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2a edição revisada
Governo do Estado do Maranhão
Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia,
Ensino Superior e Desenvolvimento Tecnológico
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
Núcleo de Tecnologias para Educação - UemaNet
ANTROPOLOGIA
São Luís
2009
Governadora do Estado do Maranhão Edição:
Roseana Sarney Murad Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
Núcleo de Tecnologias para Educação - UemaNet
Reitor da uema
Prof. José Augusto Silva Oliveira Coordenador do UemaNet
Prof. Antonio Roberto Coelho Serra
Vice-reitor da Uema Coordenadora Pedagógica
Prof. Gustavo Pereira da Costa Maria de Fátima Serra Rios
Capa:
Luciana Vasconcelos
Copyright © UemaNet/UEMA
123 p.
CDU: 1:37
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
UNIDADE 1
UNIDADE 2
UNIDADE 3
DISCIPLINA: Antropologia
Carga horária: 60 horas
EMENTA
OBJETIVOS
Geral
¡ O curso proporcionará uma visão inicial do que é antropologia
e sua posição entre as demais ciências. Pretende introduzir o
aluno a realizar uma análise antropológica de problemas sociais
e educacionais, partindo de exemplos concretos e sugerindo o
debate de conceitos e teorias.
Específicos
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
UNIDADE 1
CIÊNCIAS DA NATUREZA E CIÊNCIAS HUMANAS
UNIDADE 2
O DESENVOLVIMENTO DA ANTROPOLOGIA: definição, divisões,
objeto e métodos
Os Precursores da Etnografia
UNIDADE 3
CONCEITUAÇÃO ANTROPOLÓGICA DE RAÇA E CULTURA
AVALIAÇÃO
Dicas de Filmes
Cultura e Diversidade
¡ Um grito de liberdade (1987) – Diretor: Richard Attenborough;
Reino Unido- 157’
SUGESTÃO: FILMES
ATIVIDADES
REFERÊNCIA
SUGESTÃO: LIVROS BIBLIOGRÁFICA
APRESENTAÇÃO
D
esde o século XIX, a Antropologia traçou seus caminhos,
buscando ampliar a compreensão sobre as diversas formas
de existência e organização social da vida humana. Ao
longo dessa trajetória, criou conceitos, teorias, métodos de
investigação, mergulhou, enfim, em seu próprio interior no sentido
de definir-se mais adequadamente em relação à escolha do seu
objeto de estudo.
Vocês devem ter visto nas aulas de história, ou lido em algum lugar,
que os romanos viviam em grandes orgias, especialmente nas épocas
das colheitas. É interessante observar que a maioria das grandes
festas populares ocorrem na época das colheitas. No Maranhão, por
exemplo, tem a festa da juçara no Maracanã, a festa da melancia
em Arari, a festa do abacaxi em Turiaçu (bem, não tenho certeza,
mas se não acontecer, fica como sugestão). Todas essas festas estão
relacionadas com boas safras e fartura de alimentos. Mas, como o
Maranhão ainda não existia naquela época, vamos voltar a Roma.
1
Objetivo dESTA unidade:
P
ara compreender as diferenças entre os estudos das ao conhecimento dos
Ciências Naturais e das Ciências Sociais, precisamos aspectos biológicos
e culturais da vida
nos ater aos procedimentos metodológicos empregados
humana, possibilitando
nesses dois campos de produção científica. É preciso a compreensão das
compreender a produção científica, a partir das relações suas principais divisões
e procedimentos
estabelecidas entre o pesquisador e o grupo estudado.
metodológicos.
Um exemplo que, por nos ser bem próximo, serve para ilustrar:
quando um cientista natural, principalmente das áreas da
Biologia ou da Agronomia (embora os biólogos e agrônomos
também atuem no campo das Ciências Humanas) estuda
as formas de reprodução dos caranguejos que habitam os
manguezais do Maranhão, ou os campos de babaçu das regiões
agrícolas do interior do Estado, os pesquisadores não interagem
necessariamente com o caranguejo ou com a palmeira de
babaçu. A relação com esses objetos de conhecimento não
interfere necessariamente neles, no sentido de uma troca de
sentimentos, estes continuarão sendo caranguejo e palmeira
de babaçu como antes.
24 PEDAGOGIA
Uma diferença marcante, portanto, é que a reconstituição
possibilita comparações aproximativas entre os rituais, festas
etc., ocorridos em períodos diversos. Ou seja, sempre é possível
comparar as festas ou rituais de um ano com as de outro, as festas
de uma região com as de outras etc. Porém, mesmo sendo rituais
ou festas semelhantes, nunca serão da mesma maneira, seja de
uma região para outra ou de um ano para outro.
ANTROPOLOGIA | unidade 1 25
Nesse caso, em todas as atividades relacionadas à produção do
conhecimento científico, são necessários alguns procedimentos
sistematizados, como a revisão bibliográfica criteriosa, eviden-
ciando o conhecimento do pesquisador com o tema que resolveu
estudar, e também com as reflexões já produzidas por outros, so-
bre esse mesmo tema; definição de uma metodologia adequada
ao problema formulado na abordagem do problema; descrição dos
procedimentos utilizados no processo de investigação; descrição e
análise dos dados obtidos explicitando os conceitos e referenciais
utilizados como suporte teórico para a realização do estudo. Esses
procedimentos são essenciais para a definição da produção cientí-
fica em qualquer área do conhecimento.
26 PEDAGOGIA
observadas se tornaram objeto de estranhamento porque eram
distintas do conhecido, do familiar. As culturas diferentes foram
consideradas exóticas, isto é, estranhas para as concepções de
mundo dos europeus.
ANTROPOLOGIA | unidade 1 27
As bases da hierarquia das diferenças encontram, desde então,
fundamentos na classificação de povos como bárbaros, embora
já se registrasse também a emergência de um pensamento mais
isento, fundante do relativismo das diferenças culturais.
28 PEDAGOGIA
e deram mostra de muito menos prudência e
sagacidade em sua forma de se governarem e
exercerem as virtudes morais. Nós mesmos fomos
piores, no tempo de nossos ancestrais e sobre toda
a extensão de nossa Espanha, pela barbárie de
nosso modo de vida e pela depravação de nossos
costumes (Las Casas).
ANTROPOLOGIA | unidade 1 29
Os índios consideram os espanhóis ameaçadores, perigosos. O
modo como descrevem os instrumentos dos civilizados, os navios,
os cavalos que nunca tinham visto antes e o estrépito com que
chegaram evidencia medo, estranheza, perplexidade, respeito e
expectativa de violência.
30 PEDAGOGIA
Foi uma cilada muito bem feita e conseguimos matar
uns quinhentos índios mais bravos e mais corajosos
[...] A única perda que tivemos aquele dia foi uma
égua, cujo cavaleiro caiu, e que saiu em corrida
sem rumo, indo parar no meio dos nossos inimigos
que a flecharam. Mesmo ferida ela veio até nosso
Aldeias
Microsoft Office acampamento, mas acabou morrendo, o que nos
deu grande tristeza, pois os cavalos e éguas eram
o grande sustentáculo de nossas vitórias (Cortez,
1986, p. 93).
ANTROPOLOGIA | unidade 1 31
Procurava-se fazer a analogia, entre usos e costumes de povos
indígenas, com usos e costumes dos povos registrados na Bíblia
e nas obras de escritores da antiguidade clássica. A questão de
fundo era a explicação da cultura europeia em confronto com
as culturas dos povos “selvagens”. Emerge, na fase iluminista, o
propósito de se buscar uma explicação das semelhanças entre usos
e costumes de diferentes povos indígenas, em diferentes regiões
da terra, tendo-se como postulado a unidade do gênero humano.
Partindo-se dessa concepção, tradições de povos indígenas seriam
evidências de etapas anteriores, vestígios da mais recuada
antiguidade, anterior à própria antiguidade clássica.
32 PEDAGOGIA
Clássica, cedem lugar à problematização das origens da vida e da
cultura. Rompem-se com os limites antropocêntricos, amplia-se a
ideia de origem, superando-se a rigidez das teorias criacionistas
então vigentes.
Ali está, diante de nós, a coisa fascinante. Mas não nos basta
ver o que está de fora. É preciso entrar dentro, conhecer
os seus segredos, tomar posse de suas entranhas. Não é isto
que acontece com a própria experiência sexual? Os judeus,
no Antigo Testamento, empregavam uma única palavra para
designar o ato de conhecer e o ato de fazer amor. “E Adão
conheceu a sua mulher, e ela ficou grávida...” É assim mesmo
que acontece no conhecimento. Primeiro, o enamoramento.
Quem não está de amores com um objeto não pode conhecê-
lo. Depois vêm os movimentos exploratórios, a penetração,
o conhecimento do bom que estava oculto, experiência de
prazer maior ainda.
ANTROPOLOGIA | unidade 1 33
loteria que se chama genética, os animais arranjados em ordem
de complexidade crescente, tudo sugerindo que uns foram
surgindo dos outros, Darwin, a inflação, que bicho é este, que
ninguém consegue domar?, nossa permanente intranquilidade,
seres invisíveis, os deuses, a agressividade, o sadismo, por
que será que há pessoas que sentem prazer no sofrimento dos
outros?, as massas, boiadas estouradas, sem limites e sem moral,
“Hei Hitler!”, e as pessoas lutam para deixar de fumar e não
conseguem e, de repente, sem nenhum esforço, algo acontece
por dentro, e param de um estalo...
34 PEDAGOGIA
nos damos conta de que os enigmas coletivos da Via Láctea são
pequenos demais comparados com aqueles das pessoas que vemos
todo dia. Só que nossos olhares ficaram baços, e não percebemos
o maravilhoso ao nosso lado. Se fôssemos tomados pelo fascínio,
então pararíamos para ver e veríamos coisa de que nunca havíamos
suspeitado.
Considerando o que foi dito até agora, formem grupos com cinco
pessoas para discutir as seguintes questões:
ANTROPOLOGIA | unidade 1 35
Como é possível diferenciar as ciências humanas e as
sociais das ciências exatas e naturais?
36 PEDAGOGIA
Em Nome da Rosa (1986)
Lutero (2003)
ANTROPOLOGIA | unidade 1 37
Direção: Patrice Chéreau
Gênero: Drama
Elenco: Isabelle Adjani, Daniel Auteuil, Jean-Hugues Anglade,
Vincent Perez, Virna Lisi, Dominique Blanc, Pascal Greggory,
Claudio Amendola, Miguel Bosé, Asia Argento, Julien Rassam, Thomas
Kretschmann.
Apocalypto (2006)
38 PEDAGOGIA
unidade
2
O DESENVOLVIMENTO DA ANTROPO- Objetivos dESTA unidade:
O
conceito de cultura é o conceito chave da explicação, antropólogos estudam
(objeto de estudo).
ou da interpretação antropológica, e, como tal, é a
chave mestra de investigação em todas as áreas e Abrir as portas das
especializações da Antropologia, pois é em torno desse conceito chamadas escolas
que a Antropologia vai construir suas teorias e métodos de do pensamento
antropológico,
pesquisa.
conhecendo seus
principais pensadores e
Antes, porém, de iniciar esse percurso, é conveniente remover
seus conceitos, visando
algumas pedras do caminho, facilitando o entendimento dos compreender suas
desdobramentos e implicações das novas dimensões que o conceito tendências e formas
de cultura vai incorporando, desde a criação da Antropologia, no de abordagem sobre as
culturas humanas.
fim do século XIX.
40 PEDAGOGIA
Ao longo de sua trajetória científica, a Antropologia acumulou
muitas informações sobre populações de diversas partes do mundo.
O aperfeiçoamento de seus métodos e técnicas de investigação
permitiu a elaboração dessas informações em diferentes esquemas
de análise, sob diferentes enfoques e múltiplas dimensões. Isto levou
ao surgimento de campos especializados do saber antropológico,
com abordagens, corpo teórico e técnicas de pesquisa próprios.
ANTROPOLOGIA | unidade 2 41
ainda, outras tendências de especialização temática, como religião,
família, gênero, infância, velhice, homossexualismo, saúde etc.
42 PEDAGOGIA
do significado da diferença, visando abarcar a totalidade da vida
humana em termos biológicos e culturais. O nome antropologia,
deriva de duas palavras gregas. Anthropos, que significa homem
e Logos, ou mais precisamente Logia, cujo significado remete a
estudo, ciência ou conhecimento. Daí a definição da Antropologia
como “Ciência de Estudo do Homem”.
Etnografia
Etnologia
Antropologia Física Antropologia
Social
Antropologia Geral
Linguística
Antropologia Cultural
Arqueologia
ANTROPOLOGIA | unidade 2 43
A Antropologia Física dedicou-se ao estudo dos aspectos biológicos
do homem. Essa área procurou estudar os processos evolutivos da
espécie humana, adotando procedimentos das Ciências Naturais
para detectar as origens, semelhanças e diferenças entre os homens.
44 PEDAGOGIA
É no plano da cultura que se torna possível refletir o homem
como criação do próprio homem. Para responder à natureza,
desenvolveu a capacidade de modificar-se, pensando e produzindo
diferentes possibilidades de respostas, projetando a compreensão
da diversidade e da pluralidade por meio da conversa com o outro.
ANTROPOLOGIA | unidade 2 45
Etnologia é também chamada Antropologia Social ou Cultural.
Ocupa-se do estudo comparativo da cultura, procurando identificar
semelhanças e diferenças entre os povos. Analisa o desenvolvimento
das relações internas de uma cultura, e também as relações entre
as culturas. Etnografia é uma das etapas do estudo antropológico,
dedicada à descrição dos costumes, da cultura e das formas de vida
dos povos e dos problemas teóricos da análise sobre os costumes
humanos.
Abordagem Evolucionista
46 PEDAGOGIA
Charles Darwin, a partir dos avanços de seus precedentes no
campo da Biologia, realizou a síntese das ideias sobre evolução
e desenvolveu sua tese explicativa da origem das espécies. A
generalização teórica da evolução das espécies permitia não só
explicar a diversidade dos seres vivos, como problematizar seu
aparecimento, desaparecimento e os processos biológicos que
permitem a variabilidade de formas orgânicas.
ANTROPOLOGIA | UNIDADE 2 47
O que é cultura? O conceito procura responder a essa questão,
explicando-a como fenômeno distinto, como realidade empírica
passível de descrição, de análise e de explicação.
48 PEDAGOGIA
Realizando estudos sobre parentesco como fundamento da
organização social e política, Morgan, outro importante
antropólogo evolucionista, concluiu que a sequência evolutiva
da organização familiar foi a seguinte: promiscuidade>
matriarcado>patriarcado. Seus estudos comparativos sobre
meios de produção levaram-no a concluir que, no estágio
selvagem, o homem vive de caça, pesca e coleta. No estágio
bárbaro, o homem cria a agricultura, instrumentos, máquinas
e indústrias.
ANTROPOLOGIA | unidade 2 49
Essa escola possibilitou a utilização do método comparativo como
substituto do método experimental, para analisar e explicar os
fenômenos culturais em direção a proposições descritivas gerais,
ou seja, permitindo a construção de generalizações empíricas
sobre cultura e diversidade cultural.
Críticas ao Evolucionismo
50 PEDAGOGIA
As diferenças de progresso cultural são mostras empíricas de
estágios tardios, indo da mais ou menos arcaica às mais ou menos
civilizadas.
ANTROPOLOGIA | unidade 2 51
qual os povos civilizados europeus constituíam a referência para
comparar outros povos.
OS PRECURSORES DA ETNOGRAFIA
Boas e Malinowski
52 PEDAGOGIA
ou o administrador do século XIX, residindo geralmente fora da
sociedade indígena e obtendo informações por intermédio de
tradutores e informadores.
ANTROPOLOGIA | unidade 2 53
Frans Boas (1858-1942)
54 PEDAGOGIA
sua totalidade e considerada em sua autonomia teórica, a partir
do contato direto com essa sociedade.
Malinowski (1884-1942)
ANTROPOLOGIA | UNIDADE 2 55
Fez duas estadias sucessivas nas ilhas Trobriand e ninguém, antes
dele, tinha se esforçado em penetrar tanto na mentalidade dos
outros e procurar traduzir o que sentem os homens e as mulheres
que pertencem a uma cultura que não é nossa.
56 PEDAGOGIA
em termos de sua própria especificidade. Assim, vira as costas
ao empreendimento evolucionista de reconstituição das origens
da civilização, e se dedica ao estudo das lógicas particulares
características de cada cultura.
ANTROPOLOGIA | unidade 2 57
dos sonhos e dos desejos do indivíduo. E Malinowski, quanto a
esse aspecto, vai muito além da análise da efetividade de seus
interlocutores. Ele procura reviver nele próprio os sentimentos
dos outros, fazendo da observação participante um mergulho do
pesquisador no interior da cultura e do outro, compartilhando
seus sentimentos, seus códigos de linguagem e comunicação e
interiorizando suas reações emotivas.
58 PEDAGOGIA
Essa exigência de conduzir um projeto científico sem renunciar à
sensibilidade artística é que define a etnologia.
Abordagem Funcionalista
ANTROPOLOGIA | unidade 2 59
Uma característica do funcionalismo é a preocupação em mostrar
que as sociedades humanas e suas respectivas culturas existem
como um corpo orgânico, constituído de partes interdependentes. As
partes não podem ser plenamente compreendidas separadamente do
todo, e o todo deve ser compreendido em termos de suas partes, suas
relações uma com a outra e com o sistema sociocultural em conjunto.
60 PEDAGOGIA
NECESSIDADES BÁSICAS RESPOSTAS ORGANIZATIVAS
Produção, uso, manutenção e
renovação dos utensílios e bens de Economia
consumo.
Codificação das normas de
Controle social
comportamento e sanções relativas.
Conhecimento e transmissão da
Educação
tradição.
Autoridade e poder para cada
Organização política
instituição
ANTROPOLOGIA | unidade 2 61
um patamar de investigação, para além da simples constatação de
sua ocorrência como fenômeno.
Abordagem Estruturalista
62 PEDAGOGIA
construído a partir da realidade. Aparece, assim, a diferença entre
duas noções tão próximas que, muitas vezes, têm sido confundidas,
quero dizer, a de estrutura social e a de relação social.
ANTROPOLOGIA | unidade 2 63
Se o mundo da experiência fornece a base empírica à análise
estruturalista, não é a experiência em si que se pretende explicar,
mas a racionalidade básica a ela subjacente, a lógica que rege os
fenômenos nela envolvidos e que a tornam congruente.
64 PEDAGOGIA
Essas pesquisas se orientam para descobrir fósseis da espécie
humana, principalmente na África, Ásia e Europa. Os fósseis pré-
históricos são chamados fósseis hominídeos, isto é, apresentam
afinidades e aproximações com a forma humana moderna,
evidenciando estágios remotos de desenvolvimento evolutivo da
espécie humana.
ANTROPOLOGIA | unidade 2 65
O trabalho de campo é, sem dúvida, uma
atividade preferida dos antropólogos, pois a
pesquisa em todos os subcampos da antropologia é
frequentemente empreendida em lugares remotos,
terras distantes – na África, no Ártico, no Pacífico
Sul. A primeira viagem prática de um antropólogo-
particularmente se visar a uma sociedade primitiva,
longe das cidades e civilização – é considerada
como um rito de iniciação, depois do qual ele
‘jamais é o mesmo’. Podemos dizer, na verdade,
que os poucos antropólogos que se concentram na
pesquisa de gabinete e evitaram os riscos e rigores
do trabalho de campo são vistos com superioridade
pelos seus colegas. A auréola romântica em torno
do trabalho de campo por vezes obscurece o fato de
que o antropólogo recolhe informações no campo
para um penoso trabalho posterior no gabinete – no
laboratório e na biblioteca. Para cada mês passado
na África, nos mares do Sul ou nas selvas da Nova
Guiné, o antropólogo habitualmente passa muitos
outros analisando e redigindo as suas descobertas
(Pelto,1984, p. 46).
66 PEDAGOGIA
Em suma, o que podemos concluir sobre esses aspectos
metodológicos é que, embora a ciência ou o conhecimento
científico seja único, cada ciência tem o seu objeto formal. A
cada uma delas, vão interessar aspectos particulares do universo.
Se o seu objeto de estudo é peculiar, peculiares deverão ser os
métodos de pesquisa, as técnicas empregadas e o instrumento
utilizado. Segundo o antropólogo britânico John Beattie:
ANTROPOLOGIA | unidade 2 67
há um conjunto de técnicas (entrevistas, observação participante,
história de vida etc.).
68 PEDAGOGIA
toda a cultura, podemos imaginar como ele fica assoberbado com
a quantidade de informações que tem de registrar e com tudo o
que tem de observar.
ANTROPOLOGIA | unidade 2 69
Na minha própria experiência de campo,
não poderei jamais esquecer da sensação de
sufocamento, sentida nos primeiros meses de
convivência intensiva com os índios, quando me
sentia distante dos problemas teóricos que me
conduziram à aldeia e cada vez mais tomava parte
na vida cotidiana das aldeias Apinayé. De tal modo
que participar intensamente da vida diária da
aldeia correspondia, num sentido muito concreto,
perder de vista as técnicas, os modelos e as aldeias
de diagrama que havia estudado no meu gabinete
no Museu Nacional.
Tudo isso conduz a uma imensa dificuldade no
momento de transformar essa experiência concreta
e maçante em dados sociológicos. Pois que tal
ginástica depende não só dos objetivos básicos do
pesquisador (inclusive do que estava preparado
ou não para ver) como também das dificuldades
inerentes a toda e qualquer descrição literária
quando o autor procura traduzir experiências totais
e que o atingiram globalmente como ser humano,
através de um meio único e linear como a escrita,
por mais licenças poéticas que possa dispor para
atingir os seus objetivos (Da Matta, 1987, p. 56).
70 PEDAGOGIA
a dúvida metódica. Nesta disciplina não há lugar para posições
fechadas. Cada pesquisador tem a oportunidade de, sozinho,
sentir a força das teorias na pesquisa de campo, na observação
participante.
ANTROPOLOGIA | unidade 2 71
Há que se verificar se o mesmo não distorce as informações com o
objetivo de agradar o pesquisador. O pagamento a informantes pode
não ser aconselhável. Contudo, ele poderá ser feito, desde que o
pesquisador leve isso em consideração e filtre as informações.
72 PEDAGOGIA
A essa altura já deve ter tomado conhecimento de tudo que se
escreveu sobre o assunto que pretende estudar. Já deve ter feito
seu projeto de pesquisa e arrolado todo o suporte financeiro que
lhe permita levar a cabo o trabalho. Pode fazer parte de sua
bagagem uma gama de instrumentos úteis. Entre eles, máquina
fotográfica, filmes, gravador e fitas magnéticas, papel, fichas,
alguns livros indispensáveis etc.
ANTROPOLOGIA | unidade 2 73
assunto é visto nas cadeiras de métodos e técnicas de pesquisa,
bem como na cadeira de monografia.
74 PEDAGOGIA
Como uma área importante de conhecimento sobre as culturas
humanas a Antropologia apresenta duas questões importantes: a
compreensão de cada cultura como um sistema, um conjunto de
manifestações práticas e espirituais, de trabalhar, produzir, pensar,
organizar a vida social etc., e uma busca de compreensão sobre
de que modo esses sistemas, em sua variedade e diversidade,
chegaram a ser o que são.
ANTROPOLOGIA | unidade 2 75
Funcionalismo, enquanto escola antropológica possui
pressupostos teóricos relevantes no estudo da cultura.
Portanto, qual a contribuição desta escola no estudo da
cultura e do homem como ser social?
76 PEDAGOGIA
é treinar as tropas do imperador Meiji (Shichinosuke Nakamura), para
que elas possam eliminar os últimos samurais que ainda vivem na região.
Porém, após ser capturado pelo inimigo, Algren aprende com Katsumoto
(Ken Watanabe) o código de honra dos samurais e passa a ficar em
dúvida sobre que lado apoiar.
A Vila (2004)
Sinopse: Em 1897 uma vila parece ser o local ideal para viver:
tranquila, isolada e com os moradores vivendo em harmonia. Porém
este local perfeito passa por mudanças quando os habitantes descobrem
que o bosque que o cerca esconde uma raça de misteriosas e perigosas
criaturas, por eles chamados de “Aquelas de Quem Não Falamos”.
O medo de ser a próxima vítima destas criaturas faz com que nenhum
habitante da vila se arrisque a entrar no bosque. Apesar dos constantes
avisos de Edward Walker (William Hurt), o líder local, e de sua mãe
(Sigourney Weaver), o jovem Lucius Hunt (Joaquin Phoenix) tem um
grande desejo de ultrapassar os limites da vida rumo ao desconhecido.
Lucius é apaixonado por Ivy Walker (Bryce Dallas Howard), uma jovem
cega que também atrai a atenção do desequilibrado Noah Percy (Adrien
Brody). O amor de Noah termina por colocar a vida de Ivy em perigo,
fazendo com que verdades sejam reveladas e o caos tome conta da vila.
ANTROPOLOGIA | unidade 2 77
A Letra Escarlate (1995)
78 PEDAGOGIA
unidade
3
CONCEITUAÇÃO ANTROPOLÓGICA DE Objetivos dESTA unidade:
A
para todas as coisas, e,
nalisaremos os entraves e consequências da utilização neste sentido, discutir
do conceito de raça como categoria de classificação as consequências dessa
biológica do homem, levando ao fortalecimento postura para as relações
entre as culturas
do racismo com prática de extermínio de vários povos na humanas. Ao mesmo
história da humanidade. Abordaremos também os esforços tempo, enfocaremos
as concepções do
de definição de cultura, como conceito explicativo da
relativismo, como
diversidade e das especificidades dos grupos humanos. Ainda proposta de análise mais
neste capítulo, analisaremos os componentes da cultura ampla, reconhecendo
as várias possibilidades
como linguagem, religiosidade, entre outros, enfocando os de expressão da
processos de diferenciação étnica e cultural, bem como as diversidade cultural
formas de transmissão da cultura no processo educativo. entre os povos, ou seja,
cada cultura sendo
analisada a partir das
Uma das mais caras fantasias dos brancos é comprovar
suas especificidades.
cientificamente a teoria da sua superioridade racial, o Trataremos de
que tem levado o etnocentrismo a contaminar a própria compreender o processo
de construção dos
objetividade da ciência. conceitos de raça e
cultura.
As Limitações da Classificação Biológica
¡ cor da pele;
¡ índice cefálico;
80 PEDAGOGIA
e as empregamos para caracterizar cinco grupos humanos bem
conhecidos:
¡ europeus do norte;
¡ europeus do centro;
¡ africanos
¡ australianos;
¡ mongólicos;
ANTROPOLOGIA | unidade 3 81
Desse modo, tanto pela antropologia física como pela genética de
populações, através de estudos de frequências gênicas, é impossível
delimitar as raças. As variações entre as raças são contínuas e
superficiais, não permitindo separá-las biologicamente.
82 PEDAGOGIA
erigido acima da segunda catarata do Nilo, proibindo qualquer
negro de atravessar além daquele limite, salvo com o propósito
de comércio ou de compras. Fica óbvio que a discriminação era
fundamentalmente de ordem econômico-política, usando a raça
como referencial.
ANTROPOLOGIA | unidade 3 83
Mais tarde, os bárbaros (pastores) que habitavam as estepes da
Ásia domesticaram o cavalo, inventaram o carro de guerra e, com
essas inovações, espalharam-se com assustadora rapidez pela
Europa, Ásia Ocidental, Índia e China, proporcionando mais uma
onda de mistura entre povos.
84 PEDAGOGIA
subsequentemente conquistada pelos amonitas, cassitas, assírios,
caldeus, persas e, finalmente, gregos, em 330 a.C.
ANTROPOLOGIA | unidade 3 85
Na metade do século XIX (1855), Gobineau, que mais tarde veio
a ser considerado o “pai do racismo”, publicou na Europa o seu
trabalho intitulado “Ensaio sobre as desigualdades das raças”. O
trabalho de Gobineau explorava fundamentos biológicos para as
diferenças raciais, tendo encontrado ampla receptividade entre a
comunidade científica.
86 PEDAGOGIA
ausência de unidade territorial e política, os germanos nórdicos
vinham, há séculos, cultivando a autoglorificação através da
pureza do sangue e da superioridade da raça. Essa tradição fanática
exacerbou-se sob a forma de patriotismo, com a unificação da
Alemanha no fim do século XIX, e degenerou com as teorias racistas
da época.
Por todos esses fatos, percebe-se não ter sido difícil para os
dirigentes do III Reich conduzirem os nazistas aos extremos da
violência contra outros povos. Sob o pretexto de sanear a raça,
os alemães arvoraram-se na prática da procriação dirigida e do
extermínio dos inferiores.
ANTROPOLOGIA | unidade 3 87
Assim, a prática do racismo tornou-se, na sociedade moderna, não
apenas mais abrangente, como também mais diversificada em suas
formas de negar a dignidade, a igualdade e o respeito à pessoa
humana. Nas populações caracterizadas por secular mistura racial
(Brasil, Havaí, México etc.), as formas de racismo adquiriram a
peculiaridade de uma existência conscientemente camuflada e
institucionalmente negada.
88 PEDAGOGIA
Para compreender essas afirmações, é preciso levar em conta as
referências à grande dispersão da espécie humana sobre a Terra,
ocorrida antes do surgimento das raças.
Basta recordar que 70% dos genes são iguais em todas as raças
e que os 30% que variam o fazem sem perda das características
básicas. Além disso, a história registra que a ocorrência de mistura
entre povos e raças foi a regra geral nos últimos milênios.
ANTROPOLOGIA | unidade 3 89
A primeira dificuldade diz respeito a diferentes usos do termo e a
diferentes níveis de abstração envolvidos na discussão do conceito
de cultura.
2. cultivo;
90 PEDAGOGIA
Aurélio registra seis núcleos de significações correntes da palavra,
com conteúdos significativos diferentes. O primeiro núcleo de
produção de sentido se organiza em torno da ação de cultivar,
referindo modos genéticos de produzir, seja no sentido cumulativo
de tipo específico de saber, (cultura musical, cultura religiosa,
cultura literária), seja no sentido de um modo característico e
distintivo de ser em sociedade (cultura esquimó, cultura xavante,
cultura maranhense, cultura afro-brasileira); seja no sentido de
produção material (plantas e animais).
ANTROPOLOGIA | unidade 3 91
e progresso, uma equivalência do senso comum que, na verdade,
é problemática, porque pode levar à falsa ideia de que cultura
se restringe a civilização, que, por sua vez, remete à ideia de
progresso, termo usualmente associado a desenvolvimento
material e técnico.
92 PEDAGOGIA
A humanidade é composta por todos os humanos, mas os humanos
podem ser árabes, chineses, brasileiros, guajajaras, canelas. Os
árabes, os chineses, os brasileiros, os guajajaras, os canelas têm
em comum o fato de terem sua cultura particular. Ter cultura
própria torna todos esses homens iguais na sua humanidade, na sua
capacidade de simbolizar. Ter cultura é universal como experiência
humana, todavia, cada realidade cultural particular é única.
ANTROPOLOGIA | unidade 3 93
Esse jogo de espelhos, que a diversidade cultural promove, faz
da reflexão antropológica uma ampla vertente de humanismo. O
enfoque científico da Antropologia, ao propor o estudo do homem
por inteiro, confere-lhe o estatuto de ciência sintetizadora,
na medida em que proporciona às outras ciências sociais e às
chamadas humanidades um marco de referência mais abrangente,
de síntese da experiência humana.
94 PEDAGOGIA
A iniciação científica, no campo da Antropologia, leva-nos a idas e
vindas sobre algumas concepções fundamentais, com as quais estão
sendo feitas todas as construções do conhecimento antropológico.
Aprender Antropologia é envolver-se na compreensão da
diversidade cultural humana. Por isso mesmo, quando estudamos
Antropologia, estamos o tempo todo lidando com as concepções
de cultura e diversidade.
Etnocentrismo e Relativismo
ANTROPOLOGIA | unidade 3 95
Ao usar os valores da sociedade a que se pertence para formular
julgamentos sobre o outro, confere-se à cultura particular
o caráter universal de referência. A esse modo de lidar com a
diferença, de estabelecer relação com o outro, é que chamamos
de etnocentrismo.
96 PEDAGOGIA
nus (não tinham pudor), eram pagãos (não tinham Deus). Pareciam
homens, mas com costumes tão diferentes. Seriam humanos?
ANTROPOLOGIA | unidade 3 97
É um pré-conceito étnico-cultural. Ideologicamente se configura
como ideia preconcebida do outro, cuja formulação não leva em
conta a sua realidade difenciada. Na prática, o etnocentrismo é
um critério parcial de inclusão e exclusão.
98 PEDAGOGIA
No Brasil, o racismo assume feição cambiante dissimulada, mas
não menos cruel.
Relativismo Cultural
ANTROPOLOGIA | unidade 3 99
do etnocentrismo se exibe como a condição fundamental de
conhecimento.
100 PEDAGOGIA
existência. Cada cultura indígena possui suas próprias tradições,
seus costumes, suas práticas, suas regras, seus códigos, seus
processos de simbolização.
102 PEDAGOGIA
A educação escolar desempenha também um papel crucial
na construção social da pessoa. A escola é a instituição social
destinada à preparação para a vida pública, para o trabalho, para
a maturidade. Cabe socialmente à escola preparar o indivíduo,
masculino ou feminino, para assumir a posição concreta de adulto,
econômica e socialmente produtivo dentro da sociedade.
104 PEDAGOGIA
Os seus quadros de referência e os de seus pares apresentam, ou
não, pontos de convergência e, para muitas crianças, apresentam
uma dolorosa divergência com os quadros dominantes de referência.
106 PEDAGOGIA
negro se discrimina”; “negro foi libertado, teve chances, mas não
progrediu”; “problema do negro é econômico”; “negro é bom de
futebol e de samba”; “negro é feiticeiro”; “a maioria dos negros
é de marginal”. A lista não se encerraria aqui, pois o repertório de
representações estigmatizantes do negro é amplo e variado.
108 PEDAGOGIA
No que diz respeito à relação com o mundo, as alternativas de
padronização cultural mais frequentes no meio negro em relação
à cor são: a reprodução do racismo dominante, no uso da cor
como forma de repressão e humilhação das crianças pelos adultos;
evitação de estigma da cor pela via de relações clientelísticas,
do branqueamento social, da invisibilidade pela postura discreta
e submissa; conformismo; enfrentamento do preconceito; e luta
pela cidadania.
A educação dos negros não pode ser pensada como paralelismo ou fora
da sociedade. O negro é membro da sociedade e, como tal, tem direito
e deve estar incluído democraticamente no processo educacional.
110 PEDAGOGIA
comuns, objetivos que se realizam como de interesse comum se as
nossas diferenças são consideradas, é uma tradição epistemológica
de educação e diversidade que precisamos construir.
112 PEDAGOGIA
dos povos em categorias sociais é fundamentada em interesses
políticos e econômicos que ferem a democracia e a dignidade
humana. No caso da sexualidade, é preciso ressaltar que a opção
sexual é uma escolha que não compromete em nada a sua condição
de ser humano.
Passados mais alguns meses, o pastor foi de volta para casa. Sua
tarefa seguinte era entregar seus relatórios aos superiores e,
naquela manhã, dar uma última revisada na comunicação que iria
apresentar em um congresso sobre evangelização, falando sobre
‘A catequese e os selvagens’. Na hora de sair, como que buscando
inspiração de última hora, examinou detalhadamente as paredes
do seu escritório. Nelas, arcos, flechas, tacapes, bordunas, cocares
e até uma flauta formavam uma bela decoração. Rústica e sóbria
ao mesmo tempo, trazia-lhe estranhas lembranças. Com o pé
na porta, ainda pensou e sorriu para si mesmo. Engraçado o que
aquele índio foi fazer com o meu relógio (ROCHA, Everardo. O QUE
É ETNOCENTRISMO. p. 11-12)
114 PEDAGOGIA
BANDEIRA, Maria de Lourdes. Antropologia. Cuiabá: EdUFMT, 2000.
Vol. I, II, III E IV.
116 PEDAGOGIA
Ilha das Flores (1989)
apodrece e acaba no lixo. Acaba? Não. ILHA DAS FLORES segue-o até
Gênero: Documenário
destruir os sertanejos. Estes fatos são vistos pela ótica de uma família,
que tem opiniões conflitantes sobre Conselheiro.
Gênero: Drama
Gênero: Guerra
Macunaíma (1969)
Gênero: Comédia
118 PEDAGOGIA
REFERÊNCIAS
120 PEDAGOGIA
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Informações para estudo
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Caro Estudante,
No sentido de melhorar a qualidade do material didático, gostaríamos que você
respondesse às questões abaixo com presteza e discernimento. Após, destaque a
folha da apostila e entregue ao seu Tutor. Não é necessário assinar.
Município: ______________________________ Polo: ______________________
Turma: _________ Data: _____/ _____/__________
Responda as questões abaixo de forma única e objetiva
[O] - ótimo, [B] – bom, [R] - regular, [I] - insuficiente