, foi cunhado por um primo de Darwin, Francis Galton. O proprio Darwin era um liberal generoso, que, durante a legendaria viagem do navio Beagle, se horrorizou com o modo brutal como os escravos eram tratados no Brasil. Mesmo assim, como lembra o paleontélogo Stephen Jay Gould em A Falsa Medida do Homem, Darwin deixou algumas paginas no minimo ambiguas sobre o status evolutivo da raga negra Em seu livro, Gould mostra que a neutralidade ideolégica da ciéncia é relativa. “A ciéncia talvez nao consiga ser sempre ideologicamente neutra, mas ela tenta ser”, afirma Pinker. “Pressdes politicas e sociais tém o seu papel, tanto quanto outras fragilidades humanas, como a ambigo e a busca de respeito. O objetivo da ciéncia é minimizar esses fatores. O fato de que tantas descobertas cientificas ja tenham subvertido a sabedoria convencional das classes dominantes mostra que ela geralmente tem sucesso.” Muitos acreditam que a eugenia é uma bandeira exclusiva dos extremismos de direita. Na verdade, ela foi saudada com entusiasmo pela esquerda no inicio do século 20. Socialistas famosos como H.G. Wells e George Bernard Shaw acreditavam no aprimoramento biolégico. Esse fato ficou obscurecido pela conseqiiéncia mais radical e sinistra do pensamento eugénico: os campos de concentragdo nazistas. As teorias racistas esto hoje amplamente desacreditadas, mas a sombra da sudstica parece perseguir os bidlogos. Qualquer pesquisa que sugira a existéncia de diferencas comportamentais entre os sexos ou causas genéticas para a criminalidade est fadada a balancar os esqueletos do armario. A sugestao de que temos uma natureza humana desenhada pelo DNA pode ser inquietante. Se todos compartilhamos um substrato biolégico comum, é possivel que também as nossas diferencas sejam determinadas pela genética. O temor é de que isso venha a minar na base os ideais humanistas de igualdade. hps:tworwinstapaper comiad!997455228 site 2611212017 Natweza humana Mas The Blank Slate se dedica a exorcizar esses velhos fantasmas. O fato de que no somos iguais nao invalidaria a idéia moral de que devemos ter igualdade de direitos. Pinker argumenta que a doutrina da tabula rasa também gerou seus pesadelos politicos. A concepgao do homem como um ser plastico, a ser moldado pela sociedade e aperfeicoado pela cultura, teria servido de base para as ditaduras comunistas. Mao Tsé-tung defini o homem como uma “folha em branco” na qual “os mais novos e belos desenhos podem ser pintados”. O construtivismo social — concepgdo segundo a qual nogées como sexo nao sao inatas, mas construidas culturalmente — também gerou aberracées. O caso de David Reimer (veja “O terceiro sexo”, na Super 185, edicao de fevereiro) costuma ser citado para ilustrar o erro do construtivismo extremo. Ainda bebé, David perdeu parte do pénis em uma circuncisdo mal- realizada. Aconselhada por John Money, um sexélogo da Universidade Johns Hopkins, a familia submeteu-o a uma operacao de mudanga de sexo e o criou como se fosse uma menina, Pinker lembra que, quando era estudante de psicologia, essa experiéncia era tida como um exemplo do sucesso da perspectiva construtivista. Mais tarde, revelou-se que a infancia de David fora um pesadelo. A natureza masculina por fim se fez ouvir. Ele reverteu a operagio de mudanga de sexo e hoje esta casado com uma mulher. Mas nem todos os que criticam a moderna biologia por suas tendéncias reducionistas estardo dando seu voto A nefasta engenharia social de um tirano chinés ou aos delirios de sexdlogos charlatdes. O debate nao esta polarizado apenas entre ciéncias sociais e biologicas. Algumas das criticas mais contundentes ao reducionismo partiram de darwinistas de carteirinha. A €poca herdica desses debates foram os anos 70. Em 1975, Edward O. Wilson langava Sociobiology (“Sociobiologia”, sem tradugdo em portugués), livro que buscava entender o comportamento social de variadas espécies a partir de uma base evolutiva. No ano seguinte, surgiria uma das obras mais influentes hps:tworwinstapaper comiad!997455228 aire 2611212017 Natrze humana da biologia moderna, O Gene Egoista, de Richard Dawkins. Wilson e Dawkins foram acusados de ressuscitar 0 velho darwinismo social, segundo o qual é a selecio natural que determina quem seré rico ou pobre. Opondo-se a sociobiologia, surgiu um movimento chamado ciéncia radical, que congregava nomes do porte do paleontélogo Stephen Jay Gould e do geneticista Richard Lewontin, também professor de Harvard. Em seu livro, Pinker reconstitui as brigas da época com franca parcialidade. Wilson ¢ Dawkins sio seus herdis e cle sugere que os opositores da sociobiologia seriam, no fundo, partidarios da tabula rasa. “Pinker esta brigando com espantalhos. Nem eu, nem Lewontin, nem qualquer bidlogo que eu conhega acredita que o ser humano é uma tabula rasa’, diz, Steven Rose, um dos mais destacados membros da ciéncia radical. A despeito de todos os protestos e da celebridade de seus criticos, as teorias de Wilson e Dawkins sobreviveram e sto as mais influentes nos departamentos de biologia. Na verdade, a sociobiologia foi rebatizada como psicologia evolutiva e é um dos campos de pesquisa mais promissores da atualidade. Na busca de entendimento dos comportamentos sociais a partir de pressupostos darwinistas, ela em certa medida disputa terreno com as ciéncias humanas. “H4 um certo medo do materialismo biolégico por parte das ciéncias humanas, devido ao fato que 2 éncias duras tém melhor desempenho epistemoldgico”, diz Luiz Felipe Pondé. A evolucio poderia mesmo explicar nosso comportamento social? Pinker responde invocando a necessidade de diferentes niveis de andlise: “Estudos sociais nao podem ser reduzidos psicologia ou biologia, mas precisam levar essas Areas em consideragao. A biologia nao pode ser reduzida a fisica, mas qualquer teoria biologica que contradiga ou ignore as leis da fisica ser uma perda de tempo. Também é assim com as ciéncias sociais. hps:tworwinstapaper comiad!997455228 ma 2611212017 Natweza humana ‘A maior parte dos fendmenos que elas estudam jamais seria entendida sé a partir da psicologia evolutiva, mas ao mesmo tempo elas serao cegas se ignorarem a natureza humana ou fingirem que ela nao existe”. O geneticista e professor da UFRGS Renato Zamora Flores compara: “Para entender os conflitos do Oriente Médio, nao basta saber que a violéncia é uma constante humana”. Renato diz que a linguagem de alguns cientistas, especialmente aqueles ligados a biologia molecular, é de um “reducionismo extremo”. De outro lado, falta aos cientistas sociais um conhecimento mais rigoroso de andlise estatistica, que permita entender as causas miiltiplas de certos comportamentos. No complexo cruzamento entre biologia e sociedade, a violéncia é, ao lado das diferengas sexuais, um dos pontos mais sensiveis. Pesquisas recentes mostram, por exemplo, que uma determinada conformacdo genética — um alelo menos eficiente da enzima MAO-A — aumenta 0 risco de um adolescente apresentar desordens de conduta em 2,8 vezes, ¢ de ser preso por crime violento em 9,8 vezes, mas apenas quando 0 individuo foi maltratado na infancia. Na auséncia de maus-tratos, nao se produz nenhuma diferenga estatistica relevante na tendéncia a comportamentos anti-sociais. E um exemplo de interagao complexa entre os genes ¢ o ambiente. A violéncia potencial parece ser uma caracteristica inata do ser humano. Pinker insiste na base biolégica dessa tendéncia. Seria uma atitude compartilhada com outras espécies proximas. O primatologista holandés Frans de Waal documentou verdadeiras guerras entre chimpanzés. Dentro de um mesmo grupo, na disputa pelo status de macho alfa, a macacada chega até mesmo a fazer conspiragées e aliangas de ocasido, numa versio simia do que estamos acostumados a ver em Brasilia ou Washington. A idéia de que indios ou tribos pré-historicas viviam em um estado de paz idilica foi derrubada pela paleontologia e pela antropologia mais recentes. Jé foram desencavados ossos hps:tworwinstapaper comiad!997455228 site 2611212017 Natrezanunana humanos pré-hist6ricos que traziam evidéncias de assassinatos brutais. Alguns desses ossos mostravam inclusive sinais de raspagem, como se encontraria em um animal cuja carne comemos. Na opinido de Pinker, ndo deveriamos perguntar por que existe violéncia, mas, como é que a violéncia pode ser evitada. Renato Janine Ribeiro, no entanto, afirma que a idéia de uma base biol6gica para o comportamento violento pode ser enganosamente confortadora: “Ei. tranqiiilizador pensar que o criminoso que nos perturba é um monstro, ou que a violéncia é uma constante natural, pois, desta maneir a, a sociedade é inocentada. Assim como é mais tranqiiilizador tomar Prozac do que fazer anilise”. “As quatro dimensdes da vida humana — trés no espago e uma no tempo — nao podem ser lidas a partir do DNA unidimensional, com seus cerca de 30 milhées de genes”, diz Rose. Pinker, ao contrario, sugere que nossa natureza esta em grande parte contida no material genético. Francis Fukuyama, o cientista politico que ficou famoso ao afirmar que a historia chegou ao fim, dedicou sua mais recente obra — Our Posthuman Future (“Nosso futuro pés- humano”, inédito no Brasil) - a especulagées sobre a possibilidade de os. avancos da biotecnologia colocarem em risco a natureza e dignidade humanas. Para Pinker, essa é uma chance bastante remota: “Os genes aleancam seus efeitos agindo em conjunto, em combinagées demasiado complexas”. Nao existe um gene da inteligéncia, da agressividade ou do talento misucial, o que torna a manipulagao de caracteristicas como essas muito dificil, sendio impossivel. De qualquer modo, 0 racismo eugenico parece estar fora de cena, Para Luiz Felipe Pondé, a tecnologia genética sera um bem de mercado e nao um instrumento de Estados totalitarios. Em paises com grandes desigualdades, como o Brasil, deveriamos nos preocupar antes com o fato de que os mais privilegiados, com seus seguros de satide, em breve terdo acesso exclusivo A hps:tworwinstapaper comiad!997455228 eine 2611212017 Natrze humana genética preventiva, abrindo ainda mais o fosso entre ricos e pobres. “A diferenga econémica se transformard em biol6gico-adaptativa’, afirma. A biologia, cada vez mais, é um problema social. Universais humanos Steven Pinker apresenta, em The Blank Slate, uma lista de caracteristicas humanas que seriam universais. Compilada pelo antropélogo Donald E. Brown, da Universidade da California, Estados Unidos, ela foi publicada pela primeira vez no livro Human Universals (“Universais humanos”, sem traducao no Brasil), de 1991. Abaixo, adaptamos as mais importantes — e curiosas — das caracteristicas que seriam comuns a todas as culturas do planeta. ABSTRACAO na fala e no pensamento ARMAS - criacdo e utilizagao CIUME — ¢ 0 sentimento de posse CRENCA no sobrenatural ou em religiéo CRENGAS relacionadas 4 morte CLASSIFICACAO das pessoas por idade CLASSIFICAGAO das cores CLASSIFICACAO das pessoas por grau de parentesco COMPLEXO de Edipo DIVISAO do trabalho entre os membros do grupo hps:tworwinstapaper comiad!997455228 sorta 2611212017 Natureza humana ESTUPRO (e também sua proibigao) GOSTO por doces INCESTO entre filho e me considerado tabu L{DERES — e a disputa pelo poder LINGUAGEM - a boa util: do é forma de prestigio LUTO — formas de externar a dor pela perda MACHOS mais agressivos e com maior tendéncia a praticar formas letais de violéncia (em comparagao as fémeas) MEDO de cobras MEDO infantil de ruidos altos MUSICA e danca NOCAO do passado, presente e futuro NEPOTISMO (predilegao por filhos ou parentes) PIADAS — narrativas humoristicas PROIBIGAO do assassinato SENTIMENTOS morais VIOLENCIA - ea proibigao de algumas formas Para saber mais hps:tworwinstapaper comiad!997455228 sine 2611212017 Natureza humana Na livraria The Blank Slate — The Modern Denial of Human Nature, Steven Pinker, Viking, 2002 Our Posthuman Future, Francis Fukuyama, Farrar, Straus and Giroux, 2002 Lifelines: Biology Beyond Determinism, Steven Rose, Oxford University Press, 1997 A Falsa Medida do Homem, Stephen Jay Gould, Martins Fontes, 1997 Na internet http://www.mit.edu/~pinker (http://www.mit.edu/~pinker) http://www.edge.org/3rd_culture/pinker_rose/pinker_rose_p1.html (http://www.edge.org/3rd_culture/pinker_rose/pinker_rose_p1.html) super.abril.com.br (https://super.abril.com.br/ciencia/nature: Redagio -humana/) - by Da hps:tworwinstapaper comiad!997455228 tana

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