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UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC


Alexandre Tadeu Peres Ribeiro
Aline Vanessa Amaral de Souza
Ana Paula Correa da Silva
Aparecida de Fátima Ferris
Rafael Ferreira de Abreu
Roberta Molotievschi

Sistema Circulatório e o Sistema Respiratório da Rã,


Barata e Mexilhão.

Santo André – SP
2008
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UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC


Alexandre Tadeu Peres Ribeiro
Aline Vanessa Amaral de Souza
Ana Paula Correa da Silva
Aparecida de Fátima Ferris
Rafael Ferreira de Abreu
Roberta Molotievschi

Sistema Circulatório e o Sistema Respiratório da Rã,


Barata e Mexilhão.

Trabalho desenvolvido como exigência


para a disciplina de Fisiologia Animal do
curso de Ciências Biológicas.

Santo André – SP
2008
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ÍNDICE

1.0 – Introdução.............................................................................................. 4
1.1 – Respiração..................................................................................... 4
1.2 – Circulação...................................................................................... 4
2.0 – Objetivo.................................................................................................. 6
3.0 – Metodologia............................................................................................ 7
4.0 – Resultados............................................................................................. 8
4.1 – Classe Amphibia........................................................................... 8
4.1.1 – Sistema Circulatório (Rãs).................................................... 8
4.1.2 – Sistema Respiratório (Rãs)................................................... 9
4.2 – Classe Insecta............................................................................... 10
4.2.1 – Sistema Respiratório (Barata).............................................. 10
4.2.2 – Sistema Circulatório (Barata)............................................... 11
4.3 – Classe Bivalvia.............................................................................. 11
4.3.1 – Sistema Circulatório (Mexilhão)........................................... 12
4.3.2 – Sistema Respiratório (Mexilhão) ......................................... 12
5.0 – Conclusão.............................................................................................. 14
6.0 – Referências Bibliográficas ................................................................... 16

1.0 – Introdução

1.1 – Respiração
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Respiração, do latim respiratio, respirationis, ato ou efeito de respirar.


Conjunto dos fenômenos que permitem a absorção do oxigênio e a expulsão do gás
carbônico pelos seres vivos. Há quatro tipos de respiração entre os animais:
1) Respiração branquial – é a dos anelídeos, moluscos, crustáceos, peixes
e anfíbios jovens. Aparelhos de respiração aquática, as brânquias geralmente
localizam-se em cavidades banhadas pelo meio. Em muitos casos há formação de
brânquias externas.
2) Respiração cutânea – é a dos cnidários, protozoários, espongiários e
desempenha papel importante entre os anfíbios.
3) Respiração pulmonar – nos mamíferos , o mecanismo e o aparelho
respiratório são os mesmos que no homem; nas aves, as ramificações brônquicas
comunicam-se com os sacos aéreos, dos quais alguns se comunicam com as
cavidades pneumáticas dos ossos longos, na rã o aparelho se reduz a uma bolsa
elástica, cheia de ar, que o animal enche por deglutição e que se esvazia pela própria
elasticidade; nos invertebrados pulmonados (lesmas, aranhas), os pulmões são
formados por simples dobras do tegumento.
4) Respiração traqueiana – é a das aranhas, centopéias, insetos. O
aparelho consiste em tubos ramificados (traquéias), abertos para o exterior por meio de
estigmas (orifícios) e terminando nos tecidos (GRANDE ENCICLOPÉDIA LAROUSSE
CULTURAL, 1998).

1.2 – Circulação

Do latim, circulatio, circulationis. Ato ou efeito de circular. A circulação dos


mamíferos e das aves é semelhante à do homem; nos répteis e anfíbios, o sangue
arterial e o sangue venoso se misturam parcialmente. A circulação é “simples” (circuito
sanguíneo atravessando apenas uma vez o coração) em se falando dos peixes, dupla
nos mamíferos, anfíbios e répteis. Entre os invertebrados, os artrópodes se
caracterizam por sua circulação em parte lacunar, ou seja, não inteiramente canalizada,
ao passo que numerosos anelídeos e os moluscos cefalópodes possuem uma
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circulação totalmente contida. Os equinodermos têm somente uma circulação de água


do mar grosseiramente filtrada. Os organismos muito pequenos são desprovidos de
circulação, como certos celenterados e certos vermes parasitas (GRANDE
ENCICLOPÉDIA LAROUSSE CULTURAL, 1998).

2.0 – Objetivo

Este Trabalho tem a finalidade de apresentar o Sistema Circulatório e o


Sistema Respiratório da Rã, Barata e Mexilhão. Observando como uma molécula de
oxigênio entra e sai do organismo desses animais.
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3.0 – Metodologia

A metodologia adotada, trata-se de uma pesquisa bibliográfica em livros


da biblioteca de Mário de Andrade (UniABC), e do acervo particular dos membros
desse grupo de trabalho.
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4.0 – Resultados

4.1 – Classe Amphibia


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Na organização dos Anfíbios manifesta-se a influência da passagem para


a vida terrestre. Que esta passagem ainda não é completa, revela-o já a própria
designação de Anfíbios (KUKENTHAL, 1986).
Em geral os pulmões estão presentes (tendo sido secundariamente
perdidos por grupo numeroso de salamandras) e uma certa quantidade de respiração
se dá através da pele e do revestimento interno da boca e garganta (HILDEBRAND,
1995).
Acresce a substituição da respiração branquial pela pulmonar, substituição
está que se realiza durante a metamorfose e que provoca por sua vez uma notável
transformação do aparelho circulatório (circulação dupla ).Também o tegumento, o
sistema muscular e os órgãos dos sentidos revelam nitidamente a influência da
mudança do meio ambiente (KUKENTHAL, 1986).

4.1.1 – Sistema Circulatório (Rãs)

Os corações dos dipnóicos, crossopterígios ancestrais, anfíbios e répteis


intermediários, geralmente, recebem os dois tipos de sangue enquanto não é
providenciada uma separação completa das duas correntes sanguíneas, deste modo
permitem a mistura de sangue sob algumas condições. A quantidade e o local de
mistura dos sangues oxigenado e não oxigenado variam conforme o animal de acordo
com as circunstâncias. É desejável enviar o sangue não oxigenado para os pulmões
quando eles estão funcionando. Entretanto é preferível enviar uma quantidade maior do
mesmo sangue para outro lugar se a respiração estiver ocorrendo, temporariamente,
principalmente nas brânquias (dipnóicos de água doce), ou pele (anuros submersos)
porque os pulmões não estão ativos nas tartarugas e jacarés submersos; tartarugas
hibernam no lodo (HILDEBRAND, 1995).
O átrio dos Anura está completamente dividido em câmaras direita e
esquerda. Novamente o sangue da câmara esquerda, geralmente é oxigenado nos
pulmões, e o sangue da câmara direita é, relativamente, não oxigenado. Entretanto, o
sangue que está retornando da pele junta-se as veias sistêmicas havendo deste modo,
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mistura de sangue no lado direito do coração. O ventrículo não está dividido


(provavelmente mais um caráter primitivo do que uma condição degenerada ), todavia
os fluxos sangüíneos através da pele quase nunca apresenta turbilhamento e a mistura
das duas correntes dentro do ventrículo é mínima (HILDEBRAND, 1986).

4.1.2 – Sistema Respiratório (Rãs)

Os Anuras tem pulmões grandes, mas curtos. O interior deste pulmão é


um saco aberto e as paredes têm repartições de primeira de segunda e algumas vezes
de terceira ordem que promovem uma superfície respiratória total de cerca de 1cm²/g
de peso do corpo, mais que varia inversamente com a eficiência da respiração cutânea.
A traquéia muito curta divide-se em dois brônquios curtos, cada um deles dirigi-se para
o ápice da cada pulmão. O epitélio destes ductos é alinhado e deste modo é possível
limpar o sistema respiratório. As cartilagens podem dar suporte às paredes das
traquéias e brônquios impedindo que colapsem. A abertura da traquéia para a faringe é
denominada glote. Ela é uma fenda longitudinal, usualmente está flanqueada por um
dorsal de cartilagens aritenóide (aritenóide = em forma de xícara), que dá suporte às
cordas vocais e por um par ventral de cartilagens (cricóide = em forma de anel)
frequentemente fundidas. Estas cartilagens são considerados derivados dos arcos
viscerais ancestrais posteriores.Juntas constituem a laringe, uma estrutura
característica dos tetrápodos. A laringe está unida por um ligamento ao aparelho
hióideo (HILDEBRAND, 1995).

4.2 – Classe Insecta

Pelo número de espécies os Insectos ultrapassam de longe todas as


outras classes do reino animal. Apesar disso obedecem todos, quanto às linhas gerais
de organização, ao mesmo plano fundamental, se bem que modificado nos seus
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pormenores de uma maneira variadíssima. O corpo divide-se sempre em três regiões:


cabeça, tórax e abdômen (KUKENTHAL, 1986).
O corpo é, como em todos os Artrópodes, coberto por uma cutícula
quitino-protéica. A cabeça forma uma cápsula única. Os três segmentos do tórax,
denominados respectivamente, protórax, mesotórax e metatórax são ligados mais ou
menos solidamente entre si. Nos Himenópteros o primeiro segmento abdominal fica
ligado ao tórax (KUKENTHAL, 1986).

4.2.1 – Sistema Respiratório (Barata)

A barata respira, retirando o oxigênio do ar e eliminando gás carbônico.


Podemos observar os espiráculos, ao longo dos dois lados do abdômen, por onde se
dá a entrada e saída de ar, que é encaminhado por traquéias até a intimidade dos
tecidos (ROSA & NARCHI, 1967).
A respiração realiza-se por intermédio de traquéias, tubos forrados por
quitina que começam a superfície do corpo por uma abertura, o estigma, e que se
dividem repetidas vezes em ramos de calibre cada vez menor, para envolverem com as
ramificações mais finas todos os órgãos do corpo. Desenvolvem-se como invaginações
do tegumento de um lado e outro do tórax e do abdômen. Cada segmento possui
primitivamente um par de estigmas e conseqüentemente um par de tufos de traquéias.
Na maioria dos casos os tufos isolados ligaram-se secundariamente por ramos
longitudinais, o que permitiu uma redução quanto ao número de estigmas
(KUKENTHAL, 1986).

4.2.2 – Sistema Circulatório (Barata)

A barata possui um sistema circulatório composto de um vaso dorsal


provido de óstios ( pequenos orifícios por onde entra o sangue ). Quando se contrai, o
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coração é percorrido por uma onda peristáltica que progride de trás para diante, e lança
sangue na região anterior; quando ele se dilata, enche-se com sangue do corpo.
Podem-se observar as pulsações do vaso dorsal em baratas jovens (sem asas), com a
carapaça quitínica ainda não muito consistente. Basta anestesiar fracamente o animal
com éter, e observar as contrações ao microscópio com pequeno aumento (ROSA &
NARCHI, 1967).
A estrutura particular do sistema traqueal trouxe uma conseqüência uma
redução muito acentuada do aparelho circulatório. Este restringe-se nos Insectos ao
coração tubiforme, colocado dorsalmente, e à aorta, que o continua para diante, ambos
derivados do vaso dorsal dos Anelídeos. Outros vasos não existem nos insectos,
banhando o sangue livremente os vários órgãos. É recolhido em seguida no seio
pericárdico, uma porção dorsal da cavidade do corpo, separa incompletamente da parte
ventral e principal por um septo horizontal. Do seio pericárdico passa o sangue ao
coração através de pequenos orifícios segmentares da sua pare- de, chamados
ostíolos. Durante a contração do coração, que progride de trás pra diante, os ostíolos
fecham-se sucessivamente . Válvulas internas que fazem saliência para dentro do
coração, dividindo-se em câmaras sucessivas, impedem o refluxo do sangue
(KUKENTHAL, 1986).

4.3 – Classe Bivalvia

São animais de simetria bilateral. O corpo mole é comprido lateralmente e


mais ou menos alongado. Consta de um tronco dorsal (= saco visceral) e de uma
expansão ventral ímpar, o pé musculoso.A cabeça é atrofiada . A sua posição primitiva
só é reconhecível pela boca situada na extremidade anterior do eixo longitudinal e pelos
lóbulos bucais (KUKENTHAL, 1986).

4.3.1 – Sistema Circulatório (Mexilhão)


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O coração , envolvido pelo pericárdio , consiste num ventrículo e em duas


aurículas, situadas lateralmente, que recebem o sangue arterializado vindo das
brânquias, passando-o ao ventrículo, donde é impelido para o corpo pelas artérias, em
geral uma aorta anterior e uma posterior. O sangue espalha-se por um sistema de
lacunas, para recolher finalmente num seio venoso longitudinal, colocado por baixo do
coração. A maior parte do sangue passa do seio para as brânquias pelos vasos
branquiais aferentes (artérias branquiais), voltando depois de arterializado, às aurículas
por vasos branquiais eferentes (veias branquiais). Em muitos Lamelibrânquios o
ventrículo do coração cresce em volta do intestino terminal, de maneira que o intestino
parece atravessar o coração (KUKENTHAL, 1986).
Um região dorsal do manto, alongada, destacando-se pela sua cor escura
revela-se , numa cuidadosa observação como uma ''janela'' para o pericárdio. O manto
nesta região é sempre isento de gônadas e, do mesmo modo que o epitélio pericárdio
subjacente, transparente. Assim facilmente reconhece no pericárdio, a aurícula direita
(atrium direito) como uma formação alongada e algumas vezes também o coração
tubular. O átrio recebe o sangue de uma grossa veia que – por fim correndo muito
superficialmente – penetra anteriormente no pericárdio , vinda em arco da parte ventral
e caudal (imediatamente antes do músculo retractor do pé). Imediatamente antes e do
mesmo modo, muito próximo da superfície o canal renopericardial sai do pericárdio. Ele
acompanha a veia num curto percurso e desaparece depois no tecido do manto
(KUKENTHAL, 1986).

4.3.2 – Sistema Respiratório (Mexilhão)

Do eixo saem duas séries de filamentos branquiais irrigados, que pendem


paralelamente uma à outra na cavidade paleal e que no seu conjunto representam as
brânquias externas e internas (do lado direito ). Na maioria das filibrânquios e assim
também nas brânquias de Mytilus, os filamentos são em forma de V: os ramos
descendentes saídos do eixo encurvam-se ventralmente em ângulo agudo para a parte
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dorsal, as das brânquias internas para a parte média, as da exterior para a parte lateral
e atingem , como ramos ascendentes, quase o nível do eixo (KUKENTHAL, 1986).

5.0 – Conclusão

O mexilhão possui brânquias que estão localizadas na cavidade do manto


(cavidade paleal), e através do batimento de cílios fazem a água circular na cavidade
paleal, renovando continuamente o suprimento de gás oxigênio para a respiração. O
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oxigênio então é levado para o restante do corpo através da circulação aberta.


Movimentos alternados de contração e relaxamento da musculatura cardíaca
bombeiam a hemolinfa para o interior de artérias. Estas ramificam-se e chegam às
diversas partes do corpo, lançando a hemolinfa em cavidades entre os tecidos, as
hemocelas. Aí o líquido hemolinfático entra em contato direto com as células,
abastecendo-as de nutrientes e gás oxigênio, e livrando-as de resíduos metabólicos.
Das hemocelas, a hemolinfa retorna ao coração, sendo uma das vias de retorno os
órgãos respiratórios, onde é novamente oxigenada podendo reiniciar o processo
(AMABIS et al., 2004).
As baratas não respiram por meio de um nariz ou boca, elas inspiram o ar
por meio de espiráculos, ou buracos em suas laterais. O oxigênio gasoso entra no
corpo dos insetos através de espiráculos, passa pelas traquéias e traquéolas até atingir
os orgãos e os tecidos, é metabolizado e deixa o corpo na forma de dióxido de carbono
na direção oposta à que entrou. Esse processo é feito por difusão simples. Os
espiráculos localizam-se na lateral do corpo, de 1 a 10 pares, começando no
mesotórax, metatórax, e nos primeiros sete ou oito segmentos (LAURENCE, 2005).
Já nas rãs o ar entra pelas narinas, que são interligadas à parte superior
da cavidade bucal, em orifícios chamados coanas. Para o ar chegar até os pulmões, as
rãs abrem as narinas e abaixam o assoalho da cavidade bucal, fazendo o ar entrar na
boca através das coanas. Logos depois fecham as narinas e contraem os músculos do
tórax, fazendo com que parte do ar contido nos pulmões volte para a boca, onde se
mistura ao ar recém-inalado. Relaxando os músculos torácicos e elevando novamente o
assoalho da boca, com as narinas ainda fechadas, forçam o ar da boca a passar para
os pulmões. As rãs possuem dupla circulação. Na pequena circulação, o coração envia
sangue venoso aos pulmões, onde ele é oxigenado e volta aos pulmões. Na grande
circulação, o sangue rico em oxigênio é enviado às diversas partes do corpo onde
oxigena os tecidos e recolhe o gás carbônico eliminado pelas células, transformando o
sangue em venoso que retorna ao coração (AMABIS et al., 2004).
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6.0 – Referências Bibliográficas

AMABIS, J. A.; MARTHO, G. R. Biologia. 2. ed. São Paulo: Moderna, v. 2, 2004.

GRANDE ENCICLOPÉDIA LAROUSSE CULTURAL. São Paulo: Nova Cultural, 1998.


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HILDEBRAND, M. Análise da estrutura dos vertebrados. 1. ed. São Paulo: Atheneu


Editora, 1995.

KUKENTHAL, W. Guia de trabalhos Práticos de Zoologia. Coimbra Almedina, 1986.

LAURENCE, J. Biologia. 1. ed. São Paulo: Nova Geração, 2005.

ROSA, C. N. & NARCHI, W. Invertebrados - O siri e a barata: Coleção cientistas do


amanhã. São Paulo: Edart, 1967.

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