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ROTINAS MÉDICAS DE
INTERNAÇÃO NO HOSPED
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
HOSPITAL DE PEDIATRIA PROF. HERIBERTO FERREIRA
BEZERRA
ROTINAS MÉDICAS DE
INTERNAÇÃO NO HOSPED
NATAL/RN
2009
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FICHA TÉCNICA
Capa:
Impressão e Encadernação:
Revisão:
Copyright ©
Todos os direitos reservados
Proibida a reprodução, armazenamento ou transmissão do todo ou de partes desta obra, através de
qualquer forma ou meio, seja eletrônico, de fotocópia, gravação, etc, sem a prévia autorização
escrita do detentor do copirraite.
ISBN:
1.
RN/UF/ CDD
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COLABORADORES
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DEVANI FERREIRA PIRES
Médica Pediatra do Ambulatório de Pediatria do HOSPED/UFRN
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MÔNICA FERREIRA LOPES
Médica Pediatra Especialista em Nefrologia Pediátrica pela Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo
Médica Nefrologista Pediatra do HOSPED/UFRN
ROGÉRIO NOBRE
Médico Ortopedista Pediatra do Hospital de Pediatria/HOSPED/UFRN
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“Uma criança doente, um desafio. Para
devolver-lhe a saúde ou suprir as deficiências
de uma vida gerada na fome e no desespero dos
que perderam a consciência do amanhã, é
preciso saber utilizar a ciência pelos caminhos
mais lúcidos que só o amor pode inspirar”
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À todos nós, Pediatras, que ao cuidarmos da saúde de nossas
crianças, em sua integralidade, buscamos formar cidadãos saudáveis
e conscientes, e dessa forma, participamos da construção de um
futuro melhor para o nosso país,
Aos nossos pacientes, razão maior pelo amor que temos por nossa
profissão.
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AGRADECIMENTOS
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APRESENTAÇÃO
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SUMÁRIO
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ALIMENTAÇÃO NO PRIMEIRO
ANO DE VIDA
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PASSO 3: A partir dos 6 meses, dar alimentos complementares
(cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) três
vezes ao dia se a criança receber leite materno e cinco vezes ao dia
se estiver desmamada.
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devem ser usados preferencialmente após a refeição de sal quando
introduzida (em colheradas), na quantidade que a criança aceitar
(máxima de 240 ml ao dia), não sendo necessário adoçar.
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- Oferecer de 8 a 10 vezes o mesmo alimento para testar a
aceitação pela criança.
- No primeiro ano de vida não usar mel pelo risco de
Botulismo (esporos do C.botulinum).
SUPLEMENTAÇÃO
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FERRO:
SITUAÇÃO RECOMENDAÇÃO
Lactentes nascidos a termo em Não indicado
aleitamento materno exclusivo.
Lactentes nascidos a termo em
uso de fórmula infantil até 6
meses de idade e a partir do 6º Não indicado
mês se houver ingestão mínima
de 500 ml por dia.
Lactentes nascidos a termo a 1 mg ferro elementar/kg/dia até 2
partir da introdução de anos de idade ou 25 mg /semana
alimentos complementares. até 18 meses de idade*
Prematuros > 1500 g e RN 2 mg ferro elementar/kg/dia
baixo peso, a partir do 30º dia durante o 1º ano seguido de 1
de vida. mg/kg/dia até 2 anos de idade.
REFERÊNCIAS
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ALIMENTAÇÃO ENTERAL DO RECÉM-
NASCIDO PREMATURO
ALEITAMENTO MATERNO
Necessidades de minerais:
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A dieta enteral plena deverá ser atingida em torno do 14° dia de
vida ( 120 cal/kg/dia).
Evidência de íleo.
Indicações:
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O leite é administrado num fluxo constante por bomba de
infusão.
REFERÊNCIA
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ANEMIA FALCIFORME
CONCEITO
FISIOPATOLOGIA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
1. CRISES DOLOROSAS:
È a complicação mais freqüente da doença falciforme,
acometendo principalmente os ossos e o abdome , simulando até um
abdome agudo . O osso afetado pode apresentar área de edema, rubor
e calor que simula uma osteomielite , em crianças pequenas podemos
ter a dactilia( edema de mãos e pés). Dura geralmente de 4 a 6 dias.
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hipercapnia. Ela é dita como conseqüência de vários fatores como
embolia de medula óssea necrótica, vaso-oclusão pulmonar, infecção
principalmente pelo mycoplasma.
5. INFECÇÕES:
È a principal causa de óbitos nos falcêmicos, ocasionada
principalmente por germes encapsulados. O motivo é que nestes
pacientes a função imunológica do baço não esta presente e essa
deficiência ocorre desde o nascimento. Toda suspeita de infecção no
falcêmico deve ser investigada prontamente pelo risco de sepse.
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DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
1 DOR
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Hidratação parenteral se a dor for moderada a severa. Fazer 3 a 5
litros por dia em
adultos e 1,5 vezes as necessidades hídricas diárias em crianças
Reavaliação periódica
Em alguns casos podem estar indicados o uso de narcóticos
Se a dor não conseguir ser controlada com analgesia, utilizar anti-
inflamatório como
diclofenaco oral na dose de 1mg/kg/dose 8/8 hs.
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Meperidin(Demerol ) - 1,5mg/kg/dose IM,EV 2/2 - 4/4 h. Aumento
da incidência de convulsões. Evitar em paciente com doença
renal/neurológica
Solicitar os exames:
RX de tórax
Hemograma com contagem de reticulócitos
Hemocultura, BAAR e cultura de escarro (se possível)
Gasometria arterial em ar ambiente
Títulos para Mycoplasma pneumoniae (agudo e evolutivo se
possível)
Cintilografia cardíaca - mapeamento cardíaco - está indicado
quando existem
sintomas torácicos com RX de tórax normal
ECG (opcional)
Estudos virais (opcional)
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Queda de 25 % do nível basal de PaO2 do paciente
Insuficiência cardíaca congestiva ou insuficiência cardíaca direita
aguda
Pneumonia rapidamente progressiva
Acentuada dispnéia com taquipnéia
3 FEBRE
4 CRISE ESPLÊNICA:
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Rápida correção da hipovolemia com transfusão de
hemácias para aumentar a Hb para 9 - 10 g/dl.
Em pacientes que sofreram uma crise severa de seqüestro
deve ser considerada a indicação de esplenectomia, uma vez que
existe a possibilidade de recidiva.
Fazer esplenectomia se o paciente tiver mais de 5 anos,
fazendo a vacina contra o Streptococcus pneumoniae previamente à
cirurgia.
Para as crianças até 5 anos - programa de transfusão crônica
ou hipertransfusão mantendo Hb S 30 % e educação familiar
quanto à palpação do baço.
5 AVC:
IMUNIZAÇÕES
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meses - 2 anos 300.000 UI 28/28 dias
2 - 5 anos :600.000 UI 28/28 dias
Como medida profilática utilizamos o ácido fólico rotineiramente
na dose de 5 mg/dia, 3 vezes por semana.
REFERÊNCIAS
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ANEMIA FERROPRIVA
CONCEITO
Tabela 1
Faixa etária Hemoglobina (g%)
RN (a termo) 13,0
3 meses 9,5
1 - 3 anos 11,0
4 - 8 anos 11,5
8 - 12 anos 11,5
12 -16 anos 12,0
Fonte: DALLMAN, P., SIIMES, MA. Percentile curves for hemoglobin
and red cell volume in infancy and childhood. J. Pediatr 94: 27, 1979.
ETIOLOGIA
CARACTERÍSTICAS
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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
ANAMNESE
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Hemorragias agudas
Hemorragias crônicas: epistaxes, enterorragias, sangue oculto nas
fezes. Períodos de crescimento rápido.
TRATAMENTO
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X = Hb normal – Hb encontrada x 3,4 x volemia x 1,5
100
X – dose de Ferro a ser injetada
Volemia – 80 ml/kg Cada 1 ml dos produtos citados
contém 50mg de ferro.
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Obs: O ferro pode ser oferecido tanto na forma de medicamentos, ou
algum alimento fortificado.
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ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL
CONCEITO
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FORMAS CLÍNICAS
Poliarticular
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na forma sistêmica. São responsáveis por cerca de 30 % dos casos de
artrite crônica na infância. Nota-se predomínio do sexo feminino,
mais marcante naqueles com fator reumatóide positivo. Quanto à
idade de início, apresenta dois picos de maior incidência: o primeiro
entre 1 e 3 anos, e o segundo entre 9 e 12 anos.
O acometimento é comumente simétrico, sendo as
articulações mais envolvidas as pequenas articulações das mãos
(metacarpofalangeanas e interfalangianas proximais), punhos,
joelhos e tornozelos. É comum o acometimento da coluna cervical,
levando a limitações da extensão (mais precoce), lateralização e
rotação do pescoço. O acometimento das articulações
temporomandibulares pode levar a limitação e dor à abertura da boca
e nos pacientes com início precoce a micrognatia, pelo acometimento
dos núcleos de crescimento dos côndilos da mandíbula.
São identificados dois subtipos distintos, separados pela
presença do Fator Reumatóide: a) FR +: geralmente com idade de
início tardia (pré-adolescentes ou adolescentes), com predomínio do
sexo feminino, que apresentam tendência a apresentar doença de
curso crônico, com artrite destrutiva, hipodesenvolvimento e
deformidades, à semelhança da Artrite Reumatóide do adulto;
b) FR - ou soronegativa: idade de início mais variada, com
predomínio menos evidente do sexo feminino, e que apresentam
artrite de melhor evolução, com boa resposta ao tratamento e menos
seqüelas.
Oligoarticular
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oligoarticular: persistente ou estendida. Na artrite oligoarticular
persistente o paciente mantém um número restrito de articulações
envolvidas. Na oligoarticular estendida, após 6 meses de evolução
ocorre o acometimento de outras articulações, sendo ultrapassado o
número de 5 articulações envolvidas.
Classicamente os reumatologistas pediátricos admitiam a
existência de pelo menos 2 tipos distintos de pacientes com
oligoartrite, com manifestações e prognósticos distintos:
Grupo constituído por meninas jovens (idade de início < 5 anos),
com alta prevalência de FAN positivo, Fator Reumatóide negativo e
acometimento assimétrico de grandes articulações. Estes pacientes
tinham um quadro articular benigno, raramente levando à seqüelas,
no entanto apresentavam uma alta prevalência de uveite crônica,
podendo levar a perda da visão.
Grupo constituído por meninos mais velhos (> 8 anos), com FAN
e Fator Reumatóide negativos, porém com alta prevalência de HLA
B27, com artrite assimétrica de articulações de membros inferiores e
de entesite, e que tendiam a evoluir posteriormente com o
comprometimento de sacroilíacas, lembrando as espondiloartropatias
do adulto. Apresentam melhor prognóstico, sem destruição articular
significativa.
EXAMES SUBSIDIÁRIOS
Laboratório Clínico:
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glicoproteína ácida (mucoproteínas) e PCR, com relação com a
atividade da doença.
Eletroforese de Proteínas: elevação de frações α-2 e γ -globulinas.
Líquido sinovial - amarelado, turvo, quantidade variável,
viscosidade normal ou diminuída, 3.000 a 75.000 leucócitos (60 -
90% de neutrófilos), glicose normal.
Radiologia:
Diagnóstico Diferencial
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Sistêmica: LES leucemia, linfoma, púrpura de Henoch-
Schönlein, dermatomiosite, esclerose sistêmica progressiva, febre
reumática;
Poliarticular: febre reumática, LES, artrites vjrajs (hepatite e
rubéola), sínd. de Reiter, artrites reativas;
Oligoarticular: artrite tuberculosa, artrite séptica mal conduzida,
hemofilia, gamaglobulinemia, sinovite transitória do quadril.
TRATAMENTO
Medicamentoso
Antinflamatórios não-esteróides:
Naproxeno (10-20 mg/Kg/dia), AAS (80–100 mg/kg/dia),
indometacina (1,5 - 3 mg/Kg/dia), ibuprofeno (30–40 mg/kg/dia),
piroxican (0,5 mg/Kg/dia). A associação de mais de um destes AINH
não deve ser tentada pelo risco de toxicidade.
Corticosteróides:
Devem ser utilizados nos casos com manifestações
sistêmicas graves, casos com artrite ou febre não controlada por
AINH ou em casos de comprometimento ocular (uveíte)
Nos casos com manifestações sistêmicas graves ou com risco de vida
(pericardite, ICC): prednisona na dose de 1 a 2 mg/kg/dia, até
controle dos sintomas, seguido por redução progressiva da dose, até
a menor quantidade capaz de controlar a doença.
Nos casos de artrite severa com dor incapacitante: utilizar a menor
dose capaz de controlar os sintomas. Iniciar com 5 a 7,5 mg de
prednisona por dia e aumentar paulatinamente.
Nos casos com uveíte: prednisona (1-2 mg/Kg/dia), com desmame
após o controle da atividade.
Antimaláricos:
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Hidroxicloroquina (7 mg/Kg/dia); Difosfato de Cloroquina
(4,5 mg/Kg/dia).
Utilizados nos casos com comprometimento articular mais leve, ou
em associação com o methotrexato na politerapia naqueles casos
mais severos..
Exame oftalmológico semestral (risco de retinopatia).
Methotrexato (MTX):
Droga de primeira escolha como tratamento de base nos
casos com doença poliarticular e na sistêmica com evolução
poliarticular. Dose de 0,3 a 0,5 mg/Kg/semana, VO) Doses mais
elevadas (até 1mg/Kg/ semana, SC ou IM) nos casos mais
resistentes.
Imunossupressores:
Azatioprina: 1,5 –2,5 mg/Kg/dia
Cloranbucil: uveítes crônicas não controladas apenas com
corticoterapia.
Ciclosporina; artrite não-responsivas, em associação com
MTX, e em uveíte não controlada com a terapêutica convencional. A
dose inicial é de 2 a 3 mg/Kg/dia com a dose máxima não
excedendo 5 mg/Kg/dia. Fazer monitoração da TA, uréia, creatinina,
urina 1, enzimas hepáticas e hemograma. A dose deve ser reduzida
se os níveis de creatinina sérica excederem 30% os níveis basais
(pré-ciclosporina).
Imunobiológicos:
Utilizados (em associação ou não com o MTX) nos casos de
artrites não-responsivas às terapêuticas habituais.
Etanercept : 0,4 mg/Kg/dose (máximo 25 mg), 2x semana,
SC, em associação com o MTX.
Infliximab: utilizado em infusões endovenosas (aplicação a
nível hospitalar). Dose de 10 mg/Kg. Inicialmente com intervalos de
1 semana, 4 semanas e posteriormente a cada 8 semanas.
Dificuldade: alto custo.
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ARTRITE SÉPTICA
CONCEITO
EPIDEMIOLOGIA
ETIOLOGIA:
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Outros agentes a serem considerados: Salmonella. sp.
(pacientes com anemia falciforme), Pseudomonas sp., Klebsiella sp,
N. gonorrhoeae (adolescentes com vida sexual ativa).
QUADRO CLÏNICO:
EXAMES COMPLEMENTARES
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antibiótico. A cultura com antibiograma deverá sempre ser
solicitada, pois será útil para o estabelecimento do diagnóstico
etiológico (de importância epidemiológica) e para a orientação da
terapêutica.
Hemograma: leucocitose com neutrofilia (gram-positivos
apresentam maiores leucocitoses; recém-nascidos podem cursar sem
leucocitose).
Proteínas de fase aguda (PCR, VHS, mucoproteínas/α1
glicoproteína ácida): estão comumente elevadas. A PCR geralmente
apresenta valores maiores que 40 mg/dL, sugerindo infecção
bacteriana.
Hemocultura: útil para o estabelecimento do diagnóstico
etiológico.
Ultrasonografia (US): detecção de líquidos nos espaço articular e
espessamento sinovial. Exame de extrema importância no caso de
artrite de coxofemural, onde pode determinar a presença e as
características do derrame articular, dificilmente possível pelo exame
clínico em virtude das caracterÍsticas desta articulação; e naqueles
casos onde há suspeita de celulite sobre a articulação afetada e cuja
punção diagnóstica não deve ser realizada às cegas.
Radiografia - geralmente não mostra alterações em casos
precoces. Pode ser evidenciado aumento do espaço articular, edema
de partes moles e distensão da cápsula. Posteriormente pode haver
osteopenia em região subcondral.
Tomografia Computadorizada (TC) - importante na avaliação de
suspeita de infecções em sacroilíacas e coluna.
Cintilografia óssea - inespecífico. Mostrará aumento da captação
a nível de articulação envolvida. Importante para afastar (ou
detectar) o envolvimento ósseo no processo (osteomielite).
Ressonância Magnética - mais sensível e específica que a TC e
Cintilografia.
TRATAMENTO
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suporte.
Para reduzir a pressão retroarticular e retirar mediadores de
inflamação capazes de determinar lesão da cartilagem articular,
preconiza-se a drenagem da articulação afetada. A drenagem deve
ser preferencialmente cirúrgica, sendo urgente e imperativa no caso
de artrite de quadril. Punções articulares repetidas podem ser
tentadas em articulações periféricas quando não se dispuser de
cirurgião ou ortopedista para a realização de drenagem cirúrgica.
Tratamento antimicrobiano: deve ser utilizado de acordo
com a faixa etária e o microorganismo implicado, de acordo com o
quadro a seguir, mantendo-se o esquema por período de, no mínimo,
duas semanas.
Antibióticos de escolha por faixa etária (pode ser
modificado a depender do resultado da bacterioscopia ou da cultura):
RN: Oxacilina + Amicacina ou Gentamicina
< 5 anos: Oxacilna + Ceftriaxona ou Cefotaxima
> 5anos: Oxacilina (associado a Amicacina ou Gentamicina
se houver suspeita de osteomielite).
Anemia falciforme: Oxacilina + Ceftriaxona ou
Cefotaxima
Adolescente com suspeita de artrite gonocócica: Penicilina
Cristalina ou Ceftriaxona.
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falciforme
Salmonela sp. Cefotaxima 100 a 150
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ASCITE
CONCEITO
ETIOPATOGENIA
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
EXAMES COMPLEMENTARES
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abdominais, centralização do intestino, separação das alças do
delgado e aumento da distância entre o fundo gástrico e o diafragma
e entre o estômago e o cólon transverso).
Ultra-sonografia abdominal (gold standard para ascites de
pequeno volume)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
TRATAMENTO
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Critérios para definição de PBE:
Diagnóstico
Variantes:
REFERÊNCIA:
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ASMA BRÔNQUICA
1. CONSIDERACÕES IMPORTANTES
Frequência cardíaca.
Freqüência Respiratória
Saturação de 02
Uso da musculatura acessória.
Dispnéia.
Cor (presença de cianose).
Grau de alerta ( excitado, deprimido).
Ausculta pulmonar ( sons Ins e Expiratórios separadamente)
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3 COMO MEDIR O PEAK FLOW:
Idade Valor
<2 meses <60/min
2-12 meses <50/min
1-5 anos <40/min
6-8 anos <30/min
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Sob supervisão da mãe ou enfermagem.
Criança com máscara colada ao rosto
Boca aberta , sem chupeta, sem chorar.
Nebulizar até secar toda a solução.
Maiores de 3 anos usar preferencialmente nebulizador com bocal
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Sonolência
Uso intenso de musculatura acessória (retração supraesternal,
aleta nasal)
Hipopotassemia.
Hiperglicemia.
Psicose.
Miopatia.
Broncoconstricção em pacientes sensíveis à aspirina que
receberam hidrocortisona.
Pneumotórax.
Pneumomediastino.
Enfisema subcutâneo.
Atelectasia.
Alterações hidroeletrolíticas ( hipopotassemia, hipomagnesemia).
Acidose metabólico - lática
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Acidose respiratória, alcalose metabólica.
Lesão cerebral anóxica
REFERÊNCIAS
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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
Avaliação clínico-epidemiológica
Antecedentes gestacionais e neonatais; enfermidades
pessoais pregressas e familiares; desenvolvimento neuropsicomotor;
evolução pondo-estatural; presença de desvios fenotípicos; distúrbios
nutricionais em pais, irmãos e parentes próximos (desnutrição
energético-protéica, obesidade, diabetes tipo 2).
Avaliação dietética
Tempo de aleitamento materno exclusivo; época de
introdução de outros alimentos na dieta, incluindo o glúten; cardápio
atual detalhado, qualitativa e quantitativamente.
Avaliação psico-social
Condições e qualidade de vida da família, renda mensal.
Avaliação laboratorial
Além dos exames de rotina, incluir glicemia, colesterol
(sobretudo dos pacientes com edema generalizado ou em anasarca,
para diagnóstico diferencial entre kwashiorkor e síndrome nefrótica)
e ionograma, proteínas totais e frações e outros exames (culturas,
radiologia, PPD, etc.), na dependência de cada caso. Não dispomos
de rotina da dosagem de pré-albumina, proteína transportadora de
retinol, ferritina, etc., que têm menor meia-vida.
Avaliação antropométrica
Determinar o peso corporal do paciente sem as vestes, em
balança devidamente regulada e a estatura (em régua antropométrica,
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preferencialmente fixa em uma parede ou na falta desta, o
estadiômetro da balança).
Utilizar os valores de peso e estatura esperados para a idade,
e peso esperado para a estatura mostradas nas TABELAS 1 e 2 do
NCHS (National Centers of Health Statistics) mostrados no final
desse capítulo, para o cálculo das adequações (segundo Seoane e
Lathan):
CLASSIFICAÇÃO DA DESNUTRIÇÃO
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Ou
ESTATURA/IDADE (E/I)
> 95% ≤ 95%
PESO/ESTATURA > Eutrófico Desnutrido
(P/E) 90% pregresso
≤ Desnutrido agudo Desnutrido
90% crônico
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Edema 3
Marasmo 0-3 pontos
Alteração da pele 2 Forma mista
4-8 pontos
Edema + alterações da pele 6
Kwashiorkor 9-15 pontos
Alterações do cabelo 1
Hepatomegalia 1
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Tabela 1
MASCUL1NO FEMININO MASCULINO FEM1NINO
PESO (-DP) COMP Peso (- PESO (-DP) PESO (-DP)
DP) ESTATURA
Kg Cm Kg Kg Cm Kg
3.1(0.3) 49 3.3(0.4) 7.5(1.0) 65 7.4(1.0)
33(O.4~ 50 3.4(0.4) 7.7(1.0) 66 7.7(1.0)
3.5(0.4) 51 3.5(0.4) 8.0(1.0~ 67 7.9(1.0)
3.7(0.5) 52 3.7(0.4) 8.3(1.0) 68 8.2(1.0)
3.9(0.5) 53 3.9(0.5) 8.5(1.0) 69 8.4(1.0)
4.1(0.5) 54 4.1(0.5) 8.8(1.0) 70 8.6(1.0)
4.3(0.5) 55 4.3(03) 9.0(1.0) 71 8.9(1.0)
4.6(0.6) 56 4.5(0.5) 9.2(1.0) 72 9.1(1.0)
4.8(0.6) 57 4.8(0.5) 9.5(1.0) 73 93(1.0)
5.1(0.6) 58 5.0(0.6) 9.7(1.0) 74 9.5(1.0)
5.4(0.6) 59 5.3(0.6) 9.9(1.0) 75 9.7(1.0)
5.7(0.6) 60 5.5(0.6) 10.1(1.0) 76 10.0(1.0)
5.9(0.7) 61 5.8(0.6) 10.4(1.0) 77 10.2(1.0)
6.2(0.7) 62 6.1(0.7) 10.6(1.0) 78 10.4(1.0)
6.5(0.7) 63 6.4(0.7) 10.8(1.0) 79 10.6(1.0)
6.8(0.7) 64 6.7(0.7) 11.0(1.0) 80 10.8(1.0)
7.1 (0.7) 65 7.0(0.7) 11.2(1.0) 81 11.0(1.0)
7.4 (0.7) 66 7.3(0.7) 11.5(1.1) 82 11.2(1.0)
7.7(0.7) 67 73(0.8) 11.7(1.1) 83 11.4(1.1)
8.0(0.7) 68 7.8(0.8) 11.9(1.1) 84 11.6(1.1)
8.3(0.7) 69 8.1(0.8) 12.1(1.1) 85 11.8(1,1)
8.5(0.8) 70 8.4(0.8) 12.3(1.1) 86 12.0(1.1)
8.8(0,8) 71 8.6(0.8) 12.6(1.1) 87 12.3(1.1)
9.1(0.8) 72 8.9 (0.8) 12.8(1.1) 88 12.5(1.1)
9.3(0.8) 73 9.1(0.8) 13.0(1.1) 89 12.7(1.1)
9.6(0.8) 74 9.4(0.8) 13.3(1.2) 90 12.9(1.1)
9.8(0.8) 75 9.6(0.9) 13.5(1.2) 91 13.2(1.2)
10.0(0.8) 76 9.8(0.9) 13.7(1.2) 92 13.4(1.2)
10.3(0.8) 77 10.0(0.9) 14.0(1.2) 93 13.6 (1.2)
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10.5(0.8) 78 10.2(.09) 14.2(1.2) 94 13.9(1.2)
10.7(0.8) 79 10.4(0.9) 14.5(1.3) 95 14.1(1.2)
10.9(0.9) 80 10.6(0.9) 14.7(1.3) 96 14.3(1.3)
11.1(0.9) 81 10.8(0.9) 15.0(1.3) 97 14.6(1.3)
11.3(0.9) 82 11.0(0.9) 15.2(1.3) 98 14.9(1.3)
11.5(0.9) 83 11.2(0.9) 15.5(1.4) 99 15.1(1.4)
11.7(0.9) 84 11.4(0.9) 15.7(1.4) 100 15.4(1.4)
119 (0.9) 85 11.6(0.9) 16.0(1.4) 101 15.6(1.4)
12.1(0.9) 86 11.8(0.9) 16.3(1.4) 102 15.9(1.4)
12.3(0.9) 87 11.9(0.9) 16.6(1.4) 103 16.2(1.4)
12.5(1.0) 88 12.1(0.9) 16.9(1.5) 104 16.5(1.5)
12.8 (1.0) 89 12.4(0.9) 17.1(1.5) 105 16.7(1.5)
13.0 (1.0) 90 12.6(0.9) 17.4 (1.5) 106 17.0(1.5)
13.2 (1.0) 91 12.8(1.0) 17.7(1.5) 107 17.3(1.5)
13.4 (1.0) 92 13.0(1.0) 18.0(1.6) 108 17.6(1.6)
13.7 (1.0) 93 13.3(1.0) 18.3(1.6) 109 17.9(1.6)
13.9 (1.0) 94 13.5(1.0~ 18.7(1.6) 110 18.2(1.6)
14.1 (1.0) 95 13.8(1.0) 19.0(1.6) 111 18.5(1.6)
14.4 (1.0) 96 14.0(1.0) 19.3(1.7) 112 18.9(1.6)
14.7 (1.1) 97 14.3(1.0) 19.6(1.7) 113 19.2(1.7)
14.9 (1.1) 98 14.6(1.0) 20.0(1.7) 114 19.5(1.7)
15.2 (1.1) 99 14.9(1.0) 20.3(1.7) 115 19.9(1.7)
15.5 (1.1) 100 15.0(1.1) 20.7(1.7) 116 20.3(1.7)
MASCULINO FEMININO
EST * (- PESO (-DP) IDADE PESO (-DP) EST * (-DP)
DP)
cm Kg meses Kg cm
76
63.7(2.7) 6.7(1.0) 04 6.0(8.0) 62.0(2.5)
65.9(2.7) 7.3(1.0) 05 6.7(0.8) 64.1(2.6)
67.8(2.7) 7.8(1.0) 06 7.2(0.9) 65.9(2.6)
69.5(2.7) 8.3(1.0) 07 7.7(0.9) 67.6(2.7)
71.0(2.7) 8.8(1.0) 08 8.2(0.9) 69.1(2.7)
72.3(2.6) 9.2(1.2) 09 8.6(1.0) 70.4(2.7)
73.6(2.6) 9.5(1.0) 10 8.9(1.0) 71.8(2.8)
74.9(2.7) 9.9(1.0) 11 9.2(1.0) 73.1(2.8)
76.1(2.7) 10.2(1.0) 12 9.5(1.0) 74.3(2.8)
77.2(2.7) 10.4(1.0) 13 9.8(1.1) 75.5(2.9)
78.3(2.8) 10.7(1.1) 14 10.0(1.1) 76.7(2.9)
79.4(2.8) 10.9(1.1) 15 10.2(1.1) 77.8(2.9)
80.4(2.9) 11.1(1.1) 16 10.4(1.1) 78.9(3.0)
81.4(3.0) 11.3(1.1) 17 10.6(1.2) 79.9(3.0)
82.4(3.0) 11.5(1.2) 18 10.8(1.2) 80.9(3.1)
83.3(3.1) 11.7(1.2) 19 11.0(1.2) 81.9(3.1)
84.2(3.2) 11.8(1.2) 20 11.2(1.2) 82.9(3.1)
85.1(3.2) 12.0(13) 21 11.4(1.2) 83.8(3.2)
86.0(3.3) 12.2(1.3) 22 11.5(1.2) 84.7(3.2)
86.6(3.3) 12.4(13) 23 11.7(1.2) 85.6(3.2)
85.6(3.2) 12.3(1.1) 24 11.8(1.2) 84.5(3.2)
86.4(3.2) 12.5(1.2) 25 12.0(1.2) 85.4(3.3)
87.2(3.3) 12.7(1.2) 26 12.2(1.2) 86.2(3.3)
88.1(3.4) 12.9(1.3) 27 12.4(1.3) 87.0(3.4)
88.9(3.4) 13.1(1.3) 28 12.6(1.3) 87.9(3.4)
89.7(3.5) 13.3(1.3) 29 12.8(1.3) 88.7(3.5)
90.4(3.5) 13.5(1.4) 30 13.0(1.3) 89.5(3.5)
91.2(3.6) 13.7(1.4) 31 13.2(1.4) 90.2(3.5)
92.0(3.6) 13.9(1.5) 32 13.4(1.4) 91.0(3.6)
92.7(3.7) 14.1(1.5) 33 13.6(1.4) 91.7(3.6~
93.3(3.7) 14.3(1.5) 34 13.8(1.4) 92.5(3.6)
94.2(3.8) 14.4(1.6) 35 13.9(1.5) 93.2(3.7)
94.9(3.8) 14.6(1.6) 36 14.1(1.5) 93.9(3.7)
95.6(3.8) 14.8(1.6) 37 14.3(1.5) 94.6(3.7)
96.3(3.9) 15.0(1.7) 38 14.4(1.5) 95.3(3.8)
97.0(3.9) 15.2(1.7) 39 14.6(1.5) 96.0(3.8)
97.7(4.0) 15.3(1.7) 40 14.8(1.6) 96.6(3.8)
98.4(4.0) 15.8(1.8) 41 14.9 (1.6) 97.3(3.9)
99.1(4.1) 16.0(1.8) 42 15.1(1.6) 97.9(3.9)
99.7(4.1) 16.2(1.8) 43 15.2(1.6) 98.6(3.9)
100.4(4.1) 16.4(1.9) 44 15.4(1.6) 99.2(3.9)
101.4(4.1) 16.5(1.9) 45 15.5(1.6) 99.8(4.0)
101.7(4.2) 16.7(1.9) 46 15.7(1.7) 100.4(4.0)
102.3(4.2) 16.9(1.9) 47 15.8(1.7) 101.0(4.0)
103.9(43) 17.0(1.9) 48 16.0(1.7) 101.6(4.0)
77
103.6(4.3) 17.2(2.0) 49 16.1(1.7) 102.2(4.1)
104.2(4.3) 17.4(2.0) 50 16.2(1.7) 102.8(4.1)
104.8(4.4) 17.5(2.0) 51 16.4(1.8) 103.4(4.1)
105.4(4.4) 17.7(2.0) 52 16.5(1.8) 104.0(4.2)
106.0(4.4) 17.9(2.0) 53 16.7(1.8) 104.5(4.2)
106.6(4.4) 18.0(2.0) 54 16.8(1.8) 105.1(4.2)
107.1(4.5) 18.2(2.1) 55 17.0 (1.8) 105.6(4.2)
107.7(4.5) 183 2.1) 56 17.1(1.8) 106.2(4.3)
108.3(4.5) 18.5(2.1) 57 17.2 (1.9) 106.7(4.3)
108.8(4.5) 18.7(2.1) 58 17.4(1.9) 1073(43)
109.4(4.6) 59 17.5(1.9) 107.8(4.4)
109.9(4.6) 60 17.7(1.9)
153(1.7)
15.7(1.8)
78
BEXIGA NEUROGÊNICA
CONCEITO
79
SINTOMAS
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
OBJETIVOS
80
seguintes medicações:
TRATAMENTO DA INFECÇÃO
81
REFERÊNCIA
82
BRONQUIOLITE
CONCEITO
ETIOLOGIA
QUADRO CLÍNICO
83
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL E RADIOGRÁFICO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
84
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Asma- Bronquiolite
TRATAMENTO
Cuidados Gerais
Dieta zero, se taquipnéia intensa.
Posição no leito: ombros elevados, com pescoço apoiado em rolo
(evita-se o peso das vísceras sobre o diafragma e obtém-se
retificação da via aérea).
Oxigênio: é a única medida terapêutica de valor indiscutível.É o
recurso mais importante, de preferência fornecido em Hood, numa
concentração de 40%, devendo-se manter a saturação acima de 90%.
Quando a necessidade de oxigênio for inferior a esse valor é possível
administrá-lo através de cateter nasal.
Hidratação : a diminuição da ingestão e perda aumentada de
água pelo pulmão pode levar a desidratação. Se ocorrerem diarréia,
vômitos, febre ou sudorese, acrescentar as necessidades basais 20-40
ml/kg/dia. Reduzir o aporte hídrico para cerca de 70% das
necessidades normais em casos graves com secreção apropriada do
hormônio antidiurético e na insuficiência cardíaca.
Broncodilatadores : indicados em casos mais graves, com
rigorosa observação de resultados positivos, assim como de efeitos
colaterais. Nos pacientes com piora clínica ou sem resposta, os
broncodilatadores não devem ser mantidos.
85
Corticóides: não indicados.
Ribavirina: é uma droga de comprovada ação contra alguns
vírus, em particular contra o VSR. Recomendada para casos graves,
em especial pacientes de maior risco. Tratamento caro e não
disponível em nosso meio.
Antibióticos: nos casos mais leves que não necessitam de
tratamento intensivo, com período de hospitalização restrito, está
bem determinado que não se deva administrá-los, porém, nos mais
graves, com necessidade de ventilação mecânica e outras medidas
invasivas sua utilização pode estar justificada.
Fisioterapia: a única publicação conhecida até o momento sobre
o tema sugere que esta técnica não acrescenta benéficios ao paciente.
Após a fase aguda, pode haver indicação nos casos onde a retenção
de secreções é abundante assim como em atelectasias.
Ventilação Mecânica: está indicada nas crianças com quadro
obstrutivo progressivo que necessitam concentrações elevados de
oxigênio e começam a demonstrar fadiga muscular. Indicado quando
há retenção de CO2, queda na Pa02 e no pH.
COMPLICAÇÕES
REFERÊNCIAS
86
RUBIN, Fernanda M. and FISCHER, Gilberto B.. Características
clínicas e da saturação transcutânea de oxigênio em lactentes
hospitalizados com bronquiolite viral aguda. J. Pediatr.
2003;.79:435-442
87
88
CALAZAR (LEISHMANIOSE VISCERAL)
CONCEITO
ETIOLOGIA
FORMAS CLÍNICAS
Forma Assintomática
Forma Aguda
Forma Clássica
Diagnóstico Laboratorial
90
Hemocultura e urocultura, quando necessárias.
ECG (com 7 dias do uso do Glucantime e a partir daí,
quinzenalmente)
TRATAMENTO
Dieta branda
Hemoderivados (de acordo com cada caso)
Glucantime (antimoniato de N-metilglucamina): 81 mg/ml de
antimoniato
- dose: 10 a 20mg/kg/dia + 50 ml de SG5% ou SF 0,9% em 20 a
30 minutos
- duração: 25 a 30 dias
Alternativas em caso de resistência ao Glucantime:
- Anfotericina B: iniciar com dose de 0,1-0,2 até 1 mg/kg/dia (não
ultrapassar 50 mg/kg/dia). A dose acumulada deve ser de 30-50
mg/kg. Efeitos colaterais de cárdio e nefrotoxicidade.
- Anfotericina lipossomal (dose de 2-3 mg/kg/dia): usada nos casos
de toxicidade da anfotericina B convencional.
- Interferon com anfotericina ou glucantime.
- Pentamidina na dose de 2- 4mg/kg/dia em dose única diária, por
várias semanas.
- Miltefosina: 2,5 mg/kg/dia, por 28 dias, via oral (ainda não
disponível no Brasil).
Profilaxia de infecções: neutrófilos segmentados < 500/mm3
Anti-helmíntico de rotina
Ferro, ácido fólico, vitamina C e complexo B: com 14 dias de
tratamento
Espironolactona: se edema de parede abdominal presente.
Vitamina K: se necessário
Vacinas de acordo com cartão de vacinas
AVALIAÇÃO DE CURA
SEGUIMENTO
REFERÊNCIAS
92
CELULITE
CONCEITO
CONDUTA
Celulite de extremidades:
93
Em caso de recém-nascidos, lesões muito extensas, cicatrizes
cirúrgicas, após varicela, comprometimento do estado geral,
pacientes com síndrome nefrótica ou falta de resposta nas primeiras
48 h. com o esquema anterior: Oxacilina (200 mg/Kg/dia, 4x) ou
Clindamicina (20-40 mg/Kg/dia, 4x) associada à Amicacina em RN
(l5 mg/Kg/dia, 2 ou 3x) ou associado ao Cloranfenicol ou
Ceftriaxona (80-100mg/Kg/dia) nos pacientes entre 2 meses a 4 anos
na ausência de porta de entrada e não vacinados para o Haemophylus
influenzae. Duração do tratamento EV: 10 dias (com retirada de um
dos 2 antibióticos com o resultado da(s) cultura(s) e com
complementação do tratamento por via oral: Cefalexina;
Amoxicilina + Clavulanato (30-50 mg/Kg/dia, 3x) ou Clindamicina
(20-40 mg/Kg/dia, 4x) até completar 3 semanas.
Celulites de Face:
94
terapêutica, considerar a associação de Cefalosporina de 2a ou 3a
geração.
Celulite Pós-Septal (orbitária): Clinicamente teremos projeção
do olho para frente e para baixo, limitação dos movimentos oculares,
alteração de reflexos pupilares e queda na acuidade visual. Nestes
casos, faz-se necessária a avaliação oftalmológica. O tratamento
antimicrobiano para os maiores de 5 anos é Oxacilina (ou
Clindamicina) + Amicacina (15 mg/Kg/dia, 3x), IV e nos casos com
< 5 anos: associação de Ampicilina (Oxacilina em casos com porta
de entrada) + Ceftriaxona. Nos casos com sinusite crônica e
infecção dentária: Clindamicina + Amicacina; em casos de falhas
terapêuticas, Ceftriaxona + Oxacilina + Amicacina (em doses
habituais).
95
96
CETOACIDOSE DIABÉTICA (CAD)
Ricardo F. Arrais
DIAGNÓSTICO
Tríade:
97
Atenção! Se o paciente não estiver em acidose metabólica,
o diagnóstico provável é de hiperglicemia+ cetose, de reversão mais
simples e rápida, podendo inclusive ser ambulatorial/domiciliar com
monitoramento próximo.
QUADRO CLÍNICO
Distúrbios metabólicos:
Outros achados:
98
Leucocitose: stress (geralmente não indicativo de infecção)
Creatinina: elevação factícia por hipercetonemia
Amilase: aumento de amilase salivar. Se houver pancreatite,
além da clínica, deve haver aumento de lipase concomitante.
Aumento de PA/ FC: volume circulatório constrito + stress
Dor abdominal/íleo: regridem logo no início (secundárias a
cetonemia)
Dor retroesternal/disfonia/dispnéia/enfisema subcutâneo:
complicação de hiperventilação (Kussmaul)
TRATAMENTO
OBJETIVOS DO TRATAMENTO
TERAPIA FLUÍDICA:
99
Assumir 10% de perdas líquidas (100 mL/kg) e até 15% em
lactentes (calcular para corrigir perdas em 12 horas)
Iniciar com 20 mL/kg de SF 0,9%/Ringer Lactato em 1-2 h para
restaurar perfusão (“ressuscitação hídrica”)
Soluções diluídas (SF 0,45%) e infusões rápidas aumentam risco
de edema cerebral
Se sinais de choque: albumina a 5%, 20-25 mL/kg no início.
Manutenção usual (100 mL/100 cal) Calcular descontando os
10% iniciais, para as 22-23 horas subseqüentes.
Administrar potássio (30-40 mEq/litro de soro), de preferência ½
KCl, ½ KPO4 (reposição de fosfato e evitar risco de hipercloremia),
ou ½ KPO4 e ½ acetato de potássio (que, como o lactato, é
convertido em bicarbonato, auxiliando na correção de acidose), de
preferência se o primeiro potássio estiver menor que 6 mmol/L ou se
o débito urinário estiver estabelecido.
Bicarbonato é raramente indicado. Nunca administrar em
bolo (alto risco de hipocalemia).
INSULINOTERAPIA
100
MONITORAÇÃO
COMPLICAÇÕES
101
Complicações Intracerebrais: mais sérias e temidas (2/3 das
causas de óbito por CAD). Muitas vezes imprevisíveis. Edema e
trombose cerebral. Fatores preditivos: Clínicos (tabela 2) e
laboratoriais: Na que não se eleva com a correção, osmolalidade
efetiva que diminui podem ser sinais. Pacientes de maior risco: <
5 anos. Tratamento: manitol 1g/kg em 15 minutos, podendo ser
repetido; solução salina hipertônica (3%) 5-10ml/kg em 30
minutos pode ser uma alternativa na falta de manitol; e
hiperventilação (ventilação mecânica- UTI)
Mucormicose: infecção fúngica rara, mas freqüentemente fatal.
TRANSIÇÃO
LABORATÓRIO
glicemia h/h
potássio h/h se anormal (<3 ou >6mM/L
Na/K/HCO3/pH/osmolaridade 0/2/6/10/24 h (2-4 h até osm. Nl
cetonúria 0 e cada 4-6 h
Ca/P (opcional) 0/12/24 h
102
Fluidos
tipo/fluxo
Ingestão (EV/VO)
Perdas
INSULINA
REFERÊNCIAS
104
COLESTASE NEONATAL
CONCEITO
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Características gerais:
Sexo, gravidez gemelar, peso do nascimento, história familiar de
hepatopatia, origem étnica dos pais, consangüinidade, hemólise
neonatal, grupo sangüíneo, gravidez materna, contato com doença
infecciosa, drogas, transfusões durante a gravidez, condições de
parto.
História clínica:
Início da icterícia, curso da icterícia, início da alteração da cor das
fezes, tempo de acolia fecal, febre, alteração do aparelho
gastrintestinal, alteração do aparelho respiratório, cirurgia prévia.
Exame físico à admissão:
Estado geral, idade, peso/altura, perímetro cefálico e abdominal,
presença de mal-formações (fácies, microcefalia, catarata,
cardiopatia dextrocardia), pele, coloração das fezes, coloração da
urina, características da palpação do fígado e baço (tamanho e
consistência), sistema cardiovascular, genitália, edema, ascite,
105
prurido, “rush”, anomalias congênitas, anomalias neurológicas,
outros sinais associados.
CONDUTA
106
Caso afastada esta hipótese, continuar a investigação com
os seguintes exames:
Sorologia VDRL, HbsAg, anti-HBc total, toxoplasmose
(imunofluorescência e ELISA-IgM), citomegalovírus (ELISA-IgM),
HIV (ELISA-IgM, western blot e PCR), rubéola (ELISA IgM).
Dosagem de alfa-1-antitripsina sérica.
Triagem de erros inatos do metabolismo no sangue e na urina
Dosagem de cloro no suor pelo método de pilocarpina
Outros: T4, TSH, hemocultura, mielograma, ecocardiograma e
exame oftalmológico, colangiografia transhepatobiliar ou
endoscópica, quando necessário.
REFERÊNCIAS:
107
108
DENGUE
CONCEITO
QUADRO CLÍNICO
109
Sinais de perda de plasma para o terceiro espaço, que pode ser
evidenciado por: derrames cavitários ou hemoconcentração (≥ 20%)
ou hipoalbuminamia
SINAIS DE ALERTA
SINAIS DE CHOQUE:
Hipotensão arterial
Pressão diferencial ≤ 20 mmHg (TA convergente)
Pulso rápido e fino
Extremidades frias, cianose
110
CONDUTA:
Grupo A - (leve):
Sintomáticos (antitérmicos e analgésicos)- dipirona ou
paracetamol
Hidratação oral- sucos, chás, água, soro caseiro.
Retorno à unidade de saúde em 48 á 72 horas e orientar
sobre os sinais de alerta
Não utilizar salicilatos ou antiinflamatórios não hormonais
Grupo B (moderado):
Manifestações hemorrágicas induzidas (prova do laço) ou
espontâneas, mas sem repercussão hemodinâmica e sem sinais de
alerta:
Colher hematócrito (Ht), plaquetas e leucometria:
111
Se Ht ≥ 38% e ≤ 42% (crianças) ou elevado > que 10 % do valor
basal (antes da doença) e/ou
Plaquetas entre 50.000 e 100.000/mm3 e/ou
Leucopenia < 1000 cel/ mm3
112
Reavaliação clínica contínua
Dosagem de Ht após 2 horas
Contagem de plaquetas a cada 12 horas.
REFERÊNCIAS
113
114
DERRAME PARAPNEUMÔNICO
CONCEITO
115
ETIOLOGIA (Papastamelos, 1994)
Organismo idade condições associadas curso
___________________________________________________________________________
S. aureus < 1 ano infecções de pele severo, pneumatoceles, abscessos
qualquer idade
Gram-negativos <2meses
variável imunodeprimidos, hospitalar severo
____________________________________________________________________________
116
TRATAMENTO ANTIMICROBIANO EMPÍRICO INICIAL
(Feris,1986, Papastamelos, 1994)
117
CRITÉRIOS NA REALIZAÇÃO DA DRENAGEM:
MEDIDAS DE SUPORTE:
118
EVOLUÇÃO:
119
3. Tubo de drenagem fora do espaço pleural
4. Presença de complicações (abscesso, loculações,
encarceramento)
120
ÁRVORE DE DECISÃO NO MANEJO DO DERRAME
PARAPNEUMÔNICO
(modificado Chan et al. 1997)
INDICAÇÃO DE DRENAGEM
nova
SIM NÃO → toracocentese SIM NÃO
RECUPERACÃO CLÍNICA
SIM NÃO
DRENAGEM ABERTA/
DECORTICAÇÃO
REFERÊNCIAS
121
CHATKIN, J. M. Estudo de Óbitos infantis por pneumonia por meio
de inquérito domiciliar. Jornal de Pediatria, v. 68, p.3-4. 1992.
122
FRAGA, J. C. et al. Pleuroscopia com mediastinoscópio em crianças
com derrame parapneumônico complicado. J Pediatr, v. 75 (6), p.
470-476. 1999.
123
124
DESIDRATAÇÃO E REIDRATAÇÃO
OBSERVE A B C
125
PLANO A: Paciente hidratado
Conduta:
Conduta:
126
por 24 horas.
Dose: 50 - 100 mL/kg, em 4 - 6 horas.
Reavaliar de hora em hora, refazendo o quadro de avaliação da
OMS. Em caso de vômitos, aguardar 10 minutos, oferecer soro de
10/10 minutos, às colheradas. Se persistirem os vômitos, utilizar
sonda nasogástrica (SRO por gastróclise).
Após 4 horas, reavaliar o paciente:
- Paciente ainda com sinais de desidratação - manter TRO
por mais 2 horas.
- Paciente desidratado grave - hidratação venosa
- Paciente hidratado - seguir orientação do Plano A.
Conduta:
127
Fases da Hidratação Venosa (HV):
128
Manutenção: para o cálculo das necessidades hídricas diárias,
utilizamos os valores propostos por Holliday & Segar (1957),
conforme quadro abaixo:
PESO VOLUME
< 10kg 100mL/kg/dia
10-20kg 1.000mL + 50mL/kg acima de
10
> 20kg 1.500mL/kg + 20mL/kg acima
de 20
Volume = NB + RP
PROPORÇÃO SOLUÇÃO
Manutenção 4:1 SG : SF
Reposição de 1: 1 SG : SF
perdas
130
Eletrólitos Endovenosos
ELETRÓLITOS NECESSIDADES
Sódio 2-4mEq/kg/dia
Potássio 2-5mEq/kg/dia
Cloro 2-4mEq/kg/dia
Cálcio 0,5-2mEq/kg/dia
Magnésio (nos DEP III e RN) 0,25-0,75mEq/kg/dia
Obs: NaCl a 10% (1mL = 1,7 mEq Na) e a 20% (1mL = 3,4 mEq
Na).
KCI a 10% (1mL = l,3mEq K) e a 19,1% (1mL = 2,6mEq
K)
Gluconato de cálcio a 10% (1mL = 0,5 mEq)
Sulfato de magnésio a 10% (1mL = 0,8 mEq)
REFERÊNCIAS
131
Bahl, R., et al. . Effect of zinc supplementation on clinical course of
acute diarrhea. Report of a Meeting. New Delhi, 7-8 May 2001.
Journal of Health, Population and Nutrition, 2001;19: 338-346
132
DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO-
PROTÉICA GRAVE (DEP III)
INDICAÇÃO DE INTERNAÇÃO
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
EXAMES LABORATORIAIS
133
Exames que podem ser úteis: hemograma, glicemia, exame
sumário de urina, urocultura, exame parasitológico de fezes, raio x
de tórax, PPD. As dosagens de eletrólitos e proteínas séricas,
quando solicitadas, devem ser cuidadosamente interpretadas para se
evitar terapias inadequadas. Lembrar que o DEP III apresenta
hiponatremia diluicional com sódio corporal total normal ou elevado,
e hipopotassemia.
Outros exames (HIV, sorologias específicas, cloro no suor,
etc...), só devem ser solicitados quando forem necessários.
FASES DO TRATAMENTO
A - Tratamento Inicial:
134
sinais cárdio-circulatórios, tais como diminuição do enchimento
capilar, pulso, freqüência cardíaca).
Sinais de desidratação (algum grau de desidratação): os DEP III são
deficientes em potássio e têm níveis anormalmente elevados de sódio
e, portanto, a solução de reidratação oral (SRO) deve ter menos
sódio e mais potássio que a solução padrão recomendada pela OMS.
Magnésio, ferro e cobre também devem ser dados para corrigir a
deficiência destes minerais.
Quadro 1 – SRO Modificada
INGREDIENTES QUANTIDADE
Água 2 litros
SRO-OMS 1 pacote
Açúcar 50 gramas
Solução de eletrólitos/minerais 40 ml
135
Tratar desidratação grave/choque:
136
- Crianças com complicações (choque séptico, hipoglicemia,
letargia, infecções cutâneas, infecção do trato respiratório ou
urinário): iniciar com Penicilina cristalina + Amicacina. Na
evolução, após 48h, com piora clínico-laboratorial, mudar o esquema
para Ceftriaxona + Oxacilina. Alterações, posteriormente, na
dependência de cada caso.
137
IDADE DOSE
< 6 meses 50.000 UI
6 – 12 meses 100.000 UI
> 12 meses 200.000 UI
138
Estimulação física e emocional: através de programas de
recreação estruturada, que começam durante a reabilitação e
continuam após a alta, podem reduzir substancialmente o risco de
retardo mental e emocional permanentes. A partir da admissão,
assegurar:
Critérios de Alta
REFERÊNCIA
139
140
DIARRÉIA AGUDA
CONCEITO
CONDUTA
Exames complementares:
Hemograma
Coprocultura com antibiograma
Pesquisa de rotavírus nas fezes
Parasitológico de fezes (3 amostras)
Se necessário: hemocultura, ionograma, gasometria arterial.
142
E. Sulfato ou acetato de zinco – 10mg/dia ( em menores de
6 meses) ou 20mg/dia ( em maiores de 6 meses). Estudos
demonstraram redução da duração e gravidade da diarréia, além de
diminuição na incidência da diarréia nos próximos 2-3 meses.
Racecadotrila – droga anti-secretora que exerce efeito
diarréico por inibição das encefalinases intestinais, tem se mostrado,
em alguns estudos, eficaz na redução do volume fecal e da duração
da diarréia na gastroenterite aguda. Mas não está dentro das
recomendações da OMS e há necessidade de mais estudos para
avaliar a relação custo-benefício de seu uso, bem como sua eficácia e
tolerabilidade.
F. São considerados bons parâmetros de melhora clínica:
Lembretes:
143
REFERÊNCIAS
Quadros CA, Santos JI. Rotavirus : the search for the next generation
vaccine. Pediatr Infect Dis J. 2004;23: S147-S148.
144
DIARRÉIA CRÔNICA
CONCEITO
História Clínica:
145
e/ou retirada de nutrientes sobre o curso da diarréia.
Variações de peso e estatura: perda de peso, desaceleração do
crescimento: orientam quanto à presença de má absorção de
nutrientes.
Antecedentes epidemiológicos: avaliar as condições ambientais,
presença de animais domésticos, contato com rios e/ou lagoas,
hemotransfusões, situação de promiscuidade dos pais.
Antecedentes pessoais patológicos: doenças pregressas (presença
de infecções de repetição)
Antecedentes familiares: atopia familiar, doenças do trato
digestivo, colagenoses.
Exame Físico:
EXAMES COMPLEMENTARES
Sangue:
hemograma com VSH, proteínas totais e frações, eletroforese de
proteínas, HIV, dosagem de imunoglobulinas.
Provas de Absorção:
Teste de Tolerância à Lactose
Teste de Hidrogênio no ar expirado
Prova da D-xilose
Alfa-1-antitripsina fecal
146
Pesquisa de gordura fecal (métodos Van de kamer, esteatócrito ou
Sudan)
Fezes:
Parasitológico seriado - 3 amostras (Hoffman, Baerman)
Pesquisa de substâncias redutoras (diluir uma parte de fezes em duas
de água, adicionar comprimido de Clinitest e fazer leitura de acordo
com o padrão)
Pesquisa de sangue oculto
Suor:
Dosagem de cloro no suor pelo método de iontoforese com
pilocarpina (para o diagnóstico de fibrose cística)
Marcadores sorológicos:
Algumas patologias induzem a formação de anticorpos, como a
doença celíaca (anticorpos anti-gliadina, anti-endomísio, anti-
transglutaminase).
147
TRATAMENTO:
REFERÊNCIAS
Oliva CAG, Maia GM, Maranhão HS, Gomes RC. Diarréia Crônica.
In: Lopez FA, Campos Junior D. Tratado de Pediatria. Sociedade
Brasileira de Pediatria. Manole, 2007. p.822-29.
148
DIARRÉIA PERSISTENTE
CONCEITO
CONDUTA
Exames complementares:
Orientação terapêutica:
150
Boa aceitação alimentar.
Observações importantes:
REFERÊNCIAS
151
Pediatria. Unifesp-EPM. Barueri, Manole, 2005. p.777-80.
152
DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO
ÁCIDO-BÁSICO
ACIDOSE METABÓLICA
Conceito
Etiologia
153
Clínica
Tratamento
Fórmula
154
Obs:
ALCALOSE METABÓLICA
Conceito
Etiologia
Clínica
Tratamento
155
Acidificantes: cloreto de amônia, ácido ascórbico, fosfato de
potássio.
ACIDOSE RESPIRATÓRIA
Conceito
Clínica
Tratamento
156
OBS: Nos pacientes crônicos, a diminuição da PCO2 deve
ser lenta para evitar o aparecimento de alcalose metabólica.
ALCALOSE RESPIRATÓRIA
Conceito
Etiologia
Tratamento
REFERÊNCIAS
157
158
DISTÚRBIOS METABÓLICOS
HIPONATREMIA
Conceito
Etiologia
Na
corporal Ht Na urinário Osmolaridade Uréia
total mEq/l urinária
↓ ↑ ↑ < 10 Hipertônica
Hipovolêmica ↓ Nl ou ↓ > 20 Variável ↑ ↑
Extra-renal ↑
Renal
159
Tratamento
Hiponatremia Hipovolêmica:
Hiponatremia Hipervolêmica:
Conceito
Etiologia
Hipovolêmicas
Euvolêmicas Perda de água Perda de Hipervolêmicas
água e Na
161
Tratamento
HIPOCALEMIA
Conceito
Manifestações Clínicas
162
Alterações no ECG
Tratamento
HIPERCALEMIA
Conceito
Etiologia
163
Quadro Clínico
Alterações no ECG:
Tratamento
164
Além de todas as medidas anteriores, iniciar gluconato de
cálcio a 10%, 0,5-1ml/Kg, EV, em 5’. Tem efeito transitório e não
altera a concentração sérica de K, pois tem antagonismo químico na
membrana.
Monitorizar ECG e freqüência cardíaca.
Nos casos graves, as medidas acima são paliativas,
enquanto se aguarda a diálise peritoneal.
HIPOCALCEMIA
Conceito
Etiologia
Quadro Clínico
Tratamento
Hipocalcemia sintomática:
165
Hipocalcemia assintomática:
HIPERCALCEMIA
Conceito
Etiologia
Diagnóstico
Tratamento:
166
Suplemento de fosfato se tiver depleção (deve ser lenta para
evitar hipocalcemia secundária).
Glicocorticóides nos casos de hipercalcemia da malignidade
Restrição de cálcio na dieta
Mobilização
Diálise, quando cursa com insuficiência renal aguda, contra-
indicando expansão volumétrica.
HIPOFOSFATEMIA
Conceito
Etiologia
Quadro Clínico
Tratamento:
167
hiperosmolaridade e disfunção renal. Não administrar fósforo, se
existe hipercalcemia.
HIPERFOSFATEMIA
Conceito
Etiologia
Quadro Clínico
Tratamento
HIPOMAGNESEMIA
Conceito
168
Etiologia
Quadro Clínico
Tratamento
HIPERMAGNESEMIA
Conceito
169
Etiologia
Quadro Clínico
Tratamento
REFERÊNCIAS
170
ESTADO DE MAL EPILÉPTICO (EME)
CONCEITO
CONDUTA
Fase 1: Estabilização:
171
Se a ventilação e/ou oxigenação permanecerem inadequados, na
presença de hipertensão intracraniana ou EME refratário, proceder
intubação orotraqueal.
Fase 2: Avaliação
Diazepan
172
Dose inicial: 0,25 – 0,5 mg/kg/dose, com dose máxima de 10 mg
Apresentação: ampolas de 10mg/2ml
Via de administração: EV / retal
Observações: pode se repetir a dose a cada 10 a 15 min. até um
máximo de 40 mg/dia.
Midazolan
Fenitoína
Fenobarbital
173
Velocidade de infusão: menor que 30 mg/min
Apresentação: ampolas de 200 mg/2ml
Via de aministração: EV
Dose de manutenção: 3-5 mg/kg/dia, 12/12h. Iniciar após 6-12h.
174
FLUXOGRAMA DE CONDUTA
Estabilização Avaliação
1- Permeabilidade das vias aéreas 1- História clínica
Tempo/min 2- Ventilação e oxigenação (O2 a 100%) 2- Exame físico e neurológico
3- Circulação e acesso venoso 3- Exames laboratoriais
0-5 (glicemia, eletrólitos, gasometria,...)
Tratamento
A- Específico para cada etiologia
(Se hipoglicemia─ glicose 25% - 2ml/kg)
B- Drogas usadas para cessarem as crises
5-10
C- Drogas antiepilépticas
B- Diazepan B- Midazolan
C- Fenobarbital C- Fenitoína
15 – 20 mg/kg/dose 15 – 20 mg/kg/dose
(dose máx.= 1g) OU (dose máx. = 1g)
Veloc. de infusão: Velocidade de infusão:
20 – 30mg/ min 0,5 – 1,0 mg/kg/min.
Cessando as crises- Cessando as crises – dose de
Dose de manutenção manutenção
Fenobarbital Fenitoína
Completar a dose de ataque Completar a dose de ataque
para 30mg/kg/dia para 30mg/kg/dia
40-60 Cessando as crises- dose de Cessando as crises- dose de
manutenção, manutenção,
após 12hs após 12hs.
Em caso da 1ªopção ser
fenobarbital, quando não
cessam as crises fazer
fenitoína, e vice-versa.
> 60
REFERÊNCIAS
175
Erksson K. J., Koivikko M. J., Status Epilepticus in Children:
etiology, treatment and outcome. Dev. Med. Child Neurology 1997;
39: 652-8;
176
FEBRE REUMÁTICA
CONCEITO
DIAGNÓSTICO
1. Artrite 1 . Artralgia
2. Cardite 2. Febre
5. Nódulos subcutâneos
177
estreptocócica prévia coloca o diagnóstico como duvidoso, à
exceção de situações em que a febre reumática é diagnosticada
após um grande período de latência, como por exemplo, na coréia
de Sydenham, ou naqueles casos em que temos alterações
sugestivas de cardiopatia reumática crônica, sem história de
episódio de cardite ativa (as denominadas “cardites silenciosas”).
ADMISSÃO
TRATAMENTO
178
Terapêutica Anti-Inflamatória:
Terapêutica da Coréia:
179
neurolépticos. As drogas de escolha para o controle dos
movimentos anômalos são: Haloperidol e Ácido Valpróico
O Haloperidol (HALDOL - apresentação) é
administrado na dose inicial de 1,0 mg/dia VO, com aumentos
progressivos de 0,5 mg a cada 3 dias, até que se consiga a
remissão dos sintomas , sem ultrapassar a dose máxima de 4 a 6
mg/dia, fracionado em 2 ou 3 tomadas. Doses próximas da dose
máxima podem causar impregnação ou síndrome extrapiramidal.
O Ácido Valpróico (DEPAKENE – apresentação) é
utilizado na dose inicial de 15 a 20 mg/Kg/dia, VO, em 2 ou 3
tomadas. A redução das doses deve ser iniciada após 3 semanas
de ausência dos sintomas. Pacientes em uso do Ácido Valpróico
devem ser submetidos a exames periódicos (inicial e
posteriormente quinzenal) visando detectar intoxicação hepática.
Profilaxia Secundária:
180
EVOLUÇÃO
CRITÉRIOS DE ALTA
REFERÊNCIAS
181
Projeto Diretrizes- Associação Médico Brasileira e Conselho Federal
de Medicina.
182
FIBROSE CÍSTICA
CONCEITO
183
OBJETIVOS DO TRATAMENTO HOSPITALAR:
AVALIAR NA ADMISSÃO:
SOLICITAÇÃO DE EXAMES
184
RX de tórax - só em suspeita de complicação pulmonar ou para
avaliar cor pulmonale;
ECG - sinais de hipóxia crônica;
ANTIBIOTICOTERAPIA EV 21 DIAS
2-Amicacina 30 12/12h
Esquema Alternativo
1- Meropenem 100 6/6 h
4g
2- Amicacina * 30 24/24 h
185
Obs: * Fazer EV em 100mL de soro
(glicosado/fisiológico)
OXIGENIOTERAPIA
SUPORTE PSICOLÓGICO
186
REFERENCIAS
187
188
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA
CONCEITO
ETAPA I:
189
Estimar a perda sangüínea pela avaliação da perda exteriorizada,
pulso e Ht. Lembrar que o valor inicial do Ht pode ser enganoso,
pois apenas após 24 a 72 horas, com o restabelecimento do espaço
vascular, ele refletirá realmente o volume da perda.
Administrar vitamina K via EV, nas doses: 5 mg ≤5 anos/10 mg
> 5 anos.
Solicitar com urgência sangue total fresco, utilizando-o de
imediato se o Ht for inferior a 15% ou no paciente
hemodinamicamente instável. Caso contrário, deixar reservado para
qualquer eventualidade. Cuidado com a hipervolemia.
Repetir o Ht após cada episódio de hematêmese ou se acentuar a
palidez, com intervalo mínimo de meia hora. Se não houver
alteração clínica, fazer o Ht de hora/hora, nas primeiras seis horas.
Instituir sonda nasogástrica (SNG) com muito cuidado e deixá-la
aberta. Esse procedimento não deve ser feito durante o episódio de
hematêmese. Proceder a lavagem gástrica com solução fisiológica,
até que ela torne-se clara. Em seguida, mantê-la aberta para
observar sangramentos.
Instituir sonda vesical para controle da diurese, nos casos com
evidência de oligúria ou anúria.
Contactar com a endoscopia de urgência (Serviço de Endoscopia
Digestiva Alta do Pronto Socorro Clóvis Sarinho, da SESAP, que é
de referência em nosso estado), para realizar o serviço de endoscopia
digestiva alta, diagnóstica e/ou terapêutica (ver Etapas II e III).
Uso de antagonista H2 (ver ETAPA II).
Sedação leve: fazer apenas quando a criança estiver muito
agitada e sem sinais de hipovolemia.
Iniciar dieta líquida após 12 horas de cessado o sangramento e
manter dieta líquido-pastosa por 48 horas.
ETAPA II:
190
O diagnóstico diferencial da HDA na infância pode ser
demonstrado no Quadro: 1
b - Ligadura elástica:
Drogas adicionais:
192
necessidade de transfusão sanguínea e diminui o risco de aspiração
do conteúdo gástrico hemorrágico durante a endoscopia.
Cirurgia
Úlceras
193
tratamento da úlcera hemorrágica, associa-se a diminuição da taxa de
ressangramento, da necessidade de transfusão sangüínea, bem como
do tratamento cirúrgico. Deve ser associado a hemostasia
endoscópica nos casos de sangramento ativo.
A necessidade de hemostasia endoscópica nas lesões
ulcerosas hemorrágicas não-varicosas depende do índice de
ressangramento da lesão.
Os estigmas de hemorragia, definidos na classificação de
Forrest apresentam boa correlação com o índice de recidiva
hemorrágica. Assim, é a classificação de Forrest e o índice de
ressangramento que orientam o endoscopista e o pediatra quanto à
melhor opção terapêutica.
Esofagite
194
Síndrome de Mallory-Weiss
Gastrites e gastropatias
Duodenites
195
Profilaxia das úlceras de estresse, com enfoque especial na
humanização nas UTI Pediátricas, bem como à analgesia e a
alcalinização gástrica (sucralfato ou ranitidina são eficazes na
prevenção da gastropatia do estress).
1-5
mcg/k
g/hora
196
octreotide 1 mcg/kg (2- 5 EV (bolo) Sandostatin -
min) amp 0,05
(Max. 100mcg) EV (infusão mg/mL 0,1
1 mcg/kg/hora continua) mg/mL
0,5 mg/mL
Sucralfato 0,5 g VO/SNG Sucralfim -
/dose/4X/dia (< comp- 1g
6 anos)
1g/dose/4X/dia
(> 6 anos)
terlipressi 2 mg EV EV
na 1-2 mg 4/4 ou EV (de
6/6 h por 72h horário)
REFERÊNCIAS
197
198
HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA
NEONATAL
INTRODUÇÃO
SINAIS DE ALERTA
DIAGNÓSTICO
ETIOLOGIA
Aumento de produção de Bb
Deficiência de conjugação
200
Síndrome de Down
Hiperbilirrubinemia neonatal familiar transitória (Lucey)
Reabsorção intestinal exagerada de Bb
TRATAMENTO
INDICAÇÕES DE EXSANGÜÍNEOTRANSFUSÃO
Exsangüíneotransfusão precoce
Exsangüíneotransfusão tardia:
IMUNOGLOBULINA
Indicações de imunoglobulina:
201
reduzir a hemólise nas icterícias hemolítica por incompatibilidade
ABO e Rh
202
GRÁFICO 2 – indicação de fototerapia em recém-nascidos com mais de 35
semanas de IG
203
REFERÊNCIAS
204
HIPERPLASIA CONGÊNITA DA
SUPRARRENAL
CONCEITO
EPIDEMIOLOGIA
DIAGNÓSTICO
205
FLUXOGRAMA DE AVALIAÇÃO CLÍNICA (Período neonatal)
Alterada História
familiar
positiva
Nada a
fazer
Gônada Sem
palpável testículo
(testículo) palpável
Triagem: Na / K / 17OH
progesterona / Normais
US pélvico
Diagnóstico específico:
206
DESCRIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DAS ENZIMAS PRINCIPAIS E
SUAS DEFICIÊNCIAS*
Enzima Nome Local Sinais/sintom Marcador
anterior de as da laboratorial
atuação deficiência
enzimá
tica
1- 20-22 Adrenal Se total Nenhum
P450scc desmolas incompatível específico
e com a vida. (ACTH
Parcial: elevado)
hiperplasia
lipóide da
adrenal
2- 3β Adrenal Insuficiência Aumento de
3βHSD hidroxi- e de produção DHEA,
esteróide gônadas glicocorticóid pregnenolon
desidroge es e esteróides a, 17OH
nase sexuais: pregnenolon
virilização a e seus
incompleta em sulfatos
meninos. (basais e
Virilização pós-ACTH)
presente em
meninas.
3- 17α Adrenal Pouca Aumento de
P450c1 hidroxilas e deficiência pregnenolon
7 e gônadas glicocorticóid a,
4- 17,20 Adrenal e. Genitália progesterona
P450c1 liase e feminina em e
7 gônadas meninos. Sem desoxicortico
desenvolvime sterona
nto puberal. (DOCA), e
Hipertensão diminuição
de 17OH
progesterona
,
androsterona
e
testosterona
5- 21- Adrenal Deficiência Aumento de
207
P450c2 hidroxilas glicocorticóid 17-OH
1 e e (importante progesterona
na forma (melhor
clássica e leve marcador
na não- diagnóstico),
clássica). androstenedi
Hiperandroge ona,
nismo testosterona
(virilização e 17-
em meninas e cetosteróides
pseudopuberd urinários.
ade precoce
em meninos).
Hipoaldostero
nismo
(desidratação
hiponatrêmica
e
hipercalêmica,
choque)
6 a 9- 11β Adrenai Segundo tipo Aumento de
P450c1 hidroxilas s mais 11-
1(β e ee freqüente. desoxicortiso
AS: aldostero Quadro l (composto
aldoster na clínico S), 11-
ona sintetase semelhante ao desoxicortico
sintetas da 21-OH em sterona
e) relação à (DOCA).
virilização, Aumento
apenas com leve de
50% testosterona,
apresentando adrostenedio
também na
hipertensão
(excesso de
DOCA)
* Enzimas 10 e 11 (17 βhidroxisteróide desidrogenases I e III, e P450aro –
aromatase- são gonadais e com ações periféricas extra-adrenais)
208
TRATAMENTO
209
REFERÊNCIAS
210
HIPOGLICEMIA NEONATAL
CONCEITO
211
NOS RECÉM-NASCIDOS DE RISCO DEVE-SE:
DIAGNÓSTICO E CONDUTA
212
INFECÇÃO RELACIONADA À
ATENÇÃO À SAÚDE (IRA)
CONCEITO
CONDUTA
1. Hemocultura
2. Urocultura
3. Cultura de secreção, quando presente em algum sítio
4. Raio X de tórax
5. Hemograma e PCR
1. Hemocultura
2. Urocultura
3. Cultura de secreção, se presente, no sítio da ferida cirúrgica
4. Hemograma e PCR
213
Pacientes provenientes de outro serviço (UTI, enfermaria,
berçário, etc), sempre solicitar:
1. Hemocultura
2. Urocultura
3. Cultura de secreção, quando presente em algum sítio
4. Cultura da ponta de cateter venoso central se tiver algum sinal de
inflamação local ou sinais sistêmicos de infecção (febre sem foco,
sepse sem um foco determinado, suspeita de sepse associada ao
cateter central).
Diarréia
1o esquema: Amicacina
2º esquema: Ceftriaxona
214
ITU
Seguir a cultura com antibiograma, mas caso não seja
possível aguardar, iniciar Ceftriaxona ou Ceftazidima.
2- Luvas:
- Usar quando houver risco de contato com sangue ou fluidos
corpóreos.
- Calçar luvas limpas antes de manipular mucosas ou pele não
íntegra.
- Retirar as luvas imediatamente após o uso e lavar as mãos.
3- Capote:
- Usar sempre que houver risco de contato da pele ou roupas do
profissional a respingos de sangue e/ou com outros fluidos ou
secreções do paciente.
215
2. Educação continuada com toda equipe hospitalar.
REFERÊNCIAS
216
INSUFICIENCIA HEPÁTICA AGUDA
CONCEITO
ETIOLOGIA
PERÍODO NEONATAL
217
LACTENTE
PRÉ-ESCOLARES E ESCOLARES
218
ADOLESCENTES
QUADRO CLÍNICO
COMPLICAÇÕES
219
Desequilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico (hipo ou
hipernatremia, hipocalemia, hipocalcemia, alcalose respiratória,
acidose metabólica);
Disfunções renais (oligúria, IRA, síndrome hepatorrenal);
Distúrbios cardíacos (arritmias, insuficiência cardíaca).
EXAMES LABORATORIAIS
220
Amônia: nível sério elevado, geralmente 2 a 8 vezes o valor
normal;
Tempo de protrombina: prolongado, sem responder à
administração de vitamina K parenteral;
Hemograma: leucocitose ou leucopenia, plaquetopenia;
Uréia e creatinina: elevadas (creatinina sérica e débito urinário
são melhores parâmetros para avaliação da função renal do que a
uréia sérica);
Eletrólitos: hiponatremia, hipernatremia, hipocalemia,
hipercalemia (em necrose hepática maciça ou hemólise),
hipocalcemia, hipomagnesemia;
Fatores de coagulação: queda dos fatores sintetizados pelo fígado
(I, II, V, VII, IX e X);
Gasometria arterial: alcalose respiratória, acidose metabólica e
respiratória;
EEG: para estadiar a encefalopatia hepática.
TRATAMENTO
Monitorização do paciente:
221
Esterilização da flora intestinal (para menor produção de amônia)
com:
222
CONDUTAS NAS COMPLICAÇÕES
4.1. Encefalopatia:
Monitorização do paciente;
Medidas anti-edema cerebral :
- Angulação de 20 graus do tronco com a horizontal;
- Manitol a 20% - 0,25 a 0,5 g/Kg/dose) para PIC > 40 mmHg e se
osmolaridade sérica < 320mmol/L, EV, em bolus, a cada 10
minutos, repetindo-se, se necessário (atenção: em PlC > 60mmHg, o
manitol pode ter efeito paradoxal →↑ PIC);
- Corticóides: Dexametasona - 0,5mg/kg, a cada 6-8h, EV.
- Hiperventilação (→vasoconstricção → ↓fluxo sangüíneo cerebral);
223
Complexo protrombínico - considerar seu uso (Prothromplex -
fatores II, VII, IX e X, frasco amp. 200 ou 600 UI de cada um dos
fatores + solvente).
4.5. Infecções:
REFERÊNCIAS
225
226
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
CONCEITO
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Estrutura x K
Creatinina
227
RN de baixo peso 0,33
Lactente de termo < 1 ano – 0,45
2-12 anos – 0,55
Meninas 13 – 21 anos – 0,55
Meninos 13 – 21 anos – 0,70
CLASSIFICAÇÃO E ETIOLOGIA
DIAGNÓSTICO
Doença de base
Oligúria ou anúria
Hipercalemia (sonolência, arritmia cardíaca com pulso lento e
irregular).
Acidose metabólica (taquipnéia e taquicardia).
Edema e hipertensão (retensão hídrica).
Hipocalcemia (cãimbras e convulsões).
228
Investigação Laboratorial
RX de tórax e abdome
Ultrassonografia
Cistouretrografia miccional
Cintilografias radionucleares
Biópsia renal
Prova de Volume 4,5 - utilizada para diferenciar entre
oligúria funcional e IRA parenquimatosa.
229
Faz-se soro fisiológico – 20ml/kg em 1 hora. A resposta
adequada é diurese > 12mL/m²SC ou > 1mL/Kg/hora.
Se houver ausência de resposta ou sinais de hipervolemia, faz-se
furosemida na dose de 1 mg/kg.
Se não houver resposta, trata-se de IRA parenquimatosa.
TRATAMENTO
Medidas gerais
230
Equilíbrio ácido-básico: quando pH < 7,2 ou bicarbonato < 12
mEq/L, fazer 1 a 3 ml/kg do bicarbonato de sódio a 8,4%
lentamente, EV, ou pela fórmula: bicarbonato desejado –
bicarbonato encontrado x Peso x 0,3.
Retenção uréica: dieta, furosemida – 4mg/kg/dia, diálise, se
necessário.
Hipertensão arterial: diurético - furosemida 4 mg/kg/dia e anti-
hipertensivo/Catopril 0,25-1mg/kg/dia, 12/12 horas.
231
INDICAÇÕES DE DIÁLISE
REFERÊNCIAS
232
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
CONCEITO
DIAGNÓSTICO
Clínico:
Laboratorial:
INDICAÇÃO DE INTERNAMENTO
TRATAMENTO HOSPITALAR
234
EVOLUÇÃO DIÁRIA DO PACIENTE
Anotar:
- Intercorrências
- Exames solicitados
- Exames recebidos
- Parecer de outras especialidades
CONDIÇÕES DE ALTA
235
236
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES)
CONCEITO
EPIDEMIOLOGIA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
237
Cardiovascular: pericardite, miocardite, endocardite de
Liebman-Sacks (achado de necrópsia, doença coronariana,
hipertensão;
Pulmonar: pneumonite, alterações intersticiais (detectáveis com
provas de função pulmonar), pleurite (com ou sem derrame),
hemorragia pulmonar, hipertensão pulmonar, atelectasia discóide;
Gastrointestinal: disfagia, colite inespecífica, pancreatite aguda,
trombose mesentérica;
Hepatomegalia, esplenomegalia, linfadenopatia generalizada ou
localizada;
Endócrino: tireoidite de Hashimoto;
Sistema Nervoso: cefaléia, convulsões, coréia, neuropatia
craniana e periférica, síndrome orgânico-cerebral (apatia, perda de
memória, alterações de orientação e progressiva deterioração
intelectual), alterações psiquiátricas;
Renal: proteinúria, hematúria, retenção azotada.
238
Com lesões esclerozantes
Classe V Glomerulonefrite membranosa
Glomerulonefrite menbranosa pura
Associada com lesões da Classe II(a ou b)
LABORATÓRIO
239
1. Eritema malar
2. Eritema discóide
3. Fotossensibilidade
4. Úlceras orais
5. Artrite não erosiva
6. Serosite: pleurite, pericardite, peritonite
7. Doença renal: proteinúria > 0,5g/dia ou cilindrúria 3+
8. Doença neurológica: convulsões ou psicose
9. Doença hematológica: anemia hemolítica com reticulocitose ou
leucopenia(< 4.000) ou trombocitopenia (< 100.000) ou
linfopenia(< 1.500) em duas ou mais ocasiões
10. Doença imunológica: células LE, VDRL falso-positivo por 6
meses, anitcorpos anti-DNA nativo ou anti-Sm
11. Fator anti-nuclear positivo
240
8 Psicose Alteração da atividade normal por
distúrbio severo na percepção da
realidade: alucinação,
incoerência, perda da capacidade
associativa, da organização do
pensamento, pensamnto ilógico,
bizarrodesorganizado, catatonia.
Excluir causas metabólicas e
drogas
8 Síndrome- Altração da funçaõ mental com
orgânico cerebral dificuldade de orientação,
memória ou outras
funfunçõesintelectuais, co m
início rápidoe características
flutuantes. Inclui alteraçãoda
consciência com redução da
capacidade de manter a atenção
ao ambiente e mais duas das
seguintes alterações: distúrbio da
p er cep ção , fala incoerente,
insônia ou sonolência durante o
dia ou aumento ou diminuição da
atividade psicomotora. Excluir
causas metabólicas infecciosas ou
drogas
8 Distúrbios visuais Alteração da retina. Incluindo
co r p o s citóides, hemorragia
retiniana, exudadto seroso ou
hemorrágicono plexo coróide ou
neurite óptica. Excluir infecção,
hipertensão e drogas
8 Comprometimento Neuropatia sensorial ou motora
dos pares envolvendo pares cranianos, de
cranianos início ou reiníco recente
241
8 Vasculites Ulcerações, gangrenas, infartos
periungueais, nódulos digitais
dolorosos, áeas hemorrágicas ou
biópsia ou angioedema
demostrando vasculites
4 Artrite Artrite em mais de duas
articulações
4 Miosite Dor/fraqueza muscular proximal
co m aumento do
creatinofosfoquinase/aldolase ou
eletromiografia alterada ou
biópsia com miosite
4 Cilindrúria Cilindros hemáticos ou
granulosos
4 Hematúria >5 hemácias por campo. Excluir
litíase, infecção ou outra causa
4 Proteinúria >0,5 g/24 horas. Aumento recente
ou inicial
4 Piúria >5 leucócitos por campo. Excluir
infecção
2 Rash recente Início ou recorrência recente de
rash
2 Alopecia Início ou recorrência de alopecia
localizada ou generalizada
2 Úlcera de mucosa Início ou recorrência de de úlcera
nasal ou oral
2 Pleurite Dor pleurítica com atrito ou
efusão ou espaçamento pleural
2 Pericardite Dor pericárdica com pelo menos
atrito e/ou efusão e/ou
confirmação por
eletrocarcardiograma ou
ecocardiograma
2 Complemento Diminuição de CH50, C3 ou C4
baixo
2 Anti-DNA >25% por método de Farr ou
acima do normal para testes
laboratoriais
1 Febre >38°C. Excluir infecção
1 Trombocitopenia <100.000 plaquetas/mm³
242
1 Leucopenia <3.000 leucócitos/mm³. Excluir
drogas como causa
TRATAMENTO
Ambulatorial:
AINEs (antiinflamatórios não-esteróides): utilizados para o controle
da dor articular e da febre. Naproxeno (10-20mg/Kg/d);
Indometacina (1,5-2,5mg/Kg/d).
Antimaláricos: Ação fotoprotetora e imunoreguladora. A
Hidroxicloroquina (7mg/Kg/dia) é a droga preferida neste grupo
devido à menor toxicidade ocular. Utilizada também em pacientes
com anticorpo anti-fosfolípides pela sua ação na função plaquetária.
O Difosfato de Cloroquina (4,5 mg/Kg/dia) é ainda utilizado em
alguns casos devido ao menor custo. Os pacientes em tratamento
com antimaláricos fazem avaliação oftalmológica com campimetria
a cada 6 meses (Difosfato de Cloroquina) ou 1 ano
(hidroxicloroquina).
Corticóides:
Baixa dose ( < 0,5 mg/Kg/dia de prednisona): utilizado para o
controle da febre, manifestações cutâneas, artrite/artralgia e
serosites. Iniciar com 5 a 10 mg/dia e ir elevando paulatinamente
até o controle dos sinais e sintomas.
Alta dose ( ≥ 0,5mg/Kg/dia de prednisona): utilizada para o
controle de processos inflamatórios envolvendo orgãos nobres
(SNC, rins, miocardite). A dose preconizada é de 1 a 2
mg/Kg/dia, podendo no início ser administrada em doses
fracionadas. Após o controle da inflamação, iniciar o desmame,
sendo mantida a menor dose capaz de controlar as manifestações.
243
Imunossupressores: utilizados em associação com os
corticosteróides naqueles casos com comprometimento renal
importante, comprometimento do SNC ou em casos que não
respondam ou exijam doses elevadas de corticosteróides sistêmicos
para controlar as manifestações. Drogas utilizadas: Azatioprina (2-
3mg/Kg/dia), Ciclofosfamida (1-2,5mg/Kg/dia). Metrotrexato (0,3-
0,6 mg/Kg/semana). Nos casos com nefrite severa ou
comprometimento do SNC podemos dar preferência à
ciclofosfamida em forma de pulsoterapia endovenosa (0,5-1g/m2 de
superfície corpórea) mensalmente por 6 meses, depois espaçada para
bimensal, trimensal e semestral
Hospitalar:
Pulsoterapia: metilprednisolona 15-30mg/Kg/dia (não ultrapassar
1g/dia) em 200mL de SG a 5% em 2h por três dias consecutivos;
repetir mensalmente,reduzir intervalo a critério médico.Indicada em
nefrite grave, púrpura trombocitopênica, anemia hemolítica e doença
do SNC.
REFERÊNCIA
244
MENINGITE BACTERIANA
CONCEITO
ETIOLOGIA
245
QUADRO CLÍNICO
EXAME FÍSICO
246
EXAMES COMPLEMENTARES
DIAGNÓSTICO
247
Meningite Claro ou <500 PMN Nl/↓ Nl/↑ Variável
bacteriana pouco ou MN
aguda em turvo
uso de
antibiótico
Meningite Claro ou <500 MN ↓/ ↓ ↓ ↑↑ Aumenta
Tuberculo pouco da
sa turvo
Meningite Claro <500 MN ↓ /↓ ↓ ↑↑ Aumenta
Fungica da
Meningite Claro <500 MN Nl/ ↓ Nl/↑ Normal
Viral ou
aumentad
a
TRATAMENTO ANTIMICROBIANO
0-7 dias
- 1o Cefotaxima – 100mg/kg/dia, 12/12h EV
- 2o Ampicilina – 100-150mg/kg/dia, 12/12h EV
7 dias
- 1o Cefotaxima – 150-200mg/kg/dia, 8/8 ou 6/6h + ampicilina
150-200mg/kg/dia, 8/8 ou 6/6h EV
- 2o Ceftriaxone – 100mg/kg/dia, 12/12h EV
1o - Cefalosporina de 3ª geração
Cefotaxima = 1-2g, EV, 6/6 h
Ceftriaxone = 1-2g, EV, 12/12h
2o - Ampicilina = 200-400mg/kg /dia ou 12 a 18g/dia, EV, 4/4
ou 6/6 h
Situações Especiais
249
TRATAMENTO SUPORTIVO
Medidas gerais:
- Elevar a cabeceira do leito a 30°
- Hiperventilação
- Combate à febre
- Evitar aspirações bruscas
Drogas anti-edema
Manitol
- Dose: 0,25mg/kg/dose, de 4/4 h, “in bolus”, por no máximo, 48h.
Dexametasona
- Associada ao antimicrobiano ou 30’ antes
- Dose: 0,15mg/kg/dose, 6/6 h
- Máximo por 4 dias
250
PREVENÇÃO
QUIMIOPROFILAXIA
251
Obs: nos pacientes tratados com ceftriaxone ou
ciprofloxacino não é necessária a profilaxia.
Obs: dexametasona injetável antes de iniciar o antibiótico.
REFERÊNCIAS
252
NEUTROPENIA FEBRIL
CONCEITO
PCR ≥ 90 mg/ml
Hipotensão arterial
Recaída de leucemia
Plaquetas < 50.000
Tempo inferior a 7 dias entre a última quimioterapia e o início da
febre.
253
ROTINA DE DIAGNÓSTICO
CONDUTA
254
ANTIBIOTICOTERAPIA:
255
infecção fúngica sem resposta a monoterapia, podem ser resgatadas
com as associações de caspofungina com voriconazole ou
anfotericina lipossomal
REFERÊNCIAS
256
NUTRIÇÃO PARENTERAL
CONCEITO
INDICAÇÕES
CONTRA-INDICAÇÃO
257
VIA DE ADMINISTRAÇÃO
NECESSIDADES NUTRICIONAIS
NECESSIDADES ENERGÉTICAS
258
NECESSIDADES CALÓRICAS NO PERÍODO NEONATAL
IDADE Kcal/Kg/dia
24-72 horas de vida 50-60
4º ao 5º dia de vida 80-90
> 6o dia de vida 90-120
Prematuro > 7 dias 120-150
FATOR DE ESTRESSE
Cirurgia eletiva: 1 a 1, 1
Grande cirurgia: 1,1 a 1,2
Infecção, TCE, traumatismo esquelético: 1,2 a 1,4
Sepse, politraumatismo, grande queimado: 1,4 a 2.
Necessidades Hídricas
259
Necessidades Hídricas no Período Neonatal
Prematuridade;
Calor radiante (fototerapia);
Insuficiência respiratória;
Diabetes insípido;
Glicosúria;
Estados hipermetabólicos (febre, infecção, câncer).
NUTRIENTES BÁSICOS
Carboidratos:
Lipídeos:
Densidade energética:
261
Proteínas:
262
Eletrólitos e sais minerais:
Obs:
Fosfato monoácido de K+ a 25% (1 ml = 1,44 mMoL P e 1,87
mEq de K+).
Fosfato diácido de K+ a 25% (1 ml = 1,87 mMoL de P e 1,87
mEq de K+)
Gluconato de cálcio 10% (1 ml = 0,5 mEq)
Sulfato de magnésio a 10% (1 ml = 0,8 mEq)
Relação cálcio/fósforo: 3/1
Oligoelementos:
Apresentação:
Vitaminas:
Apresentação:
264
Controles da Nutrição Parenteral
DIÁRIO SEMANAL QUINZENAL OU SE
NECESSÁRIO
Observação Estatura Gasometria venosa
clínica
Balanço hídrico Na, K, CL Proteinograma
Peso Glicemia Pré-albumina e
transferrina
Glicofitas 3 x Cálcio/fósforo/magnésio Hemograma
Dextro 1x Função hepática
(início 3x)
Balanço Uréia e creatinina/
nitrogenado Culturas
PA e Lipidograma*
temperatura
* Em pacientes recebendo mais que 2g/kg/dia de lipídeos, os controles
devem ser semanais.
Insuficiência Hepática:
265
Carboidratos: utilizar velocidade de infusão suficiente para
manter glicemia e relação N/Cal adequada.
Lipídeos: utilizar emulsão lipídica do tipo MCT/LCT, com
cautela.
Proteínas: no caso de encefalopatia (grau II ou maior), ou
insuficiência hepática grave, usar solução de aminoácidos rica em
cadeia ramificada. (solução de Fischer), até 1g/kg/dia.
Vitaminas: suplementar vitamina K e ácido fólico.
Oligoelementos: excluir o uso de cobre e manganês e diminuir
aporte de zinco à metade.
Insuficiência renal:
Insuficiência respiratória:
266
Sepse:
267
Queimados:
REFERÊNCIAS
268
OBESIDADE
270
Tabela 2 – Índice de Massa Corpórea [Peso (Kg)/Estatura2 (m)
PERCENTIS
MASCULINO FEMININO
IDADE N 5TH 15TH 50TH 85TH 95TH IDADE n 5TH 15TH 50TH 85TH 95TH
(ANOS) (ANOS)
6 165 12.86 13.43 14.54 16.64 18.02 6 161 12.83 13.37 14.31 16.17 17.49
7 164 13.24 13.85 15.07 17.37 19.18 7 174 13.17 13.79 14.98 17.17 18.93
8 149 13.63 14.28 15.62 18.11 20.33 8 153 13.51 14.22 15.66 18.18 20.36
9 177 14.03 14.71 16.17 18.85 21.47 9 173 13.87 14.66 16.33 19.19 21.78
10 177 14.42 15.15 16.72 19.60 22.60 10 194 14.23 15.09 17.00 20.19 23.20
11 169 14.83 15.59 17.28 20.35 23.73 11 163 14.60 15.53 17.67 21.18 24.59
12 208 15.24 16.06 17.87 21.12 24.89 12 177 14.98 15.98 18.35 22.17 25.95
13 177 15.73 16.62 18.53 21.93 25.93 13 199 15.36 16.43 18.95 23.08 27.07
14 173 16.18 17.20 19.22 22.77 26.93 14 192 15.67 16.79 19.32 23.88 27.97
15 175 16.59 17.76 19.92 23.63 27.76 15 164 16.01 17.16 19.69 24.29 28.51
16 172 17.01 18.32 20.63 24.45 28.53 16 173 16.37 17.54 20.09 24.74 29.10
17 167 17.31 18.68 21.12 25.18 29.32 17 159 16.59 17.81 20.36 25.23 29.72
18 120 17.54 18.89 21.45 25.92 30.02 18 140 16.71 17.99 20.57 25.56 30.22
19 137 17.80 19.20 21.86 26.36 30.66 19 142 16.87 18.20 20.80 25.85 30.72
20-24 514 18.66 20.21 23.07 26.87 31.26 20-24 1244 17.38 18.64 21.46 26.14 31.20
25-29 671 19.11 20.98 24.19 28.08 31.72 25-29 1307 17.84 19.09 22.10 27.68 33.16
30-34 466 19.52 21.51 24.90 28.75 31.99 30-34 1092 18.23 19.54 22.69 28.87 34.58
35-39 451 19.55 21.71 25.25 29.18 32.23 35-39 1017 18.51 19.91 23.25 29.54 35.35
40-44 474 19.52 21.75 25.49 29.37 32.41 40-44 999 18.65 20.20 23.74 30.11 35.85
45-49 532 19.45 21.72 25.55 29.39 32.40 45-49 603 18.71 20.45 24.17 30.56 36.02
50-54 531 19.35 21.66 25.54 29.31 32.27 50-54 615 18.79 20.66 24.74 30.79 35.95
55-59 468 19.25 21.58 25.51 29.24 32.18 55-59 492 18.88 20.86 24.92 31.00 35.88
60-64 378 19.15 21.49 25.47 29.17 32.08 60-64 463 18.96 21.06 25.29 31.21 35.80
65-69 1084 19.05 21.39 25.41 29.08 31.98 65-69 1157 19.03 21.25 25.66 31.40 35.70
70-74 752 18.94 21.29 25.33 29.99 31.87 70-74 848 19.09 21.44 26.01 31.58 35.58
REFERÊNCIA
271
272
OSTEOMIELITE
CONCEITO
ETIOLOGIA
Osteomielite hematogênica
273
Osteomielite por inoculação direta
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Osteomielite hematogênica
274
Geralmente há evidência da porta de entrada – lesões de
pele (furúnculos, impetigo), pneumonia, amigdalites com abscessos
peritonsilares ou retrofaríngeos, infecções de fístula craniana,
abscessos dentários, etc.
275
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
A. Diagnóstico Etiológico:
Hemocultura - 03 amostras;
Apirado do líquido articular - quando há artrite associada;
Aspirado Ósseo para cultura e estudo microbiológico - não é feito
de rotina, a menos que haja suspeita de germes Gram-negativos ou
quando não há melhora clínica após 72h de antibiotocoterapia.
B. Hemograma - leucocitose pode ou não estar presente
C. VSH - aumentada
D. Urocultura
E. Cintilografia óssea - importante no diagnóstico precoce
F. Radiografia simples - sensível e de baixo custo, porém de
positividade mais tardia (10 a 14dias)
G. Tomografia computadorizada e ressonância magnética.
TRATAMENTO
Tratamento inespecífico
Repouso;
Imobilização - é discutível, sendo empregada para diminuir a dor
e prevenir fraturas patológicas;
Anti-inflamatórios não-hormonais.
Tratamento específico
276
antibiótico escolhido para dar seqüência oral ao tratamento
parenteral deve ser ativo contra o microorganismo identificado ou
em casos em que não houver isolamento do agente causal, deve ter
espectro de ação semelhante à droga parenteral à qual houve boa
resposta clínica.
O prognóstico da osteomielite aguda piogênica é diretamente
proporcional à adequação e precocidade do tratamento inicial.
277
Pacientes S.aureus Oxa + Cefuroxi oxacilina e cefale
com e cloranf ma ampicilina xina
hemoglobi Salmonell enicol ou ou
nopatias a sp. ou Oxa clorafenic clinda
+ ol, micin
ceftriax oxacilina e ae
ona ceftriaxon amox
a acilin
a ou
cloraf
enicol
Adultos P.aerugin oxacili Ciproflo oxacilina e -
usuários de osa, na + xacina ceftazidim
drogas EV bacilos amicaci a,
G- na clindamici
entéricos na
e
S.aureus.
278
Cefotaxima 150mg/kg 150mg/kg 6a8g/d 6/6ou8/8
/d /d EV
Ceftriaxona 100mg/kg 100mg/kg 2a4g/d 12/12EV
/d /d
Ceftazidime 60mg/kg/ 150mg/kd 6g/d 8/8EV
d /d
Ampicilina 150mg/kg 150mg/kg 8a10g/d 6/6EV
/d /d
Amoxacilina+Ac.c ? 100mg/kg 4g/d 6/6EV
lavulônico /d
Gentamicina 7,5mg/kg/ 6mg/kg/d 5mg/kg/d 8/8EV
d
Amicacina 20m/kg/d 15a20mg/ 15mg/kg/ 8/8ou12/
kg/d d 12EV
Vancomicina 45mg/kg/ 40mg/kg/ 2g/d 6/6ou12/
d d 12EV
Teicoplamina ? 3mg/kg/d 400mg/d 12/12EV
Ciprofloxacina Contra- Contra- 200a 12/12EV
indicada indicada 400mg/d
Ciprofloxacina Contra- Contra- 750a1000 12/12VO
indicada indicada mg/d
Ofloxacina Contra- Contra- 400mg/d 12/12VO
indicada indicada
Pefloxacina Contra- Contra- 400mg/d 12/12VO
indicada indicada
Pefloxacina Contra- Contra- 400mg/d 12/12EV
indicada indicada
Clindamicina ? 300mg/kg 1,2a2,7g/ 6/6ou8/8
/d d EV
Clindamicina ? 30mg/kg/ 1,2a1,8g/ 6/6ou8/8
d d VO
Clorafenicol 100mg/kg 75mg/kg/ 2a4g/d 6/6EV/V
/d d O
P.Cristalina 150.000U 150.000U 12milhõe 4/4EV
I/kg/d I/kg/d sUI/d
Metronidazol 7,5mg/kg/ 30mg/kg/ 30mg/kg/ 6/6EV
d d d(max
4g)
Metronidazol ? 30mg/kg/ 30mg/kg/ 8/8VO
d d
279
TRATAMENTO CIRÚRGICO
280
PARADA CARDIO-RESPIRATÓRIA
CONCEITO
ETIOLOGIA
Secundária
Primária
281
CONDIÇÕES QUE EXIGEM AVALIAÇÃO CÁRDIO-
PULMONAR RÁPIDA E INTERVENÇÃO PARA PREVENÇÃO
DA PCR
TIPOS DE PARADA
Assistolia:
Em crianças, na maioria das paradas ocorre assistolia, precedida por
bradicardia. Nesta forma, o coração não contrai. ECG - isoelétrico
Fibrilação ventricular:
O reconhecirmento e o tratamento da extrassístole ventricular e da
taquicardia ventricular previnem de modo substancial a instaIação
desta arritmia fatal, que é a fibrilação ventricular. Pode surgir como
mecanismo primário da parada ou ocorrer após manobras de
ressuscitação em um paciente em assistolia.
ECG – oscilações sem complexos ventriculares intermitentes.
Dissociação eletromecânica:
A dissociação eletromecânica tem pior prognóstico, pois admite-se
que ela ocorra em casos de falência ventricular com insuficiência
coronariana.
ECG - isoelétrico interrompido por complexos normais e anormais.
282
AVALIAÇÃO CARDIOPULMONAR RÁPIDA
TRATAMENTO
283
A distancia adequada (profundidade) de inserção em cm,
para crianças maiores de 2 anos pode ser calculada pela seguinte
formula : idade/2 + 12. Outra possibilidade é multiplicar o diâmetro
interno do tubo por 3.
284
2. Massagem cardíaca externa (MCE)
3. Circulação artificial
Reposição de volume
4. Tratamento farmacológico
285
nas doses subseqüentes, 0,1 ml/kg da solução 1:1.000 (sem diluir) ,
repetidas a cada 3-5 minutos. Via EV/IO/TET (esta última,
conforme comentado vem sendo desencorajada).
Efeitos: melhora a contratilidade do miocárdio/estimula a
contração na assistolia ou fibrilação/potencializa a cardioversão na
fibrilação/pode reverter a dissociação eletromecânica.
Outras drogas:
286
Cloreto de cálcio ou gluconato de cálcio
Magnésio
Glicose
Atropina
287
bradicardia sintomática causada por bloqueio AV ou aumento da
atividade vagal.
Dose: 0,01 mg/kg (dose) ou 0,04 mL/kg/dose (sem
diluir), dose máxima de 2mL/kg. (Apresentação- 1 ml -
0,25/0,50/1,0 mg).
Efeitos: aumenta a FC por bloqueio vagal.
Lidocaína
5. Desfibrilação ventricular
288
primeira opção é a adrenalina, mas a seguir, pode-se usar
antiarritmicos como a amiodarona.
Seqüência – choque (2J/Kg) RCP por 2 min checar ritmo e
pulso choque (4 J/ Kg) RCP por 2 minutos + droga – checar
ritmo/pulso choque (4J/kg) RCP + droga.
Eletrodos: 8 cm diâmetro (crianças maiores) e 4-5 cm diâmetro
(crianças menores).
ESTABILIZAÇÃO PÓS-RESSUSCITAÇÃO
289
Cálculo prático da dose: mL/24horas = Peso X dose X
1440
12500
REFERÊNCIAS
290
PNEUMONIA
CONCEITO
ETIOLOGIA
QUADRO CLÍNICO
292
EXAMES COMPLEMENTARES
CRITÉRIOS DE INTERNAMENTO :
294
Hipotensão arterial
Evidência clínica de grave falência respiratória e
exaustão
Apnéia recorrente ou respiração irregular
TRATAMENTO:
Cuidados gerais:
Antibioticoterapia:
295
H. influenzae: Ceftriaxona (Cloranfenicol, quando não disponível
a 1a. opção).
Staphylococcus aureus: 1a. opção - Oxacilina 2a. opção -
Vancomicina (Staphylococcus resistente).
Gram-negativos: aminoglicosídeo (Amicacina)
Pseudomonas: 1a. opção - Ceftazidima + Aminoglicosídeo 2a .
opção - Meropenem/Imipenem
Mycoplasma ou Legionella: Eritromicina ou Claritromicina
296
Em crianças < 2 meses Penicilina Cristalina ou ampicilina +
Amicacina ou Gentamicina
Pacientes < 5 anos + pneumonia extensa de evolução rápida e
comprometimento importante do estado geral oxacilina +
cefalosporina de terceira geração ou cloranfenicol (possibilidade de
infecção por Staphylococcus aureus ou Haemophilus influenzae)
Casos resistentes a estes antibióticos, investigar tuberculose.
Doença supurativa pulmonar associada (empiema, abscesso):
utilizar Oxacilina. Associar ampicilina ou ceftriaxona em casos
especiais.
Pneumonia em desnutrido grave: Oxacilina + Ceftriaxona.
Pneumonia no imunossuprirnido por neoplasia ou drogas: se
focal, iniciar Oxacilina e Amicacina. Se difusa, fazer procedimento
diagnóstico invasivo e iniciar cobertura para germes aeróbios gram
positivos e negativos, C. trachomatis, P. carinii, L pneumophylla e
citomegalovírus.
REFERÊNCIA
297
298
SEPSE NEONATAL
CONCEITO
CLASSIFICAÇÃO
299
DIAGNÓSTICO
Quadro Clínico:
Hipoatividade, distermia, resíduo gástrico, sucção
débil, anorexia, letargia, apnéia, desconforto respiratório, cianose,
icterícia, vômitos, diarréia, distensão abdominal, hepatomegalia,
irritabilidade, palidez, equimoses, petéquias, convulsões, alterações
da freqüência cardíaca, hipotensão arterial.
Laboratorial:
Hematológico:
300
Tabela 1 - Neutrófilos
IDA NEUTROP NEUTRO ↑ ↑
DE ENIA FILIA IMATU IMATU
ROS ROS
TOTAI
S
Ao < 1.8000 > 5.400 > 1.100 > 0,16
nasc
er
12h < 7.800 > 14.400 > 1.440 > 0,16
24h < 7.000 > 12.000 > 1.280 > 0,16
36h < 5.000 > 10.000 > 1.100 > 0,15
48h < 3.600 > 8.500 > 850 > 0,13
72h < 1.800 > 7.000 > 600 > 0,12
4o- < 1.800 > 5.400 > 500 > 0,12
28o
dia
Mauroe et al, 1979.
Leucopenia ou leucocitose.
Neutropenia ou netrofilia.
Aumento de neutrófilos imaturos.
Aumento de neutrófilos imaturos/neutrófilos totais
Neutrófilos imaturos/neutrófilos segmentados > 0,3
Neutrófilos com granulações tóxicas ou vacuolização
Plaquetopenia
301
Proteína C reativa: concentrações normais no RN são < 1,6
mg/dl no 1o e 2o dia e < 1,0mg/dl posteriormente.
TRATAMENTO
Medidas Gerais
302
Aspectos nutricionais: jejum oral até melhora do quadro, nutrição
parenteral por via periférica pode ser iniciada após estabilização
hemodinâmica.
Antibioticoterapia:
303
Hemoterapia:
Acompanhamento:
304
SÍFILIS CONGÊNITA
CONCEITO
DEFINIÇÃO DE CASO
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
306
linfoadenopatia, anemia e plaquetopenia (petéquias), icterícia, lesões
ósseas - pseudo-paralisia de Parrot (periostite), osteocondrite,
hidrocefalia/RDNPM/deficiência auditiva e visual.
MANEJO DO RECÉM-NASCIDO
ORGANOGRAMA DE CONDUTAS
307
TRATAMENTO DO RECÉM-NASCIDO
SEGUIMENTO AMBULATORIAL
REFERÊNCIAS
308
PAZ, L.C.; PEREIRA, G.F.; PINTO, V.M.; MEDEIROS M.G.P.F;
MATIDA, L.H.; SARACENI, V.; RAMOS, A.N.J. - Nova definição
de casos de sífilis congênita para fins de vigilância epidemiológica
no Brasil, 2004. Rev. Soc. Bras. Med. Trop.,38 (5), 2005.
309
310
SÍNDROME NEFRÓTICA (SN)
CONCEITO
DIAGNÓSTICO
Clínico
Edema (geralmente generalizado), podendo evoluir com derrame
pleural, ascite ou edema escrotal (em meninos)
Pressão arterial (geralmente normal na LHM)
Hematúria: rara
Laboratorial
Proteinúria de 24 horas > 50 mg/kg/dia
Albuma sérica < 2,5 g%
Hipercolesterolemia
Complemento sérico (normal nas idiopáticas)
311
Função renal (uréia e creatinina): geralmente normais
Em amostra isolada de urina dosar: Proteina/Creatinina se 42,0 =
proteinúria nefrótica (usado para crianças que não conseguem fazer
proteinúria de 24 horas).
INDICAÇÕES DE INTERNAMENTO
TRATAMENTO
Dieta
312
Sal: não há necessidade de restrição de sal (exceto em pacientes
hipertensos);
Proteínas: não há necessidade de restrição (exceto em pacientes
com IRC)
Edema
DIURÉTICOS:
Furosemida: 1 a 4 mg/kg/dia até 6/6 horas, preferir EV se
edema importante. Ampola 2ml/20mg, comprimido-40mg.
Hidroclorotiazida: 1-2 mg/kg/dia, 1 a 2x/dia (comprimido-
25 e 50mg).
Espironolactona: 1-2 mg/kg/dia, 1 a 2x/dia (para poupar
potássio)
Infecção
313
Pacientes em uso de corticóides:
Esquema contínuo - passar para alternado
Esquema alternado - manter
EVOLUÇÃO DIÁRIA
Peso em jejum
Curva térmica (nos casos de processos infecciosos)
Observar sinais de distúrbios eletrolíticos
Pressão arterial (com manguito adequado)
Diurese
CONDIÇÕES DE ALTA
314
REFERÊNCIAS
315
316
TRANSFUSÃO DE HEMOCOMPONENTES
INTRODUÇÃO
317
CONCEITO DE HEMOCOMPONENTE E HEMODERIVADO
318
Concentrado de Hemácias
Concentrado de Plaquetas
319
Tabela 1 - Diretrizes para a transfusão de CH em pacientes pediátricos
1-Procedimento cirúrgico de emergência em paciente com anemia
pré-operatória significativa;
2-Perda sanguínea intra-operatória > 15% da volemia total;
Hemoglobina < 8g/dL:
2.1 no período Peri-operatório,com sintomas de anemia;
2.2 sob quimioterapia ou radioterapia;
2.3 em anemia sintomática crônica,congênita ou adquirida;
2.4 em procedimentos cirúrgicos de emergência com perda
esperada de sangue em paciente com anemia perioperativa;
2.5 em anemia pré-operatória sem outras terapêuticas corretivas
Disponíveis.
3-Perda sanguínea aguda com hipovolemia não responsiva a
outras terapêuticas.
4-Hemoglobina < 13g/dL com:
4.1 doença pulmonar grave;
4.2 oxigenação de membrana extra-corpórea.
5-Programas de transfusões crônicas para doenças da produção
de hemácias(como Beta talassemia Major e Síndrome de
Blackfan-Diamond Não responsiva à terapia).
320
Como para o CH também existem diretrizes para a
transfusão de CP (tabela 2 e 3).
321
5.1-associado a sangramento agudo;
5.2-profilático pré-procedimento invasivo.
Prata,K.L. e cols 2007
Plasma Fresco Congelado (PFC)
Crioprecipitado
322
Para sua transfusão o ABO deve ser compatível apenas nos
neonatos; a dose é de 1 a 2 unidades/ 10 Kg de peso, tendo como
resposta um aumento de 60 a 100mg na dosagem do fibrinogênio.
Após o descongelamento deve ser usado em até 6 horas. O tempo de
infusão é de 4 horas.
323
física/química
Hipotermia
4-Complicações
metabólicas
REFERÊNCIAS
324
325
Impresso e Encadernado pela
Gráfica Caule de Papiro
Rua Serra do Mel, 7989, Cidade Satélite
Natal/RN - Tel. (84) 3218 4626
326